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RELATÓRIO CIENTÍFICO
ACTIVIDADE LABORATORIAL 1.5
COEFICIENTE DE VISCOSIDADE DE UM LÍQUIDO
ELABORADO POR:
APRESENTAÇÃO/OBJECTIVOS DA ACTIVIDADE
Nesta actividade experimental pretendeu-se fazer um projecto para o estudo do
coeficiente de viscosidade de um líquido, no nosso caso do detergente para a loiça, que
consistiu em mergulhar três esferas de diâmetros diferentes dentro do detergente colocado
numa proveta de 0,5l e identificar o local em que a velocidade da esfera estabilizou
(velocidade terminal). Depois de marcá-lo, marcar outro local um pouco mais abaixo e medir a
distância entre as marcas, já que, a velocidade terminal já tinha sido atingida podémos
cronometrar o tempo que a esfera demorou a passar pelas marcas e calcular assim a
velocidade terminal para posteriormente calcular o coeficiente de viscosidade do detergente.
Como objectivos “mais gerais” tivemos de saber manusear com os vários materiais de
laboratório e respeitar as suas regras de segurança.
Para esta actividade experimental foi-nos proposto realizarmos três medições diferentes
utilizando três esferas de diâmetros diferentes.
Para melhor credibilidade dos resultados obtidos repetimos a actividade para cada
esfera e trabalhámos com os valores médios dos tempos obtidos.
Detergente
para loiça
Sistema utilizado para realização do experimento, com o objectivo de determinar o valor do coeficiente de viscosidade do detergente para loiça.
INTRODUÇÃO TEÓRICA
A viscosidade de líquidos é uma propriedade que os pode
tornar mais ou menos indicados para determinados fins.
A viscosidade é uma medida da resistência interna
oferecida pelo líquido ao acto de fluir, resultando das forças de
atrito interno entre diferentes camadas do líquido que se movem
com velocidades relativas diferentes.
A força de resistência ao movimento é proporcional e
oposta à velocidade: Fresis 6 .r..v
Nesta expressão, k depende da forma do corpo, sendo para uma esfera de raio r, k=6πr
e η é o coeficiente de viscosidade dinâmica do fluido (exprime-se em Kg/m.s).
Esta expressão é válida quando o corpo cai numa
extensão elevada de fluido e o escoamento do líquido é feito
em regime estacionário. O corpo tem de cair numa coluna de
líquido de raio bem superior ao seu raio.
Quando a esfera é largada, em queda livre, desce com
movimento uniformemente acelerado; ao entrar no líquido
tem movimento retardado, dado o aumento da força de
resistência que, sendo oposta ao movimento da esfera,
contribui para uma diminuição cada vez maior da aceleração
e, a partir de um determinado instante, passa a ter
movimento uniforme.
A esfera fica sujeita a uma força vertical, dirigida de baixo para cima, impulsão, que se
mantém constante durante a descida. Após ter percorrido alguma distância no interior do
líquido, a resultante das forças anula-se e a velocidade terminal (velocidade constante) é
atingida.
As forças que actuam na esfera são o peso, a força de resistência ao movimento e a
impulsão.
in http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_83.asp
v
9
2 g ( esfera liquido ) 2
v .r
9
QUESTÕESPRÉ-LABORATORIAIS
I. Uma esfera de metal cai num líquido viscoso, contido numa proveta. Que forças
actuam sobre ela?
II. Qual das esferas atinge mais rapidamente a velocidade terminal? Porquê?
A esfera que mais rapidamente atinge a velocidade terminal é a esfera de maior raio,
pois para esta esfera a componente do peso é maior e por isso ela será atraída mais
rapidamente para o fundo da proveta. Isto acontece porque a componente do peso é
maior relativamente à componente da força de resistência, o que leva a concluir que
ambas as forças não se anulam durante o movimento, fazendo com que a espera mais
pesada deslize no líquido com maior facilidade, atingindo assim a velocidade terminal
mais rapidamente.
III. Construa um gráfico que relacione a velocidade terminal com o raio das esferas, de
modo que essa relação seja linear. Obtenha, a partir desse gráfico, o declive da recta
de regressão.
0.00004
0.000035
0.00003
Raio ao quadrado
0.000025
0.00002
0.000015
0.00001
0.000005
0
0.155 0.16 0.165 0.17 0.175 0.18 0.185 0.19
Velocidade terminal m/s2
Iremos obter o declive da função v f (r ) :
2
Velocidade terminal (m/s), v Raio ao quadrado (m), r 2
0,157 9x10-6
0,177 2,5x10-5
0,185 3,6x10-5
Como obter? Calculadora CASIO – Menu 2 (STAT); introduzir na list1 valores da velocidade
terminal; introduzir na list2 valores do raio ao quadrado; GRPH; GPH1; CALC; X; ax+b
y ax b
IV. O que representa o declive da recta anterior? Obtenha, a partir dele, o coeficiente de
viscosidade do líquido. Compare os resultados com os dos outros grupos. Em que
grupo foi maior a precisão das medições?
