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Luise Borçonaro Iazeta Kelly Blanes Márcia M.

Betioli Gerbasi
Prof. Mestre Thiago de Almeida
(www.thiagodealmeida.com.br)

Sexualidade na E scola
• “A sexualidade faz parte de nossa
conduta.
Ela faz parte da liberdade em
nosso usufruto deste mundo”.
(Michel Foucault)
 Sexualidade é um termo amplamente
abrangente que engloba inúmeros fatores
e dificilmente se encaixa em uma
definição única e absoluta.
 Muitas vezes se confunde o conceito de
sexualidade com o do sexo propriamente
dito.
 Conjunto de caracteres estruturais e funcionais
segundo os quais um ser vivo se classifica como
macho ou fêmea e desempenha papel
específico de uma dessas condições na
reprodução da espécie.
 O chamado diencéfalo ou cérebro primitivo, 
intervém, por meio do hipotálamo, no desejo,
no interesse sexual e também recolhe as
informações que chegam do exterior e dos
hormônios, controlando-os e dando as
respostas da excitação sexual, ejaculação,
sensações de prazer e regulando as respostas
emocionais e afetivas no comportamento
sexual.
 O chamado sistema límbico do nosso cérebro
discrimina e seleciona os estímulos,
reconhecendo os sinais de saciedade  inibindo
o comportamento sexual.
A noção de sexualidade como busca de
prazer, descoberta das sensações
proporcionadas pelo contato ou toque,
atração por outras pessoas (de sexo oposto
e/ou mesmo sexo) com intuito de obter
prazer pela satisfação dos desejos do corpo,
entre outras características, é diretamente
ligada e dependente de fatores genéticos e
principalmente culturais.
 O contexto influi diretamente na sexualidade
de cada um.
Vídeo
A sexualidade humana forma parte
integral da personalidade de cada um. É
uma necessidade básica e um aspecto do
ser humano que não pode ser separado
de outros aspectos da vida. A
sexualidade não é sinônimo de coito e
não se limita à presença ou não do
orgasmo. Sexualidade é muito mais do
que isso. É energia que motiva encontrar
o amor, contato e intimidade, e se
expressa na forma de sentir, nos
movimentos das pessoas e como estas
tocam e são tocadas. (BRAGA, 2011)
 A Sexualidade é parte integrante de todo ser
humano, está relacionada à intimidade, a
afetividade, ao carinho, a ternura, a uma forma
de expressão de sentir e expressar o amor
humano através das relações afetivossexuais.

Sua presença está em todos os aspectos da


vida humana desde a concepção até a morte,
manifestando-se em todas as fases da vida,
infância, adolescência, fase adulta, terceira
idade; sem distinção de raça, cor, sexo,
deficiência, etc.;

Além de que não está apenas nos aspectos genitais, mas


sendo considerada como uma das suas formas de
expressão, porém nunca como forma isolada, como um fim
em si mesma.
 Podemos definir sexualidade como um conjunto colorido que
contém contato, relação corpórea, psíquica, sentimental, desejo
voltado a pessoas e objetos; sonhos e delírios; prazer, gozo e dor;
perda, sofrimento e frustração; crescimento e futuro;
consciência, plenitude do presente e memória do passado;
processos estes que vão sendo elaborados e dando espaço para
novas conquistas. (ALMEIDA, 2010)

Sentimentos esses que se alternam, cruzam-se de modo imprevisível,


exigindo uma progressiva capacidade do ser humano em ir dando
compreensão e aceitação as mudanças. Tudo sempre vinculado a
intensas sensações corpóreas, pensamentos constantes, parecem
estarem no ar, uma sensação de apaixonamento constante, que pode
ser pelo próprio corpo ou pelo desejo do corpo do outro, mas
desejos, afetos e emoções que precisam ser resignificadas em cada
um nós. (ALMEIDA,2010)
 Encontraremos todos estes sentimentos
em cada um de nós.
 Muitos de nós negamos as
transformações, outros passaram, outros
se rebelaram, sofreram, outros curtiram,
viveram, outros não podem nem se
lembrar, outros foram quase que
impedidos de viver esta experiência.
 Esta última possibilidade é a mais
preocupante e paralisante, porque
impede de experenciar relacionamentos
afetivossexuais.
Marilandes Ribeiro Braga
D elegad a Regional d a SB RASH - Socied ad e Brasileira d e Estud os em Sexualid ad e

