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Classes de Amplificadores

Dom, 31 de Maio de 2009 00:01 Saulo - PY2KO Coluna do Saulo - PY2KO

Os amplificadores eletrônicos funcionam regulando a corrente elétrica proveniente de


uma fonte de tensão contínua através de um elemento controlador entre ela e a carga,
sendo esta última um alto falante, antena ou outro tipo qualquer de transdutor. Este
elemento controlador (que pode ser uma válvula termoiônica, um transistor bipolar ou
de efeito de campo) varia sua condução proporcionalmente a uma tensão ou corrente de
controle de intensidade bem menor que o sinal aplicado à carga. Como sobre o
elemento controlador existe tensão e corrente elétricas, sempre há perda de energia na
forma de calor igual à diferença entre o que é retirado da fonte e o que é fornecido à
carga. A proporção entre a potência elétrica aplicada à carga e a retirada da fonte
determina o rendimento do amplificador:

h = (PotCarga/PotFonte) x 100 %

Amplificadores de potência para uso em rádio frequência, áudio ou outro tipo de sinal
analógico devem apresentar a menor perda possível e ao mesmo tempo alta linearidade,
que é a medida da semelhança entre a forma do sinal de entrada e a do sinal fornecido à
carga. Perdas significam maior tamanho, custo e consumo de energia, e linearidade é
necessária para garantir a fidelidade do sinal amplificado, salvo em certos tipos de
modulação em fase e frequência. No caso de transmissores de RF com variação de
amplitude, quanto maior a linearidade, melhor inteligibilidade e menor interferência aos
demais usuários do espectro.

Infelizmente estes requisitos são mutuamente exclusivos: quanto melhor a eficiência,


pior a linearidade e vice-versa, como veremos nesta análise das classes de amplificação
mais conhecidas, que diferem entre si pelo modo de polarização, ou condições de
trabalho sem sinal. Para simplificar irei abordar apenas a linearidade e rendimento
característicos de cada classe, deixando de lado o ganho de potência, que é a relação
entre a potência fornecida à carga e a do sinal de entrada. Este parâmetro requer análise
mais detalhada e depende muito do tipo de dispositivo empregado.

Os resultados exibidos são qualitativos, sem a demonstração analítica, e confirmados


por simulação em computador.

As simulações em computador (O programa Simetrix Intro V5.2 está disponível para


download gratuito no site http://www.simetrix.co.uk) apresentadas a seguir utilizam
modelos matemáticos dos componentes, apresentando resultados bastante semelhantes à
realidade. Os níveis de potência em cada classe de funcionamento estão próximos aos
limites do componente simulado (transistor MosFet IRF530)

Os gráficos associados aos diagramas esquemáticos representam a tensão na carga e a


tensão e corrente presentes no transistor.

O produto da corrente pela tensão constitui a potência dissipada no transistor, que


determina o rendimento característico de cada classe de funcionamento: Quanto mais
coincidentes no tempo essas duas grandezas mais o transistor dissipa e menor o
rendimento. Amplificadores de maior rendimento apresentam baixos valores de corrente
enquanto a tensão é alta e vice-versa.

Pode-se também estimar a linearidade observando a "qualidade" da forma de onda na


carga, já que a entrada é sempre senoidal.

Classe A: O elemento controlador é polarizado de modo a conduzir durante todo o ciclo


de sinal, ou seja 360o. Deste modo, não há descontinuidade significativa. O máximo
rendimento teórico em classe A é 30%, e pode-se obter 100dB ou mais de redução para
os componentes espúrios originados por distorção. Realimentação negativa também é
utilizada para este propósito. A corrente quiescente (sem sinal) no elemento controlador
é maior ou igual à metade da corrente de pico fornecida à carga. É indicado para
amplificadores de baixa potência e que necessitam de extrema linearidade, como em
circuitos de entrada em receptores de RF e pré-amplificadores de áudio. Alguns
amplificadores de potência em áudio utilizam classe A para a obtenção de alta
linearidade, naturalmente a custo da eficiência.

