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SSN 2179-7374 ISSN 2179-7374

Ano 2015 - V.19 – N0. 03

A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO CAMPO ACADÊMICO DO DESIGN DE


SUPERFÍCIE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

THE HISTORICAL TRAJECTORY OF THE ACADEMIC FIELD OF THESURFACE


DESIGN IN RIO GRANDE DO SUL STATE

Mônica Heydrich 1
André Luis Marques da Silveira 2
Tatiana Laschuk 3
Carla Giuliano Pantoja4

Resumo
O presente artigo relata uma pesquisa acerca da história do campo acadêmico do Design
de Superfície no estado do Rio Grande do Sul. A abordagem metodológica é qualitativa,
de caráter descritivo e interpretativo, adotando-se como procedimento a pesquisa
bibliográfica. O estudo tem como objetivo identificar a trajetória acadêmica da
especialidade organizada em décadas, a partir dos anos 70. As conclusões preliminares
permitem inferir os resultados positivos da inserção do Design de Superfície,
influenciando na solidificação da especialidade como campo de conhecimento e nas
ofertas da disciplina nos cursos de Artes e Design das IES do estado em questão.
Palavras-chave: Ensino do Design; Design de Superfície; História do Design de Superfície.

Abstract
The present study is a research on the history of the academic field of the Surface
Design (SD) in Rio Grande do Sul (RGS), Brazil. The methodological approach is
qualitative with a descriptive and interpretative character and it is a bibliographic
search. The study aims to identify the academic career specialty organized into decades
from the 70s. The preliminary conclusions may lead to infer the positive results of
Surface Design insertion, which influences the solidification of SD as a field of knowledge
and offerings of discipline in Arts and Design courses in High Education Institutions the
state of RGS.
Keywords: Teaching Design; Surface Design; Surface Design history.

1 Professor Mestre, Graduação em Design - ULBRA, moni.h@terra.com.br


2 Professor Doutor, Programa de Pós-graduação em Design - UniRitter, andre_silveira@uniritter.edu.br
3 Professor Mestre, Graduação em Design - UniRitter, tlaschuk@gmail.com
4 Professor Doutor, Programa de Pós-graduação em Design - UniRitter, carla_giuliano@uniritter.edu.br
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Ano 2015 – V. 19 – No. 03

A Trajetória Histórica do Campo Acadêmico do Design de Superfície no Estado do Rio Grande do Sul

