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O que é coaching
Outra definição que nos ajuda a aproximar o coaching ao trabalho do líder coach é a
proposta por Sir John Whitmore, de 2011:
"Consiste em ajudar alguém a pensar por si próprio, encontrar suas respostas,
descobrir dentro de si seu potencial, seu caminho para o sucesso em qualquer faceta
de sua vida".
2. Conceitos do coaching
Portanto, uma pergunta que surge nesse momento é: como se adaptar a uma nova
realidade, relacionada ao contexto atual? A resposta seria: por meio de melhorias
contínuas no desempenho.
Um dos pressupostos das teorias francesas sobre competências sugere que o conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes não são suficientes para constituir a
competência sem um quarto elemento, que é o contexto. Dessa forma, a competência
só pode ser desenvolvida e conhecida após o desempenho investido em determinado
contexto.
Embora o termo “coach” tenha uma tradução literal do inglês como “treinador”, a
compreensão sobre o que ela significa se torna diferente. Seria mais simples
associarmos ao conceito de treinador de futebol, por exemplo. Mas esse conceito faria
com que entendêssemos o coach como alguém que desenvolve apenas a parte
técnica, com objetivos técnicos, que procura erros para serem consertados, etc. O
coach, na verdade, não possui esse papel. O significado mais próximo que podemos
adotar para compreender o que faz o coach é “cocheiro”. Isso mesmo... Cocheiro,
aquele que conduzia carruagens.
Entre os séculos XIX e XX, era comum o uso de carruagens como meio de transporte.
Elas eram chamadas de coches. E os homens que conduziam estas carruagens
chamavam-se cocheiros. E esse é o melhor significado para o que entendemos como
coach.
Livro da Disciplina
Para aprofundar seu conhecimento sobre o uso do coaching, estude, agora, no livro da
disciplina, na parte referente à aula 1, o tópico sobre aplicações do coaching.
3. Os julgamentos e as crenças
Quando dizemos "ontem choveu a tarde toda" ou "ontem foi um dia feio", estamos
fazendo declarações aparentemente similares; mas, na verdade, elas são
profundamente diferentes. No primeiro caso, estamos falando de um fato objetivo e
verificável; no segundo, estamos dando uma opinião, um ponto de vista pessoal e
subjetivo. Em nossa linguagem habitual, emitimos sentenças desse tipo
constantemente; algumas são fatos verificáveis e objetivos, já outras são julgamentos
subjetivos. Isso afeta de modo constante nossas vidas diárias e está presente em
nossas relações pessoais, no trabalho e na forma como nos relacionamos com o
mundo que nos rodeia.
Por isso, dizemos que os julgamentos são gerados no passado, emitidos no presente e
estabelecem o futuro.
Crenças
Por exemplo: "O trabalho duro e o esforço constante são o segredo para o sucesso"; "A
vida é muito curta, e você tem de aproveitar ao máximo"; "Este mundo é um lugar
perigoso"; "Todos os dias posso aprender algo novo" etc. De acordo com a crença que
tivermos, agimos de uma forma ou de outra.
Algumas de nossas crenças podem ser limitantes, porque podem deter nosso
desenvolvimento ou nossa aprendizagem. Por exemplo:
Desesperança: "faça o que fizer, nada mudará".
Impotência: "não posso", "não sou capaz de conseguir isso".
Ausência de mérito: "não mereço isso", "isso não está à minha altura".
Essas crenças exercem uma grande influência no momento de limitar a capacidade de
desenvolvimento das pessoas e estão de presentes constantemente nos processos
de coaching, nos quais se trabalha para identificá-las e modificá-las por outras que
sejam facilitadoras, impliquem esperança, sensação de capacidade, sentido de valor
etc.
O coaching consiste em liberar o potencial de uma pessoa de modo a incrementar ao
máximo seu desempenho. "Consiste em ajudá-la a aprender, em lugar de ensinar-lhe".
(Whitmore, 2011).
Para saber mais
Com a seguinte história, podemos ver o que é um julgamento e a importância que ele
pode ter na tomada de decisões:
"O mundo está à nossa disposição, somos os responsáveis pelo que está por vir"
(anônimo).
"Tanto se você acredita que pode como se acredita que não pode, você está certo"
(John Ford).
