Sei sulla pagina 1di 11

Fichamento - EAT- Exercicio 3 – Márcio Pereira da Silva – 3Tm

Autoria
O Pentateuco contém varias citações sobre a composição de algumas partes. Há duas
referências claras a Moisés como sendo o autor de Êxodo 20-23, que é conhecido como
o “Livro da Aliança” (Êx 24.4,7).O texto afirma também que Moisés escreveu os Dez
Mandamentos sob a orientação do Senhor (Êx. 34.27). Diz se ainda que pelo menos dois
outros incidentes foram preservados pela escrita de Moisés (Êx 17.14; Nm 33.2). Há
também referencias claras de que Moisés é o autor de partes do livro de Deuteronômio
(Dt 31.9, 19,22,24).

Além da atividade literária de Moisés, as palavras de Deus são frequentemente


introduzidas por meio de frases como “Disse mais o Senhor a Moisés” (Lv 4.1). Aliás, a
maior parte do conteúdo de Êxodo e Deuteronômio está relacionada, de alguma forma, a
vida e o ministério de Moisés. Ele foi a figura central durante o período descrito entre o
Êxodo e Deuteronômio. Esse fato, com todas as evidências internas, leva á tradição quase
incontestada da autoria mosaica do Pentateuco.

Tanto a tradição judia quanto a dos cristãos primitivos associa o Pentateuco a Moisés. O
Talmude refere-se aos cinco primeiros livros da Bíblia como “os Livros de Moisés”.
Tanto a Mishna quanto o historiador a Josefo1 aceitavam a autoria mosaica do Pentateuco.
O novo testamento refere-se ao Pentateuco como as duas primeiras partes do Antigo
Testamento em expressões como “Está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas” (Lc 24.
27,44).

Abordagens modernas contestando a autoria do Pentateuco

A combinação do pensamento iluminista do século 18 com a teoria da evolução do século


19 resultou em uma onda de especulação sobre as origens do Pentateuco.

Criticas da fonte e da redação

No fim do século 19 surgiu um paradigma que ensinava que o Pentateuco havia sido
compilado a partir de quatro fontes diferentes. Esse ponto de vista é chamado de critica
da fonte. Essa teoria também é conhecida como Hipótese documentaria e seu principal
defensor foi JULIUS WELLHAUSEN. Ele formulou a teoria explicando como quatro
documentos originalmente independentes (J,E,D e P) foram combinados para formar o
Pentateuco, conclusões estas que estudiosos do Antigo Testamento da Alemanha, França,
Grã-Bretanha e nos Estados Unidos aceitaram.

Os elementos básicos dessa teoria são os seguintes:

O documento J foi elaborado em Judá por volta de 850 a.C. e usa o nome divino de
Yahweh (Iavé ou Jeová que aparece como SENHOR na ARA 2). Em um estilo de
narrativas simplista, esse documento apresenta Deus em termos antropomórficos (com
qualidades humanas).

O documento E foi escrito por volta de 750 a.C. como forma de correção do documento
J. Esse documento usa o termo menos íntimo de Elohim (“Deus”) e evita a terminologia
antromorfica.

O documento E apresenta a perspectiva da região norte em um estilo de prosa que é mais


rígido e formal que o documento J.

Algum tempo depois que os assírios conquistaram o reino do norte de Israel (722 a.C.),
os documentos J e E supostamente foram combinados em um único documento JE. Esse
novo documento refletia as convicções teológicas depois da crise histórica. Por volta de
650 a.C., o documento D foi escrito para reforçar a pureza dos cultos de adoração de
Judá. Essa nova fonte enfatizava a importância da adoração ao Senhor Deus ( combinando
com frequência Iavé e Elohim) em um santuário em Jerusalém. Assim o documento D
corrigia e atualizava o mais velho e menos preciso documento JE. As primeiras versões
da hipótese de Welhausem limitavam D a Deuteronômio 5- 26-28. Ele usava um estilo de
sermão, muitas vezes expressando sua teologia por intermédio de exortações.

De acordo com essa hipótese, os documentos JE e D foram fundidos constituindo a fonte


JED por volta de 587 a.C., quando Jerusalém foi derrubada pelos babilônios. Mas esse
novo documento negligenciava as necessidades sacerdotais da comunidade pós exilio.
Em algum ponto no meio do século 5º a.C., o documento P foi escrito para suprir essa
deficiência.

Por volta do ano 400 a.C., esses dois últimos documentos (JED e P) foram combinados
de modo a formar o JEDP, um conjunto de material que compõe o Pentateuco como
conhecemos hoje.

