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-- - "-
n palavra proferida
O Preço Imediato
por RlC HARD L. E\"A~S
42 A LIAHONA
--1
Março 1955 Vol. VIII - N. 0 3
Presidente da Missão
44 A LIA H ONA
por LAWREN CE ]. DARTON
Ylar~~ de -1955· - 45
a filosofia da família dos Santos dos Ultimos Dias
46 A LIAHONA
não poderá obte-lo" ( D . & C. 1954) a revista, Reader's Digest, prova
13 1; 1-3). através de dados estatísticos que, nos
Nas escrituras do ve lho testamento, Estad os Unidos, mil vêzes por dia a sen-
disse um profeta em ce rta ocasião: "As ten ça de um juiz é dada favoravel com
suas tendas, () Israel! " ( Reis 12: 16). duas palavras: " D ivórcio concedido".
E outra vez, "Provê agora á tua casa, E assi m, muitos romances de amor che-
(> David !" referindo as suas casas e a g am ao fim, e mui tos lares fica m des-
necessidãde de conse rvá- las. tr uídos. Mil divórci os por dia nos Es ta-
Atra vés do mur:do, hoj e em dia, há dos Unidos, 365 mil no ano ! D igo ain-
mu i ta confusão, opressão e peri go. Em da, que nos Estados interrnonta nhosos
nosso próprio país es tamos despênden- o divórcio fi gura com uma média aci ma
do bi lhões para fo rtificar e defender dessa tabela. Também digo, que mesmo
nossa terra e p roteger nossos lares. entre aqueles casados no T empl o, a ser-
ão estamos sómente armazenando pente, que primeiro apareceu no j ardi m
armamentos, bombas atômicas e ou- de Eden continua arrastando- se para se-
tros instrumentos de guerra, mas tam- parar o homem da mu lher, contra riando
bém construindo um sistem a de ra- a lei de Deus que diz estarem unid os
dar que se eleva até as nuvens, t! cobre como uma só carne.
a largura do continente. Ex tendendo- se De acôrdo com a estatística dos di:r
através do Canadá até o Círcu lo Artico, vórcios conced idos, há um divórcio JXI-·
tudo com a idéia básica da def esa de ra cada três casamentos nos Estados
nossos lares. Un idos. O que pensaríamos se 33,3 por
Al gumas vezes, como indivíduos que cento dos navios que se fazem ao mar
somos, nos sentimos fracos e abandona- fôssem condenados a naufraga r ? O que
dos perante tôdas essas co isas, e ima- a di retoria dessa compa nhia faria se a
ginamos o que poderíamos f azer para causa do f racasso fôsse o desen tend i-
ajudar. Se me permitem, quero adver ti- mento do comandante e seus aLPd liares
l os para o fato de que j ustamente no i n- por não poderem traba lhar juNtos? Mui-
terior da cidadela de nosso sistema de tos divó rcios começam antes do cas.a·- ·
defesa, o lar que é o baluarte da nossa men to. ··
própria fôrça e sol idariedade ju stamen- Nós que lutamos com êsse proble-
te aí, o in imigo está se infi l trando de ma, j á descobrimos al!_'.ttrllaS causas, e
maneira assustadora. Não quero que mui tas delas se ref erem à infância· do
pensem que eu esteja condenando, pu - lar de um casal divorciado. Nós acredi- ·
nindo ou censurando- os. I sso é um mal tamos, meus irmãos, co mo foi dito:esta
que posso imaginar devido os fatos evi - man hã, que os exemplos dos prtjpri os
dentes através da existência de tantas pais, no lar, aj udaria a evaporar essa
cri anças i nocentes, vítimas do aband o- onda de divórcios. Os pais elevem en-
no e do crime. sinar seus filhos pelo preceito sagrad o
Evidentemente meu coração sa lta de do "convên io do casamento ...Qevem cn-
alegria e é dedicado á tôdas essas mães s iná ~l os que não há alegria ,em to(lo o
que f oram deixadas nes te mundo para, mundo comparável com aquêle vindo
sósinhas, criarem seus f ilhos. E para através de um matrimônio t eliz. Mas co- .
elas, cer tamente temos uma palavra de mo tõdas as bençãos, essa alegria é ba-
co nfôrto e coragem. A el as clamamos as seada na lei.
bênçãos de D eus dando força s para su- Os pai s que f alham na cd ucaç.ã•> de
portar êsse grande fa rdo. E sôbre êsse seus f ilhos, não demonstrand o-lhe-> o
grande mal bem como sua origem e con- significado de uma vida conjugal fel iz.
quista, devemos f al ar alguma coisa. es tão cooperando para uma falha na
Em seu último número (Outubro de qual seus filhos· poderão cair c serem·
A LIAHONA
OFERECIDA UMA CONDECO ~
RAÇÃO REAL AO PRESIDENTE
MCK AY PELO REI DA GR ECIA
t ; - -- - - --------
50 A LIAHONA
Paulo comentou o renascimento desta maneira:
"Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em J eous Cristo fomos
batizados na sua morte?
De ~orle que fomos sepultados com ~le pelo batismo na morte; para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos, pela gloria do Pai, assim andemos nós lam-
bem em novidade da vida·.
Porque, se fomos plantados j untamente com ele m similhança da sua morte.
lambem o seremos na da sua ressurreição ;
Sabendo isto, que o no;so homem velho foi com ele crucificado, para que o
corpo do pecado seja desfeito, par~ que não si rvamos ao pecado." (Romanos 6 :3-6).
Isto parece muito claro. Quando estamos "sepultados com ele pelo batismo na morte",
(o qual, naturalmente, não poderia ser verdadeiro se recebemos espargimento ou derramamento
de ;\gua sôbre nós) nascemos de novo deste aquoso sepulcro, e tendo nossos pecados sido remi-
dos, deveríamos "assim andar nós tambem em novidade da vida.'' Podemos andar em novi-
dade da vida quando nascemos de novo. Nosso "homem velho" do pecado, portanto, f oi cruci-
ficado com ele, e nascemos nov:imente, na similhança da Sua ressurreição.
O Batismo de Cornclio
Primeiramente, Ananias rc; taurou a visão de Pr.11lo pela imposição das mãos, c então o batizou.
Mais tarde Paulo foi ordenado ao ministério. (\.eja Atos 9; 13: 1-3).
Estes são exatamente os mesmos passos tomados pelo Senhor à respe; to de Joseph Snüth
e Oliver Cowclery quando foram ao bo;que p<;·ra perguntar sõbre h:nismo por imersão p~n
a remissão dos pecados. A única diferença que existia, então, era que não havia ningucm na ter-
ra que pudesse administrar a ordenança de batismo entre ele~. P ortanto, o Senhor enviou o
ressuscitado João B;;,tista, o qual lhes conferou o s1cenlócio de Aaron, cujo sacerdócio tem as
chaves de batismo por imersão para a rcm o;são dos pecados. J oão então mandou que se batizas-
sem um ao outro.
