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AO JUÍZO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE MACEIÓ –ALAGOAS

URGENTE

SANDY, brasileira, casada, estudante, portador do RG nº... , inscrita no CPF sob nº... ,
endereço eletrônico, residente e domiciliada... , nesta cidade, por seu advogado infra-
assinado, conforme procuração anexa... , com escritório... , endereço que indica para os
fins do art.. 77, V, do CPC , com fundamento nos termos do art. 5º ,LXIX da CRFB/88 e
da Lei nº 12.016/09 , vem impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO DE LIMINAR

em face do ato emanado pela PRESIDENTE DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO


CONCURSO DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE ALAGOAS , que pode ser
encontrada na sede funcional ...

I – DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, requer a autora os benefícios da Justiça Gratuita, por não arcar com as
custas e despesas do presente processo sem prejuízo de seu sustento próprio, com esteio
pela Lei 1060/50 e consoante no artigo 98 caput do CPC/15.

II-TEMPESTIVIDADE

A presente ação é tempestiva, tendo em vista que o prazo entre a publicação do edital e
da impetração da ação foi inferior a 120 (cento e vinte) dias, satisfazendo assim o
requisito exigido pelo art. 23 da Lei 12.016/09

III – SINTESE DOS FATOS

A impetrante realizou em 22 de julho a 1º fase do Concurso Público da Policia Militar


de Alagoas para o cargo de Soldado combatente, ao qual logrou êxito, atingido a
colocação de 5º lugar, procedendo então para segunda fase do exame que ocorrerá em
25 de Agosto.

Ocorre que enquanto se preparava para segunda fase do certame de nº 015/2017 que se
refere-se ao teste de aptidão física , a impetrante descobriu que estava gestante . Desta
forma, procedeu com a realização dos exames médicos para comprovar sua condição de
gestante, com o laudo devidamente assinado pelo médico, comprovando sua
impossibilidade de realizar neste momento o teste físico.
Sandy procurou a comissão do concurso e apresentou todos os exames e o laudo para
que fosse realizada a remarcação de sua prova física par um momento oportuno após a
gestação e para sua surpresa fora surpreendida com a comissão organizadora do
concurso que o TAF não seria remarcado conforme a previsão expressa no edital.

A Comissão alegou que a candidata, ora Impetrante, infringe regras específicas do


certame nº 015/2017 .

Ressalva-se que a candidata não se insurge contra as etapas do concurso, mas apenas
requer a reversão da decisão tomada pela Comissão Coordenadora do Exame.

IV - FUNDAMENTOS JURIDICOS

DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA

Conforme o Artigo 5º, LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil,


“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.

Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da


Lei 12.016 de 2009 ao assegurar que “conceder-se-
á mandado de segurança para proteger direito
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso
de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê- la por
parte de autoridade, seja de que categoria for e
sejam quais forem as funções que exerça.”

Registre-se que, para fins de Mandado de Segurança, equiparam-se às autoridades os


representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades
autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no
exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas
atribuições.

PROVA PRÉ CONSTITUÍDA

A prova documental pré-constituída revela que ao impetrante fora negado o direito a


processo administrativo justo. A Constituição Federal, em seu art. 5.°, inciso LV,
assegura a todo e qualquer litigante, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral, acesso ao contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes.

Resposta documentada do reconhecimento da Impetrante da necessidade do remarcação


da prova de TAF que lhe foi negado (doc anexo) , juntamente com os demais
documentos (laudo médico ) .

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção


de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

LV - aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes;

DO DIREITO LIQUIDO E CERTO

Aduz que possui o direito constitucional de continuar no certame, visto ter obtido
classificação na prova teórica e ter regularmente se apresentado nas demais fases do
certame, ressaltando que a gestação, asseverando que a realização do teste nos molde
previstos no edital implicaria possivelmente a interrupção da gestação, a qual é
protegida não só pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, mas em especial pelo caput
do art. 5º e do art. 227 da Constituição Federal.

Art. 227 É dever da família, da sociedade e do


Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

Defende que, ao agir conforme a previsão editalícia contida no item 2.7, a autoridade
coatora está desrespeitando a Lei Maior, haja vista ser prioridade absoluta do
ordenamento a proteção à vida, o que, por conseguinte implica também em assegurar
meios para que as gestantes possam, além de manter a gestação até o final, prover seus
bebês dignamente.
Sub-item , 2.7- Os casos de alterações psicológicas
e / ou fisiológicas temporários(estados menstruais ,
gravidez, indisposições cãibras , contusões ,
luxações , fraturas etc. ) que impossibilitem a
realização do teste, ou diminuam a capacidade
física do candidato, não serão levados em
consideração, não sendo concedido qualquer
tratamento privilegiado .