1. Introdução
Este artigo relata uma pesquisa acerca da trajetória histórica do Design de Superfície
(DS) no estado do Rio Grande do Sul (RS), focando no campo acadêmico. Ela é de caráter
descritivo e interpretativo, e adotou como procedimento metodológico a pesquisa
bibliográfica. Através do estudo, buscou-se conhecer as diferentes abordagens
científicas que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a constituição do campo
de conhecimento do DS. Para tanto, utilizou-se como principais fontes de informação os
autores: Ana Maria Albani de Carvalho, Ana Norogrando, Eduardo de Souza Xavier,
Evelise Anicet Rüthschilling, Lucy Niemeyer, Rafael Cardoso, Raquel Barcelos de Souza,
Renata Oliveira Teixeira de Freitas, Renata Rubim, além de dados das Instituições de
ensino superior da região pesquisada.
Aborda-se, no corpo do texto, o histórico da especialidade, a formação do
campo de conhecimento e a oferta de disciplinas em Instituições de Ensino Superior
(IES). Os dados levantados foram organizados por décadas, a saber: Década de 70 - as
origens do campo de conhecimento; Década de 80 - a escolha e utilização da
denominação; Década de 90 - plantando o campo de conhecimento; Anos 2000 - o
reconhecimento como especialidade do Design; e complementando, Segunda Década
dos Anos 2000 – apontando a abrangência da especialidade.
Parte-se do pressuposto que o DS está cada vez mais presente na vida das
pessoas. No passado, as superfícies eram raras e predominavam principalmente em
pinturas, tapeçarias e vitrais. Hoje, elas estão presentes, por exemplo, nas telas de
televisão, nos cartazes e nas páginas de revistas ilustradas. Segundo Flusser (2007),
alguns dos motivos para tanto, são: a possibilidade de sua aplicação em uma variedade
de meios de comunicação visuais e o desenvolvimento de novas tecnologias de
produção e comunicação. Comparando-as ao passado, as superfícies “não equivaliam
em quantidade nem em importância às superfícies que agora nos circundam. Portanto,
não era tão urgente como hoje que se entendesse o papel que desempenhavam na vida
humana” (FLUSSER, 2007, p. 102).
Hoje, por sua vez, existe um vasto campo para se refletir sobre as possibilidades
de interferências nas superfícies, principalmente aquelas intencionais no tratamento
consciente dos produtos. De acordo com Flusser (2007), a superfície é uma das formas
de fazer leitura ou interpretação do mundo. Segundo o autor, existem duas formas para
tanto, o “pensamento-em-linhas” e o “pensamento-em-superfície”.
O “pensamento-em-linhas” possui uma estrutura de interpretação
mais rígida que a estrutura sugerida pelo “pensamento em
superfície”. Nele, é necessário seguir o texto se quisermos captar sua
mensagem. Já, no “pensamento em superfície” deve-se “apreender a
imagem primeiro e depois tentar decompô-la” (FLUSSER, 2007, p.
104-105).
Nesta perspectiva, o DS pode ser pensado do ponto de vista da linguagem,
comunicação e cultura. Pressupondo-se que o produto resultante do processo de Design
interfere nos signos/significados compartilhados pelos indivíduos e adotando-se as
palavras de Braida (2009, p. 3), entende-se que o Design é “uma forma simbólica, uma
forma de comunicação e uma lente para se apreender o mundo contemporâneo, [...] o
Design pode ser compreendido como um fenômeno de linguagem”. Corroborando com
esta ideia, Niemeyer (2003) pensa o Design como um fenômeno de cultura e
comunicação, que interfere nos signos e significados compartilhados. Desta forma, a

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importância do DS dentro do campo do Design se dá através da construção desses


signos/significados, pois se o primeiro contato dos usuários com os objetos ocorre por
meio de suas superfícies, as escolhas destes objetos vão se dar a partir delas. Se o DS
não significar, o objeto poderá não causar o impacto necessário para se tornar atrativo
ou não atingir os usuários aos quais foram destinados.
Sendo assim, o DS como especialidade do Design “existe nas relações de
interface com outras áreas afins, atuando em interface com outros profissionais e com
outros objetivos projetuais” (FREITAS, 2011, p. 180). Estas inter-relações que envolvem
todas as superfícies, os mais variados tipos de objetos, substratos, estruturação,
processos, ainda em variadas áreas do Design, torna o DS de complexa conceituação.
Segundo Rüthschilling (2008), Design de Superfície é:
Uma atividade criativa e técnica que se ocupa com a criação e
desenvolvimento de qualidades estéticas, funcionais e estruturais,
projetadas especificamente para a constituição e/ou tratamentos de
superfícies, adequadas ao contexto sócio-cultural e às diferentes
necessidades e processos produtivos (RÜTHSCHILLING, 2008, p. 23).
Entretanto, para se desvendar essa complexidade e abrangência, faz-se
necessário compreender sua origem. Apresenta-se, a seguir, a trajetória história no
campo acadêmico do DS no estado do Rio Grande do Sul.

