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XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO
Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil
João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
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1 Introdução
Com o crescimento e evolução do setor industrial as empresas buscam cada vez mais
alternativas para aumentar sua competitividade industrial, por meio da otimização de
processos e recursos, redução de custos e aumento de produtividade (JURKO, 2011; LOTT,
2011).
No caso das máquinas CNC, atividades de setup têm grande influência na ocorrência de
perdas, pois é comum encontrar máquinas totalmente paradas enquanto realiza-se a
preparação da mesma. Simon (2008) identificou que a maioria das empresas usuárias de
máquinas CNC não utilizam recursos auxiliares na preparação, preferindo realizá-la
diretamente na máquina (com a aproximação manual da ferramenta ou com a execução de
peça teste, sem que a máquina esteja operando). Costa et al. (2014) analisou que esse segundo
procedimento gera perdas significativas para as empresas e que essas perdas não são
percebidas por estarem embutidas no cotidiano da produção.
Uma das técnicas que pode ser utilizada para redução do tempo de setup em máquinas CNC, é
o uso de sistemas de presetting para otimizar a operação de pré-ajustagem de ferramentas,
visto que, este tipo de operação é realizada pelo método manual pela maioria das empresas
(SIMON, 2008).
Entretanto, verifica-se que esses equipamentos ainda não estão sendo utilizados em larga
escala pelas empresas de usinagem no Parque Industrial Brasileiro (SIMON, 2008). De
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acordo com Fullone (2002) e Aronson (2000) sistemas de presetting automáticos ainda não
foram usados em seu total potencial por duas razões: falta de conhecimento por parte das
empresas sobre as vantagens oferecidas e o custo destes sistemas.
2 Referencial teórico
2.1 Produtividade
No caso da utilização de máquinas CNC nas operações de usinagem, é comum encontrar estas
paradas durante a realização do setup, essa ocorrência faz com que a produtividade tenha
perdas devido a indisponibilidade da máquina durante esta atividade (ARONSON, 2000;
SIMON et al., 2002;).
2.3 Setup
As atividades de setup são atividades necessárias durante todas as atividades nos processos de
manufatura, essas atividades são necessárias para tornar possível o mix de produção
(MOURA, 1996).
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Todas as operações de setup não agregam valor ao produto acabado, pois, não geram nenhum
tipo de transformação no mesmo. Estas atividades são inerentes aos processos e por estarem
embutidas no cotidiano da produção muitas vezes não são percebidas ou avaliadas. Contudo
as empresas têm aplicado as ferramentas da produção enxuta a fim de reduzir os tempos
gastos com essas atividades, aumentando assim a disponibilidade de seus equipamentos para a
produção, uma das ferramentas é a Troca Rápida de Ferramentas (FOGLIATTO, 2003).
Segundo Harmon e Peterson (1991), a redução do tempo gasto em setup é uma condição
necessária para diminuir o custo de sua preparação. Para Vieira Junior et al. (2011), no caso
das empresas que utilizam máquinas CNC em suas operações é comum encontrarmos
máquinas fabricando produtos com alto valor agregado de operação, ou seja, quando se faz
necessário setup neste tipo de equipamento o custo desta operação também é elevado, desta
forma é necessário reduzir os tempos gastos nessas atividades a fim de aumentar a
disponibilidade de operação do equipamento, reduzir as possibilidades de erros e otimizar o
tamanho dos lotes a serem produzidos.
Simon et al. (2002) observou que as maiores parcelas de tempo improdutivo dentre as
atividades especificas da operação de máquinas ferramenta CNC estão relacionadas com
atividades de elaboração do programa CNC, transferência do programa para a máquina e com
a pré-ajustagem das ferramentas. Shingo (2008) apresenta que a atividade de pré-ajustagem de
ferramentas é uma das etapas que mais contribuem para aumento do tempo de setup nos
processos de usinagem. Com base nestas afirmações, reduzir o tempo de pré-ajustagem de
ferramentas é essencial para as empresas aumentarem a disponibilidade de seus
equipamentos, aumentando assim sua produtividade.
