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ISSN 1414-5685
REVISTA BRASILEIRA
DE. INFORMÁTICA
NA EDUCAÇÃO
SETEMBRO 1997
· Diretor: Raul Sidnei Wazla\vick
Conselho Editorial
L.:l~~~~----ic!l _ 7'!'~~":": ~ _•.Yo":-*-,,~-~..........._~--.--~~" ~~s;:::::: ___ QA· --~Z C:i*,I.Jfl ~--. ~
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SETEMBRO 1997
Capa e Projeto Gráfico
Lucas Tadeu Salgado e Milton Luiz Horn Vieira
Artes Finais
Lucas Tadeu Salgado e Milton Luiz Horn Vieira
Rev isão
Comissão de Publicação
Semestral
Texto em português ,, ,
ISSN 1414-5685
CDU: 744
Impresso no Brasil
,
s u M A I o
EDITORIAL 07
ARTIGOS CO 09
Soft\vare Educativo Multimídia - 09
Aspectos Críticos no seu Ciclo de Vida
Alvam H. Galvis-Panqueva (UNIANDES)
RESENHA 101
Atualizando Dicas Visuais para Coerência 101
Local e Global na Web
Creto A. Vidal, Edgar Marçal Filho e Antonio J. M. Leite Júnior (U FC)
EDIT.OR
· http://www.inf. ufsc.br/sbc-ie/revista/
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ARl~IGO CONVID AD IO
SOF-T\'~ EDUCATIVO MULTIMÍDIA
ASPECTOS CRÍTICOS NO SEU CICLO DE VIDA
.. RO H. GALVIS-PANQUEVA, D. Ed.
Resumcn
~iería
de software educativo es
c:..is que tratar de hacer una
~...,.......,,...,,
~iõrl ar.isticamente lograda de ideas
apoyadas con tecnolo gia
~-~' =:a... En la última década esta
~ de práctiea se ha
ll:lOde los oominios de trabajo
retadorcs, en cl que se
cuyc ~n último es
+
p2IG
cnsíno-aprcndiz.agc
apresenta o q~e sua ...
pesquisa e desenvol-~menlu
décadas - provou ser aqueles poucos
que não pode errar Quem desen
software educativo, lc\'an
consideração as oportunidades que of.o_ •._
~
multimídia interativa. Para tan~o é
como referencial aquilo que constitui o oc
de vida de um material educait'\'O
informatizado e analisa os requisitos que.
devem ser satisfeitos nas diversas fases,:\ ~t17
dos desafios apresentados pela educação para
a sociedade do conhecimento e do que se
considera um bom ambiente educativo
:!poiado na infom1ática.
informática.
MARCO DE REFERÊNCIA
+
técnico-funcional, mas também humanas. O
desafio é conseguir que o sistema seja usado Quando o observador desavisado
pelos usuflrios, na forma devida; não que repara o que o educador treinado em
cumpra apenas as suas fLmções e que faça isso informática é capaz de fazer, aproveitando as
de maneira eficiente. Em se tratado de· oportunidades genéricas disponíveis e sem
cngen·haria · dê · software, a inter- qualquer desenvolvimento específico, pode
disciplinaridade tomou-se necessidade. perguntar se vale a pena fazer engenharia de
software educativo.
O que dizer, então, da engenharia de
software educativo (ESE)? Será apenas uma Tendo a seu dispor uma ferramenta
1
mudança no campo para o qual o software é de produtividade como o Office M, o educador
elabor~do, ou envolve também uma mudança poderá criar poderosos ambientes educativos
estrutural na maneira de conceber e que acrescentam valor às ferramentas
desenvolver as soluçÕ!I.S, o que faz dele uni convencionais para aprender temas fáceis de
campo de pesquisa e praxé privilegiado? Seja dominar (ver exemplos em Universidad de
qual for a resposta à questão precedente, é Los Andes [UNJANDES], 1996). Do mesmo
difícil determinar também o que deve levar modo, quando um educador, consciente dos
em consideração quem trabalha nesse campo, desafios da globalização e da
de maneira que o seu trabalho ajude na sociedade/socialização do conhecimento,
solução de problemas educativos com o decide abrir as janelas da tecnologia para o
auxílio dos ambientes informáticos? saber, colocando seus alunos em contato com
outros seres humanos por meio das redes
A resposta a esse tipo de questões é virtuais como as da INTERNET (ver, por
mais importante agora do que há dez o mais exemP.lo o caso da KIDLTNK, que é uma rede
mws quando a pergunta chave era se o global de crianças na faixa de I O à 15 anos
computador tinha algum sentido na que provêem atividades educacionais sobYC o
cd\lcação. Atualmente fala-se de como tirar o controle de crianças - De Presno, 1996) está
maior proveilo dele, uma vez que a sua enriquecendo a educação com a informáuca,
presença é inevitável. A educação, como mas não está fazendo ESE. Em ambos casos.
~ ~~~~~;::~·~ ...
Artigo- Softw:u·e Educativo 1\1 ultimldia- Aspectos C ríticos no seu Ciclo de Vida
convém destacar as seguintes qualidades que outros meios c recursos para a aprendizagem
o diferenciam de outros meios de aprender: permitindo assim a criação de ambiente·
cooperativos de aprendizagem , c
I . O computador tem capacidade para aproveitamento das qualidades únicas ck
armazenar, processar e apresentar outros meios (transmissivos, experienciais
inf;Jt'lllnção multimídia de forma internfivn ; interativos) c a criação de ambiente ~
assim, é possível criar contextos para educativos multimídia. Vale dizer, c
-e-
aprendizagem nos quais pode-se dar uma computador permite a articulação de
relação de diálogo com o nível concreto ou multimídia interativos dentro de ambiente! C!"
abstrato requeridos, sob controle do usuário multimídia educativos nos quais o professor e-
ou do programador, segundo a conveniência. desempenha um papel preponderante.
~
2. O computador pode agir com diversos Qualidades como as referidas fazetT c!'*
níveis de inteligência adquirida; então, o com que, hoje em dia, a discussão se volt{
~
sinal de inteligência de um MEC será a mais para o que faz sentido realizar con-
semelhança, maior ou menor, da sua infom1ática, antes que: o que pode ser
execução com o comportamento racional dos realizado com o ~cu apoio. Isso apenas estZ. ----
~
humanos. A inteligêricia não é um atributo limitado pela imaginação do programador,
dicotômico (existe ou inexiste), mas urna uma vez que é possível realizar, com maior ou ~
qualidade que pode apresentar diversos menor custo c esforço, o que a gente quiser. O
~---
níveis de desenvolvimento, como demonstra primeiro é o essencial e faz sentido dedicar a
Ruccln ( 1993) quando diz que um exercitador isso nossos esforços. ~"'
pode mostrnr diversos graus de inteligência: ~
no nível rnais básico apenas pode "dizer" ao ASPECTOS CRÍTICOS EM ESE
~
aprendiz se a resposta dele é ou não correta; PARA AMBIENTES MULTIMÍDIA
~-"
gradualmente, porém, pode realizar outras
+
tarefas, tais como adaptar os exercícios, O ciclo de vida dos MECs serviv ~
dependendo dns ca racterísticas c da como eixo de trabalho no processo de
~....?
performance do aprendiz, dar expl icaçõcs ou artieulaç:<io dos aspectos educacionais, de
sugestões derivadas do processo, ou mesmo comunicação c computaci onais que se
~-
resolver exercícios propostos pelo estudante. imbricam na criação de ambientes educativm:
~
Q u a n to m a i s i n t el i g e n t e s e j a · o multimídia apoiados nos MECs (Galvis.
~·
...permitindo comportamento de um MEC, maior 1992a). As fases de análise, planejamento,
flexibilidade ele dá ao processo de desenvolvimento, prova piloto e prova de ~...i'
assim a aprendizagem e mais poderoso é o ambiente campo serviram para diferenciar e integrar as
de aprendizagem que proporciona. etapas do processo sistemático que guia o ~
criação de trabalho de ESE. Todas elas são importantes, ~
ambientes 3. O computador viabiliza diferentes níveis urna vez que acrescentam valor à obtenção de
~
um produto que tenha sentido para a
cooperativos de interação. Graças a sua capacidade para
processar informaçiio, aos avances na população e tenha necessidades que são de .,e9'
de inteligência artificial e às inferfaccs de interesse. Entretanto, nem todas as fases tê ~
aprendizagem ".' diverso tipos, das quais ~ode· lança.r mão,_o m componentes críticos, nem todos os sub-
~
' ~'
computador pode fazer VIável uma mtcrnçao processos são delicados do mesmo modo.
o aprm•rita- ~ 1 de grau zero, ENTERatividade (o usuário fllll!!!!9
mento das limitn-sc a npcrtnr ENTE~ para continuar, Nesta seção do trabalho compartilho
.,e9'
mas o controle da açao . está com o com o leitor o que na prática achei ser o
qualidades programador) até o grau máximo elemento chave no êxito (FCE) do processo _,e9
lNTERatividade (na qual há interação de
únicas de diúlogo de lSE para ambientes multimídia. Como __.,
entre a máquina c o usuário, em aponta Rockart (s.d.), os FCE são aquelas
outros meios... virtude da qual o aprendiz está em controle do
que acontece, dentro dos condicionamentos
poucas coisas às quais precisamos dedicar
especial atenção se queremos ter êxito, ou .,.,.
~
educativas rclc\·:mtcs c pctiincntcs, criar da ESE nos apercebemos que tratar o usuário
micro-mundos interativos c articular como cliente e não como escravo tem
de\ida.n1cnte os ambientes informáticos de implicações muito importantes: por um lado ... qual a visão de
-prendJzagem. nos preocupamos com conhecê-lo, e futuro que ele
co nhecer também as condições que
Ousu:írio: eixo focal do processo inOucnciam suas decisões em favor do nosso tem de si mesmo
produto ou serviço educativo. Por outro, e de seu
..,....
~
A n:lcyüncia c signilic:-~do de lllll
MEC tem a ver, em grande medida, com o
grau de atenção que ele dedique ao campo
vital do aprendiz, a seu ambiente psicológico,
procuramos acrescentar va lor ao que ele
recebe quando decide acessar nosso sistema,
de maneira que pennaneça fiel a ele enquanto
satisfaz suas necess idades.
relacionamento
com o ambiente
. .. quais os
a suas experiênci as anterio res, suas
expectativas, motivadores internos, atitudes e Na prática isso implica que, ao invés princípios e
aptidões. Mesmo sendo esta uma obviedade, de tentar "vender-lhe" um MEC, nos
apontada h:í mais de quatro d6cadas pelos inte ressa snbcr qual o cenário em que o ~ valores em que
psicólogos da Gcsta lt (Lcwin, 1951) c cliente age - os contextos, perspectiva e ele acredita...
retomada por membros de outras correntes problemas relevantes no seu ambiente; quais
cognitivas, muitos dos MECs se fazem os elementos que integram seu_campo vital
centrados no conteúdo, no que se deseja que o (identidade) e os elementos expressivos que
usuário apreenda, na funcionalidade que podem influir na sua decisão de usar um MEC
subjaz à estrutura de aprendizagem e nas como base para aprender; qual a visão de
características que se espera · que tenha em ji tfuro que ele tem de si mes mo e de seu
função do tipo de s<Jrtwarc que se deseja relacionamen_to com o ambiente e que papel
construir. pode desempenhar nessa visão o que ele
aprender; quais os princípios c valores em
Se o que nos interessa é acrescentar que ele acredita, como base para intervir no
+
valor no (campo) educacional a quem se processo de aprendizagem; quais as
utiliza do MEC, o mínimo que podemos fazer necessidades passíveis de serem atendidas
é tentar achar as condições dé base para com o apoio de MECs. Um e xercício de
consegu ir que as experiências olcrccidas pelo pensamento estratégico como esse pode
MEC façam sentido, atraiam c segurem o ajudar para compreender a natureza do
aprendiz no processo de construir e apropriar destinatário daquele a quem se destina nosso
idéias releva1Úes. Como consegui-lo? Não há esforço.
uma fóhnula feita. Mas alguns princípios
podem ser úteis nesse processo: use um Marcos tecnológicos
' enfoque cs!rat~gico, apóie c.:m. marcos
tecnológicos compartilhados c descubra O êxito de um MEC depende de
expectativas a partir de necessidades múltiplos fatores, mas o fundamental é a
relevantes. congruência entre o marco tecnológico de
._ quem o programou c desenvolveu, com quem
Enfoque estratégico o implementa e com quem avalia sua
cfeti v idade. Sáez Vacas ( 1996) diz que os
Este enfoque visa propiciar o sucesso marcos tecnológicos têm a ver com "as
n:~quilo que nos interessa, a partir da imagens ou interpretações sobre a tecnologia
obtenção c conservnção de vantagens c seu papel na organização" por parte dos
competitivas . O cerne deste raciocínio; pelo diversos integrantes do trinômio 0 -1- T:
menos no mundo dos negócios, é o cliente, responsáveis pela Organização (diretivas),
da~"~.do por suposto que se compete para responsáveis Individuais (professores e
m:mtcr a sua fidelidade, m:m contexto de cgtudantcs) e responsáveis pela Tecnologia
axrtu:-a (caso· contrário t.Jfío seria cliente c (di namizadores tecnológicos).
•:r:1 ,·s,.,.,n·o!) A sobrevivência du111a
l:'rg:mizaçiio depende. :1 longo prazo, e m Do ponto (de vista) sócio-técnico, o .
~r.mde pattc, dessa fidel idade (Galvis, I ()95). processo ESE não se limita . à gestação e
elaboração ou escolha dum produto que case
Trazendo este enfoque para o campo com o que é educ,acionaln1cnte neéessário;
por parte da NECÉSSIDADES : COMO DETERMINÁ- Seja c twl for o domínio em que se
população LAS EPRJORIZÁ-LAS trabalhe, os 1jroblemas educativos que s<~
..:
detectam até agora não supõem
o_bjeto. Dentro do contexto acima necessariamente uma solução com ~
+
computé1dor na educação tem sentido quais não há melhor alternativa. As
~
executá-lo; deve realizar-se apenas aquilo características únicas do computador como
que acrescenta valor ao cliente dentro da meio, a que me referi acima, esclarecem a ~
identidade c visão da organização a cujo determinação sobre o que tem sentido fazer
~
serviço esteja .o ambiente educativo com seu apoio.
informatizado. ~
Requerimentos ~
Pensamento estratégico como marco de
~
referência A especificação de requerimentós
para o apoio informático surge a partir de um ~
. As organizações que não têm Projeto processo metódico como o precedente. Não é ~·
Educativo Institucional podem ficar qualquer necessidade que vai ser atendida;
desl~mbrad as com qualquer tipo de solução nem todas as fases do processo requerem ~
informática que ap!rece. A t()Cnologia é necessariamente o suporte; apenas alguns ~
fascinante c se presta para tudo. As tipos de MECs são adequados para um caso
~
instituições que geraram pensamento
estratégico c .aufcriram dele programas de
determinado, e sua articulação ou
engrenagem no momento de implantá-lo .,.,.
ação têm maior clareza sobre o que c porque o foram previstos desde a própria concepção .,_,
querem, bem como sobre as estratégias para
conseguí-lo. Do ponto 'de vista da
dos MECs . Saber a quem é dirigido, para quê,
desempenhando que função e como se
.,._,
transformação organizacional pc Ia engrena no processo, é uma ótima base para ~
informática (afinal é isso que se procura com continuar o ciclo de vida do MEC.
_,-
os MECs que acrescentem valor), gera
diferença propiciar que a organização MICROMUNDOS INTERATIVOS _,_,..
----
educativa encontre o que é importante (o eixo
rneal c ra?.iio de ser). n que vale a pena dcdienr
os esforços (onde cstfío as ncet:"ssidadcs
Muita!: pessoas ficam surpresas
quando ouvem falar de micro-mundos com(l ...,
verdadeiras) e que tipos de apoios base para aprender; e mais ainda se sãr ..,.,...,
infOJmáticos vale a pena privilegiar (qual a interativos. O natural, então, em certos nh·eis ..,
* N* OI- setembro de 1997 ,.,..,.,
Revista Bra~ill'ira de Infonnática na Educr~ção
..,.,.,
~
Revista Brasileira de Informática na Educação* N' OI -setembro de 1997
+
controle do usuário c que podem ser afetadas Rom, Paramount Pictures. Outros exigem do
com base nas fen·amentas tecnológicas a seu aprendiz boa disposição para compreender o
dispor. argumento/tema c a maneira de usar as
ferramentas que estão disponíveis para agir.
Seria impossível falar de ESE sob Por exemplo, Cosmo logia que é um micro-
ambientes multimídia interativa sem levar mundo desenhado ·pot Olga Marifío e G loria
seriamente em consideraç ão esse Cortés com a equipe UNIANDES-IDIE, para
ingrediente. facilitar ·a aprendizagem de conhecimento micro-mundos
sociais rela tivos à evolução da humanidade e e seus
Argumentos rclcvantc..c:: à sobrevivência das espécies . Assumiu a
Missão de Ciência e Tecnologia, sob a argumentos
Os micro-mundos podem ser direção geral do Prof. Rodolfo Linás. Em costumam ser
intrínsecos ou extrínsecos, dependendo da ambos casos é o aprendiz quem conduz a
relação, mais ou menos estreita, que tenham ação, quem possui um certo controle dos estimulantes
com o eixo do aprendizado que se pretende eventos que deflagram comportamentos do por si mesmos,
propiciar com o M EC; mas, em qualquer micro:mundo.
caso, deverão ser relevantes para o aprendiz c quando foram
ajudar a conseguir o que ele deseja. Gerar Desafios importantes planejados sob
micro-mund os relevante!' nüo é tarefa
simples: c alguns programadores limitam-se . Os micro-mundo:; c :;cu:; argumentos !h condições
a emoldurar o processo de aprendizagem costumam ser estimulantes por si mesmos, como as
num discurso competitivo e gasto, como o do quando foram planejados sob condições
"enforcado" (é necessário não se deixar como as referidas acima. Entretanto, podem referidas...
enforcar) ou o da "galeria da fama" (precisa ser utilizados de diferentes maneiras, dentre
rntr:1r 111'1:\) ,F~lt'~ ~il<' mkr,'-111111Hins as quais se dcstncam as du:ts a seguir: de
C'Xtrinst-cos: n :lt' lt'lll a ,·er d ilt't:mwnlt' nHn o ~:x plornçiitl e ~tlltH;<i(l de problema~. Na
que se aprende, mas s'crvcm para incentivar a primeira dá-se ao usuário a oportunidade de
motivação cxtrinscca, ainda que n ão "curiosear", de explorar o que acontece se ... ,
g:nantcm a per manência da própria de propor suas próprias relações c testa-las.
por outra parte. reservar para o docente uma de informação e comunicação. Não se pode
série de decisões, em vista da evidência que o simplesmente impor uma tecnologia à
MEC vai acvmulando para a análise do que o educação para que ela esteja em sintonia com
aprendiz faz, é também (uma condição) a sociedade em que se realiza; a mesma deve
descjnvcL Aclarar desde o início estas ser repensada. Os ambientes
funções. evitará que projetos bons fiquem só
pJrcialmente implementados por falta de Não é só a escola c a família que edumáticos e
ins:rumentação de requerimentos não educam; as comunicações, através de tele-
espcci ficados oportunamente. recursos tele-informáticos, tornam-se meios
cada vez mais poderosos de "doutrinamento" informáticos
REPENSANDO A EDUCAÇÃO COM ou de "dar controle" às pessoas, dependendo
multimídia
APOIO DA INFORMÁTICA da maneira como sejam manipuladas e do
papel que os educadores, comunicadores e estarão na
A ESE em an1biente multimídia, que informáticos queiramos assumir neste
parece tão viável hoje em dia c qu·c suscitou processo.
ordem do dia,
tantas expectativas entre educadores e apoiados não
empresários da educação (um filão a ser· Os ambientes cdumáticos e tele-
somente em
i!t explorado!). não é apenas uma tecnologia que
está pronta e pode ser aproveitada. É, talvez,
informáticos multimídia estarão na ordem do
dia, apoiados não somente em ambientes ambientes
é uma oportunidade para repensar o que multimídia interativos como os que
fazemos na educação c como o fazemos. Os conhecemos, mas prova velmente em multimídia
+
A educação parn o século XXI, possibilitarão experiências insuspeitas onde e
pem1anentc (durante toda n vida) c aberta quando a gente quiser; tudo no contexto de
(para todo o mundo), mergulhada numa redes virtuais, nas quais navegar é um modo
• sociedade em que o conhecimento será uma comum de ação, epas quais a resposta não é o
..
:o··
~
~
das forças que pesarão no balanço sócio-
econômico, incluído no bojo do
desenvolv i mento (ou do sub -
desenvolvimento), terá como um dos seus
poderosos parceiros potenciais as tecnologias
importante c sim saber obtê-la e agir a p artir
dela. Estamos diante duma revo lução
tecnológica e educativa na qual , os que
trabalham na construção de soluções não
podem ser meros espectadores.