A eficácia da gestão pode ser considerada essencialmente como uma arte, a arte de
'conseguir que as coisas sejam feitas por meio das pessoas'. Pensar na gestão como
uma arte, mais do que como em uma série de técnicas (...) é ver que envolve invenção,
mais do que conformidade; prática, mais do que direcionamentos; sabedoria, mais do
que mero conhecimento."
1. Preparação.
Preparar o contexto.
Criar as circunstâncias (lugar, tempo, objetivo...).
Fazer-se algumas perguntas prévias:
o O que torna esta conversa importante?
o Qual é a preocupação ou interesse que me leva a tê-la?
o Podemos focar no assunto imediatamente, ou é necessário solucionar
outros assuntos antes?
o Qual é o estado emocional entre o meu interlocutor e eu?
o O que eu quero que aconteça em relação à tarefa?
o Qual é a relação que quero construir com o meu interlocutor?
o Quais são as circunstâncias mais adequadas para ter esta conversa
(quando, onde, quanto tempo, de que forma)?
2. Execução
1. Papéis do coach
O papel do coach pode ser percebido como sendo alguém que se esforça em
aprimorar o desempenho do coachee, principalmente no que se refere ao aspecto da
inovação, tanto do próprio coachee, como do grupo de trabalho no qual ele está
inserido até extrapolar para o desempenho da própria organização.
O coach, em meio às suas atribuições, procura fazer com que o coachee não apenas
alcance seus resultados esperados, mas supere as expectativas de melhoria,
empreendendo novos comportamentos cuja origem está nas potencialidades
conduzidas ao nível máximo de efetivação.
Todos estes elementos citados fazem parte dos pressupostos da Teoria da Liderança
Transformacional, cujas dimensões são:
E isso quer dizer, então, que Liderança Transformacional e o papel do coach são a
mesma coisa?
Por isso este destaque especificamente nas dimensões citadas, pois oferecem uma
visão do que se espera do comportamento de um coach no exercício da sua função, no
entanto, sem esgotar o seu papel nestas premissas, o que se configuraria em um
tremendo reducionismo do processo de coaching.
Livro da Disciplina
Uma visão é uma imagem, um sonho compartilhado, um lugar ao qual queremos ir tal
como se descreve no seguinte vídeo, fragmento do filme Michael Clayton, que
poderíamos intitular "Uma visão compartilhada".
A visão compartilhada nas organizações é esse sonho, essa ideia coletiva que
compartilhamos de e para onde queremos ir como organização, o que queremos ser
no futuro. É uma ideia, uma imagem inspiradora, que serve de orientação das ações
para todo aquele que participe do projeto e que torna possível a união e a motivação
das pessoas.
Quando existe clareza sobre o que se deseja construir no futuro, é possível focar na
capacidade de gestão e execução em direção à sua conquista, de maneira constante.
Lembre-se
Quando há uma visão genuína, as pessoas não se sobressaem e nem aprendem porque
são ordenadas, mas sim porque o desejam.
A visão define e descreve a situação futura que desejamos ter; o propósito é guiar,
controlar e estimular a organização e a equipe para alcançarem o estado desejado.
Responda às perguntas:
A visão responde à pergunta: Como queremos ver a organização em cinco anos? Ela
pode mudar segundo o contexto externo, as capacidades internas, a percepção dos
líderes etc. Uma boa formulação de visão deve:
Inspirar e mobilizar: uma boa visão faz com que muitas coisas tenham sentido e
que valha a pena dar o melhor de si para alcançá-la; faz com que as pessoas
queiram trabalhar em uma organização ou equipe.
Ser quantificável: como saberemos se já a alcançamos ou não; caso possível, ela
deve incorporar algum indicador.
Marcar um horizonte de tempo.
Concentrar-se em um segmento ou atividade no qual vamos competir.
Orquestrar um processo que criará uma visão concisa, convincente e clara para
sua equipe, em consonância com a da organização. Essa visão é uma imagem
nítida de onde se aspira estar nos próximos anos.
Conectar a visão para cada equipe e pessoa; com a visão, pode-se estabelecer
uma trajetória clara entre o trabalho de cada pessoa e para onde a empresa
deseja ir; dá um sentido claro de direção e propósito, além de um conhecimento
de como tudo o que é feito encaixa em uma estrutura mais ampla. O trabalho
adquire mais sentido.
A visão ajuda na priorização, resolve as questões do que é trivial e do que é
titânico; as pessoas podem se concentrar nas atividades e problemas
importantes.