Novamente, Joseph Smith c Oliver Cowclery não ganharam esta in formação lendo a
Bíblia, mas sim da revelação dada por Deus c pelas stus prúprias experiências através da obe-
diencia de instrução divim.
Acabamos de considerar às partes principais de interê=se concernentes a visita de João
Batista à J oseph Smoth e Oliver Cowdery no dia 15 de maio de 1629. João os informou que o
sacerdócio Aaronico tem as chaves da "ministração dos anjos", a veracid:tde do qual será bem
evidenciada com futuras visitas de mensageiros divinos em conexão com o reestabelecimento das
chaves e a autoridade à terra pa ra uma completa "Restauração de tudo, dos quais Deus fa lou
pela boca de todos os seus santos profetas desde o principio." (Veja Atos 3:2 1).
CAPITULO XI
Quando J oão Batista conferiu o Sacerdócio Aarônico 'à }oseph Smith e O liver Cowdery
eri1 .15 de Maio de 1829, êle disse-lhes que o Sacerdócio Aarônrco não tinha o poder da impo-
sição das mãos para o dom do Espírito Santo, mas êste poder devería, <lesde então, ser con-
feridos a êles. Lógo atestou também que êle atuava sob a dir.eção d.e Pedro, Tiago e João que
mantin'1~m as chaves do Sacerdócio de Melchisedec, Sacerdócio este, disse êle, que seria no
devido tempo, conferido a êles. (Ver P . G. V. José Smith 2 : 70-72). Em cumpr imento da pro-
mc s~a de João, e ";ómente poucos dias após a primeira· ordenaÇão", Pedro, Tiago e João, após-
tolo!' anciões de Nosso Senhor Jesus Cr isto, conferiram a Joseph Smith e Oliver Cowdery
o Sacerdócio de ~elchizedec no deserto de Fayette, Seneca Country, l\ ova York. Entre outras
coisas, este mais alto Sacerdócio conferiu a êfes o prometido poder da "imposição' das mãos
para o dom do Espírito Sa11to", o qual agora iremos estudar.
Pelo conhecimen to que temos, sabemos que não houve sobre a terra Igreja que ensinasse
c praticasse o principio da "imposição das mãos para o dom do Espírito Santo", no tempo
em que J oão Batista disse à Joseph Smith e O liver Cowdery que o Sacerdóc:o Aa...õnico não
tinha este poder. Não foi sómente João Batista que afirmou que este era o fundamento do
evangelho, mas, mais ta-;de em revelações ao profeta Joseph Smith, o Senhor também confir-
mou a verdade desta declara~ão.
Em D ezembro de 1630, o Senhor pr oferiu as· seguintes palavras ao profeta J oseph Smith:
A M I SSÃO DO ESP íRITO SM \ T O 55
"Mas agora te dou o mandamento de que tu batizarás com água, e êles rece-
berão o Espírito Santo pela imposição das m ãos, a•ssim como os apóstolos de tem-
pos antigos." (0. & C. 35:6).
_!..I ma semelhante autorização foi dada pelo Senhor através de ] oseph Smith, o profeta em
Março de 183 1, à um número de Elders da Ig reja :
"Pois, Eu vos dou o mandamento de irdes entre esta gente dizer-lhe como
Meu apóstolo da a-ntiguidade cujo nome era Pedro:
Crêde no nome do Senhor Jesus, o Qual cstêve na terra c Que tornará a vir,
o princípio e o fim ;
Arrependei-vo> e sêde batizados em nome de J esns Cristo, para a remi%ão
dos vossos pecados, de acôrdo com o santo mandamento ;
E todo aquêle que isto fizer receberá o dom do Espí rito Santo, pela imposi-
ção das mãos dos eldcres da igreja." (D. & C. 49 : 11 - 14 ).
Da data da organização da Ig reja de ] esus Cri sto dos Santos dos U lt imos D ias, a admi s-
são de membros tem sido através do batismo por imersão para a r emissão de pecados, e a
imposição da·s mãos para o dom do Espírito Santo. A última revelação referida pelo Senhor
através do profeta Joseph Smith, instruiu os Elders da Ig reja a irem entre os povos e instrui-los
como P edro o fez. Vamos ~xaminar as escrituras sagradas para estabelecer o que Pedro ensi-
nou ao povo a fazer.
Num dia de P entecostes qu;mdo houve uma efusão do E spírito do Senhor, aqueles que
ouviram a pregação de Pedro:
Em que, estes ensinamentos de Pedro diferem dos dados à j oseph Smith e Oliver Cowdery
por João Batista ; e subsequentemente, por Pedro, T iago c J oão; e na revelação do Senhor aos
E lderes da I greja atr;;,vés do profeta Joseph Smith ?
Nesta narração Bíblica do sermão de Pecl ro, a única coisa que falta é a explicação onde
êlc promete que êles deveriam receber o dom do Espírito Santo, e que deveriam receher isto
pela imposição das mãos. Esta omi ssão foi evidentemente uma inad vertencia ou concisão em
relatar este acontecimento, pois as escritu"ras são su ficienteme1Íte claras na explicação \IIIC Pe-
dro entendeu -que o Espírito Santo foi confe rido pela imposição das mãos. f<: evidente a pa rti-
cipação de Pedro na ordenança· da "imposição das mãos" para a concessão elo E spírito Santo
no caso daqueles que foram batizados por F ilipe em Samaria:
Ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao ma·ior, dizendo: Esta
é a grande virtude de Deus.
E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com
arte mágicas.
Mas, como cressem em Philippe, que lhes pregava acerca do reino de Deus,
e elo nome de Jesus Cristo, se batizaoyam, tanto homens como mulheres.
E criou até o proprio Simão ; e, sendo batizado, ficou de continuo com Philip-
pe; e, vendo os sinais e as grandes ma ravilhas que se faziam, estava atonito.
Os apostolos, pois, que estavam em Jerusalem, ouvindo que Sam;;Tia recebera
a palavra de Deuõ, enviam para lá Pedro e J oão.
Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito
Santo.
(Porque sobre nenhum deles tinha ainda· descido; mas sómente eram batiza-
elos em nome elo Senhor Jesus).
E 11tõo lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apostolos era dado o Espí-
rito Santo, lhes ofereceu dinheiro,
Dizendo: Dai-me lambem a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu
pousar as mãos receba o Espírito Santo.
Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cui-
daste que o dom ele Deus se alcança por dinheiro." (Atos 8: 5-20).
Como pôde esta verdade ser explicada com tão g rande clareza ? Como o povo ele Samaria
recebeu a palavra de Deus? Para serem batizados? Porque Pedro e J oão foram enviados entre
eles? Porque o povo não tinha a inda recebido o Espírito Santo ..:__ foram batizados sómente em
nome de Jesus Cristo! Porque Felipe não conferiu o Espírito Santo a êles? Porque, por pre-
snmição, ele foi autorizado a exercer sómente a função do Sacerdócio Aarônico, como J oão
Batista foi quem explicou a Joseph Smith e Oliver Cowdery que o Sacerdócio Aarônico "não
tem o poder da imposição da·s mãos para o dom do E spírito Santo!"
