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Como se pode ver, a presença de harmônicas na rede pode criar problemas dos mais
variados e de difícil diagnóstico com antecedência.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
A Fase
f
0 0
f
2
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Uma vez que a função periódica de referência já está implícita no domínio da frequência,
a caracterização do sinal decomposto em termos dessa referência necessita apenas dos
parâmetros resultantes da decomposição.
4 1 1
Por outro lado a função f 2 ( t ) cos 1 t cos 3 1 t cos 5 1 t ... produz uma onda
3 5
quadrada de amplitude unitária.
T/2
4 1 1
Uma onda triangular é expressa por f 3 ( t ) sen t sen 3 t sen 5 1 t ...
1
9
1
25
3
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
T/2
T
4 1
vT (t )
h2 k 1
(1) k cos(h2f1t )k 0,1,2,3...
h
(3.1)
Suponha-se que essa onda quadrada seja o sinal, cuja distorção em relação à fundamental
queremos analisar. Da somatória (3.1) podemos isolar a onda fundamental, obtendo:
4 4 1
vT ( t )
cos( 2f 1t )
h 2 k 1
( 1 )k
h
cos( h2f 1t ) k 1, 2 ,3...
4
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
1
q ( t)
h1( t)
h3( t) 0
h5( t)
h7( t)
1
2
0 0.005 0.01 0.015 0.02 0.025 0.03 0.035 0.04
t
4 4
v1 ( t ) cos( 2f 1 t ) sen( 2f 1 t / 2 )
ou seja, a amplitude da fundamental vale 4/. Notar que essa amplitude é maior que a amplitude
da onda quadrada da qual foi extraída.
Podemos definir o sinal distorcivo como sendo o que resta de (3.1) se eliminarmos a
fundamental.
vres (t ) vT (t ) v1 (t ) (3.2)
Pode-se ainda expressar essa relação em termos do valor eficaz dos componentes,
resultando (letra maiúscula indica valor eficaz da onda).
Vres V
h 2
h
2
(3.3)
1 2
T T
Vh v h ( t ). dt é o valor eficaz da tensão harmônica vh(t). Dividindo (3.3) por V1, que é o
valor eficaz da onda fundamental v1(t) e comparando com a definição usual da grandeza
designada Distorção Harmônica Total (DHT):
V
V
h
2
N
2
DHT h h 2
(3.4)
V1 h 2 V1
nota-se que DHT é uma aproximação ao valor eficaz normalizado da tensão distorciva,
considerando as primeiras N harmônicas (as normas estabelecem o valor da máxima ordem
harmônica de interesse, tipicamente a 40ª ou a 50ª).
A DHT definida para a tensão é geralmente uma boa indicação do valor das harmônicas,
uma vez que o valor da componente fundamental da tensão é relativamente constante. O mesmo
não vale para a corrente, uma vez que a alteração da componente fundamental (associado a
variações da carga) pode ser muito significativa1.
1
Considere um alimentador com tensão de 1 pu e reatância série equivalente de 0,02 pu (na frequência
fundamental). No PAC podem ser conectadas cargas não-lineares distintas. Uma apresenta, em condições nominais,
5
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Filtro Notch
1
0 60Hz
+
- ires(t)=is (t)-is1(t)
i1(t)
Cálculo valor Cálculo valor
RMS RMS
Ires
I1 Ires
I1
FD
uma corrente fundamental de 1 pu e DHT de corrente de 100% (5ª harmônica com 80% e 7ª harmônica com 60% da
fundamental). Outra possui uma corrente fundamental de 10 pu e DHT de 20% (5ª harmônica com 16% e 7ª
harmônica com 12% da fundamental). Pergunta-se: Qual destas cargas produzirá uma maior distorção na tensão do
PAC?
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Um analisador digital de sinais realiza coleta amostras dos sinais. Existe um intervalo
regular de amostragem que determina a taxa de amostragem. Os valores amostrados são
discretizados, o que implica que o valor registrado não é o valor exato do sinal contínuo mas sim
uma aproximação deste valor dentro de um intervalo de discretização. A precisão deste
procedimento depende da quantidade de bits do conversor analógico-digital. Por exemplo, uma
codificação em 8 bits, sendo que o primeiro destes representa a polaridade do sinal amostrado,
leva à existência de 27=128 níveis possíveis de serem atribuídos ao sinal discretizado, ou seja,
tem-se uma precisão de aproximadamente + 0,4% do valor máximo (fundo de escala).