Frequênci
a do sinal:
1MHz

Pot.saída:
8,5W

Rendimen
to: 26,5%
Classe B: Nesta classe de funcionamento o elemento controlador conduz somente
durante o meio ciclo positivo ou negativo do sinal. Para reduzir a distorção, usa-se
circuito simétrico em push-pull ou a carga é sintonizada, sendo o ciclo completado pelo
efeito flyweel (volante de inércia) de um circuito ressonante na frequência de operação,
como no exemplo abaixo. Neste caso o sinal a ser amplificado deve ser limitado à uma
faixa estreita de frequências, dentro da banda passante de um circuito sintonizado LC. A
eficiência de um amplificador classe B é da ordem de 60%. Na região de crossover
(transição em zero) estes amplificadores apresentam considerável distorção, que pode
ser reduzida por realimentação negativa. A corrente quiescente é zero. A classe B é
utilizada em amplificadores sintonizados de RF e áudio de qualidade não muito
exigente como moduladores de AM.

Frequênci
a do sinal:
2MHz

Pot.saída:
13.5W

Rendimen
to: 55,5%

Classe AB: A polarização nesta classe implica na condução em pouco mais que meio
ciclo do sinal. A polarização mantem uma corrente quiescente baixa, menor que 10% da
corrente de pico, o que reduz a distorção na região de crossover, onde o amplificador
efetivamente opera em classe A. Pode-se esperar rendimento da ordem de 50%, e sinais
espúrios abaixo de -30dB (sinal de teste de duplo tom). A maioria dos amplificadores
lineares comerciais de HF utilizam esta classe de funcionamento, bem como os estágios
finais de transceptores SSB. Feedback pode ser usado, em geral a custo de redução de
ganho. Amplificadores de áudio de alta fidelidade tanbém utilizam este tipo de
polarização, aliada a forte realimentação negativa. Existem ainda as sub-classificações
AB1 e AB2, referentes ao valores de corrente de grade nos amplificadores à válvulas.

Classe H: Não é uma classe à parte e sim uma variante da classe B ou AB onde duas ou
mais fontes de alimentação são conectadas dinâmicamente ao amplificador, dependendo
do valor da tensão de pico do sinal amplificado. Como o rendimento aumenta à medida
que o valor de pico do sinal se aproxima da tensão da fonte, o rendimento global do
amplificador é melhorado.

Classe C: O ângulo de condução fica abaixo de 180o. A condução é concentrada no


pico negativo do sinal, onde a tensão sobre o elemento controlador é menor, sendo
necessário carga em paralelo com circuito ressonante. Consegue-se eficiência da ordem
de 70%, mas o amplificador não é linear. É utilizado em transmissores de FM, onde a
amplitude é constante, ou em estágios finais de AM, sendo neste caso a modulação de
áudio sobreposta à polarização de anodo (ou coletor/dreno), e o sinal RF de entrada
mantido constante. A distorção harmônica é reduzida a níveis aceitáveis pelo efeito
seletivo da ressonância paralela.
Frequênci
a do sinal:
2MHz

Pot.saída:
33.3W

Rendimen
to: 69,5%

Classe D: Neste tipo de circuito o elemento controlador trabalha saturado ou cortado


sobre carga resistiva ou indutiva, apresentando forma de onda quadrada ou retangular na
tensão de coletor ou dreno. A alta eficiência é conseguida pelo fato do elemento
controlador não ser submetido à tensão e corrente simultâneamente a maior parte do
tempo. A perda de energia ocorre na transição entre corte e saturação e deve ter o menor
tempo possível em relação ao período do sinal amplificado, o que limita a sua aplicação
em frequências altas.