Este processo de referenciamento das ferramentas, pode ser realizado pelo método de medição
manual, bem como com o uso de sistemas de medição de ferramentas, conhecidos como
sistemas de presetting, subdivididos em externos (presetters) e internos (toolsetters)
(CORRER, 2006; SIMON 2008):
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O método manual de medição de ferramentas pode ser subdividido em dois tipos (CORRER,
2006):
Manual sem Usinagem: na qual o operador aproxima a ferramenta até a peça a ser
usinada, controlando de forma manual os eixos X, Y e Z (Figura 1). Com o objetivo de
evitar danos na ferramenta ao ser aproximada da peça, no momento do ajuste, é
utilizada uma folha de papel, filme de plástico, ou suporte padrão posicionado entre a
ferramenta e a peça;
Manual com Usinagem: após o procedimento realizado (manual sem usinagem) o
operador efetua uma usinagem teste e compara a medida usinada real (com uso de
paquímetros e micrômetros) com a programada (programa) a diferença da medida
obtida é inserida e compensada no programa
Fonte: Autores
No método manual de pré-ajustagem de ferramenta, o tempo de realização da operação e a
qualidade da medição depende de múltiplos fatores, dos quais se destacam o conhecimento e
experiência do operador (COSTA et al. 2014).
Os sistemas de presetting, conforme descrito por Aronson (2000), são desenvolvidos para o
uso em máquinas CNC, e possuem configuração que vão desde um simples toque mecânico
com instrumento auxiliar de medição a fim de medir o comprimento e o diâmetro da
ferramenta, até sistemas mais complexos que podem identificar até falhas presentes nas
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Fonte: Autores
Fonte: Autores
A utilização de sistemas de presetting para a obtenção das medidas das ferramentas, é mais
rápida e confiável, comparando-se ao método de medição manual que depende em grande
parte da habilidade e experiência do operador, uma vez que os sistemas de presetting
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executam essa tarefa previamente, dentro (internos) ou fora da máquina (externo), e os dados
de correção das dimensões da ferramenta podem ser transferidos ao CNC com segurança, de
forma mais ágil e com a mínima intervenção do operador (ARONSON, 2000)
Aplicações com o uso de sistemas de presetting internos, apresentam redução dos tempos de
preparação do processo de usinagem se comparados ao método de pré-ajustagem manual de
ferramentas aumentando a disponibilidade da máquina CNC para produção. (CORRER, 2006;
FARDIN et al., 2010; VIEIRA JUNIOR et al., 2011; VIEIRA JUNIOR et al., 2012)
Para a realização desta pesquisa, a metodologia adotada foi de natureza aplicada com
abordagem quantitativa e caráter exploratório por meio do levantamento. O delineamento do
levantamento foi baseado conforme Gil (2002) com a seguinte estrutura: determinação dos
objetivos; operacionalização dos conceitos e variáveis; desenvolvimento do instrumento de
coleta de dados; aplicação teste do instrumento; seleção da amostra; coleta e verificação de
dados; análise e interpretação de dados e apresentação dos resultados.
A pesquisa teve por finalidade realizar uma análise de como a operação de pré-ajustagem de
ferramentas pelo método manual durante o setup afeta a disponibilidade dos equipamentos
CNC, além de apresentar o custo adicional que a operação manual representa se comparado
ao uso de sistemas de presetting internos. Para isso foi necessário operacionalizar este
conceito de forma a estabelecer um modelo no qual as variáveis traduzissem tais informações
em dados quantitativos.
Para obter os dados necessários foi elaborado um questionário contemplando nove questões, a
fim de obter as informações desejadas. Este questionário foi aplicado à uma amostra de cinco
empresas inicialmente (pré-teste) verificando se as informações contidas atendiam ao objetivo
da pesquisa. Após o pré-teste definiu-se a amostragem a ser pesquisada nas empresas da
cidade de Limeira-SP e região. Depois de definida a amostragem, o questionário foi aplicado
e os dados coletados foram analisados e apresentados nesta pesquisa.
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Para avaliar como as empresas do ramo de usinagem estão posicionadas frente às operações
de pré-ajustagem de ferramentas durante o setup em seu segmento, realizou-se uma pesquisa
do tipo survey para relacionar as perdas de produtividade relativas à não utilização de
sistemas de presetting.
A aplicação do questionário foi realizada por contato telefônico e via e-mail. Foram enviados
50 questionários para os gestores, coordenadores e gerentes do setor de usinagem das
empresas de Limeira-SP e região e foi obtido retorno de 40% de respostas (20 empresas).
