Sei sulla pagina 1di 13

Flávia: escreve de cor AZUL 

Mari: escreve de cor VERDE 
Carol: escreve de cor VERMELHA 
 
­­>Isso é pra depois saber quem escreveu o que.  
 
 
 
Pergunta : Como se articula drogadição na adolescência e contexto familiar? Como ampliar os fatores 
de proteção existentes neste contexto? 
 
Temas:  
1. busca de identidade 
 
 
 
2. comunicação – informacional 
 
 
 
3.  contexto comunitário de risco­ acho que fica mais adequado fica mais adequado:  Fatores de 
risco e para o uso das drogas  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
Adolescência  é  uma  fase  do  desenvolvimento  humano  caraterizado  pela  transição  entre a 
infância  e  a  vida  adulta,  sendo  este o  momento de construção da sua identidade na vida pessoal 
e coletivo, perpassando por desafios, descobertas, frustrações e conquistas(1) .  
Neste  sentido,  a  fase  da  adolescência  sofre  flutuações  psíquicas,  ou   seja,  ele  cria  sua 
prórpia  identidade  e  seu  mundo  interno  caracterizado  por  diversos  sentimentos  indescritíveis, 
inexplicáveis e com desejos e ações imprevisíveis(1). onde essa fase é encarada como estranha e 
de não conhecimento da personalidade e atitudes pessoais.  
Além  disso,  a  evolução  de  um  adolescente  é  influenciada por  sua hereditariedade,  raça, 
cultura, gênero, meio social(1), principalmente por sua família e o contexto familiar.   
Família  é  grupo  auto­identificado de  dois ou mais indivíduos de que podem ou não existir 
laços  co­sanguíneos,  mas  vinculados  por um  sentimento  de  pertença  e  que se identificam  como 
fazendo parte daquele grupo.  
Esta definição é flexível o suficiente para incluir as diferentes configurações e composições 
de  famílias  que  estão  presentes  na  sociedade  atual  a  família  é  um  todo  composta  de  vários 
elementos  ou  membros.  Uma  mudança  em  um  de  seus  membros  afeta todo o grupo.  Porém, a 
família  tem  habilidades  para  criar  um  balanceamento  entre  mudanças  e  estabilidade(2).  Sendo 
assim,  qualquer  influência  ou vivencia que esse grupo tenha o seu funcionamento sofre alterações 
na busca  de  uma  reestruturação,  mas  nunca deixando de lado seus ideiais para com isso manter 
e perpetuar a família constituída que almejar o bem viver(3).  
Quando  pensamos  o  binômio  adolescente  e  família,  nos  deparamos  com  vários  estudos 
que  nos  mostram  o  quanto  o  uso  de  dragas  ilícitas  pelo  adolescente  está  crescendo 
gradativamente, pois a droga causa neles um preenchimento e alívio dos seus sofrimentos, vazios 
e inseguranças, esquecimento dos problemas e de isolamento(3).  
Nessa  fase,  o  indivíduo sente­se pressionado, tanto pela família quanto pela sociedade,  no 
sentido de dar  um “rumo” para a vida, para que aprender a se tornarem idependentes de proteção 
e de cuidados(3).  
Então  é  considerado  que  a  família  é   um  dos  principais  núcleos  para  se  investir  na 
prevenção  do   uso  de  drogas  na  adolescência,  pois  constituem  os  pilares  do  crescimento  e 
desenvolvimento das crianças e adolescentes.  
Frente  a  isso  este  estudo  tem  por  objetivo  descrever  as  ações  que  dão  suporte  ao 
adolescente usuário de drogas ilícitas e aos seus familiares. 
 
