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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 250/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência o Senhor


RAUL JUNGMANN
Ministro de Estado da Segurança Pública
gab.mesp@mj.gov.br
(61) 2025-7512, (61) 2025-7513

Senhor Ministro,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

1 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1751594678221822&id=185129231535049, aos 33´35´´


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k3UOZhu_1xIpyjBmKAwreITVS5Fb9NcVO1OQM3f2Mxxcw&fref=nf, a partir dos 20 segundos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 251/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência a Senhora


RAQUEL DODGE
Procuradora-Geral da República
pgr@mpf.mp.br

Excelentíssima Senhora Procuradora-Geral da República,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

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Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 252/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência a Senhora


CIDA BORGHETTI
Governadora do Estado do Paraná
gabinete@pr.gov.br

Excelentíssima Senhora Governadora,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

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Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
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CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 253/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência o Senhor


JULIO CEZAR DOS REIS
Secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná
gabinete@ sesp.pr.gov.br

Senhor Secretário,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

1 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1751594678221822&id=185129231535049, aos 33´35´´


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Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 254/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência o Senhor


Ivonei Sfoggia
Procurador-Geral de Justiça do Paraná
gabinete@mppr.mp.br

Senhor Procurador-Geral de Justiça,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

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Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Ofício n° 255/2018-P
Brasília, 8 de abril de 2018

A Sua Excelência o Senhor


ROGÉRIO AUGUSTO VIANA GALLORO
Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal
dg@dpf.gov.br

Senhor Diretor-Geral,

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados


recebeu a seguinte denúncia.
Ontem, no dia 7 de abril, manifestantes concentravam-se em frente à
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, aguardando a chegada ao local do ex-
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Os opositores ao líder político
encontravam-se do lado direito (da perspectiva de quem olha ao prédio da SPF),
próximos à entrada de pedestres; seus apoiadores encontravam-se do lado esquerdo,
próximo na entrada de carros. Dentro da grande protetora do prédio público estavam
policiais militares e policiais federais.
De acordo com os relatos recebidos, por volta das 22h30, quando o
helicóptero que transportava o ex-Chefe de Estado tentava aterrissar no terraço da SPF,
manifestantes contrários a Lula soltaram rojões muito proximamente ao helicóptero. A
conduta, no contexto em que foi cometida, indica tentativa de derrubar o veículo.
Ato contínuo, Policiais Federais passaram a disparar bombas de gás
lacrimogêneo e balas de borracha, mas não contra o grupo que atirava os rojões, e sim
contra o grupo favorável a Lula, dispersando a manifestação da esquerda, mas
preservando a manifestação da direita.
A justificativa da agressão iniciada pela PF seria uma tentativa de forçar o
portão. Mas não houve, de acordo com manifestantes e como confirmado pelo Tenente-
coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20 batalhão da PM do Paraná,
qualquer tentativa de invasão.
Como resultado, pelo menos dez pessoas foram feridas e encaminhadas
para o hospital, de acordo com Boletim de Ocorrência nº 2018/408228, registrado no 4º
Distrito Policial da Capital. A manifestação continha idosos e crianças, diante de sua
natureza pacífica, contando inclusive com atos ecumênicos.

Câmara dos Deputados | Anexo II | Sala 185A | Pavimento Superior |CEP 70.160-900 | Brasília | DF | Brasil
(61) 3216-6570 | cdh@camara.leg.br | http://www.camara.leg.br/cdh
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Salienta-se que só minutos antes da chegada do helicóptero é que a


Presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e o Presidente do Diretório
Estadual do PT, Dr. Rosinha, haviam sido intimados de decisão de interdito proibitório e
firmado acordo de perímetro. E que, naquele momento, segundo as autoridades que
intimaram os líderes do PT, não havia necessidade de afastar os manifestantes.
O fato de os rojões terem sido disparados para cima por parte de
manifestantes contrários a Lula, e de que as polícias não atuaram para dissuadi-los, é
confirmado em entrevista do Tenente-coronel Mário Henrique do Carmo. De acordo com
ele, apoiadores de Lula teriam soltado uma bomba no chão, e os “outros manifestantes
estavam a cerca de 60 metros soltando fogos para cima”1. E que, por isso, as polícias
teriam agido somente contra os manifestantes favoráveis a Lula2 .
Do relato, depreende-se que agentes policiais não só não atuaram para
proteger a integridade dos tripulantes do helicóptero que transportava Lula como
atuaram de modo a reprimir de maneira violenta e desproporcional a manifestação de
seus apoiadores.
Trata-se de ação politicamente seletiva. De um lado, agentes policiais
omitiram-se de seu dever funcional de dissuadir ato criminoso; de outro, atuaram
violando a integridade física e os direitos à manifestação, liberdade de expressão e
reunião, todos previstos na Constituição da República, no Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos e na Convenção Americana de Direitos Humanos.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem atribuição de receber,
avaliar e investigar as denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos
(Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 32, inciso VIII, alínea a), razão pela
qual solicito que Vossa Excelência determine a instauração de procedimento
investigativo dos atentados contra o helicóptero que transportava o ex-Presidente e da
respectiva omissão dos policiais em dissuadir o ato criminoso; e também da ação
violadora de direitos humanos dos policiais que reprimiram a manifestação pacífica.
Solicito, ainda, que preste informações a este colegiado parlamentar sobre
as providências tomadas, pelo que antecipadamente agradeço.
Atenciosamente,

Deputado PAULÃO
Presidente

1 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1751594678221822&id=185129231535049, aos 33´35´´


2

https://www.facebook.com/brasildefato/videos/1751782484869708/?hc_ref=ARSeKLSf7UaGMdZojN43z-
k3UOZhu_1xIpyjBmKAwreITVS5Fb9NcVO1OQM3f2Mxxcw&fref=nf, a partir dos 20 segundos.

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