Fonte: Autores
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Durante o levantamento do perfil das empresas, outro ponto abordado foi o setor para o qual
fornecem seus serviços, nesta questão era possível incluir mais de uma opção, além de
mencionar outros que não estavam especificados (Gráfico 2). Neste caso, 60% das empresas
atuam no setor automotivo; nenhuma empresa pesquisada atua no setor aeroespacial; 10%
atuam no setor agrícola; 15% atuam no setor eólico; e 30% atuam em outros setores, sendo
estes: duas rodas, sucroalcooleira e petrolífera.
Fonte: Autores
A fim de avaliar o perfil das empresas do ramo de usinagem outra questão avaliada foi a
quantidade de máquinas CNC utilizadas por estas empresas (Gráfico 3). Neste levantamento,
foi observado que 25% das empresas possuem de 01 a 10 máquinas; 40% possuem de 11 a 20
máquinas; 20% possuem de 21 a 30 máquinas; e 15% possuem mais do que 30 máquinas.
Gráfico 3 - Quantidades de CNC que a empresa possui entre centros de usinagem, tornos, fresadoras e
mandrilhadoras
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Fonte: Autores
Para analisar como as empresas estão posicionadas referente às operações de usinagem, outro
levantamento abordado foi o custo hora/máquina praticado pelas empresas (Gráfico 4).
Verificou-se que 40% das empresas têm um custo hora/máquina de até R$ 100,00; outros
40% têm um custo de R$ 101,00 à R$ 150,00; 5% têm um custo de R$ 151,00 a R$ 200,00; e
15% têm um custo acima de R$ 200,00.
Fonte: Autores
Outra questão refere-se ao número médio de preparação (setup) a cada turno, fator importante
para a caracterização das operações (Gráfico 5). Como pode ser observado, 30% das empresas
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Fonte: Autores
Outra informação, para avaliar as operações das empresas pesquisadas, foi o questionamento
referente ao número médio de ferramentas utilizadas por preparação (Gráfico 6). Das quais
pode ser identificado que 20% das empresas utilizam de 1 a 5 ferramentas por preparação;
50% utilizam de 6 a 10 ferramentas; 20% utilizam de 11 a 15 ferramentas; e 10% utilizam
mais de 15 ferramentas por preparação.
Fonte: Autores
Dentre as empresas pesquisadas foi questionado o tempo gasto com a operação de pré-
ajustagem para cada ferramenta (Gráfico 7). Dessas, 20% das empresas levam menos que 2
minutos para a pré-ajustagem de cada ferramenta em seu processo; 35% das empresas levam
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de 2 a 3 minutos; outros 35% das empresas levam de 3 a 4 minutos; e 10% das empresas
levam mais do que 4 minutos para a pré-ajustagem por ferramenta.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
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Fonte: Autores
Com os dados coletados por meio do questionário, foi necessária a aplicação de cálculo
matemático para obter as informações desejadas em relação às empresas pesquisadas. Pelo
questionário definiu-se utilizar um valor intermediário à aqueles aplicados, por exemplo: para
o número médio de ferramentas por preparação as possíveis respostas eram: de 1 a 5
ferramentas; de 6 a 10; 11 a 15 e acima de 15, nesta questão foi adotado os valores
intermediários para o cálculo: 3, 8, 13 e 18 ferramentas.
Para o levantamento das informações do tempo total mensal disponível (horas) que as
empresas possuem em relação ao número de máquinas CNC, utilizou-se a informação da
quantidade de equipamentos, adotando-se a média de 22 dias úteis, operando em 2 turnos de
trabalho de 8,8 horas.
Quadro 1 – Descrição dos itens na análise dos resultados dos cenários estudados
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Fonte: Autores
4.2 Cenário pesquisado
Como pode ser observado na Tabela 2, o índice médio de disponibilidade das máquinas CNC
nas operações de pré-ajustagem manual foi de 80,88%, se aplicado o sistema de presetting
interno a disponibilidade das máquinas CNC aumentaria para 97,37%, essa diferença
representa um custo adicional no processo de R$ 125.012,25/mês devido ao uso da pré-
ajustagem manual.