~ \,... ~w
~ ....
~
Autor - Alvaro H. Gahis-Paoque·.'
Papert, S. ( 1981 ). Chi ldren, Computers and Powe1julldeas. Brigbton: Harvester Press.
Presno, O. (1996). KIDLINK- Red Global de Jóvenes de 10-15 Aiíos. InRIB/E, Memorias de/
111 Congreso lberoamericano de Informática Educativa. Barranquilla, Colombia.
República de Colombia, MEN - PNUD - UNESCO (1994) . Reflexión sobre los proyectos
educativos institucionales y guía para la construcción de los planes operativos por parte
de las comunidades educativas. Santa fé de Bogotá.
e
Rockart, J. f. (s.d.) Los altos cjecutivos defincn sus nccesi.l:tdes de información. Biblioteca ~
!Jarvard de Administración de Empresas, 254.
.e-
Rueda, F. (1993). Qué puede aportar la inteligcncia artificial al desarrollo de la Informatica ~
S;\ez Yacns, r:. (1996). La innovación tecnológica, instrumento precstratégico: un modelo sacio ~
--
.e-
~M. s;;%- ~
.,...
,,
IV CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO RIBIE'98
, ~
~
Propiciar uma educação livremente acessível, eqüitativa e de melhor qualidade com as novas
tecnologias de informação e comunicação ~
.c!!:'"
AR GO C O N V. I DA DO
, ' ,
INFORMATICA EDUCATIVA NO)JRASIL: UMA HISTORIA
VIVIDA, ALGUMAS LIÇOES APRENDIDAS
Prof. de Pós-Graduação
em Educação (SUC) - PUC/SP
Coordenadora Geral do PROINFO/MEC
S PRIMEIRAS INICIATIVAS
+
primeiras iniciativas na área tiveram suas Desta forma o Govemo Brasileiro deu
raizes plantadas na década de setenta, origem à CAPRE - Comissão Coordenadora
quando, pela primeira vez, em 1971, discutiu- das Atividades de Processamento
se o uso de computadorc:; no ensino de Física, Eletrônico, a DTGJBRÀS - Empresa Digital
em seminário promovido em colnboração Brasileira c a própria SEI - Secretaria
com a Universidade de Dartmouth/USA. Especial de Informática, que nasceu como
Informa, também, que as primeiras órgão executivo do Conselho de Segurança
demonstrações do uso do computador na Nacional da Presidência da República, em
educação, na modalidade CAI, Computer plena época da ditadura militar. Este órgão
.•ided Jnstruction, ocorreu no Rio de Janeiro, tinha por finalidade regulamentar,
em 1973, na I Conferência Nacional de supervisionar e fomentar o desenvolvimento
Tea~ologia Aplicada ao Ensino Superior. e a transição tecnológica do setor.
da Educação sociedade e promover as interações ensejo a uma disciplina voltada para o ensino ~
necessárias. de informática. A partir de I 973, o Núcleo de
tomou a Tecnologia Educacional para a Saúde e o
e"
+
primeiras investigações na área. teletipo e display num experimento simulado
de física para alunos do curso de graduação.
~
Naquele mesmo a n o, foram Destacava-se também o software SISCAI,
~
cl:1borad:ls as primeiras diretrizes
ministeriais para o setor, estabelecidas no JII ·
desenvolvido pelo Centro de Processamento
de Dados- CPD, voltado para a avaliação de .,_,
Plano Setorial de EdticaÇão'-e ' Culttira - III alunos de pós-graduação em educação. Estas
PSEC, referente ao período de 1980/1985. e outras experiências foram sendo realizadas
..,er
Essas diretrizes apontavam e davam o devido até 1980, utilizando equipamentos de grande ~
respaldo no uso das tecnologias educacionais porte. O computador era visto como recurso
c dos s ist ema~ de computação, enfatizando ns auxiliar do professor no ensino e na ~
possibilidades desses recursos colaborarem avaliação, enfocando a dimensão cognitiva e ~
para a melhoria da qtialidade do processo· afetiva ao analisar atitudes e diferentes graus ~~
educacional, ratificando a importância da de ansiedade dos alunos em processos (
~
Revista Brasileira de Informática na Educação* N" 01- setembro de 1997
+
destacando a importância de se pesquisar o
Ainda no final da década de 70 e uso do computador como ferramenta auxiliar
princípios de RO, novas cxrieriências do processo de ensino-aprend izagem. Deste
surgiram na UfRGS apoiadas nas teorias de seminário surgiram vúrias recomendações
Jean Piaget c nos estudos de Papcrt, nortcadoras do movimento e que até hoje
destacando-se o trabalho realizado pelo continuam influenciando a condução de
Laboratório de Estudos Cognitivos do políticas públicas na área.
Instituto do Psicologia - LECIUFRGS, que ... implantação
explorava a potencialidade do computador Dentre as recomendações, de projetos-
usando a Linguagem Logo. Esses trabalhos destacavam-se aquelas relacionadas à •
fornm desenvolvidos, prioritnriamcntc, com importância de que as atividades de .plloto em
crianças da escola pública que apresentavam infonnática na educação fossem balizadas universidades,
dificuldades de aprendizagem de leitura, por valores culturais, sócio-políticos e
cujas
I
escrita c cálculo, procurando compreender o Ptdagógicos da realidade brasileira, bem
raciocínio lógico-matemático dessas crianças corno a nece'"ssidade do prevalecimento da
investigações
e as possibilidades de intervenção como questão pedagógica sobre as questões
forma de promover a aprendizagem tecnológicas no planejamento de ações. O ocorreriam em
autônoma dessas crianças. computa?or_ foi rcconhe:_ido como um meio caráter
de ampllaçao das funçocs do professor e
OS PRIMEIROS SUBSÍDIOS jamais co '!lo forma de s ubstituí- lo. 1::: experimental ...
\
Artigo - Informática Educativa no Brasil: uma História Vivida, algumas Lições Aprendidas
~·
consultn c envolvimento ele representantes da ação.
comunidade técnico-científico nacional, ......
compreendendo também professores das
Re' ista Brasileira de Informática nrt Educ:tção * N• 01- setembro de 1997 "'"
,.e"'
_.,.
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~
Revista Brasileira de Informática na Educação* f\.. 01 - setembro de 199'7
+
regionais, com fléxíb il idade suficiente para o Executiva da referida Comissão, atendendo
atendimento às situações específicas, ao recomendações propostas, apresentava o
aumento da efetividade no processo de doc umento Projeto E DUCOM, q ue
ensino-aprendizagem, à elaboração çie uma consubst anciou uma proposta
programação participativa a partir dos interdisciplinar voltadá para implantação
interesses do usuário Acreditava-se que experimental de centros-piloto como infra-
desta forma estaria sendo garantido o estruturas relevantes para o desenvolvimento
impacto motivaeional do programa e o de pesquisas, objetivando a capacitação
emprego de mctodologias inov adoras nacional e coleta de subsídios para uma futura
capazes de nÍelhorar a qualidade da educação política setorial.
brasileira. Esse documento propunha a
ampliação e acumulação de conhecimento na Após sua aprovação, a SEJ divulgou
~rca 11)ediante a realização de pesquisas para o Comunicado SEIISS n°l 5/83, informando
acapacitação nacional, o desenvolvimento de o ioteresse go~emamental na implantação de
s~ftware educativos balizados por valores centros-pil9to em universidades interessadas
culturais, sócio-políticos c pedagógicos da no desenvolvimento dessas pesquisas,
realidade brasileira, c a fo rmação de recursos mediante ações integradas com escolas
hum:mos de alto nível. públicas, prcfcrcncialmcnlc de 2" grau,
estabelecendo, inclusive, critérios e fonna s
Para opcracionaliação da proposta, de operacionaliação do projeto.
sugeria a criação de uma Comissão Oficial,.
sob a égide do MEC, com representantes da Entretanto, pouco tempo antes, em
SEI. CNPq, F INEP c unia Comissão novembro de 1982, foi criado o Centro d e
Executiva para exercer a fu nção mediadora Info r mática d o MEC - CENI F OR,
rotrc a comissão oficd c a , comunidade subordinado à Fundação Centro Brasileiro de
zczdêmica, os centros-p ilo to c demais TV Educativa- FUNTEVÊ, hoje Fundação
;:.sti:uiçõcs d e ensino c pesqu isa Roquette Pinto, cujas atribuições regimentais
-·~das. Para o início dos trabalhos o foram posteriormente rcformuladas em
mcnto sugeria, em fu nção dos parcos março/84, para melhor cumprimento dos
+
universidades, na busca de subsídios para obstrução da pesquisa, o Projeto EDUCOM .,c'
uma futura política para o setor educacional. cumpriu o seu papel, como pode ser
Pesava, também. IIcssa decisão a queslfío observado no documento anteriormente ~
financeira, pois apesar do acordo firmado referenciado . Na realidade, se mais não foi
entre os organismos governamentais e o feito, foi porque os organismos
r!é
~
próprio estímulo para a implantação do governamentais deixaram de cumprir parte
Projeto ter se originado na própria SEI, esta
secretaria não havia previsto no seu
orçamento o montante de recursos capazes de
de suas obrigações financeiras, apesar dos
diversos protocolos finnados e do interesse e
iniciativa de implantação do Projeto partir do
--·
~·
.,e;
dar a devida sustentação financei ra ao próprio Governo federal. .Je
projeto, em termos ele contrapartida ~
negociada com o MEC. Assim, coube ao PROGRAMA DE AÇÃO IMEDIATA EM " .
Ministério da Educa~ão, apesar de inúmeras INFORMÁTICANAEDUCAÇÃO .,e·
dificuldades, 'g·aranti'r a sua J,e·
operacionalização. Em fevereiro de 1986, logo após a ~
··-~ ----
.e''
111'
_,..
Revista Brasileira de Informática ua Educação* N• OI -setembro de 1997
+
a'ssumir o comando do seu próprio processo UNICAMP, em 1987 e 1989, dedicados aos
de informatizaÇão; colaborando para o· pleno professores das diversas secretarias estaduais
dc!;cnvolvimcnto de) país. de educação c das escolas técnicas federais .
-=:j#l@tdt!fiW·
Artigo - Infor"'ática Educativa no Bntsll: um a História Vivida, algumu Lições Aprendidas
+
Educação, competiu o repasse dos recursos Informática na Educação, realizada em fi!!'
à elaboração de ; implcmcnlaçiío dns atividades _no ~m~ito americana, sol icitaram participação. ~
+
Recursos Humanos em áreas Estratégicas -
Apoiado em refe rências RHAE, do Ministério de Ciência e
constitucíonai!), capítulos III c 1V da atual Tecnologia.
Constituição Brasileira, referentes às áreas de
educação, ciência e tecnologia, o Programa Em seu doéumento referencial , o
''isava apoiar o desenvolvimento e a PRONINFE fundamentava - se na
utilização da informática nos ensinos de I0 , 2° necessidade de intensa colaboração entre as
c 3" graus e educação especial, o fomento à três esferas do poder público, onde os
infra-estrutura de suporte relativa à criação de investimentos federais seriam canalizados,
\'arios centros, a consolidação c integração prioritariamente, para a criação de infra-
ih~ pesquisas. bem como a capacitação estnlturn de suporte em instituições federai s,
continua c pcnnancntc de professores. estaduais c municipais de educação, para a
capacitação de recursos humanos e busca de
Propunha, também, a criação de uma t autonomia, científica e tecnológica para o
estrutura de 'núcleos distribuídos setor. ~eus objetivos e metas atendiam,
~eograficamente pelo país, a capacitação também, aos preceitos constitucionais
rucional através de pesquisa c formação de referentes à área de ciência c tecnologia,
recursos humanos, mediante um crescimento solicitando tratamento prioritário à pesquisa
•adual em busca· de competência científica básica voltada ao bem-público e ao
.:cnológica referenciada e controlada por progresso da ciência na busca de soluções
objetivos educacionais. aos problemas brasileiros. Seus objetivos,
metas c estratégias vieram também a integrar
Simu ltaneamente à criação do o Plano Nacional de Educação, o Plano
PRO~INFE, cuja coordenação passou a ser Plurianual de Investimentos, desdobrando-
n.acida por uma Comiss;io Geral de se, posteriormente, em metas é atividades de
Coordcnaç.1.o subordinada à Secretaria Geral alguns planos estaduais e municipais de
MEC. foram iniciadas gestões junto à educação, na tentativa de assegurar a sua
..:cretaria Especial de Informática do opcraeionaliação junto às bases estaduais e
'·-isté:io de Ciência c Tecnologia municipais na esperança de maior fluência de
prioritárias capacitação de professores e técnicos dos curriculares, além da integr açã <
...
-
diferentes sistemas de ensino, consolidação e ampliação das pesquisas
... ações voltadas desenvolvimento de pesquisa básica c socialização de conhecimentos
aplicada, implantação de centros de experiências desenvolvidos.
para a informática educativa, produção, aquisição,
......
capacitação de ndapla<,~ão c avnliação de so.flwares Para tanto, foi prevista a criação d' -
educativos. Pretendia-se, também, faci li tar a uma infra-estmtura de núcleos ou centro·
professores e aquisição de equipamentos computacionais distribuídos geograficamente pelo paí s
técnicos t»· por parte dos sislcmas de educaçiio pública, localizados em universidades, secretarias d·
implantação de rede pública de cduc~tção c escolas técnicas federais. Es s~ _
... deselll'Oil'i- comunicação de dados, incentivo i\ cursos de núcleos, chamados de centros de informátí•:·
1
mento de pós-graduação na área, bem como na educação, tiveram atribuições de acord< ..:"'
acoinpanhamenl o c avaliação do Programa. com os seus diferentes campos de atuação. e -
pesquisa básica em função da vocação institucional de sua
e aplicada... Em 1990, o Ministério da Educação clientela, constituindo-se em centros d e -=-
nprovou o I" Pl:lno de Ação Integrada - informática na educação superior- CIES. ~
PLANINFE. para o período de 1991 a I 993, centros de informática na educação de I" c 2 e:
coní objetivos, metas c atividades para o graus - CIEd e centros de informática n·,
setor, associados a um horizonte temporal de educação técnica - CIET. e ;;.
maior alcance. O PLANINFE, assim como o f!l!!!."
PRONINFE, destacava, como não poderia Em termos de organização ,:
+
deixar de ser, a necessidade de um forte funcionamento, o Centro de Informática 11a - .
programa de formação de professores, Educação Superior - CIES- ficou vinculado n ~
acreditando que as mudanças só uma universidade, destinando-se à realizat
ocorrem se estiverem amparadas, em pesquisa científica de caráter interdisciplinar. .e
profundidade, por un1 in~ensivo c compcte'ntc formar recursos humanos, oferecer suportt.: ~
programa ele capacitação de recursos aos C JEd e C JET, além de supervisionar I!!'.;..
humanos, envo lvendo universidades, experiências educativas em andamento no~
secretarias, escolas técnicas e empresas como colégios de aplicação. O Centro J c ~
o SENAI c SEN/\C. Informática na Educação de 1° e 2~ f//11!
graus - CJEd - ficou subordinado à urn;:
A pnrtir de 1992, em função de secretaria estadual ou municipal de educaçiío, .e
gestões realizadas em anos anteriores c de ao Colégio Pedro li, ao Instituto de Educaçã(, .e
uma firme determinação do Ministro da de Surdos e ao Instituto Benjamim Constant. ~
Educação daquela'- época, fo~ criada umà tendo como função atender aos professores e
rubrica· orçamentária ~specífica no alunos de 1o e 2° graus, alunos de educaçã" re
Orçamento da União, para o financiamento especial e comunidade interessada. O Cen· w e
das atividades do setor. Esta foi uma luta de Informática na Educação Técnica, o CJET
batalhada por mais de cinco anos pela foi vinculado à uma escola técnica federal CJ:• r
coordenação do Programa, que acreditava em a um centro federal de educação tecnológica- te
sua importância para a consolidação das CEFET, destinando-se à formação d:· ,..,
atividades planejadas na área, para que não recursos humanos, realizaçã o d
ficassem à mercê de possíveis InJunções experiências técnico-científic as fll"':
políticas, como de fato ocorreram. atendimento à alunos c professores da esc rr
na. qual estava inserido.
~
O MODELO PROPRIAMENTE DITO
010· .OLOGIA
DALA.S FATOS
~roJ 81 Realização do I Seminário de Informática na Educação, Brasília/DF, UNB.
Promoção MEC/SEI/CNPq.
Duembro, 81 Aprovação do documento: Subsídios para a implantação do programa de Informática
na Educação- MEC/S EIICNPq/FINEP.
A~osto/82 Realização do li Seminário Nacional (/e Informática na Educação, UFBa /Salvador
/Bahia.
J:meiro/83 Criação da Comissão Especial ND 11183 - Informática na Educação, Portaria SEI
/CSN /PRN°001 de 12/01/83.
Julho/83 Publicação do documento: Diretrizes para o estabelecimento da Polftica de
Informática 110 Setor de Educação, Cultura e Desporto, aprovado pela Comissão de
Coordenação Geral do MEC, em 26/10/82
Agosto/S.J Puh licnção do Comunicado SEI solic itando a apresentação de projetos para a
implantação de centros-piloto junto as universidades. .
Março/84 Aprovação do Regimento Jiztemo do Centro de Informática Educativa CENIFOR
IFUNTEVÊ, Portaria n° 27, de 29/03/84. -
Julho/84 Assinatura do Protocolo de Intenções MEC /SEI /CNPq IFINEP /FUNTEVÊ para a
implantação dos centros-piloto e delegação de competência ao CENIFOR.
Julho/84 Expedição do Comunicado SEl/SS n" I 9, informando subprojetos selecionados:
UFRGS, UFRJ, UFMG, UFPe e UNICAMP.
Agosto/85 Aprovação do novo R egimento Interno do CENIFOR, Portaria FUNTEV~ n°246, de
14/08/ 85.
Sctembro/85 Aprovação Plano Setorial: Educação e Informática pelo CONIN/PR.
+
Fevereiro/86 Criação do Comitê Assessor de Informática na Educação de 1o e 2° graus- CAIE/SEPS.
AbriU86 Aprovação do Programa de Ação Imediata em Informática na Educação.
Maio/86 Coordenação e Supervisão T écnica do Projeto EDUCOM é transferida para a SEINF
/MEC. .
' Julho/86 Instituição do I Cqncurso Nacional de "Software" Educacional e da Comissão de
Avaliaçiio do Projeto EDUCOM
AbriV86 Extinção do CAlE/SEPS e criação do CAIE/MEC.
Junho/87 Implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em Informática na
Educ(Jção, realizado na UN ICAMP.
Julho/87 Lançamento do /I Concurso Nacional de Software Educacional
Novembro/87 Realização da Jom ada de Trabalho de Informática na Educação: Subsídios para
políticas, UFSC, Florianópolis/Se.
Novembro/87 Início da Implantação dos CI,fid. ·
Setembro/88 Realização do III Concurso Nadona/ dé Software Educacional.
Janeiro/89 Rca lização do li Curso de Especialização em Informática na Educação- FORMAR-
li
:\1aio/89 Realização da Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de Informática na
Educação, promovida pela OEA e INEP /MEC, PUC / Pctrópolis/RJ.
Outubro/89 Instituição do Programa Nacional. de Informática Educativa PRONJNFE na
Secretaria-Geral do MEC
~tarço/90 Aprovação do Regimeltlo lllterno do PRONINFE.
Junho/90 Restmturaçã.o ministerial e transferência do PRONINFE para a SENETE/MEC_
gostol90 Aprovação do Plano Trienal de Ação Integrada -19901199J_
~temb ro/9 0 Intejlrt'\ção ele Metas c ohj12tivos do PRONINFEIMR.C no Pl~ANIN/MCT.
f~,·ereiro '92 Criação de rubrica especifica para ações de informática educativa no orçamento da
União
ritt97 Lançamento do Programa Nacional de Informática na Educação PROINFO
~
Revísta Brasileín1 de Informática na Educação* N' OI -setembro de 1997
+
documento recomendava o desenvolvimento
prioritário da pesquisa básica c aplicada a ser No que se refere aos equipamentos, o
desenvolvida por equipes interdisciplinares, PRONINFE buscava uma configuração
cujos recursos deveriam ser canalizados para básica de custo reduzido, que pudesse ser
a consb.11Ção de ferramentas computacionais expandida modularmynte e capaz de suportar
adequadas ao processo de ensino - a implantação dos laboratórios das escolas.
aprendizagem, · estudos de avaliação do Pretendia, tamb6m, incentivar discussões e
impacto da infom1ática no setor educacional, divulgações de tendências pedagógicas
bem como levantamento do "estado da arte". baseadas na utilização de equipamentos
produzidos pela indústria nacional,
Em termos de capacitação de obedecendo padrões próprios, buscando,
•ccursos humnnos, o Programa dava portanto, a definição do equipamento a ser
prioridade ú propostas que ·fossem utilizado pela informática educativa no
democratizantes e não determinadas por Brasil, em consonância com a política de
interesses industriais e mercadológicos; ~eserva de mercado vigente naquela época.
baseadas na conscientização · e não . no Propunha, ainda, que o MEC atuasse como
adest ramento, en vol vendo maior mediador c indutor do processo de
rarticipaçfio da universidade c de outras informatização da educação brasileira,
nstituições de ensino superior, enquanto incentivando a indústria nacional a adequar
motros de cxcdência de ensino, pesquisa c os seus equipamentos aos padrões que
c~.ensão . Recomendava atenção prioritária à viessem· a ser definidos pela comunidade
f~ :-:nação e ape rfeiçoamento de científica nacional em função de objetivos
~ç:isadores, preferencialmente articulados pedagógicos.
