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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

ALCEU NASCIMENTO
ALEX PAVANELO
CRISTINE BERGEL
DEBORA FERREIRA PONTES
JOAO HENRIQUE DURKS DIAS

A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER

CURITIBA,
2018
ALCEU NASCIMENTO
ALEX PAVANELO
CRISTINE BERGEL
DEBORA FERREIRA PONTES
JOAO HENRIQUE DURKS DIAS

A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER

Relatório apresentado ao curso de Ciências


Econômicas, da Universidade Federal do Paraná,
como requisito parcial para aprovação na disciplina
de Introdução às Ciências Sociais.
Profº: Douglas Ochiai Padilha

CURITIBA,
2018

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SUMÁRIO


INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 4
1. BIOGRAFIA DE MAX WEBER ............................................................................................... 4
1.1. CONTEXTO HISTÓRICO ................................................................................................................................................................4
1.2. CONTEXTO SOCIAL.............................................................................................................................................................................4
2. SÍNTESE DO PENSAMENTO WEBERIANO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS.......... 5
2.1. A OBJETIVIDADE DO CONHECIMENTO ......................................................................................................................5
2.2. OS TIPOS IDEAIS ........................................................................................................................................................................................5
2.3. 2.3. AÇÃO E AÇÃO SOCIAL ..............................................................................................................................................................6
2.4. RELAÇÃO SOCIAL....................................................................................................................................................................................6
2.5. DIVISÃO DE PODER NA COMUNIDADE: CLASSES, ESTAMENTOS E PARTIDOS .............7
2.6. RACIONALIZAÇÃO ................................................................................................................................................................................7
2.7. CARISMA E DESENCANTAMENTO DO MUNDO ................................................................................................8
3. RESUMO DA APRESENTAÇÃO E DEBATE EM AULA .................................................... 8
4. CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 9

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INTRODUÇÃO

A proposta deste relatório é fazer uma revisão de literatura a respeito da obra de Max Weber e conduzir
um seminário para discussão em sala de aula.
O foco do estudo foi na sua obra clássica “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” de 1904, e
alguns textos de autores críticos e analistas de sua obra. A intenção é mostrar de forma breve, a estrutura de
pensamento weberiana, o contexto de seu surgimento e relevância para o estudo das ciências humanas.

1. BIOGRAFIA DE MAX WEBER

1.1. CONTEXTO HISTÓRICO

Filósofo, historiador e sociólogo, Max Weber (1864-1920) nasceu em Erfurt na Alemanha. Desde cedo
se mostrou uma pessoa instruída e intelectualizada devido ao ambiente familiar em que estava inserido. Sua
família era de orientação protestante e cultivava valores liberais. Estudou direito na universidade, com incursões
pelas áreas da economia, filosofia e da história.
Mostrava-se preocupado com o destino de seus pais: foi conselheiro da delegação alemã que negociou
os termos do Tratado de Versalhes e participou da comissão de especialistas que elaborou a constituição da
República de Weimar, ambas em 1919.
Era de inclinação nacionalista, porém não compactuou com pensamentos racistas e totalitários que
eventualmente foram adotados pelo governo alemão. Suas posições políticas eram voltadas aos princípios
liberais e parlamentares.
Sofreu grande influência pelas ideias de Karl Marx e de Friedrich Nietzsche.

1.2. CONTEXTO SOCIAL

Durante os séculos XVII e XVIII, a França e a Inglaterra são as referências no quesito ciência, tecnologia
e desenvolvimento industrial. Devido a isso o pensamento sociológico estava voltado a ciência - ao progresso
científico - tendo o Positivismo como corrente vigente. Auguste Comte era o principal nome e defendia que o
único conhecimento válido era o conhecimento científico e para isso, deve-se aplicar os métodos das ciências
naturais para estudar a sociedade.
Durante esse período, a Alemanha vive um atraso enquanto Estado-nação. Com desenvolvimento
industrial atrasado, vê-se apenas na segunda metade do século XIX na corrida imperialista. Devido a isso, o
pensamento vigente sofre influências distintas, enfatizando a História como ciência para entender os atrasos

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frente aos outros países europeus. Principalmente através de Weber que se contrapõe ao Positivismo e enfatiza o
indivíduo na vida social (agentes sociais e suas ações).

2. SÍNTESE DO PENSAMENTO WEBERIANO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS

2.1. A OBJETIVIDADE DO CONHECIMENTO

Na investigação de um tema, o cientista é inspirado por seus próprios valores e ideais, porém deve haver
uma distinção entre reconhecer e julgar.
Para Weber, é essencial distinguir a política da ciência. Para ele política está relacionada a convicções e
deveres e a ciência é um procedimento racional que procura explicar as consequências de determinados atos. O
cientista nunca deve estabelecer normas, e sim dizer o que pode ser feito.
Para alcançar a objetividade nas ciências sociais, deve-se incorporar valores à pesquisa e os controlar
através de procedimentos de análise.
A metodologia de Weber é o “tipo ideal” que será abordado no próximo item.
Segundo o autor, para chegar ao conhecimento pretendido, deve-se efetuar quatro operações. A
primeira é estabelecer leis e fatores hipotéticos. O segundo é analisar e expor ordenadamente esses fatores
historicamente. O terceiro é analisar o desenvolvimento de diferentes características individuais no passado que
tem sua importância no presente e com base nisso tentar fornecer explicações. E por último, avaliar os resultados
possíveis no futuro.