É preciso também ter em mente que, principalmente nas medições de corrente, o valor
pode ser muito menor do que o valor máximo (fundo de escala), o que torna o erro relativo
significativamente maior.
Para o usuário de um equipamento digital de análise da energia elétrica é importante
conhecer algumas especificações do aparelho para poder utilizar com crítica os resultados
apresentados.
Feita a digitalização das amostras, a decomposição de Fourier normalmente é feita
usando um eficiente algoritmo, conhecido como transformada rápida de Fourier ou FFT (“Fast
Fourier Transform”) o qual calcula as amplitudes e fases das componentes harmônicas.
Neste caso, a ferramenta matemática não mais é a série de Fourier, mas a Transformada
de Fourier, mais especificamente a Transformada Discreta de Fourier, que é aplicada às amostras
dos sinais. O aprofundamento deste tópico transcende os objetivos deste curso. Algumas
informações adicionais são dadas no Apêndice B.
Em linhas gerais, a quantidade de amostras por ciclo determina a capacidade de
identificação da máxima frequência. Pelo Teorema da Amostragem (ou de Nyquist2) são
necessárias duas amostras para identificar uma frequência. Assim, um equipamento que tome 16
amostras por ciclo da frequência fundamental é capaz de identificar até a 8ª harmônica. Tal
identificação se refere à presença de componente harmônica nesta frequência e não à
determinação exata do valor desta componente ou de sua fase.
A resolução em frequência, entendida como a capacidade de identificar a existência (ou
não) de uma componente qualquer é inversamente proporcional ao tempo de amostragem (ou à
quantidade de ciclos amostrados). Assim, se o tempo de amostragem é de 100 ms, a resolução
em frequência é de 10 Hz, ou seja, é possível saber se existem componentes espectrais em 10, 20,
30 Hz… Não será identificada corretamente uma componente que exista, por hipótese, em 85
Hz.
Faz-se aqui uma breve apresentação dos aspectos relacionados aos limites de harmônicas
de tensão estabelecidos pela norma MIL-STD-704F. Esta norma se refere às propriedades que o
sistema elétrico da aeronave deve apresentar e não se dirige aos equipamentos a serem instalados.
A figura 3.8 mostra os limites aceitáveis de componentes espectrais presentes na tensão.
Pelo tipo de especificação, são incluídas também componentes não harmônicas, ou seja,
componentes que não sejam múltiplas da fundamental. Estão presentes também limites para
componentes abaixa da frequência fundamental, chamadas de sub-harmônicas. Tais componentes
2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_da_amostragem
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
de baixa frequência podem estar associadas, por exemplo, a efeitos de regulação da amplitude da
fundamental, ou a cargas cíclicas que perturbam a tensão.
O máximo Fator de Distorção admissível é de 5%. 3
2
I RMS
FD 1 (3.5)
I 12
No eixo vertical à direita da figura tem-se os valores eficazes equivalentes aos valores em
dBV (na base de 1 V – valor eficaz) colocados no eixo à esquerda.
Por exemplo, em um sistema de frequência constante (115 V, 400 Hz), se a terceira, a
quinta e a sétima harmônicas da tensão (1,2; 2 e 2,8 kHz, respectivamente) tiverem,
individualmente, até 3,16 V, o Fator de Distorção será de 4,75%, ou seja, ainda estará em
conformidade com a norma. Uma forma de onda com tal distorção é mostrada na figura 3.9. A
partir de 3 kHz o valor admissível vai diminuindo.
Nos sistemas de frequência variável o padrão é o mesmo, apenas com uma ampliação da
faixa de mais elevadas componentes até 6 kHz (um pouco acima da sétima harmônica de 800
Hz).
Figura 3.8 Limites de distorção de tensão para sistema 400 Hz ou de frequência variável.iii
3
Fator de distorção: o fator de distorção CA é a relação entre a distorção CA e o valor eficaz da componente
fundamental. O fator de distorção CC é a relação entre a distorção CC e o valor médio de regime permanente.
