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DO
para aplicação
LEITO
THERAPEUTIC INTERVENTION SCORING SYSTEM-28 (TISS-28): DIRECTIONS FOR APPLICATION
Katia Grillo Padilha, Regina Marcia Cardoso de Sousa,Ana Maria Kazue Miyadahira,
Diná de Almeida Lopes Monteiro da Cruz, Maria de Fátima Fernandes Vattimo,
Miako Kimura, Sonia Aurora Alves Grossi, Maria Claudia Moreira da Silva,
Valéria Ferraz Cruz, Adriana Janzanti Ducci1
Recebido: 17/03/2004
Aprovado: 19/11/2004
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Rev Esc Enferm USP
2005; 39(2):229-33.
INTRODUÇÃO DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
Katia Grillo Padilha
Regina Marcia C. de Sousa
Ana Maria Kazue Miyadahira O Therapeutic Intervention Scoring System Atividades básicas
Diná de A. L. M. da Cruz
Maria de Fátima F. Vattimo
(TISS) é um sistema de medida de gravidade e de
Miako Kimura carga de trabalho de enfermagem UTI, criado em 1. Monitorização padrão. Sinais vitais horários,
Sonia Aurora Alves Grossi 1974 e atualizado em 1983, que tem como base a registros e cálculo regular do balanço hídrico.
Maria Claudia M. da Silva
Valéria Ferraz Cruz
quantificação das intervenções terapêuticas, se- Aplica-se ao paciente que, em qualquer perí-
Adriana Janzanti Ducci gundo a complexidade, grau de invasividade e odo das 24 horas, tenha recebido controle de al-
tempo dispensado pela enfermagem para a reali- gum parâmetro vital continuamente ou pelo me-
zação de determinados procedimentos no doen- nos a cada uma hora e cálculo do balanço hídrico,
te crítico (1-2). pelo menos a cada 24 horas.
O sistema foi traduzido e validado para a lín- 5. Troca de curativos de rotina. Cuidado e pre-
gua portuguesa (4), possibilitando a sua utiliza- venção de úlceras de decúbito e troca diária de
ção no nosso meio. Na aplicação prática, porém, curativo.
enfermeiros intensivistas têm referido dúvidas Aplica-se ao paciente que recebeu uma ou
relacionadas à definição de alguns itens do duas sessões de troca de curativos, independente
instrumento, o que motivou a elaboração desse do número de locais e do tipo de curativo ou que
texto. recebeu qualquer intervenção de prevenção de
úlcera de pressão.
Assim, tendo por finalidade auxiliar os enfer-
meiros de UTI no preenchimento do TISS-28, à 6. Trocas freqüentes de curativos. Troca freqüen-
beira do leito, apresentam-se as definições te de curativo (pelo menos uma vez por turno
operacionais padronizadas, por meio de consen- de enfermagem) e/ou cuidados com feriadas
so, por enfermeiros intensivistas e docentes do extensas.
Grupo de Pesquisa Enfermagem em Cuidados Aplica-se ao paciente que recebeu um míni-
Intensivos da Escola de Enfermagem da USP mo de três sessões de troca de curativos, inde-
familiarizados com a sua aplicação. Acredita-se pendente do numero de locais e do tipo de cura-
que esse guia possa contribuir para uma coleta tivo ou pelo menos uma troca de curativo de feri-
de dados mais fidedigna , na medida em que per- da extensa.
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mite a uniformização do conteúdo de cada item
entre diferentes aplicadores. 7. Cuidados com drenos. Todos (exceto sonda
nasogástrica)
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Aplica-se a pacientes que estejam com qual- Aplica-se ao paciente que tenha recebido duas
Therapeutic
quer sistema de drenagem instalado. Inclui sonda ou mais drogas vasoativas, independente do tipo intervention scoring
vesical de demora (S.V.D). e exclui sonda e da dose ( noradrenalina, dopamina, dobutamina, system-28 (TISS-28):
Diretrizes para
nasogástrica (SNG). nitroprussiato de sódio, etc.) aplicação
11. Tratamento para melhora da função pul- 19. Técnicas de hemofiltração. Técnicas dialíticas.
monar. Fisioterapia, torácica, espirometria Aplica-se ao paciente que tenha recebido qual-
estimulada, terapia de inalação, aspiração quer tipo de procedimento dialítico, intermitente
endotraqueal. ou contínuo.
Aplica-se ao paciente que tenha recebido qual-
20. Medida quantitativa do débito urinário
quer tratamento para a melhora da função pulmo-
nar, realizado em qualquer freqüência. Inclui exer- Aplica-se ao doente com controle de diurese,
cícios respiratórios com aparelho. com ou sem algum tipo de cateter urinário.
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22. Medida de pressão intracraniana.
13. Medicação vasoativa múltipla. Mais uma dro- Aplica-se ao paciente que mantém artefatos
ga vasoativa, independente do tipo e dose. para monitorização da PIC.