2. A Trajetória no Campo Acadêmico do DS no RS


A importância da especialidade de DS é notada tanto na área de atuação profissional
quanto no ensino do Design (RÜTHSCHILLING, 2008). Este fato pode ser evidenciado
pela oferta crescente desta matéria em cursos de extensão, disciplinas de graduação e
pós-graduações em IES, evidenciados nesta pesquisa.
Para Cardoso (2004, p. 12), “o estudo da história do design é um fenômeno
relativamente recente”. O interesse pelo assunto, de parte da comunidade acadêmica e
do mercado, cresce a partir dos anos 1990 (XAVIER; CARVALHO; RÜTHSCHILLING, 2007).
Entretanto, as publicações sobre a história do Design no cenário brasileiro ainda são
escassas. Nas pesquisas existentes, identifica-se o esforço dos pesquisadores em mapear
a história a partir de fatos, expoentes e relações que possam apontar de alguma
maneira as suas origens. Por conveniência, selecionou-se como cenário da investigação
o estado do Rio Grande do Sul. Ressalta-se que a escolha também considerou os
acontecimentos, principalmente no campo acadêmico, e expoentes da área que
contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da especialidade no âmbito nacional
e internacional. As informações coletadas foram organizadas por décadas, descrevendo-
se os principais fatos e acontecimentos que influenciaram, marcaram e definiram o
campo.

2.1. Década de 70 - As Origens do Campo de Conhecimento


Em 1976, na Universidade do Kansas (EUA), as professoras Elsa Sreenivasam e Patricia
Campbel organizaram a “1ª Conferência Nacional de Design de Superfície da
Universidade do Kansas”. O evento foi idealizado com o intuito de trocar informações
teóricas e práticas sobre o universo têxtil, que se encontrava em franco
desenvolvimento na época. Sua ótima repercussão incitou à criação em 1977 da Surface

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Design Association (SDA), associação de artistas têxteis dos EUA (RÜTHSCHILLING, 2008;
SDA, 2011).
No Brasil, neste mesmo período, na UFSM5 uma equipe de docentes pesquisava
e experimentava propostas para o ensino na área do Design têxtil. Em 1975, com o
objetivo de atender demandas da indústria têxtil, foi criado o “Curso de Estamparia para
a Indústria Têxtil”. Este curso é considerado o primeiro da área no Brasil e na América
Latina, cujas origens datam de 1971, com trabalhos em estamparia em tecido dos
docentes da Universidade. Dez (10) anos depois, em decorrência deste trabalho, é
criado o Pólo Têxtil da UFSM, “um laboratório que permite o desenvolvimento de
estampas (criação, estampagem e fixação de tecidos)” (UFSM, 2004, não paginado;
NOROGRANDO, 1998; RÜTHSCHILLING, 2008).
A SDA buscou estabelecer uma definição inicial para a especialidade,
explicitando como seu principal foco de atuação o segmento têxtil e seu vínculo com as
tradições das artes têxteis. Para esta corrente de pensamento, o DS se “refere a
qualquer processo que proporcione estrutura, padronagem ou cor a uma fibra ou
tecido. Isso inclui fiação, feltragem, papelaria, tecelagem, trabalhos com nós e criação
em rede, tingimento, pintura, costura, corte, patchwork, impressão, quilting e
embelezamento”6 (SDA, 2014, não paginado, tradução nossa). Sua relação inicial com as
artes é clara, principalmente nas relações com os processos criativos.
Desta forma, revela-se no Brasil e no exterior a origem têxtil do Design de
Superfície e sua relação com as Artes. O setor têxtil estava em efervescência, “a década
de 70 nos EUA e no exterior anunciava uma renovação nos interesses em técnicas e
materiais de artesanato para a expressão pessoal e consciência estética, fomentando
programas nesse setor nas Universidades” (SDA, 2011, não paginado, tradução nossa).
No ano de 1977, a Professora Rose Lutzenberger7, do atual Instituto de Artes -
IA/UFRGS8, “desenvolve pesquisas com um grupo de alunas [...], que consistia na criação
de estampas para empresas” (RÜTHSCHILLING, 2008, p. 93). Dentre estas alunas9 estava
Evelise Anicet Rüthschilling10. Não é por acaso que Rüthschilling (2008, p. 63) considera
o DS “herdeiro da arte”, mas, também, por tratar da criação e de possuir liberdades
necessárias para tais processos.

