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ORIENTAÇÕES GERAIS:
A presente lista ser á constantemente atualizada e contém:
(i) no item “1”, lista exemplifica tiva de temas com jurisprudência consolidada do STF e/ou de
Tribunal superior, inclusive a decorrente de julgamento de casos repetitivos, em sentido
desfavorável à Fazenda Nacional, aos quais se aplica o disposto no art. 19 da Lei nº 10.522/02 e nos
arts. 2º, V, VII, §§ 3º a 8º, 5º e 7º da Portaria PGFN Nº 502/2016.
(ii) no item “2”, lista de temas em relação aos quais, nada obstante exista jurisprudência
consolidada em desfavor da Fazenda Nacional, há orientação no sentido de se continuar a
contestar e/ou recorrer, dada, por exemplo, a viabilidade de submissão da controvérsia ao STF.
Em cada tema há justificativa par a tal medida.
Via de regra, não serão incluídos na lista temas de natureza processual “simples”, assim
entendidos como aqueles que digam respeito a questões processuais comuns, como as referentes
ao cabimento dos recursos extremos, ao respectivo pr azo recursal, dentr e outras.
Conforme prevê o art. 12 da Portaria PGFN Nº 502/2016, serão, em breve, propostos atos
normativos e alterações legislativ as aptas a reforçar a segurança e a eficiência da referida
Portaria, em especial no que se refere à matéria disciplinada nos §§ 4º, 5º e 7º do art. 19 da
Lei nº 10.522/02
SUMÁRIO
1. Temas em relação aos quais se aplica o disposto no art. 19 da Lei nº 10.522/02 e nos arts. 2º,
V, VII, §§ 3º a 8º, 5º e 7º da Portaria PGFN Nº 502/2016:
2. Temas em relação aos quais NÃ O se aplica o disposto no art. 19 da Lei nº 10.522/02 e nos
arts. 2º, V, VII, §§ 3º a 8º, 5º e 7º da Portaria PGFN Nº 502/2016, pelas r azões apontadas no
respectivo item:
1 - Contribuição Previdenciária
Precedentes: Resp 981108/SP, Ag 1083168/SP, Resp 324582/SP, Resp 86827/SP e Resp 86992/SP .
Resumo: O fato jurídico ensejador da tributação pelo Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante (AFRMM) é a entrada da mercadoria estrangeira no porto de descarga, nos
termos do § 1º, do artigo 2º, do Decreto-Lei 2.404/87. Consequentemente, a legislação aplicável é
aquela vigente no momento do fato gerador, não importando a data da celebração do contrato de
transporte nem a data de início do tr ansporte da mercadoria.
Precedentes: RESP 915290/SP, RESP 441255/SP, RESP 140984/BA, RESP 273599/SP e RESP
130274/BA.
Resumo: O importador não é sujeito passivo. O contribuinte do Adicional de Indenização do
Trabalhador Portuário Avulso (AITP) é somente o operador portuário, pessoa jurídica pré-
qualificada para execução dos serviços na área do Porto Organizado. O Decreto nº 1.035/93, ao
promover a equiparação do importador ao operador portuário, extrapolou os limites da Lei nº
8.630, que instituiu o referido adicional.
d) Compensação de ofício
Precedentes: RESP 1181598/SC, RESP 981.095/RS, RESP 1024227/PR, RESP 981.095/RS, RESP
667.337/RS, ERESP 576661/RS, REsp 1240110/PR e REsp 1205004/SC.
Resumo: Anteriormente à vigência da MP 135/2003, a mera informação, em DCTF, relativa à
compensação realizada, não autorizava o Fisco a inscrever imediatamente em DAU para cobrança
dos valores indevidamente compensados, pois não havia confissão do contribuinte quanto a tais
valores, mas sim mera declaração do procedimento realizado, sendo necessário o lançamento.
Precedentes: AgInt no REsp 1591475/SC, AgInt no REsp 1536294/SC, AgInt no REsp 1547436/RS,
AgInt no REsp 1591475/SC, REsp 1498234/RS, A gInt no REsp 1585231/SC e REsp nº 1607802/RS.
Resumo: o STJ firmou orientação quanto à ilegalidade do art. 47 da IN/RFB nº 900, de 2008 (já
revogado), e do art. 59 da IN/RFB nº 1.300, de 2012, que vedam a compensação das contribuições
destinadas a outras entidades ou fundos, por exorbitarem de sua função meramente
regulamentar. No entanto, ressalva o STJ que devem ser aplicados à hipótese os arts. 66 da Lei nº
8.383, de 1991, 39 da Lei nº 9.250, de 1995, e 89 da Lei nº 8.212, de 1991, a fim de permitir que o
indébito referente às contribuições destinadas a terceiros seja objeto de compensação com
parcelas vencidas posteriormente ao pagamento, relativas a tributo de mesma espécie e
destinação constitucional, observando-se, contudo, a limitação constante do art. 170-A do CTN.
c) Auxílio-creche
f) Responsabilidade pelo recolhim ento - Valor bruto da nota fiscal ou fatura da prestação
de serviços executados mediante cessão de mão de obr a
g) Empregador rur al pessoa física - Base de cálculo - Período anteri or à Lei nº 10.256/01
Precedentes: REsp 1.281.134, AgRg no REsp 1.348.395, AgRg no REsp 1.142.065, REsp 719.350 e
REsp 1.1794.976.
Resumo: A jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de não ser possível o lançamento por
arbitramento ou aferição indireta da contribuição previdenciária com base nas contas do
tomador de serviço com fundamen to no art. 31 da Lei 8.212/91, no período anterior à alteração
feita pela Lei 9.711/98 (a saber, até 1/02/1999). Afirmou-se que para que seja constituído o crédito
seria necessário observar se a empresa prestadora recolheu ou não as contribuições devidas no
que implica a procedência de fiscalização per ante a empresa prestador a.
Precedentes: RESP nº 1.596.271/SC; REsp nº 625.326/SP, AgRg no AREsp nº464.314/ SC, AgRg no
REsp nº 1493240/RS.
Resumo: constatou-se a existência de jurisprudência pacífica, no STJ, em sentido contrário ao
defendido pela Fazenda Nacional, assentando que o entendimento de que não incide contribuição
previdenciária sobre licença-prêmio não gozada em virtude da necessidade do serviço e que,
assim, foi convertida em pecúnia. Destaque-se que a dispensa aplica-se somente em casos em que
há impossibilidade de gozo da licença-prêmio, inclusive tendo em vista que questão correlata está
submetida à apreciação do S TF em sede de repercussão ger al (tema nº 635).
Referência: Nota PGFN/CRJ nº 953/2016
OBSERVAÇÃO: O STF, ao negar a existência de repercussão geral relativamente ao tema 908 (RE
nº 892.238/RS), entendeu que a definição das parcelas sobre as quais incidirá a contribuição do
empregado é matéria infraconstitucional. Assim, em virtude do que decidiu o STF em conjunto
com o que restou decidido no RESP nº 1.230.957/RS, dispensa-se de contestar e recorrer sobre
decisões que assentam que não incide contribuição previdenciária do EMPREGADO quanto à
remuneração paga pelo empregador dur ante os primeiros quinze dias de afastamento do tr abalho
por incapacidade. Cumpre mencionar que o STJ, a exemplo do RESP nº 1.513.815/PR e do RESP nº
1.570.467/PB, aplica o entendimento firmado no RESP nº 1.230.957/R S não apenas quando se
discute contribuição previdenciária a cargo do empregador, mas também quando se trata de
contribuição do empregado.
