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“Tão importante quanto semear flores, é semear

ideias. Fale com outras pessoas sobre a importância


de cuidar do planeta. Você vai contribuir para o
florescimento de uma ótima causa.
Tão importante quanto reciclar, é preciclar. Fale com
outras pessoas da importância de se evitar o
consumo excessivo de produtos. A escassez de
recursos naturais e matéria prima podem interferir
daqui a alguns anos em nosso meio ambiente.”

( Deivison Cavalcante Pedroza)

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APRESENTAÇÃO

Este módulo tem como objetivo auxiliar os professores da Rede Municipal de


Educação de Ribeira do Pombal, como material complementar durante a ministração
das aulas do componente curricular “Ecopedagogia e Cidadania”.

O presente é fruto do trabalho realizado no Colégio Evência Brito, no ano de 2012.


Esta Instituição Educacional foi escolhida para ser “piloto”, na nova concepção de
pedagogia da terra, ou pedagogia para a Cidadania Planetária.

A Ecopedagogia parte da visão holística, do equilíbrio dinâmico do ser humano,da


natureza e a categoria da sustentabilidade que são pressupostos essenciais da
Ecopedagogia.

Educar para a cidadania planetária implica muito mais do que uma filosofia
educacional, do que o enunciado de seus princípios. A educação para a cidadania
planetária implica uma revisão dos nossos currículos, uma reorientação de nossa
visão de mundo da educação como espaço de inserção do indivíduo, não numa
comunidade local, mas numa comunidade que é local e global ao mesmo tempo.
Educar, então, não seria como dizia Emile Durkheim, a transmissão da cultura “de
uma geração para outra”, mas a grande viagem de cada indivíduo no seu
universo interior e no universo que ocerca.

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SUMÁRIO

6º ANO - EIXO TEMÁTICO: Educação ambiental e cidadania – Identidade


sociopolítica (eu e a sociedade).

1 IDENTIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ............................... 4


1.1 Eu e o meio ambiente ...................................................................................... 10
1.2 Sociedade e o meio ambiente .......................................................................... 11

2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO ......................................................................... 18


2.1Estudo da Ecologia ........................................................................................... 19
2.2 Biodiversidade e ecossistema .......................................................................... 23

3 CIDADANIA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 23


3.1 Estatuto da Criança e Adolescente .................................................................. 23
3.2 Constituição Federal – Art. 5º .......................................................................... 24

4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................................ 34


4.1 Conceito de Sustentabilidade ......................................................................... 34
4.2 Manejo e conservação ambiental ................................................................... 35
4.3 Preservação (educação ambiental) ................................................................ 38

3
1 IDENTIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que a empresa tem com a


sociedade e com o meio ambiente além das obrigações legais e econômicas.

Conceito

Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na


conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa
apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a
sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade socioambiental,
neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo as
leis que lhe são impostas.

O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte impulso e


organização no início da década de 1990, em decorrência dos resultados da
Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria sobre gerenciamento
ambiental, ocorridas em 1984 e 1991.

Parâmetros

Nos anos subsequentes às conferências surgiram movimentos cobrando por


mudanças socias, científicas e tecnológicas. Muitas empresas iniciaram uma nova
postura em relação ao meio ambiente refletidas em importantes decisões e

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estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto (2001) tal postura fundamentou-se
nos seguintes parâmetros:

 Bom relacionamento com a comunidade;


 Bom relacionamento com os organismos ambientais;
 Estabelecimento de uma política ambiental;
 Eficiente sistema de gestão ambiental;
 Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas;
 Uso de tecnologia limpa;
 Elevados investimentos em proteção ambiental;
 Definição de um compromisso ambiental;
 Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta
para o desenvolvimento sustentável;
 A questão ambiental como valor do negócio;
 Atuação ambiental com base na agenda 21 local;
 Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios
circunvizinhos.

Adesão

Atualmente, muitas empresas enxergam a responsabilidade socioambiental como


um grande negócio, são duas vertentes que se destacam neste meio:

 Primeiramente, as empresas que investem em responsabilidade sócio-


ambiental com intuito de motivar seus colaboradores e principalmente ao
nicho de mercado que preferem pagar mais por um produto que não viola o
meio ambiente e investe em ações sociais;
 A segunda vertente corresponde a empresas que investem em
responsabilidade sócio-ambiental com o objetivo de ter materiais para
poderem investir em marketing e passar a imagem que a empresa é
responsável sócio-ambientalmente. Esta atitude não é considerada ética por
muito autores que condenam empresas que tentam passar a imagem de
serem éticas, porém na realidade estão preocupadas apenas com sua
imagem perante aos consumidores.

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Apesar de ser um tema relativamente novo, o número de empresas que estão
aderindo a responsabilidade sócio-ambiental é grande e a tendência é que este
número aumente cada dia mais.

História

Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável


(World Business Council for Sustainable Development - WBCSD), primeiro
organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à
sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como "o compromisso
permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o
desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de
seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um
todo". Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado por
empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão social
(Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação ambiental (Responsabilidade
Ambiental).

É adotado por empresas e escolas. As principais ações realizadas são: inclusão


social, inclusão digital, coleta seletiva de lixo, educação ambiental, dentre outras.

Este tipo de prática ou política tem sido adotado desde a década de 1990, entretanto
a luta pela sociedade e principalmente pela natureza é mais antiga, por volta da
década de 1920.

O ápice da luta ambiental se deu por volta dos anos 70 quando organizações não
governamentais ganharam força e influência no mundo.

Com a internacionalização do capital (globalização), o uso dos recursos naturais


pelas empresas de maneira intensa e quase predatória, ou seja, sem a devida
preocupação com os possíveis danos, foi fortemente combatida desde a década de
1970 pelos movimentos ambientalistas. As empresas, no intuito de ganhar a
confiança do novo público mundial (preocupado com a preservação e o possível
esgotamento dos recursos naturais), procuraram se adaptar a essa nova tendência
com programas de preservação ambiental - utilização consciente dos recursos

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naturais. Muitas buscam seguir as regras de qualidade idealizadas pelo programa
ISO 14000 e pelo Instituto Ethos.