Assinala ainda que, embora exista expressa previsão editalícia, não pode ser impedida
de alcançar a colocação profissional tão almejada, para a qual vem reiteradamente
mostrando-se capaz com o cumprimento fiel dos atos no curso do certame, restando
momentaneamente impedida de prestar o teste físico unicamente em razão de sua
gestação.

Para tanto , a seleção deve ser elaborada sob critérios que garantam amola
acessibilidade ao cargo , nos termos do art. 37 da Constituição Federal :

Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funções públicas são


acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei;
II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração

Para tanto, o concurso busca efetivar o principio da isonomia ao aferir igualitária o


conhecimento , por meio de questões objetivas e discursivas , aptidão física por meio de
testes e por fim identificar-se o candidato tem alguma patologia que o impede de
exercer o cargo.

E esta é a única finalidade da avaliação médica: verificar a existência de impedimento


ao exercício do cargo, o que não ocorre na decisão impugnada.

Na presente demanda, a candidata foi negada a remarcação da 2º etapa por ela está
grávida.

A questão relativa a remarcação de exames em concurso público , apesar de já ter


posicionamento contrário pelo STF ( RE Nº 630.733/DF). Em que se reconheceu a
impossibilidade de realização de segunda chamada em etapa do certame em virtude de
situações pessoais do candidato, tal posicionamento não se aplica ao presente caso,
pois não analisou especificamente o estado de gravidez.

No caso referido, concluiu o Relator Ministro Gilmar Mendes, que a cláusula editalícia
que proíbe a remarcação de testes em virtude de caso fortuito e temporários de saúde,
não é constitucional, conferindo, na verdade, eficácia ao principio da isonomia.

No presente caso, contudo, não se pode comparar gravidez com doença. O pedido da
cândida de remarcação do teste físico não se fundamenta em problema de saúde
particular, mas sim em razão de sua condição gravídica, situação peculiar, que merece
tratamento diferenciado, conforme proteção constitucional à maternidade ( art. 227 da
CF/88 .

A gravidez não representa alteração patológica ou fisiológica temporária, mas sim uma
condição excepcional, que não pode causar prejuízo a gestante e, por isso, merece
analise diferenciada.

Entendimento diferente caracteriza grave interferência estatal na livre escolha do


planejamento familiar, uma vez que pesaria exclusivamente sobre a mulher um ônus ,
uma vez que obrigaria somente a ela interromper seus planos de pleitear uma carreira
publica em função da maternidade .

Este entendimento, inclusive norteou o posicionamento do Ministro Luiz Fux ao


reconhecer a Repercussão geral do tema no Recurso Extraordinário (RE) 105833,
afirmando que o entendimento firmado pelo STF no RE 630733 não pode se
aplicado as candidatas gestantes , porque naquele julgamento tratou-se de remarcação
em razão de problema temporário de saúde , hipótese absolutamente diversa da gravidez
Nos seguintes termos

“Além de gravidez não ser doença, a especial


condição de gerar um filho não pode contar em
desfavor da mulher.”
acesso mais isonômico a cargos públicos pressupõe
que se neutralize a desvantagem que a condição
natural da gravidez possa representar para a
genitora, permitindo, assim, que persiga seus
projetos de vida e suas ambições. (...) Além da
igualdade material, a controvérsia tangencia, ainda,
as manifestações da dignidade humana da mulher
(artigo 1°, II, da CRFB), sobretudo na vertente da
autonomia privada (artigo 5°, caput, da CRFB).
Mais especificamente, a Constituição de República
se posicionou expressamente a favor da proteção à
maternidade (artigo 6º) e assegurou o direito ao
planejamento familiar e à liberdade reprodutiva
(artigo 226, § 7º). A possibilidade de remarcação
repercute também no direito à saúde. Como bem
consignou o Tribunal de origem, em juízo negativo
de retratação, não se revela proporcional nem
razoável exigir que a candidata colocasse, de forma
irresponsável, a vida intrauterina em risco no teste,
mediante a prática de esforços físicos incompatíveis
com a fase gestacional “

Este posicionamento já norteia inúmeros precedentes sobre o tema:

Ementa
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.
MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO
PÚBLICO. CANDIDATA GRÁVIDA.
REALIZAÇÃO POSTERIOR DE TESTES
FÍSICOS. NOVA DATA. DESIGNAÇÃO.
POSSIBILIDADE.

