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2018

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GUIA PARA
O INVESTIDOR
PAGAR MENOS
IMPOSTO
DE RENDA
Os meses de março e abril marcam a temporada
de declaração do Imposto de Renda, quando
cerca de 28,8 milhões de contribuintes brasileiros
devem prestar contas à Receita Federal. No IR
2018, está obrigado a apresentar a declaração
quem recebeu, em 2017, rendimentos tributáveis
superiores a R$ 28.559,70 ou rendimentos isentos,
não-tributáveis e tributados somente na fonte cuja
soma seja superior a R$ 40.000. Também deve
declarar quem obteve, em qualquer mês, ganho de
capital na alienação de bens sujeito à incidência
do imposto ou realizou operações na bolsa de
valores.

É importante entender que ter de


declarar IR não é necessariamente
ruim. A maioria dos brasileiros que
trabalha com carteira assinada recebe,
na verdade, uma boa notícia ao final
da declaração: a de que haverá
restituição de parte dos valores
já pagos.

A decisão mais importante para receber dinheiro de


volta é se será entregue a declaração pelo modelo
simplificado ou completo. O modelo simplificado é a
melhor opção para quem não tem muitas despesas
para deduzir, enquanto o completo é ideal para
quem tem gastos com médicos, hospitais,
educação, dependentes, etc. Vale a pena preencher
todas as informações necessárias nos dois modelos
e simular qual deles é mais vantajoso.

Em relação aos investimentos, as aplicações devem


ser separadas em duas grandes categorias: as de
renda fixa, em que o IR já é cobrado na fonte, e as
de renda variável, em que o cálculo do imposto a
ser pago é feito pelo próprio contribuinte.

01
No caso de ações negociadas em Bolsa e de contratos de ouro, existe
AÇÕES
isenção de imposto para as vendas que não ultrapassem R$ 20 mil por mês.
Acima disso, sempre que houver lucro é preciso pagar um Darf (documento
de arrecadação de receitas federais) até o último dia útil do mês subsequente
às operações. Na regra geral, para operações comuns, a alíquota
corresponde a 15% do lucro obtido nas operações, descontadas as taxas
pagas à corretora e à Bolsa. Além do imposto pago pelo contribuinte, as
corretoras também retêm na fonte 0,005% do valor de venda das ações a
título de Dirf (declaração do imposto sobre a renda retido na fonte). Esse
percentual simbólico serve para que a Receita Federal tenha acesso às
movimentações dos contribuintes – e possa pegar quem decide sonegar o
IR.

Para operações de day trade (compra e venda de ações no mesmo dia), a


alíquota do IR sobe para 20% do ganho de capital (diferença líquida positiva
entre os valores de compra e de venda), independentemente do valor das
operações. O pagamento também é feito por meio de Darf no mês
subsequente às negociações. A corretora vai reter na fonte 1% do lucro das
operações e repassar à Receita. Já o contribuinte terá de recolher 20% do
lucro, descontando os custos e o que já foi retido na fonte.

Em situações em que há prejuízo com as operações em determinado mês, o


investidor não precisa pagar IR e ganha um crédito tributário que poderá ser
usado para abater o imposto nos meses seguintes. Por exemplo, se um
investidor vendeu ações da Petrobras em um mês e realizou um prejuízo de
R$ 3 mil, ele poderá usar esse crédito para pagar menos imposto no mês
seguinte, quando vendeu ações da Ambev com R$ 5 mil de lucro. Nesse
caso, a alíquota de IR de 15% será incidente apenas sobre a diferença
positiva entre as operações (R$ 5.000 – R$ 3.000 = R$ 2.000). Ou seja, o IR
a ser pago será de R$ 300, ou 15% de R$ 2.000.

O investidor também deverá declarar as posições em ações que mantinha no


último dia do ano passado, mesmo que não tenha feito nenhuma operação
em 2017. Basta acessar a ficha de “Bens e Direitos”, selecionar o código
referente a “Ações” e incluir os dados da empresa, além das informações
relativas à aquisição, como o custo e a quantidade de ações – lembrando
que o valor declarado não é o das ações no último dia do ano, e sim o preço
de compra. Quando for declarar os dividendos, que são isentos, é preciso
incluí-los na seção “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis”. Já os juros
sobre capital próprio são taxados com desconto direto na fonte e informados
em “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.