Organizar os sistemas de acordo à visão: políticas, procedimentos e normas.
Comunicar a visão e a direção de modo consistente e contínuo.
Empresa de tecnologia: "Deseja ser um grande grupo multinacional líder nos âmbitos
de negócio em que atue, reconhecido por sua capacidade de proporcionar serviços de
alto valor, orientados à melhoria estratégica e operacional de seus clientes,
sustentando-se, para isso, no talento, espírito empreendedor, orgulho de pertencer e
atitude positiva dos melhores profissionais".
Empresa de móveis: "Nosso objetivo é criar um melhor dia a dia para a maioria das
pessoas. Nossa ideia de negócio apoia esta visão, oferecendo uma ampla variedade de
produtos para a decoração do lar, bem desenhados, funcionais e a preços tão baixos
que a maioria das pessoas possa comprá-los".
"Liderança é elevar a visão de uma pessoa a aspirações mais altas, elevar o rendimento
a um nível de exigência mais alto, construir uma personalidade além de suas limitações
normais".
(Peter Drucker).
6. Comunicar de modo poderoso
A comunicação é uma das ferramentas mais poderosas dos dirigentes; quanto mais
responsabilidade, mais pessoas e maior nível hierárquico, maior será a necessidade de
comunicar-se.
Alguns segredos para exercer uma boa comunicação são:
Buscar e aproveitar todas as oportunidades para comunicar-se. A comunicação
não é uma obrigação, e sim uma potente ferramenta de relação que utiliza
diferentes expressões (diálogo um a um, reuniões, apresentações).
Abordar as questões importantes a tempo.
Priorizar a comunicação positiva (aprovação, sugestões, elogios,
reconhecimentos) sobre a negativa (destacar erros, críticas ou desaprovação).
Formular mais perguntas e dar menos ordens.
Compartilhar o protagonismo; o comportamento "egocêntrico", nos líderes de
estilo "tudo gira ao meu redor", reduz o nível de motivação e compromisso.
Colocar-se no lugar daquele que escuta.
Comunicar paixão e entusiasmo.
Passos que o líder coach deve seguir:
1. Decidir qual política seguir em relação à comunicação.
2. Quais são os hábitos de comunicação que ele tem com pessoas que dependem
diretamente dele? Com que frequência ele realiza reuniões? Como ele
descreveria o valor desses encontros? Como eles poderiam ser melhorados?
3. Sobre a participação nas reuniões: Ele contribui com frequência? Formula
perguntas? Dá opiniões?
4. Como ele utiliza a informação com a sua equipe: Passa a informação que possui
da organização? Contribui com informação sobre o mercado? Etc.
1. Habilidades de coach
Parte deste conceito de capacidade ou qualificação para realizar alguma coisa tem sua
origem no emprego jurídico do termo competência na Idade Média, que dá a definição
de capacidade legal para julgar ou apreciar uma questão.
Articulação de recursos
Boterf (1997)
(mobilização)
Perspectiva dinâmica
Hipólito (2000)
(questionamento constante)
Livro da Disciplina
Para complementar sua leitura sobre a relação das formas de inteligência com a
formação de habilidades e competências, estude, agora, no livro da disciplina, na parte
referente à aula 2, a parte introdutória que fala sobre os principais tipos de
inteligência.
Importante
Como exemplo, cita-se o caso de um cirurgião muito competente na França, mas que
não se pode afirmar ou prever se ele será tão competente na África, com recursos e
instalações em hospitais mal equipados, o que pode até mesmo fazer dele alguém que
atrapalhe o serviço dos demais colegas. Uma vez ele alcançando um bom resultado na
África, ou seja, uma vez seu desempenho sendo constatado como bem sucedido, é que
se pode atribuir-lhe um caráter de competência. As competências geralmente não são
passíveis de transposição de um contexto para outro, pois estariam vinculadas ao
contexto de sua realização (DEJOURS, 2012).
A partir desta ótica, podemos citar uma habilidade necessária ao coach que está
totalmente dependente do contexto: saber ouvir.
Livro da Disciplina
2. Saber pedir
"O pedido é um ato linguístico pelo qual quem pede tenta obter uma promessa e um
compromisso por parte de quem escuta".