:!::'S !Jrog:ra."Tias de pós-graduação. Sugeria,
:L sue os programas promovessem a O Programa apresentava como
=~o entre secretarias de educação, estratégias importantes a padronização dos
,.:_.si:hdcs c instituições como SENAI c equipamentos, visando conectabilidade,
C. fonaleecndo mecanismos de compatibilidade c portabilidade dos sistemas
·-·oercã:nbio, bolsas e estágios de informações, a criação de mecanismos que
Arti:o - Infonn:itica Educatiu no Brasil: uma História Vivida, algumas Lições Aprendidas
..,.
~
~
Rnista Brasileira de Informática na Educação * N' 01- setembro de 1997 _,..
_..
_,.
~
Revista Brasileira de lnform:Hica na Educação*;-..~ 01 - ~temlmt dr I:'S'í
+
nas universidades. rede pública d.e ensino c às escolas técnicas
federais; as jornadas de trabalho para o
/\pesar dos percalços c problcm<1s estabelecimento da política educacional para
surgidos na caminhada dos vários centros - a área, bem como os concursos anuais de
em sua maioria relacionados à incerteza software. Enfim, ·todas estas atividades
quanto a disponibilidade de recursos. somente foram· possíveis graças ao
:r.-:diniçlk·~ qtLl!Ht' .i ptll itica c:;j,cci fica de coiÚlecimento gerado no berço do Projeto
concessão e manutenção de bolsas 'de estudo, EDUCOM. ... demonstrando
instalações fi~ieas nem sempre adequadas ao assim, o
tn'tl:~lll(1 a ~cr rc:lli7ado . f;tlta dt' mai11r Cabe. ainda, escla recer que a
inü:'graçiio inter e intra-institucion:tl- muito institut:ionalizaçãu do nilclco de pesquisa reconhecimento
fo i realizado em termos de pesquisa. interdisciplinar em cada universidade que efetivo da
ft1nn:tç5o de recursos lnunano~. consultoria. participou do EDUCOM. foi um fato
·produção de sojiware educativos, teses, (. important~ para preenchimento de uma -comunidade
dissertações, livros, conferências, ensaios c lacuna que existia na pesquisa nacional. A universitária ao
artigos publicados. medida· do sucesso do empreendimento e das
pesquisas realizadas pode ser verificada a empenho e
De acordo com os relatórios de partir da incorporação de cada centro piloto
na universidade hospedciri:l, transformando-
dedicação de
pesquisas, o EDUCOM produziu num
período de 5 anos 4 teses de dóutorado, 17 se em núcleo, coordenadoria ou centro, de ··~ todos aqueles
teses de mestrados, 5 livros, 165 artigos acordo com as altemativas regimentais de
publ icados, mais de duas centenas de cada instituição universitária, demonstrando,
que envidaram
conferências c palestras mi nistradas, além ele assim , o reconhecimento efetivo da esforços...
\ ários cursos de extensão, especialização e comunidade universitária ao empenho e
treinamento cl~ nrof~RRon·s , f:li,;hnnm; '1" d"fliGAÇÕ0 dt> focl<'111 nqllfll<>n r;;u., iõ'í>•dtlru'tom
:tutor e vários so.frware educacionais foram esforços para o desenvolvimento deste
cscnvolvidos. dos quais alguns roram os projeto de pesquisa.
primeiros colocados em concursos nacionais.
Assessoramentos técnicos foram prestados :'ls
~
-lnfcrn:útic:~l'Aiuntinno UraçiJ: um:~ Tlistórla Vivida, algumas Lições Aprendidas
+
técnicas, profissionais da área de educação interior dos estados. Um CJEd tinha, em ,.
especial, bem corno professores de média, 15 a 30 microcomputadores por ,.
universidades interessadas na implantação de centro. De um centro inicialmente voltado
outros eeütros. para o atendimento aos alunos, à comunidade ~
não do experiência do FORMAR foram escritos, de levar adiante tal empreendimento. A f!!"
tanto sob o ponto de vista docente quanto manutenção do CIEd e a formação ,.
governo discente, relatando os aspectos positivos c continuada de professores multiplicadores
federal. negativos deste trabalho. Todos foram seriam atribuições do Estado, de acordo com
unânimes em ponderar que os cursos a própria capacidade de gestão de seus
_"'!' :so: :os t::nanos, fn:::tr.eeiros c materiais. proj etos desenvolvidos pelas escolas
paraenscs visam a melhoria da qualidade do
Sua cimccpção foi inspirada no processo de aprendizagem, tendo como
:-xrlo p. TJ.et.~ õesenvolvido pelo Centro objetivo converter a informática num
~pa:~ç5o e Iniciação à Ciência da instrumento a serviço da inteligência, do ... apouca
=:fc;mática - CEPIC, da Secretaria de raciocínio e da criatividade dos alunos.
~o e Cultura de Novo Hamburgo, no disponibilidade
~ Grande do SUL, que foi , durante um Na região Sudeste, o Estado de
~..o ~empo, um campus avançado de
de recursos,
Minas Gerais vem desenvolvendo um
?es quisa e extensão do Projeto trabalho signifiéativo, onde o CIEd financeiros e
EDUCO~L1..ECIUFRGS. Tendo em vista o supervisiona 20 laboratórios de informática
Xl:Ilcnto de implantação dos CIEd, a pouca educativa instalados em escolas públicas, e
materiais...
éispo nibilid_a dc de recursos humanos, somente nestes dois últimos anos foram num país com
!lda.nceiros e materiais, esta foi a forma mais treinados mais de 300 professores da rede
a~a e democrática pnra o início das pública estadual, em convênio com o CIES da
uma demanda
ati·• idadcs no setor, num país com uma Universidade Federal de Minas Gerais, muito grande
demanda muito grande de alunos c gerado no berço do projeto EDUCOM.
;'rofessorcs a serem atendidos. Um
de alunos e
iaboratório nonnalmente está localizado Na cidade de São Paulo, existe o professores...
dentro de uma escola, tendo suas atividades projeto Informática Educativa da rede
restritas :-tpcnas à clicntcln de sua unidade municipal de educação, que iniciou os seus
escolar, o centro foi concebido para estar trabalhos em 1987. Em 1989, foi
aberto :i outras escolas c ú comunidade em redirecionado em termos pedagógicos, na
geral. administração do Prof Paulo Freire., Hoje,
este projeto encontra-se em plena expansão.
RESULTADOS PARCIAIS O setor de Informática Educativa da
+
Secretaria Municipal de Educação de São
A título de ilustração, apesar das Paulo, atende 91 420 alunos, em mais de 200
várias dificuldades apresentadas durante todo unidades escolares, tendo cada laboratório
o desenvolvimento dos projetos de em média 20 microcomputadores.
infonnática na educação, reconhecemos que Entretanto, em função da qualidade dos
a estratégia ôc implantação adotada trabalhos desenvolvidos, dos resultados
mostrou-se adequada, tendo em vista a pedagógicos obtidos, do interesse de alunos e
própria capacidade de disseminação e professores, a referida Secretaria está
multiplicação dos subcentros e laboratórios implantando outros 300 laboratórios em
~ por parte de alguns estados e municípios escolas de Educação Básica e mais 100 para
brasileiros. Em Novo Ilnmburgo/RS, por educação infantil, prevendo a possibilidade
exemplo, temos hoje, I centro c 21 de atendimento a mais de 400 mil alunos da
subccnlros c lnbornlórios que vêm atendendo r ed e municipal de ensino. Até
quase toda a população de educação básica do o final de 1997, segundo relato do
município. No Rio Grande do Sul, além do c, coordemrdor do projeto, pretende-se que
CIEd Central, existem 56 subccntros e todas· as esco las públicas tenham seu
l:~born tóri os, além de 414 professores laboratório de informática educati va em
capacitados atuando na área. funcionamento, o que significa a
possibilidade de atendimento a quase 800
Na região Norte, destaca-se o mil alunos, o que equivale toda a população
trabalho que vem sendo desenvolvido pelo da reàe municipal de ensino de uma das
Estado do P()rá, onde 35 escolas públicas, da maiores cidades do planeta.
capital e interior, já desenvolvem atividades
de infom1ática na educação, sendo que 436 No Espírito Santo as atividades de
professores já estão capacitados na área. informática educativa foram iniciadas em
~ Dc$IC total, . n Sccrctnrin Municipal de 19R9, n pnrtir dn irnplot1.tuçüo de ut'h CIEclt;a
Educação de Belém implantou 21 capital, que gradativamente foi coordenando
bboratórios nas escolas públicas, que vêm a implantação de mais 13 laboratórios na
atendendo um total de 6 400 alunos. Os capital e no interior. Atualmente, o estado
~
Autora -Maria Candida Moraes
~
~
Artigo -lnform:\_tica Educ:ttiv!l no Brasil: uma História Vh•ida,Rigumas Lições Aprendidas
realizada no p:tís. E isto não deve ser ignorado desenvolvimento de uma fase piloto na área. .-
pela comunidade educacional brasileira em
função da falta de tradição na realização de
levantamentos estatísticos na área. A falta de
Cabe ao Ministério da Educação
esclarecer à população brasileira que a fase
-
t!'
infonnações não indica a inexistência de experimental, piloto, já teve urna duração ..,.
resultados , ou facilidades para pré- maior do que o necessário e que existem
julgamentos, ignorando dados, experiências resultados desenvolvidos pelo sistema !"
c trabalhos em andamento e conhecimento educacional brasileiro, cujos números não
!!"
da realidade nacional. são tão inexpressivos quanto se poderia
imaginar, o que nos impõe, neste momento, a ~
De um modo geral, este foi o modelo conquista de um patamar mais elevado e nos {!!"'
de infonnatização da educação brasileira credencia para o desenvolvimento de ações
proposto pelo Ministério da Educação até de grande envergadura nesta área. tf!"
1995. Em sua essência mais profunda, o e-
·modelo buscava, desde o primeiro momento, Mas a história vivida durante mais de
~
a criação de ambientes de aprendizagem, nos uma década de nossa vida profissional
quais professores c alunos pudessem exclusivamente dedicada à esta área, nos _.-
cxpcricnciar o que é o •processo pyssoal e ensina algumas lições importantes e que e'
coletivo _de aprendizagem, usanqo as novas valem a pena ser levadas em consideração
ICrramcntas oferecidas pela cultura atual. neste momento. f1t"
Seja através da pesquisa, da formação de ~·
+
universidades brasileiras e compete ao MEC,,..._...
Portanto, o respeito à autonomia neste momento, solicitar esses dados ~s •
didático-pedagógica dos sistemas universidades, às secretarias de educação de fll""
educacionais foi sempre uma condição Novo Hamburgo, São Paulo, Campinas,,_.,
importante para que surgissem soluções Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rioáe ~
•• • • ... ... ~ • 40
· · .... ... diversificadas, · flexíveis; capazes de
• • •• • • . •, . .
+
Urna d a~ grandes lições a aprender é educação c das possibilidades de capacitação
que nada cst:l decidido a priori. Para Lévy de professores requeridas por esse tipo de
(1993), um dirigente precavido sabe que trabalho. Vale a pena esclarecer que a
estratégias vitoriosas passam pelos mínimos expa nsão dos proj etos de informática
detalhes técnico!; e que são inseparavelmente educativa foi sempre solicitada pelo Estado e
í'(llíticos .e culturais, ao mesmo tempo, em não uma imposição dÓ Governo Federal.
que são técnicos.
COOPERAÇÃO, DIALOGO E CO-
UMA BOA TEORIA NEM SEMPRE CRIAÇÃO
GARANTE UMA PRATICA
ADEQUADA A experiência desenvolvida no país,
alerta-nos para a importância do diálogo que
Aprendemos também que umà boa deverá existir entre as três esferas do poder
tcnria, muita vezes, fracassa na prática e que flúblico e a CXJmpreensão de que a transição,
r.em scmpre ·o que fimcionn, na prática, para indepe.ndente da natureza do
uns, funciona para outros. Da mesma forma, empreendimento, seja empresarial ou
o que é bom para um país pode não ser educacional, requer mudanças de valores, ou
sdcquado par::t o outro. O mesmo ocorre para melhor uma lran.~f'ormação em nossos
em estado, região, município, ou mesmo, valores, em busca de uma melhor
~ra uma escola . Daí a importância e c o m p r e·e n s ã o d n q u a I ida de dos
occcss id a dc dos projetos sere m relacionamentos, já que o novo paradigma, a
«1- ·,c'<tualizados, especialmente no que .s e partir de sua visão sistêmica, exige o
rtfeíc à capacitação de professores. funcionamento em rede. Uma rede de
relações, uma teia de conexões e interações.
Disto decorre que, a anúlise das Qua lqu er administrador C'J\lC tcntnr
l~c ,3s desenvo lvidas no pais c no permanecer em posições rígidas, pouco
r alertam para o fat o de qüc, qualquer ncxívcis c dia lógicas, dificilmente alcançará
- educacional, para ser aceita, o sucesso des~jado. Um projeto de inovação
...
,,._,..,....,~•.;,,....,.., scr planejada a partir de interesses, tecnológica requer uma mudança essencial
~
.-e
~
Artigo - lnfonn:ltica Educ,ltiva no nrasil: unia História Vivida, algumas Lições Apre ndidas
na visão de mundo subjacente à toda estrutura liderança ocorra. Novos papéis de lideram
educacional envolvida no processo. Por outro exigem novas habilidades de lideranças p<n
lado, não adianta o MEC dialogar ou a construção de uma visão de totalidade,
construir uma proposta em conjunto com as que também requer o reconhecimento de qu <
O modelo secretarias estaduais de educação, se essas tudo está em movimento, em processo, alg<
científico da mesmas secretarias não adotam essa mesma que não tem fim . O compromisso com t
postura em relação às secretarias municípais sucesso do empreendimento não pod<
atualidade e às escolas. ocorrer somente entre alguns níveis de um;
organização, mas deve envolver todos o!:
lembra que O modelo científico da atualidade participantes nos mais diferentes niveis
qualquer lembra que qualquer construção é sempre desde dirigentes ministeriais, estaduais c
coletiva, que nossa evolução é e será sempre municipais, equipes técnicas, professores , at(·
construção é coletiva, em todos os níveis áreas, destacando alunos e comunidades de pais.
.~emp re n importância de se adotar novos conceitos c
princípios de administração voltados para a SEM VONTADE E DECISÃO
coletiva... cooperação, a solidariedade, o respeito e a POLÍTICA AS COISAS NÃO
~
destacando a atenção entre os parceiros alinhados em tomo ACONTECEM.
de uma visão com'um e de objetivos ~
importâncià de. compartilhados. Uma das I içõ es duramen te
~
se adotar novos aprendidas, embora possa parecer óbvia par('
I\ mudança de valores implica em muitos, é que não adianta termos um bel(· ~
conceitos e abertura, diftlogo , flcxíbílidadc , planejamento no papel, modelos sistêmico~
~
horizontalidade nos processos, consciência bem e laborado s, belas teoria ~
princípios de
de qualidade, orientação voltada para o fundamentando o projeto, rubri c::. ,.
administração... atendimento aos interesses do aluno, além do orçamcntaria disponibilizando recursos, poi ~. ~
reconhecimento da dimensão estratégica do as mudanças e transfonnações dependem
,.
+
tempo, reforçando a importância do também de um campo individual e não-
reconhecimento do momento em que as material de energia viva, como nos alerta o
opotiunidadcs acontecem. bioquímica Rupert Shaldracke. Palavras ~ "
e'
números no papel são componente~
Independente do porte ou dimensão materiais, enquanto idealismo, vontade. ti!'
de qualquer projeto ·e ducaéionàl, para que decisões e compromissos político s
er
haja garantia de sucesso, Ministério da
Educação, universidades, secretarias, escolas
envolvem aspectos imateriais, algo que está
no indivíduo e são estas coisas que
,
e comunidades de pais e professores devem movimentam o mundo, que o leva adiante. ,e"
ser vistos como parceiros, co-autores, co- que coloca as energias necessárias em
fi!!"'
c riadores do processo. Todas essas
organizações existem para oferecer à
movimento para que as mudanças ocorram.
Se o dirigente tem visão míope, é ,
socicdad~ os serviços educacionais que elas descompromissado com a comunidade, ou lfl/!!""
necessitam, mas um ~~rviço de qualidade. A sem visão estratégica em relação à direção em
parceria implica em que as cleci~ões devam que o mundo se movimenta, não adianta ter te'
ser tomadas em consenso, inediante uma recursos financeiros disponíveis, pois ,e"
cotmmicação aberta c li·anca, onde todos
somos aprend izes de algo qu e não
fatalmente serão desviados para outras
atividades mais condizentes com o seu grau
,
conhecemos. de miopia c interesses pessoais. Por outro ,r
lado, não adianta ter vontade política sem ,.
A imagem autoritária do líder como
"chefe que dá ordens" é simplista c
poder de decisão sobre a alocação de
recursos. Uma coisa depende da outra.
,.
inadequada ao momento presente. Está fora I
do paradigma atual, é velha e arcaica. A
liderança está entrelaçada à formação de
Foi o que observamos também nc
acompanhamento de todo este processo, po l~
,.
cultura . . Daí a importância de apesar de existir uma política c: ,
reconhecermos a cultura existente em
qualquer organização, dar fom1a à sua
informatização da educação brasile ir· ,...
concebida sistemicamente, preocupada cc-
evolução como condição essencial para que a questões relacionadas à contextualização é
,.
~
4'
Artigo- Infom1átic2 Educ:ath a no Brasil: uma Ilistória Vhida, algumas Lições Aprendidas
+
paralisação total dos financiamentos, já que informatização da educação brasileira. O ""
outros programas intersetoriais como o poder de reconhecer as boas sementes é uma _...
RTIAE, do Ministério de Ciência c de
Tccnologin, destinou recursos financeiros
faculdade superior. ,..
para o desenvolvimento de pesquisas. c Leva ndo em consideração a ~ te"'
.. 'r.--, •"
~ • .... ... • formação de recursos .humanos C·reconh6ceu condições da realidade brasileira no inicio da
~·
a validade do PRONINFE, a partir da década de 80, traduzidas pela ausência de
~··
inclusão dos seus objetivos c metas no conhecimento técnico-científico na área,
mais de q11ínze anos do início de sua bistória, prestado ao Ministério de Educação por te
informatização a informática educativa brasileira reflete, Comitê Assessor de alto nível, cc:
~
... assessoramento hoje, um estágio de consistência alcançado especialistas brasileiros de renome naciona: · .e-
pelas atividades que nela se desenvolvem. internacional e que muito colaboraram r:- ~
prestado... Parte dos resultados obtidos, sem dúvida, análise,discussõcs e proposições de polít;: ·
~
devem ser creditados às pesqu is as e estratégias para o setor.
desenvolvidas no âmbito do Projeto e-
e-
Revista Brasileira de Informática na Educação* N' 01- setembro de 1997
-
I!!'