Se os homens pudessem ter esta honra entre êles, Simão não os teria oferecido dinheiro
para comprar este poder quando viu que o Espírito Santo era dado pela imposição das mãos
dos Apóstolos. Porque tem as Igrejas Cristãs de hoje abandonado este glorioso princípio?
Porque elas não tinham entendido aos escri(uras, e ficaram sem revelação e o sacerdócio de
Deus, têm que depender de suas próprias interpretações da Bíblia para seus govêrnos.
A escritura que mais tem sido confundida neste caso foi a explicação de Jesus à Nicode-
mos ...
"Não te mara"Yilhes de te ter dito: Nccessario nos é nascido de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes d'onde vem,
nem para onde vai ; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." (João 3: 7-8).
Isto tem sido interpretado para explicar que o Espírito Santo vem e volta a vontade sem
que tenhamo.; feito a lgo, ou prática de cerimonia tal como a imposição das mãos.
Não há justificação para tal interpretação de passâ'gens tão claras das escrituras para as
já referidas. Ka verdade, não podemos ver o espírito ir ou vir tal qual nós vemos o vento,
mesmo que possamos ouvir ·seu som e sentir >cus movimentos. Mas quando o Espírito Santo
é con ferido a nós pela imposição das mãos por um que tenha a autoridade, mesmo que êle ·não
possa ser visto por um olho mortal, seus t rabalhos são distinguidos na vida e na conduta do
recebedor digno.
J oão Batista sabia que o dom do Espírito Santo podia sómente ser recebido atra"Yés da
ação de um comissionado para transmití-lo:
"E prégava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, ao
qual não sou digno de, abaixando-me, de3atar a correia das suas alparcas.
Eu, em- verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com
o Espírito Santo." (Marcos I: 7-8) .
Se o Espírito Santo descesse sôbre os homens a vontade, qual seria a necessidade de Jesus
seguir João, batisando com o Espírito Santo?
A M I SSAO DO ESPIRITO SANTO 57
P aulo entendeu que o Espírito Santo foi conferido pela imposição das mãos:
"E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por
todas as regiões superiores, chegou a E pheso e, ach;;n do alí alguns discípulos, dis-
se-lhes : Recebestes vós já o Espírito Santo quando crêstes' E eles d isseram-lhe:
Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No
batismo de J oão.
Mas Paulo disse: Certamente João b;:·tizou com o batismo do arrependi-
mento, dizendo ao povo que crêssc no que após ele havia de vir, isto é, em J e~
sus Cristo.
F. os que ouv1ram foram batizado<; em nome do Senhor Jesus.
E, impondo-lhe Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e fa lavam
linguas, e profetizav;;m ." (Atos 19: 1-6).
I sto mostra que Pedro c João em Samaria e Paulo em Efeso estavam em perfeito acôr-
do que o Espírito Santo devia ser d:~do pela imposição das mãos. Paulo deu mai;; ênfase a
esta ordenança :
"Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até á
perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mor-
tas e de fé em Deus.
E a doutrina dos batismos, P da imt>osiçtio das mãos, e da ressurreição dos
mortos, e do juizo eterno." ( l lebreos 6: 1-2).
Está visto que este fundamento está de pleno acôrdo com o Ev;;:ngelho restaurado neste5
últimos dias e com os ensinamentos dos Apóstolos antigos. Como então pode haver alguma
per gunta? Os apóstolos fo ram ensinados pelo próprio Salvador, c não podia haver nenhuma
má interpretação. Vá rios dêles foram envi«dos de volta à Terra nesta dispensação pelo Senhor
para restabelecer os mesmos princípios, a mesma fu ndação, e o mesmo Evangelho de Jesus
Cristo nestes ú ltimos dias, através do profeta J oseph Smith. Como então é possível omitir
tão importante parte da fundação do Evangelho de Cristo e ainda· se justificar em dizer que
tem seu Evangelho? Que aconteceria a um edi fi cio se de um lado fosse tirado seu alicerce?
Os apóstolos sabiam certamente, que h::weriam a\jUeles que viriam entre o povo ensinando seus
próprios pensamentos e trocando as doutrinas que êles haviam ensinado. O povo estava pre-
venido contra tais falsos mestres:
"Todo aquele que preva·rica, e não perseven na doutrina de Cristo, não tem
a Deus: quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao
Filho.
Se alguem vem ter convosco, e não traz e.;ta doutrina, não o recebais em
casa, nem tampouco o saudeis." ( l T João :9- 10).
T endo considerado o princípio da imposição elas mãos pelo dom do Espírito Santo, agora
nos parece propício que devemos considerar o dom em funções do Espírito Santo:
"Se me amardes, guardareis os meu; mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos d:lrá outro Consolador, para que fique con-
vosco para sempre;
O Espírito de venlade, qnc o mundo não pode receber, porque não o vê nem
o conhece: mas vós o conheceis, porque hab:ra con,·osco, e esta rá em vós.
Mas aquele Consolador, o E spírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as cois<.'S, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito." (João 14 : 1-5-17, 26).
"Todavia digo-vos a verdade, que vos convem que eu vá ; porque, se cu não
fô r o Consolador não virá a vós; mas, se eu fôr, enviar-vo-lo-ei.
' Ainda tenho muito que vos dizer, mas ,-ós não o podeis suportar agora.
58 UMA OBRA MARAVI LHOSA
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a
verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que ha de vir.
Ele me glor ificará, porque h a de receber do que é meu, e vo-lo ha de anun-
ciar." (João 16:7, 12- 14) .
A lgumas verdades que nós podemos aprender destas explica·ções dadas pelo Senhor :
I . Que l?.le, o Pai, e o Espírito Santo são três pessoas distintas, e que suas unidades re-
ferida> nas escrituras são sómente unidades de propósito e desej o, senão porque devia Jesus
orar a Seu Pai e prometer que o Pai envi;~:ria outro confortador. Não podia ter outro a menos
que já tivesse um. Jesus é um dos consoladores, e naturalmente êle não oraria à êle próprio,
pedindo que êle (êle próprio) enviasse-lhe um outro consolador."
2 . Que o Espírito Santo é uma personagem masculina. ote quão frequentemente Jesus
refere ao E spírito Santo como "êle", n;-, citação acim:1. l?.le é um personagem espiritual mas-
culino como foi J esus antes de nascer da Virgem Maria. Note a própria explicação de Jesus:
"Eu glor ifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me déste a faze r .
E <:gora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela gloria que
tinha contigo antes que o mundo existisse." (João 17: 4-5).
"Antes do mundo ser" Jesus estava com o Pai e participou de sua glória. Mas êle era
um personagem espiritual até nascer neste mundo. E foi enquanto Jesus teve um corpo espi-
ritual que êle criou esta terra sob a direção de seu pai. (Ver João I : 1- 14).