Para declarar a renda obtida nas vendas inferiores a R$ 20 mil é preciso ir


em “Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis” e acessar o item “Lucro na
Alienação de Bens e/ou Direitos de Pequeno Valor”. Caso a soma das
vendas em determinado mês seja maior que o limite de R$ 20 mil, o
contribuinte deve acessar a aba “Demonstrativo de Apuração de Ganhos -
Renda Variável” e, após selecionar o mês da operação, informar o lucro no
item “Operações Comuns”. O mesmo procedimento vale para os lucros em
operações de day trade. Quem deixar de pagar o imposto sobre aplicações
de renda variável terá juros de 1% e receberá uma multa de 0,33% ao dia,
calculada sobre o total do imposto devido, sendo o valor mínimo de R$
165,74 e o máximo de 20% do tributo.

02
Os investidores que compram fundos

FUNDOS IMOBILIÁRIOS
imobiliários na Bolsa estão isentos de pagar IR
sobre os rendimentos mensalmente, mas, para
isso, é necessário que o fundo não tenha
menos do que 50 cotistas, e que o investidor
não detenha mais do que 10% das cotas do
fundo e os papéis sejam negociados
exclusivamente em Bolsa. Esse é, na prática, o
caso de todos os fundos negociados na B3. Em
caso de lucro na venda das cotas, no entanto,
o investidor não possui isenção de IR. É
preciso pagar 20% de imposto sobre o ganho
de capital (diferença positiva entre o valor de
compra e de venda). O cálculo do imposto é de
responsabilidade do próprio investidor, que
deve pagar o IR por meio de Darf. Assim como
no mercado acionário, o contribuinte pode
abater os prejuízos de um mês do lucro
consolidado nos meses seguintes para pagar
menos IR no futuro.

Para informar o recebimento de aluguéis em


fundos imobiliários para a Receita Federal,
basta declarar o rendimento como isento na
ficha de “Rendimentos Isentos e
Não-Tributáveis”, especificando a origem.
Quando houver lucro, a declaração deve ser
feita por meio do menu “Renda Variável”, com
a ficha “Operações Fundo Investimento
Imobiliário”. O investidor ainda deve informar
as posições em fundos imobiliários que
possuía no final de 2017 na ficha de “Bens e
Direitos”, com o número de cotas, o preço
médio de aquisição e o CNPJ e o nome do
fundo.

03
A previdência privada é um dos tipos de investimento que mais

PREVIDÊNCIA PRIVADA (PGBL E VGBL)


causa dúvidas no momento da declaração do IR. Os planos mais
comuns são os PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre) e os
VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). No PGBL, é possível
deduzir até 12% da renda tributável ao ano da base de cálculo do
IR para quem entregar a declaração completa. Isso não significa
que o investidor vai pagar 12% a menos de IR. Na verdade, se
alguém tem uma renda tributável de R$ 100.000, por exemplo,
haverá um desconto de 12% nesse valor – ou seja, a renda
tributável passará a ser de R$ 88 mil, e será sobre esse valor que
será cobrada a alíquota de IR correspondente. Também é
importante entender que o cliente de um PGBL deixa de pagar IR
agora, investe o dinheiro e recebe rendimentos. Mas, quando o
dinheiro for resgatado, será necessário pagar IR sobre o
rendimento e também sobre o principal. Então, onde está a
vantagem? O ganho é que o investidor poderá pagar uma alíquota
de apenas 10% - se deixar o dinheiro aplicado 10 anos – ao invés
de pagar 27,5% sobre R$ 12.000 no caso acima, de alguém com
uma renda tributável de R$ 100.000. As contribuições em PGBL
devem ser informadas na pasta “Pagamentos e Doações
Efetuadas”, no código referente a “Contribuições a Entidades de
Previdência Complementar”.

Já no caso do VGBL, não é possível fazer nenhuma dedução.


Porém, no momento do resgate só é pago imposto sobre o
rendimento. E sobre os fundos VGBL não há cobrança do chamado
come-cotas, uma antecipação semestral do IR devido que incide
sobre fundos de renda fixa e multimercados. Nesse caso, o saldo
do último dia do ano deve ser declarado no item “Bens e Direitos”,
no código referente a VGBL. Se houver resgates durante o ano, o
ganho de capital é declarado na tabela de “Rendimentos Tributáveis
Recebidos de Pessoa Jurídica”, no caso do plano com regime de
tributação progressiva, ou na ficha “Rendimentos Sujeitos à
Tributação Exclusiva/Definitiva”, para planos com tributação
regressiva.

