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PROVA I DE ELETRÔNICA II – 2017/2

Rafael Alves Fuhrmann

QUESTÃO 1

1 Apresente uma fundamentação teórica sobre AOP explicado a definição,


princípio
de funcionamento, simbologia, características ideais e reais.

Um AOP é um amplificador com altíssimo ganho composto internamente por


amplificadores diferenciais, redes de atraso e etc, sendo alimentado por meio de
fontes simétricas com tensões típicas de +15/-15 V. Seu funcionamento consiste na
aplicação de tensões a suas duas entradas, chamadas respectivamente de não-
inversora e inversora, cuja simbologia é esquematizada na figura abaixo:

Figura 1: Simbologia do Amplificador


Operacional
Sua operação básica consiste na aplicação de duas tensões diferentes nas
respectivas entradas, de forma que a tensão de saída Vo é o resultado da tensão
diferencial de entrada, Vd, multiplicada pelo ganho do CI em malha aberta (Ad). Os
nomes das entradas advém da colocação de uma delas no potencial zero, com a
aplicação de uma tensão qualquer V na outra entrada, de forma que a tensão de
saída seja Vo = -Ad*V para a entrada inversora, e Vo = Ad*V para a entrada não
inversora. Há, também, a rejeição ao modo comum. Como a tensão de saída Vo é
uma amplificação da tensão Vd, é esperado que, se o mesmo sinal for aplicado as
duas entradas, tenha-se como saída Vo = Ad*(V-V) = 0.
O AOP possui algumas características como impedância de entrada (Zin),
ganho em malha aberta (Adv), impedância de saída (Zout) e Slew Rate, além das
características elétricas como tolerância a assimetria da alimentação, tensão de
offset, overshoot, correntes máximas de entrada e saída e tensão máxima
suportada.

Para o AOP ideal, diferencia-se das características acima:


• Impedância de entrada infinita;
• Impedância de saída nula;
• Ganho em malha aberta infinito;
• Tensão de offset nula;
• Resposta em frequência para BW infinita;
• Ruído de entrada nulo;
• Não é sensível a temperatura;

2- Explique detalhamente como procede para ajustar a tensão de offset de um


AOP

O ajuste da tensão de Offset é feito, primeiramente, com a colocação das


entradas inversoras e não inversoras no potencial de terra, de forma que idealmente
Vo fosse nulo. Com isso feito, coloca-se um potenciômetro com seus terminais mais
externos nos pinos 1 e 5 do CI, sendo estes os de ajustes de offset, com o terminal
de ajuste do potenciômetro ligado ao terminal -Vcc, conforme mostrado na imagem
abaixo:
Figura 2: Ajuste de tensão de offset

Assim, energiza-se o circuito e por meio de um multímetro ou osciloscópio


medindo a tensão de saída do pino 6. O potenciômetro deve ser ajustado até que a
tensão medida com o multímetro ou osciloscópio seja nula.

4-Apresente a pinagem dos Cis 741 e 747


Pinagem do LM 747

Figura 3: Pinagem do 747


Pinagem LM 741:

Figura 4: Pinagem do 741


5-Projete um CKT inversor. Para R2 utilize um potenciômetro e aumente o valor
de R2 de modo a apresentar ganhos de tensão. Faça o cálculo para 10 valores
de R2 e anote o ganho Av, Avdb e Avdbm. Apresente a curva de resposta do
circuito. O valor de R1, Vin e da frequência fica por conta do projetista.

Figura 5: Amplificador inversor


O circuito teve como configurações Vin = 1 mVp, na frequência de 1 kHz, e
R1 = 100 Ω. A tabela abaixo mostra os valores de tensão de pico de saída, e os
ganhos:

Quadro I – Dados de ganho para o AOP inversor


R2 Vo Av Av (dB) Av (dBm)
10 kΩ 0,098 V 98 39,82452 19,912260
20 kΩ 0,195 V 195 45,80069 22,90035
30 kΩ 0,286 V 286 49,1273206 24,56366
40 kΩ 0,367 V 367 51,2933212 25,6466
50 kΩ 0,4365 V 436,5 52,7996849 26,39984
60 kΩ 0,51 V 510 54,1514035 27,0757
70 kΩ 0,57 V 570 55,1174971 27,55875
80 kΩ 0,62 V 620 55,8478337 27,92392
90 kΩ 0,66 V 660 56,3908787 28,19544
100 kΩ 0,695 V 695 56,8396960 28,41985

O ganho em dB foi calculado por meio da equação:


Vo
A vdB =20 log( )
Vi
O ganho em dBm foi calculado por meio de:
Vo
A vdBm =10 log( )
1 mV

As respectivas curvas estão plotadas abaixo (dB X R 2):


Figura 6: Curva em dB

Figura 7: Curva dBm

6-Monte o circuito inversor no multisim para R2 = 10k, R1 = 1K, F= 1 KHZ


senoidal, Vin = 200 mVp. Meça o circuito com osciloscópio no canal 1 e a saída
no canal 2 e explique oque ocorre.

