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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ENGENHARIA QUINIICA

DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Pro£ DR. CLÁUDIO ROBERTO MOFINO PINTO

2012

r VERSÃO COMPLETA ASER CORRIGIDA

Orofino Operações 1
3
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - SUMÁRIO -orofino(iufpa.br

índice
CAPITULO 1 15
CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS.
1 Propriedades dos Sólidos Particulados. 15
1.1 Introdução. 15
1.2 Materiais Homogêneos ou Uniformes. 16
1.2.1 Materiais Homogêneos Regulares. 16
1.2.2 Materiais Homogêneos Irregulares. 16
1.3 Métodos para Determinação do Tamanho de Partículas de Amostra
Homogênea. 17
1.3.1 Métodos Diretos. 17
1.3.2 Métodos Indiretos. 17
1.4 Determinação da Superfície Específica de Amostra de Material
Homogêneo. 19
1.5 Determinação do Número de Partículas em Amostra Homogênea 20
1.6 Esfericidade de Partículas de Amostra Homogênea 21
1.7 Método para Determinação de Tamanho de Partículas de Materiais
Não Homogêneos ou Heterogêneos. 24
1.7.1 Diâmetro Médio de Volume. 24
1.7.2 Diâmetro Médio de Superfície. 24
1.7.3 Diâmetro Médio de Linear. 24
1.7.4 Diâmetro Médio de Massa. 24
1.7.5 Diâmetro Médio de Sauter. 25
1.8 Análise Granulométrica 25
1.9 Analise Granulométrica através de Modelos de Distribuição 29
1.9.1 Modelo G.G.S. 29
1.9.2 Modelo R.R.B. 30
1.9.3 Modelo log - Normal. 32
1.9.4 Comparações entre Séries de Peneiras Padrões 34
1.10 Referências Bibliográficas. 35

°refino Operações 1
4
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - SUMÁRIO -oro fio(á),u
nfya.br

CAPITULO 2 37
COMINUIÇÃO
2.0 Definição 37
2.1 Principais Operações de Cominuição. 38
2.1.1 Remoção do Minério da Jazida 38
2.1.2 Britagem 38
2.1.3 Moagem 38
2.2 Fundamentos da Cominuição 38
2.3 Leis da Fragmentação 40
2.3.1 Lei de Bond 40
2.4 Work índex ou índice de Trabalho 41
2.5 Rendimento (em energia) 42
2.6 Estágios de Britagem 44
2.6.1 Fundamentos e Definições Básicas 44
2.6.2 Grau de Liberação 45
2.6.3 Razão de Redução.(Rr) 46
2.7 Britagem Primária 46
2.8 Britagem Secundária 47
2.9 Britagem Tercária 47
2.10 Moagem 48
2.11 Circuitos de Cominuição 49
2.11.1 Circuitos de Abertos 49
2.11.2 Circuitos de Fechados 49
2.12 Associação de Britadores e / ouMoinho 50
2.12.1 Série 50
2.12.2 Paralelo 51
2.12.3 Serie e Paralelo 51
2.12 Refêrencias Bibliográficas 52

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5
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CAPITULO 3
PENEIRAMENTO
3.1 Introdução 54
3.2 Classificação 55
3.2.1 Laboratório 55
3.2.2 Industrial 55
3.3 Operação 55
3.3.1 Operação à úmido e a Sêco 55
3.3.2 Operação sob Agitação e Estacionária 56
3.3.3 Operação em Circuito Fechado e Aberto 56
3.4 Cálculos Relativos à Operação de Peneiramento 57
3.4.1 Eficiência de Peneiras 57
3.4.2 Dimensionamento de Peneiras 59
3.5 Comparação entre Peneiras Reais e Ideais 60
3.5.1 Diâmetro de Corte 60
3.6 Referências Bibliográficas 62

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6
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - SUMÁRIO -oro fino@D,ufpa.br