Na tabela progressiva, a alíquota segue as mesmas regras


aplicadas aos salários e aumenta de acordo com o valor que o
contribuinte vai receber do plano. Já na tributação regressiva a
alíquota diminui com o tempo e é calculada de acordo com a data
de cada contribuição ou aporte.

PERÍODO DE APORTE EM PREVIDÊNCIA ALÍQUOTA IR

Até 2 anos 35%

De 2 a 4 anos 30%

De 4 a 6 anos 25%

De 6 a 8 anos 20%

De 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

04
As aplicações de renda fixa, como títulos do

RENDA FIXA E FUNDOS


Tesouro Direto e CDB (certificados de depósito
bancário), seguem tributação decrescente, de
acordo com o prazo de investimento. O valor do
imposto é apurado pelo banco ou corretora e
descontado direto na fonte no momento do
regaste. Os fundos DI, de renda fixa e
multimercados recolhem semestralmente, em
maio e novembro, um imposto de 15%, sobre a
valorização das cotas no período – é o
chamado come-cotas. Já nos fundos de curto
prazo a alíquota sobe para 20%. Fundos de
ações e de previdência não estão sujeitos ao
come-cotas. O valor final do imposto será
definido no momento do resgate, conforme a
tabela a seguir:

PRAZO DE APLICAÇÃO ALÍQUOTA DE IR SOBRE O GANHO

Inferior a 6 meses 22,5%

Entre 6 e 12 meses 20%

Entre 12 e 24 meses 17,5%

Superior a 24 meses 15%

O montante dessas aplicações deve constar no


item “Bens e Direitos”. Quando houver saque da
aplicação durante o ano-base, é preciso declarar
o rendimento na área de “Rendimentos Sujeitos à
Tributação Exclusiva/Definida”.

05
RENDIMENTOS ISENTOS
Diversos investimentos em renda fixa são isentos de IR para pessoas físicas,
como as LCI (letras de crédito imobiliário), LCA (letras de crédito do agronegócio),
CRI (certificado de recebíveis imobiliários), CRA (certificado de recebíveis do
agronegócio) e debêntures de infraestrutura incentivadas. A caderneta de
poupança, o investimento mais popular do Brasil, também não está sujeita a
tributação. Aproveite ao máximo a isenção de IR desses produtos, que podem
turbinar a rentabilidade de suas aplicações financeiras.

PARA NÃO ERRAR


Antes de começar a declaração, confira se você está com todos os documentos
necessários. O tributarista do escritório PLKC Advogados, Rafael Palma Bifano,
lembra que quanto mais detalhes forem informados, melhor é para o contribuinte.
Veja a seguir um resumo das alíquotas e local para informar os investimentos:

INVESTIMENTO ALÍQUOTA DE IR ONDE INFORMAR

Ações (acima de R$ 20 mil) 15% sobre o lucro Demonstrativo de Renda Variável

Fundos de Investimento De 22,5% a 15% (regressiva, Rendimentos Sujeitos a Tributação


de acordo com o aumento do Exclusiva/Definitiva
prazo do investimento)

Tesouro Direto De 22,5% a 15% (regressiva) Rendimentos Sujeitos a Tributação


Exclusiva/Definitiva

CDBs De 22,5% a 15% (regressiva) Rendimentos Sujeitos a Tributação


Exclusiva/Definitiva

PGBL Progressiva ou regressiva; Pagamentos Efetuados


incide sobre valor total

VGBL Progressiva ou regressiva; Bens e Direitos


incide sobre rendimentos

LCI e LCA Isento Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis

Poupança Isento Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis

CRI e CRA Isento Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis

Ações (abaixo de R$ 20 mil) Isento Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis

Debêntures incentivadas Isento Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis

06
IMPOSTO DE RENDA – DICAS GERAIS
A declaração do IR vai muito além dos investimentos. A seguir compilamos uma
série de dicas de especialistas para pagar o menor imposto possível sem
transgredir os limites da legislação:

CASAIS: JUNTOS OU SEPARADOS?