MATERIAL E MÉTODO 
 
Este  estudo  adota como  metodologia  a  revisão integrativa da literatura,  permitindo a realização de  
uma  síntese de numerosos estudos publicados, propiciar a construção de conclusões gerais
a respeito de uma particular área de estudo, contribuir  com  a prática clínica e  apoiar as tomadas 
de  decisões  realizando  uma  síntese  do  tema  proposto  pelo  autor,  além  de  despontar  lacunas  sobre  a 
temática que precisam ser preenchidas por novos estudos(4).  
Na  atualidade  encontram­se  diversos  métodos  para  elaboração  de  revisões  integrativas,  os  quais 
seguem  critérios  parecidos  no  que  diz  respeito  ao  desenvolvimento  do  estudo.  Na  construção  dessa 
revisão  integrativa,  foi  utilizada  as  seguintes  etapas:  identificação  do  tema  e  seleção  da  questão  de 
pesquisa  para  a  elaboração da revisão integrativa; estabelecimento de critérios para inclusão  e exclusão 
de  estudos;  definição  das  informações  a  serem  extraídas  dos  estudos  selecionados;  avaliação  dos 
estudos  incluídos  na revisão integrativa; interpretação dos resultados; apresentação da revisão e  síntese 
do conhecimento (4) 
A  busca  de  pesquisas  primárias  foi  realizada  a  seleção  junto  às  bases  de  dados  que  abrangem 
publicações  condizentes  e atualizadas  do  assunto  da  pesquisa,  Cumulative  Index  to  Nursing  and Allied 
Health  Literature  (Cinahl);  Literatura  Latino­Americana  e  do  Caribe  em  Ciências  da  Saúde  (Lilacs); 
Medical  Literature  and  Retrieval  System  On  Line  (Medline);  Base   de  dados  de  enfermagem  (Bdenf)  e  
National Library of Medicine (Pubmed).  
Adota­se  como  descritores:  adolescente, drogas ilícitas, família, enfermagem familiar e relações 
familiares.  Na   busca  existiu  uma  díade  que  se  manteve  fixa,  com  os  descritores  adolescente  e  drogas 
ilícitas,  que  se  combinavam  com  os  outros  descritores  pela  lógica   boleada  “and”  (adolescente  and 
drogas  ilícitas   and  relações  familiares;  adolescente   and   drogas  ilícitas  and  enfermagem  familiar; 
adolescente  and  drogas  ilícitas  and  família).  Essas  buscas  ocorreram  no  mês  de  novembro  de  2013, 
com uma amostra de 6 artigos selecionados.   
Tal  amostra  foi  alcançada  a  partir  da  adoção  dos  seguintes  critérios  de  inclusão:  artigos 
originais  de  abodagem  qualitativa;  publicados  em  português  e  inglês  e  espanhol;  que  tenham 
como  sujeitos família  ou adolescente; artigos que abordam ações de suporte no enfrentamento da 
família  e  adolescente ao contexto de uso de drogas ilícitas; textos completos e disponíveis on­line; 
artigos  publicados no período de 2004 à 2013. Os critérios de exclusão são: textos cujos resumos 
não  estejam  disponíveis  on  line  ou  que  não  apresentem  resumos   disponíveis;  artigos  que  não 
demonstrem,  em  seu  conteúdo,  referencial  teórico,  referencial  metodológico ou  rigor científico e 
ético;  artigos  que  abordem  usuários  no  contexto  de  Doenças  Sexualmente  Transmissíveis  e  as 
produções não publicadas, como dissertações e teses. 
A justificativa para  a escolha  do ano de início da busca, 2004, foi  embasada na Política do 
Ministério  da  Saúde  para  Atenção  Integral  a  usuários  de  álcool  e   outras  drogas  (revisada)  e 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente.  
Seis  (6)   pesquisas  primárias  integraram  esta  revisão,  uma  caracterização  dessas  está 
apresentada  nos  quadro  1  abaixo.  Na  avaliação  da  literatura,  as  publicações  foram  inicialmente 
selecionadas  a  partir  da  leitura  de  seu  resumo,   para,  posteriormente,  serem  lidas   na  íntegra, 
sempre  por  dois  pesquisadores,  levando  em  consideração  o  ano  de  publicação,  coleta  dos 
dados,  sujeitos,  resultados e  discussões.  Os  artigos  que  não selecionados  eram excluídos  e  os 
selecionadas  foram  reavaliadas  por  outra  dupla  de  revisores  que  procederam  sua  leitura  e 
extração  dos  dados  relevantes  ao  foco da  revisão.  Os artigos que causava  dúvida  quanto  a  sua 
inclusão no estudo ou não foram avaliadas por um terceiro revisor.  
Posteriormente,  os  pesquisadores  trabalharam  sempre  em  conjunto,  para  a  realização  de 
organização  dos  artigos  selecionados, sumarização,  análise crítica e integrativa das informações 
extraídas  e  identificação  de  núcleos  temáticos  que  permitissem  a  compreensão  da  temática 
estudada  a  partir  das  perguntas:  Como  se  articula  o  uso  problemático  de  drogas  ilícitas  na 
adolescência  e  contexto  familiar?  Como  ampliar  os  fatores  de  proteção  existentes  neste 
contexto?  
O  processo  descrito  acima  determinou  uma  síntese  do  conhecimento  agrupados em  ____ 
categorias temáticas detalhadas nos resultados.  
 
