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Relatório Técnico:

Adequação da propriedade rural


Fazenda D.A.I.G.G.

Estudantes:
Antônio Leonardo Costa
Danilo Nascimento Silva
Gustavo Alípio
Imirá Bezerra
José Guilherme

Curso: Técnico em Floresta, 2º Módulo.


Disciplinas: Silvicultura Básica e Recuperação de Áreas Degradadas
Profº: Renato de Araújo Ferreira
Ano: 20 / novembro / 2017

Presidente Prudente-SP
Sumário:

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
2. OBJETIVOS:............................................................................................................................4
2.1. Objetivo geral:..........................................................................................................................4
2.2. Objetivos específicos:..............................................................................................................4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:..................................................................................................4
3.1. Das áreas degradadas:...........................................................................................................4
3.2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL VIGENTE:.............................................................................5
a) Legislação Federal geral:.......................................................................................................5
3.3. PROPOSTA SILVICULTURAL DE USO ALTERNATIVO DO SOLO:................................7
4. DIAGNÓSTICO:.......................................................................................................................8
4.1. Geral:.........................................................................................................................................8
a) Localização:.................................................................................................................................8
b) Clima da região:........................................................................................................................10
c) Topografia:..................................................................................................................................12
4.2. ÁREAS AMBIENTAIS:...........................................................................................................16
a) Bioma e tipo de vegetação e tipo (s) de área ambientais (RL e/ou APP):........................16
b) Potencial da regeneração natural:..........................................................................................18
c) Fatores de perturbação:...........................................................................................................19
d) Verificação de ocorrência de espécies exóticas:..................................................................19
4.3. ÁREA DE USO ALTERNATICO DO SOLO:.......................................................................21
5. PROJETO...............................................................................................................................24
5.1.2. Plantio:.................................................................................................................................29
5.1.3. Pós-plantio:..........................................................................................................................31
5.2.1. Pré-plantio.......................................................................................................................31
5.2.2. Plantio:.................................................................................................................................34
5.2.3. Pós-plantio:..........................................................................................................................35
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................36
7. REFERÊNCIAS:.....................................................................................................................36

1. INTRODUÇÃO

Presidente Prudente-SP
A adoção da Lei Federal nº 12.651, de 25 de Maio de 2012, estabelecer as
regras que deverão ser cumpridas nas propriedades privadas quanto às Áreas de
Preservação Permanente (APPs) e à Reserva Legal. Paralelamente, será preciso
definir os Programas de Regularização Ambiental (PRAs), que serão aprovados pela
União e pelos estados, bem como criar um cadastro ambiental.
O proprietário de imóvel rural que não aderir à regulamentação deve enfrentar
problemas para garantir os benefícios definidos pela Lei, além da proibição de
acesso ao crédito agrícola. Fica, ainda, impossibilitado de aderir ao Programa de
Recuperação Ambiental-PRA, quando existir passivo ambiental.
Com a regulamentação da propriedade se tem vantagens como, um
planejamento do uso e ocupação do solo, a comprovação de regularidade ambiental
do imóvel rural, amplia a segurança jurídica dos produtores rurais, uma vez que está
previsto na legislação ambiental , fomenta o acesso ao crédito agrícola. Os
benefícios da adequação são de extrema importância para a preservação do meio
ambiente, além do demais, para a conservação da biodiversidade dos biomas.

2. OBJETIVOS:

Presidente Prudente-SP
2.1. Objetivo geral:

O presente projeto possui como meta geral, adequar ambientalmente a


Fazenda D.A.I.G.G., para tanto, realizar um programa de recuperação de áreas
degradadas e propor um projeto rentável e sustentável para os proprietários, através
da silvicultura.

2.2. Objetivos específicos:

 Diagnosticar a Fazenda D.A.I.G.G. quanto sua situação ambiental atual;


 Enquadrar a propriedade nos requisitos da Legislação ambiental pertinente;
 Propor técnicas viáveis e eficazes de recuperação das áreas: de preservação
permanente, reserva legal e a área de uso alternativo do solo;
 Elaborar os projetos com as seguintes etapas: diagnostico, metodologia de
execução, manutenção e monitoramento, de planejamento das atividades.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

3.1. Das áreas degradadas:

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBEGE), o Brasil


possui área total de 8.515.759,090Km 2, levando o título de segundo maior país no
Mundo com superfície florestada, ficando atrás somente da Rússia.
Nosso país possui 463 milhões de hectares de florestas naturais e plantadas
(54,4% de todo seu território), onde 53,56% são de florestas naturais e 0,84% de
florestas plantadas (espécimes comerciais como o Eucalipto, Pinus, dentre outras
espécimes), conforme dados do Serviço Florestal Brasileiro – SFB (2013).
O Brasil possui 6 grandes biomas (classificação do IBGE), com as seguintes
extensões territoriais: “bioma Amazônia com 71,36% de área estimada, Cerrado

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com 12,57% de área, Caatinga com 9,08%, Mata Atlântica com 6,98%, Pantanal
com 1,96% e o Pampa com 0,62%” , SFB (2013).
A Mata Atlântica (bioma pertencente a área deste projeto) durante séculos de
colonização do Brasil, sofreu maciça devastação, reduzindo drasticamente sua área,
encontrando-se atualmente muito fragmentada, e consequentemente obtendo
elevado número de espécies nativas ameaçadas de extinção, e de áreas
degradadas, devido ao mau uso da terra, sem adoção dos princípios do
Desenvolvimento Sustentável.
A Lei Federal nº 12.651, de 25 de Maio de 2012, estabelece os locais,
categorias e tamanhos das áreas a serem protegidas, exemplo da Reserva Legal, na
qual deve ser mantida uma área de floresta de no mínimo de: 80% em propriedades
rurais localizada na Amazônia Legal, 20% em locais de campos na Amazônia Legal,
35% em propriedades rurais no cerrado localizadas na Amazônia Legal, e 20% nas
outros biomas do País (propriedades com área maior que 4 módulos fiscais).
Quanto as Áreas de Proteção Permanentes (APP’s), a Lei Federal nº 12.651,
de 25 de Maio de 2012, define sendo as faixas marginais de qualquer curso d’ água
natural perene e intermitente, delimitadas segundo a largura dos cursos d’ água,
podendo variar de 10 m a 500 metros de faixa de vegetação nativa. Existem outros
tipos de APP’s, como as áreas de entorno de Reservatórios, Nascentes, Encostas,
Topo de Morro ou Chapadão, Restingas, Veredas e Manguezais.

3.2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL VIGENTE:

a) Legislação Federal geral:

- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – Art.225.

Institui um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos


direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida,

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na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,
promulgamos, sob a proteção de Deus

b) Legislação Federal Florestal:

- Lei Nº 12.651 de 25 de maio de 2012.

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; Altera as Leis nos 6.938, de


31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; Revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754,
de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.16667, de 24 de agosto de 2001;
e dá outras providências.

- Lei Nº 12727 de 17 de outubro de 2012.

Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção


da vegetação nativa; Altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de
19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis
nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida
Provisória no 2.16667, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da
Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651, de
25 de maio de 2012.- Lei Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

- Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos


de formulação e aplicação, e dá outras providências.

- Resolução Conama nº 429, de 28 de fevereiro de 2011.

Dispõe sobre a metodologia de recuperação das Áreas de Preservação


Permanente - APPs.

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c) Lei estadual Florestal:

- Resolução SMA Nº 32, de 03 de Abril de 2014.

Estabelece as orientações, diretrizes e critérios sobre restauração ecológica


no Estado de São Paulo, e dá providências correlatas.

3.3. PROPOSTA SILVICULTURAL DE USO ALTERNATIVO DO SOLO:

Como Proposta Silvicultural, propõe cultivo da espécie arbórea do


Calophyllum brasiliense, conhecida popularmente como Guanandi, Olandin,
Galandin, Guanandi-carvalho, Guanandi-cedro ou Gulande-carvalho, pertencente a
famílias das Clusiaceas. Espécie nativa, presente desde a região amazônica até o
norte de Santa Catarina, principalmente na Floresta Pluvial Atlântica.
De acordo com Lorenzi (2008) o Guanandi pode chegar até os trinta metros
de altura, gerando troncos de 40-60 cm de diâmetro, sendo a primeira “madeira de
lei” do país (lei de 7 de janeiro de 1835). É encontrada tanto na floresta primária
densa como em vários estágios da sucessão secundaria, como capoeiras e
capoeirões. Ocorre geralmente em grandes agrupamentos, que por vezes chega a
formar populações puras e é capaz de crescer virtualmente dentro da água e até em
áreas de mangue. Floresce durante os meses de setembro a novembro, maturação
dos frutos ocorre no período de abril até junho. Seus frutos são consumidos por
várias espécies da fauna, sendo, portanto útil para projetos de reflorestamentos.
Ainda segundo o autor, a madeira do Guanandi é própria para construção de
canoas, mastros de navios, vigas, construção civil, obras internas, assoalhos,
marcenaria e carpintaria, devido sua característica moderadamente pesada (0,62
g/cm3 de densidade), com textura pouco compacta, fácil de ser trabalhada.
A árvore é bastante ornamental, empregada no paisagismo em geral, tendo
demanda por cultivos em plantios homogêneos para exploração da sua madeira,
visto suas excelentes características silviculturais, como o fuste reto, ausência de
bifurcações e poucos problemas com pragas e doenças.

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Portanto o Guanandi, possui madeira nobre, apresentando bons rendimentos
econômicos, gerando inicialmente R$40,00 /m 3 nos primeiros 4 anos de plantio (25%
do desbaste) e podendo chegar até R$2.000,00 /m 3 após 20 anos de cultivo (IBF,
2017). Porém, deve ser levando em conta a forma de manejo dessa cultura florestal,
adquirir mudas de qualidade certificada, considerar a legislação vigente e ter
mercado viável para revenda da madeira.

4. DIAGNÓSTICO:

4.1. Geral:

a) Localização:

A Fazenda D.A.I.G.G., pertence ao Município de Presidente Epitácio, Bairro


Brejão, estrada de terra João de Barro, na saída da Rodovia SPV-35, no quilometro
11,4. Segundo informações do Censo do IBGE de 2010, a cidade possui 41.318
habitantes, extensão territorial de 1.282 Km2 e encontra-se a margem do Rio Paraná,
na qual faz divisa com o estado de Mato Grosso do Sul.
A Fazenda D.A.I.G.G. situa-se a 14,7 Km de distância do núcleo urbano de
Epitácio, 1,46 Km da propriedade da rodovia SPV-35 (rodovia essa que interliga os
municípios de Presidente Epitácio e Teodoro Sampaio) e 4,47 Km da Foz do Rio
Santo Anastácio no Rio Paraná, conforme pode ser observado na Figura 1.

Figura 1: Localização da Fazenda D.A.I.G.G. em Presidente Epitácio.

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FONTE: Imagem do Google Earth, 2017.

A Fazenda D.A.I.G.G. possui formato quadricular com área total de 1.200ha, e


13,85Km de perímetro, conforme pode ser observado na Figura 1, tendo sua área
delimitada por quatros pontos com respectivas coordenadas geográficas no Datum
SIRGLAS 2000:

- Ponto 1: latitude  21º 52,36’ 36” S


longitude  52º 8,27’ 63” O

- Ponto 2: latitude  21º 53,49’ 39” S


longitude  52º 71’ 0,88” O

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- Ponto 3: latitude  21º 52’ 31,64” S
longitude  52º 7’ 49,28” O

- Ponto 4: latitude  21º 53’ 35,49” S


longitude  52º 9’ 58,56” O

Pertencente à área da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos nº 22


(UGRHI – 22), conhecida como Bacia do Pontal do Paranapanema, além de
localizar-se na região de um dos afluentes do Rio Paraná, o Rio Santo Anastácio,
(rio que faz o limite da divisa de fundo da Fazenda) assim também engloba a
Unidade de Planejamento de Recursos Hídricos nº 02 (UPRH – 02).

b) Clima da região:

O clima de Presidente Epitácio é o tropical com verão úmido e invernos


secos, Aw na classificação de Köppen. O mês mais quente é janeiro, com máxima
média ultrapassando os 31 °C. O mês mais frio é julho, com mínima média próximo
aos 12°C, conforme informa o Gráfico 1 e a Tabela 1. O índice pluviométrico é de
aproximadamente 1.160 mm/ano. A estação chuvosa vai de outubro a março e a
estação seca, de junho a agosto, sendo abril, maio e setembro períodos de
transição.

GRÁFICO 1 – Climatografico do Município de Presidente Epitácio.

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Fonte: climate-data.org

Tabela 1: Dados Climatológicos de Presidente Epitácio:


Fonte: Clima-Data (2017).

c) Topografia:

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Por constituir uma propriedade de grande extensão territorial, com 400
módulos fiscais (módulo fiscal de P. Epitácio corresponde a 30ha), possui em seu
interior colinas amplas suaves, com declividades inferiores a 45º, ou seja, sem
presença de APP do tipo áreas declivosas. No geral, possui leve declividade média
da cabeceira da Fazenda sentido Rio Santo Anastácio (marcado pelo círculo azul
claro no Perfil), como pode-se observar pela Figura 3.

Figura 3: Três Perfis Altimétricos Longitudinais na Fazenda D.A.I.G.G.

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FONTE: Imagem Google Earth, adaptada, 2017.

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Os perfis altimétricos nos cortes AB, DC e EF, possuem declividade média de
2,0%, 2,14% e 1,80%, respectivamente, representando em média geral no sentido
longitudinal (de maior comprimento na Fazenda) de 1,98% de declividade.
Essa baixa declividade é devido a grande distância usada no cálculo. Assim
despreza-se algumas áreas que possuem declividade pouco mais acentuadas
localizadas em alguns trechos na Fazenda. Exemplo do perfil mais acentuado do
trecho EF, uma vez que passa no interior da erosão.
A Figura 4, nos informa como é o geomorfologia da Fazenda, tendo presente
mais a montante, duas colinas, uma maior com 37 metros de altitude geral, e uma
colina menor com 8 metros de altitude geral.
Novamente temos uma declividade de maior expressão, no corte IJ, da Figura
9. Devido passar transversalmente nas áreas das duas erosões da propriedade. Isso
demonstra o cuidado com esses dois locais, que requerem um cuidado diferenciado,
devido a fragilidade. Uma vez maior declividade nas bordas das erosões, e a pouca
presença de vegetação, vai a cada chuva, carregando volumes consideráveis de
solo da propriedade, e consequentemente assoreando o Rio Santo Anastácio a
jusante (a comprovação do forte processo de assoreamento pode ser verificada pela
imagem de satélite da Figura 4).

Figura 4: Dois Perfis Altimétricos Transversais à Fazenda D.A.I.G.G.

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FONTE: Imagem Google Earth, adaptada, 2017.

4.2. ÁREAS AMBIENTAIS:

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a) Bioma e tipo de vegetação e tipo (s) de área ambientais (RL e/ou APP):

Segundo a classificação do IBGE da vegetação do Brasil, temos que a


propriedade deste projeto encontra inserida na região da Floresta Estacional Semi
Decidual, conforme pode ser observado no recorte do Mapa de Vegetação do Brasil
da Figura 5, em verde claro pontilhado no “X” em vermelho. Verifica-se também a
proximidade do Cerrado ao outro lado da margem do Rio Paraná.

Figura 5: Recorte do Mapa de Vegetação do Brasil, na região onde se


encontra o município de Presidente Epitácio.

FONTE: Adaptado de IBGE, 2004.

No recorte da Figura 5, temos representado pelo “X” em vermelho, o


município de P. Epitácio, o pontilhado representa área antrópicas, ou seja, com
vegetação secundária e/ou presença de atividade agrária. Quantos as siglas
presentes no recorte de mapa, são referente as seguintes formações florestais,
sendo elas:

- S: Savana (cerrado), representado na cor amarelo claro;


- Sd: Savana Florestada (cerradão), representada em cor de rosa;
- SN: Savana / Floresta Ombrófila Mista, na cor violeta claro;
- F: Floresta Estacional Semidecidual, representada na cor verde claro;
- Fs: Floresta Estacional Semidecidual Submontana, em verde claro;

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- Pa: Formação Pioneira com influência Fluvial, em azul claro acompanhando
as margens do Rio Paraná.

Quanto ao bioma presente, temos pelo Mapa de Biomas do Brasil, do IBGE,


que Presidente Epitácio está inserido no bioma da Mata Atlântica, porém próximo
ao bioma do Cerrado, presente do outro lado do Rio Paraná, como pode ser
verificado pela Figura 6. Desta forma a Fazenda D.A.I.G.G., encontra-se na faixa de
transição entre biomas, denominada ecologicamente como ecótono, e por esse
motivo pode apresentar elementos comuns aos dois domínios.

Figura 6: Recorte do Mapa de Biomas do IBGE.

FONTE: Adaptado de IBGE, 2004.

b) Potencial da regeneração natural:

Devido a APP ser extensa, com mais de 3Km de alcance, fora o rio ser
sinuoso, com lagoas naturais formadas as margens do rio, presença de trechos com
solo úmido, muito encharcados; diferentes situações ao percorrer toda essa área,
exemplo da complexidade desse ambiente, temas na Figura 7, exemplos dessas
características ali encontradas.

Figura 7: Imagens de Satélite de duas áreas no trecho da APP.

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FONTE: Imagem Google Earth, adaptada, 2017.

Devido a morfologia da área de APP ser de fundo de vale não encaixado,


formando uma espécie de planície fluvial, naturalmente mal drenado nas margens
do, temos formações de lagoas naturais, e muitos pontos de brejo e em diferentes
formatos como podem ser visualizados na Figura 7.
Nessa área intermitente encharcada, favorece a presença de resquícios de
vegetação nativa, nuns pontos mais outros menos. Não sendo uma área
abandonada, com constante presença de gado. Logo pela metodologia de Chave
para tomada de decisões em projetos de RAD, elaborado em um evento em 2006,
pelo Instituto de Botânica de São Paulo, conclui-se que as melhores técnicas para
recuperar esta APP são:
- Adensamento e enriquecimento florístico com diversidade genética;
- Plantio em área total, fazendo uso de mudas nos trechos que o solo não se
encontra mal drenado e não compactado pelo gado, e semeadura de espécies
hidrófilas (vegetação de regiões sempre úmidas, geralmente de folhas largas e
perenes);
- Manejo de espécie invasora (no caso as gramíneas do gênero Brachiaria);
- Implantação da zona tampão.

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c) Fatores de perturbação:

Diante das características apresentadas até então, temos uma visão de como
se encontra a Fazenda D.A.I.G.G. Dentre os fatores de perturbação mais
preocupantes, temos os dois focos de erosões de dimensões extensas, além da
proximidade ao Rio Santo Anastácio.
Outro fator seria em relação as atuais condições dos terraceamentos, com
pouca capacidade de retenção das águas pluviométricas escoadas pela pastagem.
E por fim, mas não menos importante, temos o uso consolidada, por décadas, da
pecuária, na qual faz uso de toda extensão da Fazenda, até mesmo nas áreas de
APP.
Existe a presença em alguns pontos, de erosão zoonógicas, devido a
constante passagem do gado em busca de água. Consequentemente, a longa
presença do gado acaba gerando compactação no solo.

d) Verificação de ocorrência de espécies exóticas:

Quanto a presença de espécies exóticas, foi levantado no diagnóstico feito


em visita de campo, que predomina as espécimes das gramíneas, que se alastra,
em alguns pontos, até muito próximo ao Rio Santo Anastácio.
Foi encontrada mais de uma espécie de gramíneas, mas predominando o
gênero Brachiaria, nativa da África. Introduzida no Brasil como planta forrageira, mas
se tornando uma espécie invasora em diversos biomas, competindo com gramíneas
nativas e sufocando pequenas mudas de regenerantes.

e) Solo:

Segundo levantamento pedológico realizado pelo Instituto Agronômico do


estado de São Paulo, em parceria com a EMBRAPA; o tipo de solo predominante no
município de Presidente Epitácio, é o Latossolo vermelho, conforme ilustra a
Figura 8, no ponto localizado com “X” em vermelho.

Figura 8: Recorte do Mapa Pedológico do Estado de São Paulo.

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X

FONTE: Adaptado de IAC / EMBRAPA, 1999.

Correspondem a solos não hidromórficos, com horizonte B latossólico com


coloração vermelhas, tendo textura que varia de argilosa a média argilosa.
Constituem solos acentuadamente drenáveis (IAC / EMBRAPA, 1999).
Durante a captura das amostras de solo para análise química, foi verificado
nas áreas de pastagem, presença ínfima do Horizonte O (matéria orgânica), com
espesso Horizonte A, característico da litologia local. Nas áreas de várzea, próximo
ao Rio Santo Anastácio foi verificado a presença de Gleissolos, devido encontra-se
em fundo de vale com áreas encharcadas, apresentando vestígios de vegetação
nativa, foi encontrado maior espessura do Horizonte O.
Os Quadros 1 e 2, informam os resultados da análise química do solo, Macro
e Micronutrientes, respectivamente, obtendo um solo com os seguintes
características:

Amostra CaCl2 M.O. P S-SO42- Al3+ H+Al K Ca Mg SB CTC m V


pH g/dm3 mg / dm3 mmolc / dm3 %
0 – 20 cm 5,1 18,3 13,5 2,1 0 11,6 1,7 15,1 5,3 22,1 33,7 0 65,6
20 – 40 cm 4,8 12,1 6,8 2,1 1,3 18,6 1,5 14,4 3,7 19,5 38,1 6,3 51,2
Quadro 1: Análise Química – Básica. Fonte: Laboratório de Análise de Solos e
Tecido Vegetal, UNOESTE (2011).

Amostra Boro Cobre Ferro Manganês Zinco

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mg / dm3
0 – 20 cm 0,08 0,70 18,60 14,90 4,50
0 – 20 cm 0,04 0,60 18,50 16,50 3,50
Quadro 2: Análise Química – Micronutrientes. Fonte: Laboratório de Análise de
Solos e Tecido Vegetal, UNOESTE (2011).

4.3. ÁREA DE USO ALTERNATICO DO SOLO:

a) Vegetação:

No diagnóstico realizado em campo, foi averiguado o predomínio de


gramíneas do gênero Brachiaria em área de Pastagem, sem nenhum ponto de
vegetação nativa ou comercial encontrada. Tal área constitui numa pastagem
degradada, com pontos de solo descobertos, alta compactação, e falta de
manutenção de pastagem, mostrando que o solo do local é “pobre” para a pecuária,
necessitando assim a adequação do modo de produção da Fazenda, propondo
assim como uso alternativo do solo pela Silvicultura.

b) Declividade do terreno:

Por constituir uma propriedade de grande extensão territorial, com 400


módulos fiscais (módulo fiscal de P. Epitácio corresponde a 30ha), possui em seu
interior colinas amplas suaves, com declividades inferiores a 45º, ou seja, sem
presença de APP do tipo áreas declivosas. No geral, possui leve declividade média
da cabeceira da Fazenda sentido Rio Santo Anastácio

d) Fatores de perturbação:

Existe a presença em alguns pontos, de erosão zoonógicas, devido a


constante passagem do gado em busca de água num mesmo local, além de
existência da compactação do solo por pisoteio do gado. Foi encontrado a presença
de alguns formigueiros espalhados pela área de pastagem, que deveram ser
controlados antes de iniciar o plantio do Guanandi.

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e) Solo:

Segundo levantamento pedológico realizado pelo Instituto Agronômico do


estado de São Paulo, em parceria com a EMBRAPA; o tipo de solo predominante no
município de Presidente Epitácio, é o Latossolo vermelho, conforme ilustra a
Figura 6,
Os Quadros 3 e 4, informam os resultados da análise química do solo, Macro e
Micronutrientes, respectivamente, obtendo um solo com os seguintes características:
Amostra CaCl2 M.O. P S-SO42- Al3+ H+Al K Ca Mg SB CTC m V
pH g/dm3 mg / dm3 mmolc / dm3 %
0 – 20 cm 5,1 18,3 13,5 2,1 0 11,6 1,7 15,1 5,3 22,1 33,7 0 65,6
20 – 40 cm 4,8 12,1 6,8 2,1 1,3 18,6 1,5 14,4 3,7 19,5 38,1 6,3 51,2
Quadro 3: Análise Química – Básica. Fonte: Laboratório de Análise de Solos e
Tecido Vegetal, UNOESTE (2011).

Amostra Boro Cobre Ferro Manganês Zinco


mg / dm3
0 – 20 cm 0,08 0,70 18,60 14,90 4,50
0 – 20 cm 0,04 0,60 18,50 16,50 3,50
Quadro 4: Análise Química – Micronutrientes. Fonte: Laboratório de Análise de
Solos e Tecido Vegetal, UNOESTE (2011).

Quanto às condições de conservação do solo, verificou-se falta de


manutenção dos terraceamentos, apesar de existirem, encontram-se rasos, com
presença de gramíneas, logo perdendo eficiência na retenção de maiores volumes
pluviométricos.
Existência de dois focos de erosões, nas quais podem ser vistas na imagem
de satélite da Figura 9. Ambas não possui afloramento do lençol freático, portanto
não podendo ser consideradas como voçorocas, mas sim ravinas.

Figura 9: Diagnóstico das condições de conservação do solo.

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Erosão 2

Erosão 1

FONTE: Imagem Google Earth, adaptada, 2017.

A erosão 1, possui maior extensão, cerca de 1.500 metros de comprimento e


chegando a ter larguras de 20 metros. Tem início na área de maior altitude na
propriedade, terminando nas margens do Rio Santo Anastácio. Quanto a erosão 2,
possui cerca de 772 metros de comprimento, e alcançando 10 metros de largura;
esta ravina não termina nas margens do Rio, finalizando num fragmento de
vegetação, distante de 500 metros do Rio.

5. PROJETO

5.1. ÁREAS AMBIENTAIS:

5.1.1 Pré Plantio:

A recuperação das áreas de Reserva Legal e APP deverão respeitar o arranjo


de 3x2, sendo utilizado espaçamento de 6m 2 ocupados por cada árvore. Somadas
as parcelas de Reserva Legal (239,99 ha) com APP (10,39 ha) têm-se
2.503.920,76m² ou 250,39 hectares, conforme pode ilustra a Figura 10 abaixo.

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Figura 10 – Croqui das áreas de preservação ambiental.

FONTE: Os autores (2017).

Para garantia do sucesso do plantio, deverão ser realizadas práticas de


controle de agentes perturbadores, necessitando para tanto a instalação de cerca ao
longo do perímetro da área plantada, totalizando 20.375,84 m de cercamento ao
entorno. Implantação de aceiro de 5m, além da aplicação de formicida, sendo

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aplicado 10g para cada m² de formigueiro, e deverá ser feito o controle de plantas
daninhas.
As espécies selecionadas visam atender os critérios definidos na Resolução
SMA 32, os quais precisam atingir 80 espécies sendo 40% pioneiras, 40% não-
pioneiras, 40% tendo dispersão zoocórica e 5% de espécies ameaçadas de
extinção. A quantidade das espécies selecionadas segundo as classes pioneiras e
não pioneiras e totais, encontra-se disposto na Tabela 2, enquanto na Tabela 3, a
relação das 80 espécies que atende aos critérios da legislação.
Foi ainda considerado aspectos de biodiversidade, zelando para que haja
variedade de famílias das espécies, havendo indivíduos pertencentes às
Annonaceae, Araliaceae, Arecaceae, Asteraceae, Bignoniaceae, Bombacaceae,
Boraginaceae, Burseraceae, Caricaceae, Cecropiaceae, Chrysobalanaceae,
Combretaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lauraceae, Lecythidaceae, Leg.-
Caesalpinioideae, Leg.-Mimosoideae, Leg.-Papilionoideae, Malvaceae, Moraceae,
Myrsinaceae, Myrtaceae, Nyctaginaceae, Phytolaccaceae, Rhamnaceae, Rosaceae,
Rubiaceae, Rutaceae, Salicaceae, Sapindaceae, Sapotaceae, Solanaceae,
Sterculiaceae, Styracaceae, Symplocaceae, Tiliaceae, Ulmaceae, Urticaceae,
Verbenaceae.

Tabela 2. Espécies selecionadas segunda a Resolução SMA 32.


Total de
Total em
Indivíduos pro
%
Hectare
Total 80 100
Sp Pioneiras 32 40
Sp Não
48 60
Pioneiras

ZOO 48 60

Ameaçadas 11 13,75
FONTE: Os autores (2017).

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Tabela 3 - Espécies selecionadas para plantio.

FONTE: Os autores (2017).

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Observada a extensão da área e o espaçamento, 228,62ha e 6m²,
respectivamente, mostra-se necessário o plantio de 381.050 mudas. Ainda assim, é
preciso definir sobre essa quantidade um total de 5% para repor aquelas que
morrerem em 30 dias, necessitando mais 19.052 mudas.
Devido à carência de nutrientes nas amostras de solo realizadas, é preciso
que haja a adição de adubo para que os indivíduos não apresentem deficiência de
nutrientes. A quantidade de Uréia e Bórax que devem ser adicionados está na Tabela
4, cabendo ressaltar que pela analise não se constatou ser preciso fazer correção de
Fósforo e Potássio.

Tabela 4 – Parcelamento de Adubação para áreas de preservação.


Tempo
Adubo
plantio após 3 meses após 4 meses após 12 meses
25% 25% 25% 25%
Ureia 5075,6kg 5075,6kg 5075,6kg 5075,6kg
13,34 g/muda 13,34 g/muda 13,34 g/muda 13,34 g/muda
100% - - -
Borax 2078,2kg - - -
5,45 g/muda - - -
FONTE: Os autores (2017).

A quantidade de água para o plantio será de 200mL para cada muda, portanto
76210L no total. A quantidade de hidrogel recomendado é de 5g/L, sendo
necessários 381kg do produto.
Segundo os resultados obtidos da amostra, é necessária a aplicação de 0,21
toneladas de calcário por hectare. Somando a área da APP mais da Reserva Legal,
será necessário no total de 52,58 toneladas de calcário, a fim de adequar o pH.

5.1.2. Plantio:

Para realização do plantio propriamente dito, já feito anteriormente o


dessecamento das gramíneas, marcação das linhas e o coroamento nos pontos de

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plantio, teremos a seguinte dimensão das covas: 0,40 m de largura, 0,40 m de
comprimento e 0,60 m de profundidade.
A Figura 11, ilustra o procedimento de plantio em 6 etapas, sendo elas:
- Abrir a cova, que deverá ter raio de 40 cm e profundidade igual a 60 cm.
Inicia-se com a remoção para um dos lados da cova, dos primeiros 20 cm de solo,
onde se encontra a terra mais fértil. Os 40 cm seguintes, cuja fertilidade é menor,
deve ser posto separado.
- Prepara-se a muda, retirando-se o recipiente que a acondiciona, caso
contrário, a raiz não se desenvolverá. Retira-se a muda com o torrão de terra.
Lembre-se de recolher o recipiente, principalmente os de plástico que não são
biodegradáveis.
- Feito isto, cheque a profundidade, ajustando-a se necessário de acordo com
a altura do torrão, utilizando-se da terra retirada do fundo da cova.
- No fundo da cova, coloca o adubo (no caso 13,43g de uréia + 5,45g de
boráx) previamente mistura ao solo da camada mais profunda (de 20 a 40 cm).
- Coloca-se a muda, de forma centralizada ao diâmetro da cova, certificando-
se de que está reta e tomando-se o cuidado para que o torrão ou a parte das raízes
seja colocado sobre o material adubado.
- Para fixar a muda, devemos utilizar a terra retirada do fundo, pressionando
um pouco o chão para deixar a muda firme. Cuidado para colocar a parte onde
ocorre o contato do tronco com o sistema radicular (coleto) no nível do solo da cova.
Fora desta posição a planta pode morrer. Deixar o terreno uns 2 cm abaixo do nível
do solo, o que facilita a retenção da água da chuva ou durante as regas.
- Irrigar com o hidrogel sobre o solo, na bacia que deixou para irrigação,
colocando cerca de 200 ml por muda.
- O último passo é proteger a muda. Contra ventos, podemos utilizar um tutor,
que consiste numa estaca reta e forte onde o tronco da muda deve ser amarrado
com uma laçada em "8". Um dos elos do "8" amarra a planta e outro o tutor. Nunca
deixe que o barbante "estrangule" a haste da muda. Essa amarração deve ser feita
de forma folgada, permitindo que o tronco cresça livremente. Outro cuidado
importante é a colocação de uma camada de folhas ou palha seca (matéria morta)

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ao redor da muda, o que favorece a retenção da umidade. Por último, realiza-se a
rega com 1L de água.

Figura 11 – Metodologia de plantio das mudas.

FONTE: http://www.vivaterra.org.br/vivaterra_plante.htm

5.1.3. Pós-plantio:

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Após dois dias do plantio é indicado que seja efetuada nova irrigação e repeti-
la nos momentos que ocorrer necessidade hídrica, em época de estiagem ou em
quando for necessário.
Em caso de replantio (situações em que não ocorreu efetivo desenvolvimento
da muda) deve-se efetuar a substituição, com o plantio de mudas de qualidade.
Redobrar a atenção no combate às formigas cortadeiras com uso de formicida.
As Mudas deverão ser mantidas livres de daninhas na coroa (1m de diâmetro)
e a prática de roçadas nas entre linhas que auxiliaram no processo de
desenvolvimento das mudas.
Indica-se adubações de cobertura, como supracitado, aplicação de uréia no
período de 3, 6 e 12 meses após o plantio, quantidade de adubo (22,22 kg/ha).

5.2. ÁREA DE USO ALTERNATICO DO SOLO

5.2.1. Pré-plantio

a) Proteção da área

O perímetro da fazenda se encontra cercado, porém será necessário somente


manutenção ao longo do tempo. Os talhões de Guanandi não há necessidade de
serem cercados, pois somente as estradas primárias e segundarias já são
suficientes para proteção e delimitação.
Em relação ao controle de pragas, se verificado focos de formigueiros, será
preciso à aplicação de 10g de iscas espalhadas ao entorno dos formigueiros ou por
cada m² de formigueiro, assim como também o controle da plantas daninhas.

b) Preparo da área

Conforme constatado nas análises químicas do solo, a propriedade apresenta


em sua estrutura pH 5,6 0-20cm e 4,8 20-40cm, assim conforme os cálculos e

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recomendações é preciso a aplicação de uma quantidade de 0,21 ton/há de calcário,
que será aplicado 3 meses antes do plantio.
Nas analises foi observado que no solo não há quantidades nocivas de
alumínio, pois o m(%) deu menor que 20% na camada de solo de 20-40 cm.

c) Descrição da relação dos talhões

A partir do perímetro disponível para o plantio de Guanandi, foi calculado o


tamanho dos talhões, que resultaram em 30 talhões de 304.481,32m² ou 30,448ha,
com 897,09m de comprimento e 339,41m de largura, na qual se encontra
distribuídos numa área equivalente a 946,14ha, conforme ilustra a Figura 12.

Figura 12 – Croqui da área de Silvicultura – Plantio de Guanandi.

FONTE: Os autores (2017).


d) Descrição da quantidade de mudas para o plantio e replantio:

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Para a realização do plantio, será utilizada uma quantidade de 1.522.290
mudas de Guanandi, que serão plantados num espaçamento de 3x2, na qual
equivale a 1666 mudas/ha, sendo 50.743 mudas por talhão, porém 5% do total de
mudas (76.114mudas) são destinados ao replantio que será realizado 30 dias após o
plantio inicial.

e) Descrição do plano de adubação:

A partir das análises químicas do solo, foi constatado que o solo carece de
elementos químicos, entre eles Nitrogênio e Boro, já os elementos P (fosforo) e K
(Potássio) não indicaram insuficiência segundo o resultado de análise de solo. Para
repor os elementos que estão em deficiência, será utilizada Ureia para repor
Nitrogênio e Borax para o elemento Boro, conforme as quantidades informadas na
Tabela 5 abaixo.

Tabela 5: Parcelamento de adubação:


Tempo
Adubo
Plantio Após 3 meses Após 4 meses Após 12 meses
25% 25% 25% 25%
22,22 kg/ha 22,22 kg/ha 22,22 kg/ha 22,22 kg/há
Ureia 13,34 g/muda 13,34 g/muda 13,34 g/muda 13,34 g/muda
9,09 Kg/há - - -
5,45 g/muda - - -
FONTE: Os autores (2017).

f) Descrição resumida da quantidade de produtos a ser utilizado no pré-plantio,


plantio e pós-plantio:

Conforme a necessidade levanta no planejamento do uso da área de uso


alternativo, o Quadro 5 lista os produtos que serão utilizados durante o pré-plantio,
plantio e pós-plantio.

Quadro 5: Produtos utilizados – pré-plantio, plantio e pós-plantio:

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Item Descrição
1 198,68 ton de calcário em toda a área de plantio do Guanandi
2 1.598.404 mudas totais considerando o plantio e replantio
3 2,70 toneladas de uréia
4 278 Kg de Boráx
5 1.598,1 Kg de hidrogel
6 319.620 litros de agua (preparo do hidrogel)
FONTE: Os autores (2017).

5.2.2. Plantio:

A espécie Calophyllum brasiliensis, popularmente conhecida como Guanandi,


possui melhor germinação em solo úmido e boa estabilidade de sombreamento.
A inseminação de coveamento tem dimensões de 15 x 30cm de espessura.
Em casos específicos de secas prolongadas a cima de dois meses, o controle do
hidrogel deve ser muito bem executado mantendo maior fixação da água no solo.

- Descrição da metodologia do controle de qualidade do plantio deve ter como


local próximo á área de APP, por sua melhor adaptação em solos úmidos,
recomenda-se que o plantio seja realizado perto de áreas com maiores recursos
hídricos. As refeições devem ser feitas em locais abertos, evitando assim o risco de
contaminação ou acidentes. As mudas devem ser compradas em sacos com
dimensões de 15x30 e plantadas em locais com menos inclinação do terreno.
A irrigação deve ser muito bem controlada. Luvas e demais equipamentos de
proteção são indispensáveis para o manejo de produtos agrotóxicos como
cupinicida, onde a muda deve ficar imersa no produto por cerca de 3 a 5 minutos,
evitando assim pragas indesejáveis.

5.2.3. Pós-plantio:

ADUBO Plantio 3 MESES 6 MESES 12 MESES


P 0% 0% 0% 0%

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K 0% 0% 0% 0%
N 25% 25% 25% 25%
Micro 10% 20% 30% 40%
Nutrientes

- Adubações de cobertura será realizado durante os períodos de 3 meses, 6


meses e 12 meses após o plantio, sendo utilizado os elementos Nitrogênio (N) e
Micronutrientes.

- Descrição das atividades a serem desenvolvidas após o plantio, como


segue:
- A irrigação deve ser controlada com freqüência, caso a climatologia e
implantação dos indivíduos não estiverem com maior percentual de solos úmidos. A
mesma deve ser realizada semanalmente devido a grande e direta exposição ao sol.

- Replantio; - O replantio da espécie ocorrerá com incidências maiores


que 5% das mudas plantadas.

- Controle de formigas; - Para o controle de formigas a aplicação de


formicidas será necessário, a visita no período de 3 a 6 meses também é muito
importante, mantendo assim o controle.

- Controle de plantas daninhas foi realizado no pré-plantio, utilizando


herbicidas para diminuir a ocorrência das invasoras no local, após o controle faz-se
a aplicação novamente para dificultar a germinação das sementes de plantas
daninhas.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Com a implementação desse projeto, teremos um investimento a longo prazo,
tanto financeiro (comercialização da madeira do Guanandi), como ambiental
(restituição da vegetação ciliar das margens do rio Santo Anastácio). Para obtenção
do sucesso deste projeto, buscando o mínimo de perdas dessa adequação da
Fazenda D.A.I.G.G., deverá ser seguido todas as indicações contidas na
metodologia tanto pré, quanto plantio e pós plantio, a fim de garantir o retorno deste
investimento no prazo previsto neste estudo.

7. REFERÊNCIAS:

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acessado dia 07 de ago. de 2017.

BRASIL. Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da


vegetação nativa. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>. Acessado dia 19 de out. de 2017.

BRASIL. Lei nº 12.727 de 17 de outubro de 2012. Altera a Lei no 12.651, de 25 de


maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12727.htm>. Acessado
dia 19 de out. de 2017.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente – MMA. Biomas: Mata Atlântica. Disponível


em: <http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica>. Acessado dia 19 de out. de
2017.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 429, de 2 de março


de 2011. Dispõe sobre a metodologia de recuperação das Áreas de

Presidente Prudente-SP
Preservação Permanente - APPs" - Data da legislação. Disponível em: <
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=644>. Acessado dia 19 de
out. de 2017.

CEPAGRI - Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Ligadas a Agricultura


da Unicamp: Clima no município de Presidente Epitácio - SP. Disponível
em:<http://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima_muni_466.html>. Acesso
em 29 out. 2017.

IAC - Instituto Agronômico; EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisas


Agropecuária. Mapa Pedológico do estado de São Paulo. Campinas – SP, 1999.
Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/solossp/pdf/mapa_pedologico_Solos_
Estado_de_Sao_Paulo.pdf>. Acessado dia 26 de out. de 2017.

IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores. Relatório Ibá 2015. Disponível em:


http://www.ipef.br/estatisticas/relatorios/anuario-iba_2015.pdf. Acessado dia 21 de
ago. de 2017.

IBEGE - Instituto Brasileiro de geografia e estatística. Área Territorial Brasileira.


Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_
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Acessado em 26 de out. de 2017.

IBEGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mapa de vegetação do


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IBF - Instituto Brasileiro de Floretas. Guanandi uma excelente opção para
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IF – Instituto Florestal; SMA – Secretaria do Meio Ambiente. Inventário florestal da


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2017.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas


arbóreas nativas do Brasil. Plantarum, Nova Odessa, vol. 1. 5ª Ed. 2010. 384p

MORANDI, Paulo Sérgio. Germinação e Desenvolvimento Inicial de Calophyllum


brasiliensis Camb. em Diferentes Níveis de Sombreamento . Disponível em:
<https://www.ibflorestas.org.br/images/arvore/germinao_e_desenvolvimento_de_gua
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Disponível em <http://www.vivaterra.org.br/vivaterra_plante.htm>. Acesso em: 19
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SFB - Serviço Florestal Brasileiro. Florestas do Brasil em resumo – 2013: dados


de 2007 – 2012. Brasília, 2013. 188 p. Disponível em: <http://www.florestal.
gov.br/snif/imagesPublicacoes/florestas_do_brasil_em_resumo_2013_atualizado.pdf
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