A reação da igreja foi clara. Os primeiros estudiosos conservadores expressaram em alta


voz sua oposição ás pressuposições céticas da hipótese. E.W. Hengstenberg (1802 –
1868) foi o mais prolifico desafiante dessa nova e radical teoria das fontes. Suas criticas
foram levadas adiante por James Orr, OSWALD ALLIS, E.J.YONG e outros. Esses
estudiosos diziam que a nova teoria violava as próprias afirmações internas do
Pentateuco.

Abordagem canônica e literária

Foi na segunda metade do século 20 que surgiram duas novas visões do Antigo
Testamento. A primeira critica do Canôn, que procura estudar aquilo que recebemos
como Antigo Testamento e expor sua mensagem teológica. Mesmo não rejeitando
completamente as descobertas das abordagens documentarias, estudiosos que usam a
crítica do Canôn procuram estudar a forma final da Bíblia tendo em vista que é isto que
tem autoridade para a comunidade religiosa.

Um outro acontecimento recente é o surgimento recente da crítica literária. Essa visão


também leva em consideração questões literárias mais amplas, mas seus proponentes.
Uma outra diferença está na ênfase á análise centrada no texto ou, as vezes, no leitor e
não na analise tradicional dos estudiosos mais antigos que era centrada no autor. Aqueles
que estudam sob a visão chegaram a diversos resultados diferentes, mas a nova crítica
literária parece promissora pelas suas ideias significativas acerca da interpretação bíblica.

Contribuições evangélicas

Os estudiosos conservadores da Bíblia têm aprendido muito com essas diferentes


abordagens. Nenhuma delas, sozinha, tem a resposta final para a questão da autoria do
Pentateuco. Mas fica claro que algumas dessas críticas (especialmente da redação, forma,
Canôn e literatura) são uteis quando usadas em conjunto com outros dados sobre o antigo
Oriente próximo. É nessa área que os conservadores tem dado sua maior contribuição no
estudo do Antigo Testamento – mediante o uso de materiais comparativos do Oriente
Próximo que servem como forma de verificar e equilibrar os métodos usados para a
pesquisa do Antigo Testamento.

Ao responderem a questão sobre a autoria do Pentateuco, estudiosos conservadores


normalmente encaixam -se em uma das três posições.

Primeiro, alguns datam o Pentateuco como sendo da era mosaica, permitindo porém a
inclusão de tempos materiais pós mosaicos. A estrutura básica do Pentateuco foi
estabelecida por Moisés ou sob a sua supervisão.

Segundo, alguns estudiosos conservadores datam a forma final do Pentateuco em alguma


época entre Josué e Salomão (até 930 a.C.). Acreditam que a maior parte do Pentateuco
adquiriu sua forma atual relativamente tarde na história israelita (séculos 9º -5ºa.C.).
Esses estudiosos reconheceram muitos elementos antigos nos livros, mas crêem que o
Pentateuco desenvolveu-se como resultado de adaptações feitas por gerações posteriores
que usaram material mosaico em importantes momentos de crise na história de Israel.

Baseando – se nas evidências encontradas dentro do próprio Pentateuco e na unidade das


tradições judaicas e cristãs, é prudente supor que as origens básicas para a maior parte do
Pentateuco são mosaicas. As evidências claramente dão crédito a Moisés pela substancia
desses livros. Ele é a fonte, o ponto de origem, o que autorizou. Porém termos como
“autor” e “autoria” não são apropriados quando nos referimos a produtos da literatura do
antigo Oriente Próximo, tendo em vista que as implicações que essas palavras têm nos
tempos modernos não estavam presentes na antiguidade. A autoria mosaica tem uma
função teológica importante nos estudos do Antigo Testamento, assim como a autoria
apostólica é importante para os livros do Novo Testamento.

Apesar dos estudiosos conservadores diferirem nas datas da forma final do Pentateuco,
eles concordam que esses livros de Moisés são inspirados, historicamente confiáveis e
continuam a falar com autoridade.

Principais temas do Pentateuco

Soberania de Deus – o Pentateuco inicia dando ênfase a soberania de Deus (Gn 1,2),
Gênesis parte do pressuposto de que Deus sempre existiu e é eterno. Além disso o Deus
dos israelitas criou todo o universo sem ajuda de ninguém. Ele o criou sem usar matéria
preexistente e o fez sem esforço, por meio do poder de sua palavra falada. O Pentateuco
dá outras demonstrações do domínio supremo de Deus mostrando como ele lidou com
indivíduos como Abraão, Isaque, Jacó, José e Moisés.

História

Ao contrário dos escritos de certas religiões (Confucionismo, Budismo, etc.), a religião


do Antigo Testamento atribuiu significado especial á História desde o princípio. No
Antigo Testamento, Deus criou a História e trabalhou por meios de seus acontecimentos.
Isto torna – se mais evidente na singular narrativa israelita da criação.

A condição da humanidade decaída

A mensagem é dolorosamente simples: a humanidade é decaída. Deus fez Adão e Eva


como ponto alto de sua criação perfeita. Mas o pecado entrou no jardim do Éden r mudou
imediatamente esse quadro perfeito (Gn 3). Pela primeira vez, os pais da humanidade
experimentaram a separação da graça de seu Criador. A perda de um relacionamento com
de paz com Deus também afetou sua relação com a natureza e um como o outro.

Salvação

A salvação também é um dos temas centrais do Pentateuco. Ela não é apenas uma doutrina
do Novo Testamento. O Pentateuco relata a salvação de Deus na forma de História. O
amor e a graça de Deus o levaram a tomar determinados passos para remediar o dilema
humano.

Santidade

A ênfase do Pentateuco sobre a graça soberana de Deus na redenção nos leva


naturalmente a mais um tema do Pentateuco. O Pentateuco enfatiza fortemente o conceito
de santidade. A única resposta apropriada do ser humano para a graça e o amor de Deus
é a santidade pessoal. O Deus soberano é supremo em seu caráter moral. Quando ele traz
o seu povo para perto de si, ele os convida a imitar o seu caráter (Lv 11.44). A santidade
é a apropriação humana da graça de Deus.

No Pentateuco, bem como em outras partes da Bíblia, a graça de Deus é seguida da lei. A
lei os protege de suas próprias atitudes autodestrutivas e, como meio de graça, os torna
mais semelhantes a ele.
O Pentateuco conta a história do povo de Deus. Como acontece com toda a Escritura,
Deus quer que essa história – a história de sua graça salvífica oferecida gratuitamente aos
homens torne – se também a nossa história.

Para os cristãos, a salvação pessoal é muito semelhante a história do Pentateuco. Deus, o


Soberano do universo, entra em nossa história pessoal e nos dá a solução para a nossa
natureza destruída. Por causa da graça e seu amor ele oferece salvação por meio de sua
própria revelação na História (encarnação). Deus nos dá profetas e mestres para
interpretar seus atos históricos e nos ajuda a manter nosso relacionamento com ele.

Gênesis

Autoria

O autor do Livro de Gênesis não é identificado. Tradicionalmente, tem-se sempre


achado que o autor foi Moisés. Não há nenhuma razão determinante para negar a autoria
mosaica de Gênesis.

Quando foi escrito:

O livro de Gênesis não afirma quando foi escrito. A data de sua autoria é provavelmente
entre 1440 e 1400 AC, entre o tempo quando Moisés conduziu os israelitas para fora do
Egito e a sua morte.

O título Gênesis (palavra grega significando “começo”) foi dado a este livro na tradução
da Septuaginta. O título hebraico consiste na primeira palavra do livro, berêshíth (“No
princípio”). O tema ou principal assunto tratado é o das origens: a origem do mundo
criado, da raça humana, das várias nações da terra, e depois, de maneira particular, da
família da aliança que compõe o povo redimido de Deus. Quanto à autoria do livro, não
contém nenhuma declaração direta quanto à composição. Segundo a tradição, porém, o
autor foi o próprio Moisés, e uma ordenança específica como a circuncisão no oitavo dia,
que aparece em Gênesis 17:12, se refere no Novo Testamento (Jo 7:23) como fazendo
parte da lei de Moisés. Esta tradição é apoiada pela circunstância de que é justamente
Gênesis que oferece com precisão a informação necessária para fazer inteligível o livro
de Êxodo. É no livro de Gênesis que se definem as promessas feitas a Abraão, Isaque e
Jacó, promessas estas, tão freqüentemente referidas nos demais livros da Torá, como
tendo sido cumpridas pelos acontecimentos momentosos do Êxodo e da conquista de
Canaã. Além disso, o fato de Êxodo começar com a palavra “e” (no hebraico) indica que
era a continuação do livro anterior. Uma consideração adicional acha-se nos requisitos da
situação enfrentada por Moisés enquanto procurava escrever uma constituição para a
teocracia de Jahweh que logo haveria de ser estabelecida na Terra da Promissão. Era
absolutamente essencial à unidade nacional dos israelitas possuírem um relatório exato
da sua própria origem nacional na pessoa de Abraão, e do trato feito com ele e seus
descendentes através da aliança com Deus. Embora as matérias para a composição do
livro tenham sido transmitidas a ele através dos cinco ou seis séculos antes da sua época,
antes da migração de Jacó para o Egito, parece que Moisés era um compilador e intérprete,
através da orientação do Espírito Santo, da matéria pré-existente que veio a ele através
dos seus antepassados, na forma oral e escrita.