      Quadro 1: Dados das pesquisas primárias integrantes do estudo. 

Autores/Ano  Título do artigo  Objetivo  Sujeitos  Método 

Oliveira  EB,  A  importância   da  família  Descrever  os  fatores  de  risco  e  22 mães  Estudo 
Bittencourt  LP,  na  prevenção  do  uso  de  protetores  para o  uso  e abuso de  descritivo 
Carmo  AC./  drogas  entre  crianças  e  drogas referidas pela família.  de 
2008.   adolescentes:  papel  abordagem 
materno.  qualitativa. 

Brusmarello  T,  Consumo  de  drogas:  Conhecer  a  concepção  dos  pais  Pais  de  Qualitativa 
Sureki   M,  Borrile   concepções  de familiares  a  respeito  do  consumo  de  estudantes  exploratória
D,  Roehrs  H,  de  estudantes  em  idade  drogas, identificar conhecimentos  de  5ª  a  8ª  .  
Maftum  MA./  escolar.  que  os  pais possuem em relação  séries. 
2008.  às  drogas,  identificar 
experiências  familiares  do uso de 
drogas. 

PensoI  MP,  O  filho  fora  do  tempo:  Compreender  a  contribuição  da  10  Qualitativa 
Sudbrack  MFO./  atos  infracionais,  uso  de  dinâmica  familiar  no  processo  de  adolescent de 
2009.   drogas  e  construção  construção  identitária  de  es  e  suas  pesquisa­in
identitária.  adolescentes  que  cometeram  famílias.   tervenção.  
atos  infracionais  e  são  usuários 
de  drogas,  vivendo  em  situação 
de pobreza e exclusão social. 

Hermeto EMC,  Abandono  do  uso  de  Compreender  as  possibilidades  10 mães  Qualitativa, 
drogas  ilícitas   por  do  suporte  que  um projeto  social  descritivo 
Sampaio JJC, 
adolescente:  importância  associado   ao  poder público  pode  exploratório
Carneiro   C.   /  do suporte familiar.   oferecer  às  famílias,  no  que  diz  .  
2010.  respeito  ao  abandono  de  drogas 
ilícitas  por  adolescentes  de  uma 
comunidade  metropolitana 
brasileira,  na  perspectiva  de 
mães de adolescentes atendidos 

Castro  ML,  Visión  de   jóvenes  Investigar  a  visão  de  jovens  Jovens  Qualitativo 
Miasso   AI./  Costarricenses, de zonas  costarriquenhos,  Costarriqu e  grupo 
2011.  rurales,  em  um programa  institucionalizados  em  duas  enhos.  focal.  
de  rehabilitación, sobre El  organizações 
consumo de drogas.  não­governamentais  de  Costa 
Rica,  sobre  o  consumo  de 
drogas ilícitas. 

Bernardy  CCF,  Uso  de  drogas por jovens  Relatar  a  visão  de  familiares  de  11  Estudo 
Oliveira  MLF.  infratores:  perspectiva  da  jovens  institucionalizados  sobre  familiares.  descritivo  e 
/2012  família.  os  motivos   da  iniciação  do  uso  transversal. 
de drogas de abuso. 
 
 
 
 
RESULTADOS  E DISCUSSÃO 
 
A  tabela  de  número  2  apresenta  as  estratégias  de  busca  bibliográfica,  com  a  combinação  diferentes 
descritores  (keywords)  nas  diferentes  bases  pesquisadas  (CINAHL,  LILACS,  BDENF,  MEDLINE  e 
PUBMED), seguidos do número de publicações encontradas. 
 
