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Segundo Peter Burke em “O Renascimento italiano – cultura e sociedade na Itália”, se passa em um momento

de desenvolvimento de artistas do renascimento italiano, formação de oficinas de artesãos. Ele sempre


voltando o olhar para as artes, bem como a pintura, arquitetura, música entre outros, não deixando de lado os
aspectos culturais que vigoravam naquele momento como a política, visões do homem e do mundo,
buscando através de análises e comparações vislumbrar a Itália, Países Baixos e Japão, colocando o
principal foco de seu trabalho que é a inovação cultural.

SINOPSE
A partir do levantamento e da análise da formação e dos membros das várias oficinas de artesãos italianos, o
historiador Peter Burke descreve a trajetória e o desenvolvimento dos principais artistas renascentistas e o
surgimento de um novo ambiente capaz de abrigar os grandes criadores e suas obras.

O Renascimento não foi apenas um período de grandes transformações e resgates artísticos e


intelectuais, mas também um momento de mudanças fundamentais nas relações de trabalho e de
produção. A partir do levantamento e da análise da formação e dos membros das várias oficinas de
artesãos italianos, o historiador Peter Burke descreve a trajetória e o desenvolvimento dos principais
artistas renascentistas e o surgimento de um novo ambiente capaz de abrigar os grandes criadores e
suas obras.

Peter Burke: Trajetória de um Historiador


 Postado por ᄉ José D'Assunção Barros ᄃ em 22 maio 2011 às 0:30
 ᄉ Exibir blog ᄃ

Peter Burke (n. 1937) iniciou sua carreira acadêmica na Universidade de Sussex (Inglaterra), e
logo se tornaria amplamente conhecido no Brasil não apenas em função da tradução de diversos
de seus livros para o português, como também em virtude de sua breve estadia entre nós como
professor-visitante ᄉ ᄃ na Universidade de São Paulo (1994-1995)ᄉ[1]ᄃ. Atualmente é professor
na Universidade de Cambridge, na qual atua com disciplinas ligadas à História da Cultura – área
historiográfica dentro da qual tem realizado boa parte de sua contribuição autoral, a par das
igualmente significativas obras de reflexão historiográfica às quais também se dedicará com afinco.

BURKE, Peter. O Renascimento italiano – cultura e sociedade

na Itália. São Paulo: Nova Alexandria, 1999.

E ste livro observa as artes: pintura, escultura, arquitetura,

música, literatura e conhecimento acadêmico

da Itália, além de salientar aspectos gerais da cultura,

dando denso embasamento teórico sobre o fenômeno para sua


melhor compreensão. Dos aspectos culturais da época, ele se

detém na economia; política; visões de mundo, do homem e

da organização religiosa. Depois o autor faz uma breve comparação

entre a Itália e os Países Baixos e Japão.

AS A RT E S
O autor mostra que o Renascimento italiano tem como

características básicas o realismo, o secularismo e o individualismo,

além de um entusiasmo pela Antiguidade clássica. Os

gêneros mais propagados na pintura eram os retratos, seguidos

das paisagens e da natureza morta.

Os artistas eram do sexo masculino (numa lista de 600,

apenas três eram mulheres, poetisas), o que denotava uma


característica

universal e não nacional – e que pode ser explicada

psicologicamente como a criatividade masculina sendo substituto

para a inabilidade de gerar filhos ou sociologicamente

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como as habilidades femininas suprimidas pela sociedade

dominada por homens.

Nessa época havia duas culturas e dois sistemas de treinamento:

manual e intelectual; italiano e latino; baseado no

estúdio ou na universidade.

