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3.2- TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL


Ageometria eotamanho dos objectos técnicos são sempre, directa ou indirectamente,
toleranciados nos desenhos que os definem.

3.2.1- GEOMETRIA ETAMANHO (RESUMO)

.1- NORMAS A CONSULTAR


ISO 129-1/2- Colagem- Princípios gerais
ISO 286- Toleranciamento dimensional e ajustam. ACOPLAMENTO CILÍNDRICO
ISO 1101- Toleranciamento geométrico
ISO 8015- Princípio de toleranciamento de base
ISO 14405- GPS- Elementos geométricos

.2- ELEMENTOS DE UMA PEÇA

.2.1- Elemento nominal Faces que


A geometria e o tamanho de uma peça têm, em contactam em ""'4. ~ IIIIIIY Acoplamento
funcionamento ~ veio-furo de cubo
desenho técnico, um tratamento inicial baseado na
Geometria Descritiva e na Matemática, que consideram GUIAMENTO PRISMATICO
os elementos geométricos (ponto, linha e superfície}, Faces que contactam
idealmente perfeitos e o tamanho teórico com em funcionamento
elementos de dimensões (linear e angular} expressos
Faces livres (sem
por valores exactos. qualquer contacto)
Com estas bases teóricas é feito o desenho
técnico nominal do objecto constituído pelas:
-representação ortográfica, com os elementos nomi-
nais (arestas, faces planas, faces cilíndricas, etc.}, e
FURO
-colagem nominal (com os valores das cotas nomi- dimensão interior
nais} concebidas, como ideais pelo projectista.
Em relação ao tamanho de uma peça, a cada Fig. 1- Elementos de dimensão
elemento (parte específica} corresponde uma dimen- GUIAMENTO PRISMATICO
são. São elementos dimensionais
-o espaço limitado por duas superfícies paralelas;
-o espaço limitado por superfícies cilíndricas; Elemento de
dimensão
'I' I • •·~EIÍ't
-o espaço esférico.
São considerados elementos integrais as super- exterior
fícies externas de um cilindro ou de um prisma, etc.;
são considerados elementos derivados, as linhas de
eixo, as superfícies medianas, etc..
Elemento de
Os elementos dimensionais são designados: dimensão
-veios, quando são elementos exteriores das peças e interior J I • FURO
têm formas cilíndrica ou paralelepipédica;
-furos, quando são elementos interiores das peças,
podendo ter as formas de oco cilíndrico, ou de oco
entre duas faces paralelas. Fig. 2- Elementos- geometria e tamanho

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.2.2- Elemento funcional


Os elementos de uma peça que contactam com
elementos conjugados de peças vizinhas, intervindo

~
directamente no funcionamento da máquina que as
contêm (figs. 1 e 2) podem ser designados por ele- L:
mentos funcionais. Distância entre duas
As dimensões, necessárias à definição do tama- faces paralelas que
contactam com faces
nho de uma peça (fig. 3) devem ser sempre expressas
de outra peça.
directamente na representação ortográfica que define É necessária grande
a geometria. exactidão.
Os elementos funcionais de uma peça devem CF (cota funcionall
ser estabelecidos no desenho com prescrições de
exactidões em geometria e em tamanho, adequadas As faces de topo
ao funcionamento correcto. Estas prescrições serão estão livres. pois
não contactam
tratadas nos capítulos de toleranciamentos. com faces de
outras peças.
Podem não ter
.3- PEÇA NOMINAL (TEÓRICA) E PEÇA REAL boa exactidão.

A representação ortográfica nominal e a colagem


CNF (cota não funcional)
nominal, estabelecem a geometria ideal e as dimen-
sões teoricamente exactas dos objectos.
Fig. 3- Cotas funcionais e não funcionais
.3.1· Peça actual Erros de fabricação
A impossibilidade de produzir geometrias e
dimensões exactas, impõe que sejam considerados
os erros geométricos e os erros dimensionais que
acontecem inevitavelmente ao fabricar as peças.
Na realidade não é possível produzir elementos
com formas exactamente planas, mas aproximada-
mente planas; nem elementos com formas exac-
tamente cilíndricas, mas aproximadamente cilíndricas,
etc.Também, é impossível produzir um veio com
diâmetro de 25 mm exacto, mas apenas próximo de
25 mm; etc .. E, de igual modo, as faces das peças não
são perfeitamente lisas, mas apresentam sempre uma Fig. 4- Peça real (superfície irregular)
certa rugosidade, fig. 4.
~l:l.

.3.2- Tolerâncias de funcionamento


As exigências funcionais relativas a qualquer
elemento real de uma peça, admitem que:
-a geometria integral desse elemento se possa
encontrar entre dois limites, formando uma zona de
tolerância geométrica, como mostra a fig. 5;
-a dimensão real, em qualquer local desse elemento, Em qualquer secção recta, os
possa estar compreendida entre duas dimensões diâmetros máx. e mfn. encon-
trados devem estar compreen-
limites, formando um intervalo de tolerância, como didos entre as dimensões limites
mostra a (fig. 6). li
~·vEIO superior e inferior exigidas I
Uma peça deve ser fabricada com desvios da I ___,=
~ REAL pelo func1onamento.
L __ _

geometria e do tamanho, inferiores aos exigidos Fig. 5- Tolerância Fig. 6- Tolerância


funcionalmente e que estão prescritos no desenho. geométrica dimensional

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--- ·----------------···--- -----


------------------

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.4- VERIFICAÇÃO DE DIMENSÕES

.4.1-lnstrumentos de verificação
Na verificação da geometria e das dimensões dos
elementos das peças são, em geral, usados instru-
mentos de medida (por exemplo, o paquímetro da fig_
7) ou de controlo (por exemplo, o calibre da fig. 8).

OBSERVAÇÃO
O Em qualquer verificação dimensional, o erro
cometido é consequência conjunta do método apli-
O resultado de uma medição contém erros consequentes dos:
cado, do operador e do instrumento de medida ou de -método (neste caso, erro nulo)
controlo. Como os instrumentos de verificação dão, -operador (principalmente ligado à leitura, o que pode ser
pela presença de um nónlo, etc.)
inevitavelmente, erros, há necessidade de conhecer o -instrumento de medida (que deverá ser teoricamente exacto
relação à exactidão que se pretende para a medida).
grau de exactidão dos instrumentos para os utilizar de O resultado de uma medição deve ser expresso pelo valor lido ..v
acordo com a exactidão que se pretende para a geo- instrumento acompanhado pelo erro máximo que o mstrumento pode
introduzir. Por ex.:
I
metria e para as dimensões do elemento a verificar.
De um modo geral, em construção industrial
corrente, considera-se que a exactidão do instrumento
de medida seja muito superior à exactidão que se
controlo por
pretende para a verificação do elemento a medir ou calibre de limites
a controlar. Sendo assim, considera-se que o erro
instrumental pode ser desprezado em comparação com
o erro admitido na medição, pelo que um instrumento
de medição pode ser considerado teoricamente exacto
relativamente à medida.
Por exemplo, uma escala graduada em mm é um
instrumento de medida aceitável, ou seja, considerado
teoricamente exacto, para medir peças em construções
de madeira, e é inaceitável para medir o diâmetro de
um veio.
Nas verificações geométrica e dimensional são,
muitas vezes, usados calibres que apresentam formas ig. 8·
e dimensões fixas, teoricamente exactas relativamente tros
---- locais
-----·- de
-- elementos.
--- --------· usando calibres
---------------
à exactidão pretendida para os elementos. Usando uma máquina de medição de coordenadas, podem ser
estabelecidas as coordenadas de vários~ntos, em número finito, de
um elemento real. A partir do conjunto estas coordenadas é feita a
.4.2· Verificação das peças representação aproximada do elemento real que se constitui como
elemento extrafdo: integral, se refere a peça, ou derivado, se refere
Para verificar a geometria e as dimensões dos o centro, a linha mediana (eixo) ou a superfície mediana.
O elemento associado, integral ou derivado, é o elemento, com
elementos de uma peça real é necessário considerar: forma teoricamente exacta, que é associado ao elemento extraido,
-que a geometria diz respeito a toda a extensão do s~ndo convenções especifcas.
representações gráficas são dadas nas figuras 9-3 e 9-4.
elemento (integral): 2- real 4- associado
1-nominal 3- extraído
-que a dimensão (linear ou angular) diz respeito a um (desenhoatra ço Omha ondulada Oinha Interrompida Omhaatra~
rompido
qualquer local do elemento. ü;conTrosso
'""'' gmsso
:-·.·: ·..
Por exemplo, na verificação da geometria de um
elemento cilíndrico, que se pretende com pequeno
erro de cilindricidade, deverá ter a sua superfície cilín·
drica integralmente entre duas superfícies cilíndricas
coaxiais, teoricamente exactas, que distam, entre si,
i ~
:rl~
(j) IJ (J)
Elementos: ~~ Elemento real Elementos:
[I .
Bemen- •
dosem
©
Elementos:
~:-:··
.=.=:.
tosextrar :: • ."·
: ••• •• •
:."- ..-.
-integral nominaI (integral) -integral extrafdo -integral associado
da tolerância prescrita (fig. 5). No controlo do diâmetro -derivado nomina (ISO 14660-1) -derivado extrafd. -derivado associado
é usado um calibre em vários locais (fig. 8)- Fig. 9· Representações de um elemento

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Na verificação da dimensão linear relativa a


um elemento {diâmetro de uma supertície cilíndrica,
ou distância entre duas supertícies planas paralelas,
ou distância entre dois eixos paralelos) é a distância
r- ,.,VEIO- MEDIÇÃO DO DIÂMETRO
-~
medida entre quaisquer dois pontos opostos, em
.---
---- - -
-
qualquer local desse elemento da peça real.
Por exemplo, na verificação dimensional do diâmetro
do veio da fig. 9, apenas poderão ser controladas
------ r.--
dimensões locais reais, o que significa, dimensões ca1s 2 31 4 ... n
entre quaisquer dois pontos opostos, de qualquer Dimensões locais reais
secção recta tomada ao longo de todo o comprimento Em qualquer local (1, 2, 3, ... , n) os diâmetros
do veio {fig. 9). medidos devem estar dentro das dimensões
Também, a distância entre duas faces paralelas, limites prescrrras pelo toleranciamento.
por exemplo, interiores {fig.10) só pode ser verificada Fig. 9- Veio. diâmetros locais
dimensionalmente, por dimensões locais reais entre FURO • MEDIÇAO DE DIMENSAO INTERIOR
quaisquer dois pontos opostos de qualquer secção ,--., , - - Em qualquer
1 local (1, 2, 3, n)
recta {fig. 10). 2 os diâmetros
OBSERVAÇÃO: , medidos
3 devem estar
O Como mostram as figs. 9 e 1O, as dimensões I ··· dentro das
locais reais, entre quaisquer dois pontos opostos de n dimensões
limites prescri-
qualquer secção recta ao longo de todo o elemento, tas pelo
podem satisfazer as prescrições do toleranciamento toleranciamento.
dimensional, e a peça apresentar deformações geo-
métricas apreciáveis que podem ser incompatíveis Fig. 1O- Larguras locais reais
com o funcionamento pretendido.

Averificação da dimensão angular de um prisma


{fig. 11) é verificada medindo ou controlando os ângulos
locais reais, ou seja, os ângulos, em diversas secções
rectas locais da peça prismática, que devem estar
dentro dos ângulos limites prescritos pela tolerância,
como mostra a fig. 12.
OBSERVAÇÕES:
O A peça prismática pode ter ângulos locais reais
ângulos em qualquer local
correctos {dentro das tolerâncias angulares prescri-
tas), em qualquer secção recta ao longo do prisma, e Os ângulos das secções rectas em qualquer local
apresentar deformações geométricas apreciáveis, as ao lendo do prisma, podem estar correctamente
dentro da tolerância angular prescrita (ver fig. 12) e a
quais podem ser incompatíveis com o funcionamento geometria apresentar erros apreciáveis que podem
da peça. ser incompatíveis com ofuncionamento.
O Não pode ser prescrita qualquer tolerância a Fig. 11- Ângulo de prisma
uma dimensão que depende de outras dimensões
já inscritas no desenho e, portanto, com tolerâncias.
Se for considerada útil, pode ser excepcionalmente
inscrita no desenho, como cota auxiliar, uma dimensão Secção recta
superabundante metida entre parêntesis. local da peça

As dimensões de um elemento são verificadas em


vários locais desse elemento.
O toleranciamento dimensional não garante exacti- Fig. 12- Dimensão angular em qualquer
dão geométrica à peça. secção recta de um prisma

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.5- ELEMENTOS DE REFERÊNCIA

Certas formas e certas dimensões de uma peça, Faces de


como, por exemplo, as faces planas paralelas de um referência
guiamento prismático, pode ser considerado que uma A, B, C
das faces é tomada como um elemento produzido com
boa exactidão para servir de referência ao produzir
e verificar a localização, a orientação, etc. de outros
elementos da peça com ele relacionado, no exemplo, a
face paralela .

.5.1- Elemento de referência teoricamente exacto


As formas e as dimensões de referência, conside-
radas teoricamente exactas relativamente às formas
e dimensões que vão ser toleranciadas e que estão
relacionadas com elas, são estabelecidas com tole-
[}[]
râncias muito inferiores às tolerâncias prescritas para
os elementos a construir a partir delas. Assim, as
formas e as dimensões de referência teoricas exactas
não têm expressas as suas tolerâncias no desenho.
~
Nacotagem:
-as dimensões de referência são representadas
enquadradas (dentro de um rectângulo), fig. 13;
-as formas de referência são assinaladas por um
triângulo equilátero enegrecido, fig. 13.
I "'Y I - - , . I'" I -I -I

OBSERVAÇÃO Faces A, 8 e C de referência teoricamente exacta~


definir a localizayão teórica · · · •
O Na produção da peça com uma ranhura de coordenadas teoncamente
guiamento da fig. 14, pode-se começar por produzir Fig. 13- Formas e dimensões de referên-
uma das faces laterais de modo a conseguir uma cia teoricamente exactas.
planeza tal que, essa face, possa ser tomada como
referência necessária para produzir a outra face.
De facto, a partir da face plana de referência pode-
se fazer a verificação da dimensão interior, medindo ou
controlando a largura da ranhura entre dois quaisquer
pontos opostos. Deste modo, a zona de tolerância de
qualquer secção recta da outra face estará limitada
por duas rectas definidas pelas dimensões limites
prescritas para a largura, ver fig. 14.