I. Encontrando-se a impetrante, à época em que


deveria se submeter aos exames físicos exigidos no
concurso público para o cargo de agente de Polícia
Civil do Estado do Maranhão, em estado de
gravidez, impõe-se atentar para o considerável risco
de sua submissão aos testes, situação peculiar que, a
rigor, justifica a concessão de tratamento
diferenciado em favor da autora.

II. Permitir que a impetrante realize o teste físico


em data posterior não afronta o princípio da
isonomia nem consubstancia qualquer espécie de
privilégio, porque a "própria situação peculiar na
qual a agravada se encontrava requeria, por si só,
tratamento diferenciado" AgR 376607/DF">(RE-
AgR 376607/DF. Rel. Min. Eros Grau. Segunda
Turma. Julgado em 28.03.06. Publicado no DJU em
05.05.06, p. 35).

III. Segurança concedida


Ementa

APELAÇÃO CÍVEL - MANDADO DE


SEGURANÇA - CONCURSO PÚBLICO -
GRAVIDEZ - PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL -
REMARCAÇÃO DE TESTE FÍSICO -
POSSIBILIDADE - OBSERVÂNCIA DO
PRINCÍPIO DA ISONOMIA.

- A gravidez não representa alteração patológica ou


fisiológica temporária, mas sim uma condição
excepcional, que não pode causar prejuízo à
gestante e, por isso, merece análise diferenciada, de
forma a sanar a situação de desigualdade
apresentada.

- Sendo a gravidez uma condição especial,


protegida constitucionalmente, a possibilidade de
remarcação de teste físico em concurso público, ao
contrário de ofender o princípio da isonomia,
assegura sua observância

MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA DE


URGÊNCIA SATISFATIVA. AUSÊNCIA DE
PERDA DO OBJETO. CONCURSO PÚBLICO.
REMARCAÇÃO DE EXAME MÉDICO EM
RAZÃO DE GRAVIDEZ. PREVISÃO
EDITALÍCIA. AUSÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE.
ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 1. No caso em que a tutela de urgência
for satisfativa, o cumprimento integral da decisão
liminar não implica a perda do objeto, devendo a
sentença solucionar o mérito da ação mandamental,
pela denegação ou concessão da segurança. 2. O
colendo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL no
julgamento da Repercussão Geral no RE nº
630.733/DF reconheceu a inexistência de direito
dos candidatos à remarcação de provas, em razão de
circunstâncias pessoais, ainda que de caráter
fisiológico ou de força maior, salvo contrária
disposição do edital. 3. A candidata grávida não
possui direito à remarcação dos testes físicos, tendo
em vista que, no caso concreto, o instrumento
convocatório do certame expressamente obsta a sua
remarcação. V.V.: 1 - A absoluta prioridade
conferida pela Constituição Federal, art. 6º, c/c 227,
caput, não autoriza que a gravidez, seja confundida
com a situação pessoal do candidato com problemas
temporários de saúde, não alcançadas pelas
hipóteses tratadas no RE 630733/DF. 2 - O
respeitável aresto trata de problemas físicos de
saúde do candidato, entendendo, com propriedade,
que a situação pessoal não autoriza remarcação de
prova. Diferentemente ocorre com a gravidez que,
extrapolando o aspecto individual, protege a criança
desde a concepção. 3- Na colisão entre o interesse
público na observância das datas do edital e demais
atos da comissão examinadora para a realização do
teste de aptidão física e proteção do estado
gestacional, donde emanam não só os interesses
relativos à maternidade, mas também de proteção e
bem estar da própria criança em gestação, a
ponderação foi realizada pelo próprio constituinte
originário, ao conferir absoluta prioridade o bem
estar da criança em ges tação (art. 227, caput, da
CF/88). 4- Diante da vedação de que o poder
público, representado pela comissão do concurso,
fomente situações de risco para as crianças em
gestação, deve ser concedida a segurança para que
seja remarcada a prova de aptidão física, em
período para o qual já não mais existam riscos para
as crianças.