A tensão de saída mensurada no canal 2 tem amplitude consideravelmente


maior que a tensão de entrada, estando defasadas, com a tensão de saída
(marcada em azul) levemente adiantada da de entrada (marcada em amarelo).
Todavia, as tensões não estavam perfeitamente defasadas em 180°, como mostrado
na figura abaixo:
Figura 8: Plotagem do osciloscópio. Tensão de entrada
marcada em amarelo e de saída em azul.

As escalas foram ajustadas de modo que as duas ondas ficassem visíveis na


imagem.

7-Para o circuito AOP não inversor, desenhe o circuito e para os valores de R1


e R2 e da tensão de entrada e frequência utilizada, calcule o ganho e meça
com o osciloscópio a tensão de entrada e a tensão de saída.

Considerando um circuito alimentado com tensão senoidal de Vi = 100 mVp, F


= 1 kHz e R1 = 10 kΩ e R2 = 100 kΩ, calcula-se o ganho por:
V R2 10 k Ω
A v =1+ =1+ =11
V R1 1k Ω

O Circuito é mostrado na figura abaixo:


Figura 9: Circuito Amplificador não-inversor de ganho 11

As tensões de pico para entrada e saída medidas com o osciloscópio


medidas, respectivamente, foram de 99,3 mV e 1,1 V, cujo ganho é igual a Av =
11,07754, como mostrado na figura abaixo, na qual as ondas estão em fase, como
esperado do amplificador não inversor.

Figura 10: Tensões de entrada e saída do


amplificador não-inversor. Entrada em amarelo e
saída em azul
8- Monte no multisim um AOP não inversor onde R2= 10K, R1= 1K, Vin = 100
mVp, F=100 KHZ senoidal. Meça V0 e Vin e compare com o valor teórico.
Apresente os resultados de erro absoluto e erro percentual

Para essas condições, o ganho teórico é dado pela equação:

V R2 10 k Ω
A v =1+ =1+ =11
V R1 1k Ω

De forma que a tensão de saída esperada, considerando o AOP ideal, seria


−3
de V o= A v V i=(11)(100∗10 )=1,1[V ] . Todavia, em virtude a resposta em
frequência do AOP real, ocorre uma atenuação e defasamento entre a onda de
entrada e a de saída, conforme mostrado na figura abaixo, de modo que as tensões
de pico de entrada e saída medidas são, respectivamente: 99,4 mV e 687 mV.

Figura 11: Amplificador não-inversor submetido a


tensão senoidal de frequência de 100 kHz.

9- Qual a função do circuito buffer e monte o circuito para ser interligado ao


circuito do item 5 e meça a tensão de entrada e de saída e desenhe as formas
de onda.
O circuito buffer é um amplificador não-inversor de ganho unitário que é obtido
através da curto-circuitação da entrada inversora com a saída. O circuito tem como
funções o casamento de impedância entre diferentes estágios do sistema, bem
como a isolação entre dois estágios sem, todavia, alterar o sinal entre eles. Tem
como características uma impedância de entrada bastante alta, em oposição a uma
impedância de saída sensivelmente baixa.
Como o circuito permite a passagem da onda sem promover nenhuma
alteração nesta, a tensão de saída é a mesma da entrada aplicada a seu terminal
não-inversor. A figura abaixo mostra o circuito utilizado.

Figura 12: Amplificador inversor com amplificador buffer na saída

Como esperado, as tensões de entrada e saída do buffer são iguais, tanto em


fase, forma de onda e amplitude, como mostrado na figura abaixo:
Figura 13: Medição do osciloscópio para o
circuito buffer

10- Para o circuito do item 5 e 7 meça a tensão de saída do circuito utilizando o


multisim para:

A-R2 aberto
B-R2 curto
C-R1 Curto
D-Capacitor de 100 nF em paralelo com R2
E-A tensão de – Vcc em aberto no circuito
F- Altere Vin para 10 Vp e meça a nova tensão de saída.