Da mesma forma, o Espírito Santo em seu corpo espiritual tem sua tarefa e responsa-
bilidade como terceira pessoa da Trindade, cuja tarefa é de ser um confortador . Enquanto
J esus não explica porque t:le e o E>pírito Santo não podem permanecer e servir juntO'i na
Ter ra, não obstante ~le deixa êste fa to claro:
"Toda via digo-vos a verdade, que vos convem que eu vá ; porque, se eu não
fôr, o Consolado r não virá a vós; mas, se eu fõr, envi3r-vo-lo-ei. " (João 16: 7) .
Quando foi mostrado a 1\ e fi, pelo Espír ito do Senhor, o sonho que seu pai havia tido,
Nefi perguntou-lhe a interpretação disto:
"Aconteceu, pois, que tendo visto a árvore, eu disse ao Espírito : Vejo que
me haveis mostrado "' árvore que é mais preciosa do que tôdas as árvores.
Perguntou-me então : Que desejas tu?
Disse-Lhe, pois : De~ejo saber a interpretação do que vi. - Falei-Lhe
como se falasse a outro homem, pois que O via sob a forma de um homem; sabia,
não obstante, que era o Espírito do Senhor e êle falou-me como um homem que
fa la a outro homem." ( I Nefi, l i : 9- 11) .
3. A terceira importante verdade que nós aprendtmos é : Que o dom do Espírito Santo
não vem ao Mundo mas sómente àquêles a quem tem s ido conferido pela imposição das mãos
por aquêles ordenados para esta autoridade: (Ver "Ministrações limita-das do E spírito Santo
sem a imposição das mãos", neste c!lpitulo).
"E eu rogarei ao Pai, e el'e vos dará outro Consolador, para que fique con-
vosco pa ra sempre.
O E spírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece : nns vó; o conheceis, porque habita convosco, e estará ein vós."
(João 14: 16-17 ) .
4 . Ainda uma outra grande verdade que aprendemos é que a recepção do E spírito Santo
capacita uma pessoa a entender as verdades do espírito:
"Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos gu i ~rá em t<?da a ver-
dade; porque não fal<:rá de si mesmo, mas dirá tudo o que ta ver ouv1do, e vos
anunciará o que ha de vir.
E le me glorificará, porque ha de receber do que é meu, e vo-lo ha de anun-
ciar." (João 16: 12-14).
A MISSAO DO rSPiRITO SAl:\TO 59
Desde que o Espírito Santo é um personagem espiritual em forma de homem (Ver 1 Nefi
li : li ) e por isso limitado em sua personagem em espaço limitado, temos sempre a pergunta:
Como pode êle ser um consolador de todos que têm recebido a imposição das mãos para o dom
do Espírito Santo, espa lhados como êles estão, entre todas as nações do mundo?
A seguinte passagem pode aj udá-lo a explicar como pode ser isto possível : O sol está a
milha·rcs de milhas de distância da Terra; é um corpo de específica dimensão; ainda, pela ma-
nhã quando brilha através de nossas janela·s, nós dizemos, o sol está em nosso quarto. Uma
semelhante explicação pode também ser feita por uma pessoa que está a milhares de milhas
de distância. Entret::rnto, é evidente que nenhum e nem outro é cor reto, pois o sol está a milhões
de milhas de distânci::r. Sómente a influência dos raios solares é que está em nosso quarto.
Não parece consistente assumir tudo que Deus tem enviado, não há dúvida de quão ma-
ravilhoso pode igualar em poder ou influência do próprio Criador. P orque, então, há dificul-
dades em entender que o recebimento d;r influência e o poder espiritual, e mesmo informações,
tal como Jesus prometeu que o Espírito Santo, ou Consolador, deveria dar, pode emanar dêle
e ser recebido por nús, mesmo que êle, em pessoa, esteja bem longe de nós?
O rádio de nossa éra pode ajudá-los a entender este fenómeno. A vóz de uma pessoa indo
através do ar pode circund;rr o globo num segundo através do poder que Deus criou.
Então quais podem ser a s possibilidades do trabalho ou ministração do Espírito Santo,
ação de Deus para comunicação entre aquêles que não estão fora do mundo, mas para quem a
promessa do Espírito Santo é dada por um que tenha autoridade de D eus?
"Mas aquele Consol;;dor, o Espí rito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho
dito." (João 14 : 29) .
.. . ele te>Lificará de mim. (João 15: 26) .
. . . ele vos guiará em toda a verdade . . . e vos anunciará o que ha de vir .
. . . ha de receber do que é meu, e vo-lo ha de anuncia r. (João 16: 13- 14) .
. . . convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juizo. (João 16 :8)
Porque na mesma hora vos ensinará o E spírito Santo o que vos convenha
falar. (Lucas 12 : 12 ).
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que ha de vir sobre vós; e ser-
me-eis testemunhas, ta·nto em J erusalem como em toda a judea e Samaria, e até
aos confins da terra. (Atos I :8) .
. . . o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
(I Cor. 2: lO) .
. . . a ssim também ningucm sahe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus. (l Cor. 2: 11 ).
O mesmo Espírito testiíica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
(Rom. 8: 16).
Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignida-
de, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gal. 5 :22) .
E estes s inais segui rão aos que crêrem: Em meu nome expulsarão os de-
manias; falarão novas liuguas;
P regarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa morti fera, não lhes f <dá
dano a lgum ; e porão a · mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Marcos 16 : 17- 18).
O ra há diversidade de don's, mas o Espírito é o mesmo.
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que fór util.
Porque a um pelo Espí rito é dada a palavra de sabedoria; e a outro, pelo
mesmo Espírito, a palavra dao ciencia;
E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé ; e a outro, pelo mesmo Espírito, os
dons de curar;
E a outro a operação de maravilha e a outro a profecia; e a outro o dom
de discernir os espíritos ; e a outro a variedade de línguas; e a out ro a inter-
pretação d::rs línguas.
60 UMA OBRA MARA V TLHOSA
D as revelações dadas pelo Senhor a J oseph Smith e O liver Cowdery nesta· dispensação, /""
e das narrações dadas nas escrituras, é evidente que o dom do Espí rito Santo é conferido
sómente pela imposição das mãos por aquêles que têm a · divina autoridaue de D eus. Isto, entre-
ta nto, deve ser entendido que o E spírito Santo· é o· meio através do qual D eus e seu fi lho J esus
Cristo, comunicam-se com o homem na super fície da terra, a menos que a mensagem seja
su ficientemente importante para justificar a ida dos mensagei ros dos céus ou por visitas pes-
soais, como foi o caso em certas experiências de J oseph Smith. Por isso a 1' promessa de
Moroni refere-se a todos os homens, que o L ivro de Mormon vir ia, que poder iam perguntar a
Deus, o P ai Eterno, em nome de J esus Cristo, perguntando com um coração si ncero, tendo fé
em Cristo, que êle manifestaria a verdade d isto a· êles pelo poder do Espír ito Santo. D este
modo o E spírito Santo ilumina ria suas mentes, da ria a êlcs o saber da verdade quando êles
ti vessem fé em Cristo, e procurassem sincer amente aceita·r e obedecer a verdade. Entretanto,
não há promessa que o Espírito Sa'nto permanecer ia como um consolador e companhei ro dêles
tal como êles eram, exceto se aceitassem a verdade e obedecessem a seus mandamentos.