Tabela  2­  Resultados  das  estratégias  de  busca   bibliográfica  nas  bases  dados  utilizados  para  artigos 
publicados no período de Janeiro de 2004 até Outubro de 2013 
 
Base de  Descritores  Número 
Dados  de 
Artigos 

CINAHL  Adolescent AND Street Drugs AND Family Relations  6 
Adolescent AND Street Drugs AND Family Nursing  2 
Adolescent AND Street Drugs AND Family  324 
Total de artigos após filtragem  27 

LILACS  Adolescente and drogas ilícitas and relações familiares         8 


Adolescente and drogas ilícitas and família         5 
Adolescente and drogas ilícitas and Enfermagem familiar          0 
Total de artigos após filtragem         6 
 

BDENF  Adolescente and drogas ilícitas and família           1 


Adolescente and drogas ilícitas and relações familiares          3 
Adolescente and drogas ilícitas and Enfermagem familiar          0 
Total de artigos após filtragem         0 
 

Medline  Sônia e Mônika   

PUBmed  Adolescent AND Street Drugs AND Family       17 


Total de artigos após filtragem        3 

Total de  Artigos incluídos o estudo        6 


Artigos 
 
 
A  base   de  dados  que  apresentou  o   maior  número  de  artigos  selecionados  foi  a  LILACS,  enquanto  a 
busca  na  base  eletrônica  CINAHL não resultou em  nenhum estudo após a filtragem. Foram identificados 
6  artigos,   que  preencheram  os  critérios  empregados  que  foram:  artigos  de  metodologia  qualitativa; 
artigos  publicados  a  partir  de  Janeiro  de  2004  até  Outubro  de  2013;  idiomas:  português,  inglês  e 
espanhol; os sujeitos foram: família e/ou usuários; textos completos e disponíveis on­line. 
 
Os  resultados  mostraram  que  os  6  artigos  selecionados  correspondem  a  estudos  empíricos  com 
diferentes  tipos  de  análise  com  foco  na  exploração  de  como  se  articula  drogadição  na  adolescência e 
contexto familiar e como ampliar os fatores de proteção existentes neste contexto. 
 
As  publicações  foram  divididas  de acordo com o ano, da  seguinte forma: 2 publicações em 2008, e uma 
em cada um dos seguintes anos: 2009, 2010, 2011 e 2012. 
 
Os  periódicos   encontrados  foram:  Revista  Baiana  de  Saúde  Pública,  Revista  Ciência  Cuidando  da 
Saúde,   Revista  Eletrônica  de  Saúde  Mental  Álcool  e   Drogas  (SMAD),  Revista  Latino­  Americana  de 
Enfermagem  e  Arquivos Brasileiros de  Psicologia.  Destaca­se  neste  levantamento  a  Revista SMAD, de 
onde  foram  extraídos  2  artigos,  enquanto   das  demais  foi  retirado  apenas  1.  Em  relação  aos  autores 
houve uma grande diversidade, sendo que nenhum apresentou mais de uma publicação. 
 
Em   relação  aos  países,  observou­se  uma  predominância  do  Brasil,  perfazendo  um total  de  5  estudos, 
enquanto  a  Costa  Rica  apresentou  apenas  1.  Das  regiões  brasileiras  observa­se  uma  maior 
concentração  de  estudos  na  região  Sul  com  um   total  de  2  artigos.  As demais  regiões  (Centro­Oeste, 
Sudeste e Nordeste) apresentaram apenas 1. 
 
Como  forma  de  coleta  de  dados  a  entrevista  foi  a  técnica  mais  utilizada,  aparecendo  em  todos  os 
estudos analisados. A técnica de grupo focal pareceu ainda como adjunta em 2 desses. 
 
A  integração  dos  resultados  das  pesquisas  está   organizada  em  quatro  núcleos  temáticos  que 
caracterizam como  se articula drogadição na adolescência e  contexto familiar e como ampliar os fatores 
de proteção existentes neste contexto. 
 