2.2. OS TIPOS IDEAIS

São ferramentas que o pesquisador utiliza para entender uma determinada realidade. Após escolhido o
objeto de estudo, podem ser extraídas infinitas características e seleciona-se apenas uma, essa será exagerada
como uma caricatura, e funcionará como um parâmetro de comparação. Nenhuma outra característica se
assemelhará a essa, pois ela vive no plano das ideias, é a construção mental do cientista. Esse tipo torna aspectos
da realidade mais visíveis. Segundo a doutrina “Esse modelo de interpretação-investigação é o tipo ideal, e é dele
que se vale o cientista para guiar-se na infinidade do real.” (Quintaneiro, Barbosa e Oliveira, 2002, p. 102).
O tipo ideal só existe como utopia e não é um reflexo da realidade complexa nem um modelo que ela
deveria ser.

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2.3. AÇÃO E AÇÃO SOCIAL

A ação social é um dos componentes de estudo da sociologia. Na sociologia busca-se compreender o


sentido, como ocorre o desenvolvimento e os resultados das condutas dos indivíduos na sociedade.
A ação social se define como a ação de um indivíduo, orientado pela ação de outros indivíduos, ou seja,
a ação de um indivíduo no meio social constitui-se da intenção do autor em relação à resposta que espera do
outro.
Para Weber, os tipos puros de Ação Social, podem ser enquadrados em tipos racional e irracional. O
tipo racional compreende a ação social relacionada a fins e a ação social relacionada aos valores. Já nos tipos
irracionais, estão a ação social afetiva e a tradicional.
A ação social racional relacionada aos fins é aquela tomada com um objetivo racionalmente delimitada,
objetivando-se um resultado.
A ação social racional relacionada aos valores, compreendem as ações que envolvem os valores e
convicções pessoais. O autor da ação se orienta de acordo com seus valores.
A ação social afetiva compreende as ações providas da emoção do indivíduo.
E, por fim, a ação social do tipo tradicional baseada nos hábitos, costumes, tradição do indivíduo.

2.4. RELAÇÃO SOCIAL

De acordo com a doutrina, Weber define é a conduta de (vários), reciprocamente orientada, dotada de
conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo
(Quintaneiro, Barbosa e Oliveira, 2002, p. 108). Exemplo: Amizade. Existem sempre expectativas recíprocas
quanto ao seu significado. Weber ainda apresenta o conceito de Instituição: Ele chama-as de “Personalidades
coletivas”, ou seja, as Instituições são formadas pela Ação Social de tantos indivíduos. No que se refere ao
conteúdo comunitário de uma relação social ela pode ser: 1) Relação Social Subjetiva - Tipo de ação afetiva ou
Tradicional. Exemplo: Família 2) Relação Associativa: Tipo de ação Racional: Há acordo de interesses por
motivação Racional, ou com base em fins ou valores. Exemplo: Contrato de qualquer fim. Importante observar
que quanto mais racionais as Relações Sociais mais serão as normas.

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2.5. DIVISÃO DE PODER NA COMUNIDADE: CLASSES, ESTAMENTOS E
PARTIDOS

No trabalho "Classes, Estamentos e Partidos", Weber faz um estudo sobre a organização da sociedade.
Para tanto, o sociólogo alemão analisa a sociedade através de três dimensões: pelo critério econômico, pelo
status social ocupado (posição honorífica) e pelo poder.
Ao classificar a sociedade em classes, Weber leva em consideração o status econômico do indivíduo.
Superado o modelo feudal, em que origem da pessoa representava o aspecto determinante para se saber qual a
posição aquele indivíduo iria ocupar na sociedade. O advento do capitalismo permitiu maior mobilidade social,
fazendo com que a pessoa pertença a determinada classe de acordo com os bens que possui. Trata-se, portanto,
de uma classificação que se importa, sobretudo, com aspectos econômicos.
A classificação das pessoas em estamentos, por outro lado, leva em consideração a origem, a linhagem da
pessoa para se determinar o seu status social. Neste modelo, o fato da pessoa dispor de riquezas não lhe concede,
por si só, o direito de pertencer a determinada categoria social. A tradição conta mais do que qualquer aspecto
dinâmico. A divisão pode ser radical a ponto de vedar qualquer relacionamento entre pessoas de classes distintas,
tal como ocorre no sistema de castas indiano, em que a posição social ocupada pelo indivíduo é estabelecida no
momento de seu nascimento, por força de "critérios divinos". Na Europa, esse modo de divisão social era
usualmente adotado nas sociedades feudais e foi perdendo força com a expansão do capitalismo e do declínio da
nobreza.
Seja na segmentação por classes ou estamentos, esses agrupamentos tendem a se reunir com o intuito de
exercerem parcelas de poder dentro da sociedade em que estão inseridos. Nisso que costumam se agrupar em
partidos, com vistas ao exercício da dominação frente aos demais membros da coletividade a que pertençam.