Para o circuito do item 5:


Quadro II – Tensões para o circuito da questão 5
A B C D E F
14,1 V 378 nV 14,1 V 378 mV 689 mV 14,1 V

Para o circuito do item 7:

Quadro III – Tensões para o circuito da questão 7


A B C D E F
14,1 V 99,8 mV 14,1 V 14,1 V 14,1 V 14,1 V
QUESTÃO 2

1 – Apresente uma fundamentação teórica sobre o circuito somador e


apresente exemplos de práticos de sua aplicação.

O circuito somador é aquele cuja tensão de saída é uma soma das tensões
de entrada aplicadas a seu terminal de entrada, de forma que existe o circuito
somador inversor e não inversor. Para o somador inversor, a equação da tensão de
saída é dada por:
Rf Rf Rf
V o=−( V 1+ V 2 +...+ V n )
R1 R2 Rn
Enquanto a do não-inversor é dada por:

Em que Gi são as condutâncias para cada entrada.


Os circuitos dos dois são mostrados nas figuras abaixo:

Figura 14: Amplificador Somador Inversor


com três entradas
Figura 15: Amplificador somador Não-Inversor

Para o somador inversor, a equação da tensão de saída é obtida através da


aplicação da LCK no ponto S, fazendo-se a consideração do terra virtual (Vs = 0) do
AOP. Assim, a LCK resulta em:
V a−V S V b−V S V c −V S V o−V S V a V b V c −V o
+ + + =0= + + =
Ra Rb Rc R2 R a Rb R c R2
R2 R R
V o=−( V a+ 2 V b+ 2 V c )
Ra Rb Rc
A equação do somador não inversor é obtida de forma semelhante, com a
aplicação da LCK no ponto B da figura 15:
V 1 −V b V 2−V b V 3−V b
+ + =0
R1 R2 R3
V 1 V 2 V3
+ +
R1 R2 R3 G1 V 1 +G2 V 2 +G3 V 3
V b= =
1 1 1 G1 +G2 +G3
+ +
R1 R2 R3
Considerando-se que os resistores R e Rf formam um amplificador não-
inversor, a tensão de saída fica, portanto:
Rf R G V + G V +G V
V o=(1+ ) V b=(1+ f ) 1 1 2 2 3 3
R R G 1 +G 2 +G3

Circuitos somadores possuem diversas aplicações, como em circuitos


aritméticos onde o objetivo é somar sinais com interesse matemático, como também
são usados em conversores Digital Analógicos, em que os valores dos resistores de
entrada funcionam como pesos, de modo a se compor o número analógico na base
a partir das bases binárias.
2- Projete um circuito somador no multisim de 3 entradas onde as
tensões variem conforme o projetista solicitar. (0,5 pontos)

O circuito projeto é mostrado na figura abaixo. Nele, utilizou-se três divisores


de tensão com potenciômetros para promover a variação de tensão DC aplicada nas
entradas. Os valores do resistor de alimentação e dos resistores de entrada foram
escolhidos como os mesmos de modo que a tensão de saída seja apenas devida às
tensões de entrada, sem efeito dos pesos dos somadores. O circuito no MultiSIM 13
está em anexo na pasta.

Figura 16: Circuito somador inversor com três entradas

3 – Projete no multisim um circuito que possa somar na entrada 1 de 0 até


12V e na entrada 2 de 0 até 12 V. A tensão selecionada deve ser
obrigatoriamente realizada por meio de sistema de divisores de tensão
utilizando resistores. (0,4 pontos)

O divisor de tensão foi obtido com o uso de um potenciômetro, com a tomada


de tensão no terminal de ajuste deste. A figura abaixo mostra uma imagem do
circuito, cujo arquivo do MultiSIM 13 encontra-se anexo a pasta:
Figura 17: Somador de duas entradas

4- Procure os valores de Slew Rate dos Cis 741,747, 311, 358, 339, 324.

No quadro abaixo estão tabulados os valores de Slew Rate dos CIs


requisitados, com os valores tendo sido retirados dos Datasheets anexos a presente
pasta:

Quadro III – Slew Rate


741 747 311 358 339 324
0,5 V/μs 0,5 V/μs 7 V/μs 0,3 V/μs 0,3 V/μs 0,3 V/μs

5- Explique detalhadamente como procede para medir no osciloscópio o


valor do overshoot da tensão de saída de um determinado AOP. (0.1
ponto).