Tabela 2 – Produtividade
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PRODUTIVIDADE
Características da empresa Pré-ajustagem manual Pré-ajustagem automática
Empresa Porte Tempo Tempo Índice de Tempo Índice de Custo adicional
total improdutivo disponibilidade improdutivo disponibilidade de pré-ajustagem
(horas) (horas) (horas) manual (R$)
Empresa 6 Grande 10841,6 985,6 90,9% 246,40 97,7% R$ 110.880,00
Empresa 7 Grande 5033,6 152,5 97,0% 38,13 99,2% R$ 11.440,00
Empresa 8 Grande 10841,6 1478,4 86,4% 246,40 97,7% R$ 184.800,00
Empresa 10 Grande 8905,6 809,6 90,9% 202,40 97,7% R$ 151.800,00
Empresa 13 Grande 5808,0 99,0 98,3% 16,50 99,7% R$ 8.250,00
Empresa 15 Grande 6969,6 475,2 93,2% 118,80 98,3% R$ 89.100,00
Empresa 16 Grande 5808,0 99,0 98,3% 16,50 99,7% R$ 8.250,00
Empresa 1 Média 9680,0 220,0 97,7% 27,50 99,7% R$ 19.250,00
Empresa 11 Média 11616,0 1584,0 86,4% 264,00 97,7% R$ 198.000,00
Empresa 12 Média 9680,0 4400,0 54,5% 440,00 95,5% R$ 594.000,00
Empresa 18 Média 5808,0 1056,0 81,8% 132,00 97,7% R$ 184.800,00
Empresa 20 Média 5808,0 1056,0 81,8% 132,00 97,7% R$ 138.600,00
Empresa 2 Pequena 1161,6 715,0 38,4% 71,50 93,8% R$ 96.525,00
Empresa 3 Pequena 5808,0 1584,0 72,7% 264,00 95,5% R$ 198.000,00
Empresa 4 Pequena 5808,0 396,0 93,2% 99,00 98,3% R$ 29.700,00
Empresa 5 Pequena 5033,6 686,4 86,4% 114,40 97,7% R$ 57.200,00
Empresa 9 Pequena 7744,0 1408,0 81,8% 176,00 97,7% R$ 123.200,00
Empresa 14 Pequena 1936,0 264,0 86,4% 33,00 98,3% R$ 46.200,00
Empresa 17 Pequena 1936,0 953,3 50,8% 119,17 93,8% R$ 125.125,00
Empresa 19 Pequena 1936,0 953,3 50,8% 119,17 93,8% R$ 125.125,00
MÉDIA 80,88% 97,37% R$ 125.012,25
Fonte: Autores
Para melhor visualização do cenário estudado e análise dos resultados, foi realizada a
estratificação dos dados em função do porte das empresas, que são apresentadas a seguir.
Como pode ser observado na Tabela 3, nas empresas de pequeno porte, foi verificado que o
índice médio de disponibilidade é de 70,0%, já com o uso de sistema de presetting interno o
mesmo seria de 96,1%. Em média, durante o período mensal as empresas de pequeno porte
apresentaram um custo adicional de pré-ajustagem manual de R$ 100.134,38/mês.
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PRODUTIVIDADE
Pré-ajustagem manual Pré-ajustagem automática
Fonte: Autores
Em relação ao cenário das médias empresas (Tabela 4), foi verificado que o índice de
disponibilidade foi de 80,4%, e com o presetting interno seria de 97,7%. Nesse caso, o índice
de disponibilidade dos equipamentos CNC nas empresas de médio porte totalizam um custo
adicional de pré-ajustagem manual de R$ 226.930,00/mês, em relação a atividade com o uso
de sistema de presetting interno.
Fonte: Autores
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Para o grupo de empresas de grande porte (Tabela 5), foi verificado que o índice de
disponibilidade das máquinas CNC com o uso da pré-ajustagem manual foi de 93,6%, e com
o sistema de presetting interno seria de 98,6%, o que representaria um custo adicional com o
uso da pré-ajustagem manual de R$ 80.645,71/mês, em relação a atividade com o uso do
presetting interno.
Fonte: Autores
Por fim, as empresas de pequeno porte, foram as que apresentaram a maior indisponibilidade
de máquinas CNC, em relação aos outros portes de empresa, em torno de 70%.
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pelas empresas, bem como, identificar as diferenças encontradas entre os portes das empresas,
relacionadas aos índices de disponibilidade de máquina CNC.
5 Considerações finais
Com base nos objetivos propostos do presente artigo e diante da pesquisa aplicada conforme a
metodologia definida e dos resultados obtidos, pode se concluir que:
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