Uma das organizações merecedoras de destaque eram


as guildas. Guilda era a unidade máxima de organização para
pintores, escultores e construtores, mas não para arquitetos,
pois a arquitetura não era considerada uma atividade independente.
Elas tinham várias funções. Regulavam os padrões
de qualidade das obras e as relações entre clientes, mestres,
jornaleiros e aprendizes. Coletavam o dinheiro de subscrições
e doavam, emprestavam ou davam total ou parcialmente a
membros necessitados. Também tinham o direito e dever de
negociar as obras de seus associados.
Escritores, humanistas, cientistas e músicos não tinham
guildas nem ateliês. A coisa mais parecida com uma guilda em
seu mundo era a universidade.
Segundo Burke, os efeitos da invenção da imprensa
na organização da literatura foram tão variados quanto perturbadores.
Em primeiro lugar, foi um desastre para os que
não estavam preparados para se adaptar e começar uma nova
carreira. Em segundo lugar, a expansão e a produção de livros
levaram à criação de novas ocupações que ajudavam a sustentar
escritores criativos.
A música se assemelhava à literatura, na medida em que
a reprodução era organizada, mas a produção não era.
O livro descreve que o artista que adotava o papel de
“artista” tinha de enfrentar o preconceito social contra o trabalho
manual. No caso de outros artistas, sua excentricidade
assumia a forma de trabalhar demais e de negligenciar tudo o
que não fosse sua arte.
A Igreja era tradicionalmente o grande patrono das
artes, e é essa a razão óbvia para a predominância de pinturas
religiosas na Europa durante um longo período. Havia também
o patronato coorporativo feito pelo Estado, ou Principado,
patronato doméstico e sistema acadêmico, dentre outros
menos usuais. Os motivos que levavam ao patronato eram a
piedade, o prestígio e o prazer.
O RENASCIMENTO ITALIANO, p. 205-210 209
Cibele Aparecida P. Barbieri

E CONOMIA
As cidades da Itália se desenvolveram em resposta à demanda
de outros lugares, regiões próximas e áreas mais distantes.
Eram cidades mercantes, artesãs-industriais e de serviços.
Existiam as instituições que ao mesmo tempo expressam
e estimulam o modo de pensamento e a existência de uma
estrutura de crédito que dependia de cálculos e que incluía
bancos, uma especialidade italiana nesse período.
P O L Í T I CA
Certamente se pode argumentar que alguns dos Estados
da Itália do Renascimento eram precocemente burocráticos,
graças à urbanização italiana e à conseqüente disseminação da
alfabetização e operacionalização.
VISÕESDEMUNDO
Existe um paralelo entre a nova concepção de tempo e a
nova concepção de espaço. Ambos passaram a ser vistos como
passíveis de medida precisa. Os relógios mecânicos e a perspectiva
pictórica foram desenvolvidos na mesma cultura.
A astrologia era tolerada pela Igreja, mas não era considerada
incompatível com o cristianismo.
Havia quatro níveis de existência: humana, animal, vegetal
e mineral.
Acreditava-se em símbolos, bruxaria e em magia negra.
VISÕESDEHOMEM
Na Idade Média, o homem só tinha consciência de si
mesmo como participante de alguma categoria, não como
indivíduo. Com os intelectuais do período do Renascimento,
houve uma mudança nesse pensamento; começou-se a revelar
uma confiança cada vez maior no homem como ser.
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ORGA N I Z A Ç Ã O R E L I G I O SA
As igrejas podiam ser usadas como armazéns, as pessoas
transitavam, comiam, bebiam e dançavam. Podiam-se encontrar
mendigos, cavalos, jogadores e professores dando aulas
dentro dessas. Os padres não tinham estudo, podendo ser
chamados de ignorantes.
PA Í S E S BA I XOS
Nos séculos XV e XVI, os Países Baixos foram centro de
inovação cultural, que só foi igualado ou superado pela Itália.
Assim como na Itália, havia inovação consciente. Um dos
objetivos principais dos pintores era a verossimilhança e um
dos meios mais importantes para conseguir isso era o emprego
da perspectiva.
Na Itália, a inovação maior era na arquitetura; depois
vinha a escultura, a pintura e finalmente a música. Nos Países
Baixos, ao contrário, a inovação foi maior na música, depois
na pintura; a escultura ficaria muito atrás.
JAPÃO
Assim como no caso da Itália e dos Países Baixos, uma
tendência importante nas artes do Japão da Genroku era o
realismo, particularmente o realismo doméstico.
Essa breve comparação da Itália com os Países Baixos e
Japão tem falhas evidentes. A literatura secundária disponível
não permite uma discussão sobre a ética comercial de Flandres
nem sobre o meio ambiente dos artistas japoneses.
O foco do estudo de Peter Burke foi na inovação cultural,
e os exemplos flamengo e japonês, não menos que os
italianos, sugerem que as inovações precisam de apoio, pelo
menos inicialmente, de novos tipos de patronos. Na cultura,
assim como na vida econômica, existem rendatários e empreendedores

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