Para a medição do overshoot, utiliza-se um circuito buffer, uma vez que este é
o que menos interfere no sinal aplicado ao CI. Então, aplica-se com um gerador de
sinais uma onda quadrada de amplitude tal que não sature o AOP, como 1 V na
entrada não-inversora do AOP, e com um osciloscópio, mede-se as formas de onda
de entrada e saída.
O osciloscópio deve ter sua escala de tempo ajustada de tal forma que o
overshoot consiga ser observado. Em sequência faz-se a medição da tensão de
overshoot, por meio da opção measure do osciloscópio, selecionando-se nela a
opção max; o overshoot é, então, calculado por meio da equação abaixo:

V overshoot
%V overshoot = x 100 %
Vo
6 - Projete no multisim um circuito amplificador da diferença com
entradas V1 e V2. (0,1 ponto)
Na figura abaixo é apresentado o circuito simulado, cujo arquivo do MultiSIM
13 encontra-se anexo a pasta, com o nome amplificador_diferenca_2-6.ms13. A
escolha de todos os resistores com mesmo valor foi uma consideração de projeto de
forma que a tensão de saída seja puramente a diferença entre V1 e V2, sem a
contribuição de nenhum ganho.

Figura 18: Circuito do amplificador de diferença


7- Apresente a fundamentação teórica do circuito subtrator e apresente
um circuito no multisim que subtraia 8-3-2-1 e mostre o resultado no
multímetro. Agora com o resultado obtido some com 5 e mostre o
resultado no multímetro do multisim. (0,5 pontos)

O circuito subtrator é um amplificador no qual as duas entradas do AOP são


usadas de modo que a tensão de saída seja a diferença entre as tensões de
entrada, multiplicadas de um ganho obtido pelo valor de seus resistores. Um circuito
esquemático para o amplificador de diferença é dado na figura abaixo:

Figura 19: Esquema do amplificador de diferença


Através da aplicação da LKC no ponto a da figura, obtém-se:
V 1 −V a V o−V a
+ =0
R1 R2
Fazendo-se o mesmo para o ponto b:
V 2 −V b V b
− =0
R1 R2
R2
V b= V
R1 + R2 2
Substituindo na primeira equação e fazendo-se as manipulações necessárias,
obtém-se a equação de saída do circuito:
R2
V o= (v −v )
R1 2 1
O circuito simulado teve como considerações de projeto o uso do mesmo
valor de resistências para todos os resistores do circuito, de modo que todos os
quocientes das resistências dessem iguais à unidade. No somador não-inversor da
etapa final do circuito, utilizou-se as duas resistências de forma a produzir um ganho
igual a 2, de modo a compensar a divisão por 2 que a rede usada introduziria. O
arquivo de simulação está anexo com o nome amplificador_diferenca2-7.ms13 e
uma imagem dele é mostrada na figura abaixo:
Nota-se que as sucessivas operações foram obtidas através do
encadeamento de diversos amplificadores de diferença, de modo a se conseguir o
resultado desejado.

Figura 20: Circuito do problema 7

8- Apresente um circuito no multisim que some 3 + 2 + 4 utilizando o


amplificador na configuração não inversor. Apresente os cálculos
matemáticos. (0,2 pontos).

O circuito requerido é mostrado na imagem abaixo e seu circuito encontra-se anexo a


pasta, com o nome: somador_nao_inversor2-8.ms13. Como somador não-inversor, sua
equação de saída é:
Rf R G V + G V +G V
V o=(1+ ) V b=(1+ f ) 1 1 2 2 3 3
R R G 1 +G 2 +G3
Para o circuito em questão simulado, tem-se:
−3 −3 −3
2 k Ω (10 )(3)+(10 )(2)+(10 )(4) 10−3 (3+2+4 )
V o=(1+ ) =(3) =9[V ]
1k Ω (10−3 )+(10−3 )+(10−3) 10−3 3

Figura 21: Circuito somador não inversor

QUESTÃO 3

1- Apresente a fundamentação teórica sobre circuitos integradores e


diferenciadores (0,16 pontos).