Uma vantagem deste modo de amplificação é que pode ser linear, no sentido em que a
potência do sinal de saída pode ser proporcional a do sinal de entrada, desde que se faça
variável a proporção entre o tempo de saturação e o de corte segundo aquele sinal. Deste
modo, o valor médio do sinal de saída segue o sinal de entrada. A carga normalmente é
precedida de um filtro passa baixos com frequência de corte abaixo da frequência de
comutação, deixando passar apenas o sinal amplificado. É utilizado em fontes de
alimentação chaveadas, onde o sinal de saída é DC e a comutação entre 10Kz e
200KHz, e em amplificadores de áudio e moduladores de alta eficiência, comutando
entre 50KHz e 500KHz.

A eficiência fica em torno de 90%, dependendo da frequência de comutação e da


velocidade dos comutadores.
Frequênci
a do sinal:
1KHz

Frequênci
a de
chaveame
nto:
50KHz

Pot.saída:
142W

Rendiment
o: 89,9%
Classe E: Nesta classe de funcionamento o elemento controlador também trabalha
saturado ou cortado, mas não há corrente e tensão simultâneas durante a comutação. A
carga é precedida por um circuito ressonante LC série, projetado de modo a apresentar
um pulso de tensão no elemento controlador quando este está cortado. A alimentação de
energia é através de fonte de corrente, no caso um indutor de alta reatância. Quando o
elemento controlador satura, a tensão é zero, imposta pelo circuito ressonante, e a
corrente é alta. Quando o transistor corta, a corrente circulante no indutor fornece
energia ao circuito ressonante. Deste modo, a ausência de corrente e tensão simultâneas
no transistor permite eficiência superior a 90%. Evidentemente não é linear, sendo sua
aplicação limitada aos casos do parágrafo anterior. O circuito é assimétrico, resultando
em forte conteúdo harmônico deve ser eliminado por circuitos de alto Q ou filtragem
adicional.

Tem sido utilizado em telefones celulares, onde a eficiência é muito importante. O fato
da capacitância de saída do transistor fazer parte do circuito ressonante também facilita
o uso em UHF. Alguns experimentadores tem construído transmissores de AM em HF
empregando esta técnica e também existem amplificadores comerciais em eletro-
metalurgia e broadcasting.
Frequênci
a do sinal:
7MHz

Pot.saída:
110.3W

Rendimen
to: 95,5%

Classe F: Também chamada de HCA (harmonically controlled amplifier) esta classe de


funcionamento assemelha-se à classe E em circuito simétrico. A carga é um circuito
ressonante paralelo, mas isolado dos comutadores de forma a cada lado apresentar meio
ciclo de tensão do sinal, que são somados na carga completando a senoide. A corrente
flui nos comutadores alternadamente durante a saturação destes. Outra forma de analisar
o seu funcionamento e que dá origem à sigla HCA é que os comutadores "vêem" carga
resistiva na frequência de operação, circuito aberto para as harmônicas ímpares e curto-
circuito para as harmônicas pares, devido às características da topologia e da resposta
em frequência da carga ressonante.

Apresenta reduzido conteúdo harmônico devido à simetria, permitindo baixo Q no


circuito de carga e facilidade de ajuste. A desvantagem em relação à classe E é que as
capacitâncias parasitas dos comutadores e circuitos adjacentes não fazem parte do
circuito ressonante da carga, devendo ser minimizadas. Pode-se esperar eficiência acima
de 90% , dependendo da qualidade dos comutadores e da frequência de trabalho.

Esta configuração ainda tem poucas aplicações comerciais, concentrando-se em novas


tecnologias de celulares, rádio difusão e eletro-metalurgia.

Como o ângulo de condução é 180o e a topologia permite, este circuito presta-se a uma
forma híbrida, ou "Classe ABF". Para pequenos sinais comporta-se como classe AB e
migra para classe F quando se aproxima da saturação. A linearidade neste caso é ruim,
devendo ser compensada por feedback atuando na polarização de dreno (ou coletor, ou
placa). Pode-se conseguir deste modo conciliar alta eficiência com boa linearidade.

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