2.6. RACIONALIZAÇÃO

A temática da racionalização foi fortemente explorada por Max Weber, em especial, na busca humana
pela eficiência dos resultados obtidos através das relações sociais.
Na visão de Weber a racionalização às formas de organizações humanas levou à criação da burocracia e
das estruturas de poder e autoridade. Em especial, ele deduz que a racionalização permitiu a formação de
estruturas onde o poder foi alocado à determinada autoridade de forma racional, legitimando uma estrutura
burocrática capaz de garantir o bem estar social, afastando as formas mais tradicionais de poder, calcadas em
laços familiares e carismáticos.

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Todavia, não deixou de criticar que o excesso de racionalidade poderia levar à desumanização das
pessoas, à uma perda do senso de comunidade, num cenário similar àquele proposto por Karl Max, ao elaborar as
ideais sobre alienação.

2.7. CARISMA E DESENCANTAMENTO DO MUNDO

Weber aponta consequências negativas do processo de Racionalização. O mundo é desencantado


porque expulsou o mágico, e passa então a um extremo racionalismo. Na vida pública estas forças são superadas
e deixadas para a vida mística ou relações pessoais diretas. Contudo, para ele, a história não é progresso racional
linear, existem “crises”. E Nesse momento surge o líder, o herói ou profeta portador do carisma (não
racionalistas). Mas, logo o carisma é engolido pela lógica da instituição e rotinizado novamente pela
Burocratização (Racionalidade) ou a institucionalização Tradicional.

3. RESUMO DA APRESENTAÇÃO E DEBATE EM AULA

No debate foram discutidos os conceitos de Ação e Ação Social de Weber, que diferem da visão de
Durkheim. Durkheim se fundamenta nos fatos sociais, da ordem das coisas e ações dos indivíduos impostas de
forma exterior, tendo caráter coercitivo. Já para Weber, a ação do agente (indivíduo) é orientada pelo outro, ou
seja, reativa.
No decorrer da apresentação, foi indagado pelo professor a respeito da distinção entre o critério
marxista (divisão de classes entre detentores dos meios de produção e proletariados) e a visão weberiana. Foi
afirmado que Weber possuía uma visão mais complexa da organização da sociedade quanto à sua divisão em
classes, em especial pela posição ocupada por pessoas que não se enquadram nem na categoria de dono do meio
de produção, nem proletariado ou pequeno burguês.
Ainda como ponto importante do debate, verificamos a questão da burocracia e do racionalismo,
característicos do capitalismo.

4. CONCLUSÕES

São várias as contribuições que a Sociologia de Max Weber possibilita ao entendimento dos fenômenos
sociais. Conforme notou-se neste estudo, as principais contribuições desse sociólogo podem ser elencadas:
1) Entendimento da Estrutura Social como um conjunto de múltiplas lógicas (Sociedades
complexas);
2) Ênfase no conceito de dominação como parte integrante das Relações Sociais e por fim ;

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3) Conceitos de Burocratização e Racionalização nas diversas esferas da vida social (tendências) e
como estes conceitos são observados fortemente nas diversas relações sociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, D. Manual de sociologia dos clássicos à sociedade da informação. São Paulo: Atlas, 2007.
KIM, S. H. Max Weber. In: ZALTA, E. N. (Ed.). . The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Winter 2017 ed. [s.l.]
Metaphysics Research Lab, Stanford University, 2017. .
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. DE O.; OLIVEIRA, M. G. DE. Um toque de clássicos: Marx, Drukheim e
Weber. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.
WEBER, M. The Protestant ethic and the spirit of capitalism. London ; New York: Routledge, 2001.
WEBER, M.; MACEDO, J. M. M. DE; PIERUCCI, A. F. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2008.
DEFINIÇÃO SOCIAL MAX WEBER. BRASIL ESCOLA. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htm>. Acesso em: 25 mar. 2018.
ALUNOS ONLINE. UOL. Disponível em: <https://alunosonline.uol.com.br/sociologia/conceito-acao-social-
max-weber.html>. Acesso em: 25 mar. 2018.
JRONILDO. BLOGSPOT. Disponível em: <Ética protestante e o espírito do capitalismo>. Acesso em: 25 mar.
2018.

Relação de Vídeos:

- A sociologia de Weber - Gabriel Cohn - Café Filosófico;


- Clássicos da Sociologia - Max Weber

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