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ID: 74415971 08-04-2018 Âmbito: Interesse Geral Corte: 1 de 7

EAF AIR
EM PÚBLICO
ÉtiMAART E...

APRENDE-SE
HÁ QUEM NASÇACOM O DOM, HÁ QUEM IHETENHA UM MEDO DE MORTE.A CAPACIDADE DE FALAR EM PÚBLICO, CONTAR
UMA HISTÓRIA, DEFENDER UMA IDEIA, PASSAR UMA MENSAGEM, INFLUENCIAR E MOBILIZAR AUDIÊNCIAS, É UM
DESAFIO. OS ENTENDIDOS DIZEM QUE SOMOS O QUE COMUNICAMOS E HE ESTAS COMPETÊNCIAS SE TREINAM PARA
A MENSAGEM CHEGAR COM CLAREZA AO DESTINATÁRIO. POLÍTICOS, EMPRESÁRIOS, PROFESSORES, ESTUDANTES
E ENGENHEIROS PROCURAM MELHORAR A CAPACIDADE DE FALAR EM PÚBLICO - MAS NÃO SÃO OS ÚNICOS.
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REPORTAGEM


Sara Batalha, da MTW
Portugal (em cima,
à esquerda) e Nuno
Miguel Henriques dão
formação sobre como
falar em público. Catarina
Basílio (em cima,
à direita) fez um curso
com a Speak and Lead.
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R EPOIITAGEM

Texto Sílvia Júlio

I á assistiu a uma con-

J
cria uma coisa artificial. Eu continuo a ser a
ferência com um te- mesma com novas ferramentas que me per-
ma que prometia ser mitem melhorara Catarina que já existia.»
interessante e o ora-
dor não conseguiu
cativar a audiência? Timidez,
Catarina Basílio tem
23 anos, é arqueólo- •
vai embora!
ga, com bolsa de in- Ação de formação de David Vicente Barata já fez aos 32 anos dois ní-
vestigação, e dá conferências nacionais e Mourão, da Speak and Lead, veis de um curso de falar em público pa-
internacionais em congressos organizados sobre «Falar em público».
ra vencer sobretudo a timidez, que o im-
por universidades e museus. APré-História pedia de chegar às pessoas numa simples
é ocerne dasua investigação, o período Cal- conversa. Tendia a olhar e a falar parabai-
colítico em que o homem começou a trans- xo. «Sempre fui muito tímido e apercebi-
formar o cobre. Para se «destacar entre os -me de que as minhas abordagens eram
outros investigadores», investiu no treino um bocado despropositadas.»
de falar em público. Usou o que aprendeu Logo na primeira sessão foi embora mais
para defender a sua tese de mestrado e pro- cedo quando foi pedido aos formandos pa-
ferir comunicações cá e lá fora. «Tenho de ra exporem um tema à escolha. Achou que
falar muitas vezes em público, quer seja pa- não seria capaz. «Faltou-me coragem pa-
raapresentardados quersejaparacaptarfi- ra falar e estava muito nervoso.» Recon-
nanciamento paraprojetos de investigação. siderou e pensou que se fizesse «figura de
Associadaànossaprofissão dearqueólogos palerma» não viria mal ao mundo. É mo-
está a ideia de que não somos bons comuni- torista da família de um governante afri-
cadores. Para combater isso, complemen- cano e tem ideias para empreender num
tei aminhaformaçác " ).»Ainvestigadoranão futuro próximo: uma quinta pedagógica
querver ninguém a bocejar durante as suas e um parque de autocaravanismo. «Estas
apresentações, marcando a diferença. formações são importantes para ir bater
Um dos problemas de Catarina que de- às portas. Já falei com engenheiros do La-
nunciavam insegurança era a dificuldade boratório Nacional de Engenharia Civil,
em manter os pés fixos ao chão, balançan- com ajunta de freguesia e daqui a uns dias
do de um lado para o outro. «Apostura cor- vou estar com um vereador de uma câma-
reta ajuda a voz a sair mais fluida e natu- ra municipal.»
ral.As técnicas ensinadas não sãopara mu- David Mourão, CE0 da Speak and Lead,
dar o discurso mas para melhorar - não se empresa de formação e consultoria, espe-
cializada em publit speaking, persuasão
e influência, leciona a arte de bem comu-
nicar, persuadir e influenciar, em parceria
com universidades e associações de estu-
dantes. Recebeu até convites para dar for-
mação a professores universitários com
«alguns tiques», que podem ser corrigidos,
embora seja «mais fácil» trabalhar com jo-
vens que têm menos vícios na comunica-
ção. «Na maioria das vezes as pessoas não
sabem o que estão a fazer com o corpo e a
voz, porque estão focadas na palavra que
vão dizer a seguir. Quando fazemos grava-
ções de vídeos, dizem-nos que nunca se ti-
nham apercebido disso.» Também o medo