OBSERVAÇÃO 2: Embora o RESP nº 1.230.957/RS não tenha feito distinção entre as contribuições
do empregado e do empregador, o repetitivo decorreu de caso em que se discutiam contribuições
do empregador. Assim, é possível, sobretudo no contexto que decorreu do julgamento do RE nº
892.238/RS (tema 908) considerar que a dispensa de contestar e recorrer referente à contribuição
do empregado não decorre do julgamento do repetitivo em si, mas da inviabilidade de, no
momento, submeter o tema (comumente debatido em causas do microssistema dos Juizados
Especiais Federais) novamente ao S TJ, além do próprio S TF (vide tema 90 8).
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 115/2017 ,Nota PGFN/CRJ/Nº 520/201 7 e Nota PGFN/CRJ/Nº 981/2017
Resumo: Não incidem juros de mora e de multa sobre as contribuições previdenciárias recolhidas
extemporaneamente para fins de contagem recíproca, se o período a ser indenizado for anterior
ao início de vigência da MP nº 1.523, de 1996.
a) Trabalhador avulso
1.10 - CPMF
Precedentes: RESP 826075/SP, RESP 988778/SP, RESP 1066897/RJ, MC 14220/SP e RESP 9 00527/SP.
Resumo: Empresas de arrendamento mercantil. Equiparação às instituições financeiras.
Incidência de alíquota zero de CPMF. As empresas que realizam arrendamento mercantil são
equiparadas às instituições financeiras, tanto no respeito ao tratamento financeiro, quanto ao
tributário, sujeitando-se, assim, à redução da alíquota a zero na CPMF. Inteligência do inciso III,
do art. 8º da Lei 9.311/96.
OBSERVAÇÃO: A alíquota zero incide em relação às atividades ou operações elencadas apenas
nas Portarias 06/97, 134/99, 227/02, 244/2004 do Ministro da F azenda.
Precedentes: RESPs 1277626/P R, AgRg no AREsp 80.156/PE, AgRg no AREsp 3.154/MG, AgRg no
REsp 1159158/MT, AgRg no Ag 1361014/MG, AgRg no Ag 1064081/SE, AgRg no REsp 741.464/RS,
AgRg no AG 1.340.324/PR e REsp 1.267.086/PR.
Resumo: O STJ definiu que não incide comissão de permanência nos casos de inadimplência do
crédito rur al por possuir regr amento próprio.
1.12 – CSLL
Observação: O STF estende o mesmo entendimento ao PIS (art. 72, V, do ADCT), vide AgRg no RE
nº 953.074/SP. Vide Nota PGFN/CRJ Nº 1224/2016
Resumo: Para fins do pagamento dos tributos com as alíquotas reduzidas, a expressão "serviços
hospitalares", constante do artigo 15, § 1º, inciso III, da Lei 9.249/95, deve ser interpretada de
forma objetiva (ou seja, sob a perspectiva da atividade realizada pelo contribuinte), porquanto a
lei, ao conceder o benefício fiscal, não considerou a característica ou a estrutura do contribuinte
em si (critério subjetivo), mas a natureza do próprio serviço prestado (assistência à saúde). Ficou
consignado que os regulamentos emanados da Receita Federal referentes aos dispositivos legais
acima mencionados não poderiam exigir que os contribuintes cumprissem requisitos não
previstos em lei (a exemplo da necessidade de manter estrutura que permita a internação de
pacientes) par a a obtenção do benefício. Par a fins de redução da alíquota, devem ser consider ados
serviços hospitala res "aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais,
voltados diretamente à promoção da saúde", de sorte que, "em regra, mas não necessariamente,
são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindo-se as simples consultas
médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos
consultórios médicos". Ficou consignado que a redução de alíquota prevista na Lei 9.249/95 não se
refere a toda a receita bruta da empresa contribuinte genericamente consider ada, mas sim àquela
parcela da receita proveniente unicamente da atividade específica sujeita ao benefício fiscal,
desenvolvida pelo contribuinte, nos exatos termos do § 2º do artigo 15 da Lei 9.249/95.
OBSERVAÇÃO: O benefício não se aplica às consultas médicas, nem mesmo quando realizadas no
interior de hospitais, de modo que só abrange parcela das receitas da sociedade que decorre da
prestação de serviços hospitalares propriamente ditos. Ressaltamos que o STF não reconheceu
repercussão ger al com relação a este tema (AI nº 803.140).
OBSERVAÇÃO 2: para fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/2009, deve-se atentar para a
incidência da nova redação do art. 15, § 1º, III, "a", da Lei nº 9.249/95, considerando a alteração
promovida pela Lei nº 11.727/2008 (art. 29 c/c art. 41, VI). Portanto, a partir de tal marco, a
prestadora dos serviços referidos na alínea em comento deve estar organizada sob a forma de
sociedade empresária (excluídas, portanto, as sociedades simples e os empresários individuais) e
atender às normas da ANVISA. Vide REsp 1606437/SC, AgRg no REsp 1538506/SC, AgRg no REsp
1506187/PR, A gRg no REsp 1383586/RS, A gRg nos EDcl no REsp 1369745/RS, dentre outros.
d) Lucro inflacionário
Precedentes: AgRg no REsp 602.360/MG; AgRg no REsp 1285195/MS; REsp 1153669/PB; AgRg no Ag
1019831/GO; AgRg no REsp 877.511/PB; REsp 974.300/PR; EAG n. 1.019.831/GO; AI 785.709; RE
434.061; ARE 664.772; RE 451.748; AI 734.983; AI 816.111
Resumo: O STJ consolidou entendimento de que o IRPJ e a CSLL não incidem sobre o lucro
inflacionário, pois este constitui mera atualização das demonstrações financeiras do balanço
patrimonial, enquanto que a base de cálculo desses tributos é o lucro real.
e) IR e CSLL
Contrato de representação comercial – arts. 27, alínea “j”, e 34 da Lei nº 4 .886, de 9 de dezembro
de 1965.
Resumo: O STJ adota o entendimento de que não há incidência de IR e de CSLL so bre os valores
comprovadamente pagos a título de indenização devida (art. 27, alínea “j”, da Lei nº 4.886, de
1965) e de descumprimento do aviso prévio (trecho final do art. 34 da Lei nº 4.886, de 1965) a
representante comercial por rescisão imotivada de contr ato de represen tação comercial.
Precedentes: REsp nº 1.526.059/RS, A gRg no REsp nº 1.556.693/RS, A gRg no AREsp nº 146.301/MG,
REsp nº 1.317.641/RS, REsp nº 1.588.523/PE, AResp nº 900.883/SP , Decisão monocr ática nº
1.572.760/RS, A gRg no REsp nº 1.452.479/SP , REsp nº 1.133.101/SP , AgRg no REsp nº 1.462.797/PR e
REsp nº 1.632.525/SC.
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 46/2018.
*Data da inclusão: 12/01/2018.
Ressalta-se que ambas as Turmas que compõem a Primeira Seção do STJ entendem, de maneira
pacífica, que, ainda que se trate de tributo sujeito a lançamento por homologação, se o crédito não
foi previamente declarado pelo contribuinte, mas foi pago, pode-se configurar a denúncia
espontânea, desde que ocorram as demais hipóteses do art. 138 do CTN (REsp 1155146/AM, AgRg
nos EDcl no Ag 1009777/SP, AgRg no REsp 1046285/MG e AgRg no REsp 1046285/MG). Todavia, isso
não afasta a tese firmada no tema nº 61 de recursos repetitivos (REsp's nº 962.379/RS e nº
886.462/RS), no sentido de que "Não resta caracterizada a denúncia espontânea, com a
consequente exclusão da multa moratória, nos casos de tributos declarados, porém pagos a
destempo pelo contribuinte, ainda que o pagamento seja integr al". Vide, ainda, a Súmula 360/S TJ.
1.15 - Eletrobr as
a) Litisconsórcio facultativo
Precedentes: EREsp 889.558/PR, REsp 1.219.744, REsp 366.005/RS, AgRg 1.180.324 /PR, EREsp
979.784/PR, REsp 978.071/PR e EREsp 891.763/PR.
Resumo: Entende o STJ que, muito embora a Fazenda Pública não esteja sujeita ao pagamento de
custas e emolumentos na execução fiscal (art. 39 da Lei 6.830/80), as custas devem ser recolhidas
quando se tr atar de processo em curso em serventia não oficializada.
1.17 - FGTS
c) Prazo prescricional
b) Exceção de pré-executividade
c) Cessão
1.20 - IPI
a) Crédito-prêmio - Extinção
“1. A correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio
constitucional da não-cumulatividade (créditos escritur ais), por ausênci a de previsão legal.
2. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do
direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da não-cumulatividade, descaracteriza
referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo
contribuinte em sua escrita contábil.
3. Destarte, a vedação legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrer-se do
Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a
tramitação normal dos feitos judiciais.
4. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o conseqüente
ingresso no Judiciário, posterga-se o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a
necessidade de atualizá-los monetariamente, sob pena de enriquecim ento sem causa do Fisco
(Precedentes da Primeir a Seção: ...).
5. Recurso especial da Fazenda Nacional desprovido. Acórdão submetid o ao regime do artigo 543-
C, do CPC, e da Resolução S TJ 08/2008.”
Sobre o tema, vide Súmula 411/S TJ.
OBSERVAÇÃO: Reputa-se mora da administração a não apreciação de pedido de ressarcimento no
prazo de 360 dias, em atenção ao art. 24 da Lei 11.457/2007, sendo aplicável o entendimento do
REsp 1138206/RS, submetido ao rito do art. 543-C do CPC/1973. A questão do termo inicial da
fluência da correção, nessas hipóteses, ainda é controvertida, devendo se adotar o entendimento
de que é devida apenas a partir do escoamento do prazo legal para análise do requerimento, ou
seja, no 361º dia (REsp 1240714/PR e AgRg no REsp 1.467.934/RS – favoráveis à Fazenda Nacional).
Recomenda-se, portanto, que sejam objeto de contestação/recurso (inclusive por meio de
Recurso Especial) a fixação do termo inicial de correção monetária de tais créditos em
momento anterior ao término do prazo de 360 dias, contados da data de protocolo do pedido
de ressarcimento, porquanto antes desse prazo não há que se falar em mora do Fisco e não há
aplicação do entendimento firmado em sede de recurso repetitivo (o REsp nº 1.035.847/RS não
aborda essa questão). Para tanto, deve-se mencionar expressamente a violação ao art. 24 da Lei
11.457/2007. Fica dispensada a interposição de Recurso Extraordinário quanto ao tema, por se
tratar de matéria eminentemente infr aconstitucional.
OBSERVAÇÃO 2: Em se tratando de crédito-prêmio de IPI, nada obstante o fundamento de
aplicação do RESP nº 1.035.847/RS partir de premissa equivocada (suposta natureza escritural do
aplicação do RESP nº 1.035.847/RS partir de premissa equivocada (suposta natureza escritural do
crédito-prêmio do IPI), carece a Fazenda Nacional de interesse recursal, não fosse pelo
entendimento que se extrai do Parecer PGFN/CAT nº 589/98 e pelo quanto já decidido em outro
recurso repetitivo (REsp 959.338/SP ), por se tratar de entendimento pacificado que é devida a
correção monetária para atualizaçã o de passivo da Fazenda Pública, não se tratando de plus, a
teor do Parecer PGFN/CRJ nº 447/1996 e Ato Declaratório nº 10/2008, corroborado pelo Parecer
PGFN/CRJ nº 2.601/2008, publicado no DOU de 11 de dezembro de 2008, seção 1, pág. 61. Nessa
hipótese, reconhece-se, ainda, a legitimidade de inclusão dos expurgos inflacionários, ante a
pacificação da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (vide, como exemplos, os seguintes
julgados REsp nº 1185202/DF; AgRg no REsp nº 1108396/SP REsp nº 1.048.624/DF; REsp nº
980.831/DF
Referência: Nota PGFN/CRJ nº 775/2014 , Parecer PGFN/CRJ nº 790/2016, Nota PGFN/CRJ nº
532/2016, Nota PGFN/CRJ nº 643/2017, Parecer PGFN/CATº 1441/2016 e Nota PGFN/CRJ nº
1066/2017
*Data da Inclusão: 15/08/2017
** Data da revisão da redação item, par a mais clareza: 18/10/2017
Resumo: O fator de correção NCz$ 6,92 (indexador diário) deve ser utilizado na conversão da O TN
para o BTN, com vistas a apur ar o valor do crédito-prêmio de IPI.
Precedentes: REsp nº 855.276/DF; REsp nº 652.780/DF; REsp nº 1.048.624/DF; REsp nº 980.831/DF;
AgRg no REsp nº 742.117/DF; EDcl nos EDcl no REsp nº 439.086/DF.
Referência: Nota PGFN/CRJ/ nº 311/2017
Data da inclusão: 07/04/2017.
e) Crédito-prêmio de IPI - Alíquotas aplicáveis - Cálculo do benefício - Resolução CIEX nº
02/79
OBSERVAÇÃO: o parágrafo único, do art. 60, do Decreto-lei nº 37, de 1966, foi revogado pela
Medida Provisória nº 497 de 2010 (convertida na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, de
modo que a dispensa só se aplica quando o caso concreto versar sobre o dispositivo revogado.
e) Pena de perdimento - Art. 1º, § 4º, III, do Decreto-Lei nº 37, de 1966 - Irrelevância da
prévia ocorrência do fato ger ador
Resumo: Simples portaria não tem o condão de alterar alíquota do imposto de importação de
produto abrigado por alíquota zero através de tratado internacional. Ilegalidade da Portaria RFB
nº 939/1991.
Precedentes : REsp nº 209.526/RS, REsp nº 104.566/SP, REsp nº 104.944/SP, REsp nº 139.709/SP, REsp
nº 105.048/SP e REsp nº 78.172/CE.
Resumo: Para fins do pagamento dos tributos com as alíquotas reduzidas, a expressão "serviços
hospitalares", constante do artigo 15, § 1º, inciso III, da Lei 9.249/95, deve ser interpretada de
forma objetiva (ou seja, sob a perspectiva da atividade realizada pelo contribuinte), porquanto a
lei, ao conceder o benefício fiscal, não considerou a característica ou a estrutura do contribuinte
em si (critério subjetivo), mas a natureza do próprio serviço prestado (assistênci a à saúde). Ficou
consignado que os regulamentos emanados da Receita Federal referentes aos dispositivos legais
acima mencionados não poderiam exigir que os contribuintes cumprissem requisitos não
previstos em lei (a exemplo da necessidade de manter estrutura que permita a internação de
pacientes) par a a obtenção do benefício. Par a fins de redução da alíquota, devem ser consider ados
serviços hospitalares "aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais,
voltados diretame nte à promoção da saúde", de sorte que, "em regra, mas não necessariamente,
são prestados no interior do estabelecimento hospitalar, excluindo-se as simples consultas
médicas, atividade que não se identifica com as prestadas no âmbito hospitalar , mas nos
consultórios médicos". Ficou consignado que a redução de alíquota prevista na Lei 9.249/95 não se
refere a toda a receita bruta da empresa contribuinte genericamente consider ada, mas sim àquela
parcela da receita proveniente unicamente da atividade específica sujeita ao benefício fiscal,
desenvolvida pelo contribuinte, nos exatos termos do § 2º do artigo 15 da Lei 9.249/95.