Distorção: é o valor eficaz de uma forma de onda alternada (CA), retirando-se sua componente fundamental. Em um
sistema CC, a distorção é definida como o valor eficaz da grandeza, retirando-se o valor médio.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
200
V
0
V
-
200 0s 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m 9m 10
V V(R1: s s s s s s s s s ms
1) Tim
e
1.0
V
SEL
10n
>>
V 0H 1K 2K 3K 4K 5K 6K 7K 8K 9K 10K
z V(R1: Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz Hz
1) Frequen
cy
Figura 3.9 Forma de onda (115 V, 400 Hz) com 3ª, 5ª e 7ª harmônicas com 3,16 V, FD=4,75%.
A figura 3.10 mostra os limites para redes de 60 Hz. O comportamento é do mesmo tipo
estabelecido para 400 Hz ou para frequência variável. Entre a terceira e a sétima harmônicas tem-
se valores mais elevados considerados aceitáveis.
No caso dos barramentos CC, não cabe o conceito de harmônicas, uma vez que não há
uma frequência fundamental. Os componentes espectrais eventualmente presentes são devidos ao
processo de produção dessa tensão CC (retificação da tensão CA, por exemplo) ou por ação da
corrente associada a cada carga alimentada. A figura 3.11 mostra os limites para o barramento de
28 V. Na faixa de 1 a 5 kHz são aceitáveis componentes espectrais de até 1 V, e valores menores
abaixo de 1 kHz e acima de 5 kHz. O Fator de Distorção aceitável é de 3,5%, com amplitude de
ripple4 de 1,5 V máximo.
4
Ripple (ondulação): é a variação da grandeza elétrica (tensão ou corrente) sobre o valor médio, em uma situação de
regime permanente. A amplitude do ripple é o máximo valor da diferença entre o valor médio e o valor instantâneo.
9
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
A Tabela 3.1 indica que no EUT a 3ª harmônica pode ter 10% da fundamental, 6% para a
5ª harmônica e 4,28% para a 7ª. As componentes sucessivas vão sempre reduzindo o valor
admissível. Tal redução nas componentes da corrente à medida que cresce a frequência se deve
ao aumento da reatância do alimentador que, para minimizar a distorção na tensão, exige
menores componentes na corrente.
As componentes pares apresentam valores significativamente menores, pois tais
componentes potencialmente causam problemas ao melhor funcionamento das cargas
(principalmente eletrônicas) presentes no sistema, devido à assimetria que produz nas formas de
onda, como se pode verificar nas figuras a seguir, que ilustram situações de um retificador
monofásico a diodos, com filtro capacitivo, como mostra a figura 3.13.
Vp.sin(wt) Vo
11
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
200
V
0V
SEL>
->
200V0s 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m 9m 10m
V(D1:1 V(R1:1,D4:1
s s s s s s s s s s
) ) Tim
5.0A e
0A
-5.0A
0s 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m 9m 10m
I(V2) s s s s s s s s s s
Tim
a) Tensão senoidal.
200
V
0V
SEL>
->
200V0s 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m 9m 10m
V(D1:1 V(R1:1,D4:1
s s s s s s s s s s
) ) Tim
5A e
0A
-5A
-10A
0s 1m 2m 3m 4m 5m 6m 7m 8m 9m 10m
I(V2) s s s s s s s s s s
Tim
0V
SEL>>
-200V
0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms 7ms 8ms 9ms 10ms
V(D1:1) V(R1:1,D4:1)
Time
4.0A
0A
-4.0A
-8.0A
0s 1ms 2ms 3ms 4ms 5ms 6ms 7ms 8ms 9ms 10ms
I(V2)
Time
12
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Condição de Teste 1:
A tensão na entrada do EUT deve ter distorção menor que 1,25% durante todo procedimento. Se
a potência do equipamento for superior a 2 kVA, pode ser que a impedância de saída da fonte
não seja baixa o suficiente para garantir essa baixa distorção na tensão. Nesse caso, é aceitável
uma distorção de até 4%.
Condição de Teste 2:
A THD da tensão na entrada do EUT deve ser maior ou igual a 8% para equipamentos A(CF) e
A(NF) e 10 % para a categoria A(WF).
Devem ser tabulados os valores até a 40ª harmônica, para cada fase da alimentação. A
resolução espectral deve ser melhor que 20 Hz. O cálculo da fase das harmônicas é opcional.