Circuitos integradores e diferenciadores são aqueles que possuem, além de


resistores, capacitores que no arranjo correto permitem que a tensão de saída seja a
integral ou a derivada do sinal de entrada. As duas figuras abaixo mostram,
respectivamente, um circuito integrador e um diferenciador, ambos elementares:
Figura 22: Circuito integrador elementar

Figura 23: Circuito diferenciador elementar

Para o circuito integrador elementar, a equação do sinal de saída é:

T
1
V o=− ∫ v dt
RC 0 i
Enquanto que para o circuito diferenciador elementar:
dv i
V o=−R f C
dt

Os amplificadores integradores e diferenciadores elementares são circuitos


cujo comportamento depende da frequência do sinal de entrada, em virtude do fato
do capacitor ser um elemento reativo cuja reatância é função da frequência. Assim,
para certas faixas de frequência, ambos os circuitos podem operar como
amplificadores inversores, enquanto em outra faixa de frequência operem
normalmente.
Para o integrador, a frequência deve ser maior que uma dada frequência de
corte fc, determinada pela rede de atraso inerente do integrador; já para o
diferenciador, a frequência deve ser menor que uma dada fc, pelos mesmos motivos
do integrador. Assim, no âmbito do projeto de circuitos integradores ou
diferenciadores, adota-se como prática de projeto a imposição da seguinte condição:
R1 C⩽T /10 Para o diferenciador
R1 C⩾T /10 Para o integrador
Estes circuitos elementares são bastante sensíveis quanto a variações de
frequência, de modo que os seguintes circuitos práticos apresentam maior

Figura 24: Integrador prático


estabilidade:
Figura 25: Diferenciador prático

2- Explique como se calcula o ganho de um circuito integrador e do


diferenciador (0.06 pontos)

Tanto o integrador quanto o diferenciador, elementares ou práticos podem ser


analisados como amplificadores inversores, onde as resistências são trocadas por
impedâncias generalizadas. Neste sentido, a equação geral do ganho fica, então:
Zf
A v =−
Zi
Para o integrador, o ganho é:

| || ||
1
Zf jωC −1
| 1
|( A v )|= (− Z ) = ( − R ) = ( jω RC ) = 2 π f R C
i

Já para o diferenciador:

| ||
|( A v )|= (−
Zf
Zi
) =(
−R
1
|
) =|(− j ω RC )|=2 π f R C
j ωC

3- Explique como o circuito deve trabalhar para ser um circuito integrador e


quando ele atua como circuito inversor. Faça o mesmo relato para o circuito
diferenciador.

Para que o circuito integrador funcione corretamente, sua frequência de


operação deve ser acima de uma frequência de corte estabelecida por sua própria
rede de atraso, quando o integrador em questão é o circuito prático. Considerando
que o circuito prático tenha um resistor de alimentação Rf, tal frequência é
determinada pela equação:
1
f c=
2 π Rf C
Em baixas frequências, a reatância do capacitor de realimentação tende ao
infinito, de modo que a impedância equivalente da rede de alimentação tenda para o
valor de Rf. Assim, o circuito passa a se comportar de forma semelhante à de um
amplificador inversor comum.
Para o diferenciador, tem-se uma situação semelhante, todavia reservada
para o caso de alta frequência, na qual a impedância do capacitor de entrada vai a
zero, de forma que a impedância equivalente seja formada apenas pela do resistor
de realimentação negativa e a do resistor série do capacitor, de forma que o ganho
seja o mesmo de um amplificador inversor comum. A frequência de corte é
determinada de forma semelhante à do integrador.
Assim, sumariza-se:
Se F < Fc, o integrador se comporta como um amplificador inversor;
Se F > Fc, o diferenciador se comporta como um amplificador inversor.

4- Quais são as condições para a realização do projeto do circuito integrador e


do circuito diferenciador.

Para o circuito integrador, as condições de projeto são:


R1 C⩾T /10
Rf ≈10 R1
Já para o diferenciador, as condições são:
R1 C⩽T /10
Rf ≈10 R1
Para ambos, T representa o período do sinal de entrada.

5- Quais são as formas de onda de entrada e de saída do AOP integrador e do


AOP diferenciador?

Para estes circuitos na suas configurações práticas, submetidos a uma onda


quadrada de frequência de 1 kHz, têm-se as seguintes saídas apresentadas nas
figuras abaixo, respectivas ao circuito integrador e diferenciador:

Figura 26: Saída do circuito integrador


submetido a uma onda quadrada. Onda de
saída marcada em azul
Como esperado para a integral de uma onda quadrada, têm-se uma sucessão
de rampas.

Figura 27: Saída do circuito diferenciador


submetido a onda quadrada. Onda de saída
marcada em azul
Para o diferenciador submetido a uma onda quadrada, têm-se na saída vários
spikes de tensão, cuja onda está marcada em azul. O circuito usado na simulação
está anexo a pasta, com o nome integrador_diferenciador.ms13.