5Universidade Federal de Santa Maria. Instituição de Ensino Superior localizada no centro geográfico do
estado do Rio Grande do Sul/Brasil.
6Trecho do portal (website) da SDA: “Surface Design refers to any process that gives structure, pattern, or
color to fiber & fabric. These include spinning, felting, papermaking, weaving, knotting, netting, looping,
dyeing, painting, stitching, cutting, piecing, printing, quilting, & embellishing”.
7Artista
Plástica e Escultora realizou estudos nos EUA e na Alemanha, conquistando prêmios internacionais e
nacionais na área.
8Institutode Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, antigo Instituto de Belas-Artes (IBA)
situado em Porto Alegre/RS.
9Outras alunas deste grupo: Carmen Ramos Collares e Dora Helena Thomé.
10 Fundadora e Coordenadora do NDS-UFRGS (Núcleo de Design de Superfície da UFRGS), autora do
primeiro livro acadêmico específico de Design de Superfície do Brasil. Artista Plástica, Designer e Professora
na UFRGS na Graduação e Pós-graduação (Artes Visuais e Design). Pesquisas: “Design de Superfície:
integração entre Arte, Tecnologia e Indústria” – IA/UFRGS, também realiza pesquisas a partir da Empresa
Contextura, atelier onde desenvolve estudos sobre superfícies têxteis, conjugando as áreas das Artes,
Artesanato, Design, Moda e Sustentabilidade: http://www.contextura.art.br/.

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Para Xavier; Carvalho; Rüthschilling (2007, p. 2), o DS teve origem na Arte Têxtil
que se encontra, “[...] como uma das pioneiras no desenvolvimento de projetos de
produtos a serem executados pela indústria.” Ou seja, a atividade do DS já vem sendo
realizada há muito tempo, entretanto, ainda sem reconhecimento como uma atividade
independente, pois este é atual.

2.2. Década de 80 - A Escolha e Utilização da Denominação


A denominação, “Surface Design” foi introduzida no Brasil em meados da década de
1980, traduzida como “Design de Superfície”. A Designer Renata Rubim11 trouxe o termo
na volta de seus estudos sobre DS na RISD/EUA. Após, foi difundido no sul do país, pela
parceria da Designer e da Professora Evelise Anicet Rüthschilling, da UFRGS. A primeira,
no meio profissional e, a segunda, na esfera acadêmica (RÜTHSCHILLING, 2008; RUBIM,
2005).
Renata Rubim, de volta a Porto Alegre, no início de 1987, provida de
conhecimentos e novas informações da especialidade do Design e utilizando a
nomenclatura nova no Brasil, iniciou a sua divulgação. Deu sua primeira entrevista para
falar sobre suas experiências de estudos no exterior em um jornal local, em fevereiro de
1987. A reportagem intitulou-se “Design Têxtil: mercado ainda fechado para o
profissional” (RUBIM, 1987, p. 35), já marcando a difícil penetração dos profissionais no
mercado do RS, o provável desconhecimento sobre a área e sua forte origem têxtil.
Entende-se que a escolha desta denominação amplifica a abrangência do campo
de estudo e, principalmente, do seu conceito, ainda arraigado na sua origem Têxtil. A
opção pela denominação é explicada abaixo:
[...] o nome “Design de Superfície” – uma tradução feita do “Surface
Design” usado em países de língua inglesa – por entendermos ser
mais abrangente que as denominações usadas no Brasil até então:
“Design Têxtil” e “Desenho (Industrial) de Estamparia”, que se
referem somente ao campo têxtil e de impressão de desenhos sobre
tecidos (RÜTHSCHILLING, 2002, p. 38).
A nova denominação expande o campo para diversos materiais, técnicas e
superfícies. De acordo com Freitas (2011), Rüthschilling esclarece que na esfera têxtil
“[...] as especulações e experiências sobre o assunto foram mais abundantes”, porém
não se pode mais reduzir o DS a esta área e muito menos ainda, à expressão gráfica
bidimensional (FREITAS, 2011, p. 15), desta forma, desponta-se a abrangência do
conceito. Para Freitas (2011) o DS “é um design de interfaces, existe na pele dos
produtos (seja este da natureza que for)”, e se relaciona com diversas áreas, e estas são
“[...] universos que possuem suas próprias complexidades de trabalho, suas próprias
questões e buscas expressionais e especificidades processuais” (FREITAS, 2011, p. 16).
Em 1989 a UFSM oferta o primeiro curso de Pós-graduação Lato Sensu no
estado na área do DS, designado de “Design para Estamparia” (RÜTHSCHILLING, 2008). É
interessante observar que esta iniciativa é fruto da experiência do “polo têxtil”, que se

11Designer de Superfície, residente no sul do país desde a infância. Considerada uma das referências
profissionais do DS no Brasil. Sua vida foi marcada pela especialidade, principalmente, após a realização de
estudos (Prêmio: bolsa Fulbright) entre os anos de 1985 e1986 na Rhode Island School of Design – RISD
(Providence, EUA).

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desenvolveu a partir de 1981, e anteriormente em 1975, com a criação dos cursos de


“Estamparia para a Indústria Têxtil”, já mencionados (UFSM, 2004; NOROGRANDO,
1998).
Hoje, a especialização possui maior abrangência e seu principal objetivo é de
“criar desenhos de superfície, para serem aplicados em cerâmicas de revestimento, piso,
parede, papelaria em geral, e têxteis para vestuário, decoração e acessórios” (UFSM,
2004, não paginado).

2.3. Década de 90 - Plantando o Campo de Conhecimento


A década de 1990 foi frutífera para o DS, eventos fomentaram a divulgação do novo
campo do Design, como o primeiro curso de DS da região metropolitana de Porto
Alegre, no MARGS12, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, ministrado pela Designer
Renata Rubim em parceria com a Designer Gráfica Marília Vianna, denominado
“Workshop de Design Gráfico e Superfícies” (RUBIM, 1991).
Após, em 1991, marcou um momento especial para a especialidade, o “1°
Encontro Nacional de Design de Superfície”, com a participação13 de três grandes
Universidades do estado: UFRGS, UFSM e a Universidade de Caxias do Sul (UCS). Para
Rüthschilling (2008, p. 14), foi esse o momento de “nascimento” do Design de
Superfície, “na UFRGS e UFSM, no Rio Grande do Sul e no Brasil”. E neste mesmo ano, na
UFSM, a disciplina de DS foi integrada ao novo currículo do curso de Desenho e Plástica
da IES, passando a constar em nível de graduação (NOROGRANDO, 1998). Destaca-se
que este início foi em um curso de Artes, marcando as relações com esta área.
Em 1997, Evelise Anicet Rüthschilling começa sua pesquisa intitulada: “Design de
Superfície: integração entre Arte, Tecnologia e Indústria”, no Departamento de Artes
Visuais do IA/UFRGS, tendo como objetivo investigar esse conhecimento
(RÜTHSCHILLING, 2002, p. 38). Neste cenário, o reconhecimento do seu esforço se
consolida com o início do Núcleo de Design de Superfície (NDS) da UFRGS, fundado no
ano de 1998, passando a ser uma referência da área no país, “responsável pela
interlocução entre universidade e indústria”, atuando no desenvolvimento de “[...]
desenhos para superfícies com aplicação em: estamparia; malharia; tecelagem;
papelaria; web; texturas tácteis em 3 dimensões para materiais sintéticos, vidro”
(NDS/UFRGS, 2014, não paginado). Este núcleo torna-se um polo de referência na área.
As pesquisas nele desenvolvidas abordam conceitos, técnicas, metodologias, estudos
sobre materiais e tecnologias, dentre outras questões.
Em 1999, são criadas as disciplinas de DS no curso de Artes Plásticas (atualmente
designado Curso de Artes Visuais) do IA/UFRGS (RÜTHSCHILLING, 2008), nesta data o
curso de graduação em Design ainda não existia na Universidade.
Cabe destacar que o curso de Design mais antigo da grande Porto Alegre, capital
do estado, era o da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), datado de 1988, ainda

12Primeiro curso (complementar) de DS, no Torreão do MARGS.


13O encontro foi uma parceria entre: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Evelise Anicet
Rüthschilling), o Pólo de Design Têxtil da Universidade Federal de Santa Maria, o curso de extensão em
Moda da Universidade de Caxias do Sul, Renata Rubim, Heloisa Crocco, Eduardo DuPasquier e Anais
Missakian (representando a Rhode Island School of Design/EUA).

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como Desenho Industrial14. Porém, nesta época o DS como disciplina ainda não existia
na matriz curricular deste curso. A partir de 2009, a disciplina começa a ser oferecida de
forma obrigatória e compartilhada entre cinco cursos de Design da instituição, a saber:
bacharelado em Design, Curso Superior de Tecnologia (CST) em Design Gráfico, Curso
Superior de Tecnologia (CST) em Design de Interiores, Curso Superior de Tecnologia
(CST) em Design de Moda e Curso Superior de Tecnologia (CST) em Design de Produto.
Em 2014, a disciplina passa a ser ofertada como opcional para o curso de Arquitetura e
Urbanismo. (ULBRA, 2012).
Lembra-se que outro curso de Design foi iniciado também em 1988 no sul do
país, na UFSM, nesta data, denominado como Desenho Industrial, e igualmente
construindo história na área do Design nesta região. (COSSIO; CURTIS, 2009 apud
SOUZA, 2013).

2.4. Anos 2000 - O Reconhecimento como Especialidade do Design


Em 2002, é formado o Grupo de Pesquisa Arte&Design, liderados por Evelise Anicet
Rüthschilling e Elaine Athayde Alves Tedesco. O referido grupo de pesquisa “trabalha
entre Arte e Design, articulando o processo artístico de criação com métodos de
desenvolvimento do Design. Através do diálogo entre os dois fazeres, busca a
qualificação dos projetos em ambas as áreas” (DGP, 2015, não paginado).
No ano de 2005 é lançado o livro “Desenhando a Superfície” da Designer de
Superfície Renata Rubim. Nele, a autora relata suas experiências de trabalho em relação
ao mobiliário e tecelagem, resultado de estudos iniciados em 1985 na Universidade
RISD/EUA, financiada pelo programa Fulbright de bolsas de estudos (RUBIM, 2005).
Neste mesmo ano, 2005, o DS é reconhecido como uma especialidade do Design
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), ficando
expresso no documento de “Revisão da Tabela de Áreas do Conhecimento promovida
pelo Comitê Assessor de Design”. Acredita-se que este fato foi de grande relevância para
o DS (RÜTHSCHILLING, 2008; SCHWARTZ, 2008). Provavelmente, este seja um marco
para a legitimação da especialidade no âmbito acadêmico.
A partir de 2006, inicia-se a oferta dos cursos de graduação em Design de
Produto e Visual na UFRGS (DEG/UFRGS, 2006). Estes cursos passam a compartilhar a
disciplina de DS com o curso de Artes Visuais, sendo oferecida como eletiva (UFRGS,
2014).
Nos anos de 2006 e 2007 ocorreram eventos15 promovendo o conhecimento do
campo do DS organizados pelo NDS-UFRGS com a participação de IES locais, ambos
foram realizados em Porto Alegre. E em 2007, tem início a primeira turma de Mestrado
do Programa de Pós-graduação em Design e Tecnologia na UFRGS, onde a disciplina de
DS ministrada pela professora Evelise Anicet Rüthschilling também é oferecida, tendo a
participação do NDS/UFRGS (RÜTHSCHILLING, 2008). Posteriormente, no ano de 2012, é

14Dadossobre o histórico do curso de Design da ULBRA coletados em documentos da Instituição e validados


em entrevista com o Coordenador do curso, Prof° Me. Cid Domingues D’Ávila, em março de 2014.
15Encontro
de Design de Superfície (2006), NDS-UFRGS e Encontro de Design e Tecnologia Têxtil (2007),
NDS-UFRGS, UniRitter e CNPq.