Os testes devem ser realizados para máxima e mínima potência em regime permanente. Se
a diferença entre estes valores for menos que 25%, toma-se apenas a situação de máxima
potência. O sensor de corrente deve ter um erro de amplitude menor que 3% e erro de fase menor
que 5º, na faixa até 50 kHz.
Componentes espectrais menores que 10 mA ou que 0,25% da fundamental (o que for
maior) devem ser desconsideradas.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Tabela 3.3 Tabela exemplo de cálculo de conformidade para condição de teste 2 (monofásico)
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Se assumirmos f=50 Hz e k=0,1 resulta a característica (t) por i(t) da Figura 3.15, que se
aproxima de uma curva de magnetização típica. Neste exemplo hipotético, a corrente, apesar de
distorcida, estará em fase com o fluxo, mas estará deslocada temporalmente5 da tensão, de
acordo com a relação (3.8). Deve-se recordar ainda que o efeito da histerese do material
magnético torna mais complexo analisar a relação entre estas grandezas. Mesmo assim, o
exemplo serve para mostrar que harmônicas de corrente são produzidas por esse tipo de não-
linearidade.
5.0K
(t)
0
-5.0K
-3.0 -2.5 -2.0 -1.5 -1.0 -0.5 -0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
B(TX2)
H(TX2)
Figura 3.15 Característica não-linear (t) x i(t) e curva típica de núcleo ferromagnético com
histerse
0V
SEL>
-200V
>
V(TX2:1)
4.0mA
0A
-4.0mA
0s 2ms 4ms 6ms 8ms 10m
I(L1) s
Time
15
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
2.5mA
2.0mA
1.5mA
1.0mA
0.5mA
0A
0Hz 1.0KHz 2.0KHz 3.0KHz 4.0KHz 5.0KHz
I(L1)
Frequency
Nota-se que para esse tipo de não linearidade aparecem harmônicas ímpares (ordem 3, 5,
7...) com amplitudes decrescentes.
Nas aplicações normais de um transformador, à essa corrente de magnetização se soma a
corrente da carga. Se for uma carga linear, dado que a tensão é senoidal, a corrente resultante (na
carga) também será senoidal. Tipicamente a corrente de magnetização (que é a com distorção) é
de poucos porcento em relação à corrente nominal do dispositivo, de modo que a distorção
relativa se torna pequena. No entanto, caso haja um aumento na tensão aplicada (ou uma redução
na frequência), de modo a elevar o fluxo pelo dispositivo, o efeito da saturação pode se tornar
muito mais intenso, como mostra a figura 3.18, na qual a tensão CA foi elevada de 115 para 155
V.
200mA
100mA
0A
0Hz 1.0KHz 2.0KHz 3.0KHz 4.0KHz 5.0KHz
I(L1)
Frequency
500mA
0A
SEL>>
-500mA
0s 2ms 4ms 6ms 8ms 10ms
I(L1)
Time
16
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Lo +
va Ro
vb Vr(t) Vo
vc
-
300
Vr ( t )
200
va( t )
vc( t )
vb( t )
100
0
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
t
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
400
va( t ) vc( t )
vb( t )
200 Ia
200
400
0 0.005 0.01 0.015 0.02
t
Figura 3.21 Tensões e corrente de entrada (fase a) com carga indutiva ideal
1.2V
1.0V
0.8V
0.6V
0.4V
0.2V
0V
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz
V(I2:+)
Frequency
Lo Transformador de interfase
+
Io +
Vr Io
Vr
+
+
-
-
Vo
Vo
+ +
Vr Vr
- -
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
600
Tensão total
400
Tensão em cada retificador
200
Tensão de fase
0
Corrente de fase
-200
0s 10ms 20ms 30ms 40ms 50ms
Figura 3.24 Formas de onda de associação em série de retificadores.
0A
0Hz 0.5KHz 1.0KHz 1.5KHz 2.0KHz 2.5KHz 3.0KHz
Figura 3.25 Espectro da corrente na rede para retificador de 12 pulsos.
3.5.2.1 A comutação
Uma forma de corrente retangular como a suposta na Figura 3.21 pressupõe a não
existência de indutâncias em seu caminho, ou então uma fonte de tensão infinita, que garante a
presença de tensão qualquer que seja a derivada da corrente.