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Suporte metabólico Aplica-se ao paciente submetido a uma ou
Katia Grillo Padilha
Regina Marcia C. de Sousa mais intervenções diagnósticas ou terapêuticas
Ana Maria Kazue Miyadahira
23. Tratamento medicamentoso da acidose/ realizadas fora da UTI.
Diná de A. L. M. da Cruz alcalose metabólica complicada.
Maria de Fátima F. Vattimo
Aplica-se ao paciente que recebeu droga es- Obs: Critérios de exclusão são aplicadas em
Miako Kimura
Sonia Aurora Alves Grossi pecífica para a correção de acidose ou alcalose quatro condições: “medicação endovenosa múl-
Maria Claudia M. da Silva metabólica, excluindo-se a reposição volêmica tipla” exclui “medicação única”, “ventilação me-
Valéria Ferraz Cruz
para corrigir alcalose (Bicarbonato de Sódio, cânica” exclui “suporte ventilatório suplemen-
Adriana Janzanti Ducci
Cloreto de amônia, Diamox, etc.). tar”, “medicação vaso ativa múltipla” exclui “me-
dicação vasoativa única”, “intervenções especí-
24. NPT-Nutrição Parenteral Total. ficas múltiplas na UTI” excluem “intervenções
Aplica-se ao paciente que recebeu infusão especificas únicas na UTI”.
venosa central ou periférica de substâncias
com a finalidade de suprir as necessidades CONSIDERAÇÕES FINAIS
nutricionais.
A definição operacional dos itens de qual-
25. Nutrição enteral através da sonda
quer instrumento de medida constitui elemento
nasogástrica ou outra via gastrointestinal.
essencial para o sucesso dos resultados que se
Aplica-se ao paciente que recebeu substân- pretende alcançar, o que também se aplica para o
cias com a finalidade de suprir as necessidades TISS-28.
nutricionais, através de sonda, por qualquer via
do trato gastrointestinal. Porém, a despeito da importância dessas defi-
nições operacionais, sua existência, por si só, não
Intervenções específicas é suficiente para garantir uma coleta de dados que
resulte em informações corretas e fidedignas.
26. Intervenção específica única na UTI.
Intubação naso / ortotraqueal ou traqueos- No caso do TISS-28, para que isso ocorra,
tomia, introdução de marca-passo, cardiover- antecedendo a aplicação propriamente dita, é in-
são, endoscopia, cirurgia de emergência nas dispensável que os enfermeiros envolvidos na
ultimas 24 horas, lavagem gástrica: não estão coleta de dados conheçam as finalidades do ín-
incluídas intervenções de rotina sem conseqü- dice, sua indicação, contribuições e limitações, o
ências diretas para as condições clínicas do que exige treinamento prévio e sistematizado, in-
paciente, tais como radiografias, icnografias, clusive, com teste piloto voltado à “calibragem”
eletrocardiograma, curativos, introdução de dos profissionais que aplicarão o instrumento.
cateter venoso ou arterial. Também é fundamental que se atente para os
Aplica-se ao paciente submetido a uma única itens excludentes, a fim de que não haja atribui-
intervenção diagnóstica ou terapêutica, dentre ção errônea de pontuação.
as listadas, realizada dentro da UTI.
Enfim, embora o sucesso da aplicação do
27. Intervenções específicas múltiplas na UTI. TISS-28 dependa da sua disponibilidade na uni-
Mais do que uma conforme descritas acima. dade, da existência de instruções escritas para
Aplica-se ao paciente submetido a duas ou utilização e do treinamento dos aplicadores, a
mais intervenções diagnósticas ou terapêuticas, motivação e envolvimento dos enfermeiros da
dentre as listadas, realizadas dentro da UTI. UTI é que garantirão o sucesso da implantação
do instrumento, uma vez que, certamente, serão
28. Intervenções específicas fora da UTI. Pro- solicitados a complementar informações, nem
cedimentos diagnósticos ou cirúrgicos. sempre disponíveis nos registros existentes.
REFERÊNCIAS
(1) Cullen DJ. Therapeutic intervention scoring sys- (3) Miranda DR, Rijk AD, Schaufeli W. Simplified
tem: a method for quantitative comparison of therapeutic intervention scoring system: the TISS-
patient care. Crit Care Med 1974; 2 (2): 57-60. 28 itens-results from a multicenter study. Crit Care
Med 1996; 24 (1): 64-73.
(2) Keene AR, Cullen DJ. Therapeutic intervention
232 scoring system: update 1983. Crit Care Med 1983; (4) Nunes B. Tradução para o português e validação
11(1): 1-3. de um instrumento de medida de gravidade em UTI:
Therapeutic Intervention Scoring System–28
Rev Esc Enferm USP (TISS-28) [dissertação] São Paulo (SP): Escola de
2005; 39(2):229-33. Enfermagem da USP; 2000.
ANEXO Therapeutic
intervention scoring
TISS - 28 system-28 (TISS-28):
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