Esboço de Gênesis

I. O Começo da Humanidade, 1:1 — 11:32. A. A Criação do Mundo, 1:1-2:3. B. O


lugar do homem no mundo, 2:4-25. C. A entrada do pecado, e a queda resultante, 3:1-
4:26. (Instituição da aliança da graça). D. As raças antediluvianas e os patriarcas (Adão
a Noé), 5:1-32. E. A pecaminosidade do mundo expurgada pelo Dilúvio. 6:1-9:29. F. A
posteridade de Noé, e as raças primitivas do Oriente Próximo, 10:1 — 11:32.

II. A Vida de Abraão, 12:1 — 25:18.

A. A chamada de Abraão, e sua aceitação da aliança pela fé, 12:1 — 14:24.

B. Renovação e confirmação da aliança, 15:1 — 17:27.

C. Ló é poupado de Sodoma, 18:1 — 19:38.

D. Abraão e Abimeleque, 20:1-18.

E . Nascimento e casamento de Isaque, o filho da promessa, 21:1 — 24:67.

F. A posteridade de Abraão, 25:1-18.

III. A vida de Isaque e sua Família, 25:19 — 26:35.

A. Nascimento de Esaú e Jacó, 25:19-28

B. Esaú vende a primogenitura a Jacó, 25:29-34.

C. Isaque e Abimeleque II, 26:1-16.


D. A disputa em Berseba, 26:17-33.

E. Os casamentos de Esaú, 26:34, 35.

IV. A vida de Jacó, 27:1 — 37:1.

A. Jacó no lar paterno, 27:1-46.

B. Exílio e viagem de Jacó, 28:1-22.

C. Jacó com Labão na Síria, 29:1 — 33:15.

D. Jacó volta à terra da promissão, 33:16 — 35:20.

E. A posteridade de Jacó e Esaú, 35:21 — 37:1.

V. A Vida de José, 37:2 — 50:26.

A. José como menino, 37:2-36.

B. Judá e Tamar, 38:1-30.

C. José promovido no Egito, 39:1 — 41:57.

D. José e seus irmãos, 42:1 — 45:15.

E. José recebe Jacó no Egito, 45:16 — 47:26.

F. Últimos dias de Jacó e suas profecias finais, 47:27 — 50:14.

G. José garante aos seus irmãos seu perdão completo, 50:15-26.

Observa-se, ao examinar este esboço, quão cuidadosa e sistematicamente o período


patriarcal inteiro foi tratado pelo autor de Gênesis. O princípio orientador no decurso da
narrativa é a aliança da graça, e a maneira graciosa de Deus tratar com os verdadeiros
crentes desde a época de Adão em diante. Em primeiro lugar, vem o processo da
seleção, pelo qual a comunidade da aliança é estreitada por etapas, até ser limitada a um
único indivíduo, Abraão; depois, o princípio eletivo se alarga para abranger uma grande
família, a de Jacó. Então o palco está armado para ser nutrida uma nação inteira no
refúgio adequado de Gósen no Egito.

O Conteúdo

As cinco primeiras seções, marcadas, todas, por toledoth, dão forma à estrutura do
prólogo primevo. O capítulo 1 fecha-se com 2.4a. O próximo bloco (2.4b— 4.26) —
tratando da origem e da condenação do pecado— é fechado por 5.1, que introduz a lista
dos descendentes de Abraão. Em 6.9, a fórmula prepara para a narrativa do dilúvio,
fazendo separação entre a história dos filhos de Deus e das filhas dos homens (6.1-4) e
as pinceladas sobre o pecado humano (v. 5-8). Esses dois trechos curtos descrevem a
terrível corrupção que levou Deus a enviar o dilúvio. Gênesis 10.1 começa com o
Quadro das Nações, salientando o repovoamento da terra depois do dilúvio (6.9—9.29).
Gênesis 11.10 conclui a história da torre de Babel (11.1-9) e serve de preparação para as
sagas dos patriarcas após o dilúvio. Essas, portanto, são as divisões do prólogo primevo
no próprio texto bíblico.