(TJ-MG - AC: 10000150570489002 MG, Relator:


Edilson Fernandes, Data de Julgamento:
02/04/0017, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 10/04/2017)

Diversamente do que sustenta a decisão impugnada não há afronta o PRINCIPIO DA


ISONOMIA eventual concessão à candidata , pois impedir a gestante de prosseguir no
certame seria tratar de maneira desigual pessoa em condições peculiares a necessitar de
cuidados especiais , conforme a doutrina ampara Em relação ao tratamento isonômico
das partes, Nelson Nery Junior leciona:
“Dar tratamento isonômico às partes significa tratar
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais,
na exata medida de suas desigualdades.
Por isso é que são constitucionais dispositivos
legais discriminadores, quando desigualam
corretamente os desiguais, dando-lhes tratamentos
distintos; e são inconstitucionais os dispositivos
legais discriminadores, quando desigualam
incorretamente os iguais, dando-lhes tratamentos
distintos. Deve buscar-se na norma ou no texto
legal a razão da discriminação: se justa, o
dispositivo é constitucional; se injusta, é
inconstitucional”

Ademais , considerando que a finalidade do concurso de aferir intelectual e física da


candidata foi suprida , há grave inobservância ao princípio da RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE a sua exclusão , conforme destaca a doutrina de Alice
Ribeiro de . Processo Administrativo do concurso público. JHMIZUNO. p. 74

“Os princípios da razoabilidade e da


proporcionalidade , que inter-relacionam , cuidam
da necessidade de o administrador aplicar medidas
adequadas a serem alcançadas . De fato, os efeitos e
conseqüências do ato administrativo adotado devem
ser proporcionais ao fim visado pela administração,
sem trazer prejuízo desnecessário aos direitos dos
individuais envolvidos e a coletividade “

Afinal , as exigências de um concurso publico tem como objetivo unicamente se


certificar que o candidato dispõe de conhecimentos e aptidão para atividades inerentes
ao cargo e jamais poderão configurar embaraço a candidatos qualificados .
No presente caso , considerando a robusta prova que apresenta , é necessário concluir a
decisão pela remarcação da prova de aptidão , devendo ser revista .

DO PEDIDO DE LIMINAR

Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se
suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante
do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra
amparo no texto da Constituição e na jurisprudência atual sinal de bom direito

In casu, encontram-se configurados os requisitos para concessão da medida liminar,


quais sejam o periculum in mora e o fumus boni iuris, o primeiro consistente no risco da
impetrante perder a chance de concluir o certame, enquanto que o segundo está
evidenciado pela flagrante violação aos princípios constitucionais do contraditório e da
ampla defesa.

Ou seja, busca a impetrante a concessão da medida liminar, para que seja determinado à
autoridade coatora que seja remarcada sua prova física no tocante aos exames físicos
faltantes, procedimento que em absoluto prejudica a integralidade do certame, e que
garante a correta aplicação dos mandamentos constitucionais ao caso concreto.

Cretella Júnior visualiza a liminar no mandado de segurança de uma forma interessante.


Observa ele:

"Se o mandado de segurança é o remédio heróico


que se contrapõe à auto-executoriedade, para cortar-
lhes os efeitos, a medida liminar é o pronto socorro
que prepara o terreno para a segunda intervenção,
enérgica (como é evidente), porém, mais cuidadosa
do que a primeira.”

DOS PEDIDOS

Em razão do exposto, requer de Vossa Excelência :

1-requer a concessão de Medida Liminar inaudita altera pars para suspender os


efeitos do ato administrativo , nos termos do art 7º inc da Lei 12016, determinando ao
impetrado que seja REMARCADA A TAF, exames faltantes, sob pena de
desobediência;

2- Que, nos termos do no art. 7º, I, da Lei nº. 12.016/09, se notifique a autoridade
coatora do conteúdo da petição inicial, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as
informações cabíveis

3-Seja intimado o digno representante do Ministério Público no prazo estipulado pelo


art. 12 da Lei nº. 12.016/09; ;

4- Que, com a urgência exposta no § 4o da lei 12.016/09, sejam os presentes autos


julgados com prioridade de julgamento
5-Requer, após o processamento do presente mandamus e, após ouvida a autoridade
coatora no prazo legal e ouvido os demais interessados na forma da lei, seja julgado
procedente o PEDIDO do presente MANDADO DE SEGURANÇA para, concedendo a
segurança, determinar que a autoridade coatora procedam em definitivo a liminar
pleiteada, como meio de evitar prejuízo na continuidade da impetrante no certame,
tendo em vista a necessidade de conclusão dos exames para o ingresso no curso de
formação de soldado combatente , fase subseqüente do certame;

4- Juntada da prova pré-constituída, a comprovar o direito liquido e certo;

5-Requer, por derradeiro, a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, por


não poder arcar com às custa processuais e honorários, sem privar-se dos meios
necessários à sua subsistência, consoante declaração anexa.

Dá-se à presente causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para os efeitos


procedimentais

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

ADVOGADO....
OAB...

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