Na presença de indutâncias, como mostrado na Figura 3.26, no entanto, a transferência de
corrente de uma fase para outra não pode ser instantânea. Ao invés disso, existe um intervalo no
qual estarão em condução o diodo que está entrando e aquele que está em processo de
desligamento. Isto configura um curto-circuito na entrada do retificador. A duração deste curto-
circuito depende de quão rapidamente se dá o crescimento da corrente pela fase que está entrando
em condução, ou seja, da diferença de tensão entre as fases que estão envolvidas na comutação.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Vi Corrente de fase
Lo
Li +
Vp.sin(wt)
Vo
Tensão de fase
intervalo de comutação
Figura 3.26 Topologia de retificador trifásico, não-controlado, com carga indutiva . Formas de
onda típicas, indicando o fenômeno da comutação.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Vp.sin(wt) Vo
1.0A
100mA
0
10mA
-
1.0mA
0Hz 0.2KHz 0.4KHz 0.6KHz 0.8KHz 1.0KHz 1.2KHz 1.4KHz 1.6KHz
-
0
(a) (b)
Figura 3.29 (a) Corrente de entrada e tensão de alimentação de retificador alimentando filtro
capacitivo. (b) Espectro da corrente.
Situação semelhante ocorre com entrada trifásica, quando são observados 2 impulsos de
corrente em cada semiciclo, como mostra a Figura 3.30. Nota-se, mais uma vez, a significativa
distorção que pode ocorrer na forma da tensão devido à queda de tensão que ocorre na reatância
da linha.
Figura 3.30 Tensão na entrada (superior) e corrente de linha (inferior) em retificador trifásico
com filtro capacitivo.
21
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Tudo depende de onde se encontram as fontes ("sources") e os atratores ("sinks") das correntes
harmônicas. Pontos de ressonância funcionam como atratores de correntes harmônicas.
Além disso, a simples mudança de fase de uma harmônica pode modificar completamente
a forma de onda, sem alterar o seu valor eficaz.
Dois sinais completamente distintos visualmente podem ter o mesmo espectro em
amplitudes, diferindo apenas quanto à fase das harmônicas. Para exemplificar, a simples
mudança da fase relativa entre as harmônicas pode alterar substancialmente os níveis de stensão
instantânea da onda. Seja a onda de tensão dada pela expressão que contém apenas a 5a. e 7a.
harmônicas, ambas a mesma fase inicial:
A onda agora assume a forma mostrada na Figura 3.32. A simples comparação visual das
ondas mostra que não é óbvio que se trata de sinais com a mesma composição espectral. Por isso
é importante recorrer aos métodos de processamento matemático para analisar os sinais no
domínio da frequência.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
entrada, o valor da tensão CC será fortemente afetado, a depender da fase das harmônicas,
mesmo que não se altere o valor da tensão eficaz da entrada.
Os espectros das amplitudes nos dois casos são iguais, conforme mostrado na Figura
3.33. Apenas os espectros das fases relativas acusam a inversão da 5a harmônica, como indica a
Figura 3.34.
a) b)
Figura 3.34. Espectro de fase para caso com fases iguais (a) e fases oposta (b).
Esse exemplo mostra que uma dada composição harmônica pode apresentar efeitos que
não são percebidos pela simples avaliação da forma de onda.
Sistema 60H z
Zs
I Sh
Ih ISh IFh
Ih I Fh
Xc
Fo n te
Filtro
ZS ZF
H armô n ica
XL sin to n izad o
Figura 3.35. Sistema alimentando uma carga que gera harmônicas e modelo equivalente da fonte
harmônica
23
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
ZS
IˆFh Ih
ZF ZS
(3.13)
ZF
IˆSh Ih
ZF ZS
ou seja, o filtro absorve toda a corrente harmônica gerada pela fonte local. Existe, porém, uma
frequência de ressonância do filtro com o sistema, que ocorre na condição: Z F ZS 0 ,
fazendo com que I I , ou seja, o filtro e o sistema trocam energia nessa frequência de
Fh Sh
ressonância. A ressonância entre o filtro e o sistema poderá ser estimulada pelas fontes
harmônicas do sistema e, portanto, não basta dimensionar o filtro sintonizado apenas em função
das harmônicas da fonte local. É preciso verificar que a frequência de ressonância com o sistema
esteja em uma região do espectro com poucas possibilidades de ser excitada.
idcr idci
iss ios
M
Figura 3.36 Sistema de dupla conversão com frequências distintas na entrada e saída.