O declive da recta anterior tal como foi dito na introdução teórica (página 3 e
2 g ( esfera liquido )
4) corresponde à expressão:
9 .
ºC 0 10 15 20 25 30
Água 0,0018 0,0013 0,0011 0,0010 0,00089 0,0080
Glicerina 10,6 3,44 2,41 1,49 0,94 0,66
VI. Nas regiões de clima frio usa-se nos carros um óleo menos viscoso no inverno e um
óleo mais viscoso no verão. Porquê?
Como vimos anteriormente o aumento da temperatura faz com que a viscosidade de
um líquido diminui, por isso é necessária a utilização de um óleo mais viscoso no verão
para que mesmo com as temperaturas elevadas, o grau de viscosidade mantenha-se
dentro dos valores padrão para ser utilizado pelo carro. Ao contrário, no inverno deve
ser utilizado um óleo com menos viscosidade. O grupo que tambémcalculou o
coeficiente de viscosidade do detergente da loiça, determinouexperimentalmente que
esse valor, η,correspondia a 1,45 x 108 Pa/s, valor este mais ou menos próximo do que
nós obtivemos, razão pela qual deve-se devido principalmente: à temperatura a quese
encontrava o líquido, erros experimentais, deficiências no material e dificuldadena
leitura dos valores pretendidos.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais utilizados
Para conseguirmos realizar esta actividade tivemos que fazer uma montagem (fig.1)
utilizando sobre uma mesa (1) uma proveta de 0,5L (2), detergente para a loiça (3), três esferas
de diâmetros diferentes, uma de 0,6cm, outra de 1cm e outra de 1,2cm (4), um cronómetro (5)
para calcular o tempo de descida das esferas depois de atingida a velocidade terminal, uma
balança (6), uma craveira (7) para medir o diâmetro das esferas, uma régua (8) para medir a
distância percorrida pelas esferas em velocidade terminal, um termómetro (9) para medir a
temperatura a que a actividade experimental foi realizada, um íman (10) para retirar as esferas
da proveta, uma pinça (11) para pegar nas esferas, um picnómetro de 50 ml (12) para calcular
a densidade do detergente e papel absorvente (13) para auxiliar a limpeza de possíveis
derrames.
Modo de proceder
Diâmetro: 0,6cm ou 0,6x10-2m Volume: 3/4π(raio)3 = 3/4 π(0,3 x10-2)3 = 6,36 x10-8m3
Densidade do detergente:
Detergente
Densidade (Kg/m3) 1080 Kg/m3
Através do declive da recta da função v f (r ) é possível calcular o coeficiente de
2
viscosidade.
2 g ( esfera liquido ) 2
v .r
9
Velocidade terminal (m/s), v Raio da esfera (m), r Raio ao quadrado (m), r 2
0,157 0,3x10-2 9x10-6
0,177 0,5x10-2 2,5x10-5
0,185 0,6x10-2 3,6x10-5
Iremos obter o declive da função v f (r ) :
2
Velocidade terminal (m/s), v Raio ao quadrado (m), r 2
0,157 9x10-6
0,177 2,5x10-5
0,185 3,6x10-5
Como obter? Calculadora CASIO – Menu 2 (STAT); introduzir na list1 valores da velocidade
terminal; introduzir na list2 valores do raio ao quadrado; GRPH; GPH1; CALC; X; ax+b
y ax b
0.00004
0.000035
0.00003
Raio ao quadrado
0.000025
0.00002
0.000015
0.00001
0.000005
0
0.155 0.16 0.165 0.17 0.175 0.18 0.185 0.19
Velocidade terminal m/s2
CONCLUSÃO E CRÍTICA
Nesta actividade experimental concluímos que, a velocidadeaumenta quando a massa
da esfera inserida no detergente aumenta também.
BIBLIOGRAFIA
Ventura, Graça; Fiolhais, Manuel; Fiolhais, Carlos; Paixão, José António; “12 F”, Texto Editores,
Lisboa, 2005, 1ª edição
Ontem e Hoje - Física - 12.º Ano “Caderno de Laboratório”; Autores: Helena Caldeira,
Adelaide Bello, João Gomes; Editora: Porto Editora
http://www.meu20.com/home/showthread.php?t=334
http://education.ti.com/sites/PORTUGAL/downloads/pdf/determinacao_coeficiente_viscosi
dade_liquido.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcOUAD/determinacao-coeficiente-viscosidade-
liquido