3. Saber oferecer
Nós somos, para o mundo, a oferta que nós mesmos decidimos ser. Devemos nos
responsabilizar pela identidade que temos em um ambiente em constante mudança e
saber que nos manter com uma identidade imutável pode acabar sendo muito
prejudicial.
Temos de aprender a nos orientar neste labirinto caracterizado pela mudança sobre a
mudança. Aprender a se constituir em oferta para nosso entrono é uma habilidade a
mais para desenvolver, tanto para as organizações como para as pessoas.
Oferece ajuda cada vez que acredita que uma pessoa de sua equipe a necessita.
Suas ofertas estão orientadas de modo oportuno aos interesses e necessidades
da equipe, já que ele faz perguntas com frequência.
Cada vez que lhe pedem alguma coisa, ele está disposto a oferecer o que é
necessário.
Suas ofertas são sérias e não apenas boas vontades.
As pessoas não se sentem chantageadas quando ele lhes oferece algo.
Como você lhe apresentaria um pedido e lhe faria uma oferta de ajuda?
5. Escutar ativamente
É necessário coragem para colocar-se de pé e falar. Mas muito mais para sentar-se e
escutar"
(Winston Churchill).
Aprender a desenvolver uma habilidade de escuta cada dia mais eficaz se converteu
em uma questão de sobrevivência nas organizações. Não é possível falar de gerar
confiança, trabalhar em equipe, desenvolver práticas de liderança etc. se não somos
competentes para deixar de lado nossos julgamentos e interpretações para escutar a
partir do respeito pelos demais. Escutar a partir do julgamento de que o outro possa
ter razão, de que através do diálogo com o outro podemos ser transformados. Temos
de fazer do escutar uma das vantagens competitivas da organização.
Daniel Goleman identificou "a arte de saber escutar" entre as principais habilidades
das pessoas com altos níveis de inteligência emocional. Ela a considera como a
primeira das aptidões que determinam a gestão das relações, o que possibilita
compreender aos demais, na qual se inclui perceber sentimentos e perspectivas
alheias e interessar-se ativamente por suas preocupações.
Gera espaços apropriados e se permite tempo para conversar. Faz a pessoa com
quem conversa se sentir escutada.
Indaga sobre os interesses e avalia quais são os aspectos mais valorizados.
Quando duvida das interpretações sobre o que foi dito, fala sobre o que
entendeu para verificar se é o mesmo que se quis dizer.
É capaz de aceitar que outro pense e sinta algo diferente, sem desqualificar seu
ponto de vista como falso ou inadequado.
Quando discorda, indaga sobre a forma de pensar do interlocutor, com
curiosidade, e sem antepor seus preconceitos.
7. Chegar a acordos
8. Reconhecer
(Watson Wyatt).
Pedir:
Você concretizou o pedido com clareza, definindo os prazos e as
responsabilidades.
Fez o pedido com determinação e precisão suficientes para que não seja preciso
adivinhar.
Distinguiu entre o que é importante e o que é urgente.
Pediu de maneira firme e respeitosa.
Oferecer:
Você ofereceu ajuda em caso de necessidade e definiu claramente como pode
ajudar.
Escutar:
Você gerou um espaço apropriado para conversar.
Perguntou sobre seus interesses e aquilo que ela valoriza.
É preciso cuidar do ambiente e do estado emocional do outro para facilitar a
abertura.
Dar feedback:
Você falou em primeira pessoa, assumindo a parte de responsabilidade no
julgamento: "eu sinto", "eu observo" etc.
Fez referência a um âmbito de ação específico.
Você se referiu a fatos, ações, comportamentos e exemplos concretos.
Mostrou como essas ações podem afetar os resultados e por quê.
Pediu mudanças no comportamento.
Fazer acordos:
Você chegou a acordos e definiu com clareza os compromissos, os responsáveis
e as datas de entrega.
Você abandonou as ordens, sugerindo, propondo e convidando.
Lembre-se de incluí-la e torná-la partícipe na elaboração de acordos.
Reconhecer:
Você reconheceu o que ela faz bem, seus pontos fortes.
Deu-lhe exemplos concretos para que ela possa compreender aquilo em que
seus julgamentos estão baseados.
Ao mostrar-lhe os erros cometidos, lhe propõe perguntas para que possa
melhorá-los.
Para encerrar, mostramos a você algumas possíveis dificuldades que pode encontrar
na conversa com a Teresa, bem como sugestões para abordá-las: