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br Revista Mensal do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul
Sumário
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL
Cartas....................................................................................... 4
Rua Guilherme Alves, 1010 - Porto Alegre - RS - CEP 90.680-000 - www.crea-rs.org.br
Editorial.................................................................................... 5
Presidente
Eng. Agrônomo Gustavo Lange
1° Vice-Presidente
Entrevista.................................................................................. 6
Eng. Eletricista José Cláudio da Silva Sicco
2° Vice-Presidente Eng. florestal Doádi Brena: coordenador do
Eng. Civil Donário Rodrigues Braga Neto
1° Diretor Administrativo Programa Floresta-Indústria RS
Arq. Rosana Oppitz
2° Diretor Administrativo
Téc. em Química Luiz Antônio Castro dos Santos
Notícias CREA-RS..................................................................... 9
1° Diretor Financeiro
Geólogo Antonio Pedro Viero Matéria Técnica
2° Diretor Financeiro
Eng. Agrônomo Jorge Gelso Cassina
Coordenadora das Inspetorias Engenharia do vento: mais segurança
Eng. Eletrônica Shirley Schroeder
Coordenador Adjunto das Inspetorias e otimização nas edificações.................................................... 14
Eng. Civil Marcus Vinicius do Prado
Sumário
Embalagens de agrotóxicos: um desafio para a agricultura....... 18
Conselheiro Federal representante do CREA-RS
Arq. Osni Schroeder
Livros & Sites......................................................................... 21
TELEFONES CREA-RS PABX 51 3320.2100 - Caixa de Assistência 51 3320.2112 Fax 51 3320.2111 - Câmara
Agronomia 51 3320.2245 - Câmara Arquitetura 51 3320.2247 - Câmara Eng. Civil 51 3320.2249 - Câmara
Caixa de Assistência............................................................... 22
Eng. Elétrica 51 3320.2251 - Câmara Eng. Florestal 51 3320.2277 - Câmara Eng. lndustrial 51 3320.2255
- Câmara Eng. Química 51 3320.2258 - Câmara Eng. Geominas 51 3320.2253 - Comissão de Ética 51 Novos produtos para associados 3
3320.2256 - Depto. da Coordenadoria das Inspetorias 51 3320.2210 Fax 51 3320.2212 - Depto. Administrativo
51 3320.2108 Fax 3320.2164 - Videocrea 51 3320.2168 - Depto. Com. e Marketing 51 3320.2267 - Depto.
Contabilidade 51 3320.2170 Fax 51 3320.2172 - Depto. Financeiro 51 3320.2120 Fax 51 3320.2127 - Depto. TecnoPrev: futuro garantido
Fiscalização 51 3320.2130 Fax 51 3320.2132 - Depto. Informática 51 3320.2186 Fax 51 3320.2184 - Depto.
Jurídico 51 3320.2190 Fax 51 3320.2195 - Depto. Registro 51 3320.2140 Fax 51 3320.2141 - Depto. Exec. Novidades Técnicas................................................................ 24
das Câmaras 51 3320.2250 Fax 51 3320.2254 - Presidência 51 3320.2260 Fax 51 3320.2261 - Protocolo 51
3320.2150 - Recepção 51 3320.2101 - Secretaria 51 3320.2270 Fax 51 3320.2272 - Superintendência 51
3320.2268 Fax 51 3320.2261 Cursos & Eventos.................................................................... 26
DISQUE SEGURANÇA 0800.510.2563 Memória................................................................................. 27
TELEFONES DAS INSPETORIAS
ALEGRETE Fone/Fax 55 3422.2080 I BAGÉ Fone 53 3241.1789 Fax 53 3242.3167 I BENTO GONÇALVES Fone/ Geologia no Brasil: história de meio século
Fax 54 3452.3291 I CACHOEIRA DO SUL Fone 51 3723.3839 Fax 51 3722.3839 I CACHOEIRINHA/GRAVATAÍ
Fone 51 3484.2080 Fax 51 3488.4867 I CAMAQUÃ Fone/Fax 51 3671.1238 I CANOAS Fone 51 3476.2375 Fax
51 3476.6722 I CAPÃO DA CANOA Fone 51 3665.4161 Fax 51 3665.3388 I CARAZlNHO Fone 54 3331.1966
Artigos Técnicos
Fax 54 3331.4396 I CAXIAS DO SUL Fone 54 3214.2133 Fax 54 3214.3825 I CRUZ ALTA Fone/Fax 55 3322.8141
I ERECHIM Fone 54 3321.3117 Fax 54 3522.1595 I FREDERICO WESTPHALEN Fone 55 3744.3060 Fax 55 Telhados verdes: a cobertura ecológica.................................... 28
3744.3733 I GUAÍBA Fone 51 3491.3337 Fax 51 3480.1650 I IBIRUBÁ Fone 54 3324.1613 Fax 54 3324.1727
I IJUÍ Fone 55 3332.9492 Fax 55 3332.9492 I LAJEADO Fone/Fax 51 37481033 I MONTENEGRO Fone 51
3832.1624 Fax 51 3632.4455 I NOVO HAMBURGO Fone 51 3594.5922 Fax 51 3582.2028 I PALMEIRA DAS
Sistemas de informações georreferenciadas:
MISSÕES Fone 55 3742.2099 Fax 55 3742.2888 I PANAMBI Fone 55 3375.4741 Fax 55 3375.4946 I PASSO
FUNDO Fone/Fax 54 3313.5099 I PELOTAS Fone/Fax 53 3222.7885 I PORTO ALEGRE Fone 51 3337.5934 Fax
tendências futuras.................................................................... 29
51 3343.1744 I RIO GRANDE Fone/Fax 53 3231.2190 I SANTA CRUZ DO SUL Fone 51 3711.3108 Fax 51
3715.5284 I SANTA MARIA Fone 55 3222.7366 Fax 55 3222.7721 I SANTA ROSA Fone 55 3512.6093 Fax 55 A sociedade e a dependência das fontes de energia.................. 30
3512.6281 I SANTANA DO LIVRAMENTO Fone 55 3242.4410 Fax 55 3241.3060 I SANTIAGO Fone 55 3251.2155
Fax 55 3251.4025 I SANTO ÂNGELO Fone/Fax 55 3312.2684 I SÃO BORJA Fone/Fax 55 3431.3833 I SÃO
GABRIEL Fone/Fax 55 3232.5910 I SÃO LEOPOLDO Fone 51 3592.6532 Fax 51 3589.8559 I SÃO LUlZ GONZAGA
A formação de novos engenheiros florestais no norte do RS.... 31
Fone 55 3352.1822 Fax 55 3352.2959 I TAQUARA Fone 51 3542.1183 Fax 51 3541.3313 I TORRES Fone 51
3626.1031 Fax 51 3664.2489 I TRAMANDAÍ Fone 51 3661.2277 Fax 51 3664.1601 I TRÊS PASSOS Fone 55 A Classificação como instrumento da
3522.2516 Fax 55 3522.2088 I URUGUAIANA Fone 55 3412.4266 Fax 55 3411.3940 I VACARIA Fone 54
3232.8444 Fax 54 3231.2277 gestão de resíduos sólidos e a NBR 10.004/04........................ 32
POSTOS DE ATENDIMENTO
DOM PEDRITO Fone/Fax 53 3243.1735 I ENCANTADO Fone/Fax 51 3751.3954 I ESTEIO Fone/Fax 51 3459.8928
Mercado de Trabalho.............................................................. 33
I SÃO JERÔNIMO Fone/Fax 51 3651.5076 I SINTEC-RS Fone/Fax 51 3226.2977 I SMOV Fone/Fax 51 3320.2290
I VIAMÃO Fone/Fax 51 3485.3096 Indicadores............................................................................. 34
edição nº 34
adriano becker
Gerente do Departamento de Comunicação e Marketing: jomalista Anna Fonseca Politis (Reg. 6.106)
Jornalista Responsável: Jô Santucci (Reg. 18.204)
Colaboradores:
jornalista Andrea Fioravanti Reisdörfer (Reg. 8.184)
estagiário Wesley Lopes Kuhn
Comercialização: Print Sul Representações - Fone: 51 3328.1344 - printsul@printsul.com.br
Editoração e Montagem: Pública
Tiragem: 54 mil exemplares
Comissão Editorial
Coordenador engenheiro civil Jefferson Luiz de Freitas Lopes; arquiteto Antônio Trindade; engenheiro eletricista
Fabiano Salvadori; engenheiro florestal Edilberto Stein de Quadros; engenheiro de segurança do trabalho
Engenharia do
Alfredo Reinick Somorovsky; engenheira química Liliana Amaral Féris; geólogo Sandor Arvino Grehs vento: uma
ferramenta de
O CREA-RS, a Conselho em Revista, assim como as Câmaras Especializadas segurança para
não se responsabilizam por conceitos emitidos nos artigos assinados neste veículo. as construções
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Plano diretor
Fechamento de sacadas. Embora perti-
nente, não é o principal problema do PD. É
obrigação da prefeitura cobrar o IPTU atuali-
zado referente ao imóvel, aliás como faz com
qualquer telheiro em propriedade não locali-
zada em condomínios. O principal problema
é a área cada vez menor dos dormitórios. Em
vez dos 12 m² (dorm. casal), 9 m² (2º dorm.),
9 m² (3º dorm.), 7,5 m² (4º dorm.), e 5 m² (dorm.
empregada) preconizados pelo antigo Código
de Obras, oferece-se hoje áreas de, respecti-
vamente, 10 m², 8,5 m², 7 m², 6 m² e incríveis
3 m² para a empregada! Este é o maior pro-
cartas
editorial
por profissionais de várias áreas profis- momento para a adoção de energias reno-
sionais, estudantes e especialistas que váveis é oportuno e já está trazendo resul-
apresentaram suas ações e projetos. Ava- tados positivos para o país e mundo.
lio esta realização como um momento Outro momento de extrema relevân-
ímpar, em que dividimos conhecimento cia para o Sistema Confea/Creas foi a rea-
e multiplicamos idéias que já estão ou lização do 10º Congresso Estadual de Pro- 5
estarão, logo ali na frente, fazendo a dife- fissionais da Área Tecnológica. O encon-
rença em nosso universo. Nossa intenção tro, que reuniu para discussão e votação
era sair da teoria para a prática das idéias. as propostas apresentadas por cerca de
Acredito que conseguimos. 2 mil profissionais nos 41 Congressos Dis- gresso Nacional de Profissionais, que
Iniciativas como esta servem para tritais, foi um importante momento para ocorrerá durante a 64ª Soeaa. É nova-
reforçar nossa responsabilidade como o futuro das nossas categorias profissio- mente chegada a hora de nos unirmos e
cidadãos e como técnicos da área tecno- nais. Destaco ainda a qualidade das pro- defendermos assuntos de interesse das
lógica. Fomentar e incentivar a utilização postas apresentadas. Por fim, lembro que engenharias, arquitetura, agronomia e
das energias renováveis significam rei- em agosto teremos a realização 6º Con- demais áreas do Sistema.
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Conselho em Revista – No que consis- vos Locais (Clusters), assegurando a uti- dutos florestais, baseado nas condições
te o Programa Floresta-Indústria RS? Quais lização sustentável do potencial da base edafoclimáticas ímpares que o Estado
os seus objetivos? florestal e agregando maior valor aos apresenta para a produção florestal. Para
Doádi Antônio Brena – O programa produtos e serviços dessa importante o RS, esses investimentos anunciados
nasceu como elemento adicional ao cadeia produtiva. O Plano Estratégico representam o início da implementação
esforço político e social visando dinami- proposto para o Programa Floresta-Indús- de uma estratégia de adensamento de
zar a Metade Sul do Estado, com a cria- tria RS, do qual fui coordenador, tem pequenas e médias empresas em seu
ção do Comitê da Indústria de Base Flo- como objetivo principal estabelecer um entorno, capazes de promover o desen-
restal e Moveleira da Fiergs, com o pro- instrumento de diálogo entre os atores volvimento sustentável através da for-
pósito de formar um Pólo Madeireiro envolvidos com a cadeia produtiva de mação e do estabelecimento de Clusters
Moveleiro na Mesorregião Metade Sul base florestal, visando orientar, estimu- ou Arranjos Produtivos de base florestal,
e o aproveitamento de suas potenciali- lar e facilitar o seu processo de desen- e que tem sido utilizados para a acelera-
dades e proteção ao meio ambiente. Em volvimento sustentável, através da indi- ção do desenvolvimento de diversos seto-
dezembro de 2003 foi firmado o convê- cação de prioridades e atividades de res (calçadista, informática, aeroespacial,
nio entre o Estado do Rio Grande do Sul, melhoria da competitividade, bem como têxtil, etc.), regiões ou países. No RS, os
por intermédio da Secretaria de Estado estruturar e otimizar Arranjos Produti- Arranjos Produtivos de Base Florestal
da Agricultura e do Abastecimento (SAA) vos de Base Florestal, com ênfase nas pretendidos seguem Modelo de Desen-
e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente Pequenas e Médias Empresas (Pemes), volvimento que embasa o Programa Flo-
(Sema-RS), do Centro das Indústrias do no período 2007-2027. resta-Indústria RS, e que depende, em
Rio Grande do Sul (Ciergs) e a Univer- princípio, de três fatores básicos, aplica-
sidade Federal de Santa Maria (Ufsm), CR – Quais são os interesses das em- dos em um horizonte temporal de 20
por intermédio da Fundação de Apoio presas reflorestadoras no Rio Grande do anos (2007-2027): manejo sustentável das
à Tecnologia e Ciência (Fatec), para rea- Sul? Que vantagens trazem para o Estado florestas naturais, obedecendo aos pre-
lizar os estudos necessários para a implan- e para as próprias empresas? ceitos legais; disponibilidade de terras
tação de um programa floresta-indústria DB – O interesse, assim como o das para o plantio de florestas; e acesso a
no RS. Percebeu-se que tal iniciativa pode- demais empresas integrantes da cadeia mercados que remunerem adequada-
ria servir para planejar o adensamento produtiva de base florestal no Rio Grande mente os investimentos (entendendo-se
de empresas de diferentes escalas e a do Sul, é aproveitar as oportunidades por mercados a relação existente de oferta
expansão da base florestal em todo o que se apresentam no mercado nacional e demanda entre cada uma das fases do
Estado, na forma de Arranjos Produti- e internacional de produtos e subpro- processamento industrial).
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CONSELHO em revista | nº 34
CR – Qual a relação e a influência do expressa nas conclusões e recomenda- lógico e o Zoneamento das diversas Ati-
Zoneamento Ambiental da Silvicultura do ções do documento elaborado pelo Grupo vidades Produtivas ou Projetadas, como
RS no Programa Floresta-Indústria? de Trabalho instituído pela Sema: Aná- instrumentos da Política Estadual de Meio
DB – No início do Programa Floresta- lise da Primeira Versão das Diretrizes para Ambiente. Por outro lado, a Política Nacio-
Indústria RS foi proposto um instrumento a Atividade de Silvicultura no Rio Grande nal do Meio Ambiente, instituída pela
de zoneamento que apresentasse dire- do Sul. A análise criteriosa dos aspectos Lei Federal nº 6.938/81, estabelece no ar
trizes indicativas de zonas prioritárias, legais, técnicos, econômicos e sociais deste tigo 9º, Inciso II, o Zoneamento Ambien-
zonas com limitações e zonas inadequa- programa, alicerçada pelos pareceres téc- tal como um dos seus instrumentos, vi
das para a silvicultura, instrumento este nicos, estudos e literatura científica ane- sando a compatibilização do desenvolvi
que desde o começo estaria alinhado à xados, ou referidos, permite concluir, de mento econômico-social com a preserva
estratégia de desenvolvimento sustentá- forma geral, que o trabalho apresentado ção da qualidade do meio ambiente e do
vel preconizado pelo governo gaúcho, possui impropriedades, erros e omissões equilíbrio ecológico. Esse artigo 9º foi
contando com a participação e anuência de natureza jurídica, que o tornam um regulamentado pelo Decreto Federal
do órgão ambiental estadual. Essa preo- documento prejudicial para o fim a que 4.297/02, definindo o Zoneamento Eco-
cupação inicial tinha como base os Ins- se propõe. Afronta e desobedece alguns lógico-Econômico (ZEE) como o Instrumen
trumentos da Política Florestal do Rio instrumentos legais. A elaboração das Di to Técnico e Político para planejamento
entrevista
Grande do Sul, preconizado no artigo 5˚, retrizes para a Atividade da Silvicultura nacional, estadual, municipal e mesmo
item IV da Lei 9.519, de 21/01/1992 (Código no Rio Grande do Sul, definindo ações de biomas. Assim o órgão ambiental, que
Florestal Estadual), e seu Objetivo Espe- específicas para esta atividade, sem o pré- tem a responsabilidade de garantir a pre
cífico (artigo 3˚, item V da mesma lei), vio Zoneamento Ecológico-Econômico, servação e a conservação do meio ambien
relativo à instituição de Programas de inverte e desconsidera o procedimento te, precisa se valer de instrumentos de
Florestamento e Reflorestamento, os quais estabelecido pela legislação federal, e po planejamento que trate de todas as ativi
devem considerar as características socio- derá trazer sérios prejuízos à opção estra- dades produtivas em conjunto, como de 7
econômicas e ambientais das diferentes tégica do desenvolvimento florestal sus- termina a legislação federal e depois pode
regiões do Estado. O zoneamento pro- tentável do Estado. aprofundar alguma atividade em parti-
posto inicialmente pretendia orientar os O documento analisado apresenta cular. Desse modo, considero que o zonea
produtores florestais onde a atividade da falhas quanto à metodologia utilizada, mento da silvicultura, além de estar em
silvicultura poderia ser desenvolvida com pois estabelece como unidades espaciais desacordo com o estabelecido pelo Decreto
maior eficiência e menor Federal 4.297/02, a adoção
impacto ambiental. de instrumentos por ati-
Além disso, o zonea- vidade não será efi-
mento também deveria “O Programa Floresta-Indústria RS visa a criação ciente para a gestão
orientar os produtores ambiental do Estado
em relação às espécies de um Pólo Madeireiro Moveleiro na Mesorregião porque se perde a noção
mais apropriadas para Metade Sul, com o aproveitamento de suas do conjunto e será difí-
o cultivo nas diferentes cil agregar as diretrizes
regiões do Estado, bem potencialidades e proteção ao meio ambiente” de zoneamentos por ati-
como facilitar o licen- vidade para compor o
ciamento ambiental por zoneamento ambiental
parte da Fepam. Entre- do Estado.
tanto, a expectativa do ins-
trumento proposto foi transformada pelo básicas as Unidades de Paisagem Natu- CR – Existem muitas discussões so-
Corpo Técnico da Fepam, designado para ral, sem considerar o uso e a ocupação bre os prejuízos ambientais das monocul-
este fim, no Zoneamento Ambiental para atual do solo, a cobertura vegetal atual e turas florestais (principalmente pinus e
a Silvicultura desvinculado da estratégia as alterações antrópicas. Ainda descon- eucalipto). Tecnicamente, quais são as
de desenvolvimento sustentável do Exe- sidera as bacias hidrográficas como uni- vantagens e desvantagens dessa ativida-
cutivo Gaúcho, sob a alegação de que a dades de planejamento, em desacordo de produtiva?
elaboração do zoneamento em pauta seria com a Política Estadual de Recursos Hídri- DB – Essas discussões precisam ser
uma prerrogativa exclusiva do órgão cos. Contraria, ainda, o Programa Nacio- situadas em um contexto de amplo espec-
ambiental. No entanto, em que pese essa nal de Florestas cujos principais objetivos tro: há uma demanda da população bra-
prerrogativa ser legalmente amparada, são o aumento da base florestal plantada, sileira e mundial de produtos e subpro-
o órgão ambiental não dispunha de recur- o manejo sustentado das florestas natu- dutos florestais para energia, siderurgia,
sos para a contratação de uma consulto- rais e a reincorporação de áreas impro- construção civil, mobiliário, celulose e pa
ria, visando realizar os estudos necessá- dutivas ao processo produtivo florestal, pel, resinas, extrativos, que cresce com o
rios à fundamentação e execução de um para atender à demanda de madeira no aumento da população. Até a década de
zoneamento desta ordem. Diante dessa país. Contraria também à Política Flores- 50, a demanda brasileira desses produtos
realidade, o órgão ambiental solicitou tal do Estado, quanto à implantação do e subprodutos florestais era suprida exclu-
apoio financeiro da Ageflor para agilizar Programa Floresta-Indústria RS, diante sivamente pelo processo de desmata-
a elaboração do zoneamento, fato que da inviabilização da atividade de silvi- mento de florestas nativas, que avançava
foi prontamente atendido mediante um cultura no Estado, entre outros. rápida e desordenadamente, abrindo
convênio firmado entre as partes e a con- espaço para a agricultura. O referido pro-
tratação da empresa Biolaw Consultoria CR – Por que foi feita a distinção en- cesso de desmatamento foi responsável
Ambiental. tre a atividade de silvicultura e as demais pelo estabelecimento de um robusto par-
culturas agrícolas para a elaboração de que industrial madeireiro no RS e pelo
CR – Na sua opinião, quais são os pon- um zoneamento ambiental? fortalecimento da economia gaúcha. No
tos positivos e negativos no Zoneamento DB – Porque a Lei Estadual 11.520/00, entanto, a perspectiva de exaustão das
Ambiental da Silvicultura do RS? que instituiu o Código Estadual do Meio florestas nativas que se apresentava cada
DB – A análise do zoneamento está Ambiente, estabelece o Zoneamento Eco- vez mais evidente fez com que o governo
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CONSELHO em revista | nº 34
divulgação
e o setor privado buscassem meios capa-
zes de manter e ampliar a atuação do
parque industrial madeireiro gaúcho e
seus benefícios socioeconômicos. Entre
as alternativas encontradas para o pro-
pósito requerido, duas foram seleciona-
das e implementadas: a reposição do
pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia)
e o plantio de florestas de rápido cresci-
mento, principalmente para atender ao
consumo de madeira com fins energéti-
cos. Nessas circunstâncias, o eucalipto
respondeu satisfatoriamente às expecta-
tivas silviculturais e de produção de ma
deira para energia e usos diversos, razão
pela qual as plantações expandiram rapi-
entrevista
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Notas
Formação da Cooperativa de ARTs não entregues prejudicam acervo
Crédito dos Profissionais técnico dos profissionais
De janeiro a abril deste ano, 66% das Anotações de Responsabilidade
(CREACred RS) Técnica que tiveram sua taxa paga através do boleto bancário “outros ban-
A CREACred, criada no último dia 10 de cos”, ou seja, que podem ser quitadas em qualquer banco, não tiveram
uma das vias entregues ao CREA-RS. A informação é do gerente do Depar-
notícias crea-rs
maio, irá remeter ao Banco Central a ata de fun-
dação e os estatutos aprovados pelos 26 sócios tamento de Fiscalização do Conselho, eng. de minas Sandro Schneider.
Atualmente existem duas formas de se efetuar o pagamento das ARTs.
fundadores. A informação é do diretor admi-
Através do convênio CEF/lotérica – nesse caso o banco retém uma via e
nistrativo da cooperativa, eng. agrônomo Cezar encaminha ao Conselho, ou a segunda opção, que é efetuar o pagamento
Nicola. “Nossa expectativa é que a Cooperati- em qualquer agência bancária. “Nessa situação cabe ao profissional entre-
va inicie as atividades em agosto ou setembro gar uma via, com assinaturas originais – profissional e contratante – ao
deste ano.” Nicola explica que a forma de par- Conselho, não podendo ser uma cópia. Nossa principal preocupação é
ticipação é voluntária via aquisição e integra- quanto à Certidão de Acervo Técnico. Todas estas ARTs não estão ingres-
lização de cotas partes. Cada cota vale R$ 1,00 sando no acervo técnico dos profissionais”, alerta Sandro.
e o mínimo para associar-se são 400 cotas, que A CAT é o documento que comprova a experiência do profissional. É 9
poderão ser parceladas. Podem ser sócios da solicitada em processos de licitação ou por qualquer contratante que queira
CREACred profissionais em dia com o Siste- se certificar da experiência do profissional que está contratando. “O CREA-
ma, funcionários do CREA-RS e Caixa de Assis- RS faz um alerta aos profissionais para que encaminhem ao Conselho a
tência RS, parentes em primeiro grau e empre- via da ART e, dessa forma, mantenham seu acervo atualizado”, finaliza o
sas registradas no Conselho. Entre os serviços gerente do Departamento de Fiscalização.
propostos estão a captação de recursos pagan-
do rendimentos acima do mercado bancário
convencional, alocação de recursos cobrando Confea firma convênio com Abnt
juros abaixo do mercado, entre outros. A Coo- O plenário do Confea aprovou proposta do Conselho Diretor para
perativa tem por finalidade estimular a forma- estabelecimento de convênio entre Conselho Federal e Associação Brasilei
ção de poupança, proporcionar, pela mutuali- ra de Normas Técnicas (Abnt). De acordo com o termo a ser firmado, o
dade, assistência financeira aos associados atra- Confea pagará um valor anual para participar como sócio mantenedor da
vés de suas atividades específicas, fomentar a Abnt e terá, como contrapartida, a participação em cinco comitês de norma
produção tecnológica seja na educação, na pres- tização setoriais com direito a voto, acesso gratuito para consulta de nor-
tação de serviços ou industrialização, prestar mas técnicas da Abnt e do Mercosul, que poderão ser feitas na sede do
serviços inerentes à sua condição de institui- Confea, dos Creas, das Inspetorias Regionais, na sede da Mútua e nas Cai-
ção financeira, podendo praticar todas as ope- xas de Assistência. “Esse acesso, aberto aos profissionais do Sistema, será
rações compatíveis com sua modalidade social, exclusivamente para consulta sem possibilidade de download”, explica o
inclusive obter recursos financeiros de fontes conselheiro federal arq. Osni Schroeder. De acordo com o convênio, haverá
a franquia de 1.500 cópias nesses pontos de consulta, com critérios a serem
externas e promover os aprimoramentos técni-
estabelecidos pelo Confea e desconto de 50% na aquisição de normas técni
cos, educacionais e social de seus dirigentes, cas da Abnt e do Mercosul, relativos ao preço de catálogo, exclusivamente
associados, empregados e respectivos familia- para profissionais e instituições do Sistema Confea/Creas. “É uma ação do
res. Podem fazer parte da CREACred pessoas Sistema que vem para auxiliar os profissionais da área tecnológica na qua-
físicas profissionais do CREA-RS e, excepcio- lificação ainda maior da sua atuação”, conclui o conselheiro Osni.
nalmente, pessoas jurídicas que tenham sócios
associados à Cooperativa. “O próximo passo é
o encaminhamento de mais alguns documen-
tos dos diretores ao Banco Central e, quando
este autorizar o funcionamento, faremos uma Censura Pública
grande campanha para divulgação e captação
de mais associados”, afirma o eng. agrônomo
Gustavo Lange, presidente do CREA-RS e dire- O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agro-
tor executivo da Cooperativa, que tem também nomia do Rio Grande do Sul, Crea-RS, Serviço Público Fede-
como membros da diretoria o engenheiro Luiz ral, Órgão de Fiscalização do Exercício Profissional, com fun-
Carlos Garcia, como diretor financeiro, e como
damento no Artigo 71, Alínea “b”, combinado com Artigo 72
diretor técnico o arq. Pedro Regner. A CREA-
Cred deverá funcionar, mediante convênio, na da Lei Federal nº 5.194/66, em cumprimento à decisão da Câ-
sede do Conselho em Porto Alegre. “Tendo em mara Especializada de Arquitetura, torna público que foi apli-
vista as dúvidas que têm surgido, estamos dispo cada ao arquiteto André Luciano Bertolucci, registro no Crea-
nibilizando o e-mail creacred-rs@crea-rs.org.br
RS, sob nº 70.364, a pena de CENSURA PÚBLICA, pela infrin-
para mais detalhamento sobre a Cooperativa”,
informa o diretor financeiro da CREACred, eng. gência ao Código de Ética Profissional nos autos do processo
Luiz Carlos Garcia. disciplinar 2001030255.
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Notas
Novo Pacto Social e Profissional foi tema do 10º CEP
Adriano Becker
Os 206 delegados eleitos nos 41 Con-
gressos Distritais, realizados em abril,
além de inspetores, conselheiros, profis
sionais e estudantes formaram a platéia
notícias crea-rs
Delegados eleitos
Com mandato
Eng. civil João Luis Collares Machado
Arquiteta Monica Grosser
Arquiteto Antônio Cândido Varela Trindade
Sem mandato
Arquiteta Raquel Rhoden Bresolin
Eng. industrial Roi Rogers Correa de Almeida
Eng. eletricista Gonzalo Bonfiglio Curi
Eng. agrônomo Fabiano Paganella
Arquiteto Luis Felipe Cassuriaga
Eng. florestal Jorge Silvano Silveira
Geóloga Amália Regina Pucinelli da Silva
Eng. civil José Ubirajara Martins Flores
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Notas
Fórum Energias Renováveis: público e qualidade
das palestras garantiram o sucesso do evento
Energia eólica, solar fotovoltaica, hi
Adriano Becker
drogênio, biomassa, movimento das águas
notícias crea-rs
do mar para geração de energia, enfim,
fontes de energias renováveis. Foi em tor
no desses assuntos que especialistas da
área e uma platéia de 580 pessoas volta-
ram suas atenções no dia 2 de junho du
rante a realização do Fórum Internacio-
nal Energias Renováveis. Realizado em
comemoração aos 73 anos do CREA-RS,
o evento marcou, com excelência, o ani-
versário da Instituição da área tecnoló- 11
gica. Foram quatro grandes painéis que
propiciaram ao público conhecer ações
de utilização de energias renováveis, polí- Auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa, esteve lotado para discutir alternativas energéticas
ticas públicas e, principalmente, compar-
tilhar o conhecimento e as experiências dica-se ao trato da geração de energia ponto de vista empresarial, para inves-
dos palestrantes. elétrica com ênfase à célula a combustí- timento nessa área, o RS é o melhor lugar.
Entre eles, destaque para o engenheiro vel e às tecnologias do hidrogênio. Se A mesma usina, que no Ceará com 20
“elétrico” agrônomo Fábio Rosa, que apre- gundo Emílio, o Brasil vai integrar a Par módulos gera em torno de 500 KW, aqui
sentou seu trabalho para o desenvolvi- ceria Internacional do Hidrogênio, que com o mesmo custo, cerca de US$ 103 o
mento de mecanismos de fornecimento reúne 16 países principais consumidores Mw/h, gera 1 MW, ou seja, o dobro”, enfa-
e gestão sustentável de energia elétrica de energias do mundo e que são res tizou Eliab. De acordo com o engenheiro,
com fontes renováveis em áreas remotas ponsáveis por 2/3 do consumo mundial. é uma unidade convencionada que en
ou isoladas. Na ocasião, apresentou o pro- “O objetivo é trocar informações e ampliar globa o preço de manutenção, implan-
jeto O Sol brilha para Todos, onde gera- a infra-estrutura do hidrogênio, melho- tação, operação. “A gente fala de preço,
dores são instalados em residências de rando a produção, o armazenamento e mas tem que ser levado em conta as con-
famílias de baixa renda e que utilizam a a distribuição”, destacou. Acrescentou dições do local – mais vento, menos vento,
energia solar como fonte. De baixo custo, ainda que, a partir do final deste ano, onda mais fraca menos fraca”, conclui.
permite que excluídos da rede elétrica deverá circular em São Paulo quatro ôni- O presidente da Ceee, Delson Mar-
tenham acesso à energia. O modelo é de bus a hidrogênio, que estão sendo desen- tini, que participou do painel “Perspec-
senvolvido pela ONG da qual Rosa é dire- volvidos em Caxias do Sul (RS). “O tra- tivas para o Desenvolvimento das Ener-
tor, o Instituto para o Desenvolvimento balho é fruto de um consórcio de empresas gias Renováveis no Rio Grande Do Sul”
de Energias Alternativas e de Auto-Sus- estrangeiras e algumas nacionais, sendo foi enfático. “A preocupação do colapso
tentabilidade (Ideaas). Depois de instala que os recursos são do Ministério de Minas energético é real a partir de 2011.” Defen-
do o gerador, o Ideaas acompanha e dá e Energia e a maior parte da ONU”, explica deu a avaliação da matriz energética e
manutenção aos equipamentos. Já o enge- Emílio. apresentação de um plano para a socie-
nheiro eletricista Emílio Hoffmann Neto Já o engenheiro dr. Eliab Ricarte, des- dade. Outro destaque foi a grande par-
abordou os desafios para a produção e a tacou seu projeto das usinas de ondas. ticipação do público. Em média, foram
distribuição de hidrogênio e suas aplica- Segundo ele, o RS é o Estado que possui 40 perguntas por painel. A platéia con-
ções em automóveis e residências. Autor as ondas mais potentes, por estar pró- tou também com a presença de alunos da
do livro Hidrogênio Evoluir sem Poluir, de ximo da Patagônia. “As ondas no RS che- Urcamp de Bagé e da Pucrs de Uruguaia-
gam a 60 kwatts de energia. O potencial na, entre outros. Para o presidente Gusta
no Estado é enorme. No entanto, é o Ceará, vo Lange, o Fórum cumpriu seu papel
Adriano Becker
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Notas
Inspeção veicular é tema de audiência no Detran
Informações sobre o processo que que a iniciativa irá gerar custo para o pro-
regulamenta a inspeção veicular no RS prietário do veículo. Vaz Netto informa
foi o motivo da audiência realizada no que a frota gaúcha é de 3,6 milhões de
dia 9 de maio, pelo presidente do CREA- veículos. “Se for limitada a fiscalização
RS, eng. agrônomo Gustavo Lange, com em veículos com três anos ou mais de Edital de Intimação
notícias crea-rs
o diretor-presidente do Detran, Flávio uso, a frota seria reduzida para 2,5 milhões, (art. 54 da Resolução Confea n° 1.008/2004)
Vaz Netto. “Existe um projeto de lei tra- que começariam a ser inspecionados”,
mitando na Câmara dos Deputados há conclui. Para Gustavo Lange, a respon- O CONSELHO REGIONAL
três anos, com muitas indefinições, entre sabilidade técnica sobre o serviço de ins-
elas a tecnologia que será utilizada”, infor- peção veicular e também sobre o controle DE ENGENHARIA, ARQUITE-
mou Vaz Netto. Segundo ele, há outra de gases e de som é a principal preocu- TURA E AGRONOMIA DO RIO
legislação que determina o controle, por pação do Conselho. “É fundamental que GRANDE DO SUL – CREA-RS,
organismo público, quanto à emissão de profissionais tecnicamente habilitados
gases e som. Hoje somente no Rio de participem do processo e da fiscalização
com sede na Rua Guilherme Al-
12 Janeiro está sendo feita essa medição. dessa regulamentação”, avalia. “Os pres- ves nº 1010, Partenon, Porto Ale-
“Temos condições de implantar essa veri- tadores de serviço serão licitados e nessa gre, autarquia federal, legalmen-
ficação, o que falta é uma definição do etapa do processo o CREA-RS será ouvido
te incumbida da fiscalização do
universo de carros a serem fiscalizados, para definição da responsabilidade legal
a periodicidade, a tecnologia e quem ficará pelos serviços”, garantiu o diretor do De exercício destas profissões regu-
responsável pelo serviço”, diz Vaz Netto. tran, acrescentando que todo o processo lamentadas, INTIMA, formal-
A idéia é implantar essa regulamentação será trabalhado com muita transparência
mente, para todos os fins de di-
no RS até o final do ano. Antecipa ainda junto ao governo, sociedade e técnicos.
reito, máxime os previstos na Lei
Federal nº 5.194, de 1966, Eng. Ci-
Unicred Pelotas aprova a abertura vil Luiz Antônio Seabra Luisi,
do quadro social aos profissionais Crea-RS 037142-D, o qual encon-
tra-se em lugar incerto e não sa-
e empresas registrados no CREA-RS bido, para comparecer neste Con-
A reforma estatutária da Unicred Pelotas, aprovada em fevereiro, definiu a abertu selho, no endereço acima, 4º an-
do quadro social para todos os profissionais e empresas jurídicas registrados no
ra dar, Departamento Executivo das
CREA-RS. Com a concordância e homologação do Banco Central do Brasil, todos es
ses profissionais e empresas jurídicas afins poderão encontrar alternativas econômi Câmaras, no horário das 12h30min
co-financeiras, que só o sistema cooperativista oferece. A Unicred Pelotas destaca-se às 18h15min, a fim de, no prazo
no ramo em que atua, oferecendo financiamento/empréstimos com taxas adequadas máximo de 15 (quinze) dias, a con-
ao seu perfil; aplicações financeiras; conta corrente com cheque especial, liquidação
de títulos (convênios e fornecedores); folha de pagamentos; cartões de crédito/débito/ tar da data da presente publica-
saque. Além dos produtos e serviços, os cooperados participarão nos resultados da ção, tratar de assunto de seu in-
Cooperativa ao final de cada ano. Os interessados em integrar o quadro social da teresse no Crea-RS.
Unicred Pelotas podem obter mais informações através do fone (53) 3227.7797.
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Notas
Comunicação: ferramenta
estratégica da área tecnológica
A definição de comunicação social é facilmente encon-
trada nos dicionários da língua portuguesa. Basicamente, é
notícias crea-rs
o ato de disseminar a informação. No entanto, para viabili-
zar a comunicação e torná-la uma ferramenta de sucesso, é
necessário empenho e dedicação.
Por ser o CREA-RS uma Instituição, cuja missão principal
é a fiscalização do exercício profissional, o papel do Departa
mento de Comunicação e Marketing torna-se ainda mais re
levante. “Trabalhamos a imagem do Conselho diante da socie-
dade gaúcha e de seus 54 mil registrados. Por ser um órgão
fiscalizador, é preciso evidenciar a importância do trabalho
e tornar claro que o objetivo da Instituição é oferecer segu- Organograma da Estrutura Auxiliar 13
rança à comunidade através do exercício legal da profissão”,
diz a jornalista Anna Fonseca Politis, gerente do Departa- imprensa, foi realizada pelo Departamento”, informa a jornalista
mento de Comunicação e Marketing do CREA-RS. Anna. “Hoje somos procurados, no mínimo, três vezes por semana,
Ela explica que os objetivos principais do marketing ins- por diferentes veículos da mídia gaúcha para sugerirmos fontes
titucional, desenvolvido pelo Departamento, são demonstrar para matérias e também para que o Conselho seja ouvido. O nosso
a transparência do Conselho e levar ao conhecimento dos pro principal retorno é perceber que os profissionais da área tecno-
fissionais todas as ações que estão sendo adotadas, os proje- lógica estão conquistando espaço para divulgarem seus trabalhos
tos que estão sendo construídos e mostrar o que o CREA-RS e a importância das atividades que desempenham”, destaca.
está fazendo pelos profissionais e pela sociedade gaúcha. No entanto, apesar de estar a comunicação e o marketing à
O Departamento, constituído em 1998, é composto por frente da maioria das atividades externas do Conselho, o trabalho
três jornalistas, uma relações públicas e dois estagiários, um é, de certo modo, ‘invisível’. “Muitas vezes nos perguntam se te
de cada área. Tem sob sua responsabilidade a elaboração da mos participação na escolha e definição dos eventos técnicos que
Conselho em Revista, do informativo eletrônico Coluna Sema realizamos. Na verdade, isso é feito pelo Departamento, mas sem-
nal, do Em Dia, jornal on-line interno e diário, da organiza- pre com aprovação da diretoria. Esse é o nosso trabalho”, esclare
ção e realização dos eventos, participação do Conselho em ce Anna Politis. A Conselho em Revista também conquistou seu es
feiras, além da supervisão de todo o material gráfico e publi- paço junto aos profissionais e meio acadêmico. Em 2005, o jornalis
citário utilizado pelo CREA-RS. O Departamento também é ta Ulisses Nenê e, em 2006, a jornalista Andrea Fioravante Reisdör
responsável pela assessoria de imprensa, que objetiva pro- fer venceram o Prêmio Fepam de Jornalismo Ambiental. Em 2007,
mover o relacionamento da Instituição com os meios de comu- a jornalista Jô Santucci ganhou Menção Honrosa da Abracopel.
nicação, empresas, governos, entre outros. O bom relacionamento com os demais Departamentos tam-
“O aniversário do CREA-RS, comemorado em 30 de maio, bém é fundamental para as ações. “Precisamos transitar e estar
é uma das datas mais importantes e por isso sempre reser- bem informados sobre o que acontece internamente e que possa
vamos um grande evento para marcar esta passagem. Este repercutir na rotina dos profissionais”, esclarece. Exemplo disso
ano realizamos para mais de 580 pessoas na Assembléia Legis- é o Departamento de Fiscalização. As principais ações de fiscali-
lativa o Fórum Internacional Energias Renováveis. Toda a zação que são desenvolvidas, procedimentos que tenham sido
organização, desde inscrições, elaboração do programa, con- alterados, modificações no acervo dos profissionais. Tudo nos é
tato com os palestrantes, material gráfico e assessoria de repassado para que possamos divulgar da melhor maneira pos-
Adriano Becker sível. Só nos mês de maio foram 15 inserções em jornais de circu-
lação estadual. Todas, notícias destacando a fiscalização do Con-
selho, o Fórum e o aniversário do CREA-RS.
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Adriano Becker
trair dela elementos que possam fazer a feitos no Instituto Nacional de Tecnolo-
diferença, sob diversos aspectos da vida gia, no Rio de Janeiro, e no Centro Técni
no planeta, pode ser um dos passos mais co Aeroespacial, em São José dos Cam-
significativos da humanidade. Esse enten- pos, São Paulo. Inicialmente em uma cor-
dimento, aliado ao conhecimento técnico, rente de ar uniforme e de baixa turbulên
traz benefícios aos mais diversos segmen- cia, seguindo-se ensaios com simulação
tos da sociedade. As engenharias, pela parcial de características do vento natu-
14 abrangência das áreas que atuam, não ral por meio de grelhas e telas curvas con-
são diferentes. venientemente dimensionadas”, explica
Através da engenharia do vento, ciên- Blessmann. A partir de 1973 os ensaios
cia que trata da interação do vento com começaram a ser feitos em maior quanti
o ser humano e seu ambiente, é possível dade, já no Laboratório de Aerodinâmica
otimizar as construções e torná-las mais das Construções da Ufrgs. “As caracterís-
seguras e resistentes à pressão do vento. ticas de ventos naturais puderam então
Uma ferramenta utilizada por essa enge ser mais bem simuladas, com reprodu-
nharia é a realização de testes nos chama ção dos perfis verticais da velocidade
dos túneis de vento. Essa tecnologia está média e das principais características da
disponível na Universidade Federal do turbulência”, explica ele.
Rio Grande do Sul, mais precisamente no O fundador do Lac destaca que alguns
Laboratório de Aerodinâmica das Cons modelos foram estudados tanto em escoa
truções (Lac), da Ufrgs em Porto Alegre. mentos suaves e uniformes como em
O Lac teve seu campo de atuação am escoamentos turbulentos e deslizantes.
pliado em1996 quando, após concluir o “Esses estudos comparativos mostraram
doutorado na University of Western Onta- a importância de uma correta simulação
rio, no Canadá, o engenheiro civil Acir Doutor em engenharia, Acir Mércio Loredo- das principais características dos ventos
Souza é o diretor do Lac
Mércio Loredo-Souza retornou ao Brasil naturais. Em alguns casos a diferença de
e assumiu a direção do órgão. Na baga- modelos de construções civis. As princi- resultados é impressionante, principal-
gem trouxe determinação e novos conhe- pais áreas de estudo foram ampliadas, mente em construções arredondadas”,
cimento para retomar o trabalho do Labo- sendo, hoje, classificadas em ambiental, complementa. Na extensa lista de estu-
ratório, que é ligado ao Departamento meteorológica, estrutural e construtiva. dos realizados pelo professor Blessmann
de Engenharia da Ufrgs e considerado o O engenheiro civil Joaquim Bless- para a determinação das forças devidas
mais avançado da América Latina, em mann explica que, a partir de janeiro de ao vento figuram a Chaminé do Gasôme
nível de tecnologia. O túnel de vento, 1960, a maioria dos estudos feitos sobre a tro, com 101 metros de altura – na época
que leva o nome do engenheiro civil Joa- ação estática do vento em edificações te foi feito pré-estudo sobre a viabilidade
quim Blessmann, fundador do Labora- ve por finalidade a inclusão de resulta de um restaurante próximo ao topo –, a
tório no ano de 1972, foi projetado para dos obtidos na Norma Brasileira NBR- Torre de Refrigeração em Candiota, a Cha-
realizar ensaios estáticos e dinâmicos de 6123, que trata das ações do vento em miné de 200 metros para a Usina Terme-
létrica Jacuí I, as janelas projetadas no
Adriano Becker
Arquivo/Lac
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Fotos: Arquivo/Lac
Ponte sobre o Rio Guamá em testes no túnel... ...a obra em construção, em São Paulo: eng. Catão Ribeiro – Empresa: Enescil
terísticas específicas do local onde a edi- Várias outras obras poderiam ter esse tipo
Fotos: Arquivo/Lac
ficação real será construída. Diversos sen- de estudo, mas não têm”, avalia.
sores são distribuídos para medirem as “Como projetista estrutural, considero
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Fotos: Arquivo/Lac
atmosférica, no caso de implementar
& Sachs Engenharia de
indústria, é possível medir no entorno o Estruturas (Porto Alegre)
grau de impacto da implantação desse
empreendimento para a comunidade. O Consultoria 1:
Eng. Marcelo Carnicelli
túnel permite a quantificação e, caso ne (Empresa: Telecivil -
cessário, a adoção de soluções para mini- São Paulo)
mizar ou corrigir os problemas através
Consultoria 2:
de soluções simples, como o aumento da Eng. Aníbal Knijnik
altura da chaminé para que essa possa (Empresa: Knijnik
área técnica - matérias
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Adriano Becker
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Embalagens de agrotóxicos:
um desafio para a agricultura
Brasil é referência mundial em devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas
área técnica - matérias
Divulgação Inpev
tura passa pela utilização de novos pro- ambientalmente correto das embalagens
cedimentos e tecnologias e uma conscien- vazias de defensivos agrícolas, o Instituto
tização que assegurem o respeito pela desenvolveu e fez parceria – nos últimos
saúde humana e pelo meio ambiente. Um cinco anos – com oito empresas que rea-
dos desafios básicos está no destino das lizam o trabalho de reciclagem das emba-
embalagens de agrotóxicos. O seu descar lagens do sistema de destinação final de
te em rios, plantações, ou mesmo o seu embalagens vazias de agrotóxicos. Elas
aterramento, acarreta graves problemas estão situadas nos Estados de Mato Gros
de poluição ambiental, como contami- so, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro
nação de solos, mananciais de água e do e São Paulo e produzem mais de 16 dife-
18 lençol freático. Após inúmeros debates rentes artigos provenientes da reciclagem,
entre as indústrias fabricantes e canais que recebem e reciclam as embalagens
de distribuição de agrotóxicos junto com vazias com a segurança, qualidade e ras-
órgãos governamentais, foram criadas treabilidade necessárias ao processo. A
algumas leis e um sistema de retirada das assessoria do Inpev esclarece que somente
embalagens do campo para que sejam essas empresas estão aptas a atuar com a
recicladas ou incineradas, com a implan- reciclagem das embalagens vazias, ao cum
tação de postos ou centrais de recebi- prirem com as normas dos órgãos ambien-
mento, onde se realiza a prensagem e tais, as exigências legais e os padrões de
enfardamento. As embalagens que podem qualidade e segurança estabelecidos. As
ser recicladas, no entanto, devem chegar duas empresas que incineram as emba-
devidamente lavadas a essas centrais. lagens vazias deste sistema estão locali-
Operador separa embalagens por tipo de
Segundo o Instituto Nacional de Pro- zadas no Estado de São Paulo. material
cessamento de Embalagens Vazias (Inpev), Segundo informações do Inpev, em
entidade sem fins lucrativos, dedicada a 2006, foram destinados 88% do volume destinação de 1.854 toneladas, volume
gerir a destinação final de embalagens de embalagens primárias, aquelas que 26,7% maior que em 2005, quando foram
vazias de produtos fitossanitários, são estão em contato direto com o produto, processadas 1.464 toneladas.
passíveis de reciclagem 95% das emba- e colocadas no mercado. O volume de
lagens vazias de defensivos agrícolas colo- embalagens destinadas, primárias e secun- O Estado é exemplo em
cadas no mercado. Porém, para que pos- dárias, pelo país foi de 19.634 toneladas, devolução de embalagens
sam ser encaminhadas para reciclagem, o que representa 63% do total. As pes- Para o Inpev, o crescimento expres-
as embalagens precisam ser lavadas cor- quisas do Instituto indicam que, no pri- sivo apresentado pelo RS reflete o alto
retamente (tríplice lavagem, veja box) no meiro quadrimestre de 2007, o Rio Grande grau de comprometimento com o meio
momento de uso do produto no campo. do Sul destinou 452,7 toneladas de emba- ambiente de todos os envolvidos no pro-
São incineradas aquelas não-laváveis, isto lagens vazias de defensivos agrícolas, grama de destinação final de embalagens
é, embalagens que não utilizam água como volume 5% maior que o registrado no vazias no Estado: agricultores, canais de
veículo de pulverização (sacos plásticos, mesmo período do ano passado (431 tone- distribuição e cooperativas agrícolas, a
embalagens de produtos para tratamento ladas). Somente no mês de abril de 2007, indústria fabricante de defensivos agrí-
de sementes, caixas de papelão, etc.) e as foram processadas 79 toneladas nas uni- colas e o poder público, representados
embalagens que não foram tríplice lava- dades de recebimento do Estado. Em todo pela Fundação Estadual de Proteção
das pelos agricultores. o ano de 2006, o RS foi responsável pela Ambiental (Fepam), entidade responsá-
vel pelo emissão de licenças necessárias
para o funcionamento do sistema, e pela
Secretaria de Agricultura, responsável
pela fiscalização.
No Rio Grande do Sul, o Inpev ainda
é parceiro do Serviço Nacional de Apren-
dizagem Rural (Senar/RS) na realização
de treinamentos e palestras para a edu-
cação do produtor e trabalhador rural. A
Lei 9.974 de 06/junho/2000 disciplina a
destinação final de embalagens vazias de
agrotóxicos e distribui responsabilidades
para o agricultor, para o comerciante, para
o fabricante e para o poder público.
Consultor e instrutor credenciado do
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Sobra de produto
Divulgação cinbalagens
Senar, onde ministra o curso Aplicação
Correta e Segura de Agrotóxicos-NR-31, ainda é um problema
o engenheiro agrônomo César Moutinho Cesar Moutinho explica que as sobras
explica que “desde maio de 2005, está em devem ficar na embalagem original do
vigor uma Norma Regulamentadora da produto. “Jamais se troca produto de em
Segurança no Trabalho e Saúde do tra- balagem, pois há o risco eminente de ha
balhador rural, intitulada NR-31 e fisca- ver algum acidente com o produto. Pensa-
lizada pelo Ministério de Trabalho. Impor- se que é uma coisa e, no entanto, temos
tante salientar que através desta norma outro produto nesta embalagem. Há vá
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proceder para realizar a devolução. Com embalagens. Quando completam a carga, as embalagens utilizadas. “Há algumas
relação à esta questão, Gilberto Gomes solicitam ao Inpev, que através de trans- regiões do Estado onde existem dificul-
área técnica - matérias
salienta que “desde 1996, estamos ten- portadora licenciada, efetua a transferên- dades. Por exemplo, a região de serra,
tando aprovar o recolhimento das sobras cia das mesmas para a Central. Ao rece- em função da pequena propriedade fami-
de produtos, porém é um processo muito ber do agricultor, revenda, cooperativa, liar, há muita desinformação a respeito
complicado, devido aos altos custos, prin- prefeitura ou posto, a Central efetua a das devoluções de embalagens vazias e
cipalmente de destruição desse material. separação das embalagens e a redução tríplice lavadas”, esclarece.
Dessa forma, a obtenção do compromisso de volume (prensagem). Quando tiver Ele chama a atenção para outra lei
da indústria se torna bastante compli- carga completa, solicita ao Inpev a reti- que o agricultor pode ser enquadrado e
cado. Já por parte do governo, nem pen- rada das mesmas. Há um sistema infor- penalizado, caso não atenda às suas exigên
sar. Para dificultar, o Conama aprovou a matizado, com sincronização, onde são cias. “A Lei dos Crimes Ambientais, LF
Resolução 334, proibindo a entrada de lançadas todas as entradas, através do 9.605, de 13/02/1998, dispõe sobre sanções
sobras nas Centrais, inviabilizado a pos- sistema transmitido a uma Central de Da penais e administrativas derivadas de
sibilidade de utilizarmos a estrutura exis- dos em São Paulo (Inpev). Portanto, o In condutas e atividades lesivas ao meio am
tente”, enfatiza. pev, on-line, sabe o que está entrando biente. Em seu art. 56, diz que todo aquele
20
No entanto, o responsável técnico da em todos os postos e centrais do Brasil. que produzir, processar, embalar, impor-
Cinbalagens destaca que o controle de O projeto brasileiro é considerado “mo tar, exportar, comercializar, fornecer, trans-
gestão das embalagens a partir da Cen- delo” para o mundo todo. Nenhum dos portar, armazenar, guardar, ter em depó-
tral é muito grande. “A revenda ou coo- países que efetuam a retirada das emba- sito ou usar produto ou substância tóxica,
perativa associada ao posto e Central de lagens de agrotóxicos consegue obter os perigosa ou nociva à saúde humana ou
cada região envia técnicos, responsáveis resultados do projeto brasileiro, tanto em ao meio ambiente, em desacordo com as
por treinamento, para capacitação de re custos, quanto em eficiência”, finaliza. exigências estabelecidas em leis ou nos
colhimento. São divulgados aos seus clien- Para o engenheiro agrônomo César, seus regulamentos, está sujeito às pena-
tes e associados datas de recolhimento e a fiscalização ainda é deficitária, apesar lidades da lei, como multas que variam
agendadas com a Central as datas de envio de o produtor, de uma maneira geral, es de 123,4 à 617 Ufirs, e/ou reclusão de 1 a
das cargas. Os postos apenas recebem tar familiarizado e habituado a devolver 4 anos”, conclui.
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Tecnologia do Processamento
de Alimentos - 2.ed.
www.clickarvore.com.br Autor: P. J. Fellows | Editora: Artmed Editora
Contato: www.artmed.com.br
O Click Árvore
é um programa de Amplamente ilustrado, mostrando cálculos de processa-
reflorestamento com mento e problemas-exemplos e com um texto detalhado e
espécies nativas da Mata acessível, a obra apresenta várias técnicas utilizadas na pro-
Atlântica pela internet. dução industrial de alimentos. Ele demonstra como conhecer
Cada clique que o usuário as propriedades dos alimentos ajuda a definir os parâmetros
dá corresponde ao plantio das operações unitárias envolvidas no processamento, proje-
de uma árvore, custeado ção de equipamentos e controle das condições do processo em
por empresas escala industrial, com as minimas alterações das características
sensoriais e da qualidade nutricional.
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caixa de assistência
que eles aplicam tem um rendimento Fator atuarial Taxa de administração
maior do que o do Banco do Brasil, pela 12,70 3,5%
sua renda variável. Ano passado rendeu Valor estimado do benefício
mais e a tendência é que continue crescendo”. Carlos afirma que é muito difícil Por tempo indeterminado R$ 7.653,80
para um profissional liberal confiar numa boa aposentadoria do governo. “É pre- Pelo período de 10 anos R$ 16.323,99
ciso se precaver, verificando sempre a rentabilidade desses investimentos”. Pelo período de 15 anos R$ 13.542,22
A migração foi simples e a opção de desconto em conta corrente passou a ser Pelo período de 20 anos R$ 12.348,20
feita mensalmente. Lange não pensa numa aposentadoria muito calma, mas acre- Pelo período de 25 anos R$ 11.759,86
dita que com seu rendimento poderá escolher melhor e atuar somente nas ativi-
Pelo período de 30 anos R$ 11.450,29
dades que mais gosta. “O resto usarei para continuar a conhecer o mundo”. 23
Pelo período de 35 anos R$ 11.281,78
TecnoPrev:
futuro
Cláudio Bernardes, 35 anos, arqui-
garantido Mas o TecnoPrev não é só uma pre-
ocupação para depois de ‘grande’.
teto e urbanista de Butiá, é associado Denise Friedrich, 38, paga R$ 50,00
da Mútua-Caixa de Assistência RS des- por mês pelo TecnoPrev do filho Lucca,
de 2006. Seu primeiro benefício foi o RB5, 7 anos. “O objetivo de todos é por um
empréstimo financeiro que utilizou para aqui- futuro melhor. Quero planejar uma boa
sição de um automóvel utilitário, necessário à execu formação para meu filho, além de já ga-
ção de seu trabalho. Este ano, iniciou sua participação rantir um dinheiro que estará à sua dis-
no TecnoPrev. “Sou profissional autônomo e, como posição daqui a alguns anos caso ele pre-
tal, não tenho férias, 13º, aposentadoria e outros. Se cise de algo.”
fosse depender das contribuições do Inss, não teria
como sobreviver no futuro. Preciso pensar nisso ago-
ra, e a melhor oferta era o TecnoPrev oferecido pe-
la Mútua-Caixa RS. Me arrependo de não ter feito Engenheiro eletricista e morador de Porto Alegre, Car
antes, mas minha esposa, cinco anos mais nova que los Augusto do Prado, 44 anos, se associou à Caixa
eu, já vai fazer também”, afirma Cláudio, “a apresenta de Assistência para aderir ao TecnoPrev. “Fiz um le-
ção dos documentos foi muito fácil, fiquei sabendo vantamento no mercado das várias previdências
do benefício através de palestras feitas pela insti- privadas existentes, e o TecnoPrev é a melhor op-
tuição aqui na cidade. Fui até a Caixa, me explica- ção pois muitas taxas que os bancos cobram, ele
ram ainda melhor e já me apresentei como interes- não. Outras grandes vantagens são os produtos da
sado. Quando me aposentar, aos 55 anos, já terei Caixa de Assistência, como os financiamentos, tor-
um valor garantido pelos próximos 15 anos, de acor- nando o custo-benefício ainda melhor”, afirma Car-
do com minha opção. A Caixa de Assistência, por los, que é casado ainda sem filhos. Sua esposa, pedagoga, também já
ser voltada a nós profissionais registrados nos Cre- aderiu ao TecnoPrev pela CA-RS. “A idéia é ter uma renda tranqüila na
as, tem toda a idoneidade necessária”, completa. velhice, e estender este benefício aos nossos filhos”.
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Painéis solares
de aplicação
aeroespaciais
são elaborados
novidades técnicas
no Brasil
A Orbital Engenharia, de São José dos Cam-
pos (SP), inseriu o país no grupo de produto-
res de painéis solares para aplicações aeroes-
paciais, até então formado apenas pela França,
Alemanha, Japão, Rússia, China e Estados Uni-
dos. A empresa produziu três painéis que for-
mam o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Ter-
24 restres (Cbers-2B), que será elaborado pelo Insti
tuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e
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novidades técnicas
entrar em contato com objetos e apa
relhos. Receptores que estão nos equi-
pamentos decodificam essas freqüên
cia, chegando a capturar até 70% da
energia do sinal, convertendo-a em
eletricidade.
O invento pode ser utilizado nos
mais diversos equipamentos que utili
zam baterias, como mp3 player, celu-
lar, etc. Cerca de 100 empresas, incluin
do a Philips, firmaram acordo com a
Powerpast, interessadas na possibi
Biocombustível é criado a 25
lidade futura do empreendimento. A
tecnologia, além de inovadora, é ba
rata. O transmissor e o receptor, se
partir de restos de madeira
gundo a empresa, devem ter um valor Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, elaboraram um
de mercado aproximado de US$ 10. biocombustível que tem como matéria-prima pedaços de madeira. A nova tecnolo-
Por se tratar de um projeto ainda gia poderá ser misturado ao biodiesel ou mesmo ao diesel comum para ser utilizado
em fase de maturação, os equipamen- diretamente em motores a combustão. Pesquisas anteriores já tinham conseguido
tos compatíveis são apenas os que uti extrair óleo da madeira, mas o novo processo, através de um tratamento químico,
lizam pequenas baterias ou pilhas e a torna-o adequado para uso direto em motores. Primeiramente, os fragmentos de madeira
distância entre o transmissor e o equi são aquecidos em uma atmosfera sem oxigênio, em um método conhecido como
pamento pode ser de, no máximo, um pirólise. Esse processo libera um gás, que equivale a cerca de dois terços da massa
metro. Porém, a empresa tem projetos da madeira que entra no processo.
de futuramente conseguir trabalhar A técnica utiliza-se desse gás, que é condensado em um bio-óleo e tratado qui-
com baterias de mais carga, como as micamente. No final do processo, cerca de 34% do bio-óleo (entre 15 e 17% do peso
de computadores portáteis, já que a seco da madeira que entra no processo) vira biocombustível. Os cientistas ainda vão
tecnologia deve evoluir e a indústria aprimorar o processo, esperando elevar sobretudo o percentual de gás que é trans-
de equipamentos vem investindo em formado efetivamente em biocombustível. Segundo eles, que estão tentando paten-
sistemas que gastam menos energia. tear o projeto, a criação de um processo em escala industrial ainda consumirá alguns
anos de pesquisas. Maiores informações www.uga.edu
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memória
habilitações para o auxílio técnico.
Os poucos geólogos brasileiros tinham Segunda Turma de Geologia de Porto Alegre em excursão, 1960
formação em cursos não direcionados à
área, como o de História Natural, o que re permitiam sua dedicação total ao projeto, “Os alunos e os professores logo cria-
sultava em uma formação ainda precária. pediu exoneração do cargo cerca de dois ram o ‘espírito’ da Escola, o que fez com
Por esses fatores, passou-se a perceber a meses depois. Foi nomeado, então, o pro- que ela fosse o que ela é”, conta Irajá. A 27
necessidade de se formar cursos focados fessor Irajá, que retornava da Bahia. primeira turma formou-se em 1957, sendo
apenas nos estudos geológicos. Foi criada, As primeiras aulas ministradas foram recebida, posteriormente, com os demais
então, em janeiro de 1957, pelo Poder no porão da faculdade de Direito da Ufrgs formandos de outras três universidades,
Executivo, a Campanha de Formação de em Porto Alegre. Posteriormente, a Geolo em solenidade pelo presidente JK.
Geólogos (Cage), que fomentou a criação gia também teve sede no antigo prédio O próprio professor Irajá explica que
de quatro cursos: um em Porto Alegre, do Instituto de Ciências Naturais. “Cada começou a se formar nesse momento o
um em São Paulo, um no Recife (PE) e vez que tinha um espaço, íamos ocu- melhor curso que existia em todo o país.
um em Ouro Preto (MG). pando”, explica o professor Irajá. As aulas “A comissão da Cage definiu, em 1959, o
também foram ministradas no antigo cha Curso de Porto Alegre como a primeira
teau. Mas também um prédio na rua Gene- Escola de Geologia. Nos outros Estados
ral Vitorino e o edifício da Engenharia não havia o mesmo desenvolvimento,
abrigaram o curso, até ocupar, em 1986, fomos mais rápidos do que eles para for-
a sede atual no Campus do Vale. mar um curso realmente para geólogos”,
O Curso em Porto Alegre começou esclarece. “O sucesso do nosso Curso foi
com sistema independente da Ufrgs e com tão grande que no primeiro concurso da
um modo bastante distinto de lecionar. Petrobras os dez primeiros lugares foram
Os professores eram oriundos das mais da nossa Escola. E no primeiro concurso
diversas nacionalidades e Estados, contan do Departamento Nacional de Produção
Formandos da primeira turma de Geologia de do no corpo docente com norte-america Mineral, no Rio de Janeiro, os nove pri-
Porto Alegre, 1960
nos, franceses, alemães, uruguaios e ar meiros também eram da Escola de Geo-
Paralelamente, no entanto, a Petro- gentinos. “Enquanto em outras univer- logia”, finaliza.
bras, que, como as demais empresas do sidades, como a do Recife, os alunos fize-
período, também contava com vasta mão- ram protestos para retirada dos estrangei
de-obra técnica estrangeira, necessitava, ros, eu chamei todos eles”, explica. A Geo-
por sua vez, imediatamente de geólogos. logia de Porto Alegre tinha até mesmo cur
Assim, a empresa convidou o professor so de Inglês, para que os alunos pudessem
gaúcho Irajá Damiani Pinto, formado à entrar em contato com pesquisadores,
época em História Natural, para organi- bibliografia e professores estrangeiros.
zar um curso na Bahia, voltado à Geolo A faculdade que ali surgia tinha muito
gia do Petróleo. O curso foi dividido em trabalho de campo. Freqüentemente, pro-
duas fases, uma básica – iniciada em ja fessores e funcionários, mesmo sem rece-
neiro de 1957, com duração de dois meses ber horas extras, acompanhavam os alu-
– e uma mais longa, que durou mais dois nos em pesquisas de campo, nos finais Professor Irajá Damiani Pinto em laboratório no
anos. Para formar o corpo docente, ele de semana. “Naquele tempo, as estradas período em estudava no curso de História
Natural da Universidade de Porto Alegre, 1946.
percorreu boa parte do Brasil procurando eram precárias. Assim como os acampa- O mesmo laboratório seria usado anos mais
professores, selecionando inclusive quí- mentos”, relembra. tarde pelo incipiente curso de Geologia
micos e físicos. O professor participou
apenas da parte inicial do projeto, tornan Em 1963, estudantes e professores da Escola de Geologia da Urgs (que na época não
do-se, no restante do curso, colaborador. tinha o “F” usado na cicla Ufrgs), com o apoio do então reitor Eliseu Paglioli,
Os primeiros cursos de Geologia, fo desencadearam greve que paralisou a universidade. Reivindicavam o reconheci-
mentados pela Cage, iniciaram dois meses mento formal da Geologia, pois o curso existia de fato, mas não era contemplado com
depois do da Petrobras, em março de 1957. recursos necessários. Os estudantes montaram barracas na Praça da Alfândega. Com
O coordenador do Curso em Porto Ale- a ajuda de professores e inclusive do reitor Paglioli coletaram assinaturas de apoio da
sociedade. O movimento terminou após a Geologia ter sua existência formalizada, no
gre era o professor Athos Pinto Cordeiro, dia do assassinato do então presidente dos EUA, John Kennedy.
que, por atribuições particulares que não
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Sistemas de informações
georreferenciadas: tendências futuras
Adelir J. Strieder1 | Geólogo | S. A. Buffon2 | Geólogo | T. F. P. de Quadros3 | Geólogo | H. R. Oliveira4 | Eng. civil
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A sociedade e a dependência
das fontes de energia
Antonio Carlos Rossato | Eng. civil | Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Engenharia Civil
área técnica - artigos
Uma dúvida me assola no momento valentes de petróleo (tep) necessários para as PCHs e as térmicas à biomassa têm o
em que inicio a escrever: a edição do Con suprir a demanda. Grande parte desta maior potencial de contratação, por um
selho em Revista, contendo este artigo, redução ocasionada pela substituição da período de 20 anos com a Eletrobrás, por
estará sendo distribuída antes ou após a lenha e do carvão vegetal, com a conse- serem mais competitivas.
realização do Fórum Internacional Ener- qüente conservação/preservação de ma Os pequenos empreendimentos de
gias Renováveis que estará sendo promo tas, por outras formas de energia, basica geração de EE não serão, por si só, capa-
vido em comemoração aos 73 anos de mente o gás natural. zes de substituir na integralidade a
fundação do CREA-RS? necessidade das grandes usinas de gera-
Basicamente, porque estou desafiado Fontes alternativas ção. Mas sem dúvida a Geração Distri-
a escrever sobre um tema que estará reu para o setor elétrico buída (GD), como é chamada, tem inú-
nindo profissionais que irão discorrer, ao No setor de energia elétrica foi criado meras vantagens.
longo de suas apresentações no evento, em abril de 2002 o Programa de Incen- A documentação para cadastramento
sobre formas específicas de obter ener- tivo às Fontes Alternativas (Proinfa). Revi- de empreendimentos interessados em
30 gia, dentro de suas reconhecidas espe- sado em novembro de 2003 busca solu- participar do leilão deve ser apresentada
cialidades. Eu escrevo apoiado na minha ções de cunho regional para o uso de à Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
generalidade. fontes renováveis de geração de energia. e inclui: licença ambiental, registro na
Até dezembro de 2007, por este programa, Agência Nacional de Energia Elétrica
O Balanço Energético são previstos de serem colocados em ope- (Aneel), declaração de recursos hídricos
O Balanço Energético é definido como ração 144 projetos, perfazendo 3.300 MW e parecer de acesso à Rede Básica ou con-
uma representação quantitativa da oferta de potência instalada, em 63 PCH’s – Pe cessionária de distribuição.
interna de energia, ou ainda, da quanti- quenas Centrais Hidrelétricas (menos de
dade de recursos energéticos disponíveis 30 MW cada), 54 EOL – Usinas Eólicas e O Fórum
pelo país ou por uma dada região. 27 UTE’s – Usinas Termelétricas à base A energia elétrica é uma das fontes
O Balanço Energético Nacional (2005) de biomassa (bagaço de cana, casca de de energia mais limpas no seu uso, sendo
mostra que de 45% da matriz energética arroz, cavaco de madeira e biogás de lixo). responsável por impactos sociais e ambien-
do Brasil é renovável, enquanto a média Os investimentos chegam à casa dos R$ tais significativos na sua geração. Tecnolo
mundial não chega a 14%. A opção hidrelé 9 bilhões, alcançando a média de R$ 62,5 gias e programas ambientais adequada-
trica e o aproveitamento da cana-de-açú- milhões por empreendimento. mente implantados ajudam a minimizar
car influenciam sobremaneira os resulta Como principais vantagens da adoção as alterações regionais. Costuma-se dizer
dos. A primeira respondeu em 2005 por do Proinfa são citadas: confiabilidade e se que nesta área os impactos são localiza-
85,4% da produção de energia elétrica, gurança das soluções regionais, diversifi dos e os benefícios generalizados. O que
o que correspondeu a 15% da oferta cação do número de agentes no setor, ga dificulta a compreensão e análise da viabi
interna de energia. O álcool produzido nhos de escala, aprendizagem tecnológi lidade ambiental dos empreendimentos.
e co-geração a partir do bagaço da cana ca, competitividade industrial e benefícios No setor elétrico é prevista uma expan-
responderam com quase igual valor (14%). técnicos, ambientais e socioeconômicos. são do uso de fontes alternativas, passan
A lenha e o carvão vegetal também ainda Como principais críticas, citam-se: não do dos 663 MW elétricos de capacidade
são muito utilizados. terem sido contempladas as alternativas instalada em 2005 para 20.122 MW, ins
Para 2030, é previsto uma redução da de geração a partir de células solares (ape- talados em 2030.
oferta de energia renovável para 40% do sar das aplicações em locais isolados), da Para crescer, um país necessita, entre
total dos 576,6 milhões de toneladas equi- energia maré motriz e das células de com- outros aspectos, de melhorias e investi-
bustível, tendo por mentos constantes e significativos em
base o hidrogênio, tecnologia e infra-estrutura.
proveniente da água Estas são áreas por demais interliga-
ou dos hidrocarbone- das com os profissionais do Sistema Con-
tos. Possivelmente fea/Creas, pelas contribuições significa-
pelos custos ainda tivas que podem ser dadas por esses técni
envolvidos com estas cos ao engenharem soluções não só para
tecnologias. o suprimento futuro de energia, mas tam-
Marcado, inicial- bém para o transporte rodoviário, ferro
mente para o dia 24 de viário, marítimo e fluvial, no sistema por-
maio e posteriormente tuário e de saneamento básico, e no setor
transferido, para o dia de telecomunicações, só para citar algumas.
18 de junho de 2007, A iniciativa do CREA-RS para come-
será realizado um morar os seus 73 anos é própria dos jovens
novo leilão de energia aptos a enfrentar os novos desafios que
de fontes alternativas, se impõem, quebrando paradigmas, e
com um custo-teto es mantém a vitalidade dos profissionais do
tipulado de R$ 140,00 Sistema na busca de alternativas para um
por MWh. Nesse leilão crescimento seguro e sustentável.
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A região norte do Rio Grande do Sul, desenvolver uma consciência de propi- toristas e administrativos, divididos em
que por muito tempo ficou esquecida pelo ciar uma nova matriz econômica regio- 19 laboratórios de ensino e pesquisa. Tam-
governo, em termos de ensino público, nal, com produtos madeiráveis e não- bém está sendo incluída uma área da Ufsm
agora ganhou uma extensão da Universi madeiráveis. Diante disso, a Universidade de 50 hectares nas margens do rio Uru-
dade Federal de Santa Maria. Iniciaram- quer trazer e fomentar a ciência através guai, no município de Iraí, local onde os
se, dia 16 de outubro de 2006, as aulas no de estudos e projetos de viabilidade de engenheirandos irão realizar aulas prá-
Centro de Educação Superior do Norte uso racional dos recursos naturais. ticas e pesquisas.
RS (CesnoRS), na cidade de Frederico As expectativas são as melhores pos- A caminhada é longa e os desafios
Westphalen e Palmeira das Missões, com síveis, pois além de formar novos colegas do processo de implantação em seu iní-
três cursos em cada campi. Frederico West profissionais, temos a certeza de que estes cio são grandes, porém temos a convic-
phalen é sede do segundo curso de Enge- terão condições de colocar em prática co ção de que, no curto espaço de tempo,
nharia Florestal do RS, são 60 novos “enge nhecimentos tecnológicos atualizados o Rio Grande do Sul terá uma nova e
nheirandos” florestais que buscam uma que contribuirão decisivamente para de próspera formação de profissionais da
formação de qualidade e gratuita. As ex senvolver a região norte do RS e oeste de ciência florestal.
pectativas são as melhores possíveis, pois SC e PR.
além dos mais de R$ 5 milhões investidos O grupo está sendo formado e, no
em infra-estrutura (obras novas, refor- final do projeto de implantação, o curso
mas e mobiliário), estão sendo investidos de Engenharia Florestal contará com 24 CesnoRS-Ufsm – Centro de Educação Superior do
Norte - RS/Universidade Federal de Santa Maria.
mais de R$ 3 milhões em equipamentos professores (90% doutores) e todos com ecantarelli@smail.ufsm.br /
de aulas práticas e laboratórios de pesqui registro no CREA-RS; oito técnicos labora- www.ufsm.br/cesnors
sa. Outro fato importante é o projeto finan Caroline Casali
ciado pela Financiadora de Estudos e Pro-
jetos (Finep), no qual foi disponibilizado
R$ 1,25 milhão para ser investido no proje
to “Crescimento, Produção e Dinâmica
de Floresta Inequiânea Mista”, que será
coordenado pelo prof. César Finger.
O contexto regional de pequenas pro-
priedades, em média 12 hectares, em que
o sistema agropecuário é a base da subsis
t ência, teve na sua origem uma área
imensa coberta por florestas. Atualmente,
os fragmentos florestais se reduziram às
margens de rios e em topos de morros,
nas áreas não-agricultáveis. Nesse sen-
tido, a formação do novo engenheiro flo-
restal deve buscar sistemas agrossilvipas-
toril, integrando agricultura, pecuária e
floresta. Os solos da região são altamente
produtivos e a flora é abundante, assim
o curso de Engenharia Florestal do Ces-
noRS irá trabalhar em pesquisas e proje-
tos com essências nativas da região. Vamos Construção do primeiro prédio da Ufsm/CesnoRS – Campi Frederico Westphalen
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Nacional de Normalização de acordo com a Reso- estes individualizados ou corporativos de forma tividade, inflamabilidade, toxicidade, ou produ-
lução n° 7/92 do Conselho Nacional de Metrolo- mais ampla. Acrescente-se a esses aspectos a pos- ção de efeitos patogênicos. Ao definir resíduos
gia (Conmetro), 24 de agosto de 1992. O processo sibilidade, não descartada, de geração de passi- perigosos a norma faz menção aos seus diferen-
de normalização constitui o processo de formu- vos ambientais, cabendo questionarmos qual a tes anexos bem como as demais normas auxilia-
lação e de aplicação de regras para um tratamento situação atual da implementação da referida NBR res a 10.004 para o estabelecimento de uma cor-
ordenado de uma atividade específica, com o 10.004/2004? reta classificação, quais sejam a NBR 10.005/2004
objetivo de promover a economia de recursos, a E o que são resíduos sólidos? Conforme defi- – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado
eliminação de barreiras técnicas e comerciais, faci- nido na Norma em questão, são “resíduos nos de resíduos sólidos, NBR 10.006/2004 – Procedi-
litar a comunicação, garantir a segurança e pro- estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de mento para obtenção de extrato solubilizado de
teger ao consumidor. atividade de origem industrial, hospitalar, comer- resíduos sólidos e a NBR 10.007 – Amostragem
A NBR 10.004 publicada em 31 de maio de cial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam de resíduos sólidos, vinculada a critérios de amos-
2004 começou a vigorar em novembro do mesmo incluídos nesta definição os lodos provenientes tragem.
ano, ou seja, praticamente, estando em vias de de sistemas de tratamento de água, aqueles gera- O quadro a seguir ilustra as etapas a serem
completar dois anos de vigência da revisão da dos em equipamentos e instalações de controle percorridas no processo de classificação de um
norma anteriormente em vigor, datada de 1987, de poluição, bem como determinados líquidos determinado resíduo sólido:
32 tendo esta revisão demandado um trabalho dedi- cujas particularidades tornem inviável o seu lan-
cado e exaustivo de um grande número de profis çamento na rede pública de esgotos ou corpos
sionais brasileiros durante um período de, aproxi d’água, ou exijam para isso soluções técnica e
madamente, três anos, visto a complexidade dos economicamente inviáveis em fase à melhor tec-
temas envolvidos. Considerando que o estabele nologia disponível”.
cimento de uma norma está fundamentado em A NBR 10.004/2004, incorporada em vários
uma necessidade da sociedade, tendo como parte dispositivos legais, estaduais e nacionais, trouxe
integrante do processo de validação, a submissão alterações no contexto da classificação de resí-
do documento elaborado pela Comissão de Estudo, duos para o país. Apesar de ser a adoção da norma,
ao processo de consulta pública, o que foi o caso de caráter voluntário, por princípio, a inclusão
da norma em tela, fica a importância de que seja, de suas referências em textos legais faz com que
efetivamente, aplicada de forma correta. esta passe a constituir item de avaliação de con-
O documento fixa os critérios técnicos para formidade em processos de auditorias e de cer-
a classificação dos resíduos sólidos e sua elabora tificação nas áreas de meio ambiente, de saúde
ção contou com a colaboração de dezenas de téc- ocupacional e de segurança do trabalho.
nicos, representantes de entidades e setores empre- A Norma atual objetiva a classificação dos
sariais, de prestadores de serviços na área de resí- resíduos sólidos quanto aos riscos potenciais ao
duos, instituições oficiais de fiscalização e controle meio ambiente e à saúde pública, com vistas ao
ambiental, entre quais, de forma bastante atuan gerenciamento adequado dos mesmos, evoluindo O anexo A elenca resíduos perigosos de fon-
te, a Fepam. da antiga abordagem de classificação com base tes não específicas, ou seja, resíduos gerados em
Quanto ao laudo de classificação a NBR 10.004 na destinação final em aterros. atividades de tipologias diversas, estando entre
– Resíduos Sólidos – Classificação, esclarece que Na verdade, no momento em que uma norma estes solventes gastos, códigos F001 a 005, resí-
este pode ser baseado, exclusivamente, na iden- é citada na legislação ou se torna uma questão de duos e lodos de tinta, código F017, entre outros.
tificação do processo produtivo quando do enqua- mercado, esta passa a ter caráter obrigatório sob o Já o anexo B apresenta a listagem de fontes
dramento nas listagens dos anexos A e B. ponto de vista de competitividade empresarial. específicas, ou seja, atividades em cujo processo
Deve constar no laudo de classificação a indi- O novo enfoque reflete a visão atualizada da os resíduos são, prontamente, enquadrados como
cação da origem do resíduo, descrição do pro- gestão da destinação de resíduos, na qual a valora perigosos sendo identificados pelos códigos ini-
cesso de segregação e descrição do critério a ser ção, ou seja, o gerenciamento priorizando a cor- ciados pela letra K.
adotado na escolha de parâmetros analisados, reta segregação destes, buscando potencializar O anexo C contém a listagem das substân-
quando for o caso, incluindo laudos de análises sua reutilização e reciclagem, mantendo constan cias que conferem periculosidade aos resíduos.
laboratoriais, aspectos estes que por parte de mui- te a preocupação com a viabilidade técnica, eco- Os códigos identificados pelas letras P e U
tos que aplicam a referida norma, ainda perma- nômica e ambiental. não são referentes a resíduos, mas sim a substân-
necem ignorados ou subvalorizados, quando na Cabe lembrar que por “gerenciamento” en cias que podem estar contidas nestes e que lhes
verdade esses aspectos são fundamentais para a tende-se as etapas de coleta, segregação, acondi conferem periculosidade, ou que apresentem
classificação segura de um determinado resíduo. cionamento, armazenamento temporário, trata- outras características que devem ser avaliadas.
Os laudos devem ser elaborados por profissio- mento e destinação final de um determinado re O mesmo ocorre com as substâncias codificadas
nais, responsáveis técnicos habilitados. síduo, conforme define o Decreto Estadual 38.356, pela letra D do anexo F, usadas também para clas-
Outro aspecto importante está na inclusão 1 de abril de 1998. sificar resíduos perigosos que não se enquadrem
da amostragem e a análise contemplando frações Quanto à questão referente à etapa de desti nas descrições dos anexos A e B, mas que por
voláteis dos resíduos na norma de lixiviação. nação, deve-se ressaltar ainda, que a adoção de apresentar uma das características de periculosi
A classificação com vistas ao gerenciamento uma determinada alternativa poderá demandar dade tenham sejam classificados como resíduo
dos resíduos na NBR 10.004/2004 estabelece duas a realização de avaliação de outros parâmetros perigoso – Classe I. Neste caso, os códigos a serem
classes de resíduos: os de Classe I, perigosos; e e características dos resíduos, não se restringindo utilizados seguem a identificação abaixo:
os da Classe II, não-perigosos, sendo que esses aqueles critérios previstos na norma, para a ade-
últimos estão subdivididos em não-inertes e iner- quabilidade de um resíduo específico a uma deter- D001: qualifica o resíduo como inflamável;
tes, A e B, respectivamente. minada alternativa ou tecnologia elencada, desde D002: qualifica o resíduo como corrosivo;
É sabido que quando se pressupõe que os que estas estejam devidamente licenciadas no
resultados sejam correta e fidedignamente emba- órgão ambiental competente. D003: qualifica o resíduo como reativo;
sados, que o reflexo de uma tomada de decisão A NBR 10004/2004 trouxe ainda esclarecimen-
por parte de determinada empresa não esteja tos quanto aos códigos K e F anteriormente utili D004: qualifica o resíduo como patogênico.
baseado em critérios meramente imediatistas, zados sem, contudo, haver qualquer explicação.
tendo em vista inúmeros casos de onde o risco Sob este aspecto a norma está mais clara, pois Engenheira da Fepam. Coordenadora da Câmara de
de um procedimento equivocado pode levar a contém um roteiro mais detalhado de tal maneira Engenharia Química do CREA-RS. Presidente da Assoc.
perda de confiabilidade de uma marca e coloca- a facilitar o entendimento das etapas a serem Prof. dos Engenheiros Químicos do RGS – APEQ-RS
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mercado de trabalho
de Auxiliar de Segurança Interna, Auxiliar nas etapas de produção são algumas das atividades desse profissional.
Técnico de Telecomunicações, Controla- Para isso, ele recebe uma formação multidisciplinar abrangendo os três
dor de Movimentação e Transporte, Eletri alicerces comuns das engenharias: a Matemática, Física e Química, mas
cista Especializado, Mecânico Especia também estuda disciplinas de conteúdo mais voltado às Ciências Biológi
lizado, Operador, Supridor, Técnico de cas como a Microbiologia e a Bioquímica. A Engenharia de Alimentos é
Contabilidade, Técnico de Enfermagem, dividida em três grandes áreas; a Ciência dos Alimentos, focada na com
Técnico de Exploração de Petróleo, Técnico posição dos alimentos, como acontecem suas degradações e como é pos-
de Instrumentação, Técnico de Projeto, sível evitá-las; a Engenharia dos Alimentos, voltada na projeção e análise
Construção e Montagem, Técnico de Segu-
das instalações e equipamentos; e a Tecnologia dos Alimentos, que traba
rança, Técnico Químico de Petróleo. Para
nível superior, são 116 vagas de Adminis-
lha nos projetos de processo de transformação da matérias-primas em
trador Júnior, advogado Júnior, Analista alimentos industrializados.
de Comércio e Suprimento Júnior, Analis 33
ta de Pesquisa Operacional Júnior, Analista
Mercado de trabalho
de Sistemas Júnior, Assistente Social Júnior, As possibilidades de emprego dos profissionais habilitados em Enge-
Contador Júnior, Dentista Júnior, Enfer- nharia de Alimentos são bastante abrangentes. O engenheiro de alimen-
meiro Júnior, Engenheiro de Equipamentos tos pode trabalhar em órgãos públicos, como secretarias municipais e
Júnior, Médico Júnior e Biólogo. As inscri- estaduais na fiscalização de restaurantes e empresas, além do setor pri-
ções serão recebidas até o dia 26 de junho, vado, como supermercados e indústrias produtoras e importadoras de
exclusivamente, através do site www.cespe. alimentos. No Rio Grande do Sul, uma área que absorve boa parte da
unb.br/concursos/petrobras2007 mão-de-obra é a relacionada à agropecuária, como laticínios, frigoríficos
e o setor de grãos.
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FAIXA 6 - CAPITAL SOCIAL DE 5.075.240,01 ATÉ 10.008.489,00 r$ 1.289,40 ART de crédito rural
FAIXA 7 - CAPITAL SOCIAL ACIMA DE 10.008.489,01 r$ 1.603,35 Honorários até R$ 6.500,00 R$ 29,00
*Faixas válidas para registro do capital social na Junta Comercial a partir de janeiro de 2007. Projetos no total de R$ 300.000,00 R$ 29,00
Faixa R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
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