6- Cite pelo menos 3 aplicações do circuito integrador/diferenciador


Circuitos integradores e diferenciadores foram usados, primariamente, com o
intuito da operação de cálculos sobre sinais elétricos. Neste sentido, podem ser
aplicados em:
• Controladores PID;
• No processamento digital de sinais;
• Gerador de sinais;

7- Montar o circuito no multisim, aplicar F= 100 Hz e 500 mVp onda quadrada,


anotar as formas de onda de entrada e de saída. Ajustar antes a tensão de
offset.

O circuito integrador utilizado fora o mesmo analisado no item 5. A saída


deste para a onda aplicada é mostrada na figura abaixo. O circuito simulado é
mostrado na figura subsequente e encontra-se anexo sob o nome integrador_3-
7.ms13.

Figura 28: Saída do integrador para onda


quadrada a 100 Hz e 500 mVp. Onda de
saída marcada em azul.
Figura 29: Circuito integrador com ajuste de
offset.

8- Fazer o mesmo para F=1 KHz, F=10 KHz, F=100 KHz e 1 MHz. Anotar as
formas de onda de entrada e de saída.

Utilizando-se o mesmo circuito do item anterior, as formas de onda medidas


são mostradas nas figuras abaixo:

Figura 30: Saída do integrador para F = 1


kHz
Figura 31: Saída do integrador para F = 10
kHz

Figura 32: Saída do integrador para F = 100


kHz

Figura 33 : Saída do integrador para F = 1


MHz
9- Ajustar F=1 KHz e aplicar na entrada do circuito sinais senoidal e triangular.
Para cada caso fazer o ajuste de offset e depois observar as formas de onda
de saída.
Utilizou-se, também, o mesmo circuito dado nos itens anteriores. Ressalta-se
que as formas de onda da saída estão marcadas em azul.

Figura 34: Integrador submetido a onda


senoidal.

Figura 35: Integrador submetido a onda


triangular. Ressalta-se que a onda de saída é
a azul

10- O que ocorre se o capacitor abrir? Mostre a forma de onda de saída.


Se o capacitor abrir, o circuito se torna um amplificador inversor comum com
ganho definido por Rf e R1, como mostrado na figura abaixo:
Figura 36: Integrador no caso em que o
capacitor abra

11- O que ocorre se o capacitor entrar em curto? Mostre a forma de onda de


saída.

Neste caso não haverá tensão na saída, uma vez que ocorrerá a curto-
circuitação do resistor Rf, de forma que o circuito se torne um amplificador inversor
de ganho nulo, como mostrado na figura abaixo:

Figura 37: Caso em que o capacitor entre em


curto. Tensão de saída marcada em azul

12- Monte o circuito diferenciador no multisim, ajuste o gerador de sinais com


onda quadrada, amplitude 200 mVp, F=100 Hz e apresente o gráfico das formas
de onda de entrada e de saída.

O circuito diferenciador está no arquivo diferenciador_3-12.ms13. Nota-se na


forma de onda azul, relativa a tensão de saída, os vários spikes de tensão, como
mostrado na figura abaixo:

Figura 38: Saída do diferenciador com onda


quadrada na entrada

13- Fazer o mesmo procedimento para F= 10 KHz e 100 KHz com amplitude de
200 mVp.
Utilizando-se o circuito do item anterior, apresenta-se as formas de onda para
as respectivas frequências nas figuras abaixo:

Figura 39: Diferenciador submetido a 10 kHz


Figura 40: Diferenciador submetido a 100
kHz
14- Para F = 1 KHz, 200 mVp aplicar na entrada uma onda senoidal e depois
triangular e apresentar as formas de onda de entrada e de saída para cada
caso.
Nas condições pedidas, também utilizando-se o mesmo circuito do item
anterior, plotam-se as formas de onda de saída, marcadas na cor azul:

Figura 41: Saída do diferenciador submetido


a onda senoidal
Figura 42: Saída do diferenciador submetido
a onda triangular

15- Apresente as formas de onda de saída quando o capacitor estiver aberto e


quando o mesmo estiver em curto.

O circuito contendo os dois casos encontra-se no arquivo diferenciador_3-


15.ms13.