·o sermão da Montanha, J esus disse:
"Bemaventurados os que teem fome e sêde de justiça, porque eles serão
fartos". ( Mat. 5 :6 ).
J esus fez isto a inda mais cla ro quando visitou os N efitas no Continente · Amer icano.
" E benditos são os que padecem fome e sêde de justiça, pois êles serão
cheios do Espírito Santo." ( III Nefi 12 : 6).
Em cumprimento destas promessas, quando seus servos são enviados para ensinar a ver-
dade, o Espírito Santo dá ao homem e mulher o saber da verdade de tais ensinamentos e para
conduzi-los a aceitação disso quando em seus corações procuram enca·recidamente depois da
justiça. Por isso, no dia de P entccostc, quando a multidão escutava a pregação de P aulo sobre
Cristo e sua crucificação, foi o E spírito Santo que lhes causou "uma pontada em seus corações",
e disse a Pedro e ao resto dos Apóstolos, "Q ue farem os, varões irmãos?" ( Atos 2 : 37).
"E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de J esus Cristo, para perdão dos pecados; e rerehercis o dom do Espírito
Santo". (Atos 2: 38).
P or essa razão, enqua·nto êles estavam recebendo o Espírito Santo pa ra con vence-lo da
verdade como fo i pregado por P aulo, todavia, êles não tinham recebido o Espírito Santo como
um dom. Paulo ofereceu o E spírito Sa11to à aquêles que acreditassem, e "haviam aderido a êles,
mais ou menos 3.000 almas" que foram balizadas aquêle dia. (Ver Atos 2 : 41 ).
O Apóstolo Paulo disse:
"Como pois envocarão aquele em quem não creram? e como crerão na!tuele
de quem nã o ouviram? e como ouvirão, se não há quem prégue?
E como prégarão, se não· forem enviados? como está escr ito : Quão for-
mosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas !
D e sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. ( Rom. lO :
14- 15, 17 ).
O que é que faz os homens ter fé quando êles estão procurando a justiça e quando escutam
a palavra de D eus dáqueles que são enviados por t le? São as impressões do Espír ito Santo.
T odos os Elderes na Ig reja sabem como êles oram para• o Espírito Santo para f icar sobre
aquêles a quem ê les pregam a pa lavra de Deus em seus trabalhos missionários para que êles
tenham fé em acreditar e arrependerem-se de seus pecados ; pa'!'a que possam ser batizados
para a remissão de seus pecados e receber o dom do Espírito Santo.
A MTSSAO D O E SP í RITO SANT O 61
Nós até agora temos considerado a missão e trabalho do Espírito Santo como a terceira
per sona·gem da T rindade. Nós dizemos que a pessoa recebe o dom do Espírito Santo sómente
através da obediência aos mandamentos do Senhor, e pela imposição das mãos por aquêles
que têm autoridade para administrar nas ordenanças do Evangelho. Jesus deixou claro que o
mundo não pode receber o Espírito Sa11to o qual êle descreve como "o espírito da verdade".
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique con-
vosco pa ra sempre;
O E spírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê
nem o conhece; mas vós o conheceis, DOrque habita convosco, e estará em· vós.
(João 14: 16-1 7).
Nós temos também considerado os limites dos trabalhos do Espírito Santo, o qual parece
ter sido confiz.do a aqueles que procuram a justiça, e onde o Senhor tem a lgumas mensagens ··.
especiais para transmitir. Em tais casos, entretanto, o Espírito Santo não vem como um dom
para permanecer com cada um ind ividualmente, como é o caso quando um recebe o dom do
Espírito Santo pela imposição d<IIS mãos.'
· A pergunta pode ser feita: Não tem o Senhor nem um modo pa1·a inspirar e dirigir
aqueles que não estão intitulados a receber o dom do E spí rito Santo? Nós responderíamos,
Sim, O Senhor tem muitos meios de o fazer. Nas palavras do Apóstolo João:
"No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, c o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi fetto se fez.
N'ele estava a vida, e a vida ~ra a ith: dos ho·m.ens.
62 UMA OBRA MARAVILHOSA
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L uz essa que provém da presença ele Deus para encher a imensidade elo
espaço.
A luz que está em t udo, e dá vida a t udo, que é a lei pela qua l tôdw; as
coisas são governadas ; sim, o poder de Deus, que se assenta sôbrc o Seu trono c
está no seio da eternidade e no meio de tôdas as coisas." ( D. & C. 88 :6- 13) .
Em co:tsideração aos ensinamentos de ~eu pai Mormon, o profeta Moroni disse:
"Porque eis que o Espírito de Cr isto é concedido a todos os homens, para
t) UC êles poss<.m conhecer o que é bom e o que é mau ; portanto, cu vos ens' no
o modo ele julgar ; poi>, tudo quanto incita à prática do bem, c persu:·.de da crença
em Cristo, é enviado pelo poder e dom de Cristo ; por conseguinte, podeis perfei-
tamente saber que é de Deus." ( Moroni 7 : 16).
"É pelo poder de Deus que tôdas as coisas sã o fe'tas c que já foram f eita~ .
É pelo poder de Cristo que todas as coisas são govcm aclas e conservadas nos lu-
gares que são goverttaclas e ma ntidas no univer w . É o poder que procede ele pre-
sença do Filho ele Deus durante todos os seus t rabalhos, aquela luz doada, ener-
gia, entendimentos, conhecimentos e um grau de inteligencia à todos os fil hos dos
hom ens, est r itamente de acordo com as palavras no liv ro de ] ob " Ta verdade,
há um espírito no homem, e a inspiração do Todo- poderoso os faz entendidos".
É esta inspiração de Deus, continuando através de todas as suas criações, que ilu-
mina os f ilhos dos homens; e não é n;;·da mais nem menos que o espírito de
C risto, 11ue ilumina a mente, que inspira o enlendin0ento e que estimula os filhos
dos homens a fazer o que é bom e esquiva-se elo que é mau; o qual vivi fie<) a
consciência do homem e dá à êle inteligência para escolher ent re o bem e o mal,
luz e escuridão, certo e errado.