• “A sexualidade influência pensamentos,


sentimentos, ações e integrações portanto a saúde
física e mental. Se saúde é um direito humano
fundamental, a saúde sexual também deveria ser
considerada como direito humano básico. A saúde
mental é a integração dos aspectos sociais,
somáticos, intelectuais e emocionais de maneira tal
influenciem positivamente a personalidade, a
capacidade de comunicação com outras pessoas e
o amor“ (BRAGA, 2011)
 1-O DIREITO A LIBERDADE SEXUAL - A liberdade
sexual diz respeito a possibilidade dos indivíduos
em expressar seu potencial sexual.
 2 – O DIREITO A AUTONOMIA SEXUAL –
INTEGRIDADE SEXUAL E A SEGURANÇA DO CORPO
SEXUAL – Este direito envolve habilidade de uma
pessoa em tomar decisões autônomas sobre a
própria vida sexual num contexto de ética
pessoal e social, Também inclui o controle e o
prazer de nossos corpos livre de tortura,
mutilações e violência de qualquer tipo.
 3 – O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL – O direito
de decisão individual e aos comportamentos
sobre intimidade desde que não interfiram nos
direitos sexuais dos outros.
 4 – O DIREITO À IGUALDADE SEXUAL - Liberdade de todas
as formas de discriminação, independentemente do sexo,
gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social,
religião, deficiências mentais e físicas.
 5 – O DIREITO AO PRAZER SEXUAL - prazer sexual,
incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico,
psicológico, intelectual e espiritual.
 6 – O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL – A expressão sexual
é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada
indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através
da comunicação, toques, expressão emocional e amor.
 7 – O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL – Significa a
possibilidade de casamento ou não, ao divórcio e ao
estabelecimento de outros tipos de associações sexuais
responsáveis.
 8 – O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRE E
RESPONSÁVEIS – É o direito em decidir ou não filhos, e número e
o tempo entre cada um, e o direito total aos métodos de
regulação da fertilidade.
 9 – O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO – A informação sexual deve ser gerada de um
processo científico e ético e disseminando em formas apropriadas
e a todos os níveis sociais.
 10 – O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL COMPREENSIVA – Este é um
processo que dura a vida toda, desde o nascimento, e deriva
envolver todas as instituições sociais.
 11 – O DIREITO À SAÚDE MENTAL – O cuidado com a saúde
deveria estar disponível para a prevenção e tratamento do todos
os problemas sexuais, preocupações e desordens.
 Declaração aprovada durante o XV Congresso Mundial de
Sexologia ocorrido em Hong Kong – China – entre 21 e 27 de
agosto de 1999, na Assembléia Geral da World Association for
Sexology.
 Em 1997 na elaboração dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) e os Temas Transversais(TTs) foi
determinado que seis disciplinas (Língua Portuguesa,
Matemática, Ciências Naturais, História e Geografia,
Arte, e Educação Física) deveriam abordar
problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas
de abrangência nacional e até mesmo de caráter
universal. Segundo tais critérios foram selecionados: 
 1.      Ética
 2.      Meio Ambiente
 3.      Saúde
 4.      Pluralidade Cultural
 5.      Orientação Sexual.
O desenvolvimento da Sexualidade
A Sexualidade Infantil
• A sexualidade da criança
começa no imaginário dos
pais, antes mesmo do
nascimento. Todos os pais
têm expectativas em
relação a seus filhos,
conscientes ou
inconscientes, e uma destas
diz respeito à sexualidade
da criança. Esta ao nascer
pode corresponder à
expectativa ou não e se
desenvolverá conforme for
a aceitação do sexo da
criança pelos pais.
A partir do nascimento podemos classificar
a curiosidade sexual de forma genérica em:
• 1ª curiosidade sexual - auto-descobrimento
do corpo
• 2ª curiosidade sexual - eliminação de
excreções
• 3ª curiosidade sexual - diferenciação dos
sexos
• 4ª curiosidade sexual - nascimento
• 5ª curiosidade sexual - puberdade
• 6ª curiosidade sexual - adolescência
Para responder aos questionamentos de ordem
sexual das crianças deve-se ter claro que "a
Vídeo criança que tem idade para perguntar, tem
idade para ouvir a resposta".
O tom de voz, o olhar, a postura de quem
responde devem ser valorizados para que não
sejam artificiais nem repressores.
• Para satisfazer a curiosidade infantil o adulto
deve seguir os seguintes princípios:
• - saber porque e de onde vem a pergunta;
• - honestidade;
• - restringir-se à pergunta feita, sem se estender;
• - progredir com base no que a criança já
conhece;
• - fornecer explicações em linguagem simples e
familiar;
• - sempre que possível corresponder ao
momento em que a criança solicita;
• - repetir, se necessário.
Comportamentos Sexuais
Observados em Sala de Aula

• Beijos, exploração do corpo do


colega, jogos sexuais, etc.
• o educador pode pautar-se sobre os
mesmos princípios que usa para
outros comportamentos
inadequados em aula, ou seja,
demonstrar que entende a
curiosidade mas que a escola é um
lugar onde deve-se respeitar a
vontade dos outros e que estão lá
para aprender, brincar, etc.
• A sexualidade infantil é inerente a qualquer criança e sua
demonstração será particular a cada uma, sendo que aos educadores
cabe conhecê-la, respeitá-la, conduzí-la de forma adequada, sem
estimulação nem repressão e tendo sempre em mente uma auto-
reflexão de sua própria sexualidade.
• "A única coisa que não vale é mentir para a criança. Ela vai checar
com outra pessoa e perder a confiança neste adulto que mentiu".
• Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19
anos de idade. Para o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA), o jovem brasileiro
está entre os 12 e os 18 anos.
• As mudanças físicas correlacionadas com as
mudanças psicológicas levam o adolescente
a uma nova relação com os pais e com o
mundo.
• Na adolescência, os jovens, de diversas
formas, procuram se inserir no social, por
meio de buscas por identificações no seu
meio de convívio, que não estejam mais
ligadas ao ciclo familiar.
• Dessa forma, percebemos a importância que c
s
o grupo de pares assume nesse período da na E
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O Adolescente

• Mobiliza-se, também na adolescência, a


sexualidade enquanto função vital. Particularmente
na adolescência, ao se completar a maturação
sexual do organismo humano, a sexualidade
aproxima-se de um dos canais pelos quais é
experimentada ao longo da vida adulta – a
genitalidade.
• Mais do que cumprir uma função fisiológica, a
sexualidade na adolescência caracteriza-se por
demarcar a fronteira entre a infância e a idade adulta,
focalizando-se em uma validação da capacidade
genital. (TAVARES, 2008 apud VOLPI, e
LESZCZYNSKI, 2010). 
• “O ato permite ao jovem reconhecer esse novo corpo
e essa nova imagem corporal como os de um sujeito
genitalmente capaz e, assim, apropriar-se,
imaginariamente, de seu papel de ser sexuado.”
(TAVARES, 2008 apud VOLPI, e LESZCZYNSKI,
2010).
A Expressão da Sexualidade Nessa Fase
1. A repressão do próprio impulso, principalmente se os primeiros
contatos forem frustrantes.
2. Aceitar o ato sexual, mesmo sem envolvimento afetivo, talvez essa
seja a forma de expressão mais freqüente na adolescência.
3. A preferência sexual com afeto é o posicionamento que
demonstra postura mais integrada frente à sexualidade, escolha
esta que se encontra subsidiada pelas vivências de cada
adolescente .
• Para o desenvolvimento do papel sexual ou de gênero, o
adolescente precisa de pessoas complementares, que
desempenham outros papéis, e este contato provoca a necessidade
de formar vínculos afetivos, que vão determinar suas novas
experiências.
“Ficar”
• É uma forma de buscar a afirmação de um papel sexuado
no grupo, e desse modo, buscar também uma identidade
sexual.

• Esse tipo de relação está fundamentada na atração física,


no erotismo, na existência da “não-exclusividade” de
ambas as partes e no seu aspecto passageiro. Os
adolescentes em questão procuram esse tipo de
relacionamento como forma de experimentar a
intimidade e uma série de desejos, sentimentos e emoções
relacionados a ela, sem, contudo, precisarem estar
vinculados a um compromisso com outra pessoa.
A relação sexual
• A vivência do ato sexual reorganiza as experiências
sexuais anteriores, mas os medos impedem que o
adolescente vivencie de forma plena esse momento, o
que pode produzir insegurança em relação ao futuro.
• O significado pessoal que cada adolescente dará à
sexualidade pode alterar suas expectativas, criando,
ou dissolvendo problemas.

O ato sexual pode provocar frustrações, ou ser fonte de


estímulo permanente. A satisfação em uma relação sexual
é a base para o desenvolvimento das próximas vivências
sexuais, construindo suas experiências rumo à
maturidade sexual.
Comportamento sexual do adolescente atual
Comportamento sexual do adolescente atual

A maioria dos adolescentes,


mesmo conhecendo os
métodos contraceptivos, inicia
vida sexual sem proteção e, no
seguimento da atividade
sexual, o uso sistemático deixa
quase 30% sem proteção, tanto
na contracepção como contra
as DST/AIDS.
Os locais mais utilizados para
as relações são a própria casa
ou a casa de amigos.
Educação Sexual na Escola
• É fundamental que a escola, desde
a pré-primária à universidade,
defina com coerência os objetivos
que pretende atingir.
• É necessário preparar os
professores, tanto com suas
próprias dificuldades com relação
à sexualidade quanto as questões
teóricas.
• A educação sexual deve ser feita
em conjunto com os pais.
• Além dos temas biológicos e de
prevenção, deve-se abordar temas
do interesse dos alunos.
• As escolas não estão preparadas
para acolher a educação sexual.
Um dos principais motivos é a não
aceitação dos pais dos alunos, que
pensam que provocaria
exarcebação da sexualidade dos
jovens.
• Orientação sexual deriva do conceito
pedagógico. Abrange o desenvolvimento
sexual compreendido como saúde
reprodutiva, relações interpessoais,
afetividade, imagem corporal, autoestima e
relações de gênero.
• Educação sexual inclui todo o processo
informal pelo qual aprendemos sobre a
sexualidade ao longo da vida, seja por meio
da família, da religião, da comunidade, dos
livros ou da mídia.
Investir na Formação dos Professores

• A formação da maioria dos professores não


foi voltada para se falar abertamente e sem
discriminação de certos assuntos como o da
sexualidade.
• Suas dificuldades provém tanto do
despreparo teórico, quanto de seus próprios
preconceitos já interiorizados.
• Os tabus devem ser eliminados.
• Nas pesquisas realizadas com adolescentes, constatou-
se que a primeira pessoa a qual procuram quando em
duvida sobre a sexualidade é um amigo(a) de idade
próxima.
• Por isso, é interessante criar bate-papos entre os
adolescentes e estes passarem as informações (já
elaboradas em conjunto com o facilitador) para os mais
novos. (COSTA, 2000)

Os jovens não querem apenas discutir sobre o desenvolvimento fisiológico ou


como se prevenir. Querem falar de sentimentos, tirar duvidas, etc.
 Faixa etária 4 e 5 anos
 Conteúdo: Identidade e Autonomia
 Objetivos
 - Envolver professores e pais no trabalho de
orientação sexual dos estudantes.
 - Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o
próprio e o do outro).
 - Refletir sobre diferenças de gênero e
relacionamentos.
 - Dar informações sobre gravidez, métodos
anticoncepcionais e doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs).
 - Conscientizar sobre a importância de uma vida
sexual responsável.
 1ª ETAPA
 Preparação da escola e da comunidade:
 Capacitação da equipe - Professores e funcionários devem
estar preparados para lidar com as manifestações da
sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação
sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e
adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é
o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a
identificar os conteúdos das diversas disciplinas que
contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema.
 Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com as famílias
para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente
sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e
na adolescência.
 Formação permanente - Organize um grupo de professores
para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as
experiências em sala de aula.
 2ª ETAPA
 Da pré-escola ao 5º ano, o trabalho em sala de aula exige
atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças,
pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades
propostos a seguir.
 Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de
curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as
diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem
tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas.
Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões
como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e
converse com a turma.
 O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter
prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de
satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os
explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram
e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga
que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não
devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras
maneiras de ter prazer na escola.
 Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV,
certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de
Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como
nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre
bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.
 Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida,
certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê,
desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa
para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico
de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.
 Vocabulário da sexualidade - Palavrões são comuns nas conversas infantis
e podem ser usados para fazer graça ou para agredir. Mas eles perdem
rapidamente o impacto quando você os escreve no quadro. Explique o
significado de cada um, deixe claro que todos podem ser ofensivos e, por
isso, não devem ser usados - principalmente em público.
 Caso as palavras façam referência aos órgãos sexuais, levante as outras
que a turma conheça para pênis e vagina. Escreva no quadro os termos
corretos e utilize-os nas conversas sobre o tema.
 Padrões de beleza - Ao perceber que os alunos debocham da aparência
de um colega, um bom caminho é promover um debate sobre padrões de
beleza. Que tal passar o filme Shrek? Por que a princesa Fiona se esconde
quando vira ogra? Ela só é aceita quando aparenta ser bela? Que
qualidades têm os personagens? É justo que as pessoas evitem quem não
acham bonito? Outro bom exemplo é a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. A
modelo é bonita? Explique que, na época em que foi pintada, ela era
(sim) um padrão de beleza. Divida a turma em duplas e peça que cada um
descreva qualidades ou algo que ache bonito no colega.
 3ª ETAPA
 Com os mais velhos, o trabalho deve ser sistemático, com aulas semanais
ou quinzenais. Monte uma lista com os temas, mas os apresente de
acordo com o interesse da turma.
 Puberdade - Coloque no quadro desenhos de corpos femininos e masculinos em
diferentes fases do crescimento. Pergunte aos alunos o que eles entendem por
puberdade.
 Explique as transformações físicas e emocionais e por que elas acontecem. As questões
podem ser feitas oralmente ou por escrito (se você não quiser expor ninguém).
 Maternidade e paternidade - Leia o poema Enjoadinho, de Vinicius de Moraes. Pergunte
de que um bebê precisa durante a gestação e após o nascimento e fale sobre as
necessidades dos pais. Escreva as respostas no quadro. Pergunte se é possível um
adolescente ser pai e mãe e prover tudo de que o bebê precisa. Do que o jovem terá de
abrir mão para cuidar de uma criança? Quais são as vantagens de adiar a gravidez? Ao fim
da aula, peça que os alunos escrevam sobre o que esperam do futuro.
 Métodos anticoncepcionais - Leve para a sala de aula cartelas de pílulas, camisinhas
masculina e feminina, tabelinha etc. Faça circular pela classe e dê explicações sobre
cada tipo. Responda às dúvidas. Divida a turma em grupos e dê a cada um uma banana
ou cenoura e uma camisinha para demonstrar como ela deve ser colocada. Depois peça
que os jovens façam o mesmo. Lembre-os de que as camisinhas masculina e feminina são
o único método anticoncepcional que previne as DSTs.
 Aborto - No Brasil, a interrupção intencional da gravidez é crime, exceto quando a mãe
foi estuprada ou corre risco de morte. Antes do debate, ofereça textos sobre o tema e
forme dois grupos para uma dramatização. O primeiro deve ter personagens como uma
grávida que quer ter o bebê, o namorado que prefere que ela aborte, o médico que fará
a operação, a mãe que é contra e a amiga que tem dúvidas. O outro: a grávida que
insiste em abortar, o namorado que é contra, o médico que a aconselha a não fazer isso,
a mãe que tem dúvidas e a amiga que insiste na interrupção. Proponha que os jovens
improvisem um diálogo usando argumentos compatíveis com cada personagem.
 DSTs - Ponha para tocar A Via Láctea, de Renato Russo, e
Ideologia, de Cazuza. Esses dois músicos morreram em
decorrência da AIDS. Os alunos sabem o que a sigla
significa? Selecione versos ("Essa febre que não passa",
"Meu prazer agora é risco de vida" e outros) e discuta seu
significado. Peça uma pesquisa sobre a incidência da
síndrome na população. A análise mostrará que não
existem mais grupos de risco, mas atitudes de risco.
Converse sobre outros tipos de DSTs e como se prevenir.
 O que é ser homem e ser mulher - No filme Billy Elliot,
de Stephen Daldry, o personagem principal quer ser
bailarino. O que os jovens fariam se um filho tivesse esse
desejo? Ou uma filha que sonha ser futebolista? O que é
ser homem e ser mulher? Dá para definir levando em
consideração apenas o que a pessoa gosta de fazer?
 Homossexualidade e bissexualidade - Assista com os
alunos ao filme Brokeback Mountain, de Ang Lee. Como o
preconceito contra homossexuais é mostrado? Só existe
amor entre homens e mulheres? Ouça as opiniões e reflita
com os alunos sobre diferentes formas de amar. O respeito
à opção sexual também deve ser abordado.
• A educação sexual, como qualquer processo
educativo, apresenta efeitos e resultados
demorados, por isso a necessidade de iniciar
desde cedo e dar continuidade até a fase adulta.
• É Importante desenvolver um trabalho educativo
positivo, de valorização humana, que possibilite
ao jovem capacidade de escolher e eliminar os
sentimentos de culpa.
• A participação dos pais é fundamental para um
processo de corresponsabilidade.
• Falar sobre o que é de interesse do aluno.
 ALMEIDA, Marina S. R. o que é sexualidade?. Instituto Inclusão Brasil,2010. Disponível em <
http://inclusaobrasil.blogspot.com/2010/07/o-que-e-sexualidade.html> acesso em
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