A partir da Revolução Industrial ocorrida na Europa no século XIX, a utilização de


materiais, dos recursos naturais e a emissão de gases poluentes foram
desenfreados. Em contrapartida, no inicio do séc. XX alguns estudiosos e
observadores já se preocupavam com a velocidade da destruição dos recursos
naturais e com a quantidade de lixo que a humanidade estava produzindo. O
movimento ambientalista começou a engatinhar na década de 1920. Passados os
anos, este movimento ganhou destaque na década de 1970 e tornou-se obrigatório
na vida de cada cidadão no momento atual. Conceitos como Gestão Ambiental,
Desenvolvimento Regional Sustentável, Biodiversidade, Ecossistema,
Responsabilidade Socioambiental ganharam força e a devida importância.

Responsabilidade socioambiental (RSA) é um conceito empregado por empresas e


companhias que expressa o quão responsáveis são as mesmas para com as
questões sociais e ambientais que envolvem a produção de sua mercadoria ou a
realização de serviços, para com a sociedade e o meio ambiente, buscando reduzir
ou evitar possíveis riscos e danos sem redução nos lucros.

A Responsabilidade Socioambiental corresponde a um compromisso das empresas


em atender à crescente conscientização da sociedade, principalmente nos mercados
mais maduros. Diz respeito à necessidade de revisar os modos de produção e
padrões de consumo vigentes de tal forma que o sucesso empresarial não seja
alcançado a qualquer preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais
conseqüentes da atuação administrativa da empresa.

São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade Socioambiental:


inclusão social, inclusão digital, programas de alfabetização, ou seja,
assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem, programas de coleta de esgotos e
dejetos, e questões que envolvem: lixo industrial, reflorestamento X desmatamento,
utilização de agrotóxicos, poluição, entre outros.

Em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum), também


conhecido como Relatório Brundtland, apresentou um novo conceito sobre

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desenvolvimento definindo-o como o processo que “satisfaz as necessidades
presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas
próprias necessidades”. Assim fica conhecido o conceito de desenvolvimento
sustentável.

Linha do Tempo - Crescimento do Conceito de Responsabilidade Social e


Responsabilidade Ambiental

 1929- Constituição de Weimar (Alemanha) – Função Social da Propriedade;


 1960- Movimentos pela Responsabilidade Social (EUA);
 1971- Encontro de Founex (Suíça)
 1972- Singer publica o que foi reconhecido como o primeiro balanço social do
mundo;
 1972- ONU – resolução 1721 do Conselho Econômico e Social – estudos
sobre o papel das grandes empresas nas relações internacionais;
 1973- PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Genebra)
 1977- determinação da publicação do balanço social - relações do trabalho
(França);
 1992- ECO 92 ou CNUMAD (Conferencia das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento) – Criação do Projeto Agenda 21;
 1997- Betinho de Souza e IBASE incentivam publicação do balanço social;
 1999- Criação do Selo “Empresa Cidadã”;
 1999- 1ª Conferência Internacional do Instituto Ethos;
 2000- ONU e o Pacto Global;[1]

Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia da empresa,
pois além das atividades produtivas, envolve o tratamento dado ao meio ambiente e
sua influência e relacionamento com fornecedores, público interno e externo e com a
sociedade, práticas de governança corporativa, transparência no relacionamento
interno e externo, postura obrigatória para as empresas de âmbito mundial, cuja
imagem deve agregar o mais baixo risco ético possível.

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Não é correto confundir responsabilidade socioambiental com filantropia, pois esta
se realiza de forma aleatória e não sistematizada ao contrario da RSA ou do DRS
que busca contribuir de forma acertiva em seus projetos.

Referências

↑ www.ethos.org.br

Borba, Elisabete Regina de Lima. Terceiro Setor: responsabilidade social e


voluntariado. Curitiba: Champagnat, 2001

Duarte, Gleuso Damasceno. Responsabilidade social a empresa hoje. Rio de


Janeiro: LTC, 1996

Machado Junior, Eliseu Vieira. Incorporação da dimensão sócio-ambiental ao


balanced Scorecard. São Paulo: Prisma, 2005

Melo Neto, Francisco Paulo de. Gestão da responsabilidade social corporativa: o


caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001

Fonte: Responsabilidade Socioambiental no Sistema Financeiro - Uma perspectiva


Geográfica, de Leme, Kelly D.

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1.1 Eu e o meio ambiente

Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem


diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer
diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

Sua conceituação interessa a vários ramos do conhecimento (história, sociologia,


antropologia, direito, etc.), e tem portanto diversas definições, conforme o enfoque
que se lhe dê, podendo ainda haver uma identidade individual ou coletiva, falsa ou
verdadeira, presumida ou ideal, perdida ou resgatada.

Identidade ainda pode ser uma construção legal, e portanto traduzida em sinais e
documentos, que acompanham o indivíduo.

Diversidade de conceitos

 Para a Sociologia, Identidade é o compartilhar de várias idéias e ideais de um


determinado grupo. Alguns autores, como Karl Mannheim, elaboram um
conceito em que o indivíduo forma sua personalidade, mas também a recebe
do meio, onde realiza sua interação social.
 Para a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca concluída de um
aglomerado de signos, referências e influências que definem o entendimento
relacional de determinada entidade, humana ou não-humana, percebida por
contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem.
Portanto, Identidade está sempre relacionada a idéia de alteridade, ou seja, é
necessário existir o outro e seus caracteres para definir por comparação e
diferença com os caracteres pelos quais me identifico.
 Para a Medicina legal consiste numa série de exames feitos no vivo ou no
morto, onde se apuram, no ser humano, a raça, sexo, estatura, idade,
dentição, peso e conformação corpórea, sinais particulares (má-formações,
cicatrizes, tipo sangüíneo, feições faciais, etc.)

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 Na Filosofia a identidade constitui objeto de cogitações por variados
pensadores e correntes filosóficas, e seu conceito varia, portanto, de acordo
com os mesmos.
 Para o Direito, a Identidade constitui-se num conjunto de caracteres que,
delimitados legalmente, tornam a pessoa ou um bem individuado e
particularizado, diferenciando-o dos demais, e como tal sujeito a direitos e/ou
deveres.
 Para Bancos de dados orientados a objeto, o conceito de identidade é
utilizado para identificar unicamente objetos dentro de uma base de dados.
Dessa forma, cada objeto possui um OId (do inglês, Object Identifier) que
identifica unicamente um objeto durante todo o seu ciclo de vida. Os OIds
nunca mudam durante o tempo de vida de um objeto, e também nunca são
reutilizados. OIds podem ser implementados logicamente ou fisicamente.

ATIVIDADES SUGERIDAS

1- Análise do texto através de leitura, discussão, busca de palavras


desconhecidas para o leitor.
2- Vídeo: História das coisas.
3- Discussão sobre o vídeo.
4- Associar a sua identidade com a sua responsabilidade ambiental.
5- Pesquisa de campo na escola com fotos, entrevistas e observações.
6- Roda de discussão sobre os problemas encontrados.
7- Portfólios.
8- Produção textual.
9- Mural ou colagem em mosaico com fotos ou recortes.
10-Análise e roda de discussão sobre a charge do texto página 4.

1.2 Sociedade e o meio ambiente

Por: Sergio Verly


Até meados do século XIX, a raça humana manteve relativa harmonia com o meio
ambiente. Com o surgimento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas,
houve uma quebra nessa harmonia, o que provocou uma crescente queda do nível
de vida do ambiente, com a morte de rios e o desaparecimento de áreas verdes. A
essa devastação inconsequente dá-se o nome de poluição.

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Os rios são poluídos por descargas vindas dos esgotos urbanos não-tratados, dos
complexos industriais, das minerações, etc. Evita-se esse tipo de poluição com o
tratamento adequado dessas descargas.O desmatamento também causa a morte
dos rios, secando seu leito.
Os mares vão sendo aos poucos poluídos por esses rios, devido às descargas das
indústrias, cidades litorâneas e por naufrágios de grandes petroleiros, que destroem
toda a vida ao redor do local do acidente.
O solo é prejudicado pelas queimadas e pelo desmatamento. O fogo destrói não
apenas as plantas que são o alvo dos incêndios, mas também suas raízes e
microrganismos que vivem na terra, tornando-a estéril, sem as proteínas necessárias
às plantas. O desmatamento causa também a erosão do solo.

Primeiro deve-se explicar o que é meio ambiente: “Meio ambiente corresponde


não só ao meio físico e biológico, mas também ao meio sociocultural e sua
relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem”.

A preservação do meio ambiente, desde o início deste século, deixou de ser tratada
como um assunto de um grupo pequeno de pessoas que alertavam para a
necessidade de se preservar o maior bem da vida, fonte de energia dos habitantes
deste planeta.
Tratar o meio ambiente como fonte de energia necessária à manutenção de todas as
formas de vida é reconhecer que todos nós e, principalmente, os seres humanos
detentores do poder de sua exploração dependem desta fonte de energia para a
sobrevivência.

Devemos ter consciência que a natureza nos ensina, e que tudo o que necessitamos
está disponível, restando apenas a nós a sabedoria de encontrar as formas
equilibradas para prover as nossas necessidades sem provocar o esgotamento da
fonte, pois são suficientes para a solução das necessidades não só da espécie
humana, mas também de todos os seres vivos. Isso requer uma mudança radical na
forma de enxergar os elementos naturais.
Como somos tripulantes de uma mesma nave temos que conviver com os mais
diversos posicionamentos de como utilizar as nossas fontes de energia, bem como a
forma de encarar as dádivas que ela nos proporciona.
Como já escrevi acima, há um consenso em pelo menos uma coisa: somos
tripulantes de uma mesma nave e temos que encontrar alternativas para
coexistirmos em equilíbrio, sendo que este equilíbrio diz respeito a forma de
utilização dos recursos naturais disponíveis.
Tratar o meio ambiente de forma mais racional é reconhecer que todos os habitantes
do planeta dependem de energia para sua sobrevivência, de forma que sem esta
fonte ou com esta fonte em desequilíbrio, significa uma nave sem condições de
navegar e seus tripulantes sem condições de manter o equilíbrio necessário à sua
sobrevivência.
Portanto, a necessidade de um uso racional dos recursos naturais existentes é,
atualmente, o maior desafio do século que se inicia.

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Assim, a humanidade está chegando a conclusão, quase matemática e comprovada
cientificamente, que a forma de utilização das fontes de energia estão ultrapassadas
ou não mais atendem as necessidades da população atual. Não estão erradas do
ponto de vista que foram criadas para o mal ou para o bem, mas sim que o modelo
de exploração conhecido está levando o planeta à exaustão, diante da escassez dos
recursos disponíveis.
O mundo hoje se questiona. Grupos criticam outros grupos apontando-os como
responsáveis pelo desgaste atual. Isto é perigoso. Não se trata de encontrarmos
culpados e responsabilizarmos pelo caos que se avista.
Não é momento de desagregação, mas sim de agregação em torno de um objetivo
comum e um desafio que teremos que vencer: saber conviver, de forma equilibrada,
com o nosso meio ambiente.
Partindo do princípio que a discussão hoje deixou de ser exclusiva de um grupo que
se guiava pelo o romantismo ecológico, para ocupar as mesas de discussão mais
importantes do planeta, como o Conselho de Segurança da ONU, chegamos no
momento de encontrarmos um consenso sobre a questão.
Este momento requer uma organização de trabalho, cada esfera, grupo de
profissionais, autoridades, enfim todos têm que encontrar alternativas para o novo
modelo que virá. Por exemplo, dependendo da habilidade que cada grupo possui
deverão ser desenvolvidas técnicas que contemplem processos equilibrados e a
disponibilidade de recursos.
Diante da realidade que cada agrupamento de pessoas, e isto é normal a todo
processo de discussão, defende o seu ponto de vista, cada posicionamento deverá
ser observado e absorvido, caso seja viável.
Nota-se uma ausência de liderança capaz de deflagrar este processo, disciplinar a
discussão e determinar procedimentos para que todos que têm a contribuir possam
apresentar alternativas, visando atingir um consenso.
Realmente não se trata de um processo fácil ou rápido, mas é extremamente
necessário e urgente.
Resta acreditar que nós temos capacidade de encontrar as soluções necessárias,
restando a cada um ter disposição e boa vontade, sem resistências, como acontece
com alguns governantes. Todos sentem que alguma coisa tem que ser feita, mas
não sabem o que.
Diante do que foi exposto acima, podemos dizer que a atuação das pessoas em
relação à natureza se dá de várias formas, provocando aspectos positivos e
negativos. Para uma parcela de pessoas é a própria fonte da vida, para outros ele
existe para suprir as necessidades humanas, para outros nem existe, para outros
existe desde que não os incomode, e assim por diante.
Mas nem tudo está perdido. Algumas sociedades que já reconheceram sua parcela
de culpa na destruição do meio ambiente têm feito trabalhos de prevenção como
reflorestamento, despoluição de baías e rios, recuperação de manguezais, coleta de
lixo seletiva, filtros nas chaminés de suas indústrias, tratamento dos esgotos, entre
outras ações positivas.

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Qualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavorável ou benéfica, total
ou parcialmente resultante das atividades, produtos e serviços de uma
organização, é chamada de impacto ambiental. E as indústrias são as que mais
causam impactos ao meio ambiente.
A atividade industrial está, inevitavelmente, associada a uma certa degradação do
ambiente, uma vez que não existem processos de fabrico totalmente limpos. O
perigo das emissões industriais varia com o tipo de indústria, matérias primas
usadas, processos de fabrico, produtos fabricados ou substâncias produzidas, visto
conterem componentes que afetam os ecossistemas.
De um modo geral as principais origens da poluição industrial são:

- As tecnologias utilizadas, muitas vezes envelhecidas e fortemente poluentes, com


elevados consumos energéticos e de água, sem tratamento adequado dos efluentes
com rara valorização de resíduos;
- A inexistência de sistemas de tratamento adequado dos líquidos;
- A inexistência de circuitos de eliminação adequados dos resíduos, em particular
dos perigosos;
- Localização das unidades na proximidade de áreas urbanas, causando poluição do
ar, incomodos e aumentando os riscos;
- Localização das unidades em solos agrícolas, causando a sua contaminação e
prejudicando as culturas;
- Localização das unidades em zonas ecologicamente sensíveis, perturbando e
prejudicando a fauna e a flora;
- Realização das descargas de resíduos em águas subterrâneas ou superficiais, com
risco de contaminação das águas de consumo;
- Depósitos indevidos de resíduos, cuja infiltração é fonte de poluição do solo e do
meio hídrico.
No ano em que o mundo admitiu que o homem é o principal responsável pelas
mudanças climáticas e discute soluções para frear o aquecimento global, o Brasil
insiste em empurrar para baixo do tapete a realização de um debate amplo e aberto
sobre a problemática que envolve os resíduos tecnológicos, chamados resíduos hi-
tech. Entre eles estão pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, telefones celulares
e equipamentos eletroeletrônicos (computadores, televisões, rádios e impressoras
etc.). São toneladas de equipamentos que se tornam obsoletos em pouco tempo e
cujo descarte adequado é desconhecido por grande parte da população brasileira. A
maioria destes produtos possui em sua composição metais pesados, como chumbo,
cádmio e mercúrio, entre outros. Se manuseados de maneira inadequada ou
dispostos de forma irregular no solo oferecem riscos à saúde pública e ao meio
ambiente, com perigo de contaminação do ar, do solo e das águas.
Milhares de brasileiros não fazem a menor idéia de que o descarte inadequado de
equipamentos eletroeletrônicos e de baterias de celular pode causar graves danos à
saúde e ao meio ambiente. Por outro lado, eles têm acesso cada vez mais facilitado
a esses tipos de produtos.

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Li numa revista que o celular de uma pessoa quebrou. Ela foi a uma loja de uma
operadora "x", localizada em um shopping próximo para comprar um novo
equipamento. Preocupado com a questão ambiental, perguntou à funcionária da
operadora de telefonia onde deveria depositar a bateria do aparelho quebrado. Ela
apontou para uma lixeira comum do corredor e disse que ele poderia jogar ali
mesmo. Isso é um descaso, uma irresponsabilidade social.
Situações como esta são comuns em países que não regulamentam a questão dos
resíduos sólidos de maneira correta. Isto pode ser caracterizado como crime
ambiental.
Além deste exemplo citado acima podemos enumerar centenas de problemas
causados pelo descaso das indústrias: poluição dos rios próximos às fábricas,
mortandade dos peixes e da vida aquática de maneira geral, excesso de fumaça
venenosa no espaço causando além do efeito estufa, também a destruição da
camada de ozônio, poluição sonora, lançamento de gases venenosos em grande
quantidade e não fiscalizada pelo governo, chuva ácida, etc.
Eu poderia lançar a seguinte pergunta:

O que pode ser caracterizado, resumidamente, como Crime Ambiental?

- causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
- causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento
público de água de uma comunidade e
- lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos.
(Lei de Crimes Ambientais, Lei Federal n° 9.605 de 12/02/9.

O que nós podemos fazer para colaborar com a preservação do meio


ambiente?

É claro que a nossa participação é bem menor nesse processo de poluição da


natureza, mas algumas coisas podemos fazer para amenizar tudo isso. Vou dar um
exemplo bem prático: Onde jogar o óleo de fritura em casa? Mesmo que não
façamos muitas frituras, quando o fazemos, jogamos o óleo na pia ou por outro ralo,
certo? Este é um dos maiores erros que podemos cometer! Sendo assim, o melhor
que tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico
(por exemplo, as garrafas “PET” de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo
orgânico.
Todo lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para um local onde são abertos.
Assim, as nossas garrafinhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de
irem juntamente com os esgotos para uma ETE - Estação de Tratamento de Esgoto,
e ser necessário dispender milhares de reais a mais para o seu tratamento, pois,
segundo a CEDAE, um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o
equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos.

Existem saídas e formas para que a humanidade mude a sua relação com a
natureza?

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É claro que existem. E tudo precisa começar dentro de nossa própria casa. O
dialogo entre as pessoas dentro de casa pode ser uma boa maneira para reflexão
sobre a educação dos filhos. Como fazer para que as novas gerações desenvolvam
um olhar consciente sobre o mundo? A forma mais fácil das crianças adquirirem
conceitos como o respeito pelo outro, a preservação meio ambiente e todos as
outras características necessárias para a formação de cidadãos de bem é a
educação. Sempre ouço meus professores dizerem que não há mudança que não
passe pela educação.
Todo mundo sabe que não se deve desperdiçar água ou deixar a luz acesa, no
entanto, se esses conceitos forem ensinados desde a infância, transformam-se em
hábitos e não mais em uma obrigação.
As mães, pais, irmãos mais velhos, professores, adultos de hoje podem contribuir
para que as crianças se tornem cidadãos conscientes no futuro:
1. Explicar às crianças que a água não começa na torneira e nem termina no ralo,
mas que vem da nascente de um rio e acaba em um esgoto. Mostrar qual a
importância da preservação da água. Mostrar que é na água que vivem os peixes e
outros animais ajuda as crianças a se aproximarem mais dessa causa;

2. Aproveitar os finais de semana para, ao invés de levar as crianças somente ao


shopping, fazer passeios ao ar livre, como em parques e sítios para que elas tenham
contato com a natureza; subir e descer das árvores, brincar na grama e com animais
ou outras atividades semelhantes são divertidas e facilitam ao adulto explicar a
importância da natureza;
3. Ensinar que o lixo deve ser jogado no lixo e não nas ruas, além de incentivá-las a
separar o material que pode ser reciclado e estimular às crianças a montar
brinquedos de sucata. Jamais jogue lixo no chão na frente do seu filho. Pontas de
cigarro jogadas fora do cinzeiro também são um péssimo exemplo;

4. Falar na hora das refeições para que coloquem no prato o essencial, evitando o
desperdício de comida, alertando sempre que no mundo existem muitas pessoas
que não tem com o que se alimentar. Brincadeiras com a comida, explicando de
onde vem as frutas, verduras e legumes por exemplo, geram maior identidade do
alimento que está no prato com o meio ambiente;
5. Pedir que sempre apaguem a luz, evitando o gasto excedente de energia elétrica;
esta tarefa é das mais difíceis, mas vale a pena gastar um pouco de tempo para
garantir que não haja desperdício.
São pequenos hábitos que podem ajudar na manutenção da vida no planeta.

Conclusão:

Será que será preciso a mãe natureza, nos ensinar por meio de sua revolta, que
todos nós precisamos ceder em prol de uma existência equilibrada?
Será que será preciso inúmeras catástrofes, já anunciadas pelos cientistas, para que
todos entendam que nós precisamos encontrar um caminho e alternativas, bem
como novas formas de sobrevivência, diante do esgotamento da atual forma de
vida?

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Uma coisa é certa: a natureza é a fonte de energia de todos nós e se ela se
desequilibra, conseqüentemente, todos nós nos desequilibramos. Este desequilíbrio
é físico, mental, emocional e espiritual. O homem, como animal que é, também
necessita da natureza para viver e não pode se furtar de uma discussão acerca de
seu comportamento perante ela.
Algumas pessoas já chegaram ao cúmulo de pensar em viagens espaciais para
encontrar um novo planeta para morar. Poderá ser uma alternativa, mas se em outro
planeta instalarem o mesmo modelo de exploração, também haverá o esgotamento
dos seus recursos.
Outros nem se preocupam, sob o argumento que não viverão o suficiente para
assistir o desequilíbrio total. Este tipo é o mais egoísta de todos, ou seja, eu vou
viver bem os que vêm depois de mim, que deem um jeito.

Observação:
- No dia 5 de junho se comemora o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, que foi criado
pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas - ONU, de 1972, para
marcar a abertura da 1a Conferência Mundial de Meio Ambiente, em Estocolmo, na
Suécia.
- O dia 14 de agosto é o “Dia do Combate à Poluição”.
Fontes de pesquisa:
Almanaque Abril (on-line)
http://www.brasilescola.com.br (biologia)
http://www.jornaldomeioambiente.com.br

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2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Por Ricardo Normando Ferreira de Paula

Nós seres humanos, fazemos parte de uma espécie que, até o momento, revela-se bem
sucedida em termos de sobrevivência biológica. Basicamente somos os únicos seres vivos
que povoam todas as regiões da superfície da terrestre, onde o fator fundamental dessa
grande adaptabilidade é a sua capacidade psíquica. Com essa ferramenta, consegue-se
modificar decisivamente o ambiente a favor da sobrevivência e para uma qualidade de vida
que proporcione ao homem uma “estadia” maior no planeta.

E todo o processo de adaptabilidade se dá através da construção do conhecimento


que o homem vai adquirindo ao longo da sua existência e sendo transmitido ao
longo das gerações. Dentre as várias formas de expressar o conhecimento humano,
podemos destacar aqui duas:

 O conhecimento cotidiano é aquele gerado a partir da observação de fatores


naturais para depois tornar- se (ou não) cientifico. Não tem por base a
experimentação, mas em fatos vivenciados por alguém que pode (ou não) possuir a
pretensão de tornar aquele conhecimento científico. O conhecimento cotidiano
convive com outras fontes de conhecimento tornando-se contraditório em certas
ocasiões. É necessário um contexto para que seja produzido.
 O conhecimento cientifico apesar de ter base experimental não é inquestionável
podendo ele a qualquer momento ser contestado e perder a sua suposta veracidade,
quando algum argumento contraditório conseguir sobrepor – se ao primeiro e assim
sendo, não pode-se conviver com contradições. Este tipo de conhecimento pode ser
completamente independente de um contexto predeterminado utilizando-se
afirmações generalizadas podendo ser aplicado à diferentes situações e épocas. E
ainda, pode ser verdade irrefutável em uma época e absurdamente errado em outra.

Para a socialização dos vários conhecimentos adquiridos pela humanidade, é


utilizada a terminologia, isto é um código que os detentores do conhecimento
utilizam a fim de tornar o conhecimento socializado e, desta forma, apesar de serem
formas completamente distintas de conhecimento (no tocante às suas
características) um fomenta o outro, e é justamente através da vivência que surge a
dúvida que leva o indivíduo à experimentação para então o conhecimento tornar-se
ou não científico.