24
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Figura 3.37 Forma de onda e espectro em sistema monofásico com dupla conversão (60/50Hz).
Acima: corrente na rede. Abaixo saída do inversor PWM.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Apêndice A
f (t ) A0 Ah cos(h1t ) Bh sen(h 1t ) (A.1)
h 1 h 1
2
1
T
f ( t ).1.d t 1 f ( t ) .d t valor médio no período
2
A0
(A.2)
1 . d t
f (t ) . cos(h1t ).dt 1
Ah
f (t ). cos(h1t ).dt (A.3)
cos 2 (h1t ).dt
f (1t ) . sen(h1t ) . d t 1
Bh
f (t ) . sen(h1t ) . dt (A.4)
sen 2 (h1t ) . dt
Notar que os coeficientes (das funções seno ou cosseno) são números reais, podendo ser
positivos ou negativos. Como se pode notar, coeficientes negativos correspondem à fase de
180. Uma vez obtidos os coeficientes, pode-se dispor o espectro na forma seguinte:
A
1
1/3
1/5
2f1 4f1
f
f1 3f1 5f1
1/4
-1/2
26
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
f (t ) a .e
h
h
jh1t
h 0, 1, 2,... (A.5)
h=1, 2, 3....
f (t ) a0 a h e
j h 1 t j h 1 t
ah e
h 1
Para sinais reais, a condição de simetria complexa tem que ser satisfeita, ou seja,
ah ah , devido ao teorema de Parseval (a energia deve se manter tanto no domínio do tempo
como no da frequência). Portanto:
f (t ) a0 ah .e jh1t ah .e jh1t (A.6)
h 1
Assumindo ainda que cada coeficiente complexo é formado pelas partes real e imaginária
na forma:
ah Ah j Bh ah ah Ah jBh
1 1
h > 0, de modo que:
2 2
resulta que a equação (3.6) pode ser escrita como: f (t ) a0 Ah cos(h1t ) Bh sen(h1t )
h 1
27
Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Apêndice B
Amostragem de sinais
Para poder explorar a capacidade de processamento digital de sinais é preciso encontrar
uma representação funcional para uma amostra do sinal.
Isto é resolvido pela função impulso ou delta de Dirac (t), definida por:
( t ) para t 0
( t ) 0 para t 0
( t ). dt 1
para t 0
0 para t 0
Vê-se que a integral do impulso é a função degrau. Ou ainda,
( t t a ) para t t a
( t t a ) 0 para t t a
( t t a ). dt 1 para t t a
0 para t ta
(0) (ta)
0 t 0 ta t
( )
( t T ).e jt .dt e jT 1 T .
f ( kT ) x o . ( t ) x1 . ( t T ) x 2 . ( t 2T ).... k 0,1,2...
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( ) x0 x1 .e j T x 2 .e j 2 T ... x
k 0 ,1, 2...
k .e jkT
F()
-2T -T 0 T 2T
T1
2
1
a0
T1 A.cos( t ).dt 0
T
1
1
2
T1 T1
2 2
1 1
A. cos( t ). e A. cos t. (cos t j sen t ). dt
j 1 t
a1 1 . dt 1 1 1
T1 T T1 T1
1
2 2
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T1
2
A 1 A A
T1 T1 2
.(1 sen 21t ). dt
2T1
.T1
2
2
T1
2
1
A. cos(k. t ). e
j 1 t
ak 1 . dt 0 k 1
T1 T
1
2
1 2
a0
T1
A .dt T1
A
30
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2
sen k
2A sen( k 1 ) 2A T1
ak . . k0
T1 k 1 T1 2
k
T1
Se essa onda quadrada for amostrada com intervalo de amostragem T, tem-se a repetição
desse espectro em torno de /T.
31
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0 T 9T t
Suponha-se que esse sinal volta a se repetir, repetindo-se a cada intervalo T1= 9T.
0 T T1 2T1 t
1
2 2
T1 9T
rd s .
8 10
A 4º harmônica será 4 4 1 e a 5º harmônica 5 . Portanto, se a informação
9T 9T
do espectro está contida em só é possível obter o espectro até a 4º harmônica. O restante é
T
uma repetição espelhada desse espectro a partir de .
T
Isso não é surpresa pois, pelo teorema de amostragem, necessita-se de pelo menos duas
amostras por período para ter a informação de frequência e, com 9 amostras, só se pode obter o
nível CC e mais 4 harmônicas.
Uma outra forma de sintetizar isso é dizer que com N amostras pode-se obter N/2
frequências harmônicas. Notar que ao diminuir o intervalo de amostragem, T, aumenta a
resolução em frequência.
32
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max
onde max T intervalo de amostragem
N T
2
2
Logo: N n o de amostras do sinal
N .T
2k
A frequência da k-ésima harmônica é, portanto: k k = 0,1,2....N-1
NT
1 1
T f1
N Nf1 NT
As amostras de x(t), tomadas a intervalos T, podem ser expressas pela função discreta:
2
x( nT ) A1 sen 2 f 1 ( nT ) A1 sen n x( n )
N
nn01,,21,,23......NN 1
Acrescentando-se uma harmônica de ordem h, pode-se escrever, por semelhança, a série
de amostras como sendo:
2 2 h
x( n ) A1 sen n Ah sen n
N N
33
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f max f1
f 10 Hz
2
6 N 6
Essa informação é útil para se converter o vetor de saída para a escala de frequências
correspondentes: escala em Hz no de ciclos xf no de ciclos / N .T .
4 SAÍDA DA FFT
Uma vez obtido o vetor Z(I), I=1,2...N pela FFT, resulta um vetor complexo que precisa
ser interpretado no domínio da frequência.
Como se usou o processo de calculo da TDF na forma exponencial complexa, resultam as
amplitudes das harmônicas pela relação:
Abs ( Z1 )
A0
N
Abs ( Z I )
AI 1 para I>1
N
2
Im( Z I )
I tg 1 dependendo do quadrante e de Re(.) 0 e I>1
Re( Z I )
OBS: para obter precisão da fase é preciso sobre-amostrar o sinal. Para N=512 pontos por ciclo,
o erro no ângulo (em graus) é aproximadamente igual à ordem harmônica, ou seja:
I=2 (Componente fundamental) 10
I=6 (quinta harmônica) 50
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0.8
0.7
X: 60
Y: 0.7071
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 50 100 150 200 250
a) b)
Figura B.9 FFT de onda quadrada em 60 Hz, amplitude unitária, com quatro amostras por ciclo:
a) Um ciclo de observação; b|) Quatro ciclos de observação (resolução de 15 Hz).
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0.7
0.6 X: 60
Y: 0.6376
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Figura B.10 FFT de onda quadrada em 60 Hz, amplitude unitária e 32 amostras por ciclo.
Espectro analisável até 16 x 60=960Hz.
Tome-se agora para análise uma onda senoidal (amplitude unitária) com 20% de 5ª
harmônica (300Hz), 10% de nona harmônica (540Hz), e de um nível CC unitário. O sinal e o
respectivo espectro são mostrados a seguir.
2.5
1.5
0.5
-0.5
0 20 40 60 80 100 120 140
0.9
0.8
0.7
0.6 X: 60
Y: 0.5
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Figura B.11 Forma de onda e respectivo espectro obtido com 32 amostras por ciclo.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
2.5 1
0.9
2
0.8
0.7
1.5
0.6
1 0.5
0.4
0.5
0.3
0.2
0
X: 420
0.1 Y: 0.05
-0.5 0
0 10 20 30 40 50 60 70 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
A1
A1
Ak Ak
0 f1 fk 0 f1 fk
Ciclos completos. Ciclos incompletos.
Figura B.13 Efeito de aplicação de FFT sobre amostras que não se referem a ciclos completos do
sinal.
Este efeito pode ser visualizado no sinal a seguir, que apresenta a mesma forma de onda
mostrada anteriormente mas com um número não inteiro de ciclos, bem como o respectivo
espectro. Note que a identificação da frequência ainda se mostrou correta (o que nem sempre
acontece, pois pode haver um deslocamento do pico), mas com grande erro de amplitude.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
1
2.5
0.8
2
1.5 0.6
X: 60
1 Y: 0.3988
0.4
0.5
0.2
0
-0.5 0
0 20 40 60 80 100 120 140 0 500 1000 1500 2000
Como esse erro é devido basicamente ao truncamento do sinal, uma forma usual de se
contornar tal efeito é utilizar funções de ponderação ou janelas ("windows") para atenuar o
impacto de truncamento. Essas janelas, porém, alteram a energia do sinal e, por isso, introduzem
um fator adicional de escala de amplitude.
Existem muitos tipos de janelas e cada uma produz um efeito particular sobre o espectro
do sinal. Pode-se dizer que uma janela causa dois efeitos principais sobre o espectro:
A1
A1
Ak Ak
0 f1 fk 0 f1 fk
O que distingue uma janela da outra é o compromisso entre esses dois efeitos. Por
exemplo:
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W (k )1 0 k N 1
Janela retangular
W (k )0
diferente
W ( k ) 2 k 0 k N
N 2
Janela triangular
2k
W (k )2 N k N
N 2
k
W (k )0,540,46 cos 2 N 0 k N 1
Janela Hamming
W (k )0 diferente
1.5
0.5
-0.5
0 20 40 60 80 100 120 140
0.7
0.6
0.5
0.4
X: 60
0.3 Y: 0.2454
0.2
0.1
0
0 500 1000 1500 2000
Figura B.16 Aplicação da janela de Hamming em sinal amostrado e seu efeito sobre o espectro.
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0 0 0
-20dB -20dB -20dB
-40dB
Figura B.18 Janela retangular com número inteiro (esq) e fracionário (dir) de ciclos.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Considerando uma onda quadrada, quando se tem uma quantidade de ciclos inteiros, a
identificação da frequência é correta, assim como a amplitude. No caso ilustrado na figura a
seguir, a onda quadrada tem 2V de amplitude, o que leva a uma fundamental com 2,546V de
amplitude e 1,8V de valor eficaz. No entanto, para ciclos fracionários, repetem-se os erros na
identificação da frequência e no valor da amplitude.
Figura B.20 Janela Hamming com número inteiro (esq) e fracionário (dir) de ciclos.
Figura B.21 Efeito do aumento do número de ciclos na FFT para diferentes janelas.
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
Apêndice C
a b c
abc
seg
Figura C.1. Harmônicas de 3ª ordem apresentam sequência zero
Pode-se verificar que isso acontece com todas as harmônicas múltiplas de três (3n,
n=1,2,3...). O fato dessas múltiplas de três apresentarem sequência zero, indica que poderá haver
uma significativa corrente circulando pelo neutro, no caso de conexão Y a quatro fios, ou então
pela malha do triângulo, no caso de conexão em .
A Figura C.2 mostra o que ocorre com a 5a. harmônica equilibrada. Como se pode ver,
neste caso as harmônicas apresentam sequência negativa.
a b c
ac b
seg
Figura C.2 Harmônicas de 5a. ordem apresentam sequência negativa
O mesmo ocorre com todas as harmônicas de ordem (3n-1, n=1,2,3...). O fato das
harmônicas equilibradas de ordem 2, 5, 8... apresentarem sequência negativa, indica que terão
efeito sobre o torque das máquinas baseadas em campos girantes, tais como motores de indução,
máquinas síncronas, medidores de energia, etc. Os efeitos mais sensíveis devido a esses
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Qualidade da Energia Elétrica em Ambiente Aeronáutico - 2013 J. A. Pomilio
4.1 Referências
i
Y. Burian Jr. e A. C. C. Lyra, Circuitos Elétricos, Pearson Prentice Hall, 2006.
ii
F. P. Marafão and S. M. Deckmann, “Basic Decompositions for Instantaneous Power
Components Calculation,” in Proc. 2000 IEEE Industry Applications Conf. (Induscon), pp.
750-755
iii
Department of Defense, Interface Standard, MIL-STD-704F, Aircraft Electric Power
Characteristics, 1991.
iv
J. A. Pomilio and S. M. Deckmann: “Flicker produced by Harmonic Modulation”. IEEE Trans.
on Power Delivery, vol. 18, no. 2, April 2003, pp. 387-392.
v
T.J.E. Miller, “Reactive Power Control in Electric Systems”, Ed. John Wiley&Sons, 1982.
vi
J.Arrillaga, A.Bradley, P.S. Bodger “Power System Harmonics”. John Wiley&Sons, 1989.
vii
A. Testa, “Interharmonics and related issues: Aspects Related to Effects, Modeling and
Simulation, Measurement and Limits”, VIII International Conference on Industry Applications,
Poços de Caldas, Minas Gerais – Brazil – August 2008
43