 
Busca de identidade 
 
A  adolescência  se  constitui  por  ser  uma  fase  de  busca  pela  identidade  e  curiosidades,   e  nela,  o 
adolescente  é  o ator  principal  na  construção  de  um processo de vida pessoal e comunitário. Nesta fase 
ocorrem mudanças físicas, psicológicas e de percepção em relação a si mesmo e aos outros.(5,6) 
Nos  estudos  analisados  pode­se  observar  que   o  primeiro  contato  com  as  drogas  ocorre  devido  a 
curiosidade,  pela  busca  em  anular  os  problemas,  dificuldades,  nas  quais  vivencia  em  seu  cotidiano  e 
pela  necessidade  de  sentir­  se  pertencente  e  aceito  por  seus  pares.  Os efeitos  das  drogas  são  vistos 
como  forma  de  alívio  e  minimização  de  suas  aflições  (5).  Podem  também  ser  pela  manifestação  em 
forma  de  protesto  dos  adolescentes  à  sua  família   devido  desamparo  familiar  reconhecido  pelos 
adolescentes. 
 
Neste  sentido,  a  adolescência  por  perfazer  uma  fase de  descobertas, torna o adolescente vulnerável ao 
uso e consumo abusivo de drogas. 
 
Comunicação – informacional 
 
A  família  é   considerada  como  alicerce  fundamental  e   a  responsável  pela  proteção  e  transmissão  de 
valores contra os riscos de envolvimento com drogas pelos filhos. (7) 
 
A  prevenção  pode  ser  iniciada  no  próprio   ambiente  doméstico  e  deve  ser  abordada  em   diversas 
ocasiões.  Em  determinado  estudo  (7)  o  mesmo  relata a importância  da figura materna no intermédio do 
trabalho  na  perspectiva da  prevenção  primária,  que  visa  fornecer  conhecimentos  aos  filhos  de  maneira 
que  eles   possam  desenvolver  hábitos  saudáveis  e  protetores  em suas  vidas,  evitando  ou  retardando  a 
experimentação de drogas.  
 
Em   outro  estudo,  observamos  que  os  pais  utilizam  exemplos  negativos  de  uso  de  drogas  de  vizinhos, 
familiares,  entre   outros,  na  tentativa  de  sensibilizar  os   filhos   como  forma   de  prevenção  às  drogas.(8) 
Neste estudo nota­ se ainda que os pais possuem pouco esclarecimento em relação às drogas. 
 
Em   um  dos   artigo,  o  diálogo  foi  considerado  como  fator  de  proteção  ao  uso  de  drogas  pelo 
adolescentes,  e  uma  das  famílias  entrevistadas  relatou  se  reunir  frequentemente  afim  de  compartilhar 
as  decisões  de  seus  membros.  Observa­se  que  nas  famílias  onde  há consumo de drogas pelos pais é 
usual  não  existir  diálogo  que  aborde  tal  temática,  sobretudo  no  que  diz  respeito  aos  riscos  envolvidos 
(9). 
 
Assim  como  foi  citado  acima, os  artigos  utilizados  nessa  revisão integrativa  também trouxeram sobre a 
questão  do  não  uso  de  drogas  ou  seja  um fator protetivo para o adolescente não iniciar o uso de drogas 
foi  a  informação, a  família,  principalmente  a  figura  materna  e  a ausência do uso de drogas pelos pais. A 
figura   da  mãe  é  descrita  como  o  principal  cuidador  do  adolescente,  sendo  atribuída  a  ela  toda  a 
sobrecarga e responsabilidade. (6) 
 
Á  Mãe  de  adolescentes  é  incubido  o  trabalho  do  cuidado,  muitas  vezes  devem  ser  provisoras  do  
sustento  familiar  e  a  inegavél a  responsabilidade  de  educar  os filhos. Mas nos dias atuais essas tarefas 
ficam  cada  vez  menos  imcompatíveis,  pois  essas  mães além de tudo  isto exposto, ainda trabalham em 
jornadas   grandiosas  e  o  pouco  de  tempo  que  chegam  em  casa  não  conseguem  muitas   vezes  se  
aproximar  dos  filhos  adolescentes  para  (re)  conhecer  suas  dificuldades,  seus  anseios,  deixando assim 
a  orientação  e  escuta  dos  filhos  à  escola,  quando  os  mesmo  frequentam,  ou  a  outros  grupos,  como  
programas  sociais,  igrejas.  Mas  por  as  vezes  essa  escuta,  ou  seja  o  amparo à  esses  adolescentes  é 
feito por outras organizações como o tráfico, gangues  entre outros.(6) 
 