Mas o Espírito Santo, quem testif ica o Pa'i e o Filho, quem tira das coisas
·do Pai para mostrar aos homens, quem testi fica ] esus Cristo, e o eterno D eus,
o Pai de J esus Cristo e qu.em dá testemunho da verdade - este Espír ito, esta In-
teligência, não são dadas aos homens até que êles se arrependam de seus peca-
dos e atinjam um .estado digno perante o Senhor. Então êles recebem o dom do
Espírito Santo pela imposição das mãos daqueles que· são autorizados por Deus
para dat' stí~s bençãos aos filhos dos homens. O Espír ito falado, do qual tenho
lido é aquele Espírito que não cessa de esforçar-se com os filhos elos homens até
que êles tenham posse da grande luz e intcligênci;;·. Embora o homem venha co-
. meter toda espécie de pecado.s e blasf~mias, se êlc não tem ainda recebido .o tes-
temunho do E spírito Santo, êle poderá ser l)erdoado pelo ar repeudimento de seus
pecados, hum ilhando-se perante o Senhor e obedecendo sinceramente os mandamen-
tos de Deus. Como está escrito, "Toda a alm;;· que renunciar aos seus pecados .e
vier a Mim e clamar ao Meu nome, e obedecer à M inha Voz, e guardar os Meus
mandamentos, verá a M inha face e saberá quem Eu sou" . Ele deverá ser perdoa-
do, e receberá a g rande luz; êle fa rá um solene convênio com D eus, dentro de
um pacto com o Altissimo, r.-través do Seu Filho U n:genito, pelo qual êle se torna
um filho ele Deus, herdeiro de Deus, e herdeiro juntamente com Jesus Cristo.
E ntão, se êle pecar contra a luz e coÚhecimento que tem recebido, a luz que estava
com êle torna1·ose-á escu ra, e oh, quão grande será aquela escuridão! Depois,
e não até então, cessará o espírito de C risto que ilumina todo homem que vem
ao mundo, de esfor çar-se com êle, e êle será deixado par a sua· própria destruição.
64 UMA O BRA MAR AVIL HOSA
Nefi viu o es.pírito de Deus perma11eccr sobre um homem que nós chamamos de Colombo
e o conduziu para esta terra:
"E, olhando, vi um homem entre os gentios que estava separado da semen-
te de meus irmãos por muitas águas e vi que o Espírito de Deus desceu e obrou
·~ób r e êsse homem ; e saindo êsse homem sóbr e os mares, atravessou as águas e
chegou até a semente de meus irmãos que estavam na terra prometida". ( I Ne-
fi 13: 12).
Colombo não t inha recebido a imposição das mãos pelo dom do Espírito Santo, mas o
tempo tinha vindo, como viu Ncfi 2000 anos antes, quando esta terra, que Deus tinha escon-
dido das vistas das outras nações, (Ver li Nefi I : 8), podia ser prepa-rada para reçeber a
re, tauração do evangelho de J esus Cristo.
Tão importante missão poderia ter especiais inspirações do Senhor, como Nefi afirma
que êle "viu o Espírito de Deus, que veio e obrou sobre o homem". Presidente ]D'seph F . Smith,
como nós temos aqui indicado, afi rma aqueles termos: "Espírito de Deus e o E spírito Santo
são ·usados frcqlj~ntemente como sinonimos." Entretanto, pode. ter sido o Espírito de Deus
ou o Espírito Sapto 'cjue "obrou sobre o homem." : .· -'
N e f i tambéttJ viu cJ Espírito de Deus mover sôbre outros do mesmo modo:
"E aconteceu que· vi o E spírito de Deus obrar sóbre outros gentios e êles
saíram do cativeiro at ravessando os mares." (I Nefi 13: 13).
I sto, não há duvida, inclui os puritanos ingleses e outros que primeiro habitaram esta
terra. Estes foram grandes acontecimentos . no desenvolvimento dos pla110s de Deus com res-
peito a D~spensação da Plenitude dos Tempos ou dispensão do Evangelho dos U ltimas Dias,
o qual é plenamente justi ficado com o envio do Espírito de Deus a agir ·wbre as mentes e
corações dos homens para trazer o ·p roposito do Todo Poderoso. Tais coisas tem sido divul-
gadas através das éras para assist ir a realização de seus propósitos.
Não há dúvida que os re formadores e aquêles que dariam-nos o E~pírito da Bíblia, foram
também inspir ados na preparação para a restauração do Evangelho.
O conhecimento de todas estas coisa·,, como o leitor pode r10t~·r, não vem sómente atra-
vés da leitura da Bíblia, mas através de revelações do Senho:r .nestes Ultimas Dias. Nós usa-
mos a Bíblia para mostrar que estes ensinament9s são ·complftos de acordo com ela.
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Esta é a casa de 'nosso Pai Celestial. Quando aqui estou, tentarei estar
quieto e pensar sôbre Ele.
ESCOLA DOMINICAL
Aconteceu que no começo do primeiro ano E aconteceu que éle pa rtiu para o deserto,
do reinado de Zedequias, rei de Judá (tendo deixando sua casa, a terra herdada, seu ouro,
L ehi, meu pai, morado toda a sua vida em Je- sua prata e suas cois<>:3 preciosas, não tendo le-
rusalém), apareceram muitos pro fetas, que anun- vado consigo nada, além de sua família, manti-
ciaram ao povo que devia arrepender-se, pois, mentos e barracas.
do contrário, a cid~'Cle de ] er usalém ser :a des- Aconteceu que, tendo viajado pela espaço de
truída . três dias no deser to, montou sua· tenda· em um
Meu pai, Lehi. saiu, portanto, e se dirigiu vale, à margem de um rio.
ao Senhor, implorando de todo o seu coração a E a li levantou um a;tar de pedras e. tez suas
favor de seu povo. ( 1 N ephi 1 : 4-5). oferendas ao Senhor, rendendo graças ao Se-
E o Senhor mandou a meu pai, ainda num nhor, nosso Deus. ( 1 Nephi2: 2-7).
sonho. que partisse com a famíli a para o de- E aconteceu que durante a noite a ,-oz do Se-
serto . nhor falou a meu pai, e lhe ordenou que no dia
.E aconteceu que êle obedeceu à palavra do ; cguinte prosseguisse na sua viagem pelo deserto.
Senhor, e fêz, portanto, o que o Senhor lhe ha- E ~aconteceu que meu pai tendo-se le,·ant<cdo
via m<lndado. de manhã e na saída da tenda, notou com gran-
52 A LIAHONA
de espanto que havia no chão uma esfera· de Ia- Lia·hona, que é, por interpretação, uma búswla
tão que era trabalhada de maneira curiosa. E no preparada pelo Senhor.
seu interior havia duas agulhas, uma das quais E eis que ninguém poderia trab1lha r segun-
nos indicav;;· o caminho a seguir no deserto. do a maneira de tão curioso a rtífice. E eis que
E seguimos a direção indicada pela esfera, foi preparada para mostrar a nossos pais o ca-
que nos levou aos lugares mais fér teis do de- minho que êles dever iam seguir no deserto.
~ erto .
Pois, como nossos pa·is foram desleixados
E âcontcccu que eu, Néfi, tendo olhado os
em atender a esta bússola (então estas coisas
ponteiros que estavam na esfera, vi que êles se
fo ram temporais) êles não prosperaram ; o mes-
moviam con forme a fé, a di ligência c a ;:tenção
mo se dá com as coisas espirituais.
que lhe dáv<.mos.