.e:-
~
E..'ics fatores foram fundamentais mudou, que o conhecimento gera capital, que
~:a garantia da qualidade do trabalho este expande o conhecimento e produz o
~volvido no país. bem como do apoio da desenvolvimento.
com unidade nacional em mom e nto
qnrtantes do desenvolvimento de todo o Depois de mais de dez anos, é a Acreditamos
~csso. Todos estes aspectos repercutiram primeira vez que se compreende a
c.mto seriamente no desenrolar das ações importância dos recursos da informática c das que a verdade
Çr<lSteriores. Se mais não foi realizado, não telecomunicações como faeilitadorcs da deva estar
foi. com certeza, por incompetência técnica, transição entre a erá materialista - centrada no
~as sun, por falta de interesse e visão por capital, no acúmulo de bens materiais - e a presente em
~rtc de alguns dirigentes do próprio sociedade do conhecimento. É a primeira vez
~hl'ist ério da Educação, associado à que, em termos de política ministerial, na
todas as
lemativas de interferências na paralização da prática se reconhece que o computador nossas atitudes
fesqllisa por parte de grupos interessados na poderá melhorar a qualidade da educação, e
abertura antecipada do mercado .educacional ao mesmo tempo preparar o indivíduo para o
e guiar os
ce software e equipamentos, que se exercício da cidadania, para que ele não se nossos passos.:
~ comparado com outros mercados mundiais, · sinta um estranho no mundo, embora cada'dia
percebe-se claramente que o mercado mais ele venha se sentindo um estranho na
Este relato
~
-:.o brasileiro é extremamente significativo. escola. Desenvolvimento, hoje, implica em representa o
~- .. aprendizagem, em informações disponíveis e
~--s Acreditamos que a verdade deva conhecimento construído e distribuído por nosso
~.:: ;; estar presente em todas as nossas ·atitudcs c uma significativa parcela da população. compromisso
~ o guiar os nossos passos. Este relato representa
~-.: e o nosso compromisso com a história, com a A consciência da relevância deste coma
~.: e verdade, pois é a verdade que toma a obra momento para o desenvolvimento da história•..
~
""o duradoura educação nacional é de fundamental
+
~.a importância, o que requer o engajamento e a
~ O importante . neste momento. é contribuição de todos que trnbnlham na área,
reconhecer estamos transitando em direção que participam da construção de sua história c
~ :l S a uma nova etapa d o processo de acreditam , com fé e esperança, na
~ da informati zação da educação brasileira. possibilidade . de um amanhã numa
~ àc Estamos vivendo um outro momento perspectiva moderna c própria de
~ :a, histórico, uma situação abso lutamente desenvolv imento, capaz de oferecer uma
~; a inédita no país. Depois do período pioneiro educação mais adequada aos dias atuais,
~:1711 de 1981-19R5, da visão ampla do secretário- pennitindo o manejo c a produção de
~ da geral da época c de sua equipe de assessores, conhecimento, para que possamos ser
.a que rcconhcccr;"~l\1 a importância desta úrca contemporâneos do futuro, construtores da
~ c a- para o desenvolvimento nacional c decidiram ciência c participantes da rcconstn1ção do
1S e por sua implementação, é a primeira vez que mundo.
~....
a o Ministério da Educação adota urna postura'- ,
~ de corajosa e ambiciosa, sem precedentes na Lembrando o mestre Prigogine
~ do história brasileira, no sentido de ampliar ( 1996): "O tempo é construção (. . .) Não
<o# -
;1:10 signi fica ti vamentc os investimentos nesta podemos ter esperanças de predizer o futuro,
~-~!~ ârca, acreditando ser este o passaporte para a mas podemos influir nele(..) Há pessoas
~ ce modcmidadc, reconhecendo que o mundo que temem utopias, eu temo a falta de
··.'Í2 utopias" .
~...
-.,.0
~ ".!In t .r. :tt::::~~:::e::s::,.,_~..- N!!iJ,;s"'m""' o!i!'SJIItlwi::::;:;::JP ,..-...:a~o;..,;. .. if_ ,~~
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Normas para publicação e de apresentação podem ser visualizadas no endere çc ·
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http://www. inf.ufsc.br/sbc-ie/revista/ 1111'"
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CON VIDADO
I~TRODllÇÃO
+
que essa área hoje tenha uma identidade inadequada de professores, em vista dos
própria, raízes sólidas c rclalivú maturidade. objetivos de mudança pedagógica propostos
Apesar dos l{lrles apelos d:t mídia c d;~s pelo "Programa Brasileiro de lnform{ltica em
qualidades inerentes ao computndor, a su;1 Educação" (J\ndraà.c, I 993; Andrade &
disseminação na~ escolns cstú hoje· muito Lima, 1993) é um destes fatores . Esse
aquém do que se anunciava c se dcscjnva. A programa é bastante peculiar c diferente do
Informática na Educação ainda nã o que foi proposto em outros países. No nosso
impregnou as idéias dos educadores e, por programa, o papel do computador é o de
isto, não está consolidada no nosso sistema provocar mudanças pedagógicas profundas
ctl ur:-~e i on:t I. ao inv(:s de "aut01n ;d izar o e ns ino" ou
pwmovcr a altitbctização ent info rmática
Oianlc desse quadro, a pergunt a como nos Estados Unidos, ou desenvolver a
que se faz é: "por que essa proliferação não capacidade Lógica e preparar o aluno para
acontccC'u"? Talvez a resposta mais óbvia '· trabalhar rna empresa, como propõe o
~c.ia: "faltou vontnclc polít ica dos diri gentes", programa de infom1áti ca na educação da
projetos mais consistentes c cornjosos c. França . Essa peculiaridade do proj eto
<onscqiit'ntcmnttc, verbas. 1\.tas " n.:spost;~ btasilciro aliado aos avanços tecnológicos c a
r:io é t:lo simples. ampliação da gama de possibilidades
pedagógicas que os novos computadores e os
Focar a discussão somente na falta diferentes software disponíveis oferecem,
~.~ rccmsos financeiros pMe cc muito demandam uma nova abordagem para os
tpcr!ICiaL Nesse momento, quando se inicia cursos de fo rmação de professores c novas
ano de 1997 c o Governo Fede ral cria po líticas para os projetos na área.
diçô.::s riara a disseminação da
ç:,nnállca na Fducaçiío, é extrc mnmentc O artigo descreve, inicialmente, os
n:t :t n:flcxão sobre essa longn principais marcos do desenvolvimento da
:-JII:IIÚUd:t c :1 c··lmpn·t·nsiio de como css;1 Inl(mnútica na Educação nos Estados Unidos
.ção pede ser efetivamcnt!'! mantida da América c na França. O Programa
c pr~:-.-.st1s çompctcntes c Rrasileiro de Informática na Educação, de
a com• midade cicntí fica c certa form a, foi influe nciado pelo que fo i
~
~
~
.,.,
~
At·fi~o- VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do profesçor
.,...
países c, portanto, a discussão dessas
realizações cria um contexto bastante INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO 1'\G ;., . -
import<intc pnrn entender o Programa ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Brasileiro. Em seguida o artigo descreve as ~
bases para a Informática na Educação no Nos Estados Unidos, o uso ~ __..,
Bras i I de forma genérica uma vez que o artigo computadores na educação é completarncr.· :. . ,
da Maria Cândida de M oraes (ver páginas descentralizado e independente das decis5e ~
... Educação no 19/44) detalha as principais ações do governamentais. O uso do computador na~
Brasil nasce a Progran1a Brasileiro de Informática na escolas é pressionado pelo desenvo lv im en .c~
Educação. F inalmente, aprofunda nas tecnológico e pri <~ competição estabelecid;:: ,
partir do questões da fotmação do professor e dos pelo livre me1-::ado das empresas qt~ ~
interesse de avanços tecnológicos em consonância com as produzem software, das universidades e da:~
exigências c peculiaridades do Programa escolas. As mudanças de ordem tecnológica.:...-
educadores... Brasileiro. são fantásticas c palpáveis mas não têr1
... motivados correspondê~cia com as muda nça~
A INFLUÊNCIA DE OUTROS PAÍSES pedagógicas. ~
pelo que já NO D E SENVOLVIMENTO DA
vinha INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO O iní c io da Informáti ca na~
.,. BRASILEIRA Educação nos Estados Unidos, no prin cípio~
acontecendo dos anos 70, não foi muito diferente do que
em outros A Informática na Educação no aco ntec e u n o Brasil. O s recu r so ~
Brasil nasce a partir do in teresse de tecn oló g icos e xistentes no si s tem~
países... educadores de al gum as uni versidades educacional de 1o e 2° graus nos Estados.;_..,.
brasileiras motivados pelo que já vinha Unidos em 1975 era semelhante ao que ...
acontecendo em outros países como nos existia no Brasil. Segundo Ahl (1977), a~
+
Estados U nidos da América e na França. tecnologia exjstente nas escolas americanas__.,
Ernbora o contexto mundial de uso do era a do giz c quadro-negro. O número de..,
computador na educação sempre foi uma escolas que usavam computadores como~
referência para as decisões que fornm recurso educacional era mu ito pequeno. Por ilfttlll"
tomadas aqui no Brasil, a nossa caminhada é outro lado, as universidades já dispunham de.,
muito particuiãr e difere daquilo que se faz muitas experiências sobre o uso do~
em outros países. Apesar das nossas inúmeras computador na educação. No início dos anos~
diferenças, os avanços p edagógicos 60, diversos software de instru ção,_.,
conseguidos através da informática são quase p rograma da fo ram implementados no
os rncsn1os que t~ lll outros paiscs. Nesse computador, concrctiz<Jndo a máquina de
sentido estamos no mesmo barco. ensinar idealizada por Skinner no início dos~
anos 50. Nascia a instrução auxiliada por
Mesmo nos países como Estados computador ou o Co mpu ter-A ide-d~
Unidos c França, '·tocais onde houve uma lnstruclion (CAI), produzida por empresas..,.
grande proliferação de computadores nas como IBM, RCA e Digital e uti lizada
escolas e um grande avanço tecnológico, as princip a lmente nas universidades. O
mudanças são quase inexistentes do ponto de programa PLATO, produzido pela C ontrol _
vista pedagógico. As mudanças pedagógicas Data Corporation e pela Universidade de
são sempre apresentadas ao nível do desejo, ll linois, sem dúvida, foi o CAI mai"
daquilo que se espera corno fr :to da conhecido e mais bem sucedido.
infonnática na educação. Não se encontram
práticas realmente transformadoras e Entretanto, a presença dos C Ais fc.= -
su ficicnlemcntc enraizadas para que se possa fundamental para fomentar a discussão c-: -
di7.cr que houve transformação efetiva do questões mais profundas de ordc r- _
processo educacional como por exemplo, pedagógica . Isso ficou claro na conferên :!"
uma transformação que cnfatiza a criação de Ten- Year Forecast for Compu ter ar::· '
ambientes de aprendizagem, nos quais o Communication: Implicationsfor Educatior _
aluno-constrói o seu conhecimento, ao invés realizada em Setembro de 1975 e patrocinc:d:
de o 'professor transmitir infotmação ao pela National Science Foundation. ,.,
R~'ista Bra~il<'ira de lnfonn:ltica na Educ açiío * N• OI- setembro de 1997 _...
e
.,.
r.
trabalhos apresentados indicavam a
nistência de uma polêmica entre os autores
Revista Brasileira de Informática na Educação* N" 01 -setembro de 1997
~
~
~
:\rei!!o - VISÃO ANAI .ÍTI('A DA INFORMÁTfCA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da forrnação do profe~~or
+
pesquisa em educação que passam por
Nas escolas de I o c 2° graus o profundas transformações. 1\ preocupação
computador é a mplamente empregado para atual não é mais a produção de software cada
('llsinar con<.:citos de in fonnál icn ou para vc7. mais ínleligenlc e robusto para
•..
"automação da ins trução" através de software "automatizar a instrução" mas a produção de
· · cdi.ícaCionais · tip·o · ti:1foriàis, exercício-e- softwa're gue facilita o desenvolvimento de
prática, simulação simples, jogos, livros atividades colahorativas c auxiliares no
animados. Os resultados desse· tipo de uso desenvolvimento de projetos baseados na
têm sido questionados em termos do custo e exploração. As ativ idades dos centros de
... a formação dos beneficios educacionais alcançados pesquisa da Xerox e da RAND, por exemplo,
de prt~{essores (Johnson. !996). Alguma mudança mostram que hoje existe a preocupação com a
pedagógica tem sido propiciad<1 pdo uso da interação homem-máquina, <.:om a realização
Poltada para o rede Internet através da qual os alunos têm de atividades mediadas pelo computador ao
uso tido a chance de accs,ar c explorar di fercntes invés de o computador ser a super máquina
bases de dados. No entanto, os'artigos que que assume o controle do processo de ensino.
pedagógico do descrevem es:-as a tiv idades nã·o mencionam a
c·mnputador ~~din
i.
â mica que se estabelece em s ala de aula. Por outro lado, a formação de
~. J\ lgu11s críticos dessa abordagem pedagógica professores voltada para o uso pedagógico do
llOS Estados ~ argumentam que a exploração da rede, em computador nos Estados Unidos não
,. alguns casos, deixa os alunos sem referência, aconteceu de maneira sistemática ::
Unidos não com sensação de estarem perdidos áo invés centralizada como, por exemplo, aconteceJ
acauteceu de de :-crem nuxiliados no processo de organizar na F rança. Nus Est ados Unidos o ~
t.: digerir a infon11ação disponível. professores foram treinados sohre as técn icac;
m anena de uso do software educativos em sala de aula
sistemática... Jú nas universidades arneric; ·1as, o ao invés de participarem de um profundo
computador está sendo usado como recurso processo de fom1ação. Em outros casos.
para o aluno rcalinr tarefas. Desde os anos 60 profissionais da área de computação têrn
as univers idad es dispõem d e muitas assumido a disciplina de informática que fc-.
experiências sobre o uso do computador na introduzida na grade curricular como form e: .--:--
~
·~c' i~t:i Rr:~~ileira ele h• form:í ti<'a 11:1 Educação * N• 01 - setembro de 1997 ..,...
_,... .
.,....,
-=
.,..,.
Revista Brasileira de Informática na Educação * N" Ql - ~de 1991
+
conhecida. Seu charme, sua cultura, sua sentido porém, esses avanços estão longe das
filosofia e sua política têm sido parâmetros transformações desejadas. A sintese dessa
para avaliarmos o que de boni se produz ao história encontra-se nos livros de Baron &
sul do Eqnndor. Na questão da Informática na Bruillard ( 1996), Dicuzcide (1994), e Mine &
Educação, a França foi o primeiro país Nora(l978).
ocidental que programou-se coino nação para
enfrentar e vencer o desafio da informática na
~
educação e servir de modelo para o Jnundo. A Os primeiros Programas Nacionais
~ per da d a hegemonia cultural (c de Informática na Educação, na década de
co ns c qücn t'emcntc da hc'g emonia 1970, estabeleceu um debate caracterizado
~ por questões elo tipo: eleve-se formar para a
econôniica) para os Estados U1iidos c o
.-.e ingresso da França no Mercado Comum informática ou deve-se forn1ar por e com a
informática? A informática deve ser objeto
~ Europeu levou os políticos franceses a ·
buscarem essa hegemonia através do '- de ensinO' ou ferramenta do processo de
~ domínio 'da essência da produção, transporte ensino?
~ e manipulação das informações encontradas
na infonn~1tic<) . . Nos anos 60 e início dos anos 70 os
~ software empregados em educação se
.....-!! A história da França coloca-a como caracterizaram como EAO (Enseignement
uma espécie de carrefour da Europa, com a Assisté. par Ordinateur), o que eqüivale ao
~
necessidade de di{erenciar-se para CAI desenvolvido nos anos 60 nos Estados
~ sobreviver ao caos cultural e aos interesses de Unidos, inspirados no ensino programado
~ ~tas tensões vizinhas e internas. Enquanto com base na teoria eomportamentalista e no
~~ào. com esta forte identidade de cultura, condicionamento instrumental (estímulo-
~ trulu nos úliimos do is s6eulo!i, um estaLio •·onp~!'ltn), 4~t9 tir.w dõ ~ ~nwfltq i:!ril tld~quttçlg
~
..-.e
~
e-
~
Arti~:o- \'IS \O ,\:-\Al.ÍTlCA JlA INFORMA TICA NA EDUCAÇ,\0 NO BRASIL: a questão da form:.ção do profes!or
e'
~
ritmo do aluno, verificação imediata das EXAO, bem como a observação de fato'
respostas certas ou erradas, repetição de históricos ou de situações geográficas atravé~ é
informações precisas tantas vezes quantas de programas que permitem analisar todo C'
~
+
Assim, usando o computador como equipamentos, levantando a suposição do fim
recurso para o desenvolvimento de tarefas, os da "sala de informática" e a reflexão sobre a
,e
professores orientavam a edição de jomais derrubada das paredes da escola surgindo F"
com processadores de texto, a resolução de novos cenários pedagógicos. ,e;~
No Bras il, como em outros países, o países, como França c Estados Unidos. , ~...7
uso do computador na educação teve início questão da descentralização das políticas ~.
com algumas experiências em universidades, Brasil as políticas de implantação ~
no princípio da década de 70 (ver artigo da desenvolvimento não são produto somente c ~
Maria Cândida de Moraes). Na UFRJ, em decisões governamentais, como na Franç::.
~
1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional nem conseqüência direta do mercado com'
para a Saúde e o Centro Latino-Americano de nos Estados Unidos. ~
Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) _.,.,..
usou o computador no ensino de Química,
através de simulações. Na UFRGS, nesse
mesmo ano, reali zaram -se a lgum as
exper iê ncia s usand o simulação de
A segunda diferença entre (
programa brasileiro e o da França e dof'
E sta dos Unidos é a questã o de.
fundamentação das políticas c proposta:
--
__,.
_.,
fenômenos de física com aluno s de
graduação. O Centro de Processamento de
pedagógicas da informática na educação
Desde o início cio programa, a decisão da ,
Dados desenvolveu o software SISCAI para comunidade de pesquisadores foi a de que as ,......
avaliação de alunos de pós-graduação em
Educação. Na UNICAMP, em 1974, foi
políticas a serem implantadas deveriam ser
sempre fundamentadas em pesqu isas .,.
dcscnvolvillo 11111 ~oftw a rc, tipo C"Al. para o pautn Jas crn experiências concretas, usando a
cnsiuo dos luudalllenlos de programação da escoL pública, prioritariamente, o ensino de '!"""'
linguagem BASIC, usado com os alunos de 2° grau. Essas foram as bases do projeto '!""
pós-g·raduação em Educação, produzido pelo EDUCOM, realizado e m cin co
'!""'
Instituto de Matemática, Estatística e Ciência
da Computação, coordenado pelo Prof.
unive rsidades: UFPc, UFMG, Uf'RJ,
UFRG S e UNICAMP. E sse projeto
.,.,.,.
•
+
Ubiratan D'Ambrósio c financiado pela contemplou ainda a di vers idade de llfiiiiP'
~
,....
~
Revista Brasileira de Inform:\tica na Educação* N' OI -setembro de 1997
....... . . . . =...-: do que foi proposto em outros enfileiradas para se tornar um local em que
o nosso programa, o papel do professor c alunos podem realizar um
·-dor é o de rrovoear mudanças trabalho diversificado em relação a
--,:cagógícas profundas ao invés de conhecimento e interesse. O papel do
~zar o ensino" ou preparar o aluno professor deixa de ser o de "entregador" de ... o aluno
;:::L-.t se:- capaz de trabalhar com o informação para ser o de facilitador do
mador. Todos os centros de pesquisa do processo de aprendizagem. O aluno deixa de deixa de ser
_ o EDUCOM atuaram na perspectiva de ser passivo, de ser o receptáculo das passivo, de ser
-r-:.n ambientes educacionais usando o informações para ser ativo aprendiz,
:tJUlador como recurso facilitador do construtor do seu conhecimento . Portanto, a o receptáculo
i:':<lttSSo de aprendizagem . O grande desafio ênfase da educação deixa de ser a
das
az a mudança da abordagem educacional: memorizaçRo da informação transmitida pelo
t:ansfonnar uma educação centr:~da no professor c passa a ser a construção do informações
msino, na transmissão da informação, para conhecimento realizada pelo aluno de
ema ednc:tçiio em que o aluno pudesse maneira significativa sendo o professor o
para ser ativo
oezlizar ativid:tdes atrnvés do computador c, facilitador desse processo de construção. aprendiz. ..
assim, aprender. A formação dos
j'eSquisadores elos centros, os cursos de O processo de repensar a escola e
formação ministrados e mesmo os software preparar o professor para atuar nessa escola
educativos desenvolvidos por alguns centros transformada está acontecendo de maneira
eram elaborados tendo em mente a mais marcante nos ·sistemas públicos de
;-ossibilidade desse tipo ele mudança educação, principalmente os sistemas
pedagógica. municipais. Nas escolas particulares o
investimento na formação do professor ainda
Embora a mudança pedagógica não é uma realidade. Nessas escolas a
tenha sido o objetivo de todas as ações dos informática está sendo implantada nos
+
projetos de informática na educação, os mesmos moldes do s istema educacional dos
resul tados obtidos não foram suficientes para Estados Unidos no qual o computador é
sensibilizar ou alterar o sistema educacional usado para minimizar o analfabetismo
wmo um todo. Os trabalhos n::tlizados nos computacional dos alunos ou automatizar os
centros do EDUCOM tiveram o ri1érito de processos de transmissão da informação.
devar a infonnática na educação do estado
zero para o estado atual, possibilitando-nos Embora as questões envolvidas na
entender e discutir as grandes questões ela implantação da informática na escola estejam
·:::a. Mais ainda, temos diversas experiências mais claras hoje, as nossas ações no passado
nstaladas no Brasil que apresentam não foram voltadas para o grande desafio
~udan ças p e dagógicas fortemente dessas mudanças. Mesmo hoje, as ações são
enraizadas e produzindo frutos. No entanto, incipientes e não contemplam essas
mas idéias não se alastraram e isso mudanças. Isso pode ser notadamente
a:ontcccu, principalmente, pelo fato de <t.bservado !}OS programas de fonnação de
.enos subestimado as implicações das professores para atuarem na área da
c~janças pedagógicas propostas no sistema informática na educação que ainda hoje são
cd:Jcactonal como um todo: a mudança na realizados.
