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Material Teórico - Módulo de Semelhança de Triângulos e Teorema de Tales

O
Semelhança entre triângulos

Nono ano do Ensino Fundamental

Autor: Prof. Jocelino Sato


Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto
a
1 Figuras Semelhantes utilizada, polı́gono A1 A2 ...An , adotamos implicitamente
uma ordenação horária ou anti-horária para os vértices
O principal objetivo desse material é estabelecer o con- do polı́gono. Além disso, um mesmo polı́gono pode ser
ceito de semelhança. Esse conceito é fundamental para o representado por qualquer rotação de seus vértices; por
estudo das relações métricas num triângulo retângulo, as exemplo, fixados os pontos não colineares A, B e C, temos

O
quais, por sua vez, possuem várias aplicações em vários que △ABC, △BCA, △CAB (citações ”anti-horárias”) e
campos das ciências. △ACB, △CBA, △BAC (citações ”horárias”) represen-
Genericamente, dizemos que duas figuras planas F e F ′ tam o mesmo triângulo.
são semelhantes, com razão de semelhança r, quando existe Por exemplo, em relação aos polı́gonos convexos da fi-
uma correspondência biunivoca T entre os pontos de F e os gura a seguir, a correspondência
pontos de F ′ , chamada transformação de semelhança,
que preserva a forma das figuras. Equivalentemente, se X, A1 ↔ B1 , A2 ↔ B2 , . . . , A5 ↔ B5
Y são pontos quaisquer de F e se X ′ = T (X) e Y ′ = T (Y )
são seus correspondentes em F ′ = T (F ) (denominados (ou, resumidamente, A1 A2 ...A5 ↔ B1 B2 ...B5 ) é uma se-
pontos homólogos), então melhança se, e somente se,
B3
X ′ Y ′ = r · XY. (1)
A3 A2

B2
O

A4 O
B4
y

T B5
B1
A5 A1
y’

x’

x


 c5 A1 = B4 B
A4 A c1 B2 ,
c1 A2 = B5 B
c5 B1 , A5 A


 c2 A3 = B1 B
 A1 A c2 B3 , A2 A c3 B4 ,
c3 A4 = B2 B
c c
A3 A4 A5 = B3 B4 B5 , .
Notação: escrevemos F ∼ F ′ para denotar que F e F ′ 


 e
são figuras semelhantes. 
 A5 A1 = A1 A2 = A2 A3 = A3 A4 = A4 A5 = r
B5 B1 B1 B2 B2 B3 B3 B4 B4 B5

Observação: Toda transformação que satisfaz a igualdade Sendo esse o caso, escrevemos
(1) transforma pontos colineares em pontos colineares,
preserva medida de ângulos e paralelismo de retas. Assim, A1 A2 ...A5 ∼ B1 B2 ...B5 .
a noção de semelhança corresponde à idéia natural de
“mudança de escala”, isto é, ampliação (quando a Em um par de polı́gonos semelhantes, o quociente co-
a
razão r satisfaz r > 1) ou redução (quando a razão r mum entre as medidas dos lados correspondentes é cha-
satisfaz 0 < r < 1) de uma figura, alterando seu tamanho mado de razão de semelhança. Assim, nas notações da
sem modificar suas proporções. discussão acima, a razão de semelhança é r. Quando a
razão de semelhança é r = 1 temos uma congruência entre
Se A1 A2 ...An e B1 B2 ...Bn são dois polı́gonos semelhan- os polı́gonos.
tes de n lados (com o vértice Ai homólogo aos vértice Bi ), Não é difı́cil mostrar que a semelhança entre dois polı́-
então a correspondência gonos A1 A2 . . . An e B1 B2 . . . Bn , com Ai e Bi homólogos
para 1 ≤ i ≤ n, é equivalente à semelhança entre os triân-
A1 ↔ B1 , A2 ↔ B2 , . . . , An ↔ Bn gulos Ai Aj Ak e Bi Bj Bk , para 1 ≤ i < j < k ≤ n. Assim,
podemos nos limitar ao estudo de semelhança entre triân-
entre os vértices dos polı́gonos é tal que os pares de lados
gulos.
correspondentes (ditos lados homólogos) são proporcio-
nais entre si e os pares de ângulos correspondentes (ditos
ângulos homólogos) são congruentes entre si. De fato, 2 Semelhanças entre triângulos
para polı́gonos essas duas condições são suficientes para
garantir que existe uma transformação de semelhança en- Nesta seção, estudamos conjuntos mı́nimos de condições
tre os dois polı́gonos. Vale observar que, na nomenclatura sobre dois triângulos, de forma tal que garantam a