E eis que é tão fáci l atender à palavra de
E também sóbre êstes ponteiros havia uma
Cristo, que te aponta rá o caminho direto à eter-
escrita nova, e que era fácil de ler, e que nos
na felicida-de, como foi para nossos pa is dar
dava a conhecer os caminhos do Senhor; c essa
escrita se mudava de tempos em tempos, de acôr- atenção a esta búswla, que lhes apontaria o
do com a f é e a a tenção que lhe dávamo>. E caminho para a ter ra prometida.
assim vimos que por meio de pequena·s coisas Assim como de forma tão segura trouxe esta
pode o Senhor real izar grandes coisas. ( 1 Neíi diretriz nossos pais à terra prometida, por te-
16: 9-29) . rem seguido sua indica-ção, não nos levarão a~
E agora, meu filho, tendo a lgo a dizer-te a pala v r as de Cristo, se a elas obedecermos, longe
respeito do que nossos pais chamam unn bola, dêste vale de amarguras, para uma terra ele pro-
ou guia - ou como nossos pais a chamavam, missão muito melhor? (Alma 37 : 38-45).
A. M. M.
·----·-- -- - -- - - - - - - - -- - - - - -
MaTço de 1955 53
busca de divertimentos dignos. Deseja-ria nunca certo tempo sóbre uma fraqueza ou v1c1o, com
ser tão tolo para trocar uma vida e uma eter- o fim de melhorarmos, e continuarmos com a
nidade de paz e respeito próprio, por alguns firme determinação de nos control:umos, dentro
momentos de "prazer" ilícito e duvidoso. de um mês, mais ou menos, teremos a evidência
Gua rdaria um m:nuto de ITCU tempo, cada da vitória fin a l. O Presidente Brigham Y oung
dia, devotado a mim mesmo, em uma experiên- nos aconselha sàbiamente como devemos domi-
cia SQ_sseg<.-da de devaneio, meditação, ov de lei- nar o nosso temperamento :
tura de bons livros. Leria algo de boa literatu- "Não há uma pessoa no mundo que não pos-
ra. T omaria de um globo ou uma sér ie de mapas sa dominar -se, se, para consegui-lo, se es forçar
para travar conhecimento com os lugares e po- bast;;11te". Quando você notar que uma paixão
vos, citados em jomais, revistas e. livros de aven- quer dominá-lo, afaste-se para algum lugar onde
tura~. Estudaria a geograf ia dês te diminuto mun- não possa ser incomodado. Xão deixe ninguém
do em que vive - e aprenderia que meu mundo vê-lo nem ouvi-lo, enquanto esti\·er dominado
é povoado com sêres, como eu, em sua natur eza pela paixão, porém, esforce-se para que êsse
primitiva. Assim evitar ia esta mente fechada e sentimento o abandone, e o re para que você te-
prej udicial, e só então estaria pronto para apren - nha fôrça sôbre êle. Se YOCê ti ver poder bas -
der a realmente am<:r meu semelhante, como meu tante para conseguir dominar seus pens<!mentos
Pai deseja. e palavras num momento de ira, então você co-
meçar á a saber julgar perfeita e corretamente.
Isto, porque \·ocê já é senho r dos seus pensa-
SOCIEDADE mentos e reflexões.
DE SOCORRO Na Igrei<~ há numeros:1s opor tunidade> que
se nos o ferec e para amarmos uns aos outros c a
maior dessas oportunidades nós aceit;;m os e esta
é a nossa capacidade de amor . "A ssim, como
Jóias do Livro de ama mos, servimos, e nosso am or será grande-
Mormon mente aumentado pela maneira como am;~mos e
servimos". Com o espírito do amor nós podemos
verdadeiramente ensinar a palana de Deus a os
Lição 30: " ... E agora, como come-
çastes a ensinar a palavra, do mesmo mo- nossos semelhantes.
do desejo que cmztimtes a pregar . .. sé
i11trépido, mas não despótico, e fa:;e tam-
bém com que l1tas paixões sejam domÍ1w-
GENEALOGIA
das, e qtt/te ~nchas de termu·a .. . " (Al-
ma 38: 10, 12).
Seu Nascimento
Alma, nesta passagem, aconselhou á seu filho
concernente à sua conduta com relação ao ensi- e Origem
no aproveitado do evangelho de Cristo. T odos
nós somos professóres ou pregadores, direta ou Para seu Pai 110 céu seu nasc imento 11<~ mo rta-
indiretamente, pela vida que levamos e o exem- . lidade fo i uma ocasião de g rande j ~1bi l o. Como
plo q ue damos a os outros. I sto, disse Alma, pode sua prole espi ritual e sob sua divina tutela yocê
ser aplicado a cada um de nós. Ao mostr a r aos tem crescido e desenvolvido, talvez por gerações,
outros o melhor caminho da vida, devemos ser numa atmosfera celestia l, e se tem prO\·ado \'a-
corajosos para defender a doutrina que prega- lente e verd<::!eiro. Você aspi rava pela oportu-
mos, porém, não devemos cheg-.1r a-o ponto de nidade da vida terrestre, porque er a :l ínúa
sermos arrogantes ou ditatoria is. O amor deve passagem que o podia conduzir à Yida e fdi-
encher plenamente o nosso ·coração. cidade eternas. Seu P a i <1mado deu a \·ocê uma
Como podemos dom inar nossas pa ixões como linhagem escolhida a través o povo escolhido de
Alma nos aconselhou Se _concentra rmo-nos um (Continua na pág. seguinte)
A LIAHONA
I srael, os líderes espirit uais escolhidos da raça mãe e a seu pai. Você veio a êles como um
dos homens. Os homens e as mulheres nobres, presente do céu, através do milagre da vida, de
através dos quais você teve o privilégio de vir, seu próprio s;o,,gue e linhagem, filho ele sua
pela bondade, sacrifícios e fidelidade de suas santificada união em associação com Deus. Atra-
vidas, ganharam as bênçãos para a posteridade, vés de todos os dia·s indefesos da infância. du-
através de um inquebrável convênio com o Se- rante a doença e a imaturidade, entre suas ten-
nhor. O Pai, amando-o com um perfeito e com- tações e contratempos êles cuidaram de você,
preendido amor, o enviou assim altamente favo-
protegeram-no e gui<tram-no. ~ les o amam como
·recido, para provar a você mesmo entre as ten-
tações e provações da vida, para ganlnr as ne- seu próprio filho mas sabem também que você
cessár ias cxpcriênci"·s e pela obediência para é um fil ho de Deus confiado à sua guarda, Seu
qualificá-lo a maiores e imensuráYeis bêncão< nascimento e a associação v ita lícia resultante,
no f uturo. ~le exultou e \"OCê também co~ ~ estabeleceu uma afetuosa relação que deverá, sob
oportunidade do nascimento. salva·guardas próprias, continuar para sempre em
O seu nascimento troux e doce a leg ria a sua crescente beleza.