OBSERVAÇÃO: O benefício não se aplica às consultas médicas, nem mesmo quando realizadas no
interior de hospitais, de modo que só abrange parcela das receitas da sociedade que decorre da
prestação de serviços hospitalares propriamente ditos. Ressaltamos que o STF não reconheceu
repercussão geral com relação a este tema (AI nº 803.140).
OBSERVAÇÃO 2: para fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/2009, deve-se atentar para a
incidência da nova redação do art. 15, § 1º, III, "a", da Lei nº 9.249/95, considerando a alteração
promovida pela Lei nº 11.727/2008 (art. 29 c/c art. 41, VI). Portanto, a partir de tal marco, a
prestadora dos serviços referidos na alínea em comento deve estar organizada sob a forma de
sociedade empresária (excluídas, portanto, as sociedades simples e os empresários individuais) e
atender às normas da ANVISA. Vide REsp 1606437/SC, AgRg no REsp 1538506/SC, AgRg no REsp
1506187/PR, AgRg no REsp 1383586/RS, A gRg nos EDcl no REsp 1369745/RS, dentre outros.
h) Desapropriação
i) Juros de mor a
k) Auxílio condução
l) IPRJ - Índice para correção monetária das demonstrações financeiras das pessoas
jurídicas
o) Lucro inflacionário
Precedentes: AgRg no REsp 602.360/MG; AgRg no REsp 1285195/MS; REsp 1153669/PB; AgRg no Ag
1019831/GO; AgRg no REsp 877.511/PB; REsp 974.300/PR; EAG n. 1.019.831/GO; AI 785.709; RE
434.061; ARE 664.772; RE 451.748; AI 734.983; AI 816.111
Resumo: O STJ consolidou entendimento de que o IRPJ e a CSLL não incidem sobre o lucro
inflacionário, pois este constitui mera atualização das demonstrações financeiras do balanço
patrimonial, enquanto que a base de cálculo desses tributos é o lucro real.
q) Ajuda de custo de gabinete recebida por parlamentar * Data da exclusão: 01/09/2016 (Vide
Nota PGFN/CRJ/Nº 849/2016 )
r) Isenção de Imposto de Renda de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei nº
7.713/88 - Comprovação do enquadramento por outros meios de prova que não laudo
médico oficial
Precedentes: RESP 1160742/PE, RESP 1015940/P E, RESP 951360/AL, RESP 907158/PE e RESP
1016596/DF.
Resumo: Embora o art. 30 da Lei 9.250/95 imponha, como condição para a isenção do imposto de
renda de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei 7.713/88, a emissão do laudo pericial por
meio de serviço médico oficial, esse comando legal não vincula o Juiz, que, nos termos dos arts.
131 e 436 do Código de Processo Civil, é livre na apreciação das provas acostadas aos autos pelas
partes litigantes.
Precedentes: REsp 937.730/SC, REsp 808.133/SC, AgRg no Ag 901.028/SC, AgRg no REsp 836.756/SC
e AgRg no REsp 1.097.765/PR.
Resumo: É dever da União (ré) apresentar a declaração de ajuste anual de Imposto de Renda (ou
planilhas que espelhem essas declarações, eis que o STJ lhes confere valor probatório), quando
alegar a existência de compensação em ações de repetição de indébito, uma vez que, como ré, tem
o ônus de apresentar as provas dos fatos modificativos ou extintivos do direito do autor (art. 333
do CPC/1973). A o contribuinte (autor), cabe apenas apresentar os fatos co nstitutivos de seu direito.
t) Despesa oper acional em contr ato de leasing - Descar acterização para compra e venda
Precedentes: REsp 1.133.032/PR, AgRg no REsp 1164768/RS, AgRg no REsp 1141828/R S e AgRg no
REsp 1231645/RS.
Resumo: A Primeira Seção do STJ fixou entendimento no sentido de que o contribuinte detentor
de quotas sociais há cinco anos ou mais antes da entrada em vigor da Lei 7.713/88 possui direito
adquirido à isenção do imposto de renda, quando da alienação de sua participação societária.
OBSERVAÇÃO 1: O entendimento acima explicitado não se aplica às ações bonificadas adquiridas
após 31.12.1983, ante à impossibilidade lógica de implementação do lapso temporal de 05 (cinco)
anos sem alienação até a revogação da isenção prevista no Decreto-Lei nº 1.510/76, indispensável
à formação do direito, tr atando-se, nesse passo, de mer a expectativa de direito, com relação à qual
se aplica a norma do art. 178 do CTN e não a garantia constitucional do direito adquirido. Ainda
que as bonificações decorram das ações originais, não é correto afirmar que delas fazem parte,
não passando de meras atualizaçõe s ou modificações integrativas das ações antigas. Na verdade,
elas representam efetivo acréscimo patrimonial, não se comunicando a isenção tributária relativa
ao imposto de renda quando da alienação, caso a aquisição tenha ocorrido após 31.12.1983.
Precedente: ApelREEX 2007.71.03.002523-0, Segunda Turma, Relator Otávio Roberto Pamplona,
D.E. 12/01/2011, TRF da 4ª Região.
OBSERVAÇÃO 2: A isenção é condicionada a certos requisitos, cuja observância é imprescindível:
(i) presença da documentação comprobatória de titularidade das ações – aqui merece especial
atenção o fato de que podem haver operações societárias que tenham repercussão no período de
cinco anos necessário para a aquisição do direito, como, por exemplo, a cisão de determinada
sociedade em que as ações antigas foram utilizadas para integralização do patrimônio da
sociedade nova, com a conseqüente extinção das ações antigas; (ii) aquisição comprovada das
ações até o dia 31/12/1983;
(iii) alcance do prazo de 5 anos na titularidade das ações ainda na vigência do DL 1.510/76,
portanto, antes da revogação pela Lei 7.713/88.
RE nº 592.396/SP (tema nº 168 de repercussão ger al)
Resumo: “Inconstitucionalidade, incidental e com os efeitos da repercussão ger al, do art. 1º, I, da
Lei 7.988/89, uma vez que a major ação de alíquota de 6% par a 18%, a qual se reflete na base de
cálculo do Imposto de Renda pessoa jurídica incidente sobre o lucro das oper ações incentivadas
no ano-base de 1989, ofende os princípios da irretroatividade e da segur ança jurídica”
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 798/2016
*Data da inclusão: 16/08/2016
Precedentes: AgRg no REsp 1.154.951/RS; REsp 1.148.781/RS; A gRG no REsp 1.118.170/R S; AgRG no
REsp 1.114.982/RS; A gRg no REsp 1157510/RS; A gRg no AREsp 665.878/B A; AREsp 490347; AREsp
478164; REsp 1.270.005.
Resumo: O STJ, adotando entendimento de que os valores recebidos a título de fé rias não gozadas
caracterizam-se como verbas indenizatórias, entendeu que não incide im posto de renda sobre tais
verbas quando recebidas pelo tr abalhador portuário avulso. Afirmou qu e o caráter eventual da
prestação labor al do trabalhador avulso não lhe retir a direitos próprios conferidos aos demais
trabalhadores figur antes do art. 7º, caput, e inciso XVII, da CF. A dispensa se aplica a
trabalhadores avulsos portuários (Lei nº 9.719, de 1998 e Lei nº 12.815, d e 2013) e
movimentadores de mercadorias em ger al (Lei nº 12.023, de 2009).
y) Imposto de renda. Contr ato de representação comercial.
z) IR e CSLL
Contrato de representação comercial – arts. 27, alínea “j”, e 34 da Lei nº 4 .886, de 9 de dezembro
de 1965.
Resumo: O STJ adota o entendimento de que não há incidência de IR e de CSLL so bre os valores
comprovadamente pagos a título de indenização devida (art. 27, alínea “j”, da Lei nº 4.886, de
1965) e de descumprimento do aviso prévio (trecho final do art. 34 da Lei nº 4.886, de 1965) a
representante comercial por rescisão imotivada de contr ato de represen tação comercial.
Precedentes: REsp nº 1.526.059/RS, A gRg no REsp nº 1.556.693/RS, A gRg no AREsp nº 146.301/MG,
REsp nº 1.317.641/RS, REsp nº 1.588.523/PE, AResp nº 900.883/SP , Decisão monocr ática nº
1.572.760/RS, A gRg no REsp nº 1.452.479/SP , REsp nº 1.133.101/SP , AgRg no REsp nº 1.462.797/PR e
REsp nº 1.632.525/SC.
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 46/2018.
*Data da inclusão: 12/01/2018.
1.23- Imunidades
d) Extensão da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88, aos
componentes eletrônicos que acompanham material didático.
Resumo: O STF, julgando o tema 259 de repercussão geral, firmou a tese de que a imunidade da
alínea “d” do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes eletrônicos
destinados, exclusivamente, a integr ar unidade didática com fascículos.
Observação 2: A imunidade não alcança a aquisição dos ditos elementos eletrônicos se verificado
o dissimulado propósito final de produção de bens para consumo próprio ou ulterior
comercialização.
1.25 - ITR
Precedentes: AgRg no Ag 1360788/MG, REsp 1027051/SC, REsp 1060886/PR, REsp 1125632/PR, REsp
969091/SC, REsp 665123/PR e A gRg no REsp 753469/SP .
Resumo: O STJ entendeu que, por se tratar de imposto sujeito a lançamento que se dá por
homologação, dispensa-se a averbação da área de preservação permanente no registro de imóveis
e a apresentação do Ato Declaratório Ambiental pelo Ibama para o reconhecimento das áreas de
preservação permanente e de reserva legal, com vistas à concessão de isenção do ITR. Dispensa-se
também, para a área de reserva legal, a prova da sua averbação (mas não a averbação em si) no
registro de imóveis, no momento da declaração tributária. Em qualquer desses casos, se
comprovada a irregularidade da declaração do contribuinte, ficará este responsável pelo
pagamento do imposto correspondente, com juros e multa.
OBSERVAÇÃO: Caso a matéria discutida nos autos envolva a prescindibilidade de averbação da
reserva legal no registro do imóvel para fins de gozo da isenção fiscal, de maneira que este
registro seria ou não constitutivo do direito à isenção do ITR, deve-se continuar a contestar e
recorrer. Com feito, o STJ, no EREsp 1.027.051/SC, reconheceu que, para fins tributários, a
averbação deve ser condicionante da isenção, tendo eficácia constitutiva. Tal hipótese não se
confunde com a necessidade ou não de comprovação do registro, visto que a prova da averbação
é dispensada, mas não a existência da averbação em si.
OBSERVAÇÃO 2: A dispensa contida neste item não se aplica para as demandas relativas a fatos
geradores posteriores à vigência da Lei nº 12.651, de 2012 (novo Código F lorestal).
b) Terras invadidas
Resumo: O STJ já firmou orientação quanto à impossibilidade de cobrar ITR em face do
proprietário, na hipótese de invasão, a exemplo de quando o imóvel rural é invadido por “Sem
Terras” e indígenas. Isso porque, de acordo com a Corte Superior, sem o efetivo exercício de
domínio, não obstante haver a subsunção formal do fato à norma, não ocorreria o
enquadramento material necessário à constituição do imposto, na medida em que o proprietário
não se deteria o pleno gozo da propriedade. Destaque-se, em relação às instâncias ordinárias, a
necessidade de analisar se, dentro do conjunto fático probatório, nas ações ajuizadas
relativamente à cobrança do ITR, os impostos referem-se ao período em que o proprietário esteve
impossibilitado de pleno gozo do direito de propriedade, em razão da invasão. Importa ressaltar
também para que se esteja atento para eventuais fraudes perpetradas para afastar a cobrança do
ITR.
Precedentes : AgRg no REsp 1346328/PR, REsp 963.499/PR, REsp 1144982/PR, RESP nº 1.567.625/RS,
RESP nº 1.486.270/PR, RESP nº 1.346.328/PR, AgInt no REsp 1551595/SP, RESP nº 1.111.364/SP,
ARESP nº 1.187.367/SP , RESP nº 1.551 .595/SP, ARESP nº 337.641/SP , ARESP nº 162.096/RJ.
Referência: Nota PGFN/CRJ nº 08/2018
Data da inclusão: 29/01/2018
1.26 - Multas
a) SELIC
1.28 – Parcelamento
Precedentes: REsp 1262273/PB , REsp 961319/SC, REsp 830972/SC; REsp 971365/SC e REsp
748524/SC.
Resumo: O entendimento consolidado pelo STJ é no sentido de ser válida a cessão de créditos
decorrentes de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) para fins de utilização na compensação com valores relativos a juros e multas do
REFIS na forma do art. 2°, § 7º, I e II da Lei 9.964/00. Nestes casos, afasta-se a exigência da
REFIS na forma do art. 2°, § 7º, I e II da Lei 9.964/00. Nestes casos, afasta-se a exigência da
Resolução CG/REFIS 19/2001, que extr apolou os limites da Lei 9.964/00.
Precedentes : REsp 1430320/AL , AgRg no REsp 1466807/SC, AgRg no REsp 1540947/SC, AgRg no
REsp 1548619/RS, AgInt no REsp 1591801/RS, AgRg no REsp 1463121/AL, AgRg no REsp 1420749/AL,
AgRg no REsp 1510513/PE, REsp 1553488/AL, AgRg no REsp 1522956/SP, AgRg no REsp 1557789/AL
e REsp 1633984/SE
Resumo: o STJ firmou o entendimento de que é indevida a inclusão dos honorários fixados nas
antigas execuções previdenciárias (relativas a inscrições anteriores a 1º de maio de 2007, ou seja,
desprovidas do encargo legal) – prevista nos arts. 12, § 11, II, 16, V, e 28, I, da Portaria Conjunta
PGFN/RFB Nº 06/2009, nos arts. 13, § 11, II, 17, V, e 27, I, da Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 07/2013
e no art. 10, V, da Portaria Conjunta PGFN/RFB Nº 13/2014 – nos parcelam entos/pagamentos à vista
relacionados à Lei nº 11.941/09 (adesão originária e reaberturas promovidas pelas Leis nº
12.865/2013, 12.973/2014 e 12.996/2014), seja por extensão da remissão de 100% do encargo legal
prevista na Lei nº 11.941/09, seja por força do art. 38 da Lei nº 13.043/2014.
Observação : a dispensa somente se aplica aos parcelamentos relacionados à Lei nº 11.941/09
(reaberturas inclusive - referidas no caput do art. 38 da Lei nº 13.043/20 14) e considera o contexto
anterior ao § 19 do art. 85 do nCPC, bem como à Lei nº 13.327/2016.
Observação 2: o art. 38 da Lei nº 13.043/2014 foi revogado pela Medida Provisória nº 766/2017
(art. 15), de modo que a dispensa não se aplica a eventual nova reabertur a da Lei nº 11.941/09
Observação 3 : a dispensa não se aplica aos casos em que houver coisa julgada favoravelmente à
Fazenda Nacional respaldando a inclusão dos “honor ários previdenciári os” no parcelamento.
Referência : Nota PGFN/CRJ nº 135/2017
* Data da inclusão: 22/02/2017
Resumo: É possível a coexistência dos parcelamentos especiais das Leis nº 9.964, de 2000, (REFIS)
e nº 10.684, de 2003, (PAES) com outras modalidades de parcelamento, desde que os débitos se
refiram a períodos distintos e sejam preenchidos os demais requisitos estabelecidos pela
respectiva lei de regência.
Precedentes: AgRg no REsp 1289283/RJ; REsp 1437932/RS; REsp 1379605/CE; AgRg no REsp
1331895/PE.
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 1152/2017
Data da inclusão: 13/07/2017
Precedentes: RESP 1140064/SP, AgRg no Ag 849702, REsp 553027/CE, REsp 517790/CE e RESP
446807/DF.
Resumo: A pena de perdimento de bens, na hipótese prevista no art. 23 do DL n. 1.455/76 (decurso
de 90 dias sem o início do desembaraço), não se dá automaticamen te, podendo ser elidida a
presunção juris tantum de ter havido o abandono. Nessa linha, não caracteriza o abandono
quando há o manifesto desejo, efetivamente comprovado, de desembaraçar as mercadorias em
curto prazo, com a realização dos pagamentos devidos.
Precedentes: AgRg no REsp 1125398/SP, AgRg no Ag 1233752/GO, REsp 1169160/RS, EDcl no AgRg
no Ag 1091208/SP, REsp 1072040/PR e AgRg no Ag 1076576/SP.
Resumo: Para o cabimento da pena de perdimento, em respeito ao princípio da
proporcionalidade e não havendo reiteração da conduta ilícita, deve haver proporção entre o
valor do veículo objeto da sanção e o das mercadorias nele tr ansportada s.
1.30 – Penhor a
g) Penhora - Meação
Precedentes: AG 1249564/SP, RESP 916782/MG, RESP 795635/PB, RESP 874983/RS, RESP 626999/SC
e AG 460285/SP.
Resumo: O bem alienado fiduciariamente não pode ser penhorado por ser propriedade do credor
fiduciário.
OBSERVAÇÃO: Ressalta-se a possibilidade de penhor a sobre os direitos do contr ato de alienação.
Resumo: O STJ já firmou orientação no sentido de que é cabível, excepcionalmen te, a decretação
da indisponibilidade do ativo circulante nas situações em que o ativo permanente for
comprovadamente insuficiente par a a garantia do crédito fazendário. A par alisação das
atividades da empresa e a não localização de bens suficientes são exemplos citados pela
jurisprudência como sendo aptos a comprovar a alegada insuficiência da gar antia do crédito.
Precedentes : REsp nº 702.333/PE, REsp nº 841.173/PB, REsp nº 365.546/SC, A gRg no RE sp nº
1.441.511/PA e AgRg no REsp nº 1.536.830/RS
Referência : Nota PGFN/CRJ nº 10/2018
Data da inclusão : 29/01/2018
j) Caracterização como bem de família do único imóvel residencial d o devedor que sirva de
moradia a um de seus familiares
Resumo: O STJ pacificou o entendimento no sentido de que constitui bem de fam ília, insuscetível
de penhora, o único imóvel residencial do devedor em que resida seu fil ho ou demais familiares.
A circunstância de o devedor não residir no imóvel, que se encontr a cedido a familiares, não
constitui óbice ao reconhecimento do favor legal. Inteligência dos arts. 1º e 5º da Lei 8.009/90.
Precedentes : EREsp 1216187/SC; REsp 1059805/RS; REsp 931.196/RJ; REsp 507.686/SP; REsp
272.742-PR; REsp 186.210-PR).
Referência : Nota PGFN/CRJ nº 17/2018
Data de inclusão: 06/03/2018
1.31 - PIS/COFINS
d) Período entre a Lei nº 9.718/98 e as Leis nº 10.637/02 e nº 10.833/03 - Juros sobre capital
próprio
e) Contribuintes submetidos à tributação do IR pelo lucro presumido - Art. 8º, II, da Lei
10.637/02 e art. 10, II, da Lei 10.833/03
k) Resolução 174 do CMN - Folha de pagamento das cooperativas e entidades sem fins
lucrativos antes da MP 1212/95
Resumo: Ao apreciar a cautelar na ADI 2.348-9/DF, o STF, por unanimidade, suspendeu a eficácia
da expressão “na Zona Franca de Manaus”, constante do art. 14, § 2º, I, da MP nº 2.037-24/00 (que
afastava da isenção de PIS/COFINS na exportação para o exterior a receita de vendas efetuadas a
empresa estabelec ida na ZFM), por violação ao art. 40 do ADCT (que teria estabilizado o art. 4º do
DL nº 288/67. A partir de então, ou seja, na MP nº 2.037-25/00, editada em dezembro/2000 (hoje art.
14 da MP nº 2158-35/01), a ressalva à Zona Fr anca de Manaus foi suprim ida.
Nesse cenário, o STF firmou, em sede de RE, o entendimento de que a controvérsia acerca da
incidência do PIS/COFINS sobre a venda de mercadorias destinadas à Zona Franca de Manaus se
restringe ao âmbito infraconstitucio nal, enquanto o STJ e os TRF’s firmaram o entendimento de
que, por força dos arts. 5º da Lei nº 7.714/88, 7º da Lei complementar nº 70/91 e 14 da MP nº 2158-
35/01, c/c art. 4º do DL nº 288/67, não incide PIS/COFINS sobre a receita decorrente de venda de
mercadoria de origem nacional destinada a pessoa jurídica sediada na Zona Franca de Manaus,
pois se trataria de oper ação equipar ada a exportação (art. 4º do DL nº 28 8/67).
O STJ também firmou o entendimento de que o benefício fiscal se aplica ainda que a vendedora (e
não apenas a adquirente) seja sediada na ZFM (chamadas “vendas internas”).
OBSERVAÇÃO: a dispensa não se aplica quando se tratar de: (i) venda de mercadoria por
empresa sediada na ZFM a outras regiões do país; (ii) operação envolvendo pessoa física
(vendedor ou adquirente); (iii) venda de mercadoria que não tenha origem nacional; e (iv)
receita decorrente de serviços (e não venda de mercadorias) prestados a empresas sediadas na
ZFM.
m) COFINS - Isenção do art. 14, X, da Medida Provisória nº 1.858, de 1999 (atual Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001) - Mensalidades pagas às instituições de ensino sem fins
lucrativos.
p) Pena de perdimento - Art. 2º, III, da Lei nº 10.865, de 2004 - Irrelevância da prévia
ocorrência do fato ger ador
a) Aplicação cumulativa dos pr azos previstos nos arts. 150, § 4º, e 1 73, I, do CTN
c) Decretação ex officio
h) Taxa de ocupação
Precedentes: AgRg no REsp 1.210.652/RS, AgRg no REsp 1.348.276/RS, AgRg no REsp 1.249.191/GO,
AgRg no REsp 1.240.674/RS e A gRg no REsp 1.161.472/SC.
Resumo: Mandado de Segurança e interrupção da prescrição. Já ficou definido pelo STJ que o
ajuizamento de mandado de segurança interrompe o fluxo do prazo prescricional para
ajuizamento de ação ordinária de cobrança de repetição de indébito tributário. Reinicia-se a
contagem do pr azo a partir da data em que tr ansitar e julgar a ação mandamental.
Precedentes: ARE 666.011 AgR/BA, ARE 766.827 AgR/DF, ARE 666.857 AgR/PE, RE 744.865 AgR/PR,
ARE 678.677 AgR/PR, RE 757.746 AgR/MG, RE 695.545 AgR/SC, AI 814.519 AgR-AgR/SE, AI 821.963
AgR/RS, AI 785.709 A gR-AgR/RS, RE 555.406 A gR/RJ E SÚMULAS 282 E 356 S TF.
Resumo: o Supremo Tribunal Federal acabou por limitar o alcance e eficácia que se extraía da
literalidade da SV nº 10/STF, entendendo que, caso não haja afastamen to de norma em razão de
controvérsia constitucional a embasá-la, ou seja, exigindo-se o enfrentamento na decisão
recorrida da questão constitucional ventilada, não há que se reconhecer prequestionada a
matéria e cabível recurso extr aordinário.
Referência: Parecer PGFN/CRJ nº 771/2016
RE nº 673.707/MG (tema nº 582 de repercussão ger al)
Resumo: “O habeas data é a gar antia constitucional adequada par a a obtenção dos dados
concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administr ação fazendária dos entes
estatais.”
Referência: resolveuid/b724b06deda5f8ec429e5da8975f7d79 Nota PGFN/CRJ nº 801/2016
* Data da inclusão: 16/08/2016
Observação: a despeito da tese fixada permitir a conclusão de que a desistência poderá ser
homologada também para os casos em que a decisão do MS for denegatória, não é o que se extrai
do inteiro teor do voto vencedor, nem tampouco dos debates que ocorreram durante a votação do
RE 669.367. Sendo assim, em processos relevantes e com atuação estratégica, cabe ao Procurador
avaliar a possibilidade de suscitar o distinguishing demonstrando a distinção entre a hipótese de
desistência da ação mandamental após decisão denegatória e a que foi objeto da tese firmada no
RE 669.367, precedente que não exauriu a questão.
Precedentes: AgInt no Resp 1650796/RS, A gRg no AREsp 796.311/SP , AgRg no REsp 1183 264/ES,
AgRg no REsp 1262408/AL, A gRg no AREsp 770.660/SP , AgRg no AREsp 23 0.897/PB, A gRg no REsp
1143279/PR.
Resumo: Par a o STJ, “o acolhimento dos cálculos da contadoria, embor a superiores àqueles
apresentados pelo exequente, não configur a hipótese de julgamento ultr a petita, à vista das
necessidades de ajustar os cálculos aos par âmetros da sentença exequend a, garantindo a perfeita
execução do julgado”
OBSERVAÇÃO: Não se aplica aos casos em que o exequente renuncia parte do crédito com o fim
de enquadr ar o valor devido como obrigação de pequeno valor, recebív el mediante RPV.
1.35 - Redirecionamento
a) Mero inadimplemento
Precedentes: AgRg no REsp 1369152/PE, AgRg no AREsp 693.464/SP, AgRg no REsp 1455645/SP,
AgRg no AREsp 701678/SP, REsp 1470840/SP, AgRg no AREsp 378826/SP, AgRg no AREsp 339806/MG
e AgRg no AgRg no AREsp 241204/PR.
Resumo: A despeito do disposto no art. 23, § 1º, I e V, da Lei nº 8.036, de 1990, o STJ entende não
ser possível o redirecionamento da execução fiscal de créditos do FGTS pelo mero
inadimplemento da obrigação. Também não se admite a aplicação do CTN para os créditos
fundiários (Súmula 353/STJ), mesmo diante da redação do art. 4º, § 2º, da LEF. Contudo, a Corte
não afasta a possibilidade de redirecionamento do feito executivo de dívida não tributária contra
o sócio gerente, porquanto previsto tal procedimento no âmbito não tributário pelo art. 10 do
Decreto n. 3.078/19 e pelo art. 158 da Lei n. 6.404/78 - LSA (REsp 1371128/RS, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 10.9.2014, DJe 17.9.2014 - submetido ao rito dos
recursos repetitivos).
Referência: Nota PGFN/CRJ nº 980/2015
b) Juros de mor a - art. 406 do Código Civil - Aplicação à execução de sentenças anteriores
1.37 - SIMPLES
a) Hospitais - Opção
a) Procedimento demarcatório
Precedentes: AgRg no REsp 1.526.584/RS, A gRg no REsp 1.504.110/RJ, A gRg nos EDcl no AREsp
715.685/MA, A gRg no REsp 1.420.262/SC, REsp 1.146.557/SC, A gRg no Resp 881.065/PR e REsp
1.057.530/SC.
Resumo: "Diante disso tudo, pode-se, em síntese, identificar três situações distintas par a os
procedimentos demarcatórios de terrenos de marinha, a saber:
(I) naqueles realizados até 31/5/2007, dever á ter sido respeitado o dispos to na redação original do
art. 11 do Decreto-Lei 9.760/46, com a necessária intimação pessoal dos interessados certos e com
domicílio conhecido, conforme robusta jurisprudência desta Corte;
(II) quanto aos procedimentos ocorridos no interregno entre 1/6/2007 e 27/5/2011
(respectivamente, datas de vigência da Lei nº 11.481/07 e da concessão de liminar pelo S TF na ADI
4.264/PE, com efeitos apenas ex nunc), dever á ter sido respeitada a nova redação do art. 11 do
Decreto Lei nº 9.760/46 (dada pelo art. 5º da Lei nº 11.481/07), que autoriza a convocação de todo e
qualquer interessado por edital, conforme precedente da Segunda Turma já mencionado (A gRg no
REsp 1.504.110/RJ);
(III) por fim, par a os procedimentos demarcatórios iniciados após 27/5/2 011 (data da medida
cautelar concedida pelo S TF na ADI 4.264/PE), não mais ter á validade a intimação editalícia de
interessado certo e com endereço conhecido." ( Trecho do voto condutor do acórdão proferido no
AgRg no REsp 1.526.584/RS).
OBSERVAÇÃO: Observe-se que a Lei nº 13.139/2015, vigente somente após decorridos 120 dias
após a sua publicação, alterou novamente o art. 11 e seguintes do Decreto-Lei nº 9.760/46.
Observe-se, ademais, que os precedentes do S TJ divergem quanto ao ma rco para fins de
observância do decidido na ADI 4.264 MC/PE, se 27/05/2011 (data da disponibilização do acórdão
no DJe, vide A gRg no REsp 1.526.584/RS) ou 16/03/2011 (data do julgamen to da ADI 4.264 MC/PE).
Todavia, o STF entende que suas decisões, no âmbito do controle concen trado de
constitucionalidade, "em regr a, passam a produzir efeitos a partir da pu blicação, no veículo
oficial, da ata de julgamento" (Rcl 6999 A gR/MG), razão pela qual o marco mais adequado parece
ser o dia 28/03/2011 (DJ nº 57).