Olga Vitorino, presidente da União
das Freguesias de Carragozela e
Várzea de Meruge, no curso lecionado
por Nuno Miguel Henriques.
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Pedro Afonso, CE0


da Axians Portugal,
durante a TEDx no
Colégio Militar, com
o tema «A escada
da vida».

de falar em público é comum a muita gente municipais desde a receção à presidência.


- contudo, é possível contornar os receios. Olga Vitorino, 37 anos, presidente da as- COMO SE PREPARA
«Não acabamos com o nervosismo, o que sembleia da União das Freguesias de Car-
conseguimos é pôr as pessoas mais em con- ragozela e Várzea de Meruge, concelho de UMA CONFERÊNCIA
dições de controlarem o corpo e a oralida- Seia, é «nova nas funções» e diz que o que Pedro Afonso, 7 711 competên-

de. Às vezes falam bem, o conteúdo é inte- ali está a reter «são ferramentas para im- CEO da Axians cia que se
ressante, mas estão a passar nervosismo à plementar neste novo mandato». Considera Portugal, numa trabalha com
audiência. Quando não estão confortáveis, que a credibilidade naquilo que se dize faz é TEDx sobre afinco. Mesmo
«A escada da quando ia se
a audiência também não vai estar confor- crucial aos olhos dos fregueses. Aexpressão
vida», no Colé- tem boas capa-
tável, o que cria barreiras à comunicação.» «mais séria, mas também assertiva, trans- gio Militar. cidades de
Membros de juventudes partidárias mite a mensagem de mais confiança». Antes de profe- oratória, o
também procuram estas ações de forma- Sérgio Monteiroé secretário daJuntade rir a conferên- ótimo atinge-se
ção. David Mourão conta que lhe causa es- Freguesia de Samuel, concelho de Soure. cia, foi acompa- com treino.
tranheza ouvir políticos na Assembleia da Tem 33 anos e faz parte da nova geração nhado por uma Captar a aten-
equipa de pro- ção da plateia é
República que não sabem transmitir com de autarcas que reconhecem a relevância
fissionais. Tudo uma arte que se
eficácia uma mensagem. «Temos pessoas da segurança na comunicação na altura foi preparado aprimora com
na Casa da Democracia que nos represen- em que se projeta a voz: «A confiança com ao pormenor profissionalis-
tam e não sabem falar em público, o que é que falamos pode condicionar a comuni- para que cau- mo. Da mesma
uma montra da nossa sociedade com défi- cação que estamos a fazer.» Apesar de to- sasse impacto forma que se
ce de comunicação.» dos estarem mais despertos para estas si- na audiência. estuda para
tuações, Sérgio Monteiro nota que «quem Os efeitos vi- aprofundar
suais e as pala- determinadas
ocupa deter minados cargos ainda não dáa
Mensagem assertiva importância necessária a estes assuntos».
vras escolhidas áreas do conhe-
cativaram o cimento, tam-
Numa sala de um hotel em Coimbra estão Asua intenção, garante, é empregaras téc- público. Apre- bém é possível
reunidos sobretudo autarcas. Objetivo: nicas de comunicação para um contacto sentar uma aprender
aprender a comunicar melhor, saber o pro- mais próximo com os cidadãos. comunicação a comunicar
tocolo autárquico e projetar uma imagem Nu no Miguel Henriques, diretor da Em- «natural» é com eficácia.
moderna das juntas de freguesias câmaras baixada do Conhecimento, ensina há duas
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REPORTAGEM


Patrícia Fernandes é diretora de
marketing digital, inovação e comunicação
do Montepio e recorreu aos serviços
da especialista Sara Batalha para se
preparar para uma entrevista televisiva.
F0 1001AFIASORtANDJAIM110