a a a a a r S a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a •• • •••••••••••• • I • • • •• • •••• •• • • ••• •• • • ••• I
COMO DEVEMOS GUA RDAR . . . fe itos no sábado, aos quais êles objeta-
êles formaram muitas regras tolas e sem ram, d izendo que haviam seis dias para
sentido , as qua is inclu íram todas as ho- cu ra r os doe ntes e que não deviam ser
ras do dia. D evg ter sido difíci l pa ra fe itos no sábado. Em respos ta a esta
lembrar todas elas. Jesus não fez caso acusação dos Judeus, Jesús deu-nos uma
das mesmas, dizendo : "O sábado foi norma real do sábado - o que deve-
feito por causa do homem, e não o ho- mos, e o que não deve mos fazer.
mem por causa do sábado. Assim o Fi- Jesús estava numa sinagoga no sá-
lho do homem a té do sábad o é Senh or." bado. T am bém, os críticos Judeus esta-
Certamente Jes ús é Senhor do sába- va m presentes pron tos para O condenar
do - t:: Je o insti tuiu; t:: Je fo rmu lou a lei po r qualquer coisa que fizésse ou disses-
e a deu à Moisés. Imagine Je sús concor- se. Jesús, co nh ecendo os seus pensamen-
dando a regras co mo estas: tos, o lhou para o povo reunido. No meio
"Um Judeu que está viajando quan- de le, havia um homem que tinha a mão
d o o sol se põe (o sábado dos Judeus direita mirrada. Os Judeus quiseram ver
começa ao pôr do sol) te m que dar seu se Jes ús o curaria. " Levanta- te, e fica
fa rdo à um ge ntio para o leva r. Se não em pé" , disse Jesús. "E, levantando-se
houver um gentio com êle, tem q ue colo- êle , fico u em pé" . Então disse Jesús à
cá-lo no seu burro. Lógo que cheaar a êles (os críticos), "Uma coisa vos hei
primeira casa, ou vila, êle remove~á as de perg untar: É lícito nos sábados fa-
co isas qu e podem ser removidas no sá- zer bem, ou fa zer mal? Salvar a vida, ou
ba do; e quanto as coisas que não pude- ma tar ?" E olhando para todos em re-
rem ~>er removidas, êle solta as cordas dor, disse ao homem, "Estend e a tua
deixéndo-a s cair por si mesmo." · mão. E ê le assim o fez e a mão lhe fo i
restituída sã co mo a outra." ·
"Se um a ni ma l entrar numa casa e
Muitas vêzes as pessoas pergu nta m,
u•n homem fec ha r a porta atrás dêle
€le se rá culpad o ; se dois homens fecha~
"Quais são · as coisas que podemos .fa-
zer no sábado? Ir a praia? Aos jogos de
rem a porta atrás dêle, ê les não serão
futebol ? ·
culpados."
É verdade que as crian cinhas ad mi-
P orc;ue j esús não fez caso de s uas
tradições sem se ntido, os Judeus E'sta- ram porqu e elas não podem brincar as-
vam sem pre prontos para O co ndena r. sistir o cinema, e tomar parte nos o~tros
Muitos de Seus maiores milag res fo ram (Continua na página 58)
M a·rço de 1955 55
1!/drr Benrr/1 Ostlcr, Irmã Clara Camaruu,
Irmão João Camaruo, lo/der .laJIICS Pa/mcr.
M<l!rço de 1955 57
Con ferência dos Presidentes dos Dis-
tritos - que realizou-se no d ia 2 4 de
Janeiro último, para discutirem os
problemas inherentes ao seu trabalho.
A cima - Ju ntos com os presidentes dos d istritos r a P rrsidbt cia da Missão stio .os diriqentrs
d os-vários serv iços da m issão. Da esquerda para: a direita : B len D. c) tolur, S ecrrtário da .'vii.wi o:
f hmglas C. Jo /m son, J)iretor de "A Liahona" ; D ou R. Cal/ J) t'strito dr Cu ri t il~•l; (;a rv TI".
1-la/1, Distrito de Camp inas ; Gordo11 B. Taylor, JJ istrito dr .{ lio Pa·ulo : David 1:.' R ichm:dson,
Diretor dos A uxiliares: L m••rence f . Darton, Comissário da J1isslio; B laitte •JJ. ll'ebb, Distrito
de Baurzí ; M erri/1 F. Frost, Presidente A soe/ T. Sorntsrn, e Urban W . H m ,•s, Prrsidhtci.a da
M ixsfio ; JJeh(•Orth K. }' 0 1111[1, f) istrito dr Pôr to A legrr.
58 A LIAHONA
Lição para os mestres visitantes do Ramo
Lição 4 Abril ·de 1955
A~tigo 3: "Cre mos que pelo sacrifício de Cristo toda a humanidade po-
derá ser salva, pela obediencia às leis e ordenanças do evan-
gelho".
. A Expiação
Por intermedio da quéda de Adão e Eva assegurou-se a possibili-
dade da condição de vida mo rtal sobre seus descendentes. Portanto, to-
dos os seres nascidos de pais terrestres estão sujeitos à morte física, e a
sua ex pulsão da presença de Deus fo i em s ua natureza, uma morte espi-
ritual.
Cristo foi escolhido antes que se lançasse o alicerce desta terra, para
servir de p ropiciador por causa da quéda. "Pois, como em Adão todos
morrem, em Cristo seremos todos vivificados." ( I Coríntios 15: 22).
Nas paginas 148 e 149 do livro Mediação e Expiação, de John Tay-
lor, encontra-se o seguin te: "De alguma forma misteriosa e incomp reeil~
sivel Jesus ass umi u a responsabilidade que naturalmente recairia so bre
Adão, a qua l, porem poderia ser obtida através da Sua mediação, acei-
ta ndo sobre Si, suas tris tezas· e assumindo suas responsabilidades e acei-
tando suas transgressões ou pecados. De uma maneira incompreens ível
Ele s uportou o peso dos pecados de todo o mundo , não somente por Adão
- i mas por toda sua posteridade; e ao faze r isso, não sómente abriu o reino
I dos céus aos crentes e a todos que obedecem à lei de Deus, mas tambem
a mais da metade da raça humana que morrerá antes de chegar à matu-
ridade, assim como ao hereje que, tendo morrido sem a lei, pela media-
ção poderá ressuscitar sem a lei, e será julgado sem a lei, participando
assim, pela s ua capacidade, obras e merecimento das bençãos da Sua
expiação".
As escrituras são cla ras ao declarar que Cristo veio à terra para
fazer um trabalho préviamente designado. Ele viveu, sofreu e morreu· de
acordo com o p lano que havia sido concebido em retid ão a ntes que exis-
tisse o mundo ou a ntes que o homem aparecesse na sua superfície para .·
a redenção dos filhos de Adão. Ouçam estas palavras ditas por intermé-
dio de um profeta moderno: "Eu sou Jesus Cristo, o fi lho de Deus que
foi cru cificado pelos pecados do m4ndo, e, tantos quantos ouvirem e
acreditarem em meu nome, poderão torna r-se fi lhos de Deus, e ser co-
migo, como sou um com o Pai, e o Pai e eu somos um. " ( D . & C. 35:2).
M<rrço de 1955 59