.5.2- Elemento de referência com tolerância expres-


sa no desenho
Certas formas e dimensões de referência
apresentam uma tolerância expressa, com valor
apreciável em relação à tolerância do elemento com
elas relacionado, o que obriga a uma análise em que
se interligam as tolerâncias respectivas. geometria
Os elementos de referência com tolerâncias da 21 face
expressas são também assinaladas por um triângulo
equilátero enegrecido, ou não. Fig. 14- Face de referência B da ranhura

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.6- PRINCÍPIO DE TOLERANCIAMENTO

.6.1- Princípio de independência


A Norma ISO 8015 Princípio da independência
rlal o,ozl
estabelece que as tolerâncias geométricas e as .----
tolerâncias dimensionais, prescritas no desenho de um
objecto, são independentes entre si.
O princípio da independência é de aplicação geral "'
para todos os elementos representados no desenho
.--- ------------- QJ
f-- ~ I
IS!
que tem inscrito na legenda,
TOLERANCIAMENTO ISO 8015 ...._
Pode acontecer que se pretende que não sejam 50
independentes mas que haja uma certa relação entre
as tolerâncias. Neste caso, terá de haver uma espe- I TOLERANCIAMENTO ISO 80151
cificação particular expressa individualmente junto do
As tolerâncias prescritas são verificadas: ~I
elemento cotado. 1'-A dimensão 020e6, com o calibre da fig. 8 (com
Na verificação do veio, produzida de acordo com o bo~as 19,947 e 19,960) em vários locais ao longo do
desenho da fig. 15, em que se prescreve o princípio de VBIO;
2'-A cilindricidade, com tolerância 0,02 (máxima
independência, deverá fazer-se as: distância entre dois cilindros coaxiais, teoricamente
1'- verificação dimensional, em qualquer local do veio exactos, que contêm, no seu interior, a superfície do
(a distância entre quaisquer dois pontos opostos do veio, independentemente do diâmetro).
veio deve estar entre os valores prescritos); Fig. 15- Desenho que estabelece o princí-
2'- verificação geométrica, em toda a extensão do pio da independência para todas as
veio (a supertície do veio deverá estar integralmente formas - - -e
--dimensões.
---------,- do veio
contida entre duas supertícies cilíndricas exactas,
coaxiais e distantes, entre si, da tolerância prescrita, r--
independentemente dos seus diâmetros).
---------- ~
1-aJ
.6.2- Requisito de envolvente o
N
Quando há ajustamentos veio-furo, são estabele- IS!
cidos os toleranciamentos dimensionais adequados
e prescreve-se o requisito de envolvente junto das '--
50
dimensões do veio e do furo.
O requisito de envolvente (antigo princípio de
Taylor) significa que todo o elemento cilíndrico deve ITOLERANCIAMENTO ISO 80151
caber num cilindro conjugado teoricamente exacto com
As tolerâncias prescritas são verificadas:
diâmetro igual ao diâmetro exterior limite. 1'-A dimenssão 020e6 com o calibre da fig. 8 em
Na verificação do veio, produzido de acordo com o vários locais ao longo do veio;
desenho da fig. 16, são feitas, sucessivamente, as: 2'-0 princípio da envolve~ em que a cota de
1º Verificação dimensional, como no exemplo anterior diâmetro é seguida da letra , obriga a que o veic
entre num oco cilíndrico, teoricamente exacto, que
e, se for correcta, passa-se à: tem o diâmetro limite de máximo material 'MML" de
2' Verificação geométrica relativa ao requisito da 19,960 (que é o limite superior do diâmetro para c
envolvente (o veio deve caber integralmente num oco veio com a cota 020e6).
Esta colagem (era o princípio de Taylor) é de uso
cilíndrico teoricamente exacto, com 019,960, que é o frequente por preferível em construção corrente.
diâmetro máximo admissível. . -
Fig. 16- Desenho de veio com prescriçao
do requisito da envolvente para a forma
.6.3- Requisito do máximo material "MMR"
cilíndrica num desenho que adopta para
O requisito do máximo material "MMR" é importante
as restantes formas e dimensões, o
em construção mecânica e será tratado em capítulo
princípio da independência.
próximo.

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·--~--· ------

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3.2.2- TOLERÂNCIAS DAS DIMENSÕES

.1· DIMENSÕES LIMITES

.1.1· Dimensões nominais


No guiamento prismático da fig. 17, em que foi
calculada a distância de 38,7 mm entre as faces para-
lelas, foi adoptado o número normal 40 (da série RS) GUIAMENTO PRISMÁTICO
como sendo a largura nominal Dn = 40 (tamanho
nominal de dimensão linear 40 mm).
O guiamento é caracterizado pela largura nomi·
nal, comum ao furo e ao veio, que é acompanhada
por tolerâncias, para o furo e para o veio, de modo a
obter peças que tenham um movimento relativo de 40
deslizamento de acordo com o pretendido .

.1.2· Dimensões limites


A partir de estudo em laboratório mecânico. ou ACOPLAMENTO CilÍNDRICO
recorrendo a soluções já adoptadas na indústria Dimensão

[!]
nominal do
mecânica para guiamentos com características idênti· acoplamento
cas bem conhecidas, foram estabelecidas as dimen· .o25
sões limites (fig. 18), para as larguras efectivas, de:
·furo, dimensão interior com limites: 5
superior Dmax = 40,02S Fig. 17· Dimensão nominal do ajustamento
inferior D min = 40,000 furo· veio
-veio, dimensão exterior com limites:
superior d max = 39,991
L VEIO J LARGURA DO VEIO:
Umite superior da dimensão
inferior d min = 39,97S 39,991 exterior. 39,991
que vão garantir o funcionamento pretendido (atrito 39,975 Limite inferior da dimensão
reduzido entre as faces laterais conjugadas, pequena exterior: 39,975
oscilação no deslizamento, etc.). LARGURA DO FURO:
40,025
40 000 Limite superior da dimensão
.1.3· Dimensões médias interior: 40,025
FURO
Umite inferior da dimensão
Pode ser necessário, por exemplo para efectuar interior: 40,000
medições, determinar as dimensões médias dos
-furo D med = (D max + D min) /2 Fig. 18· Dimensões limites das larguras
D med = (40,02S +40,000) /2 = 40,012 (fig. 2S) ALTURA DO VEIO:
-veio dmed=(dmaxtdmin)/2 L r-:X Umite superior da
d med = (39,991 + 39,97S) /2 = 39,983 ro dimensão exterior. 25
E
(esta dimensão está su-
~
N jeita a tolerâncias gerais}
.1.4· Dimensões com limite num só sentido
Para altura das faces laterais do guiamento, com Fig. 19· Altura h do veio
valor calculado de 24,6, poderá haver vantagem em
usar a dimensão nominal Hn= 2S (número normal da ...
~
n ALTURADOFURO:
Limite superior da
série RS), comum às alturas do furo e do veio. ~
N
dimensão interior: 25
A cota 2Smax. é de uma dimensão que admite l (esta dimensão está su-
como limite superior, o valor nominal 2S (fig. 19). A ) jeita a tolerâncias gerais)
cota 2Smin. é de uma dimensão que admite como limite
inferior, o valor nominal 2S (fig. 20). Fig. 20· Altura H do furo

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------···-·
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.2- TOLERÂNCIAS DE DIMENSÕES LINEARES

.2.1- Intervalo de tolerância de um elemento


A ranhura (furo) pode ser fabricada começando por
uma face lateral (por exemplo, a da esquerda) que é
produzida com deformações (exageradas na fig. 21 ).
rA
FURO
Face_ produzida em 1o lugar
(va,eMr de referênclâ)
ona de t~lerância da 2" face
es ~a dimensão: ;z
A ~eça com furo é carac-
'':'"_ada por uma dimen-
sao m.tenor com limites:
supenor Dmax=40,025
suner1or 40 000 inferior Dmin=40,000
Ao produzir a face lateral paralela, que dista de 40,000
a 40,025, medidos entre dois pontos em qualquer local,
l inferior 40 025 a respeitar pela produ·
( !d" .isl { ção da paça.
pode acontecer que todos os pontos desta face se r 1mensões actuais A tolerância é
encontrem no intervalo de tolerância r=Dmax-Dnin
intervalo de tolerância7 _
T = 40,025- 40,000 = 0,025 T=40,025 40,000=0.025

pelo que está dimensionalmente correcta. No entanto, Fig. 21- Intervalo de tolerância da 2' face
esta face pode apresentar deformações que preju- FURO OBSERVAÇÃO:
diquem o funcionamento. Torna-se, portanto, neces- 40 ÊDIMENSÃO NOMINAL DO A peça com furo é carac-
sário partir de uma face (fig. 22) de boa exactidão GUIAMENTO: terizada por uma dimen-
(A dimensão nom1nal40 é comum ao são interior com limites:
geométrica (a tratar em "tolerâncias geométricas").
furoeaoveio) superior Ctnax=40,025
inferior Dmin =40,000
.2.2- Tolerâncias das dimensões interiores A peça tem máximo
Na peça com furo (ranhura do guiamento) a dis- material MMS quando
tância entre as faces paralelas (fig. 22), tem: o furo é menor
Dmin =40,000
Dimensão nominal Dn = 40 (nº da série RS) (tamanho de MMS)
e as dimensões limites, representadas na fig. 23: A peça tem rnfnimo
D max = 40,025 e D min = 40,000. material LMS quando
o furo é maior
As dimensões limites definem o valor da tolerân- Dmax=40,025
cia, pois dão o intervalo dentro do qual deverá estar (tamanho de LMS)
compreendido o elemento real em qualquer local ao
Fig. 22- Dimensões limites da largura do
longo do elemento toleranciado. Assim, é atribuída,
furo: 40,000 40,025 (em qualquer local)
à largura do furo, a tolerância T (diferença entre as ,...,,,...,.,...
dimensões máxima e mínima admissíveis) de: UBSVIOS limites:
T=Dmax-Dmin inferior fi=Dmin-Dn
E/ = 40,000-40 = O
T = 40,025- 40,000 = 0,025
superior fS=Dmax-Dn
Os desvios são as diferenças algébricas entre
ES = 40,025-40=+0,025
as dimensões reais, em qualquer local, e a dimensão
nominal. Portanto, os desvios limites, são: Tolerância: ES-EI = T
ES (desvio superior) é a diferença algébrica entre a T =•0,025-0=0,025
dimensão limite máxima e a dimensão nominal T=Dmax-Dmin
ES = D max- Dn ES = 40,025- 40 = +0,025 T=40,025-40,000:0 ,025
E/ (desvio inferior) é a diferença algébrica entre a Fig. 23- Desvios- representação gráfica
dimensão limite mínima e a dimensão nominal: Dn
E/= D min- Dn E/= 40,000- 40 = 0,000 r FURO Drnax
A tolerância, tem valor absoluto e, também, pode Dmax - 40 025 (LML) Drnin r
.~ .. -~-

ser definida pela diferença entre o desvio limite superior Omed = 40 012 l-rl'i •T/2
e o desvio limite inferior (fig. 23): Dmin = 40,000 IMML) T
Drned
T = ES- E/ T = +0,025 - 0,000 = 0,025
(neste exemplo atolerância é unilateral, o que acontece Tolerância: Drned= Drnax+Drnin
com frequência em construção mecânica). 2
T= 40,025-40,000 = 0,025 llned,40 0252+40 !!:!!:!!: 40,01í
Na representação gráfica de uma dimensão tole- l : 0025 =0,0!2
ranciada é usada uma linha zero (O) a referir a dimensão 2 2 (arredondado por defeito) O: Dmed ±L
2
nominal e os desvios(+) para a direita, e os desvios(-) A dimensão do furo pode ser expressa por. D = 40,012 , 0,012

para a esquerda (figs. 23 a 26). Fig. 24- Dimens. limites e dimens. média

180

-·------· --·- · - - - - - - - - - - -
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.2.3· Tolerâncias de dimensões exteriores


No caso do veio (fig. 25), foram estabelecidas: as
dimensões limites para a distância efectiva entre as VEIO (sfmbolos com letra minúscula) A peça com veio é caracte-
• . . rizada por dimensões exte-
faces planas paralelas do guiamento Face de referencra (teoncamente riores com:
d max =39,991 e d min =39,975 1
exacta)· face produzida em 1° lugar
{OESVIOS)
-limite superior dnax=39,991
-limHe inferior dnín=39,975
pelo que o intervalo de tolerância é: , linha zero N~ ~em tamanho de
. , 0 maxrmo material MMS o
t= dmax -dmin t= 39,991-39,975 = 0,016 11 Zonadetolerânctada2 la~ H;(+) veio tem dnax=J 9,991
e os desvios têm limites: ~ Na peça em tamar
Dimensão nominal \ 1t máximo material I
superior es = 39,991- 40 =- 0,009 ; dnín = 39,975 (LMS) mf ei o veio tem dnín=39,975
inferior ei = 39,975-40 =- 0,025 l_dnax = 39,991 (MMSJ ~I es dimensãomécliadoveio,é:
pelo que, também, a tolerância: lntemlodetolerância -· T d med _ dmáx + dmín
t= es- ei t= (- 0,009)- (- 0,025) = 0,016 •imensões da real 2
(emqualquerlocal) dned _39.975 + 39 991
(neste exemplo, atolerância é unilateral, pois os desvios - 2
têm o mesmo sinal). dned = 39.983 dned=39,983

Na fig. 26 é dada a representação gráfica. Fig. 25· Veio· c


OBSERVAÇÕES: VEIO dn OIUnha Tolerância:
f=dmax-dmin
---~~~
O No veio, saliência da fig. 25, as:
-dimensão de máximo material MMS é a dimensão
limite superior do veio d max
-dimensão de mínimo material LMS é a dimensão
mnin
atnax
r·;: I r .. es
t = 39,991-39,915= 0,016
Desvios:
ei = drnin - dn
ei = 39,975-40=-0,025
es = dmax-dn
Qualquer~
dimensão --• es =39,991 - 40=-0,009
limite inferior do veio d min localreal ~ Tolerância:
-dimensão média (figs. 25 e 26) é dada por '
.,.f/2 es-ei=t
dmed = (dmin + dmax)/2 (·0,009H·0025) = o,016
(pode interessar na fabricação, na medição, etc.). As dimensões limites do velo, são:
A dimensão pode ser representada por: ldmed dmáx + dmín d= &ned±_t
2 2
d= dmed ± t/2. d med =(39,991+39,975)12=39,983 d = 39,963 ± 0,006
~
No exemplo da fig. 25, a dimensão média é: Fig. 1 de
d med =(39,991 + 39,975) /2 =39,983 IS limites
sendo a tolerância:
e os desvios simétricos:
t= 39,991 -39,975 = 0,016
t /2 = 0,008
I 24,960 I 9 s25~033t F
r
pelo que a dimensão, também, pode ser expressa por: 24.947 s25.000
d = 39,983 ± 0,008 1 dimensão nominlilideSViils

.2.4· Colagem de dimensões lineares


A colagem com dimensões lineares e tolerâncias é
I -0.020
25 -0 053 9 ! ~0.033

25 o
feita nas representações ortográficas (fig. 27).
Os desvios são números algébricos pelo que, não
sendo nulos, devem ser representados:
-precedidos de sinal (mesmo que sejam positivos);
25 -0.020/-0.053 ~ -1-
25 min.
p
Fig. 27· Dim lineares· Colagem
-expressos pelo mesmo número de casas decimais;

r2;·.1fl~~··
-expressos em mm (unidade não representada) que é
a unidade das dimensões lineares em Mecânica.