Portanto,  nota­  se  que  a  família  é  o  principal  núcleo  de  prevenção  e  constitui  o  pilar  do  crescimento  e 
desenvolvimentos  do  adolescente  e  que  quanto  maior  o  envolvimento  dos  pais,  menor  é  o risco do uso 
de drogas pelos filhos. (7,8) 
 
Os  artigos  trazem  também  a importância  de  programas  de  prevenção  para adolescentes não iniciarem 
o  uso  de  drogas,  não  somente  pelo  fato  de  fornecer  informações sobre  os  malefícios  das  drogas, mas 
principalmente  a  motivação  interna  com  que  faz  que   o  adolescente  negue  o  uso  da  droga.  Um   dos 
fatores  motivantes  seria  a  observação  de amigos, familiares que vivenciam efeitos devastadores do uso 
das drogas como mortes por armas de fogo devido ao envolvimento com o tráfico. (11)  
 
 
 
A  informação  e  o  diálogo  são  descritos  em  vários  estudos  como  essenciais para o  não  uso  de  drogas 
pelos  adolescentes.O  uso  de  drogas  ilícitas  é  um  problema  de  saúde  coletiva  que  a  cada   dia   mais 
desperta  atenção,  mas  também  configura­se  como  problema  também  do  sistema  educacional,  entre 
outros.  São   poucos  os  estudos  sobre  motivos  para   o  não­uso  de  drogas  exploram  o  real  papel  da 
informação  como  método  preventivo.  Esse  tema  da  informação  é  trazido  como  um  dos  principais 
fatores protetivos. (6, 11) 
 
Apesar   da  maioria  dos  adolescentes  receberem  informações,   ocasionalmente  pela  família,  essa  é 
precária,  incompleta  e  ineficiente  em  termos  de  prevenção.  A  informação,  é  a  conjuntura  de 
conhecimentos  sobre  o  tema  drogas,  enfatizando  os   efeitos,  as defluências do uso,  o que é o abuso e 
como  se   dá  a   depêndencia  é  trazida  como   intento   considerável  à  abstenção  da  experimentação  e 
conclusivamente  ao  uso/abuso  de  substâncias   ilícitas.  As  orientações  devem  englobar  os  efeitos 
negativos  como, danos à integridade física, psicológica e social.(11)  

 
 
Fatores de risco  para o uso das drogas  
 
Nos estudos analisados são identificados diversos  fatores de risco associados ao uso de drogas.  
 
As   relações  familiares  conflituosas  é  o  grande  tema  abordado  nos  artigos.  Este  fato  pode   ser 
exemplificado  por: falta  de carinho  dos  pais  para  com  os  filhos,  ciúme  entre  irmãos,  ausência  da figura  
materna,  famílias  monoparentais,  conflito  nas relações cotidianas com os pais, vazio na relação com os 
mesmos,  brigas  e  separação,  doenças  na  família,  falta  de  comunicação,  falta  de  envolvimento  no 
cuidado aos filhos, violência doméstica física e psicológica, (5­9) 
 
Alguns  outros  fatores  de  risco  como  amizades,  más  companhias,  violência social,  convivência  com  o 
crime,  baixa  condição  sócio­  econômica  e  cultural  também  são  citados  como fatores  desencadeantes  
para o uso de drogas (5­9). 
 
Outro   aspecto  de  risco  é  o  uso  de  drogas  entre  os  próprios  membros  da  família,  quando  ocorre 
banalização  do  uso  e  desconsideração  da  família  em  relação a  sua  responsabilidade  na  prevenção  da 
utilização (7). 
 
O  que  chama  a  atenção  é  a  grande  quantidade  de  artigos  que  abordam  os  pais  como  má  influência  e 
exemplo  de  consumo  de  drogas  para  os  filhos.  Em  alguns  nota­  se que os  filhos  aprenderam  a  utilizar 
as  drogas  no  próprio  ambiente  doméstico,  e  que  os   pais  de  um  dos  entrevistados  eram  traficantes  e 
comercializavam drogas na própria residência (8). 
 