!ganização da escola c cb snla de aula, no
f.!PC! do professor c dos alunos, c nn relação FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM
i~ · ersus conhecimento. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Artigo-\lS,\0 A:\ALÍTIC \DA l:\FORI\1Á TICA !'iA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do professor ~
e:"
Altoé, 1993; Mattos, 1992; Menezes, 1993; duração de 360 horas, distribuídas ao long ~
Prado, 1996; Silva Neto, 1992). de 9 semanas: 45 dias, com 8 horas p or d ia ci
atividades. Os cursos eram constituídos d:: ~
Essa formação tem sido feita aulas teóricas, práticas, seminários e e"'
... propiciaram através de cursos que requerem a presença conferências. Os alunos foram divididos cn~
continuada do professor em formação. Isso duas turmas de modo que enquanto uma tf!!!!!-
a preparação significa que o professor em fonnação deve turma assistia aula teórica a outra turm a ,e
de deixar sua prática ped a gógica ou realizava aula prática usando o computador ,e
compartilhar essa atividade com as demais de forma individual.
profissionais exigidas pelos cursos de formação. Além das tf!!!!!-
tinlzanÍ tido daquele do dia-a-dia do professor, acarretam profissionais da educação que nunca tinham re
contato com o
aindn outms. Primeiro, esses cursos são
d dcscontextualizados da realidade do
tido contato com o computador e que hoj e
desenvolvem atividades nesta área nos CIEds
.,...
computador... ; , professor. O conteúdo dos cursos de ou n as respectivas instituições de origem. ,e.
fonnação .e as atividades desenvolvidas são Esses profissionais, em grande parte, são os e·
propostas independentemente da situação responsáveis pela disseminação e a fonnação
.-~
físicn c pedagógica daquela em que o de novos profissionais na área de ínfonnátiea
professor vive. Em segundo lugar, esses na educação. Em segundo lugar, o curso ,e~
cursos não contribuem pnra a construção, no propic iou uma visão ampla sobre os
~~
local de trabalho do professor fonnando, de diferentes aspectos envolvidos na
um ambiente, tanto físico quanto informática na educação, tanto do ponto de · ~
profissional, favorável à implantação das
mudanças educacionais . Em geral, o
vista computacional quanto pedagógico .
Terceiro, o fato de o curso ter sido ministrado
. ~'
~~
+
professor, após terminar o curso de formação, por especialistas da área de, praticamente,
volta para a sua prática pedagógica
. encontrando obstáculos imprevistos ou não
todos os centros do Brasil, propiciou o
conhecimento dos múltiplos e variados tipos
~~
~:
con!'icicrados no fimbito idealista do curso de de pesquisa c de trabalho que estavam sendo
formação; quando não, um ambiente hostil à- realizados em infonnática na educação no ~-
mudança. país.
de junho a agosto ele 1987 e ministrado por deslocamento do professor para Campinas, r*
pesquisadores, principalmente, dos projetos naquele momento, foi o fato de não existir no
EDUCOM. Este curso ficou conhecido como 13rasil um centro que dispusesse de /!!"
Curso FORMA R J. No início de 1989 foi computadores em número suficiente para ~
rcali ~ado o segundo curso, o FORMAR 11. A atender a 25 professores simultaneamente.
e"'
estrutnra dos cursos é muito ·semelhante, Para que isso fosse possível foi necessário
apesar de os objetivos específicos serem um contar com a colaboração de alguma~
-
I!'
tanto diferentes (Valente, 1993b). fábricas de computadores.
--
lh~\·i.~t:J Bra~ileira de Informática na Educação ~ "' OI - ~~t~mbro d~ 199-
+
•mbiente rclati vmucntc seguro c de fácil proveito do computado r no desenvolvimento
.....-: domínio. dos conteúdos. A nossa experiência
~ observando professores desenvolvendo
No cnt :mtn. c~s a c;dm;1ria foi :1tividadcs de uso do computador com alunos
~ tum ultuada pe la dcsçtlnt inuidad e de tem mostrado que os prolCssores não têm
~
• çrodução do M SX em 1994 e pelo uma compreensão mais profunda do
~ p:~rccinwnto do sistema \:\,'indows para o PC.
O Windows possibilitou o desenvolvimento
conteúdo que ministr:tm c essa ditículdadc
impede o desenvolvimento de atividades que
~ de inúmeros programas pnra praticamente integram o computador.
'"
~ ,, hc; as :lrl.'as. Snrgiram tamhém out ras
-~ .. d:1lid:Hks dl· uso do l'tllliJlllladnr 11:1 J\s~.;irn. as novas possihilidades
~ .J\1\':1~·:\,1 \ 01110 liSO 1k lllllltinlidi:l. de tct·nolúgic1s que st: aprescnt;111 r hoje t611 1
...-:
...,
'istcmas dç autorias pa1 a construção de
11ultimídia e de redes. I\ questão educacional
causado um certo desequilíbrio no processo
de formação do professor. Sair do MSX c
~ '!tualmente não pode ser d icotomizada em ~assar para"o sistema Windows significa um
~ !u1s púlos. con1o na cr:1 do MSX. salto muito grande. O professor diante dessas
~ Certamente o LPgo ainda se
novas possibilidades tem se sentido bast;mtc
inseguro c, praticamente, a sua formação tem
~ ~~
-:1antém como possibilidade para o aluno que ser refeita. O sentimento é que voltamos a
~ Fogramar o computador c aprender através estaca zero. Isso só níio é totalmente verdade
b ciclo dc~crição o~,;c uçã.o-rcflcxiío por que ó professor que usou o MSX possuiu
~ '~puração . O programa t' a descrição da uma boa noção da base pedagógica que
~(i
:ção do problema IHI linguagem de sustenta o uso do computador na educação e
·.ifit-
~ ;--~rgramaçào. O C('mrutador executa esse te m muita experiência nessa área.
---!!rama c fomccc um rc:-:1dtado que é usad<'
~ prct!Ji,· ~·lHllll 11bjd11 de 1cll1·xfio. Se 1• Mas se .;ssas novas lccnologi<~s
do llht lliO não C'OITCS!Hl llCiC :l(l
-·-
--;
. o aluno deve dcplirar suas idéias
~ca de novos conceitos ou novas
c riam cerlns dificuldades. facilitam outras.
Por exemplo, através da ligação desses
coruputadores na rede Jntcrnet o professor na
.-..:
~n
.-:
-=
~
Artigo - VISA O ANALÍTICA DA INFORMÁ TJCA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do professor
R r' ist:1 Br·:tsileira dt' lnfonn:ítica i1a Educa~·ão t N" OI - !>~lcmhro de 1997
-
llt'V i~l:t llr·n~il!'ir·:t dt• lnfonn:ílic:t nn Edu,·nçiio :t N" OI - ~<'l<'mhnt ck 1991
+
k ambientesôe aprendizagem qne ei1fatizam alunos c os objetivos pedagógicos que se
! conslruçiio do' conhecimento . c niio a dispõe a atingir.
~ ~1stmçiio. Isso implica em entender o
'J ;ompntador como, uma nova maneira de
~
·r--
Agradecemos aqui de maneira muito especial aos alunos que cursaram as
atividades do Núcleo de Tecnologias Educacionais, do Programa de
~
Estudos Pós-Graduados em Educação : Currículo, da PUC-SP, no
pritnciro semestre de 1997. A cada encontro ajudaram-nos a debatér as
~
idéias trazendo suas ·experiências na úrca c escrevendo textos à cada
semana sobre o tema. Certamente eles se reconhecerão em alguns
~
momentos destas páginas. São ele~ M. Elizabeth Almeida, Claudia
Negrão Pellegrino, M. Elisabette B.B: Prado, Elisa T.M. Schlunzen,
~
~
Miriam A.R. Machado Teixeira, Vitória C. Dib, Vitória K. Hemandez,
Maria Raque.l M . Morclatti, Lco Burd, e C ir lei Izabel da Silva.
~.
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_,
~
~
''til; I' - Infra-estru tu ra de Suporte à Editoração de Material Didático Utilizando Multimídia
no ensino obtêm sucesso quando, além da comunicação para fins educaci on~
-
consulta e apresentação de textos on-line,
cada tarefa oferece métodos c tecnologias
ap ropriadas, com grande ênfase na
comunicação, e recursos para trabalho
cooperativo : correio eletrônico, grupos de
(Norman & Spohrer, 1996). A presença ~
Internet em instituições de ensino e su-
utilização como ferramenta de pesquisa sã
discutidos em Castro (1996). Entre 0"
diversos fatores positivos, não se espera mais
-
opin ião, conversa on-line e dever eletrôn ico. pela importação de livros e pela impressão de
H anison (I 99 5) propõe doze periódicos, sendo imediato o acesso a
... Em critérios de avaliação c comparação de informações atualizadas e recursos prontos
comparaçao sistemas hipermídia, sendo eles definidos para utilização. A interface gráfica amigável.
em termos do uso de multimídia, objetos, surgida com o sistema World-Wide Web,
com outros scripts, ambiente multiusuário, links c aproxima da Internet as pessoas que antes não
serviços de padrões; das possibilidades de se sentiam à vontade com os diversos
esc a In h i 1icl<~de, intcropcrabil idade c protocolos de acesso. Em comparação com
.JJeSl1lll·'·a cxtensibi Iidade; c da independência de outros serviços de pesquisa bibliográfica, o
bibliográfica, .. tecnologia, apoio on-line ao usuário e suporte ambiente é muito mais ágil, oferecendo muita ,_.
• â internacionalização .. informação que n~o se encontra em mídias
o ambiente é-':··t Baseado nesse contexto, um convencionais.
muito mais "1 ambiente que provê ferramentas para a Segundo Skillicorn ( 1996), a
utilização de multimídia na editoração e na tecnologia da informação torna possível
ágil, apresentação de material didático, oferecer aprendizado de melhor qualidade
oferecendo estabelecendo um sistema distribuído de devido a diversos fatores: pode-se oferecer
apoio no nprcndizado (lntcrland), é proposto. mais riqueza de infonnações através do
muita O lntcrland se enc:üxa na definição mate ri al on-line, mostrando os·
i1~(ormação ... de sala de aula eletrônica fornecida por Kent relacionamentos entre os assuntos
L. Norman (Nonnan, 1997): uma sala de aula apresentados; os recursos de multimídia
que -incorpora métodos tradicionais e podem tornar disponíveis permanentemente
facilidades tecnológicas pma promover o as melhores explicações, apresentações e
aprendizado. Essa abordagem maximiza o resoluções de problemas; é possível oferecer
número de canai~ de comunicaçiio ntravés do caminhos alternativos, de acordo com estilos
uso de recursos computacionais. c ritmos de aprendizado dos estudantes,
Este artigo está dividido da avaliando c oferecendo explicações
seguinte forma: a seção 2 descreve as simplificadas para os itens que mais
motivações para a utilização de multimídia, provocarem dúvidas; os cursos on-line
hipcrmíd ia c interação usuário computador podem também ensinar a localizar
em sistemas de apoio ao aprendizado, informações em grandes sistemas, agindo
lllostra ndo as vantagens da util ização como um filtro de informações na WWW.
conjunta dessas técnicas; a seção 3 mostra Além dessas características, os
urna infra-estrutura de gerenciamento para o sistemas de apoio à educação procuram
fornecimento eficicnt~ dos dados multimídia implementar uma organização básica que dê
-
uti Iizados na edição de dócumentÓs; a seção 4 suporte tanto à apresentação do material
apresenta uma proposta de ambiente - o didático on-line (chamado courseware), -
Intcrland -que visa integrar ferramentas que como à cooperação entre alunos e professores
auxiliem na preparação c apresentação de (Barker & Manji, J 992; veja também
lllatcrial didático; por fim apresenta-se uma Ringstcd , 1994).
an[tl ise das perspectivas do lnlt:rland.
MULTIMÍDIA
2. MOTIVAÇÕES PARA A UTILIZA-
ÇÃO DE MULTIMÍDIA E IIIPERTEX- Greenfield (1987) comenta que
TO EM SISTEMAS DE APOIO AO cada meio de comunicação aprcsent<:
APREND IZADO carattcrísticas que o tornam mais adequado
do que outros para determinados tipos de
Os computadores, atualmente, informação. Esse fato influi no processo
assumem o papel de ferramenta auxiliar no cognitivo ao atuar sobre os sentidos, ativandc
processo ele ensino, como ponte de conjuntos específicos de habilid ade~
-
Re\·ist2 Br2silein de JoformMica na Educação*~ 01 - Jleta:i!we de 199'1
Autores - Maria 1\ \ice Soares de Castro, Rudinei Goularte, Elderclci Rcgis Reami e Edson dos S2•: ··'
f ...,
Artigo· Infra-estrutura de Supor!!' :1 F.ditoração de M:-~tcri:-~1 Didático Utili7.ando Multimídia .,.,.,.
fiiii"'L
c a possibilidade de agregar novos recursos e semelhantes) (Ferreira, !988). Os ctL'"Óls c~
ensino, portanto. devem explora!' ~ ~
serviços aos documentos apresentados,
.....,
implicam na facilidade de execução dos
vários recursos pedagógicos - incluindo
simulações e interações.
Ex iste uma longa tradição no
métodos de aprendizado. O ah.::no cle\-:e ~
encorajado a formar relacionamer.l.OS ·a :!re o
conhecimento que já tem e os iltn'OS
elementos apresentados, desemrolvecdo
,.,
projeto de documentos em papel, mas há estruturas para seu conhecimento (Allinson
i
pouca ou nenhuma para o projeto de & Hammond, 1989). ~
~
documentos ou outras aplicações hipcrmídia
(Strcitz, 1994). O sucesso ou o fracasso de
O suporte à navegação. o uso de
metáforas e a combinação de ícones e cores, .....,
nossa interação com um hiperdocumento será elevem oferecer uma interface agradável que
......,
détcmdnado pelas dec isões feitas pelo autor
sobre quais nós (pedaços de informação,
livre o u suário de preocupações com o
funcionamento do sistema. Os recursos de .....,
documentos hipertexto) devem ser unidos
por ligações. O hipertexto é não-linear, assim
apresentação devem ser usados de maneira
que o leitor possa reconhecer o ambiente,
.....,
como as idéias; o problema da autoria de localizando-se com facilidade no contexto
hipertexto é ,escolher o melhor "caminho de dos documentos .
~
pensamento" para os dócumentos, através Com a popularização da WWW, I
das ligações (McKnigbt et a!., 1989). qualquer pessoa tomou-se capaz de montar ~
Os problemas enfrentados pelos LlO l conjunto de hipcrdocumentos interativos;
lei I ores são conhecidos (desorientação ou porém, o conhecimento formal, c a aplicação
P"'i
dificuldades em localizar a informação de conceitos relacionados a Engenharia de ~
desejada, sobrecarga cogn itiva). O autor, por Software c a Interação Usuário Computador,
sua vez, precisa aprender a expressar suas podem elevar a qualidade desse s
idéias no novo meio - a expressão de idéias hiperdocumcntos em termos de autoria. A
não mais se limita às palavras, mas deve falta desses conhecimentos embora não seja ~
incluir as conexões entre os nós. O autor sentida pelos projetistas, atinge diretamente
~
precisa antecipar os usos que o leitor irá fazer os usuários.
da infom1açiio :-~prcscntada, prevendo as ~
ligações necessárias. De outra forma, o 3. I NFRA-EST RUTURA PARA fl'"'i
usuário poderá apenas ficar "passeando" pela ARMAZENAMENTO E ENTREGA DE
base de conhecimentos, de man e ira . DADOS M ULTIMÍDIA ~
desmotivada e ineficiente (McKnight et al.,
1989: veja também Allinson & Hammond,
1989).
Em um ambiente distribuído, como
a WWW, onde uma comunidade de usuários
..,.,
~
... qualquer
pessoa toruou- INTERA(';\O
USUÁRIO-COMPUTADOR
(clientes) deseja obter dados multimídia
s imullancarncnte ou não, é necessário um
sistema que administre o fomccimento do
....,
fl'1
se capaz de ~I
material requisitado de form a eficiente. O
O aprendindq_ envolve diversas gerenciamento eficiente é necessário devido
,- ....
montar um
habilidades. Entre elas, a capacidade de ao grande volume dos dados, de mídia ,
conjunto de generalizar. de indu7.ir. de fazer analogias c
de receber instrução. Aprendemos por
contínua em especial, e ao grande número de
usuários desejando utilizar esses dados, o que
,.. ,.
/zíper- indução quand o realizamos grande ,.-
ocasionalmente pode sobrecarregar o sistema
Rl·Yista Rr:~ siki .-:t de lnfonn:ílka na Educação :+' N" OI -setembro de 1997
r-
.. .
Revista Brasileira de Informática na Educa~o * ~- 01 - s.eéembro de 199-
+
ou não-contínua (texto, gráficos, etc.), de
fom1a que sistemas VOD constituem uma ORGANIZAÇÃO DOS DADOS
boa base para a implcmcntnção etc servidores
de dados multimídia. Os dados devem ser organizados de
Uma característica marcante de maneira a prover funcionalidade na entrega
. sistemas VOD, _assim como em sistemas de mídia contínua .. Por outro lado, uma
multimídia em geral, é a intcratividade. grande parte dos acessos ao sistema
Segundo Fluckigcr (1995), de acordo com o realizados pelos usuários visam obter apenas
nível de interatividade, os serviços de vídeo informações sobre os dados armazenados,
podem ser classificados em: como: tamanho do arquivo, data de criação,
etc. Devido ao volume e a constituição desses
Serviços Broadcast (No-VOD), similar dados, essas pesquisas levariam muito
aos canais de televisão, em que o usuário tempo, prejudicando a interatividade
é um participante passivo c não possui flesejada. A utilização de índices parti
nenhum controle sobre a ~es ;ão. responder a ..esses tipos de pesquisa é uma boa
alternativa, porém dados de mídia continua
> Serviço Pay-Per- Viell' (PPV), em que o necessitam de novas técnicas de indexação
usu(lrio paga por uma programação que simplifiquem o mecanismo de busca c
especilica, simi lar ao serviço existente aumentem á interatividac!c.
em CATV (Cahfe TV). . Dados multimídia consistem de
dois componentes: os dados em si e a
> Serviço Quasi video-on-demand (Q- informação semântica contida nos dados
\'OD). em que os usuários são (Griffioen et ai., I 996). Diferente de dados
3gmpados pelo interesse comum que alfanuméricos, tipicamente representados
po5suem. Os usuúrios possuem um por valores ASCll, o conteúdo (valores de
co,..,trole rudime ntar, atlvado por plxels, por exemplo) de dados mulllmldia nâo
ch.weamcnto para os di fcrcntcs grupos. contém muita informação interessante.
Dever-se-ia indexar a informação que os
, S..--niços tVcar f ldeo-On-Demand (N- pixel.\· representam, isto é, o conteúdo
Autores- Maria Alice Soares de Castro, Rudinei Goularte, Elderclei Regis Reami e Edson dos San:cõ '.'
Artigo- Infra-estrutura de Suporte à Editoração de Material Didático Utilizando Multimídia
:>cmilntico dos dados ao invés de indexar os de mctadados pois são esses atributos que
valores em si. Por exemplo, a pesquisa pela irão responder às pesquisas do usuário. Desse
cadeia cte caracteres alfanumérica 'abc' é modo, a identificação dos atributos é feita
direta. Porém, a pesquisa pela imagem de um através da identificação das pesquisas
... A l'nntagem c:1 rro ou pelo som de um leão em um rcali7.atlas pelo usuário, provendo índices
videoclip requer a habilidade de acessar o para responder a essas perguntas. Índices
de se utilizar conteúdo scmi\ntico dos dados . Esse podem ser: bibl iográficos (título, assunto,
metadados é conteúdo semântico é denominado meta dado gênero, diretor, produtor, elenco, etc.);
(Griffioen et al.). estmturais (hierarquia: filme-segmento-
que essa A ' vantagem de se utilizar cena); de conteúdo (para buscas baseadas em
abordageril metadados é que essa abordagem permite ao conteúdo ou em palavras-chave associadas a
usuário examinar o conteúdo da base de umconteúdo)(Berger, 1995).
permite ao ... dados sem ter que recuperar objetos A utilização desses índices traz a
usuário volurriosos. O conceito ele mctadados é ideal vantagem adicional de prover suporte ao
. . para aplicações multimídia interativas nas compartilhamento dos dados multimídia'
exammar O t~~ quais vários objetos podem estar envolvidos armazenados no servidor. Por exemplo,
conteúdo da t'~3 em uma única apresentação. Por exemplo, pode-se ter um documento onde um dos
· um vídeo pode envolver a coordenação de componentes é um vídeo e, um outro
base de dados streams de áudio e de vídeo. Um sistema de documento onde se deseja apenas uma
sem se aprendizado com suporte eletrônico pode imagem do mesmo vídeo. Esse segundo
envolver a apresentação de áudio, vfdeó, documento pode ser criado apenas pelo
preocupar com gr:Hícos c texto. ü servidor de mctadados acesso aos índices dessa imagem especifica,
objetos deve . manter o relacionamento entre esses no arquivo original, ao invés de extrair a
diversos objetos c informar sua presença imagem do arquivo de vídeo e criar um novo
volumosos... para o cliente quando uma pesquisa é feita. arquivo para a imagem desejada.
No contexto de um servidor VOD,
o sistema deve armazenar diferentes atributos ARQUITETURA DO SISTEMA
de vídeo. !\. identificação desses atributos é
uma parte importante no projeto de uma base A figura 1 mostra uma visão geral
Usuário
I
Base de R i
.J
I
Vídeo E
D
I I
I E
: I
I I
I I
Base de
Meta dados
. I
I
I
I
___________ __ ____ ._: __ , ' ----- - ------ - ----- - · I
------ - ------ - -----J
Figura j
+
pesquisa ou qe busca (funções. Query c de acesso para controlar quais informações
Search), ou repassa o pedido para o.SDM- se cada usuário tem disponível para si (controle
for um pedido de execução (de um vídeo, por de sessões de vídeo, acesso aos conteúdos e
exemplo). resultados de provas, permissão para criar
O SDM recebe um pedido (de um novas sessõ es, c~c.), a saber: modo
arquivo tjc (mdio, por exemp lo), c realiza a supervisor, modo pro!Cssor c modo aluno. Os
transferência dos dados para o cliente através usuários são identificados pelo servidor
Qa rede. HTTP através do módulo de identificação e ... Para
classificados em uma dessas categorias facilitar o
4. UM AMBIENTE DE APOIO AO (Moreira ct ai., 1995).
APRENDIZADO O cliente Supervisor é a interface processo de
com o usuário responsável pel as criação das
As características do _ámbicntc de configurações específicas do sistema c por
apoio ao aprendizado proposto estão manter a integridade c disponibilidade dos sessões, o
baseadas nos requisitos definidos nas seções •-serviços dQ mesmo. O supervisor tem todos Jnterland
anteriores. O ambiente é composto. por os direitos de gerenciamento do servidor,
aplicações de autoria c de apresentação validação de usuários c acessos, fornece uma
hipcm1ídia, implementadas pensando-se .nos gerenciamento das bases de usuários e plataforma
usuários finais: prolcssorcs c :1lunos. J\lém cursos. . A ~'1'
• , l
disso, out ra s aplicações de apoio ao O cliente Aluno prove um amb1cnte J;,•· configurave ...
professo r , ta is como registro do de estudo personalizado, no qual cada
comportamento .dos alunos em bases de estudante recebe uma instância de sessão
.;ados, devem estar disponíveis. correspondente a cada curso elaborado pelo
Às aplicJçõcs de autoria, estão professor. Os alunos podem ser distribuídos
ac;sociadas as ftHl~·õcs de preparação do em grupos, para executar uma mesma tarefa
material do c11rso on./ine. qu..: Sl~rú pn.:p:undo (q11c p0dcr:'1 t c1· rclnlúri~H! im.llvitluui:>~ till
o prc icssor. O material dos cursos é conjuntos), atribuindo- se a eles um
crito ~"r m'ldulos denominados sessões c determinado conjunto de tarefas e
scc:c:ão podem estar associadas bases privilégios. Esse cliente pode ser utilizado de
Autores- M<lria Alice Soare~ de Caslro, Rudinci Goulartc, Eldcrclei Rcgis Rcami c Edson dos San:ç; '.'
Artigo - Infra-estrutura de Suporte à Editoração de :\faterial Didático Utilizando Multimídia
drias maneiras: (I) em aula, para grupos de alunos, para fins de avaliação e
acompanhamento de exposição feita ao vivo acompanhamento de desempenho. Para
pelo professor, que aciona através de seu isso, o cliente Professor es tará
computador procedimentos que são realizando consultas aos bancos de
mostrados na tela das máquinas de cada dados com informações sobre alunos e
aluno; (2) em aula, como o principal instrutor, sessões.
sendo que nesse caso o professor prepara a
aula e a deixa disponível aos alunos, obtendo ,.. Atuar como interface de controle de
uma "aula automática", possivelmente com a apresentações em tempo real, pela
presença de monitores; (3) para preparar ativação do cliente SDM.
documentos (relatórios, exercícios práticos,
etc.); (4) como elernento de comunicação. Além dessas funções, o cliente
Os professores pertencem a um Professor conta com um módulo de ajuda que
grupo especial, com privilégios satisfaz tanto as necessidades de usuários que
excepcionais. que incluem acesso aos já conhecem o sistema como aqueles que o
,aplicativos de gerenciamento. Dessa utilizam pela primeira vez. Os recursos do
maneira, o professor poderá preparar um módulo de ajuda estarão sempre disponíveis,
conjunto de objetos para serem utilizados acompanhando as atividades do professor
assincronamcnte por ele durante a aula, ou para sugerir modificações e realizar algumas
para formarem o corpo de uma aula (através correções automáticas.
de scripts) que ficará disponível no servidor Assim, pretende-se evitar que o
p::tra ::tccsso pelos alunos durante uma sessão. professor se preocupe com estilo de
Os scripfs permitirão ao professor adicionar documentos, gerenciamento de hipertexto e
gr;)ficos, textos, vinhetas, animações, vídeos, dados multimídia, e detalhes de
aplicações compartilhadas, entre outros implementação do próprio sistema Interland.
recursos.
O cliente Professor se propõe a UM EXEMPLO DE C O MPONENTE:
auxiliar o professor na tarefa de preparação SESSÕES CONTROLADAS DE VÍDEO
do material dit!útico dentro do sistema
Jnterland, através de módulos. Suas funções Um exemplo de componente
principais são: interessante que pode ser utilizado em
diversas situações de treinamento é a sessão
Oferecer modelos e conjuntos de de vídeo controlada. A função desse
hipcrdoeumentos que visem uma componente é pennitir a apresentação de um
estrutura simples c eficiente para a trecho de vídeo (eventualmente, mais de um)
... evitar que o ' implementação do material didático. para diversos alunos ao mesmo tempo e, além
Além de oferecer modelos, o cl iente disso, permitir que o professor tenha total
professor se Professor tnmbém aceita documentos controle sobre a execução do mesmo.
preocupe com previamente existentes para organizar Um caso de uso desse componente
um conjunto de hip~rdocumentos.
, ocorre na situação em que o professor deseja
estilo do apresentar um vídeo e parar em posições
'l'.
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...
~
-
Artigo- Astral: Um Ambiente para Ensino de Estruturas de Dados através de Animações de Algoritmos
...r___,
1
-r
Do mesmo modo que a
experimentação durante a operação das
ani'Tlaçõcs enriquece o aprendizado mais do
abordagem é denominada passivá, pois o
usuário se comporta corno mero espectador c
ela é útil para a complementação de livros-
.,.,
f"
que a mera observação passiva delas, é de se texto e aulas.
r
... Em
esperar que. com um sistema onde a própria
implementação das animações gráficas é
f:tcilitada a ponto de poder ser realizada pelo
estudante. a absorção do funcionamento dos
Uma limitação clara, no entanto,
está no fato de o usuário não poder testar
novos conjuntos de dados c ter de ficar
limitado aos conjuntos a ele fornecidos. Para
r.,.,
.,-:
algoritmos seja ainda mais intensa. evitar esta restrição, alguns sistemas [1 ,7,13]
comparação Com o objetivo de prover um tal introduziram facilidades para que seus r"
com outros
sistema, desenvolvemos um ambiente para a
arquitetura Macintosh uti I izando a
usuários pudessem fazer as suas próprias
experiências, direcionando o andamento do r'
serrir;os de plataforma de progrnmação TI IJNK Pascal. algoritmo. Tal abordagem é denominada r'
pesqmsa
Este artigo traz na seção 2 uma
breve descrição das principais abordagens ao
ativa.
r
Resultados positivos para o uso ifltl!l'
bibliográfica, uso de animações de algoritmos no ensino.
~ Na seção 3 são citados vários dos projetos
desta abordagem foram relatados por
Lawrence et ai. em [12] em experiência ~
o ambiente é .;,l mais relevantes na área. Descrevemos na realizada com o ambiente Polka. Estes ~
muito mais seção 4 o ambiente que desenvolvemos, resultados confirmam que a abordagem ativa L:
detalhando sua arquitetura c apresentando é mais poderosa, pois tem- se uma
ágil, alguns exemplos. Finalmente, na seção 5 são participação maior por parte do usuário. ~
oferecendo colocadàs algumas conclusões sobre os Diante da oportunidade de associar ~
dados a uma disciplina de laboratório de ~
beneficios deste ambiente, tendo em vista a o ensino teórico de algoritmos e estruturas de
muita nossa experiência com seu uso no ensino de
informaçiio... discipl inas de estruturas de dados. software, decidimos verificar se um
acréscimo no nível de participação de
+
2 ABORDAGENS aprendiz no processo de animação resultaria
em ganho ainda maior na aprendizagem.
Em livro!' textos c aulas Nossa tentativa visou incorporar à fase de
convencionais, de modo a facilita r o implementação realizada pelos estudantes
aprendizado de algoritmos utilizam-se algumas chamadas a rotinas gráficas de alto
mecanismos que vão além da descrição ém nível para visualização tanto das estruturas de
(pseudo) linguagem de programação, como dados quanto das atuações dos algoritmos
i lustraçõcs. · implementados para m anipulação delas. Para·
Por outro lado, o excesso destas viabilizar essa tarefa fez-se necessária a
mesmas ilustrações quando vistas implementação de um ambiente de
estaticamente contribuem muito pouco para programação de animações em uma
aumentar a compreensão cios algoritmos plataforma adequada c amigável. Criamos,
dado que, aléni das informações depictadas, para implementar esta nova abordagem,
há grande comunicação implícita na denominada construtiva, o ambiente Astr al
correlação entre elas. Esta correlação pode descrito na seção 4 com o qual mesmo um
ser mostrada ntravés dn nnimação gnífíca das estudante iniciantc pode realizar animações
imagens. dando ganho considerável de gráficas sofisticadas com um mínimo de
comunicaç;io de inlormação. esforço.
Em f3], M. Brown introduziu a
idé in de ambientes dedicados à construção de
animação gráfica computadorizada como
Esse ambiente foi utilizado em . ~
l aboratório de soft ware durante três
semestres (2/94, 1/95, 2/95) com resultados
,.,.,
...,
ferramenta para ensino em computação como
já é também aplicado com sucesso em outras
muito positivos à aprendizagem, como
descrevemos na seção 5. ,_,
áreas, como química, anatomia c simulação .,.,
de circuitos.
Um primeiro uso de animação de
3 PROJ ETOS RELACIONADOS ,_,
algoritmos é dado quando se assiste a um Nesta seção são citados alguns llfllll!lll'
filme [li] ou à execução de uma seqüência trabalhos que influenciaram positivamente o
pré- programada de eventos [3]. Esta projeto e desenvolvimento do ambiente .
rJ!P'
~
Revista Brasileira de I nformática na Educação jl< N" h I
ttiiJ!!
:retensào alguma desenvolvido na Unicamp por R. Amorim e P.
resenha ~austiva de de Rezende e seu " principal objetivo é a
relacionados. p rodução sistemática de animações em C++
Brown ALgorithm dentro de um ambiente de estações de
Animator) [3] foi trabalho Unix. As e>:pcriências obtidas
Brown University no através da implementação desse proje to
c SL'll mtuito cr;i o de foram de grande valia para a implementação
mo um lnborntór i o de do Astral.
~;:::,., com representações
c.-~ de :::g~_;ritmos em tempo real. 4ASTRAL
:ressor. Balsa-11 introduziu uma
-~e mais amigável c uma maneira O projeto do ambiente Astral
~~r.ca para :1 execução c interações < http://www.dcc . un icamp. br/-rezende/
:1.n!·naçõcs. trabalhando sobre a astral> visou atender as necessidades de
•
1
:-..,r 111.1 l\ I :1 c i nt P ~.;! , c r n 111 a prcp:~ração de diversos cxcrckios de
l:ngu3gcm Pascal. · impleu1e utaç::io de cstrutmas tk dados
No início dos anos 90, surgiu o utilizando animações gráficas, de modo
proje to Zcus<http:/ / homogêneo sob uma interface consistente. A
www.rescarch.digital.com/SRC/zcus/ partir das características básicas do a mbiente
homc.html> de M. nrown f5,7,R,9l ctüas c de sua biblioteca de suporte, foram
contribuições incluíram uma proposta de produzidos diversos destes exercícios que
se paração en tre a lgoritmo e deram origem à primeira experiência de que
visualizadores, colocando interfaces temos conhecimento da aplicação da
bem definidas entre eles; o suporte à · abordagem construtiva no ensino de
constmção de programas de grande estruturas de dados o uso de mecanismos de
porte, orientados a objetos c a utilização animação para auxiliar na implementação de
..-e
da linguagem Modula 3. Em Z cus,
mú ltiplos al g"o ritm os p ode m ser
cxc cntados t:.oncnrre nt cmc nl c,
facilit:mdo n an:'tlisc de di !'crenças c
sim ilaridades entre vúrios algnril111os .
O projeto ZA DA ~, http:// ls4-
algoritmos pelos próprios estudantes.
O ambiente As tral foi
desenvolvido pma arquitetura Macintosh [21,
sobre MaciOS v. 7.5. Um ponto positivo
desta escolha é relacionado ~
s facilidades oferecidas. por esta plataforma
+
www.informatik.unidortmund.de/ RVS/ para a implementação de aplicativos gráficos,
zada.html> desenvolvido na University co m mecani sm os sim pl es p ar a ... atender as
of Dortmund implementou algoritmos gerenciamento de janelas, menus, assim necessidades de
di~t ribuídos utiliznndo o ambie nte Zcus. como para o desenho c manipulação de
Xtango [ 13] < http :// objetos grúficos. J\lém disso, o rato de a preparação de
\\'W W. c c . gn t cch . cd u / gvu / soft v i z / interface oferecida ao usuário final ser diversos
;'tlgoanim/ xtango.html..,. é um ~is tcm a de cxt.rem amcnte amigável (c portanto
animação de algoritmos de propósito ex celente para pcs<>oas com pouca exercícios de
genérico que pc nnitc a constntção de experiência) fllz o Astral ter grande apelo a implementação
animações em tempo reaL O objetivo esse público.
~ pnncipal é prover f:tcilidadcs para os A linguagem escolhida para de estruturas de
usuários que ii·ão construir as suas implementação foi Pascal que é adequada ao 11 dados utilizando
animações, fornecendo uma interface de ensino de programação básica devido à sua ~~ . _
;"t\to nível. Utiliza a linguagcn1 C c opera s implicidade, verificação forte de tipos c ~ anmzaçoes
sobre platafonnas Unix c X I\ Window mecanismos para estruturação e gráficas de
S~stcm . Polka<http : // \VW modularização. O processo de animação foi '
"' c c. gatech. edu/ gvu/ so ft v i z/parv iz/ feito utilizando-se funções e procedimentos, modo
....e r~:ka.btml> é sucessor de Xtango c foi
projetado para dar suporte ao
sc1_n alterações à linguagem o~1 utiliz~ção de
prc-processadorcs. Em um nJvcl acuna do
homogêneo sob
~ c-• <" n v" I v i 1111' n to d (' a 11 i m :11;. ih- s r;: iQ!Gmn onerac i onnl . tomos uma camada que uma interface
c~rrcntcs. de maneira a racilitar a agrupa rotinas de interesse geral para a
çào de algoritmos paralelos. construção de animações que obedeçam ao
consistente...
O projeto A nimA[ I J foi nosso modelo, denominada camada bás ica.
+
efettos de rotação .
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Figura 2: Arquitetura detalhada do ambier:···
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Artigo- Astral: Um Ambiente para Ensino de Estruturas deDados através de Animações de Algoritmos
_,.,..- ,.,
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' - ~.I :a~e:tiilloM'.Piis:
lu ' lõ o proceduro RIRhl6olonce (vor rool : NodePtr;
~ IC:: i<:> I 9_1 l_Q vnr tollor: 6ooleon);
' ver
lnir.1ftl 1 7 .)
x, w: llodePtr;
begtn
x := GelRtght(root);
IITilõrP.A IITilõmP. IITilõrP.A case GelDolonceFoctor(x) o f
o 15.! ~
Rlgh tHigh: begtn
ffi [i] li] SetBol onceF octor{root, Equol Hetghl);
Set6oloneeFectorix. (quolHetght);
.,_,
f!"""
'
~ ~
P.ototeloll(root);
toller := f olse;
,_.,
ond;
1\ ~
'
EouolHelght:
,
:(Erro. Slluoç~o n6o prevtslol I
LertHtgh· begln
l<i o o
OI
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~~ OI I~ ~I 1<::
1\
w :: Getlert(x):·
cGse GeiBolonceFoetor(w) of
EquotHetghl: begln
,;,.
•
.': r. SelBo I enceF oclor(root, Equo IHetghl);
SelllolonceFoctor(x, EQuolHetghl);
entl; I
Lefll1tgh: begln
nnrTYP:Ã ~ rmrrrP.Fil SetBol encoF oclor(root, ( quoiH otghl};
o
lil fº Se\13olonceFoclor(x, RtghtHt gh);
t i ~
ond;
RlghiHigh: begln
SelBotonceFoctorirool, LefiHigh);
SetflolonceFoctor(x, EquolHetghl);
and;
end;
SelBolonceFcclor(w , EquoiHelght); ..
lõ o RololeRight(x);
+
o SelRtqtlllroQ! xJ:
OI te:: 10 JÇ 101 IÇ
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--e
~ Figura 5: Detecção de um efeito colateral na remoção da raiz
-e e conserte-o de maneira mais rápida. Alé utilizando conjuntos minimais de funções
--eo disso. o forneci mento de arquivos para
!Stc são úteis para aumentar a maturidade do
gráficas providas pela biblioteca do ambiente
Astral. Por limitações de espaço, serão
.-e..-mroante no que diz respeito ao teste do seu colocadas apenas algumas imagens e uma
--e -ograma frente a várias possibilidades de breve explicação para cada um dos tópicos
.-e
.-e
c-=tra<ia. A figura 5 mostra um exemplo de
....-e
r~!to col:ltcral na remoção da raiz c de uma
rvore de busca q ua ndo a sub-árvore dircit<1
·~uzida ao elemento i) do elemento
.s~lhido para substituição desapareceu
--e
_,rante o processo. ·
apresentados .
Iniciando co m algoritmos de
ordenação, podemos ver na figu ra 6(a) o
Q.uickSort, cuj o compo rtamento recursivo
pode ser observado através da disposição dos
elementos, que estão separados em gmpos que
+
~ A implementação da abordagem vão se aproximando progressivamente d ... A implemen-
- ~ -strutiva como feita pelo Astral permite diagonal da janela. O segundo algoritmo,:
~ -: um estudante possa concentrar o seu figura 6(b), ilustra o MergeSort cuj tação da
--e
• ,forço de escrita de código no que se refere comportamento é exi bido em três fas es: antes abordagem
....-e ·~cti"<l do exercício propriantcnte dito.
:m t::rdc se preocupar con1 implementação c
da execução do algoritm o, com alguns grupos
j:í ordenados c prontos para a reali7.ação d construtiva
~rojcto de mecanismos para entrada c uma etapa de conqu ista do algoritmo e ao:
::::de dados. A nossa experiência mostrou téqnino da execução, com todos os elementos'
como feita pelo
m curso proJetado dessa maneira o rdenados. Por fim, a figura 6(c) mostra o Astral permite
_. ..;..;..~ a cobertura de um número maior de comportamento do HeapSort após o heap te
do que um c urso tradicional. Devido a sido montado e com os e lementos de maio
que um
fatores 1presentados, acreditamos valor do vetor sendo posicionados. ~1 estudante
·~--- - .,:~ abordngcm constmtivn Na figura 7 (a), ternos uma amostra!
tencial de aprendizagem de um algoritmo espalhamento no momento
possa
d ">-n a aprender r-ilais da colisão devido à inserção do elemento I O. concentrar o
As figuras 7(b) c 7(c) ilustram espalhamento
com encadeamento externo. Note que são seu esforço de
...-e L\1MAÇÕES utilizados dois tipos de visualizadores: um escrita de
~
.. .
radas uc algu111as
:t!!~.:I:;.~ ~· =mtw' por estudantes
~1 destinado ex ibir o gra u de cspalhnmcnto da
tabela .
~~........................................................~==~--~~---
.-.e
~
1
lllfe
~ ~
Revista Brasileira de Informática na EduCllçio x: N" 'Ol -:setembro de 199i
~
_alfg"mtn t,;~
iiiÍ!! A T A
~W~iii\tl~i:i1!!'1Yõ<<''llilii!Fillili4rn'.:mll' ~==
}filj -1.0 • -•.o I -o.o I ·t.o r.-
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~ T -- o •-5. 0 -2: o I o ....o ~~'
*
á
iÍt!!!
( a '
Yt!: ·:: :: ::: :: :;::iiii;i~:: ::::: :::;::J:iir~:::
Figura R: Alinhamentos
( b )
::::::::::ljljlJ: :: : t~m l?t':'•''''"';;;;;;;• ;; ;;;;::;:;:;;;;;;;;;
( a )
;;; ;: ;; :; ;;:;;;;:;tslJ~ H~;:::.-.:::. :; : ;:: :~:.._:::: . ;·:::;:;;;:.:.
Figura 9: Árvores B
( b )
-~-= &r~P.tfm~w.~?.~~r.~r~~g
·.
·. ·~
~
-"é
~
~
4 5
~
~
( a ) ( b ) ( c ) ( d )
f'igura J 0: Verificação se um grafo é bipartido
figu ra 11 apresenta o instante da execução do de mais baixo nível para fora da camada
algoritmo de busca em profundidade nas três específica.
fllll!l!>..
~ -
-e
representações.
Estes exemplos mo~tram a
di\'crsidadc de exercícios que podem ser
construídos bascnndo-se nas facilidades do
ambiente Astral de modo que o estudante
possa se beneficiar da s11a própria
5 CONCLUSÕES
~I
- mecanismo de aprendizagem. A construção
das camadas específicas a cnda um destes
exercícios 6 simptifíca'da devido <t camada
tipos de abordagem citadas: passiva através
da utilização de ferramentas de gravilção de
eventos; ativa através elos aplicativos-
riJIIÍ!~ b:'1sic:1 d\' nmhic nk que f:'l10ra todo n c'<<'lllpln, <' conslmtiv:1 através de interfaces
-
ifiJI!!': g~n.:ncia lll~nto de cvcn I os c processa lllcntu n1iniJnnis c padron i zadas paru
3 4
:=tmll
~ \ a ) ( b ) ( c )
~ figura 11 : Três representações para grafo
~
fll!'t- Autores- Islenc C Garcia, Pedro J. de Rezende e Felipe C Cz --~--
~
~
-e
I
Artigo- Astral: Um Ambiente para Ensino de E!ltruturas de Dados através de Animações de Algoritmos ,::
I~
I~
implementação de animações.
Embora sem a nplicnçõo de um
nt(;lodo sislcn t:'ttiço de.: nn:'tlisc de.: resultados
quantitativos de aprendizado, depois de
observado neste momento (um ano mais
tarde) quando os estudantes estão cursando
uma disciplina de projeto c anúlisc de
algoritmos. A sua fixação das noções de
1.,::
utilizarmos o Astral dentro de disciplinas de algoritmos em estruturas de dados, de rJIIIIII'
l:tboralório de so.ftH•arC' para ensino de paradigmas de projeto de algoritmos c de ,~
estruturas de dados ao longo de um ano c análise de eficiência se percebe muito mais
meio, ministrada:> por três docentes, tivemos sólida que a de estudantes de semestres I~
oportunidade de verificar uma sensível
melhoria de desempenho dos estudantes
comparando-se com semestres anteriores,
anteriores.
1-"
,..,..,
I~
Agradecimentos
onde os laboratórios de software utilizavam
programação tradicional (sem animação).
Este desempenho destacado foi observado
Nossos agradecimentos aos professores João
Meidanis e Eliane Martins que se dispuseram
,..,
t:mlo nas ava Iiações durante a própria a utilizar o Astral em suas disciplinas assim 1..-r-
disciplina, quanto também vem sendo como aos estudantes envolvidos.
'~
I,......,.
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~~
System foc Al~'U:ithm Animation. Computer, 23(9), ~~
~~
~~
- • Abstracl Data T_ypes and Pascal. Paci fie
....,
.
l: 1/lf!!'
~
_,
~
+
educação de pacientes . Entretanto, para que
este sistemas ·atinjam seus objetivos é Atualmente é fai.o reconhecido que
~ os pacieTites devem conhecer e entender os
necessário que possuam uma série de
~ características de qualidade rcl:'lcionadns no problemas relacionados à sua saúde c aos
trat.,mcntos que lhes são indicados, devendo,
~ seu conteúdo c à sua f'onua. Este artigo
também. ?3I"icipar das decisões sobre esses
descreve um sistema à ; acesso público para
~ educação de pacienk:. na área de medicina tratamenws e sobre possíveis cirurgias às
~ nuclear, especificamente sobre o exame de quais -.-enham a ser submetidos. A falta deste
...-e cintilografia miocirdica. Define, t:unhém,
l!ill Cf''ljUnto de requisitOS de quaf!dadc 3
conhecimento traz uma série de
crnscqüências relacionadas à falta de adesão
~ serem considerndos no desenvolvimento c a regimes alimentares c medicamentos, bem
~ a··~~-:~.::o destes sistemas. como a distúrbios psicológicos causados pela
carência de informações (Billault et ai.,
1995, Kahn 1993, 1993a, Kim & Watson,
Abstract i995).
The cescentralization rrocess of medicai A " educação de pacientes, nessa
information IS the major motivation for the nova realidade, baseia-se não só nas
construction and use of cornputer based informações fornecidas oralmente pelos
systcms for paticnt cducation. Howcvcr, in profissionnis de saúde, mas também na
ordcr to rcach thcir objcctivcs it is ncccssary utilização de materiais impressos, aüdio-
th:~t thcsc sy:;tcms havc á sct of CJUality visuais c, mais recentemente, computadores.
characteristics rei ated to thc information they Diversos benefícios são alcançados
providc and thc _way they are. This papcr com essa mudança. Em primeiro lugar tem-se
~ describcs a puhlic acccss systcm for pati cnt a descentralização e democratização do
educntion, on lhe ficlcl o f Nuclear Mcdicinc,
~ spccwlly about the Myocnrdial Ci ntigrnphy.
acesso à informação, pois os pacientes podem
ter essas informações sem a presença física
~ Italso defines a set ofquality rcquircments to dos profissionais da saúde, fora dos centros
be com~idcrcd on thcir dcvclopmcnt and
~ m édicos e até mesmo em suas casas, tendo
evaluation. acesso às mesmas quando e quantas vezes
~ considerarem necessário. Um outro beneficio
~
..-e
- :::::=--------=::: .,.,_.,
n~-Edcoaç2od~ P:aci('nlc~ :alr:n·ésdcSisl~ma~ de Accs<;o Público
- ,.,.,
ilfllll'
dessa mudança é a possibilidade de redução com as características e limitações do sistem2
dos custos envolvidos nos tratamentos.
Estudos tem evidenciado que pacientes que
de saúde. Computadores podem auxiliar no
processo de democratização e disseminaçã0
.,..,
utilizam materiais de apoio à educação têm de informações sobre a saúde e permitir que. ~
alta em menos t e mp o, tê m men os através deste conhecimento, indivíduos,
.......
necessidades de internamento, mostram-se
menos problemáticos em fases pré c pós
fa míli as e comu nidades assumam um papel
mais ativo nos cuidados com a própria saúde, .,
... Este artigo
cirúrgicas e têm reduzida, até mesmo, a
quantidade de medicamentos utilizados
minimizando a carga psicológica frente a
tratamentos, exames ou cirurgias bem como
......
descrev.e a contra dor. Em alguns estudos observou-se, diminuindo o uso de serviços onerosos e ~
experiência de
também, a redução de problemas c doenças
bem como a redução do uso de calmantes e da
desnecessários (Kahn, 1993, Abramson .
1996).
......
construção, f] ansic~a?e nos pacientes q~e utilizaram estes Para atingir a meta de ter os ~
- matena1s (K<1hn, 1993, Btllault ct al., 1995, paci entes conhecendo c p articipando ~
m·aliariio e "' J\br:unson, 1<J<J(i). ativamente em seus trata mentos, através da
........
implantação São muitas as maneiras de se
promover a utilizaç:ío de computadores na
utilização do computador como ferramenta, é
necessário produzir · soluções educacionais
......,
de um sistema I
educação de p·acientes, entre elas estão o uso adequadas aos indivíduos e ao seu contexto
r
,
de acesso
.
pub!tco para
educação de
b~ de sistemas especialistas, entr evistas
)· ; a poiadas por computador c hipermídias. J\s
. hipermídias utilizam som c efeitos visuais
podendo ser usadas para informar pacientes
co111 limitações, reduzindo ou até eliminando
social, sistemas fáceis de usar e baseados em
interfaces amigáveis.
Este artigo descreve a experiência
de construção, avaliação e implantação de um
sistema de acesso público para educação de
;::
r
pacientes... a necessidade de se ler textos nos meios pacientes, desenvolvido na Unidade de
r
conve ncionai s de dissemina ç ão d a
inCom1ação médica. No caso específico de
pacientes idosos, existe a possibilidade elo
Cardiologia e C irurgia Cardiovascular do
Hosp ital Univers itário da U n iversid ade
Federal da Bahia/ Fundação Bahiana de ;::
~ usunrio/pacicntc poder repetir, ex piorar 0\1
estudar um tópico de seu interesse, com o
auxílio do computador, permitindo um grau
de liberdade c conforto que os pacientes não
Cardiologia (UCCV /FBC). O sistema, sobre
o exame de cintilografia miocárdica, tem
como obj etivo auxiliar os pacientes que vão
r
rr
realizar este exame, na sua preparação para o
conseguem ter com os médicos,
principalmente devido à carência de tempo
dos mesmos para longos atendimentos c
mesmo, buscando reduzir a carga psicológica
normalmente associada à realização de
exames que envolvem medicina nuclear. Para
rr
explicações (Siatcr ct ai., 1994, Kabn, um melh or entendimento do contexto do
1993a). trabalho são feitas considerações sobre o uso
No caso elos sistemas especialistas de sistemas de acesso público na educação de
para apolo à educação de pacientes muito
ainda há por f.1zcr. Algumas experiências são
positivas, como obscrv!t Abramsou (1996)
pacientes e descritas algumas experiências
semelhantes disponíveis na literatura. rr
referindo-se a um s istema especialista de 2. Sistemas de Acesso Público e Educação
apl icação geral que tem como objetivo de Pacientes
auxiliar- na prevenção de doenças e nos
primei ros socorros. Outra experiência Sistemas de Acesso Público.
pn!'itiva é descrita por Kim c Watson ( 1995), bnscados em computadores, são utilizados
~Pbrc a uti lizt1ção de um sistema especialista para auxiliar na dissem inação de in fonnações
para auxiliar os pais de pacientes, em suas elas mais diversas naturezas. Alguns
. prt'1prias casas, no conhecimento c na e xempl os de utili za ção podem ser
idcnti fi cação de problemas relacionados à encontrados com a finalidade de informar a
kut"l'tllia infantil. local izaçiio espacial de uma loja em um
A educação de pacientes apoiada shopping center, preços c características de I
por computad o r pode contribuir para produtos em lojas e aeroportos, informações tJIIIIIíi"
solucion·ar um grande desafio ético, político c bancárias, horários de transportes públicos
econômico: o problema de conciliar as em estações ferroviárias c rodoviárias e
necessidades e expectativas dos pacientes programações em centros culturais ou
~
possível verificar alguns resultados com exame cardiológico que tem como objetivo
rclnção fi utilização do sistema Guardian. Um avaliar a circulação do sangue no coração de
problema apontado relac ion ava-se à pacientes. É realizado em duas etapas
apresentação de informações que causavam consecutivas: o teste de esforço e o exame em
medo aos usuários. Para tratar esse problema, repouso. Na primeira etapa, o paciente faz o
foi criado um "botão de humor", que pennite teste de esforço físico, numa esteira em
acesso a vídeos com situações engraçadas. movimento. Em seguida, recebe uma injeção
Outro resultado alcançado foi a verificação de contraste e vai para a gama-câmera, onde
ela motivação oferecida pelo sistema. Os sí'io feitas imagens do coração. Na etapa do
usuários mostraram-se extr emamente exame em repouso injeta-se o contraste e, em
fUV t:r:,c J·:.•.~ ff't; tLY: f~; seguida, o pac iente se dirige à gama-câmera
FOO n;t; ro~ =-oc FEt:: !=a:;
para uma nova seção de imagens.
tuccv
~Ftx; f;;t:l F!X: rf;C F,E>;; FS:::
rP.C f'I3C f'1.!l; r t:JC; f!.tC PL'O
f-1JC Fficr!_l..._.. FX ~b: Fey;;
~
A realização desse exame exige
F?;Ç .e eç. ,r"K; FE"C FI<; !'ir:
FSÇFECF~~F.~FeG~~
alguns cuidados aos pacientes. Existem
.rtv:; F'r;c Ff;>: "1':-1; rr:::; .f{r~ Unide<:l-3 ~ Cartiolocja e Clrurgis Vo~çulesr restrições quanto a alimentos proibidos ou
roc ,.ro r!;'C :r>; <zy:. rir
i'?X: roc r X. F!'(; rr;.:; FD:; não indicados nos dias que antecedem o
!'W) fOO!'~V:: Fl:lC rtr. Ff1::
rac.
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&e ,eeç !'C
F(\Ç FJ;<:
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n•~ 1 f).; r ti"
r rac rrx:.
Fl'ltl roc 1 t>:'
ftx:
f,:; F8Ç Ff't:> N1..'
.rw rrç rfJl~
1NFI3C
l=und~ B.ahiamJ do Cardiologia
exame, trajes não apropriados para a
realização do exame e observações sobre
m edicamentos . A não observância da~
Fu; f!7:: r!.': •oc rF.r-:. •tt:;
f'f!<'; FEÇ F(!C I<~ F.f)';; Ft;r, restrições alimentares, por exemplo, impede
Ft~r. r~ r~~:: rtJC rK> Ff(:
F('C BCr g:: ryy:; /l'Ç f'fll~ a realização do exame. Além disso, o fato de
''"l": ex ~XI'fP'il~oe
r!=V:' rt;C . ., • ~J\,.... rl'4' Cintilografia Miocárdica ser um exame de Medicina Nuclear provoca
~a: ·:fC .~qo; =-oc ~A.; ~
.,., ,_:' '...
r:"(l"; ru; I t'C ~"()t) f'f"t; .ro-;
·-. . . : . . . : uma série de receios que precisam ser
_e-. ç;. ..-:- Fet: , f~ ,., f,~ ~?~~:-AQUI . ~A~ INI.CI~R . esclarecidos e eliminados.
!l'C frt:;J'T!f'; 'ú; EO
~!:?;
rflC r.cc f1:o<; Fpr. r ( •':. !(t; Para fornecer estas infonnações
rn= r~: ."!'-: rrr..· !('6'; rr~:
rr.·; rp-:': .-;:a.· rr. r-"1·' foi desenvolvido, na UCCV /FBC, um folhet<•
explicativo entregue ao paciente quando este
Figura 2 - Tela de Apresentação do Quiosque marca o exame. Quando a marcação de
.....
~
1t ~refone. ~ mformaçõcs
pactente pela recepcionista
~ ~r~icina '\Z uclear. Após vários
in_ do es;cs procedimentos
.-e':·
l~ - ~e que. amda ass im , muit'Js
..e -o seguiam as recomendações
~
(u
mesmo e pcrma:1cciam com
c medo. Por iss~) .. muitas vezes,
~ m p:tra realizar o exnme sem as
..;e ções necessárias ou não compareciam
:i- r medo. provocando com isso o adiamento
~ mesmo e grandes prejuízos financeiros,
lllil!r ém de deixar um horário desperdiçado
u:uuJ,, existem vúrios outros pncicntcs
..iê
e. esperando para rca I izar este exame.
~~ Essa situaç;1o levou a equipe
~·
Ja
médica do Setor de Medicina Nuclear a
buscar uma solução altemativa. Surgiu,
~ assim, a motivação para a constmção de um
.-e sistema de acesso público para educação de
pacientes sobre o exame de cintilografin
~ miocúrdiea.
~ O primeiro ponto crítico no
-1 .-
~ desenvolvimento Jc aplicações médicas
direcionadas à educaçfío de pacientes é a
-el detcnninação do conteúdo ela informação a
ser transmitida e de sLw forma de
+
""t Figura 1 - Quiosque do Exame de Cintilografia Miocárdica
~·
;.l~
apresentação. Para contornar este problema,
a cspccilicaçilo do conteúdo das inronnaçõcs niio provocar dúvidas nos usuários/pacientes
~ presentes , 110 siSICill:1 l"oi feita, c a interface deveria tomar fácil e agradável a
fundamentalmente, através de entrevistas uti lizaçiio do sistema.
~
Cs Considerando-se a natureza do
com o cardiologista responsável pelo Setor
~ de Medicina Nuclear da UCCV/FBC. sistema, optou-se por um desenvolvimento
~· O gmpo de usuários para o qual o através da construção de protótipos. Assim
~
;l!JI;
desenvolvimento do sistema foi direcionado
é formado pelos pacientes da UCCV/FOC
sendo, antes da versão atual (3.0), foram
desenvolvidas outras duas versões, validadas
.-e que foram indicados para fazer o exame de com o médico e com um número restrito de
usuúrios/pacicntcs, para que se alcançasse
cintilograli:l miodrdica. A classilicaçiio
~ destes . pacientes quanto à escolaridade, um grau satisfatório de apresentação do
~ fornecida pelo chefe do Setor de Medicina t. conteúdo e da interface utilizada.
=-
' A versão atual foi implantada na
~
ou
Nuclear, é a seguinte: analfabetos: 10%, 1°
grau completo: 40%, 2.ll grau completo: 30%, UCCV/F BC em fevereiro de 1997. O sistema
~ nível superior completo: 20%. Essa está instalado em um quiosque para
~ classificação teve grande importância na aplicações multimídia com tela sensível ao
'r"
definição c adequação do conteúdo utilizado toque, na recepção do Setor de Medicina
~ no sistema . Nuclear(figura 1).
.i!:· Por se tratar de um sistema baseado Na tela de apresentação do sistema
Jt.
ca
no uso de computadores para um grupo,
previsto, de pessoas onde a grande maioria
inicia-se o processo de adaptação
/aprend izagem ao uso da tela sensível ao
~~ nãe têm conhecimento e hábito de uso destes toque. O sistema fornece uma mensagem
tlfl/ll!>:, cquip.,mcntos, além do cuidado com n indicativa de como iniciar a n'avegação
C<;
·.. gua;em c os termos médicos utilizados, (figura 2).
~ -se um:1 grande importância a aspectos de Na segunda tela apresenta-se uma
~ rfacc O conteúdo necessitava ser breve explicação sobre a indicação do exame
pn :r~udo de forma simples c clara, para c o usuúrio deve, então, fazer uma escolha
.-e
tlfll!>j
Autores - Carla Valle, Antônio Augusto Ximencs, Gilda Helena B. de Campos, Ana Regina Rocha e Ah<L'"O R~'- ·-
~
~
~.
4.rti~- Educação dt Pacientes atravé~ de Sistemas de Acesso Público
Figur~ 3 -Tela de Escolha dos Principais Módulos Figura 4 -Tela sobre "Alimentação"
do Sistema
entre as duas principais opções oferecidas: PRÓXIMO. A figt1ra 4 mostra, como
"0 que você precisa ·saber para realizar n exemplo, uma destas telas.
Exame" c "Informações Adicionais" (figura N'o c o n t ex t o d a o p ç ã o
3). Essa divisão foi sugerida pelo "Informações Adicionais", o usuário
cardiologista responsável pelo Setor de encontra as seguintes telas de informações:
Medicina Nuclear com o objetivo de destacar Por que alimentos proibitlo.v?, Devo vir
as principais informações necessárias para a acompanhado?, Radioatividade tem risco?,
realização do exame e de outras informações Exame por Convênio, Cintilografia e
complementares. Tem-se, assim, no sistema, Cateterismo, Alcool e Fumo, Como é o
uma primeira parte de cunho mais Exame?. As figuras 5 a 9 exemplificam as
informativo, seguido de outra com caráter telas desta opção.
+ mais educacional.
No contexto da opção "O que você
deve saber para realizar o Exame", o usuário
encontra as seguintes telas: Alimentação,
Medicações, Duração do Exame, O que
4. Avaliação do Sistema sobre
Cintilografia Miocárdica
,e
I
F'
,..
...
Figura 5 - Tela sobre Radioatividade Figura 6 - Tela sobre "Como é o Exame?" --
e
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Rnista Br:asiltira de Informática na Educação* N' OI -setembro de 1997
~
~
Revista Brasileira de Informática na Educação* i'i OJ - Jdeatbr-. de 1997
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··~nti:·'··~i~-l!í'.,;·.;·(.,,
.... ~u~.·,.,~r~~.:~{:t,
....
.-e Figura 7 -Tela sobre "Como é o Exame?" Figura 8 - Tela sobre "Como é o Exame?"
~
Pode-se definir qualidade de software como o a.tributos propostos foram identificados a ·
~ conjunto de propriedades a serem satisfeitas partir de trabalhos anteriores realizados na
~ em um detenninado grau, de modo que o . COPPE e na UCCV/FBC (G. H. B. de
~ software satisfaça as necessidades de seus Campos, 1994, F. C. A. Campos, 1994,
usuários. Entretanto <pwlidadc não pode ser Oliveira, 1995, Blaschck & Rocha, 1995,
~ definida universalmente, ou seja, deve ser Pavel, 1995) e da literatura especializada
~ definida para um item/elemento específico. (ISO/JEC 1991, Lea, 1988, Basticn & Seapin,
~ Para cada produto de software existe um 1993, Hix & Schulman, 1993, Kahn, 1993,
, ~·
conjunto de características de qualidade mais 1993a, Russo & Boor, 1993, Blattner, 1994,
~· adequado. Esse conjunto dependerá da Carpenter, 1994, Collins et al., 1994, ·
Kleinholz & Ohly, 1994, Kv;wik et al., 1994,
+
natureza e do uso que se espera fazer do
~· produto. Marchionini & Crane, 1994, Nielsen & Levy,
~ Sistemas de acesso público são 1994, Register & Gerone, 1994, Sears, 1994,
~ sistemas que devem ter o seu uso possível por Scllcrs, 1994, Slalcr et al., 1994,
"""
.-.e. pessoas com qualquer grau de conhecimento Balasubramanian & Túroff, 1995, Billaut et
em computação. Esta característica exige que al., 1995, Garzotto et al., 1995, Kearsley &
.-e. estes sistemas tenham um alto grau de Heller, 1995, Kim & Watson, 1995,
qualidade. Nos sistemas de acesso público, o Mongerson; 1995, Vctter et al., 1995,
~· ') controle da qualidade deve ser realizado para Niclscn, 1996).
~· avaliar diferentes aspectos do sistema, como De acordo com o modelo utilizado,
~..... por exemplo, a legibilidade do texto os atributos de qualidade foram organizados
cons iderando a tipografia/ortografia e segundo três objetivos de qual idade:
~ gramática, a existêt~cia de sons audíveis e uti/izabilidade, conjiabilidade conceitual e
~ dados processados de forma adéquada. a
í'......
interface utilizada, a organização do banco de
~
I dados, a clareza de gráficos e vídeos, · a
~ integração de sn!'twarc é hnrdwarc, entre
outros. Entretanto as propostas sobre como
avaliar esses sistemas são escassas c
incompletas. Neste trabalho partimos do
modelo proposto em (Rocha, 1983) e
~ ... definimos um conjunto de atributos de
qua.idade que devem ser considerados na
avaliação de sistemas de acesso público para
educ-~ão de pacientes. O conjunto definido
;::.ribulos que atendem aos requisitos de
d:lde, considerando os pontos de vista
desenvolvedores, dos médicos c dos
usuários desses sistemas. Os Figura 9 - Tela sobre "Como é o Exame?"
~
1!-ot•
~
Avtor~s- C'arla Valle, Antônio Augusto Ximencs, Gilda Helena 13. de Campos, Ana Regina Rocha e Alvaro R.abelo ;-
--e
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~
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•
L..,. · c·s"~"-# , .. _
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~
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~
·~
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-
--... dos médicos do setor, dos pacientes e a ~
Revista Brasileira r! e Informática na Educação • N" 01
--
ra. como exemplo. pnrtc do questionário fornecidas; com a equipe
~ndido pelos pacientes. Para facilitar a ,... desejo de informações mais objetivas
r.1precnsão, pelos leitores deste artigo, da quanto à alimentação; médica
~. oorrelação entre o question:hio c os atributos ,... s:~tisfação por ter encontrado
mostrou I 00%
--
"denrificados foi' colocado em itálico ao lado informações sobre o item
cada pcrgtintn o atributo que está sendo radioatividade, e, de satisfação
ã\õlliado através da mesma. ,... satisfação por ter as informações
O resultado da nvnlinção com n disponíveis de forma objetiva e de fácil
com relação ao
eq-Jipe médica mostrou 100% de satisfação assimilação. sistem~ ..
..
t::'
;
~ relação ao sistema. A avaliação pelos
pacientes foi realizada, inicialmente, durante
ma sema na com os pacientes da
üCCV / FBC, que ao marcar o exame
5. Conclusão
+
respostas dadas pelos pacientes, que em todos primeira avãliação realizada, bastante
~s itens a . avaliação foi positiva. A positivos. A partir da experiência de
observação da recepcionista, na maioria das utilização pelos pacientes da UCCV/FBC,
questões co nfirmou :1s opiniões dos estão sendo realizados melhoramentos
pacientes. Entretanto, algumas vezes, os atendendo às observações recebidas dos
?acientes foram otimistas com relação a seu próprios pacientes. Os resultados obtidos nos
uso do sistema. Por exemplo, na questão estimularam, também, a continuar o projeto e
:elativa à facilidade de uso, a recepcionista se está desenvolvendo um novo sistema,
aYaliou que 5 pacientes apresentaram algum sobre o catetcrismo cardíaco.
Üf>O de problema, enquanto que apenas 1
paciente aval iou o sistema de modo Agradecimentos
semelhante. O mesmo ocorreu com relação à Este projeto teve apoio do CNPq,
~acilidade de achar informações. Na do Programa RHAE, da FINEP e da IBM-
a'·aliação da recepcionista 6 pacientes c Brasil ao.i quais os autores agradecem. Os
::prescntaram dificuldades neste item autores agradecem aos avaliadores do artigo
enquanto que na avaliação dos pacientes, por suas valiosas sugestões e ao editor da
apenas 2 apontaram ter alguma dificuldade. revista pelo apoio na elaboração da versão
Com relação' a outros comentários, final. Agradecem, também a Claudia Gama,
~s observações recebidas referem-se à: Catarina c Patricia Cox pela colaboração na
~ falta de percepção quanto ao uso da tela implantação c avaliação do sistema na
sensível ao toque; UCCV/FBC.
.....
~
........
.....- ~utore~- C<trla Valle, Antônio Augusto Ximencs, Gilda Helena B. de Campos, Ana Regina Rocha e Alvaro Rz..h.e·: : ·
.....
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.....
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~
~
~
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~111~- ( ·arla Valll-. Antônio Augusto Ximcncs, Ciilda Helena fl. de Campos, Ana Regina Rocha e Alvaro Rabelo :-
.....
~
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~
__..,.,
_,_,
r/lfl!!!1"
O Simpósio constará de sessões técnicas, que incluem a apresentação de
artigos e comunicaçõ~s, minicursos, objetivando a apresentação do estado da arte em
tópicos relacionados, painéis, proporcionando um espaço para o debate de questões
_.,
~·
+
Informática na Educação em Andamento", "Sistemas de Tutoria Inteligente Aplicados
à Educação e Treinamento" e "A Internet e a Aplicação de Redes na Educação: O
Projeto Kidlink no Brasil". Os seguintes conferencistas foram convidados e, em
princípio, estarão presentes: Benedict du Boulay, University ofSussex, UK; Carlos José
,.,
f"""'
Pereira de Lucena, PUC/Rio; Hermann Máurer, University ofGraz, Áustria; James M. f"'
Ragus a, University of Central Florida, USA; Jean Paul Jacob, IBM A lmaden Research t""
Center/University of California, Berkeley, USA; Robert Aiken, Temple University, ~
USA; Saul Greenberg, University of Calga1y, Canadá. Além de proporcionar a
divulgação da produção científica, o SBJE'97 será um rico ambiente de discussão sobre ~
a atual situação da informática na educação, tanto no Brasil quanto em outros países. ~
Desta forma, a participação da comunidade científica e demais profissionais da área é ~
. de fundamental impot1ância na medida em que a experiência e conhecimento de cada
~
um auxiliarão na obtenção de um melhor entendimento de temas tão complexos e
fundamentais para nossa sociedaae. I!"'
~
Para infonnações adicionais atualizadas, veja: .....
.,.,
URL: http://www.comp.ita.cta.br/~sb i e97/
e-mail: sbie97@comp.ita.cta.br llflii'
Coordenador SBIE'97: Prof. Nizam Ornar (ITNIEC) ~
-
'rti~:o -UCEI'\ClATIiRA EM I~FORMÁ TICA- Uma questão em :aberto .,...,
~
,_,.
re-envio a confrontação argumentativa ao
espaço público e ao diálogo". E competência
Informática é uma área conte .~ ·~e-2.
computador acaba de completa= .5: sz~ : :
.,.,
existência), não tendo ainda arlqm:nCo 'C-
decisória , que exige a visibilidade do outro,
,.,..,
~
em voz c ação, para coletivamente
'estabelecer destinos comuns, "e sem a qual
todo mundo público se reduz a um espaço
puhlicitário (mtma acepção muito longe da
núcleo de conhecimento sedimentado.
Sendo assim, questiona-se: pode !
Informática ser considerada uma nova área ê-:
conhecimento? Uma nova disciplina? Te-
,
de Habermas) , criando a fantasmagoria de estatuto epistemológico para tanto? Ou elz. ~
opções ilusórias, porque antecipada e representa a evolução de conhecimentos JG. ~
exclusivamente definidas". existentes? Ou seja: o que constitui o objeto ~
Com base nestas concepções, de estudo em informática? Qual o papel do
admite-se que uma disciplina , quando professor de informática na escola? De que ~
inserida no currículo escolar, deve atender a
objetivos bem claros c ser relevante para
formação do cidndão, consciente de seu papel
forma a informática entra na escola? São
questões que requerem respostas urgentes
antes que sejam formuladas políticas que
..,.,.,
""""'
...
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~
Revista Br-asileira de Informática na Educação*~- 01- setembro de 1997
~
~
Examine-se, um a um, os aspectos ocorre também com relação à Informática. A
~ relativos aos conteúdos e habilidades na área p rogramação, tal qual o raciocínio
da informática na educação anteriormente matemático, é importante para ajudar o
~
dcsta~ados. indivíduo a raciocinar, a o rgani zar e
~ E-:1 relação à apreensão dos concatenar idéias, pensamentos, enfim , a -.. constata-se sim.
~ conceitos ~ásicos sobre computadores, sistematizar. A lém disso, uma parte
ronYenha-:;c que se os alunos serão apenas substancial da informática é o estudo das a necessidade da
P3 ustcirios do computador, este itern não linguagens (sintaxe e semântica) e cabe à organização de
~ precisa. necessariamente, se constituir em Lógica Matemática o estudo das linguagens.
*"!!!! objeto de estudo. Na realidade, o que se torna Assim sendo, indaga-se: por acaso o Cursos Técnicos
imprescindível é que o aluno se aproprie do professor de matemática não seria capaz de
.-.!! conhecimento búsico sobre as máquinas trabalhar o conteúdo de algoritmos e
em Informática
~ eletrônicas. o que j:'t se constitui, ou pode se linguagens de programação com seus alunos? com o objetivo
t'''ns!ituir, mall-ria das discipl inns de físi ca, , . Pelo ~xposto, a conduta P?líti co- ~ principal de
-e química. etc. pcdagog1ca mms acertada, talvez seJa a de
~ No 1ocanll' aos utilitúrios. como o rever os conteúdos específicos das discipli- , capacitar
próprio nomç indica, só t':17. sentido se f{m.:m nas existentes no currículo do ensin o funda- ,}.; ., l
~ utilizados para atingir algum objetivo. Assim
. d d. d .
menta I , atua I1zan o-as rante os Impactos
., ! pe.,soa ...
~ sendo, o professor que, em determinadas da nova era - a era da infom1ação - incluindo
~ circunstâncias, necessitar em suas atividades em cada uma delas os conteúdos referentes a
do uso desses sistemas (p.cx.: o ed itor pelo informática. Aceitar tal perspectiva sign ifica
-..; professor de pnrlugu('s: o editor gr:'lfico pelo encarar estes con hecimentos nn ót icn dn
~ profc~sor de artes; planilha pelo prorcssor de intcnlisciplinaridacle c da transdisciplinarida-
matemática), poderá "ensinar" as técnicas de dc.
1111!5 uso desses utilitários e fazer com que os Para demonstrar a força deste
~
- alunos as utilizem de modo apropriado. Isto é, argumento, sugere-se a efetivação de um
+
em um co ntexto onde haja reflexã o, exercício de abstração, estabelecendo-se um
~' construção, criação. E, não apenas, o elenco de conteúdos julgados importantes
~ conhecimento da técnica pela técnica. para serem estudados no ensino básico,
•II!•J Ev ident emen te, esta posição relativos a informática . Em seguida
implica a instauração de uma política mais verifique-se se os tópicos definidos podem
~' ampla de reciclagem do professorado das ser incluídos nas diversas matérias existentes
~~ discipli nas específicas nos conteúdos no currículo.
-e computacionais mais próximos à sua
at ividade docente cotidiana. Isto não
Concluído este exercício, se ainda
existir algo a ser acrescentado que justifique a
,...,
~
,_.
significa montar curso~ de longa duração c de
alta complexidade: o que se exige é que o
docent e utilize ronl propriedade aquelas
criação de uma disciplina própria, pode-se
pensar em cri<u a Lice n c iatura em
lnlo nnúlica. Oc qualquer modo, constata-se
~· fcn·amcntas necessárias a um ensino mais sim, a necessidade da organização de C ursos
~· produtivo. c Técnicgs em Informática com o objetivo
-e Qua n to ao uso de software
educacional, já há um consenso no meio
principal de capacitar pessoal para dar
suporte aos laboratórios de infonnática
~ - acadêmico de que c~tcs devem ser utiliz.1dos instalados nãs redes de ensino. lsto, sim, viria
pelo professor da disciplina específica, ou suprir uma lacuna visível nos ambientes
~·
pedagogos, psicólogos, conforme o caso. escolares infom1atizados.
-e Just ific::~-s c esta posição pelo fato de que o Permanece, nes se caso , uma
~ snjill'are deve atender aos objetivos preocupação: ser;1 que os egressos dos cursos
específicos da disciplina c guardar coerência de licenciatura não tenderiam a deslocar-se
-e
-
f/IIÍII!'
c0m a natureza da matéria examinada.
Por fim, aborda-se a questão da
para essa função de técnico em infonnática
nas escolas ou mesmo no mercado de
r~cgramação : para que? Será importante trabalho em geral , seduzidos por ofertas mais
~ :: ~ü:-:! pr,gramação no currículo do ensino atraentes? Efetivando-se tal hipótese,
~ ndan1c1 .,!? Retoma-se, para responder ocorreria um duplo prejuízo: nem esse
~ -nestão. o que se afirmou, anteriormente, profissional teria uma qualificação própria
.....
:-<Cl está sul-jacente à Matem_ática c isto para exercer esta funçã o técnica, nem
~ ....
~ Autores- Sonia Schechtman Selle. Márcia Angela Aguiar e José Sergio Antares 5!':::
Í/lllfl!a;
Artigo - LICEXCIATURA El\1 INFORMÁTICA - Uma questão em aberto
.,.,.,...
de sua formação.
Com efeito, a complementação da
acredita-se que nos cursos dê licenciatura
deverão ser estimuladas as experiências e os .,..-;.. ,
tese aqui defendida é a de que cabe, de
... Dentro deste qualquer modo, a efetivação de uma
projetos que utilizam o computador como
instrumento de apoio aos processos de
~
~
-.
+ ~
com os conteúdos das disciplinas escolares, instaurar nas redes de ensino as condições
se adqu irem na escola percepções, materiais e pedagógicas propicias ao bom
disposiçi'Jes e valores que orientam os desempenho docente. Dentro deste quadro,
~
comp o i'tamcntos e estruturam as certamente, a informática será um parceiro
personalidades". importante no esforço para melhorar o
padrão de qualidade do ensino no país.
f!"
~~U&"il<~U&!d!".JSMiik..-1\lélW:ti~Wl't.Z'..i!W~
~
Referências Bibliográficas ~
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~·
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ACH. Vol. 38, No. 82
,.
~
,.
~
~~
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..,
RESUMOS DE TESE /DISSERTAÇÃO .,
.,.,
_.
_.
Sistctna de Autoria para Construção de ".Adventures" Educacionais _,.
em Realidade Virtual
~
Patrícia C. Souza
_,.
_.,
Dissertação de Mestrado, CPGCC-UFSC. Florianópolis, SC, 1997. ...,
Orientador: Raul Sidnei Wazlawick _,
......
,...,
,...,
,..,
Rl~SUhfO ABSTR.ACT
O presente trabalho envolve a aplicação da tecnologia
computacional à educação. Discute-se a importância
This work is about the application of
co::nputational teehnology in education. It
"""'
,.,
f""'
pedagógica da utilização de metáforas altamente discusses the pedagogic significanee ofusing
interativas na construção de software educacional e highly interactive metaphors in the (IIIP
apresenta-se um modelo de interação utilizando jogos construction of educational software, it also
educacionais em realidade virtual. introduccs a model of interaction that uses f"'
+
A crença de que o aprendiz co:1strói seu conhecimento cducational games in virtual reality.
quando ele é Wben the apprentice builds knowledge by
p:l't I•; integr:mte de tllll univcTs <~ c h~teragc diretamente taking part in his environment and interacting
com c!t:, tonw-o tmt agente ntivo du seu processo de with, he is allowcd to become an active agcnt
aprendizado . A partir desta crença, buscou-se of his own learning process. This work
especificar uma fe1nmenta de autoria para a criação de . presents an authoring systerri for creating
ambientes cd'.lcacionais baseados na metáfora dos educational environments based in role-
"Role-Plnying Gomes" ou também conhecidos como playing games and adventure games. It was
"Adventure Gomes", com o intuito de construir lhe intention of this work to examine
"adl'C·ntun•s educacionais" que ~c :~prescntassem como "educntional adventures" that are thought to
bons ambientes de aprcndizndo. bc good lcarning environments.
Tal ferr:nncnta, pretende ser t~unbém um facilitador à Tbe authoring system is intended to facilitate
criação de ambientes educacionais, a ponto de que o thc work of teachers that want lo create
próprio professor ou até. mesmo <(S alunos tomem-se educational environments.
nutorcs ckjogos educativos. ' An authoring system prototype was specified
Um prototipo da ferramenta de autoria, foi especificado and partially developed. Also, a prototype
c em parte desenvolvido, bem como a criação de um model of an application was developed in
nmbientc prototipado de uma possível aplicação desta ordcr to show tbe system's capabilities. This
fcrramcn!:1 pnra dcrúonstraç:lo de suas potencialidades. application includes concepts related to
E~tc ambiente relaciona conceitos relativos à engineering.
aprendizagem de engenharia civil.
.....
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E ESE /DI SS ·E T o
--- mica do sistema hiperN·e t buscando o aprendizado da
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cooperação ·C da autonomia
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1-~
Edla Maria Faust Ramos
I -
~
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~ RESUMO ferramentas de telemática. Foi realizada uma análise
..... s x:ova~ ferramentas tecnológicas ~stão crgonômica de um protótipo do sistema hiperNet, em
..,
~ através da participação na implementação de uma
experiência pioneira de educação à distância
aitcmati\ a (o projeto hiperNet). A descrição e
New téchnologies are revolutionizing thc world. Social
and political control of the path of this revolution
requires that the common citizen understand these
..,..
~ avnlinção qualitativa da experiência observada
permitiu conclui r que : (a) ntitudcs de
aprendizado autônomo são mais intensas quando
technologics. The complcxities of these technological
resources, as well as thc relations of dcpcndency that
they establish between specialists and users, make this
~ ... os sujeitos conseguem atribuir significado para o understanding difficult.
..-: ~~sodas ferramentas, o que por sua vez relaciona-
se com o fato de estarem mais autoconscientes
Given this uncntai nty, one ofthe lines of this rcsearch
investigated the concept of autonomous leaming,
--: <'"~s suas demandas; (b) o respeito a tais demandas defining the role of cooperative rel ations in this
1!9
_.,.
and PJulo Freire. which is to support cooperath·e work ::-:
,.
The postulates íormulated were evaluated through
participation in the implementation of a pioneer
networks
This analysis resu lted in the identification c: ,.,
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