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lançado o Doutorado em Design no referido Programa de Pós-graduação, passando a


disciplina a ser compartilhar pelos dois cursos (PGDESIGN/UFRGS, 2012).
Em 2008, ao completar 10 anos de existência, o NDS/UFRGS comemorou seu
aniversário com o lançamento do primeiro livro acadêmico de Design de Superfície, da
professora Evelise Anicet Rüthschilling. Nesse, a autora relata experiências de
professores e estudantes quanto aos estudos, pesquisas e trabalhos profissionais
desenvolvidos no Núcleo (RÜTHSCHILLING, 2008). A publicação reforça a importância da
especialidade e demarca conceitos, fundamentos, abrangência e tecnologias adotadas
até o momento. Nas palavras de Rüthschilling, a publicação tem como objetivos
principais:
[...] circunscrever o campo, compartilhar reflexões sobre conceitos,
disponibilizar conhecimentos construídos sobre os fundamentos da
linguagem e antecedentes históricos, propor o perfil e competências
do designer de superfície e lançar olhares sobre o futuro dessa
especialidade do design (RÜTHSCHILLING, 2008, p. 8).
A partir dos conhecimentos e pesquisas abordados apoia a formulação dos
conceitos da especialidade no âmbito da academia, como se mostra referenciado em
variadas pesquisas cientificas da área.
Ainda em 2008, forma-se o Grupo de Pesquisa em Design de Superficie –
GPDeS , da UFSM, liderado por Lusa Rosangela Lopes Aquistapasse17. O referido grupo
16

de pesquisa, propõe:
Investigações no âmbito teórico e/ou prático, das questões
referentes ao design e às suas relações com outras disciplinas, do
ponto de vista de sua representatividade dentro da cultural material.
Visa, também, sistematizar pesquisas e reflexões sobre o design de
superfície e a sua aplicabilidade, com ênfase nos processos criativos,
metodologias especificas e na produção manufaturada, semi-
industrial e nas novas tecnologias (DGP, 2015, não paginado).
As linhas de pesquisa do GPDeS possuem temáticas relacionadas às áreas da
sustentabilidade, tecnologias e materiais, cultura e sociedade.

2.4.1. Segunda Década dos Anos 2000 – Apontando a Abrangência da Especialidade


Em 2011, a Prefeitura de Santa Maria promove o “1º Salão do Design de Superfície”, um
concurso específico da área que contempla as seguintes categorias: Design de Superfície
têxtil, Design de Superfície sobre papel e Design de Superfície cerâmico (Prefeitura de
Santa Maria, 2011).
Em 2012, o Centro Universitário Ritter dos Reis (UNIRITTER) oferta sua primeira
turma de Pós-graduação Lato Sensu em DS, abrangendo todas as formas de atuação da
especialidade (UNIRITTER, 2012). No programa do curso estão expressos seus objetivos:

16Registro
e informações básicas do Grupo de Pesquisa de DS na publicação do Diretório de Pesquisa da
UFSM, página 129: http://coral.ufsm.br/prpgp/images/diversos/diretorio_de_pesquisa_ufsm.pdf.

17Professorada UFSM desde 1990. Graduada em Artes Plástica, Especialista em Design para Estamparia e
Mestre em Engenharia de Produção pela UFSM. Coordenou e ministrou cursos na área do Design para
Estamparia Têxtil.

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Atualizar profissionais atuantes no design e/ou na educação sobre