OBSERVAÇÃO 2: Registre-se que o tema or a tratado apenas demanda a atuação da PGFN quando
o processo judicial versar sobre exação já inscrita em Dívida Ativa da União (p. ex. execuções
fiscais que cobrem taxas de ocupação, ou ações anulatórias que pretendam afastá-las). Por outro
lado, tratando-se de processos judiciais que versem sobre exações ainda não inscritas em Dívida
Ativa, a representação judicial da União compete à PGU, e não à PGFN.
1.40 - IOF
2- Temas julgados pelo STJ sob a forma do art. 543-C do CPC, e pelo STF sob a forma do 543-B,
mas que continuar ão sendo objeto de contestação/recurso pela PGFN
JUSTIFICATIVA:
Não obstante a fixação do entendim ento acima esposado, em sede de julgamento realizado nos
termos do art. 543-C do CPC/1973, os Procuradores da Fazenda Nacional deverão continuar a
contestar e recorrer, quando se tratar de incidência de contribuição previdenciária do
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei sobre a remuneração
paga pelo empregador durante os primeiros quinze dias de afastamento do trabalho por
incapacidade e sobre o terço constitucional de férias.
Registre-se, ademais, que o próprio STJ já vinha exigindo o trânsito da decisão no RE nº 611.505/SC
(tema nº 482) para aplicação da suposta ausência de repercussão geral, mantendo, portanto, o
sobrestamento dos recursos extraordinários interpostos naquela Corte, vide os RE’s no RESp nº
1.081.308 e no ARESP 761717.
OBSERVAÇÃO 2: É importante que não sejam misturadas as teses jurídicas debatidas entre os três
temas (20, 163 e 908). Notadamente após a decisão que assentou a inexistência de repercussão
geral quanto ao tema 908, relativa à ausência de controvérsia constitucional na discussão sobre as
parcelas sobre as quais incide a contribuição a cargo do empregado, há que se fazer a distinção
entre as discussões a serem realizadas nos recursos correspondentes aos temas mencionados. Há
uma distinção relevante temas 20 (RE nº 565.160/SC) e 908 (RE nº 892.238/RS): a Constituição
Federal determina que o empregador contribuirá sobre a folha de salários, diferentemente do que
dispõe em relação à contribuição do empregado. Desse modo, a definição da natureza das verbas,
no caso da contribuição a cargo do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na
forma da lei passa, necessariamente, pelo debate da matéria constitucional acerca do conceito de
"folha de salários" (Tema 20). A situação do adicional de férias é substancialmente distinta, pois,
além de expressamente abordado no tema nº 20 de repercussão geral, a própria Constituição
Federal (art. 7º, XVII) prevê seu car áter remuner atório.
** Data da revisão do item, com retirada da dispensa de recurso especial em relação ao adicional
de férias: 05/10/2017
Referência: Nota PGFN/CRJ nº 640/2014 , Nota PGFN/CRJ/Nº 115/2017 , Nota PGFN/CRJ/Nº 520/201 7 e
Nota PGFN/CRJ/Nº 981/2017
A matéria se encontra com repercussão geral reconhecida no STF (RE 593.068) e, portanto, deve
continuar sendo objeto de RE quando este se mostrar cabível. Ademais, ao analisar,
posteriormente, a incidência de imposto de renda sobre o terço constitucional de férias, o STJ
entendeu ser tal verba remuneratória, sinalizando, quanto à contribuição previdenciária,
justamente a pendência de julgamento do referido RE 593.068/SC.
Referência: Nota PGFN/CRJ/Nº 115/2017 ,Nota PGFN/CRJ/Nº 520/201 7 e Nota PGFN/CRJ/Nº 981/2017
JUSTIFICATIVA:
Não obstante fixação pelo STJ, em sede de julgamento realizado sob a sistemática do CPC/1973, do
entendimento acima esposado, reiter ado em precedentes posteriores, o STF, no julgamento da ADI
2418, que considerou também a disciplina do nCPC a respeito da matéria, adotou compreensão
diversa, sinalizando que a chamada “coisa julgada inconstitucional” também se dá quando a
sentença exequenda tenha deixado de aplicar norma reconhecidamente constitucional.
Portanto, a posição que deverá ser defendida, mesmo que em sentido contrário ao já definido pelo
STJ, é a de que os arts. 741, parágrafo único, e 475-L, §1º, do CPC/1973, bem como os arts. 525, § 12,
e 535, § 5º, do nCPC (observado o disposto no art. 1.057 deste último), aplicam-se a todas as
espécies de “coisas julgadas inconstitucionais”, inclusive aquelas que tenham reconhecido como
inconstitucional norma declarada constitucional pelo STF, em controle concentrado ou difuso de
constitucionalidade, aquelas que tenham conferido a determinado dispositivo constitucional
interpretação diversa da que lhe haja conferido o S TF.
Vale ressaltar que, conforme o art. 1.057 do nCPC, para as decisões transitadas em julgado a partir
de 18 de março de 2016, "A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 5º deve ter sido
proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda" (§ 7º do art. 535), sendo que, "Se a
decisão referida no § 5º for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá
ação rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo
Supremo Tribunal F ederal" (§ 8º do art. 535).
OBSERVAÇÃO: A presente ressalva não se aplica ao entendimento, firmado pelo STJ no REsp em
comento, de que o art. 741 do CPC/1973 apenas se aplica às coisas julgadas formadas após a sua
entrada em vigor (através da MP 1984-17, publicada no DOU de 05.05.2000). Quanto a esse
específico ponto, portanto, não devem ser apresentados contestação/recursos pelos Procuradores
da Fazenda Nacional, conforme Súmula 487/S TJ.
2.3 - IPI
2.4 PIS/COFINS
Precedentes: REsp 1130033/SC, AgRg no Ag 1357791/SC, AgRg no REsp 1163994/PR e AgRg no REsp
1244633/RS, dentre outros
Resumo: Não é possível a inclusão do valor do crédito presumido de IPI, instituído pela Lei nº
9.363/96, na base de cálculo do PIS e da COFINS.
JUSTIFICATIVA:
A matéria se encontra com repercussão geral reconhecida no STF (RE 593.544/RS – tema nº 504 de
repercussão ger al) e, portanto, deve continuar sendo objeto de RE quand o este se mostr ar cabível.
Precedentes: AgInt no AREsp 843051/SP, AgRg no REsp 1573339/SC, AgRg no REsp 1247255/RS,
AgRg no REsp 1461415/SC e REsp 1025833/RS, dentre outros.
Resumo: Não é possível a inclusão do valor do crédito presumido de ICMS na base de cálculo do
PIS e da COFINS, por consistir em instrumento de redução/ressarcimento de custos.
JUSTIFICATIVA:
A matéria se encontra com repercussão geral reconhecida no STF (RE 835.818/PR – tema nº 843 de
repercussão ger al) e, portanto, deve continuar sendo objeto de RE quand o este se mostr ar cabível.
2.5 - Imposto de Importação
Não obstante a fixação do entendimento acima esposado, tendo em vista a existência de Embargos
de Divergência nos autos do ARE nº 876.019/SC, em trâmite no STF, dispensa-se apenas a
interposição de recurso especial e demais recursos dirigidos ao STJ, devendo-se manter a defesa
da tese da União nas demais instâncias judiciais, especialmente sob o enfoque constitucional,
inclusive com a interposição de recurso extr aordinário, quando cabível.