Quem é casado precisa descobrir se a melhor forma de declarar é em conjunto
com o parceiro ou de forma individual. Se ambos os cônjuges possuem renda
tributável, na maior parte vezes é mais vantajosa a declaração separada. Isso
porque, ao colocar as duas rendas na mesma declaração, é provável que o casal
passe a ser tributado em uma alíquota maior. Imagine que você ganhe R$ 25 mil
anuais e seu cônjuge R$ 20 mil. Ao optar pela declaração conjunta, somariam
uma renda de R$ 45 mil, o que os colocaria entre os que são tributados em
22,5%. Já se declarassem em separado, uma parte seria tributada em 7,5% e a
outra estaria isenta. Veja a seguir a tabela progressiva do Imposto de Renda
2018 para entender melhor:

BASE DE CÁLCULO ANUAL EM R$ ALÍQUOTA % PARCELA A DEDUZIR DO IMPOSTO EM R$

Até 22.847,76 - -

De 22.847,76 até 33.919,80 7,5 1.713,58

De 33.919,80 até 45.012,60 15 4.257,57

De 45.012,60 até 55.976,16 22,5 7.633,51

Acima de 55.976,16 27,5 10.432,32

SIMPLIFICADA OU COMPLETA
Já para verificar qual forma de declarar é a mais vantajosa, o melhor é efetuar
uma simulação com as duas declarações, simplificada e completa. Ela pode ser
feita diretamente pelo programa da Receita. Para ter certeza sobre o melhor
modelo, no entanto, o contribuinte deverá lançar o maior número de informações
possível, incluindo tudo que poderia ser deduzido, para que o programa possa
calcular qual seria o IR nos dois casos. Em geral, aqueles que não possuem
muitas deduções devem optar pela declaração simplificada, que permite um
desconto-padrão de 20% dos rendimentos tributáveis, no limite de R$ 16.754,34
Já quem teve despesas dedutíveis que ultrapassem o equivalente a 20% da
renda total acumulada durante o ano anterior ou ao limite de R$ 16.754,34 deve
optar pela declaração completa, se tiver comprovantes dessas despesas.

07
O QUE PODE SER DEDUZIDO?
As deduções podem ser divididas em dois grupos: sem limites
e com limites preestabelecidos.

Sem limites – é possível deduzir o Com limites preestabelecidos - encontram-se:


valor total dos seus gastos, ou de dependentes, com:
- As deduções com dependentes, de até R$ 2.388,84 por pessoa;
- Despesas médicas (consultas, planos de saúde pagos pelo
próprio contribuinte, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros); - Educação formal, no valor de até R$ 3.561,50;

- Pensão alimentícia - Contribuição à previdência do empregado doméstico, no valor


de R$ 1.171,84.
- Contribuição para a previdência social e o livro-caixa (no caso de
trabalhadores autônomos). - Incentivos fiscais, como doações a fundos da criança e do
adolescente, limitados a 6% do imposto devido
Vale lembrar, contudo, que nas despesas com saúde, não são
válidos gastos com remédios ou enfermeiros. - Gastos relacionados à previdência privada de até 12% da renda
tributável.

FIQUE DE OLHO
Quando se trata da dedução de INSS de empregado doméstico, a Receita
Federal permite o abatimento sobre o imposto devido da contribuição de apenas
um trabalhador, ainda que na casa do contribuinte haja mais de um empregado
registrado.

No que diz respeito aos dependentes, casais que declaram em separado não
podem incluir o mesmo filho, por exemplo, com dependente nas duas
declarações. Já para pais separados, o filho só pode ser declarado como
dependente na declaração daquele que detém sua guarda judicial.

Pais, avós ou bisavós que, em 2017, tenham recebido rendimentos, tributáveis


ou não, de até R$ 22.847,76, também podem ser declarados como dependentes,
sendo que para os cônjuges que optam pela declaração conjunta, sogro e sogra
podem ser declarados como dependentes, ajudando a diminuir a fatia
abocanhada pelo Leão. Já quando os filhos passam a receber renda, é preciso
fazer as contas para saber se mantê-los na declaração é realmente vantajoso,
uma vez que, ao somar as duas rendas, o titular poderá ser taxado com uma
alíquota maior do IR.

A pensão alimentícia é outro item que merece atenção, especialmente para quem
tem a guarda de um beneficiário de pensão. Em muitos casos, sobretudo quando
há mais de um filho, é mais vantajoso criar o CPF de cada um e fazer a
declaração individual de cada menor, pois, geralmente, ao somar o valor da
pensão com a renda de quem tem a guarda, há uma incidência maior de IR.
Neste ponto, é bom esclarecer, que quando não é feita a declaração separada, o
pai ou a mãe que detém a guarda da criança deve pagar o carnê-leão.