Exemplificando o que acabou de ser mencionado, podemos citar e caracterizar o


exossomatismo, já que o mesmo consiste em uma forma de adaptação inconsciente
ou consciente do ser humano às condições ambientais. Em termos mais específicos,
é o processo pelo qual os indivíduos (ou as espécies) passam a desenvolver para
viver em determinado ambiente gerando, assim, uma adaptação evolutiva que
culminará com um quadro de seleção natural.

A relação do fato anteriormente citado com os conhecimentos mencionados pode


ser feita da seguinte forma:

18
O aquecimento global parece ser hoje o ápice de uma problemática que vem se
arrastando há muitos anos pela intervenção do homem nos processos e recursos
naturais do planeta. Segundo o quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas – maio de 2007), a responsabilidade humana pela
mudança climática atual é de mais de 90%. Essas intervenções implicam,
diretamente, na subida do nível do mar pelo derretimento das geleiras ao longo do
atual século (com grave ameaça às cidades litorâneas), intensificação dos ciclones,
escassez de água potável e de alimentos e, no caso da Amazônia, o aumento de
temperatura fará com que a exuberante floresta se transforme em uma savana.

No entanto, o Conhecimento Científico aqui expresso foi conseqüência de uma série


de observações do meio ambiente (o que gera o Conhecimento Cotidiano) a partir
de pessoas ligadas (ou não) a organismos de pesquisa. Após as observações
mostrarem que a natureza se comportava de maneira diferente de alguns anos
anteriores, as experimentações começaram a ser feitas, culminado com o
conhecimento científico. E o que é mais contundente aqui é que esse conhecimento
ainda está sendo produzido com base em novos conhecimentos cotidianos. O
relatório do IPCC que foi mencionado é o quarto. Traz no seu texto argumentações e
problemáticas diferentes dos três primeiros. É uma amostra direta da transformação
de conhecimento cotidiano em conhecimento científico.

Numa perspectiva de Ensino Médio escolar, o relatório em um de seus capítulos


trata da radiação ultravioleta que nos atinge. Diferentemente de alguns anos
anteriores, a perspectiva de casos de câncer de pele nas populações
(principalmente nas regiões tropicais) aumenta consideravelmente. Tratar o causa e
as conseqüências dessa incidência nos seres humanos tomando por base o
princípio de ação de uma onda eletromagnética e suas faixas de atuação, pode vir a
ser um bom aliado na conscientização do aluno acerca do comportamento
ondulatório partindo do conhecimento cotidiano e culminado com o conhecimento
científico.

2.1Estudo da Ecologia

A preservação do meio onde vivemos.

Ecologia (do grego “oikos", que significa casa, e "logos", estudo, reflexão), é o ramo
da biologia que estuda as interações entre os seres vivos e o meio onde vivem,
envolvendo a dependência da água, do solo e do ar.

19
Dessa forma, as relações vão além do comportamento individual e a influência
causada pelos fatores ambientais (temperatura, umidade, pressão). Mas se
estendem à organização das espécies em populações, comunidades, formando um
ecossistema e toda a biosfera.

Entre as principais relações destacam-se:

Relações Intraespecíficas harmônicas → sociedade e colônia;

Relações Intraespecíficas desarmônicas → canibalismo e competições


Intraespecíficas.

Relações interespecíficas harmônicas → mutualismo, protocooperação, inquilinismo


e comensalismo;

Relações interespecíficas desarmônicas → amensalismo, predatismo, parasitismo e


competição interespecífica.

Por Krukemberghe Fonseca


Graduado em Biologia

ECOLOGIA: ECOSSISTEMA

Ecologia, uma rápida definição:

Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente, ou seja,


sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria, um fungo, uma alga, uma
árvore, um verme, um inseto, uma ave ou o próprio homem, pode existir
autonomamente sem interagir com outros ou mesmo com ambiente físico no qual
ele se encontra. Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio
físico chama-se Ecologia.

Mas, para termos uma definição histórica: “Pela palavra ecologia, queremos
designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a
investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e
inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que
tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das

20
complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida”. Foi
assim que Ernest Haeckel, em 1870, definiu ecologia.

Assim, como em qualquer outra área, em Ecologia são definidas unidades de


estudo, as quais são fundamentais para melhor compreensão desta Ciência.
Utilizando-se um modelo de níveis de organização, fica mais fácil de
compreendermos as unidades de estudo da Ecologia. Vejamos o modelo abaixo dos
níveis de organização:

O que é um Ecossistema?

Antes de definirmos, exatamente o conceito de ecossistema, o qual é fundamental


para a compreensão desta ciência, outro conceito importante que é o de níveis de
organização, o qual pode ser entendido como um conjunto de entidades, sejam elas
genes, células, ou mesmo espécies, agrupadas em uma ordem crescente de
complexidade.

Biosfera - A terra é composta por vários ecossistemas sejam eles aquáticos,


terrestres ou até mesmo aéreos. A soma de todos estes ecossistemas chamamos de
biosfera. Portanto, a biosfera seria a parte na qual ocorre vida no planeta e na qual a
vida tem o poder de ação sobre o mesmo.

1- O que é biodiversidade?

NÃO CONFUNDA: Muitas vezes, o termo bioma é utilizado como sinônimo de


ecossistema, no entanto ao contrário do segundo que implica nas inter-relações
entre fatores bióticos e abióticos, o primeiro significa uma grande área de vida
formada por um complexo de hábitats e comunidades, ou seja, apenas o meio físico
(área) sem as interações. Ex.: Bioma cerrado, bioma mata atlântica.

21
Figura 3 - Mapa do Brasil
mostrando os principais
ecossistemas brasileiros

Onde começa e termina um ecossistema? Qual o real tamanho de um?

É difícil dizer onde começa ou termina um ecossistema, ou seja, qual ou quais os


seus limites; entretanto para uma melhor compreensão e mesmo a possibilidade
para investigações científicas existem algumas convenções adotadas. Assim, por
exemplo, pode-se adotar inicialmente uma separação entre os meios aquáticos e
terrestres. Desta forma, teríamos uma primeira distinção entre ecossistemas
aquáticos e terrestres. Por ecossistema aquático, entenderíamos todos os lagos
naturais, ou artificiais (represas), rios, mares e oceanos. Já em relação
aosecossistemas terrestres, florestas, desertos, tundras, pradarias, pastagens, etc.
seriam exemplos.

Mas, e com relação às dimensões de um ecossistema? Para efeito de estudo,


geralmente são determinadas o dimensões que não existem naturalmente, desta
forma, um vaso, um aquário, ou mesmo uma cidade inteira são exemplos de
ecossistemas criados pela ação humana, pois é interessante notar que nem sempre
são. Assim fica claro, que um ecossistema pode ter desde alguns cm 2 atémilhares
de km2!

2- Qual o menor ecossistema do mundo?

22
ATIVIDADES SUGERIDAS

1. Discussão sobre o texto.


2. Tirar palavras chaves do texto e definir.
3. Pesquisar os diversos ecossistemas.
4. Montar painel de figuras.
Pesquisar os ecossistemas de Ribeira do Pombal (região em que os
aprendentes moram).
5. Mesa redonda para discutir a pesquisa.
6. Produzir portfolio.

2.2- Biodiversidade e ecossistema

3- CIDADANIA E MEIO AMBIENTE

3.1 Estatuto da Criança e Adolescente (anexo)

23
3.2 Constituição Federal – Art. 5º

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º

ÍNDICE TEMÁTICO

Texto compilado

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional


Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

24
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e


regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,


idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais


pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração


econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de nações.

25
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta


Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em


virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre


exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de
culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas


entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de


convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de


comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem


consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

26
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as


qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da


fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo


qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus
bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao


público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter


paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas


independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas


atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm


legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade


ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

27
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou


reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da


imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem


ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário


para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela


lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra


ilegalidade ou abuso de poder;

28
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a


direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades


fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à


pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a


prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,


civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de


reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;

29
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a


natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer


com seus filhos durante o período de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime


comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de


opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade


competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal;

30
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo


nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento).

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for
intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a


defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer


calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por
seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar


ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;

31
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída


e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus
membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma


regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do


impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo


sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

32
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável


duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação


imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma
deste parágrafo)

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja


criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

ATIVIDADES SUGERIDAS

1 Leitura da revista em quadrinhos.


2 Roda de discussão.
3 Fazer um resumo ilustrado sobre o ECA.
4 Montar mural com fotos de crianças e adolescentes que não estão
contemplados com seus direitos.
5 Buscar causas da falta dos direitos para todas as crianças e suas
consequências psicológicas e sociais.
6 Leitura do Art. 5º da Constituição Federal.
7 Discussão sobre Lei X realidade.
8 Como a sociedade pode ajudar a colocar os direitos das crianças e
adolescentes em prática?
9 Tudo deve estar registrado em portfolio.

33
3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Sustentabilidade: desenvolvimento presente garantindo o futuro das próximas


gerações

4.1 Conceito de Sustentabilidade

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que


visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro
das próximas gerações. Ou seja, asustentabilidade está diretamente relacionada ao
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os
recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro.
Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento
sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,


garantindo o replantio sempre que necessário.

- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.

- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois


estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres
humanos;

- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,


racionalizada e com planejamento.

- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para


diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as
reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.

- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de


resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no
solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício


de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.

- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o


desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos,
assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

34
Benefícios

A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta


em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a
humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações,
possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos,
oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

3.2 Manejo e conservação ambiental

Autor: Rogério Remo Alfonsi

Entende-se por manejo de solo toda atividade aplicada ao sistema solo-planta, com o
intuito de aumentar a produtividade agrícola e evitar possível degradação ambiental.
Todavia, as práticas de manejo dependem de níveis tecnológicos resultantes de
conhecimento e de investimento. Para manejar adequadamente uma área são
necessários conhecimentos sobre a cultura e o clima.

Ambientes de produção

Ambiente de produção é a interação entre planta, solo e clima, associada ao manejo


agrícola, cujos resultados são utilizados para as indicações mais favoráveis das
variedades.

O manejo pode ser aplicado a cada um dos três componentes, sendo que o solo tem
resposta mais imediata, ocasionando uma produtividade maior ou menor. Desta forma,
o potencial de um solo, sob um determinado nível de manejo, pode ser deslocado para
cima ou para baixo, enquanto permanecerem as condições de manejo.

Conservação e preparo

A conservação do solo para cultura da cana-de-açúcar envolve diversos fatores que


devem ser devidamente analisados, antes de sua implantação, como:

 tipo de solo;
 tipo de corte (mecânico ou manual);
 época de plantio e de colheita;
 sistema de preparo do solo;
 tipo de traçado (em nível ou reto);
 cobertura do solo com outras culturas ou com palha (Figura 1);
 tamanho dos talhões.

35
Fig. 1. Sulcos de plantio em área de de cana crua.
Foto: Raffaella Rossetto.

As práticas de preparo de solo devem atender aos critérios de eliminação ou


atenuação dos fatores limitantes ao bom desenvolvimento da cultura (físicos, químicos
e biológicos).

Em áreas onde os restos vegetais da cultura são queimados ou enterrados na


operação de preparo, o solo sem cobertura estará exposto ao impacto direto das gotas
de chuva, desencadeando o processo de erosão hídrica. Este processo ocasiona a
redução da permeabilidade na superfície do solo.

A adoção de sistemas de preparo de solo onde se faz o mínimo de operações


motomecanizadas com eficácia e na época correta, pode reduzir os riscos de erosão.
Além disso, dispensa a construção de terraços até uma determinada declividade,
podendo melhorar o planejamento das linhas de plantio, aumentar a produtividade e
reduzir custos de produção pela diminuição do número e intensidade de operações
durante o período de preparo do solo.

Terraços

Dentre as práticas conservacionistas de suporte de caráter mecânico, que têm por


objetivo servir de obstáculo ao livre escoamento da água, há o terraceamento (Figura
2). A técnica visa reduzir o volume e a velocidade da água de enxurrada pela
interrupção do comprimento de rampa por meio da presença de obstáculos físicos
denominados terraços.