questões contemporâneas relacionadas à pesquisa, criação e
desenvolvimento de projetos. Visando definir as qualidades das
superfícies dos diversos produtos (têxteis, cerâmicos, de papelaria,
revestimentos, etc.) físicos e eletrônicos (web, jogos, etc.) com
tecnologia disponível para apoio das atividades projetuais e de
produção (UNIRITTER, 2012, não paginado).
Os objetivos reforçam a abrangência em termos de atuação na área do Design e
suas interações. Este fato evidencia as interfaces entre as áreas. Freitas (2011) aborda o
assunto ao buscar conceituar o DS:
O design de superfície é, portanto, uma especialidade do campo do
design, já que seus meios práticos e simbólicos possuem relações
únicas em seu processo criativo, caracterizando os trabalhos da área.
Além disso, tem como função tratar, explorar e ressaltar a interface
comunicativa dos objetos, unindo características funcionais e
estéticas que se apresentam também em outras especialidades,
porém em cada uma, tais fatores possuem importâncias específicas
(FREITAS, 2011, p. 20).
A definição da autora reforça o conceito da especialidade como campo do
Design e ainda aponta para aspectos importantes da área em questão presentes no
desenvolvimento de projetos, como: práticos, simbólicos, criativos, comunicacionais,
funcionais e estéticos.
Ainda no ano de 2012, a Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior do
Vale do Rio dos Sinos (FEEVALE) também oferta o curso de especialização em DS
(CENTRO DE DESIGN - FEEVALE, 2012). Registra-se uma única turma ofertada até o
presente momento. O curso foi direcionado a um público amplo, composto por artistas,
arquitetos, engenheiros, designers e publicitários, cujo objetivo era:
Formar profissionais capacitados para atuar na área do design de
superfície, através de estruturas que proporcionam uma atualização
estética, científica e tecnológica, visando o desenvolvimento de
projetos e produtos de consumo sustentáveis e fomentando a
pesquisa e a criação de novas soluções funcionais artísticas e
industriais (CENTRO DE DESIGN - FEEVALE, 2012, não paginado).
Em 2013, as lojas Renner lança o “Prêmio Estampa Brasil”, de âmbito nacional,
cujo público-alvo são estudantes, artistas e profissionais do Design. Os sessenta
vencedores entre diversas categorias possuem o trabalho divulgado em formato de livro
publicado (BUENO, 2013). Os eventos relacionados a concursos no campo em questão
passaram a reforçar a atividade dos profissionais e a visibilidade da especialidade,
tornando-se recorrentes em variadas áreas de atuação do DS.

2.5. Linha do Tempo: História do Campo Acadêmico do DS no RS


A partir dos dados organizados nas sessões anteriores, foi elaborada a linha do tempo
com os principais acontecimentos que marcaram a origem e trajetória do campo
acadêmico do DS no estado, a fim de ilustrar por décadas a trajetória pesquisada.
Apresenta-se, na Figura 1, a linha de tempo que inicia no ano de 1970 se
estendendo até o ano de 2012, demarcando os principais fatos ocorridos.

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Figura 1: Linha de Tempo: Trajetória Histórica do Campo Acadêmico do DS no RS

Fonte: Heydrich (2015)

3. Considerações Finais
O presente artigo relatou a história do campo acadêmico do DS no estado do RS.
Narrou-se os primórdios de seu nascedouro, os acontecimentos mais marcantes, sua
inserção nas Instituições de ensino superior até o seu reconhecimento como campo de
conhecimento e especialidade do Design.
Através do exposto, foi possível constatar o grande envolvimento da
comunidade acadêmica nas origens do DS no estado. Inicialmente, através Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Cabe ressaltar que na época o setor têxtil estava em plena efervescência, anunciando
uma demanda por renovação nos processos técnicos e criativos. Ainda, verificou-se que
o início como disciplina de DS ocorreu nos cursos de graduação na área das Artes, na
UFRGS e na UFSM, posteriormente integrando os currículos dos cursos de Design.
Ao longo das décadas seguintes, a especialidade ganhou cada vez mais solidez
teórica. Isto foi possível conferir através de seu reconhecimento como especialidade em
2005, apontando para a legitimação no campo acadêmico. Foi possível constatar a

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relevância e pioneirismo das pesquisas e do ensino superior na área têxtil e estamparia


da UFSM, fomentando as origens do DS desde o início da década de 70 no RS. Além
disto, também se constatou que o NDS da UFRGS, fundado em 1998, é uma referência
da área no país, sendo responsável pela interlocução entre a universidade e a indústria,
e pelo desenvolvimento do ensino e de pesquisas na área, abrangendo, por exemplo, o
desenvolvendo de técnicas, metodologias, estudos sobre materiais, dentre outras. A
partir da pesquisa, identificou-se o envolvimento das IES na difusão e consolidação da
especialidade no estado do Rio Grande do Sul.

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