.2.5· Colagem de dimensões angulares v.:.~n~


As dimensões angulares são inscritas no desenho
1<1<>
por cotas angulares de modo idêntico ao da colagem o , •

linear. Assim, a dimensão nominal em graus é acom- 'l'"o'"-1 ~ ) Consultar


ObseNaçoes:
as figuras da cota-
panhada pelos desvios, em graus, minutos e segun· fi:; gem nominal de dimensões
angulares (págs. 142 e 143).
dos. Se o desvio é inferior a 1' deverá ser usado, por
exemplo, O' O' 50" (ver fig. 28). Fig. 28· Dimensões angulares · Colagem

181

--------·---··--------
3· COTAGEM 46/104

3.2.3· SISTEMA DE CODIFICAÇÃO ISO PARA TOLERÂNCIAS


.1· NORMAS A CONSULTAR

ISO 286·1/2, Sistema ISO de tolerâncias dimensionais podem ser determinadas, como mostram os
e ajustamentos para peças lisas exemplos:
ISO 406, Inscrição de tolerâncias dimensionais IT(19·5) x 10 10 x IT14
ISO 1829, Selecção das classes de tolerâncias para a dimensão 20 é IT19 = 0,52 x 1O= 5,2
ISO 8015, Princípios de toleranciamento de base IT(20·5) x 10 10x IT15
para a dimensão 20 é IT20 = 0,84x 1O= 8,4
.2· GRAUS DE TOLERÂNCIA NORMAIS
Algarismos de uma dimensão linear:
No sistema ISO de tolerâncias de dimensões lineares Usando por exemplo, a dimensão 40, podem ser
de peças lisas, é estabelecido um escalonamento considerados os significados dos algarismos:
criterioso dos valores das tolerâncias a adoptar em
construção mecânica, caracterizando 20 graus de
tolerâncias normais.
Os graus de tolerâncias normais são representados
pelo símbolo IT (tolerância Internacional) seguido
de um número que ordena desde o grau de maior
exactidão (01) da construção muito fina, até ao grau de
menor exactidão (18) da construção grosseira.
As dimensões nominais (de oa 3150) são agrupadas
em escalões (ver 1' coluna da tabela 1). O exacto absoluto (T = O) é inatingível.
A tabela I apresenta os valores das tolerâncias Escolha de tolerâncias fundamentais
fundamentais normais relativas aos graus de IT01 a Em construção mecânica corrente, nos casos
IT18 para cada grupo de dimensões nominais. gerais, deverão ser escolhidas as maiores tolerân·
cias (ou piores qualidades) que sejam compatíveis
Na tabela I, as dimensões estão em mm e as tolerâncias com o correcto funcionamento das peças.
estão em mm e em ~m (neste caso deve-se converter
o valor da tolerância para mm, unidade geral em EXEMPLOS (para consulta da tabela 1):
construção mecânica). 1'· Qual o grau de tolerância de um veio que tem
Na colagem é obrigatório usar as tolerâncias e os diâmetro nominal 028 e tolerância de 0,013?
desvios expressos em mm, símbolo que em geral é 2'· Qual a relação entre as tolerâncias corres-
omitido. pondentes a IT8 e IT13 relativas a dn =50?
3'· Pretende-se medir a largura de uma ranhura
Para graus de tolerâncias de 5 em 5, os valores de Dn = 40 e produzida com uma tolerância
numéricos das tolerâncias aumentam 1O vezes IT8. Qual o IT do instrumento de medida a usar,
(proporção aproximada até IT5 e rigorosa a partir de considerando que poderá dar erros inferiores a 1/4
IT6). Ex.: IT12 = 10 x IT7. da tolerância?

A tabela I dá os valores das tolerâncias funda· RESOLUÇÕES:


mentais dos graus de tolerância de IT01 a IT18. 1· Na linha >18 a 30 (que inclui 28) lê-se a
Em complemento desta tabela, são dadas indicações tolerância 0,013 = 13 ~m que corresponde a IT6.
gerais sobre as correspondentes exactidões, 2· Na linha >30 a 50 (que inclui 50) lê-se:
verificações e maquinagens, funções e aplicações IT8 = 39 ~m; IT13 = 0,39 = 390 ~m (é maior 10x)
dos elementos a produzir com aproximação dessas 3· Para Dn = 40 vem IT8 = 39 ~m. pelo que o
tolerâncias. instrumento deverá ser de:
Para os graus de tolerâncias que não fazem parte da (1/4) x 39 ~m ~ 10 ~m ou IT5 a IT4
tabela, por exemplo, IT19, IT20, etc., as tolerâncias (1/1 O) x 39 ~m ~ 4 ~m ou IT3.

182
----

3- COTAGEM 47/104

TOLERÂNCIAS FUNDAMENTAIS ISO - PEÇAS LISAS


Dim.nom. Tolerâncias em ~m Tolerâncias em mm
em mm IT01 !TO IT1 IT2 IT3 IT4 IT5 IT6 117 IT8 IT9 IT10 IT11 IT12 IT13 IT14 IT15 IT16 IT17 1T16
de o a 1 0,3 0,5 0,8 1,2 2 3 4 6 10 14 25 40 60 0,1 0,14
>1 a3 0,3 0,5 0,8 1,2 2 3 4 6 10 14 25 40 60 0,1 0,14 0,25 0,4 0,6 1,0 1,4
>386 0,4 0,6 1 1,5 2,5 4 5 8 12 18 30 48 75 0,12 0,18 0,30 0,48 0,75 1,2 1,8
>6 a10 0,4 0;6: 1 1,5 2,5 4 6 9 15 22 36 58 90 0,15 0,22 0,36 0,58 0,9 1,5 2,2
>10 a 18 0,5 0;8 1,2 2 3 5 8 11 18 27 43 70. 0,11 0;18 0,27 0,43 0,7 1,1 1,8 2,7
>1Ba30 0,6 1 1,5 2,5 4 6 9 13 21 33 52 84 0,13 0,21 0,33 0,52 0,84 1,3 2,1 3,3
>30 aSO 0.6 1 1,5 2.5 4 7 11 16 25 39 62 0,1 0,16 0,25 0,39 0,62 1,0 1,6 2,5 3,9
>50 aSO 0;8' 1-,2 2. 3 5 B. 13 19 30. 46 74 0,12 0,19 0,3 0,46 0,74 1,2 1,9 3,0 4,6
>80 a 120 1 l;s- 2,5 .4 '6 •10 15 22 35 54 87 0,14 0,22 0,35 0,54 0,87 1,4 2,2 3,5 5,4
>120a 180 1;2_ 2 3,5 5 ·a 12 18 25 40 63 O, 1 0,16 0,25 0,4 0,63 1,0 1,6 2,5 4,0 6,3
>180a250 2· 3 4,5· 7 10 14 20 29 46 72 0,115 0,1850,29 0,46 0,72 1,15 1,85 2,9 4,6 7,2
>250a315 2,5 4 6 8 12 16 23 32 52 81 0,13 0,21 0,32 0,52 0,81 1,3 2,1 3,2 5,2 8,1
>315 a400 3 5 7 9 13 18 25 36 57. 89 0,14 0,23 0,36 0,57 0,89 1,4 2,3 3,6 5,7 8,9
>400 a SOO 4 6 B 10 15 20 27 .40 63 . 97 0,155 0,25 0,40 0,63 0,97 1,55 2,5 4,0 6,3 9,7
>500 a630 .. :· 9 1:1 16 .22 32 44 70 0,11 0,175 0,28 0,44 0,7 1,1 1,75 2,8 4,4 7 11
>630 a SOO 1Ó 13 JB '25: 36. 50 . 80 0,125 0,2 0,32 0,5 0,8 1,25 2,0 3,2 5 B 12,5
>800 a 1000 11 15 21 ·28 40' 56 90 0,14 0,23 0,36 0,56 0,9 1,4 2,3 3,6 5,6 9 14
>1000 a 1250 13 18 24 ~3 47 66 0,105 0,165 0,26 0,42 0,66 1,05 1,65 2,6 4,2 6,6 10,5 16,5
.
>1250 a 1600 1.5 21 29 39 55 78 0,125 0,195 0,31 0,5 0,78 1,25 1,95 3,1 5 7,8 12,5 19,5
>1600a2000 18 25 35 46 65 92 0,15 0,23 0,37 0,6 0,92 1,5 2,3 3,7 6 9,2 15 23
>2000 a 2500 2.2 30 41 5.5 78 0,11 0,175 0,28 0,44 0,7 1,1 1,75 2,8 4,4 7 11 17,5 28
>2500 a 3150 26 36 50 68 96 0,135 0,21 0,33 0,54 0,86 1,35 2,1 3,3 5,4 8,6 13,5 21 33
em IJm tolerâncias em mm
EXACTIDÃO Alta exactidão Const. Mec.-ajustamentos lconst. corrente: fina I média I gros.l muito grosseira
VERIFICAÇ. Medição- aferição Controlo-calibres Medição (micrómetro, paquímetro,etc.)
MAQUINAG. !Super acabamento Máquinas ferramentas correntes laminagem, Trefilagem, Forjagem, etc.
FUNÇÃO Estanque;movi.to preciso Centrag.: contact. móveis I Contactos fixos Superfícies brutas sem contacto
APLICAÇÃO Aparelhos de medida Ajustamentos- dimensões funcionais Dimensões não funcionais
Fig. 28- TABELA - I- VALORES NUME:RICOS DOS GRAUS DE TOLERÂNCIA NORMALIZADOS

.3- POSIÇÕES DAS TOLERÂNCIAS Dn o Dn Dn

.3.1- Designação das posições


Dmin llnin "'ii llninrm r,.,
llnax · ( llnax llnax
Em construção mecânica é corrente usar E/ + E/H E! H
posições das tolerâncias que não se situam ES 1+1 ·Es + ES +
~
simetricamente em relação à dimensão nomi- Furo A ... H IFuroJ,K Furo M... zc
nal. Deste modo, são possíveis posições nos
dn dn dn
três casos mostrados na fig. 29.
No sistema ISO de tolerâncias, as posições ctnin IT
ctnin IT ctnin /i
das tolerâncias estão normalizadas e são olnax olnax olnax
indicadas por letras maiúsculas (para furos) e es {+) es {+) es f-1
letras minúsculas (para veios), com as posições ei l+t" ei -1 ei -
em relação à dimensão nominal, representadas Veio m ... zc Veio j, k Veio a... h
na fig. 30. Fig . 29- Posições das tolerancias
183
-----~·~~~

3· COTAGEM 48/104

A[éS (desvio limite superior) - ,.....


.....
+-
11
N

+
Há 28 pos~ões das tolerâncias dos furos (A, B, C... ZC)
e 28 posiçoes de tolerâncias dos veios (a, b, c, ... , zc).
Não são usadas as letras I, i, L, I, O, o, Q, q , W, w
El (desvio limite inferior) :t) 11
ILU fll
+ B
.,
~ _
!::::u C FqRO ;,.,!::
~~
I
i 1í I I I ll·tl~ ~
E _;:_ BASICO ~ 11li

~
"' - CD DESVIOS
1:3 1
1 EFF FGG H Üj SIMÉTRICOS

~ M

01 LINHA ZERO IES _;,=~,:~~ ifi i I rJ~ii~tM~~~f-ª ~ i


(;;
~
Na tabela dos desvios fundamentais de furos são dados:
os desvios inferiores El
·. · ·. J: ]' -
I·•111········""""'"''"'""""'""'"""'''11•·· =:::: ã i~ r;; E - .,'
os desvios superiores ES -
e
~
I ·••ll~ ........................................................ il~>·· ~

I . ,. . . .
! Na tabela dos desvios fundamentais de veios são dados:

~.~-~~-~~-~-~~P.~.~-~r~~--~- .. ~;: ;;~;;"!!.Y!~~-~.!~!~~~;-~"("j . . j. .j""""j"""('j 11z~ ~~~


0
O-K>----e--e--"LI"'N_,HA=ZE=R_,O"'-------oo-Ti-h+-t--l-n ~P-r s t u v x Y z ~
.,g I I IIII ·jkm ~
c

~w _:I ::J
iii
J:
II d e
ef f fg 9
JS desvios

simétricos
'' ,.
"·e
c
o
~ cd veio __ c
o
~ f-- c básico •••c
~ ---
•E
b ~
·q; [C\.1
[es {desvio limite superior)
01;::::
n I
a ei (desvio limite inferior) 11
~ '(i)

Fig. 30· Localizações relativas das tolerâncias e desvios lineares fundamentais

3.2- Tabelas de desvios fundamentais Tabela 11: desvios fundamentais ISO para veios
Os desvios fundamentais caracterizam as Na fig. 31 são dados os valores dos desvios
posições da posição do intervalo de tolerância fundamentais para veios, em que são usadas as
em relação à dimensão nominal {ver fig.29). As letras minúsculas de a a zc {sem: i o I q).
dimensões nominais de Oa 500 mm agrupadas por Os desvios fundamentais nos veios são:
escalões a que se fazem corresponder os valores es desvio limite superior em que {fig. 29)
dos desvios expressos em mm ou em ~m. ei desvio limite inferior es - ei = IT
Os desvios fundamentais ISO são as diferenças
algébricas entre as dimensões limites {superior e Tab.lll: desvios fundamentais ISO para furos
inferior) e a dimensão nominal. Na fig. 32 são dados os valores dos desvios
Nos veios, os desvios · limite são: fundamentais para furos, em que são usadas as
es= dmáx.- Dn ei = dmin.-Dn letras maiúsculas de A a ZC {sem: I O L Q).
Nos furos, os desvios • limite são: Os desvios fundamentais nos furos são:
ES = Dmáx.· Dn E/= Dmin.- Dn ES desvio limite superior em que {fig. 29)
Desvios com sinal{+ ou-) obrigatório. E/ desvio limite inferior ES ·E/= IT

184

------~-
'f
(")
o
:;;!
Gl
m
s:

~
~
~
m

Js tem desvios simétricos es =+IT /2


ei=-IT/2
(o arredondamento épor deJaito sendo
expresso por um número Inteiro em 11m)

k tem o desvio ei =0 es = + lT
para IT:s: 3 e paraiT>7

Fig. 32- Tabela 11- Desvios fundamentais ISO para veios


':'
n
o
~
G)
m
s:

"'
o
:::.:
-"'"" 2

'"'"., ··,aso· -u l:X:. -u,;n -o,45 -u titi


"'~ :,:; <l~ll -0,175 -0,34 -o,so -0,74 OBSEFWAÇOES:
'·/".·;se:.- -0,185 -0,38 .(1,56 .(),84
-0,10 -021 .043 -0,62 -0,94 JS temosdesviosslméticos eS=+lT/2
-010 -022 -0,47 -0,68 -1,05 EI=-IT/2
(com arredondamento ao pm
pordei:!lto)
paraiT>Btem ES=O
~H8·.~ -Q14 -o,33 ..0,72 ·105 ·1.60 KMN para os ITaté B(inclusilé)e
~Wftt·, -0,17 -0,37 -082 -1,20 -1,85 P. .. ZC paraosiTaté 7(inclusilé)
~:;:,92:.; -0,17 -0,40 -0,92 -1,35 ·2,00 têm os desvios supeiores
-0,11 -O 195 -0,44 -1.00 ·150 -2,30 dadosnatabe!aacrescldosdeó.
63M7tem ES--11+A=·11+11=0
56X6tem ES=-122+ 6=-116

Fig. 33- Tabela III- Desvios fundamentais ISO para furos


3- COTAGEM 51/104

.3.3- Exemplos (cotas com tolerâncias ISO)


1- Num desenho está inscrita a classe de tolerância
050 j7. Fazer a interpretação completa desta cota. veio furo veio furo
RESPOSTA: Cota ISO 40 f_ 63 _1
1.1- Trata-se de uma superfície cilíndrica (0) com Dimensão
diâmetro nominal 50. A posição j da tolerância indica nominal z40 z71
que é um veio; o grau de tolerância é IT7. Tolerànci1 0,039
1.2- Consultando, na linha >30 a 50, as tabelas: limite
-das tolerâncias fundamentais, encontra-se: Dimensão
máxima 25.033 71,000
IT 7 =25 ~m = 0,025
Dimensão
-dos desvios de referência de veios, encontra-se: 70,981
mínima
na posição j ei = -1 O~m = -0,01 O Dimensão
1.3- Cálculos: 63,045
média
-desvio superior: es-ei= /T es=+0,015 Desvio
-dimensões limites para o veio: inferior
-0,034 o
dmax=dn+es dmax=50+0,015=50,015 Cota com -0,009
d min = d n+ei d min =50- 0,01 O= 49,990 desvios z40
Fig. 33- Preencher as colunas

EEJG),. .r
2- Um furo de 025 de diâmetro nominal, de grau de
tolerância IT7 e posição H. Qual o significado?
RESPOSTA: :
2.1- Por consulta da tabela 1 (pg.183) IT7 = 0,021 z25 H7
2.2- A posição H indica: E/= O Cotagem com simbologia ISO
2.3- Cálculos: ES- E/= IT ES = +0,025
Dmax =50+ 0,021 = 50,021 e Dmin = 50,000 r ~ ! ~
2.4- A representação gráfica é idêntica à da fig. 34-1. -0,020 +0,021
3- Quais as dimensões limites de um furo 0125M7. .0"25 -0,041 CD .0"25 o
RESPOSTA: As tabelas dão:
M (desv.sup.) ES=-15+A=-15+ 15=0
EI=0-40=-40~m;
IT 7 = 40 ~m

125,000 e 124,960
l.ou z2S :8:m .I
Dimensão nominal com os desvios
I ,z25
ou
0/+0,0211

.3- Preencha as colunas do quadro da fig. 33.

~ ~
!
.4- DESENHO- COTAGEM COM TOLERÂNCIAS
I :
z25 ± 0,010 z36 max.
Na inscrição, no desenho, de dimensões com
Desvios simétricos
(arredondadopordefeito)
® sentido
Dimensão limitada num
max. min.
tolerâncias, ver fig. 34, podem ser usados:
1- Simbologia ISO com a dimensão nominal; r ~ ! ~
2- A dimensão nominal acompanhada dos desvios, em z24,980 z24,021
mm (unidade não inscrita) e igual número de decimais, z24 959 <I! z24,000
excepto quando é O(zero), situando: Dimensões limites superior e inferior
-o desvio inferior a seguir à.dimensão nominal e o Fig. 34- Colagem com toleranciamento
desvio superior por cima (ou ao lado) do desvio ,..,
inferior; (desvios com altura igual da dimensão
nominal, ou imediatamente menores);
-o valor do desvio, quando simétrico;
f- -----1------ f---- -
.....
""'
3- A dimensão nominal, acompanhada por max. ou por
mín. para limitar a dimensão num só sentido; !.....
'"
16±0,2 16
4- As dimensões limites, sendo a dimensão máxima 53
inscrita sobre a mínima. 14 ~
5- Fazer a colagem (ver a fig. 35). Fig. 35- Peça com diferentes tolerâncias

187

~~-··~-
3· COTAGEM 52/104

3.2.4- SISTEMA ISO DE AJUSTAMENTOS

.1· GENERALIDADES

.1.1· Normas a consultar


ISO 286, Sist.ISO de tolerâncias e de ajustamentos

.1.2· Ajustamentos
Um ajustamento mecânico consiste na ligação de ELEMENTO
um veio com um furo de peça, em que se produz o INTERIOR·
contacto dos seus elementos conjugados. FURO DE
RODA
Os furos, elementos interiores das peças, são
caracterizados funcionalmente pelas suas dimensões
interiores antes de serem acopladas as peças.
Os veios, elementos exteriores, são caracterizados
pelas dimensões antes de serem acoplados.
À dimensão interior de um furo e à dimensão exte·
rior de um veio, que vão ser acoplados, corresponde
uma mesma dimensão nominal. Às dimensões nomi·
nais dos elementos em contacto são associadas
tolerâncias de acordo com o ajustamento pretendido.
Nas peças simples (veio e furo da peça) a ser
ajustadas, é necessário usar o princípio da envolvente
(E) para complementar os seus toleranciamentos
dimensionais, que estabelece (fig. 1): ELEMENTO
VEIO
-um veio (com dimensões limites: d max e d min) deve
entrar completamente num furo cilíndrico, teorica·
mente exacto, com diâmetro igual ao diâmetro de
máximo material do veio d max. requisito de
envolvente
-um furo (D max e D min) deve permitir a entrada, em
toda a sua extensão, de um veio cilíndrico, teorica- (o veio real deve entrar
mente exacto, com diâmetro igual ao diâmetro de completamente num fu·
ro cilíndrico teoricamen-
máximo material do furo D min. te exacto de o39,991)

.2· TIPOS DE AJUSTAMENTOS

.2.1· Ajustamento com folga


Um ajustamento com folga, acontece quando a
dimensão real do furo é sempre superior à do veio,
figs. 1 e 2. Num ajustamento com folga de duas peças,
pode-se encontrar desde uma folga máxima:
Fmax= Dmax- dmin Fmax= ES- ei
(que corresponde às peças em mínimo material)
até à folga mínima:
Fmin = Dmin- dmax Fmin =E/- es
(que corresponde ao acoplamento de peças em máximo
material, em que o acoplamento é mais difícil). F max.= D max.- d mln. = ES- ei
Fmin.= Dmin.-dmax.= E/ -es ......,
A tolerância do ajustamento com folga é a dife·
rença das folgas: Taj = Fmax -Fmin Fig. 2- Ajustamento com folga

188

~~~~~-·-··-·-·-
~~-·-··---·---

3- COTAGEM 53/104

Por exemplo, o acoplamento do veio e do furo da


figs. 1 e 2, com as dimensões limites: 40,025 e 40,000
(furo), 39,991 e 39,975 (veio), apresenta as folgas:
JT ojoA mox.-A mlo.J lr.;=ITi +ITe I
F max = 40,025- 39,975 = 0,050
Fmin = 40,000-39,991 = 0,009 (dimensões MMS)
Sendo o furo: 40H7 veio: 40g6
+0,025 -{),009
40H7 = 40 O 40g6 = 40 -{),025
vem Fmax = (+0,025)- (-0,025) = 0,050
e Fmin =(O)- (-0,009) = 0,009 .
.2.2- Ajustamento com aperto
Num ajustamento com aperto (ou interferência), a
dimensão real do furo é sempre, seguramente, menor A min.= d mln.- D max. = ei- ES
A max.= d max.- D min. = es -E/ ......,. (MMS)
do que a do veio, fig. 3. Aperto é o valor absoluto
da diferença entre as dimensões do furo e do veio, Fig. 3- Ajustamento com aperto
podendo-se estabelecer a correspondência:
-folga mínima negativa é um aperto máximo, e
-folga máxima negativa é um aperto mínimo. 1' exemplo:
Seja, por exemplo, o ajustamento 40 H7/p6 tem:
ITo;,Amox.+Fmox.l lr.;=ITi tiTe I
+0.025 I +0.042
furo 40H7 = 40 o veio p6 = 40 +0,026 ~I~-
-o menor veio (40,026) é maior do que o maior furo <r:"-1 'Q;I Iili UiJfBI +
(40,025), pelo que:
Fmax= (+0,025)- (+0,026) =- 0,001
"
ou A min = 0,001
Fmin = (0,000)- (+0,042) =- 0,042
"'1"1E ~~E "' QQ
-~.I ~ IE .5

ou A max = 0,042 ""


O aperto máximo (mais difícil acoplamento), é a
diferença das dimensões limites de máximo material).
A tolerância do ajustamento (fig. 3), é: F max.= D max.- d mln. = ES - ei
A max.= d max.- D min. = es - E/ __., (MMS)
Taj. =A max-A min Taj = 0,042- 0,001 = 0,041
.2.3- Ajustamento incerto ou de transição 2' exemplo:
Um ajustamento é incerto (ou de transição), (Taj=Amax.+Fmax.l lraj=ITi +ITe I
quando a dimensão real do furo é umas vezes maior
e outras vezes menor do que a dimensão real do veio.
Um ajustamento de transição, pode comportar peque- Uil fB
nas folgas ou apertos, fig 4.
Num ajustamento incerto, afolga máxima é positiva
e a folga mínima é negativa, pelo que se trata de um
aperto máximo. "I ~
E
QQ
E

Exemplo, no ajustamento 40 H7/ j6 é:


+0,0251 +0,011
Furo 40H7 = 40 o Veio 40j6 = 40 -o,oo5
e Fmax = (+0,025)- (-0,5) = 0,030 F max.= D max.- d min. = ES- ei
Fmin =(O)- (+0,011) = -0,011 =A max. (MMS) A max.= d max.- D min. = es - Ef __,. (MMS)
A tolerância deste ajustamento incerto é: Fig. 4- Ex. de ajustamentos incertos
Taj = Fmax +A max Taj = 0,030 + 0,011 = 0,041
189

-~~~~-----··----------
3- COTAGEM 54/104

.2.4- Tolerância de um ajustamento


A tolerância de um ajustamento veio-cubo de roda
é, em todos os casos, a soma das tolerâncias do veio e o ~ ~
~ ·e
do furo: E 1-
1- LI. LI. - ~ !:::
Taj = ITe + ITi (fig. 5) ~
Nos casos anteriores é: Taj. = 0,025 + 0,016 = 0,041 FURO /

OBSERVAÇÃO: VEIO ~
Se é dada a tolerância do ajustamento, podem - - - - --- ~ ·eo E
---1- -~ E a a
ser facilmente obtidas as tolerâncias relativas a graus
de tolerância ISO das dimensões do furo e do veio, " "
dividindo a tolerância do ajustamento em duas partes ~
que se fazem iguais, ou próximas, de duas tolerâncias
fundamentais iguais ou vizinhas).
Por exemplo, dados o diâmetro nominal Dn = 63 e IT•i =ln+ ITe I ITaj= Fmax- Fmin I
a tolerância do ajustamento Taj ~ 50~m ---- -

pode-se escolher as qualidades, procurando na tabela Fig. 5- Tolerância de um ajustamento


dos IT ao longo da linha a que pertence o Dn = 63, as
tolerâncias que se aproximam de Taj /2 ~ 25~m.
Neste caso, as tolerâncias que se aproximam de 25
~m. são IT6 = 19 ~m e IT7 = 30~m. pelo que se pode
combinar: possibilidades:
IT6 + IT7 19 ~m + 30 ~m = 49 ~m (boa solução) o

d=
.0,019 0,030
IT6 + IT6
IT7 + IT7
19 ~m + 19 ~m = 38 ~m (solução cara)
30 ~m + 30 ~m = 60 ~m (> 50~m) :?li
o
Ô I
~ 'IT6 IT7

como mostra a fig. 6. Portanto, deverá adoptar-se: u ':'


-para o furo IT7 (preferível), ou
-para o veio IT6 ou
IT6
IT7
~
--
;::I ~
_0,030
. IT7 IT7

e a tolerância do ajustamento é T aj = IT7 + IT6 T aj = ITe + ln= 0,049 I 0,038 tl,049 0,060
o que permite determinar a Taj = 19 + 30 = 49~m (caro) (não
serve)
Devem ser usados graus de tolerância iguais ou vizinhos
para o furo e para o veio. Fig. 6-Tolerância de ajustamento distri-
Quando há grandes folgas podem ser adoptados buído pelas duas peças conjugadas
graus de tolerância bastante diferentes.

.2.5- Valores médios


As peças são, de um modo geral, fabricadas Fmed.

procurando obter as suas dimensões médias (média


das dimensões limites). As dimensões médias:
D med = (Dmax+ Dmin)/2
FURO
I
I
VEIO)
T ft J 1
dmed=(dmax+dmin)/2 (verfig.7) aiJla
E

Nos acoplamentos de pares de peças retiradas "


de dois lotes, verifica-se que há maior frequência de
ajustamentos com folgas (ou apertos) próximas dos IT•i = ITi + ITe I
seus valores médios: F med. = (F max. + F f!~in.) /2
Fmed = (Fmax + Fmin) /2 (no ajust. com folga) F med. = D med. - d med.
A med = (A max +A min) /2 (no ajust. com aperto) A folga é: F=-=--=F:-m-,-,_-±-=T=-,-11'"2"'1
ri

De um modo geral, a folga, ou o aperto, a adoptar


num ajustamento, podem ser expressos por: Fig. 7- Tolerância de um ajustamento
F=Fmed±Taj/2 A=Amed±Taj/2 e dimensões médias
190

--- -----·------------
-------------------·---·-· ----- ------

3- COTAGEM 55/104

.3- SISTEMA CODIFICADO ISO DE AJUSTAMENTOS Por exemplo, ao acoplar sucessivamente, os veios:
32f6 32h6 32j6 e 32s6
O número de variedades de ajustamentos, a usar com uma peça que tem furo 32H7, ou seja, um
na construção mecânica corrente, deve ser reduzido, furo com: IT7 = 0,025 e E/= o
pelo que devem ser adoptados: +0,025
-dimensão nominal (com valor da série Renard); ou furo 32H7 32 o
-tolerâncias dimensionais normais ISO, ligadas a um acontecem os ajustamentos:
pequeno número de graus de tolerância de IT01 a
IT18, sendo corrente usar de IT5 a IT8 para peças HI f- são ajustamentos com folga, pelo que pode
a ajustar (ver a tabela I da fig. 28- na pág 183). haver movimento relativo das peças.
-um número limitado de posições das zonas de tole- Como IT 6 = 0,016 e es = --0,025 pelo que
rância normais ISO que vão, nos furos de A a ZC e --0,025
nos veios de a a zc (tabelas 11 e III pg. 185 e 186); 32 f6 = 32 --0,041 e o ajustamento tem:
-tolerâncias preferíveis (uso corrente na fig. 8 pg. 192); Fmax = (+0,025)- (--0,041) = 0,066;
-um dos sistemas de ajustamentos (figs. 8 e 9): Fmin =O- (--0,025) = 0,025
-SISTEMA DE FURO BÁSICO (fig. 8, pg. 192); Taj = 0,066- 0,025 = 0,041
-SISTEMA DE VEIO BÁSICO (fig. 9, pg. 193).
HI h - são ajustamentos com pequena folga, que
.3.1- Sistema de furo básico tem por limite uma folga nula.
No sistema de furo básico, o furo tem tolerância Como IT6 = 0,016 e es = O teremos:
com posição H. Com um furo H podem ser ajusta- o
dos veios em que as tolerâncias têm posições que 32 h6 =32 -0,016 e o ajustamento tem:
vão de: Fmax = +0,025- (--0,016) = 0,041
a ... h, produzindo-se um ajustamento com folga Fmin =O- (--0) = 0,000 e
(a folga é tanto maior quanto mais afastada de h Taj=0,041-0=0,041
estiver a letra de posição dada);
j ... m, produzindo um ajustamento incerto !:!li - são ajustamentos que podem apresentar
(as duas peças acopladas podem apresentar desde pequenas folgas a pequenos apertos.
uma pequena folga ou um pequeno aperto), e Como IT 6 = 0,016 e ei = --0,005 teremos:
p ... zc, produzindo um ajustamento com aperto --0,011
(o aperto é tanto maior quanto mais afastada de h 32 j6 = 32 --0,005 e o ajustamento tem:
estiver a letra de posição dada). F max = +0,025- (--0,005) = 0,030;
F min = O- (+0,011) =-0,011 ou A max.= 0,011
Em resumo, no sistema codificado ISO de furo pois folga mínima negativa significa aperto max.;
básico faz-se: Taj = 0,030 + 0,011 = 0,041
Em peças de FURO H ajustado com:
HIs - são ajustamentos com forte aperto
veios:'abc ... f g hjk m n p r s ... zc Como IT6 = 0,016 e ei = +0,043 teremos:
dando: I => folga <= I incerto I => aperto <= I +0,059
32 s6 = 32 +0,043 e o ajustamento tem:
No Sistema ISO de furo básico (furo na posição Fmax = +0,025- (+0,043) = --0,018
H, pelo que tem E/= 0), verifica-se que a: ou A min = 0,018
-Folga mínima, ajustamentos com veios de a ... h é Fmin =O- (+0,059) = --0,059;
Fmin=-es ou es=-Fmin (peçasem MMS) A max = 0,059 e
-Aperto máximo, ajustamentos de veios de j ... zc é Taj = 0,059-0,018 = 0,041
A max = es ou es =+A max (peças em MMS) OBSERVAÇÃO:
As tolerâncias dos ajustamentos são iguais para
A folga mínima ou o aperto máximo, de um os casos tratados antes, pois todos são IT6 e IT7.
ajustamento, verificam-se quando o veio e o furo têm Assim podem ser, também determinadas por:
dimensões de máximo material MMS. Taj = IT6 + IT7 Taj = 0,016 + 0,025 = 0,041

191
3· COTAGEM 56/104

.3.3· EXEMPLOS DE AJUSTAMENTO DE USO MAIS CORRENTE


SISTEMA ISO DE
AJUSTAM.ENTOS
"FURO BASICO"

+. +1--~+=. \-
--\-J. __.!.~.__!_.-H ....5!... +-J. ..:..:..._. -1+~ --J!.~-++ .....:.:_.-)..!.:: +: J,....l.Y.'
lTS I I IT3

CLASSE
-----=L
MONTAGEM I Muito fácil à mão
=>
---
ft:S~i-
Grande folga perm~e:
-dilatações
CAS => ·fracos alinhamentos
-vãos longos
o~
m
o~
m APLICA· Parafusos- porcas
:'! ÇOES=> Eixos em suportes e
rodas livres
Articulações

192

---- --·------ ------------ ----~~----


·-----

3- COTAGEM 57/104

.3.4- Extracto: exemplos de aplicações do sistema ISO de veio básico

SISTEMA ISO DE VEIO BÁSICO

~~
•oll)ouuuuouoo?,;;,~~~'['~'"l~;~~~~~~-~:S

@
o
c: --------------·-· -· ·-·
~~--

MONTA- Muito fácil à mão Fácil à À mão I À mão ~ob 1 Com maço de madeira Com ICom pren- IPrensado
8 GEM mão pressao martelo sa a frio a quente
m
iil CARAC Grande folga permite: Para acoplamentos que necessitam de Para aco-
~ , • -dilatações fixacão contra: nlamentos
,.... TJ:CIC,'TI_ • ,. ' •--'-

NOIIINAl J•~J Fé JGsjHs ~ss:~sJPsjJ·~~~ F7JGsJ Hsj JsjKsJ MsjPsJ~~JEaJ Fa Dt1jH11


~3 ~ [·!.11~.1'.'.? ~ ·2
I ~-
>3 a 6
>6 a 10 I •:
>10 a 18 1:
>18 a 30
>30 a 50 I •: I•
>50 a 80 I' lO +100

""'
>80 a 120
>120 a 180
>180a 250
-~5 ~~ +~IJ :~ .i; ~
!:
_gg ~ ~~ +f,D :~g ~1 ~
lo
!
=
!~
~
j;
+w +_~B -~ 1, :

9 +Jj -2~ :1
~ ~ .ik ~~
1a +;:'
~Ó .$2 !1~ ~ +r;z -~ !m
!O +120

Q +88 +40 +23 +11,5 -13 -49 0 +108 +49 +32 +25 +5 ·9 -47 0 +191 +137 +81 0 T510
>250 a 315 .J2 +56 +17 o -tt,s -36 -12 -s2 +56 +17 o -1 -27 -41 -79 -at +tto +56 o -320 +190
!:~ ~ +oS :, i.~ j~ :: ~7 ~1f !fs +gEl +~ -2~ ~ ~i l9 !~~~ +}ii +gs -ik !~~
.fs 1
>315 a 400 u

~ j~ +~ 7 ~1 :~ :!3 ~ 1a ~ :0 ~ ~ ~ ~ ~ _g7 !~J +;: +~ k !:


Jo "?
1 7
>400 a 500
>500 a 630 ~~e !~ ~ - - _ -~o +)l't !: ~ _ _t :~ -~l~ -1~o !~ ~~S: +~O J!o
0
! !: ifl
Fig. 9- Ajustamentos no sistema ISO "veio básico" (Só usado excepcionalmente)

193

·----------
---~----~

3· COTAGEM 58/104

.3.5· Colagem de ajustamentos com tolerancia·


mento dimensional
Em concordância com a norma ISO 406, quando
há necessidade de cotar um ajustamento, deverá
inscrever-se:
·A dimensão nominal acompanhada dos símbolos da
tolerância do furo e da tolerância do veio, usando uma
das formas dadas na fig. 1O;
-Os símbolos ISO das tolerâncias acompanhados dos
desvios, como mostra a fig. 11;
·A dimensão nominal acompanhada dos desvios,
sendo referenciados o furo e o veio (fig. 12).
São de uso corrente, os ajustamentos:
-cilíndrico (fig. 13 ·peças e conjunto) e A indificação dos
valores dos des-
-prismáticos (fig. 14· peças e conjunto). vios relativos ao
furo e ao veio
pode ser útil para
· .3.6· Equivalência funcional de ajustamentos ISO a fabricação
Como o funcionamento de duas peças (veio-furo)
ajustadas é, essencialmente, consequência dos valo·
res das folgas ou dos apertos máximos e mínimos,
podem verificar-se equivalências funcionais entre
alguns ajustamentos. Há correspondência funcional
de ajustamentos quando as designações ISO são
formadas pelas mesmas letras dos desvios e números
dos graus. Por exemplo, os ajustamentos com folga:
o ajustamento 032 H7 I f6
equivale a 032 F7 I h6
e, também, a 032 H6 !f7
e ainda a 032 F61 h7
(têm iguais tolerâncias de ajustamentos:Taj = 0,041
(pois IT6 + IT7 = 0,016 + 0,025 = 0,041),
etodostêm: Fmax=0,066 e Fmin=0,025 Fig. 12-Dimensão nominal e desvios

m
.3.7· Resumo· Ajustamentos ISO
Dimensões: ES (com sinal +ou-)
do furo (interior i): 00 n E/ (com sinal+ ou-) I
es (com sinal+ ou-) '
do veio (exterior): 0d n ei (com sinal + ou-)
sendo: ES- E/= ITi es · ei = ITe
s40e6
I:40H7~1
VEIO FURO AJUSTAMENTO
-Ajustamentos • sistema furo básico
·com folga oDn HI (a ... h) Fig. 13- Ajustamento cilíndrico
com Fmax.= ES- ei Fmin.=-es (MMS)
I
·com aperto oD n HI (p ... zc)
com A min. = -(ES- ei) = ei- ES

-Incerto
com folga
e aperto
A max. = es (MMS)

F max. = ES- ei
A max. = es
es = +A max.
(a tabela das posições dá os desvios ei ;
oDnHI(j,k,m)

(MMS)
VEIO
o FURO AJUSTAMENTO

Taj = Fmax. +A max.= ITi + ITe Fig. 14- Ajustamento prismático

194
3-COTAGEM 59/104

.4- EXERC]CIOS RESOLVIDOS .4.4- Estabelecer as características do ajustamento


.4.1- Caracterize o ajustamento ISO 056 H7/f7. ISO de veio básico 016 D10 I h9, usado em chavetas.
RESOLUÇÃO: RESOLUÇÃO:
Trata-se de um ajustamento com folga (letra f), Trata-se de um ajustamento ISO de veio básico
cuidado, rotativo, montagem fácil à mão, usado em (veio h), corrente, com grande folga (letra D) e mon-
ligações com rotação em que é necessária a lubrifi- tagem fácil à mão, que é usado nas ligações de cha-
cação (caso dos veios que rodam em casquilhos). vetas paralelas no escalei do furo da roda.
Furo (consultar fig. 9 pág. 193): Furo: IT 1O=0,070 Veio: IT 9 =0,043
+0,030 +0, 120 o
IT7=0,030 056 H7 = 056 O =
016 D10 016 +0,050 =
016 h9 016-Q,043
Veio (consultar fig.8 pág. 192): (a posição D corresponde a E/= +50 ~m)
-o,030 usando ES- E/ =IT vem ES= 70 +50= +120 ~m.
IT7=0,030 056 17 = 056 -Q,060 Fmax. = ES- ei Fmax .. = O, 120 + 0,043 =O, 163
Fmin. =E/- es Fmin .. =0,050
Por consulta da tabela 11 (pág. 185), das posições, Taj = Fmax.- Fmin. Taj = 0,163-0,050 = 0,113
é f corresponde es = -30 ~m Taj = IT10 + IT9 Taj = 0,070 + 0,043 = 0,113
usando es - ei = IT vem ei = -(30 + 30) = -60 ~m .4.5- Estabelecer as características do ajustamento
F max = ES- ei F max = 0,030 + 0,060 = 0,090 ISO 016 P6/ m6 (usada em pinos cilíndricos).
Fmin=-es Fmin=0,030 RESOLUÇÃO:
Taj = Fmax- F min Taj = 0,090-0,030 = 0,060 Ajustamento ISO, (consultar tab. 1,11 e III) tem:
ou Taj = IT7 + IT7 Taj = 0,030 + 0,030 = 0,060. Furo: IT 6 =0,011 Veio: IT 6 =0,011
-o,015 +0,018
.4.2- Caracterize o ajustamento ISO 028 H7/k6 usa- =
016 P6 016-0,026 016 m6 016 +0,007 =
do no acoplamento de um tambor na ponta do veio Cálculos gerais, por consulta das tab. 1,11,111:
de um motor. Na tab. III das posições dos desvios, para furos:
RESOLUÇÃO: P é dado e desvio superior : ES = -18 + L\.
Trata-se de um ajustamento incerto, desmon- ES=-18+3=-15~m
tável, preso (letra k), cuidado (IT7 e IT6) com monta- como ES- E/= IT6 vem E/ =-11 -15 =-26 ~m;
gem com maço de madeira, usado em acoplamentos m é dado o desvio inferior: ei = +7 ~m (tab.ll)
em que deve haver impedimento contra rotação ou usando es- ei=IT6 vem es=11 +7=+18~m.
deslizamento (chavetas, etc.). Amax. = es- E/ Amax = 0,018 +0,026 = 0,044
Furo: +0,021 Amin. = ei- ES Amin = -D,007 -o,015 = 0,022
IT7 = 0,021 028 H7 = 028 O Taj =Amax.- Amin. Taj =0,044- 0,022 =0,022
Veio: +0,015 Taj = IT9 + IT9 Taj = 0,011 + 0,011 = 0,022
IT6 = 0,013 028 k6 = 028 +0,002 .4.6- Um ajustamento cuidado ISO de furo básico com
Fmax=ES-ei Fmax=0,021-0,002=0,019 Dn = 90, tem o veio com a dimensão média 90,002.
A max= es A max = 0,015 Determine o ajustamento ISO adequado.
Taj = F max. +A max Taj = 0,019 + 0,015 = 0,034
RESOLUÇÃO:
Taj = IT7 + IT6 Taj = 0,021 + 0,013 = 0,034
Tratando-se de um ajustamento ISO de furo
.4.3- Estabelecer os apertos do ajustamento de furo básico cuidado (ver quadro do cap.3.2 que indica IT7
básico, que tem diâmetro nominal de 63 e deverá ser e IT6) em que, por ser d med > D min, pode haver
apertado a frio, de exactidão cuidada. aperto e establecer já 90 H7/_ 6
RESOLUÇÃO: Assim, o veio tem IT6 = 22 ~m
De acordo com o quadro de aplicações correntes, e sendo d= dmed. ± IT6/2
será usado o ajustamento: 063 H7/ p6 que tem: d = 90,002 ± 0,022/2 ou
IT7 = 0,030 I +0,030 I +0,051 dmax=90,013 dmin=89,991
IT6 = 0,019 Furo 063 o Veio 063 +0,032 o que dá es = +0,013
A max = 0,051 A min = 0,032- 0,030 = 0,002 ei = -o,009 (tab. 11)
Taj =A max-A min Taj =0,051 - 0,002 =0,049 Resultado: 90 H7/ j 6

195
3- COTAGEM 60/104

.4.7- Estabelecer o ajustamento do Sistema ISO de .4.9- Estabeleça os ajustamentos do Sistema ISO de
furo básico, com 050 de diâmetro nominal, que tem furo normal, com diâmetro nominal028 que apresen-
folga máxima de 30 ~m e em que se pretende que a tam apertos de 18 ~m ± 17 ~m
maior frequência de montagens de pares de peças se RESOLUÇÃO:
verifique com folgas de ~10 ~m. A= 18 ~m ± 17 ~m indicam:
Deve-se optar por atribuir melhor qualidade para Amed =18~m Taj= +17- (-17)=34~m
o veio, o que é mais frequente. Amax = 18 +17 =35 ~m e, portanto, es = +35 ~m
RESOLUÇÃO: Amin=18-17=1 ~m
Admitindo que a maior frequência se verifica com Ora,- como Taj = 34 ~m, distribuindo esta tole-
os valores médios F méd ~ 1O~m rância pelo furo e pelo veio, pode-se ter:
pode-se determinar a folga mínima por: IT6+1T7 ou 13~m+21 ~m=34~m.
Fmed = (Fmax + Fmin)/2 Usando, como é mais corrente, IT 7 para o furo e
Fmin ~ -10 ~m como é uma folga negativa, IT 6 para o veio, o desvio inferior é:
trata-se de aperto máximo do ajustamento. es-ei= IT ei=+22~m
Assim, é: e entrando com este valor na tabela dos desvios dos
Amax~10~m ou es=+10~m veios determina-se a posição p.
e como Taj = Fmax+A max Assim, o ajustamento pedido é: 028 H7/ p6.
Taj~30+10 ou Taj~ 40~m OBS:. Usando IT 6 para o furo e IT 7 para o veio,
o que, por consulta da tabela dos desvios, pode ser seria: es - ei = IT ei = +14 ~m o que daria a posição
considerada como a soma IT 6 + IT 7 n e, então, o ajustamento seria
neste caso é Taj = 16 + 25 = 41 ~m. 028H6/n7
Optando por IT6 para o veio, determina-se ei
partir de IT = es- ei ei ~ --B ~m
e, por consulta da tabela dos desvios para veios,
determina-se a posição j (que tem ei = -5 ~m). .5- EXERCÍCIOS A RESOLVER
O ajustamento pedido é: 050 H7 I j6 que .5.1-Determine as folgas e I ou os apertos dos
é um ajustamento incerto, cuidado, ligeiramente ajustamentos ISO:
preso, montado com maço de madeira e usado nos 1 - 048 H1 OI a11 e calcule a folga média.
acoplamentos de tambores em veios, etc. 2- 08 H11/ d10 (aplicado em veios estriadas)
3- 010 H9/ h9 (aplicado em veios estriadas)
.4.8- Estabelecer o ajustamento do sistema ISO de 4 - 028 H7 I 16 e calcule o valor da folga média
furo básico, com diâmetro nominal de 040 e que de- 5- 063 H7 I k6 e indique ajustamentos equivalen-
verá ter: -folga máxima: ~ 100 ~m tes
-tolerância do ajustamento: ,;; 80 ~m. 6 - 040 H7 I s6 e calcule o aperto médio
RESOLUÇÃO: 7- 10 D1 OI h9 (aplicado em enchavetamentos)
Por consulta da tabela das tolerâncias funda- 8- 12 N9/ h9 (aplicado em enchavetamentos)
mentais, a soma de dois IT que é mais próxima de 9- 010 G6/ m6 (aplicado em pinos cilíndricos)
80~mé: IT8+1T8 ou 39+39=78~m= Taj. 10-010 P6/ m6 (aplicado em pinos cilíndricos)
Tratando-se de um ajustamento de furo básico,
será: Furo 040 H8 e veio 040 8 Considerando que para a dimensão nominal 56,
· de que falta determinar a posição da tolerância. o IT6 = 19 ~m e o IT7 = 30 ~m, e sem consulta das
Para tal, calcula-se a F min, fazendo: tabelas, estabeleça as folgas e/ou apertos de:
Taj=Fmax-Fmin peloque 78~100-Fmin 11 -056 H7/ js6
Fmin~22~m peloque es~-22~m 12-056 H6/ js7
Por consulta da tabela dos desvios para veios, 13- 056JS7/h6
escolhe-se a posição I (pois tem es = -25 ~m) e, 14-056 JS6/h7
como se trata de sistema de furo básico (furo H), a
folga mínima é Fmin = 25 ~m.
Portanto, o ajustamento pedido é 040 H8/ 18
emquehá: Taj=78~m e Fmax=103~m.

196
" - - """"---~"------------

3· COTAGEM 61/104

3.3- TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO


A peça real só pode ser fabricada com faces mais ou menos planas, ou mais ou
menos cilíndricas, etc., e com tamanho mais ou menos exacto. O exacto é inatingível.

3.3.1-TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
.1· GENERALIDADES

.1.1· Normas a consultar


El EMENIDS NQMINAIS" A ponta do veio
ISO 1101· Toleranciamento geométrico. elemento ln! ral nominal elemento derivado tem cotagem com
ISO 1660· Toleranciamento de perlis ~I toleranciamento
dimensionar do
ISO 2692· Princípio de méximo material
ISO 3040· Toleranciamento de cones i-" __"_j_" __ ~

""'
~
N
diâmetro ~:J25 h8
(a ser analisado
~ a seguir)
ISO 5458· Toleranciamento de localização e do comprimento
ISO 5459· Relerências especif. e Sist. de referências ~
63+0 5 com limites
62,5 e 63,5
ISO/TR 5460· Verificação de tolerâncias geométricas
ISO 7083· Dimensões dos símbolos de tal. geométrico Fig. 1· Representação ortográfica com
ISO 80t5· Princípio do toleranciamento de base toleranciamento dimensional
ISO 1O578· Zona de tolerância projectada ELEMENTO REAL Reoresentação do elemento real
(em linha ondulada contínua grossa) A cota 025 h8 significa:
laçais: 1 2 ••••.••••.•• n dmin = 24,967 e
.1.2· Intervalos de tolerâncias dimensionais 'rl dmax = 25,000
As dimensões, em
As tolerâncias dimensionais delimitam as dimen- ~ualquer secção recta,
~. ls25 hBJ evem estar entre as:
sões (em qualquer local) que os elementos podem ter. entre 24,961
e 25,000 -dimensão de máximo
Considerando, por exemplo, o elemento "superlície matertal 25,000 (MMS)
cilíndrica" da ponta do veio, com representação nominal ~
-a dimensão de mínimo
(em qualquer local: 1, 2... n) matertal 24,967 (LMS)
(ideal) na fig. 1, e representação real na fig. 2 (por linha
contínua grossa ondulada) deve ser produzida de modo Fig. 2-Dimensões locais reais
ELEMENTO REAL RepiesentaÇãodoelemento real
a que, em qualquer secção recta ao longo do veio, os
diâmetros estejam entre os limites correspondentes à [o,ais: 1 2 '*'*"' ... '*' n f
Em qualquer local real os diâmetros devem estar entre dnin e dnax.
locais: 1 2 ................ n

O1JI~ 111~1fl~ 15 13 {11~.


cota a25 h8, ou seja, entre 24,967 e 25,000 (intervalo
de tolerância de 0,033).
Por controlo dos diâmetros locais ao longo do
em tunel em cone
veio, usando por exemplo, calibres de limites, pode-se
verificar que o veio produzido está dimensionalmente
correcto (entre 24,967 e 25,000 em qualquer local) e,
no entanto, apresentar uma geometria incompatível
com a montagem e o funcionamento.
De facto, as secções rectas do veio real ACS, não
m' IHlt·t;JB~ i:Hi ]]• em diábolo
Fig. 3· Desvios de cilindricidade (tipícos)
em flecha

são círculos ideais, mas formas irregulares, como, por E ENTO REAL

i:
ACS (qualquer socção recta) do
<Y em velo real (com dimensão entre
exemplo, ovalada, trilobada, apresentadas na fig. 4. _ 24,967 e 25,000) pode apresentar
Ao longo do veio real, as geratrizes não são linhas Secçao desvios do circulo ideal, sendo
irregular mais fre~uentes, os tipos mostra-
rectas ideais, mas irregulares. Na fig. 3, são represen- (caso geral) dos nas guras:
tadas perlis frequentes dos veios reais: túnel, diábolo,

~
cone ou flecha que, mesmo dimensionalmente correc- úlnax "
~
tos, podem ser incompatíveis funcionalmente. Secção 1:> Secção
"As tolerâncias dimensionais não garantem cor- avalizada trilobada
recção geométrica necessária ao funcionamento". Fig. 4· Desvios de circularidade (tipícos)
197

--·---·----- -----------·- ----~-~-·-~"~-"---"""-"~"-- """'""" ___


---------

3- COTAGEM 62/104

.1.3- Zonas de tolerâncias geométricas


A tolerância geométrica prescrita para um dado
elemento de uma peça (aresta, face, etc.), define uma
zona de tolerância ou seja, um espaço geométrico no
interior do qual deve ficar compreendido integralmente
esse elemento da peça real.
1

l
espaço entre duas
rectas paralelas
geometricamente
perfeitas
2~
espaço entre
duas linhas
equidistantes
3

o
espaço entre dois
40
Zona em
círculos concêntricos espaço
circular

lv
A zona de tolerância geométrica especificada Fig. 5- Espaço plano limitado por duas
é, portanto, um espaço limitado por linhas ou por linhas equidistantes e por círculos
superfícies com formas geométricas ideais. Para

~ ~
2
verificação da peça, estes espaços são estabelecidos
por formas reais de boa exactidão, pelo que são
consideradas formas teoricamente exactas. espaço entre dois
espaço entre dois planos aspa~ entre duas
De acordo com a característica toleranciada, a I paralelos SúDEnf cies-ãaUidist. cilindros coaxiais
zona de tolerância geométrica pode ser um espaço: Fig. 6- Espaço entre duas superflcies
-numa superfície plana (fig.5) limitada por duas linhas equidistantes
paralelas (rectas ou curvas), ou uma coroa circular, 2 Tolerância prece- 3 Tolerância gre-

~~ &
cedida de a
ou um círculo;
Sst
-limitado por dois planos paralelos, ou duas superfícies
equidistantes, ou dois cilindros coaxiais (fig. 6);
--paralelepipédico, ou cilíndrico, ou esférico (fig. 7). EsJja9"
Espaço paralelepipédico Espaço cilíndrico ot e énco Sot
Na fig. 8-1, é mostrada a largura da zona de tole- Fig. 7-_Espaços simples
rância estabelecida, caso geral, segundo a direcção CASO GERAL
Direcção da medição sempre
perpendicular à geometria especificada, qualquer que perpendicular ao perfil
seja a direcção da linha de indicação.

~
A fig. 8-2, mostra o caso em que se pretende ter
uma direcção particular, sendo dado o ângulo.
Não havendo qualquer especificação restritiva, "a
tolerância geométrica deve ser controlada em toda CASO PARTICULAR
Direcção da medil(ão
a extensão do elemento real (em fabricação)". a 70" com o etxo

~
.1.4- Quadro de tolerâncias geométricas
As tolerâncias geométricas são inscritas nos
desenhos industriais, usando quadros rectangulares t
(figs. 9 e 10), divididos em duas ou mais casas.
Nas casas, a partir da esquerda, são indicados:
-símbolo da característica geométrica a toleranciar;
-valor da tolerância (sem mencionar o símbolo da
unidade quando é o mm). O valor da tolerância de
um elemento é precedido de "e" quando a zona de
tolerância é circular ou cilíndrica (fig. 1O), e precedido
de "Se" quando a zona de tolerância é esférica.
-letra, ou letras, que indicam a, ou as referências
especificadas, ou o sistema de referência.
Do quadro de tolerâncias parte, de qualquer lado
do quadro, uma linha que se continua por uma linha
de indicação em que a seta vai ligar à representação
nominal do elemento toleranciado (ver figs. 9 e 10).
Os símbolos gerais, a usar em tolerâncias geo-
métricas, são dados no quadro da fig. 11 (pág. 199). Fig. 1O-Quadros de tolerância geométrica

198
3· COTAGEM 63/104

.1.5· Simbologia em toleranciamento geométrico

CARACTERÍSTICA SÍMBOLO (IS07083) DESCRIÇÕES SÍMBOLO (ISO 7083)


A TOLERANCIAR exemplos: dimensões: E SIGNIFICADO exemplos: dimensões:
TOLERÂNCIAS DE FORMA INDICAÇÕES GRÂFICAS com h= 10d
RECTITUDE T_ INDICAÇÃO DO lê-se:
El (r-; !:i] ELEMENTO TO·
LERANCIADO
"tolerância
de" ....L ~
m
14h
PlANEZA Ta

m~~
lê-se:
cn
oCl [g INDICAÇÃO DO
ELEMENTO DE
REFER~NCIA
"relativa·
mente a" ~-

:5 ESPECIFICADA
[Q] IAI,~t
o CIRCUlARIDADE To

® er
!;!1 INDICA~ÃO DE
cn REFER NCIAS
O· PARCIAIS 2
~
:::;;
CILINDRICIDADE T,
11:1 ~j (ISO 5459)
w rrr oah
~
IP'l,h
-' ®
om
w
PERFIL DE UMA 3 X 3 sS
LINHA QUALQUER To X X-------)(
h (ponto) (recta)
PERFfL DE UMA SU-
PERF CIE QUALQUER T. §] 18 14h!:i) INFORMAÇÕES
DIMENSÃO TEORICAMENTE
EXACTA [ill] 1125 I !:il
TOLERÂNCIAS DE ORIENTAÇÃO

=:®]~
ZONA DE TOLERÂNCIA
PARALELISMO Jj,
[ZZ] Olh 'LOt 0.1h
1
PROJECTADA
(ISO 10578) 1,6h

~~
CONDIÇÃO AO ESTADO LIVRE
PERPENDICUlARIDADE
T~ [IJ -;r (PEÇAS NÃO RfGIDAS)
T T 1411 (ISO 10579) 1,6h

ANGUlARIDADE
~nclinação)
~
[ZJ 161li PRINCÍPIO DE INDEPENDÊNCIA ISO 8015
TOLERANCIAMENTO
IS08015· PR~CIPIO
DE INDEPEND NCIA (ISO )
TOLERANCIAMENTO
ISO 8015
cn TOLERÂNCIAS DE POSIÇÃO 8015
oCl

~ ~
LOCALIZAÇÃO T+ REQUISITO DE
tfl
<(

o
z ENVOLVENTE
(IS08015)
© t,6h

m:
h
~
~·9
CONCENTRICIDADE T0 Mr,IR REQUISITO DE
w
o:
cn
{para centros)
co~~LID~~~
[@] =
MAXIMO MATERIAL
(IS02692) t,6h
o arae1xos
,....
~
LMR REQUISITO DE
w
z SIMETRIA T~
~~ ttc ~

"') MINIMO MATERIAL ~ N

:::;;
w o~ 1,4h
(IS02692)
-'
w
TOLERÂNCIAS DE BATIMENTO ZONA COMUM cz c~
NÃO CONVEXO NC EXEMPLOS:
BATIMENTO CIRCUlAR
r, []] I ~ SECÇÃO RECTA QUALQUER ACS
ILJ!o.o4 czl
Ulh 0,1h '
DIÂMETRO INTERIOR LO
BATIMENTO TOTAL Tu

[ll] O,lh I HL:l DIÂMETRO EXTERIOR


DIÂMETRO PRIMITIVO
MO
PD
lolo.o81
NC

Fig. 11· Símbolos de características geométricas Símbolos complementares

199
3- COTAGEM 64/104

.2- TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO

~
.2.1- Elementos com tolerâncias geométricas
Aseta não está no prolonga- ~O
04
As tolerâncias (dimensionais e geométricas) a menta da linha de cota
aplicar a cada elemento, vão definir a zona do espaço
onde deve estar compreendido o elemento real
Neste caso só as geratrizes
do cilindro de menor diâmetro
t··ft'"'" ··-·
têm tolerância de rectitude.
''
·
---
(elemento da peça fabricada).
Como tolerâncias geométricas, de acordo com as Fig. 12- Rectitude da geratriz
r-
características geométricas, são aplicadas: No prolongamemo
'"
da linha de cota r-f-lso.o4!

I
-tolerâncias de forma, a elementos isolados da peça O eixo do
-tolerâncias de orientação, tolerâncias de posição e cilindro de ~

tolerâncias de batimento, em relação a elementos da menor diã- ~ lt·-·-·-~


metro tem 111
ILt-----;::-:-:-;:--
peça considerados como teoricamente exactos. tolerância - 63 "' o.s
de rectitude 1

.2.2-Tolerâncias de forma Fig. 13- Rectitude de eixos


As tolerâncias das formas do pertil de uma linha 4 1 1
(tolerâncias de rectitude, de circularidade e qualquer), I·C!:J·II
.J.=·=· L.
sO 04 A linha de cota curta não leva
setas 1ntenores
A seta da linha de indicação
e as tolerâncias das formas de supertícies (tolerân-
cias de planeza, de cilindricidade e qualquer) são
tolerâncias de elementos isolados que dizem respeito
W
Fig. 14- Rectitude de eixo
sobrepõe-se à seta l. linha de
cota.

a toda a extensão do elemento toleranciado, indepen-


dentemente da restante peça. ~
~Zonas
de tolerâncias
As figs. 12 a 14, dão exemplos de tolerâncias de: de valore 1 iguais em
elemento~ separados
-rectitude de geratrizes, como mostra a fig. 12, a linha podem I car repre-
de indicação tem a seta a tocar na linha que representa sentadas :om um só
' - - - - - - - - - - - - - - - ' quadro de tolerância
uma geratriz ou o seu prolongamento;
-rectitude de eixos, como as figs. 13 e 14 mostram, a Fig. 15- Quadros de tolerâncias ig uais
linha de indicação está no prolongamento da linha de
cota do diâmetro do cilindro (veio ou furo). Neste caso,
o valor da tolerância é antecedido por 0.
I I I I ~ 14 cz
1lerãncia
1

O toleranciamento geométrico de forma é dado, rários


separados
em resumo, no quadro da fig. 19 na pág. 201. ,um cz·

Fig. 16- Indicação de zona comum


n
OBSERVAÇÕES:

O:ãi
O Elementos separados de uma peça (fig. 15) que
têm tolerâncias de valores iguais, estas podem ser {~ ~
representadas num só quadro de tolerância
O Quando uma tolerância única é aplicada a vários
~-~
elementos separados de uma peça, mas constituindo
uma zona comum, deve-se colocar o símbolo de zona Fig. 17- Indicação de parte do ele•mento
comum "CZ", no quadro de tolerância, logo a seguir ao peça com tolerância diferente da restante
valor da tolerância (ver fig. 16). uuas tolerâncias
O Quando só uma parte da peça tem tolerância geo- da geratriz:
-rectitude
métrica de melhor qualidade, deve ser usada (fig. 17). -perpendicu 1ridade
uma linha grossa a traço longo- ponto para assinalar a relativamen ~à face
de referiênc1 l. assina-
situação dessa parte, com a colagem respectiva lada por A
O Quando se pretende que seja aplicada, a um dado
elemento, mais do que uma tolerância geométrica, o
toleranciamento deve ser expresso pelos quadros de Fig. 18- Indicação de mais do que uma
tolerância respectivos colocados juntos (ver fig. 18). tolerância para um mesmo elemento

200

-------~- ..
3- COTAGEM 65/104

.2.3- Tolerâncias de forma; exemplos


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO: 1 -TOLERÂNCIAS DE FORMA
IRECTITUDET I zona de tolerância Tolerância de rectitude de um
eixo
VALORES DAS TOLERÃNCIAS
ISO 2768-2
I I
O eixo do furo cilfndrico d~ peça individuais gerais
compri·
real afectado de tolerância de fina média H K
mento L
rectitu~~ d~ve est~r contido numa ::;1 o 0,02 0,0 O, 1
zona ctltndnca teoncamente exacta 0ffiJ
02 0r:v1 ::;30 o06 o1 O2
com 0,06 mm de diâ1f!etro, ~ujo m m m m iloo o:1 o:2 o:4
do . t ::;300 o2 O4
'l..J!!I!S>'!:I!~~~~;i-_2~:;;;;;.~~~~~~~;;.~~~~~~-"'co~mf!e!in'rl1m~en~o~
eixo pode ter qualquer onentaçao. O8
i1ooo a:s o:6 1:2
zona de tolerância Tolerância de rectitude de uma 53000 0.4 0,8 1,6
~
~

t..nl-1
N
~
l
-------
~-
T - 0 05
Lf"l- - '

zona
plana de
to!erã~cia
de geratnzes
geratriz
Qualq~er geratri~ do cilindro com
tolerâncta de rectitude deve estar
contida entre duas rectas
paralelas teoricamente exactas
que distam entre si de 0,05 mm e
podem ter qualquer orientação.
w
EXEMPLO DE APLICAÇÃO:
RECTITUDE DA GERATRIZ
com tolerância média O, 1mm/m

----
11
71mm=0,071m
T _
-- 0•1x 0•07
]:_ = 0,007

I PLANEZA Tal zona de tolerância Tolerância de planeza de uma


face plana
VALORES DAS TOLERÂNCIAS
ISO 2768-2
To= 0,06 individuais compri· gerais
A face real da peça deve

Do~
encontrar-se no interior da zona fina média mento H K L
de tolerância limitada por dois 0,04 0,1 ~10 0,02 0,05 0,1
planos paralelos entre si, que mm/m mm/m S30 0,06 0,1 0,2
distam de 0,06 mm. do ma~or ~too O. t 0,2 0,4
comprimento 5300 0,2 0,4 0,8
~t 000 0,3 0,6 t ,2

zona de tolerância
I 53000
VALORES DAS TOLERÂNCIAS
0,4 0,8 t ,6
I CIRCULARIDADETJ To_ 0 08 Tolerância de circularidade ISO 2768-2
9
I= - • O 9ontorno de uma qualquer
secçao recta deve estar entre
Individuais
. gerais
~ dois cfrculos teoricamente exac- fina médta
c; .s tos, complanares e concêntri- JTS IT8 To= 7õ
~ e cos que distam 0,08 mm, entre d d"" t Tolerância de circulari
!:Q -c si O 1ame ro dada faz-se igual ao valo
~ • da tolerância do diâmetro
o massempre
~
w
To~V (tabela abaixo)
·~!CILINDRICIDADE T., I zona de tolerância Tolerância de cilindricidade 0,02 0,04 Não "'o P'•"riw
cn _ A superffcie cilíndrica da p~ça mm/m mm/m TK:i gerais
1:1 0,05 Tf:1~0,05:? real deve estar compreendida o desvio de cll!ndrlclda·

--
1:. entre dois cilindros teoricamente de resulta da combina-
~ exactos e coaxiais que distam ção de:
~/ 0,05 mm. T0 com T_
./
63 ± 0.5 Ooe To com Ji,

I I.:..P=ER.:._F-:;IL::D::E::U::M::.:A..:..=:LI:..:NH:.:A~Q:.:U:..:A=LQ=U::E::R.:._l~n~l
•· .
~olerância do perfil de uma
hnha qualquer
M é substituldo

~@
zona de tolerancta A zona de tolerância é limitado
.. ·~ ~c. por duas linhas envolventes de por To
. 1 círculos com centros na linha
12om! te6ricd ·· geométrica teórica e com diâme-
arfi/ real tro Tn = 0,08 mm, que estão em
I numptanoparateto qualquer secção por um plano
ao plano de projecção paralelo ao plano de projecção.
JPERFIL DE UMA SUPERFÍCIE QUALQUER To! Tolerâ~cla do perfil de uma
1'------:===o-----------=:l I superf1cle qualquer r..

~
zonadetolerância • . • . . por o
A zona de tole~a.ncta e llmttado Os valores Os valores destas
por duas superftctes envolventes destas colunas colunas são dados na
de esferas com centros na super- são aproxima· norma ISO 2768·2 e
fície geométrica teórica e com dos.Estes valo· destinam-se a ser
diâmetro T0 igual a 0,08 mm. res destinam·se usados nas Oficina~ ~e
a ser usados acordo com a prec1sao
nos e)!ercfcios. oficinal prescrita.
Fig. 19- Extrato de toleranciamento geométrico

201
3· COTAGEM 66/104

.2.4- Tolerâncias de orientação, de posição e de


batimento (tolerâncias em elementos associados) Sfmbolo da carac-
O quadro da fig. 28 da pág. 203, é um extracto de: terística geométrica
-tolerâncias de orientação (paralelismo, perpendicu- Lê-se:
laridade e angularidade) de um dado elemento em tolerância de
relação a um outro elemento teoricamente exacto,
tomado como elemento de referência;
-tolerâncias de posição (localização, coaxialidade e
-------
.--

simetria) de um dado elemento relativamente a um _O.Sh


elemento teoricamente exacto, que é de referência;
-tolerâncias de batimento (batimento circular e bati· Fig. 20· Quadro de tolerância geométrica
mento total) relativos a elementos com movimento de e referência especificada
rotação relativamente a um elemento teóricamente Quando a referên- A referência especificada é uma
exacto tomado como referência. cia especifica~a é geratriz do cilindro maior 'A

.3- REFERÊNCIAS ESPECIFICADAS (DESENHO)


uma gerratnz, o
triânQulo pode ser
inscnta no prolon-
gamento do contor-
-......_&i '\
-.........
\. ~

no mas não no
.3.1· Elemento de referência especificada prolongamento da -11 - - - -1-lt
linha de cota.
As tolerâncias geométricas de posição, de orienta·
ção e de· batimento de um elemento são estabeleci· Fig. 21- Referência especificada-geratriz
das e controladas em relação a um outro elemento, -
A
-
de boa exactidão, tomado como referência especifi·
cada. O elemento de referência é considerado como ~
~

tendo geometria teoricamente exacta, em relação à


exactidão pretendida para o elemento a toleranciar.
N
m
..
A referência especificada é indicada por um triân· 63 ± 0,5
guio de referência (triângulo equilátero, enegrecido
ou não) que significa e se lê "relativamente a" (fig. 20). Fig. 22- Referência especificada é o eixo
O triângulo de referência é ligado a um quadrado, BI II Oelemento

li ~
onde se coloca uma letra de referência que é repetida dereterência
é o plano
num quadrado do quadro de tolerância (fig. 20). A linha de cota mediano do
O triângulo de referência tem a base apoiada: curta não leva diedro com
setas intenores 60'(teorl·
-sobre a linha que representa o contorno do elemento camente
exacto)
ou sobre o seu prolongamento, mas claramente
separado da linha de cota, se a referência específica Fig. 23- Eixo Fig. 24· Plano mediano
é uma linha (aresta, geratriz), ou um plano

/fi\1 :~·
(face) do objecto, como mostra a fig. 20; ou
-sobre a linha de extensão, no prolongamento da linha
de cota, quando a referência especificada é o eixo
(fig. 22 e 23) ou o plano mediano (fig. 24) ou o centro,
assim referenciados. Se há pouco espaço, o triângulo
~
de referência substitui uma seta (fig. 23). Fig. 25· Plano Fig. 26· Esp.restritiva
A referência especificada pode ser apenas uma
parte reduzida de um dado elemento, casos da coroa
circular (fig. 25) e da porção cilíndrica (fig. 26); sendo
cotadas as zonas de referência especificada. l@lso,tiA-BI
Quando há necessidade de uma referência espe·
cificada comum para dois elementos, são usadas duas Referência espe·
cificada comum
letras separadas por um traço de união, inscritas na
terceira casa do quadro de tolerância, fig. 27. Fig. 27· Quadros de tolerância (exempls)

202

... ___ ............._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __


3-COTAGEM 67/104

.3.3- Extracto de tolerânciamento geométrico: posição, orientação e batimento


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO - TOLERÂNCIAS DE ORIENTA ÃO
PARALELISMO Til zona de tolerância Tolerância de paralelismo de dois VALORES DAS TOLERÂNCIAS
eixos individuais gerais ISO 2768-2
eixo teórico O eixo do furo superior deve estar fina média
<: --- no interior do cilindro de diâmetro
0,04 e de eixo paralelo ao eixo de ITS IT9 T11 = T0
~· cilindro t.e. que
contém o eixo referência C da distância 00

Tolerãncia precedida de "


zona de tolerância cilfndrica
r,,= Ta ou r_
(tomando a de maior valor)

IPERPENDICULARIDADE T.L I zona de tolerância Tolerância de perpendicu- 0,1 0,4 ,;100 0,2 0,4 0,6
!aridade de um eixo em relação a mrnim mrnim ,;soo 0,3 0,6 1

ij3
eixo teórico uma base plana ,;1000 0.4 0,8 1,5
---- O eixo do veio cilíndrico deve estar ,;3000 0,5 1 2
zona c!lfndrlca que no interior do cilindro de diâmetro
contém o eixo real 0,04 e de eixo perpendicular ao
face de referência c plano de referência C
Tolerância precedida de o
zona de tolerância cilfndrica

IANGULARIDADE TL I zona de tale ância Tolerância de angularidade


da face inclinada em relação fina média
à face inferior da peça 0,1 0,4 substituída por
A face plana deve estar entre dois mm/m mm/m tolerância angular
planos paralelos que distam 0,04 e
fazem 47o (teoricamente exacto) r,.
L -
_a........./pla~o ~e
referenCia
com o plano de referência A.

TOLERANCIAMENTO GEOMETRICO- TOLERANCIAS DE POSICAO


ILOCALIZAÇÃO T:!: I ., 4H12 zona de tolerância eixo
Tolerância de localização do
de um furo fina média
sO 1 A B C
localização O eixo do furo deve estar no 0,02 IT11 substituída pelas

~?
>-{I] teórica do eixo interior de um cilindro de O, 1 de tolerâncias
diâmetro que tem eixo teórico esta- dimensionais
~ j!} zona de
belecido pelas coordenadas teori-
camente exactas e é perpendicu-
lar (teoricamente exacta) à base de
das coordenadas

~L ~ tolerância relerência A da peça.
ICOAXIALIDADE rol zona de tolerância Tolerância de coaxialidade fina média
@ .a0.1 A A~
de eixos
O eixo toleranciado deve estar 0,005 0,02 usar:

~~
dentro de uma zona cilfndrica de O, 1
de diâmetro com eixo teórico que é r,q;