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semelhança dos mesmos. Esse conjuntos de condições são Portanto, os dois triângulos têm os três pares de ângulos
os análogos, para semelhanças, dos casos de congruência correspondentes congruentes, de forma que o caso AAA de
de triângulos e, por essa razão, são denominados casos semelhança garante que △ABC ∼ △A′ B ′ C ′ .
(ou critérios) de semelhança de triângulos.
Teorema 2 (Critério LAL de semelhança). Se existe uma

O
Critério AAA de semelhança: se existe uma corres- correspondência entre os vértices de dois triângulos tal
pondência entre os vértices de dois triângulos tal que os que dois pares de lados correspondentes são proporcio-
ângulos correspondentes sejam congruentes, então a cor- nais e os ângulos que eles determinam são congruentes,
respondência é uma semelhança. Em sı́mbolos (veja a fi- então os triângulos são semelhantes. Em sı́mbolos1 , da-
gura a seguir), dados os triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ , se dos os triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ , se AAB AC
′ B ′ = A′ C ′ e

b = C′A c′ B ′ , ABC
b = A′ Bc′ C ′ e B CA
b = B′Cc′ A′ , então b = C′A
C AB c′ B ′ , então △ABC ∼ △A′ B ′ C ′ .
C AB
′ ′ ′
△ABC ∼ △A B C . C′
C
C C′

B
B′
A B B′ A′
A A′
−−→ −→
Prova. Sejam G e H pontos em AB e AC, respectiva- Prova. Consideremos triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ com
mente, tais que AG = A′ B ′ e AH = A′ C ′ . Então, o caso de AB AC b ′ c′ ′
A′ B ′ = A′ C ′ e C AB = C A B . Como na demonstração
congruência LAL garante que △AGH ≡ △A′ B ′ C ′ . Logo, −−
→ −→
do caso anterior, sejam G e H pontos em AB e AC, res-
b = A′ B
c′ C ′ = AGH
b e B CA
b = B′C
c′ A′ = GHA.
b pectivamente, tais que AG = A′ B ′ e AH =A′ C ′ . Também
ABC
como lá, temos △A′ B ′ C ′ ≡ △AGH e, assim,
←→ ←→
Assim, ou GH = BC (e, neste caso, B = G e C = H) AB AB AC AC
←→ = ′ ′ = ′ ′ = .
ou, pelo Teorema dos Ângulos Alternos-Internos, GH k AG AB AC AH
←→
BC. No primeiro caso, temos AB = A′ B ′ e AC = A′ C ′ , ←→ ←→
de forma que △ABC ≡ △A′ B ′ C ′ . No segundo caso, o Logo, ou BC = GH (em cujo caso nada mais há a fazer)
←→ ←→
Teorema de Tales diz que ou, pelo recı́proco do Teorema de Tales, BC k GH. Nesse
último caso, os pares de ângulos correspondentes, quais
AB AB AC AC sejam, ∠AHG, ∠ACB e ∠AGH, ∠ABC, são formados por
= = = ′ ′.
A′ B ′ AG AH AC ângulos congruentes. Portanto, segue do Teorema 1 que
△ABC ∼ △AGH e, portanto, △ABC ∼ △A′ B ′ C ′ .
Por fim, uma construção análoga permite demonstrar que
AC BC
A′ C ′ = B ′ C ′ , o que conclui a prova da semelhança dos Teorema 3 (Critério LLL de semelhança). Se existe uma
triângulos em questão. correspondência entre os vértices de dois triângulos tal que
os pares de lados correspondentes são proporcionais, então
Usando que na Geometria Euclidiana Plana a soma dos
os triângulos são semelhantes. Em sı́mbolos, dados os
ângulos internos de um triângulo é sempre igual a 180◦ ,
a
triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ se, AAB AC BC
′ B ′ = A′ C ′ = B ′ C ′ ,
obtemos a forma usual a seguir do caso de semelhança que ′ ′ ′
então △ABC ∼ △A B C .
vimos discutindo.
C
Teorema 1 (Critério AA de semelhança). Se existe uma cor-
respondência entre os vértices de dois triângulos tal que C′
dois pares de ângulos correspondentes sejam congruentes,
então a correspondência é uma semelhança. Em sı́mbolos, B
dados os triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ , se C AB b =
c′ B ′ e ABC
C ′A b = A′ B c′ C ′ , então △ABC ∼ △A′ B ′ C ′ .
B′ A′
Prova. Observe que, como a soma dos ângulos de todo
triângulo é igual a 180◦, também temos A
1 Observe que, nas notações da figura a seguir, apesar de termos
b = 180◦ − ABC
B CA b − B AC b
associado sı́mbolos idênticos aos pares de lados AB, A′ B ′ e AC,
b′C ′ − B′A
= 180◦ − A′ B b′ C ′ A′ C ′ , isso não significa que tais pares de lados sejam congruentes;
os sı́mbolos estão presentes apenas para que o leitor possa visualizar
c′ A′ .
= B′C mais rapidamente os pares de lados respectivamente proporcionais.

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Prova. Consideremos triângulos △ABC e △A′ B ′ C ′ tais 3 A homotetia
que
AB AC BC Esta seção enfoca o conceito de semelhança sob ou-
= ′ ′ = ′ ′.
A′ B ′ AC BC tro ponto de vista, qual seja, o das transformações

−→ −→
Sejam G e H pontos em AB e AC, respectivamente, tais geométricas. O material desta seção utiliza alguns con-

O
que AG = A′ B ′ e AH =A′ C ′ . Uma vez que ceitos relacionados a funções, podendo ser omitido numa
AB AB AC AC primeira leitura.
= ′ ′ = ′ ′ = e GAH b = B AC,b Sejam Π um plano, O um ponto de Π e r um número
AG AB AC AH
real positivo. A homotetia de centro O e razão r é
o critério LAL de semelhança (cf. Teorema 2) garante que
BC a transformação (i.e., a correspondência) HO,r : Π → Π
△ABC ∼ △AGH. Assim, GH = ABAG , de sorte que entre pontos de Π definida do seguinte modo: HO,r (O) =
AG A′ B ′ O e, para todo ponto X distinto de O, X ′ = HO,r (X) é
GH = BC · = BC · = B′C ′. −−→
AB AB o ponto da semirreta OX tal que OX ′ = r · OX (veja a
Portanto, o critério LLL de congruência de triângulos figura abaixo).
garante que △AGH ≡ △A′ B ′ C ′ e, então, △ABC ∼ O resultado a seguir isola a propriedade fundamental das
△A′ B ′ C ′ . homotetias.
Terminamos esta seção colecionando, nos dois resultados
Teorema 6. Toda homotetia é uma semelhança.
a seguir, duas importantes aplicações dos casos de seme-
lhança de triângulos estudados acima.
Prova. Primeiramente, mostremos que a imagem ho-
Teorema 4. Em qualquer triângulo retângulo, a altura re- motética de um segmento é ainda um segmento. Para
lativa ao vértice do ângulo reto divide o triângulo em dois tanto, quando o ponto X está entre os pontos O e Y , é
triângulos menores que são semelhantes entre si e também claro que O, X ′ e Y ′ são colineares e
semelhante ao triângulo original.
X ′ Y ′ = OY ′ − OX ′ = r · [OY − OX] = r · XY.
C

Por outro lado, se O, X e Y são não colineares,


consideremos os triângulos △XOY e △X ′ OY ′ (veja a
figura abaixo).

A D B

Prova. Consideremos um triângulo △ABC, retângulo no Y′


vértice C, e seja CD a altura relativa a esse vértice (veja a h′
figura acima), de sorte que o ponto D está situado sobre a Y
←→
reta AB, entre A e B. Como a soma dos ângulos internos h
b = 90◦ , temos Z′
de qualquer triângulo é igual a 180◦ e ABC Z f

f g
O
a
ACDb = ABC b e B CD b = C AD.
b g′

Portanto, segue do Teorema 1 que os triângulos △ABC, X


△ACD e △CBD são semelhantes entre si. X′
A prova do resultado a seguir fica como exercı́cio para
o leitor. Como sugestão, adapte a ideia utilizada nas de-
monstrações apresentadas dos critérios de semelhança de
triângulos (você também pode achar útil revisar a demons- Temos OX ′ = r · OX e OY ′ = r · OY . Logo, segue
tração do Exemplo 13 do material teórico referente ao Te- do critério LAL de semelhança que os triângulos △XOY
orema de Tales, parte I). e △X ′ OY ′ são semelhantes, com razão de semelhança r.
Portanto, XY e X ′ Y ′ são paralelos, com X ′ Y ′ = r · XY .
Teorema 5. Se dois triângulos são semelhantes, com razão
de semelhança igual a r, então a razão entre os compri-
mentos de duas de suas alturas, medianas ou bissetrizes
correspondentes também é igual a r. Mais geralmente, A seguir, colecionamos mais algumas propriedades im-
a razão entre dois elementos lineares correspondentes nos portantes das homotetias, cujas demonstrações ficam como
dois triângulos é igual a r. exercı́cios para o leitor.

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Propriedades de uma Homotetia HO,r : referência [3] discute as propriedades das homotetias elen-
cadas no texto, bem como traz várias aplicações interes-
Uma homotetia H = HO,r é um exemplo de trans- santes.
formação de semelhança e, assim, possui as seguintes pro-
priedades, comuns a toda transformação de semelhança: Sugestões de Leitura Complementar

O
a) H transforma pontos colineares em pontos colineares. 1. A. Caminha. Tópicos de Matemática Elementar, Vo-
Mais, precisamente, se P está entre A e B, então P ′ = lume 2: Geometria Euclidiana Plana, 2a edição. Rio
H (P ) está entre A′ = H (A) e B ′ = H (B). Logo, a de Janeiro, Editora S.B.M., 2013.
imagem de uma reta por H é uma reta e a imagem de
um ângulo por H é ainda um ângulo; 2. O. Dolce e J. N. Pompeu. Os Fundamentos da Ma-
temática Elementar, Volume 9: Geometria Plana.
b) H preserva medidas de ângulos, ou seja, para todo São Paulo, Atual Editora, 2013.
c′ B ′ = C AB.
ângulo ∠CAB temos C ′ A b Em particular,
H preserva perpendicularismo; 3. E. Wagner. Construções Geométricas. Rio de Janeiro,
S.B.M., 2007.
c) H preserva paralelismo de retas, isto é, se r e s são
retas paralelas, então r′ = H (r) e s′ = H (s) são retas
paralelas.

Além disso, uma homotetia HO,r : Π → Π possui ou-


tras propriedades, particulares às homotetias, tais como
as seguintes:

H1 - O único ponto fixado por uma homotetia não trivial


(i.e., de razão diferente de 1) é o seu centro O. Em
sı́mbolos, para r 6= 1, temos HO,r (P ) = P se, e so-
mente se, P = O.

H2 - Toda reta m passando por O é invariante por HO,r , ou


seja, se m é uma reta contendo O, então HO,r (m) =
m.

H3 - Toda reta m que não passa por O é transformada por


HO,r numa reta m′ = HO,r (m) paralela à reta m.

H4 - A inversa de uma homotetia HO,r é uma homotetia


de mesmo centro O e razão r1 . Assim, todo homotetia
é uma transformação involutiva, i.e., a composta dela
consigo mesma é a transformação identidade.
a
Dicas para o Professor
O conteúdo dessa aula pode ser visto em três encontros
de 50 minutos cada. Recomendamos trabalhar as demons-
trações dos critérios de semelhança, adequando as figuras
apresentadas para refletir os argumentos apresentados nas
demonstrações. Para os resultados não demonstrados, su-
gerimos construir uma argumentação, fazendo uso do Teo-
rema de Tales e seu recı́proco, discutidos em notas anteri-
ores, mostrando ao aluno que fatos geométricos realmente
se apoiam na validade de outros resultados mais simples,
já estudados.
A referência [2] contém vários exercı́cios simples envol-
vendo semelhança. Para o leitor interessado em aplicações
mais elaboradas, sugerimos a referência [1]. Por fim, a

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