Figura 43: Forma de onda em azul para a


saída do diferenciador com o capacitor
aberto
Figura 44: Saída do diferenciador com o
capacitor em curto

1- Apresente a fundamentação teórica referente a circuitos comparadores (0,2


pontos)

Circuitos comparadores são aqueles cujo nível de tensão de saída é +Vsat ou


-Vsat dependendo da tensão diferencial de entrada, uma vez que são operados em
malha aberta e o ganho neste modo é grande de tal forma que o AOP opere sempre
na região saturada.
Sua função básica, como dito no nome, é comparar dois níveis de tensão
aplicados simultaneamente a ambas as entradas do AOP. A equação básica de
saída é:
V o= A v (V 2−V 1)
Em que V2 é a tensão aplicada ao terminal não-inversor, enquanto V1 é
aplicada a entrada inversora. De um modo geral, para o comparador não-inversor,
com uma dada tensão de referência Vref, têm-se:
V o=+ sat , se V 2 >V ref
V o=−V sat , se V 2 <V ref

Já para o comparador inversor:

V o=+V sat , se V 1 <V ref


V o=−V sat , se V 1 >V ref
2- Explique como funciona o circuito comparador com tensão de saída limitada
e mostre o funcionamento no multisim passo a passo. (0,1 ponto)

O circuito comparador com tensão de saída limitada é aquele que por meio de
diodos zener’s arranjados de forma conveniente, consegue ter uma tensão de saída
limitada a um valor desejado que não seja, necessariamente, o da saturação do AOP
utilizado.
O tipo de comparador com tensão limitada mais adequado é mostrado na
figura abaixo:

Figura 45: Circuito comparador não-inversor com


tensão de saída limitada

No circuito da figura acima, o diodo zener em paralelo garante uma tensão de


saída limitada, neste caso, em 5,1 V. O resistor foi adicionado para proteção do
diodo, em virtude de limitar a corrente de saída. Este comparador compara a tensão
de entrada com o zero, retornando +Vsat quando V+ > 0. Todavia, é ceifado
negativamente devido ao zener. Todavia, isso pode ser corrigido adicionando-se um
zener em oposição, de forma que os dois semiciclos apareçam na onda de saída.
Para o circuito simulado, a forma de onda de saída é mostrada na figura
abaixo. O circuito encontra-se no arquivo comparador_4-12.ms13.
Figura 46: Forma de onda de saída e entrada
do comparador não inversor

3- Relate o principio de funcionamento do circuito comparador por histerese


(0,1)
O circuito comparador por histerese, também conhecido por Schmitt Trigger, é
um circuito comparador com realimentação positiva que, devido a esta, mantém-se
com tensão de saída em +Vsat ou -Vsat. Por ter histerese, sua comutação depende
do nível de tensão de entrada ser superior ou inferior a certos limiares de tensão,
que são determinados por uma estimativa prévia dos valores de pico do ruído que
pode vir a aparecer na entrada.
Um circuito comparador não-inversor por histerese com tensão de saída
limitada é mostrado na figura abaixo:
Figura 47: Comparador por histerese com tensão
limitada
Para esse tipo de comparador, estabelecem-se duas tensões limiares Vds e
Vdi, que representam, respectivamente, a tensão de limiar superior e a de limiar
inferior. Estas tem seus valores determinados pela janela de variação do ruído que
pode aparecer nas entradas.
Assim, a comutação da tensão de saída depende, também, do sentido da
comutação, se é de +Vsat para -Vsat e vice-versa. Para o primeiro caso, tem-se a
seguinte curva de histerese:

Figura 48: Histerese do comparador não-


inversor
Para o caso inicial da saída estar em -Vsat, a tensão de entrada – vi – deve
crescer até que seu valor seja superior a Vds. Quando isso ocorrer, a saída comuta
para +Vsat. Para que ocorra a comutação de +Vsat para -Vsat, vi deve cair até que
seja inferior a Vdi, onde ocorre novamente a comutação. Caso vi esteja na janela
entre Vdi e Vds, não ocorrerá comutação. Justamente por isso este circuito é estável
para casos em que haja ruído nas entradas, uma vez que o ruído não provocará
comutações indevidas da tensão de saída.

4- Cite aplicações práticas do circuito comparador (0,1 ponto)


Comparadores são usados, primariamente, em controladores onde é
necessário comparar o valor de alguma grandeza física, como temperatura,
luminosidade e etc, devidamente convertida para grandezas elétricas por meio de
um transdutor, com algum valor de referência, de modo que o sistema possa realizar
alguma ação em função da comparação entre os valores.
Por exemplo, supondo um tanque no qual uma bomba d’água deve ser
acionada quando o nível estiver abaixo de certo patamar. Empregando-se um
comparador, faz-se a comparação de uma tensão obtida por meio de um transdutor
com uma referência ajustada às condições do problema. Quando o comparador
detectar uma comutação de valores, acionará um circuito externo que ativa a bomba
até que o nível d’água seja restabelecido. Com o reestabelecimento do nível d’água,
a saída do comparador comuta para o estado normal e o sistema retorna a sua
operação normal.