08
IMPOSTOS X IMÓVEIS
As negociações imobiliárias podem fazer
com que os impostos a pagar sejam
bastante altos. De modo geral, quem vende
um imóvel deve pagar 15% de IR sobre o
lucro da operação (preço de venda menos
preço de compra). Porém, é possível reduzir
o lucro ao declarar, por exemplo,
benfeitorias realizadas no imóvel. Declarar
gastos com reforma e benfeitoria, desde que
comprovados através de documentos fiscais,
diminuem a base de cálculo sobre o ganho
de capital com a venda futura do imóvel.
Consequentemente, haverá menos imposto
a ser recolhido. As benfeitorias precisam ser
lançadas à medida que vão sendo
realizadas, ano a ano. No momento da PULO DO GATO
venda, é possível descontar os gastos com
corretagem do ganho total de capital. NO ALUGUEL
Observar o ano em que o imóvel foi
DE IMÓVEIS
comprado também faz diferença. Casas e
Casais com imóveis alugados
apartamentos comprados até 1969 estão
isentos de IR. Já os imóveis adquiridos entre também podem reduzir o imposto
1970 e 1988 estão sujeitos a um percentual incidente sobre os recebimentos.
de redução sobre o ganho de capital, que O ‘pulo do gato’ é dividir o valor
varia conforme o ano de aquisição da
propriedade. Em geral, quanto mais tempo a recebido. Se uma das partes fica
pessoa morou em um imóvel, maior será o em casa e a outra possui
desconto no IR sobre o ganho de capital. rendimentos tributáveis, vale fazer

A isenção de IR na venda de imóveis uma declaração para a primeira e


também é válida para aqueles vendidos por colocar os rendimentos com
até R$ 440 mil, desde que seja o único aluguéis nessa declaração, e assim
imóvel do proprietário e este não tenha
aliviar a declaração do outro.
realizado nenhuma transação imobiliária nos
últimos cinco anos. A isenção também é
válida para quem aplica todo o dinheiro
adquirido na venda de um imóvel na compra
de outro até 180 dias após o fechamento da
primeira transação.

Já para os imóveis comprados por meio de


financiamento bancário, o correto, dizem os
especialistas, é declarar a soma de todas as
prestações já pagas - e não o valor total do
imóvel. Além de diminuir o valor total do seu
patrimônio, essa medida ajuda a valorizar o
imóvel, já que, se ao quitar o empréstimo o
proprietário optar pela venda, os juros pagos
no financiamento também serão
considerados como valor da propriedade, o
que diminuirá, no momento futuro de venda,
o ganho de capital e, consequentemente, a
mordida do Leão.

09
CUIDADOS PARA NÃO
CAIR NA MALHA FINA
A cada ano, a Receita Federal aprimora seus processos
para identificar inconsistências nas declarações dos
contribuintes. Os cruzamentos de informações efetuados
pelo fisco possuem tal grau de refinamento que pequenos
erros no preenchimento da declaração podem levar à
malha fina. Normalmente, os erros mais comuns se dão na
informação de bens e das deduções. Muitas vezes o
contribuinte, por falta de informação, não sabe diferenciar
os diversos tipos de investimentos existentes hoje em dia,
ou até mesmo se confunde com as siglas utilizadas pelas
instituições financeiras como, por exemplo: VGBL, BGBL,
investimento em bolsa, entre outros.

O que a população não sabe é que o fisco possui


informação sobre todos esses investimentos através de
declarações enviadas para a Secretaria da Receita Federal
pelas instituições financeiras, que informam através da
Declaração de Informações sobre Movimentações
Financeiras, todas as movimentações efetuadas por
pessoa física superiores a R$ 5 mil/mês.

Outro cruzamento comum – que leva muita gente à malha


fina - é o de despesas médicas, que são cruzadas com a
Declaração de Serviços Médicos e de Saúde. Neste caso,
o contribuinte tem que ter certeza sobre o que está
informando na declaração, pois o Fisco terá a informação
dos consultórios médicos para verificar a veracidade da
informação.

Há ainda outros cruzamentos de dados feitos pela Receita.


Entre eles, o cruzamento com as despesas em que é
registrado o CPF para obtenção da nota fiscal eletrônica.
Este é um risco comum quando a pessoa atribui a seu CPF
despesas de terceiros superiores ao seu rendimento. Além
disso, há os cruzamentos com as despesas com cartão de
crédito, o cruzamento com informações obtidas no cartório
no caso da compra de imóveis e também o cruzamento
com os dados do Detran no caso de compra de veículos.

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