--- --- o prolongamento do eixo de
referência A.
zona de tolerância
I SIMETRIA r~ I '-' Tolerância do simetria compri·
fina médi< manto H K L

9~
O plano mediano da ranhura deve
estar entre dois planos paralelos que ,;100 0,5 0,6 0,6
0,02 IT 11 ,;soo 0,5 0,6 1
distam 0,06 e simétricos em relação
,;1000 0,5 0,8 1,5

~
ao plano mediano de referência A
,;3000 0,5 1 2

TOLERANCIAMENTO GEOMETRICO - TOLERANCIAS DE BATIMENTO


'

.
r
IBATIMENTO CIRCULAR T! radial! . .. ~ Tolerância de batimento
~B
+----+---
'~"''"''
rota~o

/eixo comum
R

~
O batimento radial não deve exceder
0,08 em cada plano de medição
durante uma rotação completa da
peça em tomo do eixo de referência
comum A-8
compri
fina média menta H K L
todos 0,1 0,2 0,3

IBATIMENTOTOTAL Tttradlall zona de tolerância Tolerância de batimento compri-


menta H K L
O batimento total radial não deve fina médii

r~ ~
exceder 0,08 em todos os pontos da todos 0,1 0,2 0,3
superffcie durante várias rotações
+----+--- ixo comum
da peça em tomo do eixo comum de
referência A- 8.
Fia. 28- Extraio de toleranciamento aeométrico

203
----------------·--

3- COTAGEM 68/104

.3.2- Sistema de referências especificadas


A referência especificada pode ser constituída por
um grupo de duas ou mais referências da peça real. !Triedro trirrectanQular (X Y Z)
a)- Sistema de referências especificadas Sistema de referencias mão direita
-triedro trirrectangular (três planos) Coordenadas: x, y, z
Sistema de referên-
Um sistema de referências especificadas pode ser cias especificadas
estabelecido, na peça, por três faces A, B e C de boa formado por três
planos que contêm as
exactidão, dispostas de acordo com um referencial faces: A B C
cartesiano (três planos X, Y, Z, perpendiculares entre que são considera-
dos como referências
si, como mostra a fig. 29). As coordenadas: x, y, z, são especificadas:
relativas aos planos de referência, são perpendiculares -primária
-secundária
a esses planos e estão indicadas na fig. 29). -terceária
b)- Sistema de referências especificadas Fig. 29- Sistema de referências especifica·
-plano e eixo cadas: planos que contêm as faces A B C
Numa peça de revolução (fig. 30) o sistema de (coordenadas medidas segundo x y .2)
referências especificadas, pode ser constituído pelo Sistema de referências especifi- ~
eixo de referência e pela base. A este sistema de cadas formado por um plano XY '1 '

referências faz-se corresponder: e_o eix~ ~~e coorclen~das _~-1"'~:;:_..... 1 referencia 1

-o eixo Z do referencial, ao eixo da peça de revolução,


-as linhas de centro, que se cruzam em ângulo recto,
aos eixos X eY de coordenadas (ver a fig. 30).

.3.3- Inscrição no desenho de sistemas de REPRESENTACÃO


ORTOGRAFICÁ
"- lz -::'
REPRESEN·•
"---4ÃéÃO AXONOMETRIC.
referências especificadas
Um sistema de referências especificadas tem as Fig. 30- Sistema de referências especifi-
letras de referência indicadas em quadrados que são cadas: plano A (primário) e eixo
associados ao quadro de tolerâncias por ordem de REPRESENTAÇÃO
ORTOGRAFICA
r;::;r;;-;;-;,
0
Q Qj
nL,é[\J_,\JIJ
fiil
1..!!..1.
rp3
ll2J
precedência estabelecida de acordo com a peça real
e do seu controlo efectivo (fig. 31 ).

•3.4- Elementos de referência - elementos teorica-


mente exactos da peça real
As referências especificadas inscritas no desenho
(fig. 31), são materializadas por elementos da peça real
(arestas, eixos, faces, etc.) e designados por elementos
de referência (fig. 31 ), que:
-são produzidos com tão pequena tolerância, em Referências espe-
relação à tolerância prescrita para os elementos cificadasnodese· ""'JUu~11U•·
com eles relacionados, que podem ser considerados nho (múltiplas):
z1 -Face primária A
como teoricamente exactos; ou -Face secundária C
-estão sujeitos a tolerâncias expressas, apreciáveis x· ·Face terceária B
em relação à tolerância prescrita para os elementos Ordem orioritária

com eles relacionados, pelo que se torna necessário As dimensões de referência I1I] e-!KI
fazer um requisito complementar para o elemento de são dimensões teoricamente
exactas {em relação à tolerância de localização prescrita),
referência (por ex.: máximo material, etc.). que determinam a localização teórica do eixo do furo em
relação às faces de referência: A B C.
As referências especificadas no desenho indicam os
Os elementos de referência são caracterizados elementos da peça real que vão servir como elementos de
pelas suas formas (rectitude, planeza, etc.) e pelas referência. As faces da peça real [!\] [[J []
suas dimensões (lineares e angulares) de posição e de são elementos de referência teoricamente exactos.
orientação, teoricamente exactas. Fig. 31- Imobilização de uma peça real

204

---·-··--------------------
3- COTAGEM 69/104

.4- DIMENSÕES TEORICAMENTE EXACTAS

.4.1- Dimensões da peça Os intervalos das to!eràncias


das coordenadas do ponto
As dimensões a inscrever num desenho, para são:
colagem da posição ou da orientação de um qualquer

tM~
elemento da peça, são estabelecidas a partir de "'
"'
o
o"
referências especificadas formadas por sistema de +•
~
elementos teoricamente exactos da peça reaL localização
ESCALAI teórica do conto
25±0.035 ESCALA 100,1
.4.2- Dimensão teoricamente exacta de referência
Na localização de um ponto qualquer de uma
peça eram somente usadas coordenadas com tole-
ranciamento dimensional (ver a fig. 32).
Ao prescrever tolerâncias geométricas de locali-
zação de um qualquer ponto de uma peça, é estabe-
lecida uma zona de tolerância circular (ver a fig. 33).
Neste caso, para evitar a acumulação de tolerâncias,
é habitual reduzir· as tolerâncias dimensionais relativas
às coordenadas, tomando-as como dimensões teori-
camente exactas de referência para estabelecer a
localização teórica do elemento toleranciado.
Nas dimensões teoricamente exactas de refe-
ruJ
A tolerância geométrica de localização do
rência é considerado que as suas tolerâncias são ponto é de 00,1 e as coordenadas enquadra-
desprezadas na presença da tolerância geométrica das25e15dopontosãoteoricamenteexactas •I "•"' I'
(tolerâncias dimensionais muito inferiores à Olado do quadrado ins-
prescrita para o elemento. tolerância geométrica de localização, para crito é diâmetro N2.
serem desprezáveis). Neste exemplo, para O circulo tem uma área
As distâncias do ponto às faces laterais de refe- obter uma igual el!(aclidão da localização, malor1,57vezesdo~ue
deveriam ser usadas tolerâncias dimensionais a~ do quadrado ln&-
rência, são consideradas coordenadas teoricamente das coordenadas, que garantissem ter o ponto ~~,!!!;~ ~~!!!1?!~
exactas de referência, caso das coordenadas rectan- dentro da zona de tolerância geométrica.

gulares dadas na fig. 33; são inscritas no desenho


enquadradas e sem qualquer indicação de tolerância.

.4.3- Tolerância de localização do eixo de um furo


Quando a tolerância de localização diz respeito a,
por exemplo, o eixo de um furo (desenho da fig. 34-1)
há necessidade de considerar um novo elemento de
referência (a face A a que o eixo é perpendicular).
Neste caso a zona de tolerância de localização
do eixo é um cilindro com diâmetro igual ao valor da
tolerância e com a altura do eixo (ver fig. 34-2).
Como o eixo deve ser interior a este cilindro, veri-
fica-se que o eixo pode ter uma inclinação máxima,
quando o eixo tem a localização teórica (figs. 34-3/4).

Pode acontecer que se pretenda uma certa tole-


rância 'de perpendicularidade do eixo do furo em
relação à face A da peça dada, tomada como de
referência teoricamente exacta. Esta tolerância, só
deve ser prescrita (ver fig. 34-4) quando se pretende
maior exactidão de perpendicularidade do que a
consequente da tolerância de localização.

205

·----·-··------ ..- - - - - · - - - - - - - - - - - -
3- COTAGEM 70/104

.5- ELEMENTOS DE REFERÊNCIA ASSOCIADOS


AEPRES<NTACAO
ORTOGRAFICÁ
.5.1- Elementos de referência associados a ele-

~
face
mentos reais real
Para proceder à verificação, numa peça real, das ·-:---..
ferência /',;>
tolerâncias expressas no desenho, de acordo com as ecificada ./·
referências especificadas, podem ser usados os: Elemento integral nominal ./Referências:
Elemento A
-elemento de referência da peça real (elemento da Integral real
Geometria exacta {teórica, ideal)· (lace A, da peça
peça produzido com boa precisão na fase inicial da plano gP.nmP.trica a.s..c:ociado real, teorica- ,
mente exacta)
execução), relativamente ao qual se faz o controlo dos

~
elementos toleranciados, com ele relacionado, como já PEÇA REAL Elemento de
__ _
foi tratado antes; ou . - -·_ referência
associado
-elemento de referência associado, ou seja, um I========~""'""--
PlANO DE MEDIDA (mármore) (plano teorica·
mente exacto)
elemento real de forma adequada e de maior exactidão Fig. 35- Superfície plana como referência
geométrica do que os elementos de referência que vão e elementos de referência.
simular. No exemplo da fig. 35, o elemento de referência
(base da peça real) vai ser associado por um plano de [ill
medida.
O elemento de referência associado deve ser
disposto de modo a que a distância para o elemento de
referência (da peça real) seja o menor possível.
No exemplo da fig. 35 é dado o desenho de uma
peça em que a base é tomada como referência teori-
camente exacta especificada A. A esta face é asso-
ciada a face de um plano de medida, tomado como
elemento de referência associado, a partir da qual é
feita a medição das distâncias para outros elementos.

Os elementos de referência especificados da peça


e os respectivos elementos de referência associados
podem referir elementos em que as:
.1-Referência especificada é constituída por um plano;
.2-Referência especificada é um eixo de um cilindro;
.3-Referência especificada é um eixo de um furo;
A-Referências especificadas são constituídas por:
.4.1-eixo comum; .4.2-plano mediano comum;
.5-Referência especificada é constituída por um eixo
de um cilindro, perpendicular a um plano.

.5.2- Ordem de precedência das referências


As letras de referência são inscritas no quadro de
tolerância, sucessivamente, da esquerda para a direita,
de acordo com a ordem de precedências.
No exemplo da fig. 36, a ordem de precedências
das referências especificadas tem importância sobre
os resultados obtidos no controlo das peças.
Na fig. 36, a referência especificada primária A,
pode ter associado um plano de medida, cujo contacto
é estabelecido pelos seus três pontos mais salientes
da face real.

206

-·-------·------ ----------- --- ·-·-. --------


3· COTAGEM 71/104

A referência especificada C tem associado um


plano de medida com o contacto pelos dois pontos Ponto Linha ~.. _.. _,_,~
mais salientes de C, pelo que é referência secundária.
A referência especificada B tem associado um
plano de medida com o contacto pelo ponto mais
saliente de 8, pelo que é referência terciária
Zona
s4.
X

Quadro de tolerâncias parciais


SxS.
SxS
Se não é importante a ordem pela qual são dadas
as referências, não trazendo inconveniente para os
resultados obtidos pelo controlo, as letras de referência
EIT:J © ~
Fig. 37-Símbolos para referências parciais
podem ser indicadas numa mesma casa.

•6· REFERÊNCIAS PARCIAIS

.6.1· Generalidades
Na peça produzida, a face (elemento real), usada
como elemento de referência primária, tem os três ~
pontos mais salientes em contacto com a referência
associada. Deste modo, as várias peças a controlar
podem dar lugar a diferentes posições de apoio à
peça. Torna-se, portanto, necessário usar referências
parciais (ponto, linha ou zona limitada, do elemento
de referência) que vão estabelecer as referências
especificadas, figs. 37, 38 e 39.
Representação
.6.2· Representação gráfica ortográfica de
Uma referência parcial é inscrita no desenho num uma peça com
especificação
quadro de referência parcial que tem forma circular, de referências
com d = 4h (h altura das letras), dividido a meio por Cl) \C2) parciais
uma linha horizontal (figs. 11 e 37). Fig. 38· Desenho com referências parciais
Na casa superior são indicadas informações
complementares, como por exemplo, a dimensão da B é referência terceária PEÇA COM APOIOS NO
81 encosta ao PLANO A VISTA POR
zona de referência parcial. Quando esta indicação não plano 8 de DEBAIXO
cabe na casa respectiva, é usada uma linha que liga a medida
casa às dimensões da zona, fig. 37.
Na casa inferior é inscrita a letra que representa ·,
o elemento de referência e um número de ordem de ' '·
referência parcial, fig. 37.
A referência parcial pode consistir (fig. 38), em:
~--- -[1
-ponto que é indicado por uma cruz, a traço grosso;
~ (~
-segmento que é indicado por duas cruzes ligadas por C1 e C2 ""'-- A1,A2eA3
uma linha a traço contínuo fino; encostam ao "'--·, . apoiam-se num
-zona do elemento de referência que é delimitada plano Cde medida: '......_!..... plano A de medida;
C é referência secundária A é referência primária
por uma linha a traço fino misto com dois pontos e ·
OBSERVAÇÕES:
tracejada interiormente. Uma peça livre no espaço tem seis graus de liberdade
O quadro de referência é ligado ao símbolo de (três em translacção e três em rotação). A imobiHzação da
peça é feita em relação a um referencial trirrectangular
referência parcial por uma linha de referência terminada associado, suprimindo os seis graus de liberdade.
por uma seta. A peça é aplicada sobre os contactos, pontuais ou com
pequenas áreas, por acção de forças, que não devem
Os símbolos devem ser colocados na vista que produzir defonnações na peça.
mais claramente mostra a superfície considerada e as
suas posições devidamente cotadas (ver fig. 38). Fig. 39· Disposição dos apoios-contactos

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