décadas estas matérias. Assume-se como desportistas, empresários, médicos e es- há dez anos em Portugal e, nos últimos três,
comunicólogo. Vários políticos - autarcas, tudantes. As novas gerações ligadas às Caprocural foi galopante. Houveumacons-
deputados e antigos ministros - já o procu- ciências, engenharias etecnologias estão a ciencialização do setor empresarial no im-
raram para melhorar a capacidade de co- apostar em ser melhores comunicadoras. pacto da comunicação no negócio. Só ago-
mu nicar.Afiançaque contribuiu para a vi- ra é que o líder português sabe que a lide-
tória de oito presidentes de câmara. rança
«Ajudo a construir os alicerces para as Milhões na boa comunicativa não é um should have
- é um must have.» Estetrabalho é já indis-
pessoas trabalharem para o seu suces-
so. Sou um treinador de emoções.» E faz comunicação pensável para muitos líderes de primeirali-
nha: «Noventa por cento dos meus clientes
a analogia com o desporto: «Podemos ter Se muitos já têm um personal trainer para são CEO, metade do PSI 20. Eles sabem que
os melhores jogadores do mundo, mas se chegarem aos objetivos a que se propõem com uma apresentação podem ganhar um
não tivermos um bom treinador não fun- fisicamente, há cada vez mais quem tenha negócio de milhões.»
ciona.» Cita Thomas Edison para dizer um treinador pessoal para exercitar com- Para esta especialista, «um comunica-
que também na comunicação existem os petências comunicacionais adaptadas às dor moderno deve estar focado no outro,
tais «dez por cento de inspiração e noven- necessidades e ambições de cada um, com deve estar preparado e deve trazer de si a
ta de transpiração». Cristiano Ronaldo é o soluções individualizadas. Sara Batalha, sua naturalidade, seja ela qual for». Sa-
melhor do mundo e continua a treinar pa- CEO da MTW - Media Training World- ra Batalha afirma que «o líder português
ra se superar ainda mais. É também as- wide Portugal, trabalha há 24 anos em co- quer ser influenciador». Os clientes apren-
sim que se trabalham as competências de municação e sublinha que tem havido uma dem ferramentas para estarem mais natu-
comunicação. Nos últimos tempos, Nu- procura crescente, na ordem dos sessenta rais e confortáveis em situações destress.As
no Miguel Henriques tem acompanhado porcento/ano,porestes setviços. «Estamos soft skills, frisa a CEO da MTW, ajudam a
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS


• usando o com anteci- chamada de
Marcar um famoso «eu». paçáo o que atenção.
X imaginário • vai acontecer. •
do local Saborear • E as mãos?
onde vai a audiência, Pensar na A dúvida
comunicar. ao chegar ao última coisa clássica._
• palco, para que quer Mãos na Linha
Evitar o famo- demonstrar transmitir, do umbigo,
so pêndulo que está feliz para que a zona do con-
lbatançarl. por estar ali. frase fique troto emocio-
• • na memória nal, para
Não iniciar a Preparar do outro garantir que
intervencão e visualizar como se movem.

alavancar a economia nacional: «A forma co-


mo comunico o país e como me comunico en-
quanto profissional aumenta o meu valor de
mercado.»
Patrícia Fernandes é diretorade marketing
digital, inovação e comunicação do Monte-
pio. Os exercícios de comunicação que tem
feito «são valiosos» para veicular a mensa-
gem pretendida. Sara Batalha dirigiu-se
àquela instituição para preparar a responsá-
vel do Montepio para uma entrevista que ia
conceder a um canal de televisão. Procurou
este tipo de acompanhamento por estar con-
vencida de que «comunicar é absolutamen-
te essencial para sermos bem-sucedidos pro-
fissionalmente como líderes de equipas. E a
comunicação treina-se com especialistas»,
afirma perentoriamente.
Segundo esta líder de 47 anos, habituada
a trabalhar em multinacionais, tem de ha-
ver «humildade» para aceitar o que não se
faz tão bem e permitir que outra pessoa ava-
lie, assumindo-se vulnerabilidades. «É pre-
ciso ter consciência de onde estou e onde que-
ro estar para fazer esse caminho.» Patrícia
Fernandes sempre teve facilidade de comu-
nicação, o que não significa que comunique
«muito bem». É a procura da excelência que
lhe faz sentido no meio onde se move, por-
que fala para grandes audiências: «Tenho de
ter a capacidade de dominar a técnica de co-
municação - e isto trabalha-se, não há mi-
lagres. Comunicar não é como andar de bi-
cicleta - continua a ser necessário o treino»,
enfatiza. Faz questão de receber sempre o
feedback do que diz e da forma como o faz pa-
ra continuar aprogredir.. E gosta de partilhar
o que sabe sobre comunicação às suas equi-
pas: «Não gosto de ficar com o conhecimen-
to só para mim.» Os líderes, que fazem jus à
função, desenvolvem, com boacomunicação,
quem trabalha com eles.
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