Fig. 2. Terraço em lavoura de cana.


Foto: Raffaella Rossetto.

Os tipos de terraços usados e as suas vantagens e desvantagens são:

36
Embutido: considerado o mais resistente em relação à erosão, mas não permite o
cruzamento de máquinas e equipamentos.

Embutido invertido: usado em área declivosa. Permite maior captação de água, além
de possibilitar o corte mecanizado em toda sua área; facilita o carregamento no corte
manual.

Base larga: usado até a declividade de 6%. Permite o corte mecanizado em toda sua
largura e o cruzamento de máquinas e equipamentos. É mais fraco do que o embutido.

Canal: usado em solos com deficiência de drenagem. Tem a desvantagem de oferecer


maior risco de assoreamento e, por isso, necessita de mais manutenção.

Recuperação de áreas erodidas

Um dos grandes desafios do manejo de solos refere-se à recuperação de solos


erodidos. Dependendo do grau de erosão e do tipo de solo, a recuperação pode ser
feita rapidamente (dois a três anos). Em situações nas quais a erosão atingiu as
camadas mais profundas do solo (Figura 3), o tempo de recuperação pode ser maior.

Fig. 3. Erosão em área de plantio de cana.


Foto: Raffaella Rossetto.
Recuperação e manutenção da fertilidade

Este tópico aborda alguns aspectos da recuperação e da manutenção da


fertilidade dos solos, sobretudo os que são utilizados para o cultivo da cana-de-
açúcar

Época de plantio conservacionista

Este tópico aborda a época de plantio conservacionista para a cana-de-açúcar,


com o objetivo de atenuar os impactos da erosão e realizar o plantio em época
adequadas

Compactação

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Este tópico aborda aspectos relacionados à compactação do solo envolvendo seu
diagnóstico, variabilidade e manejo

3.3 Preservação (educação ambiental)

Afonso Capelas Jr. - 26/08/2011 às 18:03

Publiquei uma vez aqui um post falando sobre os 3Rs que resumem o consumo
consciente: Reduzir, Reutilizar, Reciclar. O Instituto Akatu foi além deles, criando
mais cinco. Achei interessante e compartilho os 8Rs publicados no site do Akatu:

1 – Refletir: Lembre-se de que qualquer ato de consumo causa impactos do


consumo no planeta. Procure potencializar os impactos positivos e minimizar os
negativos;

2- Reduzir: Exagere no carinho e no amor, mas evite desperdícios de produtos,


serviços, água e energia;

3- Reutilizar: Use até o fim, não compre novo por impulso. Invente, inove, use de
outra maneira. Talvez vire brinquedo, talvez um enfeite, talvez um adereço;

4 – Reciclar: Mais de 800 mil famílias vivem da reciclagem hoje no Brasil, quer fazer
o bem? Separe em casa o lixo sujo do limpo. Só descarte na coleta comum o sujo.
Entregue o limpo na reciclagem ou para o catador;

5 – Respeitar: A si mesmo, o seu trabalho, as pessoas e o meio ambiente. As


palavras mágicas sempre funcionam: “por favor” e “obrigado”;

6 – Reparar: Quebrou? Conserte. Brigou? Peça desculpas e também desculpe;

38
7 – Responsabilizar-se: Por você, pelos impactos bons e ruins de seus atos, pelas
pessoas, por sua cidade;

8 – Repassar: As informações que você tiver e que ajudam na prática do consumo


consciente. Retuite, reenvie e-mails.

ATIVIDADES SUGERIDAS

1 Assistir aos vídeos: sustentabilidade I, II e III.


2 Discussão em grupo e exposição dos pontos chaves pelas equipes.
3 Leitura do texto do 8 RS.
4 Grupo de debate sobre o texto.
5 Diferenciar através de objetos: reciclar, reutilizar e reduzir.
6 Seminário temático.

1. Urbanização - problemas socioambientais, suas soluções e ações locais

Odesenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem


de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns
desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida
humana nesses locais. Esses problemas ambientais são causados por diversos
fatores antrópicos. Abaixo estão relacionados alguns desses problemas:

Poluição do ar:

A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como


monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2),
entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente.

Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua


concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma
fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar
doenças respiratórias.

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Poluição das águas:

A situação dos rios e córregos é preocupante, pois a poluição das águas afeta
diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é
jogada nos rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de
lixo e tratamento de esgoto.

Ilha de calor:

É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a


região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior
temperatura; enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a
temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia.

Inversão térmica:

É quando a poluição do ar impede a troca normal de temperatura do ar na


superfície, ou seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em
baixo e o ar quente e mais leve fica em cima.

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Efeito estufa:

Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases


poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da
atmosfera se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura
aquecida.

Erosão:

Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas
grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das
edificações, compactação do solo, etc.

Chuva ácida:

Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da
umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e
prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano.

Enchentes e desmoronamento:

As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo


edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das
chuvas não têm para onde escoar.

Falta de áreas verdes:

O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e agrava a


poluição do ar.

Poluição visual e sonora:

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As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros podem causar
transtornos psicológicos na sociedade.

Por Suelen Alonso


Mestre em Geografia

ATIVIDADES SUGERIDAS

1 Leitura e discussão do texto.


2 Construção de mapa conceitual.
3 Pesquisa de campo dos problemas ambientais em Ribeira do
Pombal.
4 Visita à Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente para entrevistar
o secretário sobre os problemas observados na pesquisa de
campo e as possíveis soluções e projetos ambientais em
andamento.
5 Construção de portfolio.

REFERÊNCIAS

Borba, Elisabete Regina de Lima. Terceiro Setor: responsabilidade social e


voluntariado. Curitiba: Champagnat, 2001

Duarte, Gleuso Damasceno. Responsabilidade social a empresa hoje. Rio de


Janeiro: LTC, 1996

Machado Junior, Eliseu Vieira. Incorporação da dimensão sócio-ambiental ao


balanced Scorecard. São Paulo: Prisma, 2005

Melo Neto, Francisco Paulo de. Gestão da responsabilidade social corporativa: o


caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001

www.ethos.org.br, acesso dia 03 de agosto de 2012.

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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