O Contexto Histórico

O chamado de Abraão inicia um desdobramento histórico radicalmente novo. Deus atua


na história para provocar uma série de eventos que, no final, preencherão a lacuna que o
pecado interpôs entre Deus e o mundo. Em dois séculos de alta crítica, com suas
tentativas de decifrar indícios de pano de fundo, autoria, fontes e formas literárias de
Gênesis, alguns estudiosos chegaram à conclusão de que as narrativas patriarcais têm
valor histórico reduzido. Dizem que as narrativas refletem crenças da época em que
foram escritas —ou o início da Monarquia (séc. IX-VIII a.C.) ou o período pós-exílico.
Os próprios patriarcas são entendidos como formas de deidades cananéias, heróis
provenientes do folclore pré-israelita ou personificações das tribos cuja história se
reflete em seus movimentos e relações. Quando essas idéias começaram a se
desenvolver, a história e a cultura do terceiro e do quarto milênio eram praticamente
desconhecidas. Desde então, deram-se ricas descobertas de materiais. Foram escavados
numerosos sítios na Palestina, Síria e Mesopotâmia. Centenas de milhares de textos
foram encontrados. Esse material permite uma reconstrução mais completa da história
do Oriente Próximo, pelo menos no que diz respeito aos centros mais importantes da
civilização: o Egito e a Mesopotâmia. Embora permaneçam muitas lacunas e muitas
perguntas, essas descobertas transformaram de tal maneira o conhecimento acerca do
período que ele deixou de ser uma era obscura. Segue-se um breve esboço dos
principais eventos do período.

A história dos patriarcas

Deus lidou com sua criação arruinada em escala universal. Apesar dos objetivos
redentores de Deus, nem o diluvio e nem a dispersão da humanidade controlaram o
pecado no mundo. Na verdade, o dilema humano encontra sua solução na graça de Deus
e na fé do patriarca Abraão. Entre outras verdades importantes, essa unidade nos mostra
como obediência fiel de um único individuo tem significado universal.

Teologia nas narrativas patriarcais

As narrativas patriarcais contem muito dos fundamentos para o resto do pensamento e


teologia cristã em geral.

Eleição

O chamado de Abraão também contém o propósito para o futuro de Israel. (Gn 12.2,3),
Deus criou a nação de Israel com um propósito: servir de instrumento de salvação para
o mundo. Muitas vezes, essa nação tomou a eleição como sendo apenas um privilégio e
esqueceu -se de que ele também trazia responsabilidades. A eleição de Isaque em vez de
Ismael e de Jacó em vez de Esaú não foi por causa de seu caráter ou suas ações. Ele os
elegeu para dar continuidade ás promessas da aliança antes mesmo que eles tivesse
nascido. Eles foram escolhidos para estar na linhagem das promessas da alinça, “não por
obras, mas por aquele que chama” (Rm 9.11).

A eleição divina dos patriarcas concentra-se mais em seus planos para eles como
instrumentos de salvação para o mundo.

Promessa

As promessas de Deus para Abraão em Gênesis 12.2,3 servem de foco para o resto dos
relatos patriarcais. Elas são cumpridas apenas parcialmente por meio de Abraão. Quando
da sua morte, ele havia adquirido apenas um pequeno terreno da terra prometida (Gn
23.17,18) e Isaque não podia ser considerado exatamente uma multidão de descendentes.
Gênesis se encerra com essa descendência vivendo no Egito. O cumprimento final dessas
promessas deve esperar por uma geração futura.

Aliança

As promessas e a aliança que Deus estabeleceu com Abraão também foram confirmadas
para Isaque, Jacó e José. A aliança de Deus com os patriarcas é fundamental para outras
alianças feitas na Bíblia. O relacionamento de aliança entre Deus e Abraão estabelece
uma estrutura teológica para o relacionamento redentor ao longo de toda a Bíblia e na
teologia cristã. A aliança mosaica formalizou o relacionamento entre Deus e o povo de
Israel. A aliança com Davi tornou permanente a relação entre Deus e a dinastia real de
Israel. Jesus Cristo selou o relacionamento entre Deus e o seu povo por meio da vida,
morte e ressurreição redentoras. Todas esses relacionamentos com Deus estão
relacionados com a aliança entre Deus e os patriarcas. As promessas são centrais e
eternas. Mas a aliança ensinou aos crentes patriarcais o que era esperado deles em seu
relacionamento com Deus.

Bibliografia

Lasor, William. Introdução ao Antigo Testamento / William Lasor. — São Paulo : Vida
Nova, 1999. 880 p .; 16x23 cm.
Arnold. T. Bill.\ Beyer E. Bryan Descobrindo o Antigo Testamento – São Paulo, Vida
nova, 2001. 525 p.

Potrebbero piacerti anche