7- Apresente pelo menos 3 projetos eletrônicos que utilizem circuitos


comparadores e explique como ele está atuando e o que levou a escolha
desses projetos. (0,9 pontos)

Projeto I – Controle por temperatura


O projeto abaixo utiliza um comparador não-inversor para proceder alguma
ação de controle caso a temperatura lida pelo sensor LM35 ultrapasse um valor de
referência. O projeto é mostrado na figura abaixo:
Figura 49: Controle com comparador e sensor de
temperatura
O sensor LM35 apresenta em saída 10 mV para cada 1 °C de temperatura
externa. É ligado a um LM 741 que está operando como amplificador não-inversor,
como pode ser observado por sua malha de realimentação negativa, cujo ganho
teórico dado pelos resistores mostrados na figura acima é de Av = 10.
Acoplado a saída do LM741 está o LM 339, um comparador de alto
desempenho que opera como um comparador não-inversor, com tensão de
referência de 4 V obtida através do divisor de tensão ligado ao terminal inversor. O
circuito comutará com +Vsat quando a tensão no terminal positivo do LM 339 for
superior a 4 V.
Isso ocorrerá quando a tensão de saída do LM35 for superior a 400 mV, que
será amplificado pelo LM741 para uma tensão superior a 4 V. Uma saída de 400 mV
do LM35 implica que o circuito no projeto acima comutará quando a temperatura for
superior a 40 °C.

Projeto II – Sensor de luminosidade


O circuito abaixo acende um LED quando detecta luminosidade a partir de um
certo nível. No circuito, mostrado abaixo, um AOP faz a comparação entre a tensão
sobre um LDR e a obtida através de um divisor de tensão. Quando a tensão sobre o
LDR for menor que a de referência, o que ocorre quando este é iluminado, o AOP
terá como saída -Vsat e acenderá o LED. O circuito em questão é mostrado abaixo:
Figura 50: Detector de luminosidade com
comparador

Projeto III – Controle de nível d’água


O projeto abaixo faz o controle do acionamento de um relé que toca uma
bomba d’água conforme o nível de um reservatório varia. O esquema do projeto é
mostrado na figura abaixo:

Figura 51: Controle de nível d'água com o uso de um comparador


Conforme o nível d’água varia, a tensão medida no divisor de tensão ligado
ao contrapeso variará, sendo esta tensão aplicada diretamente a entrada não
inversora. O LM311 comparará a tensão obtida por meio da boia com uma lida
através de um divisor de tensão ajustável.
Enquanto a tensão da entrada não-inversora for maior que a referência, a
saída será +Vsat e o relé se manterá acionado, de modo que a entrada d’água seja
mantida ativada. Todavia, conforme o nível d’água subir, chegará a um ponto em que
a tensão de entrada será menor que a referência, e o LM311 comutará a saída para
-Vsat, o que polarizará o diodo D1, aterrando a saída e desligando o relé, de forma
que a entrada d’água seja desativada.

QUESTÃO 5
Arquivo de simulação da questão 5 encontra-se anexo, sob o nome de
questao5.ms13. O funcionamento do circuito consiste , primeiramente, na produção
da variação de tensão desejada por meio de um contador de década,
desempenhado pelo CI 74LS290.
As saídas deste são aplicadas a um AOP somador inversor funcionando como
conversor Digital-Analógico, cuja tensão de saída é aplicada a outro AOP inversor,
de ganho unitário, para adequação do sinal de saída. Com isso feito, a saída anterior
é aplicada a todos os terminais não inversores dos comparadores.
Estes, por sua vez, têm todos suas tensões de referência retiradas de um
divisor de tensão formado por 9 resistores de mesmo valor, de modo que a tensão
fora igualmente dividida. Na saída de cara comparador, foi feita uma limitação de
tensão para 5 V usando um Zener, de modo a adequar o circuito às portas lógicas
TTL.
Na saída dos comparadores estão encadeados um par composto por uma
porta AND e uma porta NOT, que faz a desativação do nível lógico de um
comparador quando o seu sucessivo entre em nível alto. Depois, outro conjunto
de portas OR faz a interface com o hex_display, cujo datasheet é dado no arquivo
datasheet_display.pdf.

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