DA COMARCA DE BELO HORIZONTE, DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Breno Santos Bernardes,
nacionalidade..., profissão...,portador da cédula de identidade/RG nº ..., devidamente inscrito no CPF/MF nº...,endereço eletrônico...,casado com Marta Guimarães Bernardes, nacionalidade..., profissão.., portadora da cédula de identidade/RG nº..., devidamente inscrita no CPF/MF nº...,endereço eletrônico..., ambos residentes e domiciliados na Rua...,nº..., CEP..., bairro..., Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, por intermédio de seu advogado e bastante procurador, conforme procuração juntada em anexo, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor:
AÇÃO PARA RECONHECIMENTO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA
Em face de Raimundo Dutra
Rodrigues, divorciado, portador da cédula de identidade nº..., devidamente inscrito sob CPF nº..., endereço eletrônico...,residente e domiciliado na Rua...,nº...Bairro..., CEP... Cidade...,Estado de ...,e sua ex esposa Juliana Farias Rodrigues, bióloga,residente e domiciliada na Rua...,nº...Bairro..., CEP... ,Cidade de Barbacena,Estado Minas Gerais, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Os requerentes exerciam a posse
sobre o bem há 10 anos, 7 meses e 29 dias, e nunca sofreram qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua posse, portanto, mansa, pacífica, e ininterrupta durante todo esse tempo. Ressalta-se que os Requerentes, desde que possuem o imóvel, agiram como se fosse o próprio dono, com “animus domini”.
Os autores foram imitidos na posse
do imóvel em 08/07/2006, via negócio jurídico, constante da promessa de compra e venda, na qualidade de promitentes compradores, mediante constituto possessório.
O registro da escritura definitiva não
ocorreu, uma vez que o contrato não foi definitivamente cumprido em razão da negativa de Juliana Farias Rodrigues em prestar sua anuência, devido o Sr Raimundo Dutra Rodrigues, ter realizado a venda do bem imóvel sem outorga uxória da sua ex cônjuge.
Ademais, sempre acreditou ser
deles o referido imóvel, pois o adquiriram de forma onerosa, tendo, inclusive, um documento que acreditavam ser hábil a comprovar que o imóvel lhes pertencia, mas que na realidade se revela defeituoso.
Dessa forma, estando presentes
todos os requisitos legais exigidos, o autor faz jus à presente ação.
O art. 1.242 do CC , assegura que
adquirirá a propriedade do imóvel, mediante usucapião ordinário, a situação fática que apresentar a junção de alguns elementos fundamentais, quais sejam, posse mansa, pacífica e ininterrupta de um determinado imóvel; lapso temporal de 10 (dez) anos, e ainda a constatação de que o possuidor esteja agindo de boa-fé e tenha a seu favor um justo título.
Art. 1242. Adquire também a propriedade do imóvel
aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Salienta-se que aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC.
Parágrafo único: o possuidor com justo título, tem
por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Os autores preenchem todos os
requisitos e formalidades legais, para sua legitimidade. Exercem aposse mansa e pacífica por mais de 10 anos, sem interrupção, desde 08/07/2006, não houve qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja.
Ademais, conveniente lembrar que
os Requerentes zelam pela limpeza e desfrutam do mesmo há anos, conforme restará cabalmente comprovado através de depoimentos de testemunhas e outras provas, bem como documentos anexados.
Configurados todos os requisitos
legais da USUCAPIÃO ORDINÁRIA, prevista na nossa legislação civil, razão pela qual, socorrem-se os Requerentes do Poder Judiciário, para requerer a Vossa Excelência que declare a posse e o domínio do imóvel, objeto da presente ação, em favor dos Requerentes, regularizando a propriedade através do procedimento da usucapião e determinando ao Cartório de Registro de Imóveis o imediato registro junto à sua matrícula.
o Código Civil dispõe:
Art. 1.241 - Poderá o possuidor requerer ao juiz
seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel. DOS PEDIDOS
Com fundamentos nos dispositivos
legais mencionados, requer-se:
1. Que a Ação de Usucapião Ordinária, seja julgada procedente,
declarando por Sentença a posse e o domínio do imóvel;
2. A Citação dos requeridos certos, incertos e terceiros interessados,
conforme Artigo 246, inciso IV, do Código de Processo Civil, para apresentar defesa no prazo improrrogável de 15 dias;
3. A intimação da União, da Fazenda Pública Estadual e da
Fazenda Pública Municipal, para que manifestem eventuais interesses na causa;
4. A intimação do Ministério Público, cuja manifestação se afz
obrigatória no presente feito;
5. A publicação de editais para publicidade da ação com base no
artigo 259, inciso I, do Código de Processo Civil;
6. Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante
mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, conforme Artigo 1241, parágrafo único. DAS PROVAS
Os requerentes pretendem provar o
alegado por todos os meios de prova em direito admitido, especialmente pelos documentos acostados à peça exordial, e testemunha, que desde já requerer a oitiva, além de outras que se fizerem necessárias.
Ação Anulatória de Execução de Imóvel Extrajudicial - Anulação de Procedimento Cartorial para Retomada de Imóvel de Acordo Com A Lei de Alienação Fiduciária