A  forma  como  a  família  cria  os filhos,  a  abertura  que  oferece  para  o diálogo e a convivência são fatores 
de  proteção  ao  uso  de drogas  que  podem  ser  promovidos  pela  família.  Além  disso,  a  aliança da família  
com  instituições  de  ensino  e  de  saúde  que  invistam  em  atividades  sócio­  educativas  junto  à crianças e  
adolescentes é sinalizado como fator protetor (7). 
 
Portanto,  frente  ao  exposto  nota­  se  que   relações  familiares  conflituosas  é  o  principal  fator 
desencadeante do  uso  de  drogas  por  adolescentes,  e que a comunicação e o envolvimento familiar são 
aspectos essenciais na prevenção do uso de drogas pelos adolescentes.  
 
Ainda  foi  trazido  por  um  artigo  a questão  do  tráfico,  violência e pobreza como facilitador ao início do uso 
de  drogas,  mas  mesmo  alguns  adolescentes  vivendo  diariamente  nessa  realidade  relataram  no  estudo 
que por outros fatores motivantes se absterem do inicio do uso das drogas. 
 
Um  dos   grandes  problemas  da  questão  dos  fatores  de   risco  está  na  concepção  da  droga  em  seus 
aspectos  positivos,  como  por  exemplo,  efeitos  de  prazer.  Muitos   adolescentes  geralmente  com 
conhecimento  parcial da  droga  enfatizam  ao  grupo  os  aspectos positivos,  como  as  "viagens e baratos" 
proporcionados. Esse  é  uma  fator  de risco, porque é cientificamente comprovada a sensação de prazer 
que a droga traz.(11) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS  
 
1.   Rangel  AP,  Torman  R,  Focesi  LV.  Adolescência:construindo   uma  identidade.  Rev,  Conhecimento 
Online. 2012; 1(4): 1­8.  
 
2.   Wright  LM,  Watson  WL,  Bell  JM.  The  familiy  nursing  unit:  a  unique  integration  of  research,  education 
and  clinical  practice.  In:  Bell  JM,  Watson  WL,  Wright  LM,  editores.  The  cutting  edge  of  family  nursing. 
Calgary' Family Nursing Unit Publications, 1990. 
 
3.  Wernet  M,  Ângelo  M.  Mobilizando­se  para  a  família:  dando  um  novo sentido à família e ao cuidar. Rev 
Esc Enferm USP. 2003; 37(1): 19­25.  
 
4.   Mendes  KDS,  Silveira  RCCP,  Galvão  CM.  Revisão  integrativa:  método  de  pesquisa  para  a 
incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008; 17(4):758­64. 
 
5­  Castro   ML,   Miasso  AI.  Visión  de  jóvenes  Costarricenses,  de   zonas   rurales,   em  um  programa  de 
rehabilitación, sobre El consumo de drogas. Rev. Latino­Am. Enfermagem. 2011; 19: 796­803.   
 
6­  Hermeto  EMC,  Sampaio  JJC,  Carneiro  C.Abandono  do  uso  de  drogas  ilícitas  por  adolescente: 
importância do suporte familiar. revista baiana de saúde pública. 2010; 34(3):639­52. 
 
7­  Oliveira  EB,  Bittencourt  LP, Carmo AC.A importância  da família na prevenção do uso de drogas entre 
crianças  e  adolescentes:  papel  materno.  Revista  Eletrônica  Saúde  mental  Álcool  e  drogas.  2008;  4(2): 
1­16.  
 
8­  Brusmarello  T,  Sureki  M,  Borrile  D,  Roehrs  H,  Maftum  MA.  Consumo  de  drogas:  concepções  de 
familiares de estudantes em idade escolar. Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas. 2008; 4(1).  
 
9­  Bernardy  CCF,  Oliveira  MLF.  Uso  de  drogas  por  jovens  infratores:  perspectiva  da  família.  Revista 
Ciência Cuidado Saúde . 2012; 11(sup): 168­75.  
 
10­  PensoI  MP;  Sudbrack  MFO.  O  filho  fora  do  tempo:  atos  infracionais,  uso  de  drogas  e  construção 
identitária. Arq. bras.psicol. 2009;  61(1).  
 
11­ Sanchez ZVDM, Oliveira LG, Nappo SA. Razões para o não­uso de drogas ilícitas entre jovens em 
situação de risco. Rev. Saude Publica 2005; 39(4):599­605. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Potrebbero piacerti anche