CAPITULO 4 64
DINÂMICA DA PARTÍCULA NO CAMPO GRÃ VITACIONAL.
4.1 Movimento de Partícula Sólida em Fluidos sob Ação de um Campo
Gravitacional 65
4.1.1 Considerações 65
4.1.2 Nomenclatura Adotada 65
4.2 Determinação da Velocidade Terminal para os Regimes de Escoamento 69
4.2.1 Regime Laminar ou de Stokes 69
4.2.2 Regime de Transição 69
4.2.3 Regime Turbulento ou de Newton 69
4.2.4 Determinação do Diâmetro D, Cohecendo a Velocidade Terminal Vt 70
4.2.5 Determinação da Velocidade Terminal V t Cnhecendo o Diâmetro Dp 70
4.3 Efeito dePopulação: Velocidade sob Condição de Retardamento ou
Obstata 71
4.3.1 Determinação da Velocidade Terminal sob Condição de
Retardamento para Regime de Stokes. 71
4.3.2 Determinação da Velocidade Terminal sob Condição de
Retardamento para Regime de Ttransição e NewtQn. 73
4.3.3 Porosidade 74
4.4 Principais Correlações para Determinação da Velocidade Terminal
sob Condição de Retardamento 76
4.4.1 Correlação de Richardson & Zaki 76
4.4.2 Correlação de Politis &Massarani 77
4.4.3 Correlações Empiricas com Base em Dados Experimentais 78
4.5 Seqüência para Determinação da velocidade de suspensões (condição
de retardamento) 78
4.6 Razão de Sedimentação livre Z F 83
4.6.1 Regime de Stokes 85
4.6.2 Regime de Newton 85
4.7 Elutriação 86
4.7.1 Importância da Razão de Sedimentação na Classificação 87
4.7.2 Determinação Gráfica de Velocidade Ascendente do Fluido para Separação
de Partículas dentro de uma Determinada Faixa Granulométrica 87
4.8 Efeito da Presença de Fronteiras Rígidas 89
4.8.1 Seqüência para Determinação da Velocidade de Partículas Considerando
Efeito de Fronteiras Rígidas 91
4.9 Referencias Bibliográficas 97

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7
* UFPA ITEC FEQ - Operações I - SUMÁRIO -orofinafpa.br

CAPITULO 5
SEDIMENTAÇÃO
5.1 Definição e Histórico 99
5.2 Objetivos Gerais 100
5.2.1 Operação Contínua 100
5.3 Nomenclatura Adotada 102
5.4 Balanço Material 103
5.4.1 Balanço de Massa (sólidos) 104
5.4.2 Balanço de Líquidos 105
5.5 Determinação da Capacidade de uma Unidade 107
5.5.1 Volume de liquido /tempo na unidade 107
5.6 Projeto de uma Unidade 110
5.6.1 Mecanismos da Decantação - Teste de proveta 110
5.6.2 Dimensionamento da Área da unidade 112
5.6.2.1 Método de Kynch 112
5.6.2.2 Método de Biscaia & Massarani 114
5.7 Determinação Gráfica do Tempo de residência 116
5.8 Dimensionamento da Profundidade da Unidade 117
5.81 Dimensionamento do Volume da Zona de Compressão 117
5.8.1.1 Determinação do Volume de Sólidos na Zona de Compressão 118
5.8.1.2 Determinação do Volume de Liquido na Zona de Compressão 118
5.9 Dimensionamento da Altura (Hc) da Zona de Compressão 119
5.10 Referencias Bibliográficas 121

Orotino Operações 1
-4k 8
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CAPITULO6
COLETA DE PARTÍCULAS E NÉVOAS
6.1 CÃMARAS GRAVITACIONAIS PARA SISTEMAS SÓLIDO GÁS 123

6.1.1 Aplicação 123


6.1.2 Exemplos de tamanhos Partículas em Suspensão Gasosa 123
6.1.3 Nomenclatura Adotada 124
6.1.4 Velocidade Máxima do Gás no Interior da Câmara 125
6.1.5 Projeto da Unidade 125
6.1.6 Tempo de Residência do Gás 125
6.1.7 Tempo Gasto pela Partícula Sólida para Percorrer a Distancia
Vertical (H) 125
6.1.8 Eficiência de Captação 126

6.2 CAMARAS GRAVITACIONAIS PARA SISTEMAS SÓLIDO


127
LIQUIDO

6.2.1 Principais Aplicações 127


6.2.2 Nomenclatura Adotada 127
6.2.3 Velocidade do Líquido no Interior da Câmara 128
6.2.4 Projeto da Unidade 128
6.2.5 Tempo de Residência do Líquido 128
6.2.6 Tempo Gasto pela Partícula Sólida para Percorrer a Distancia
Vertical (H) 128
6.3 Referências Bibliográficas 129

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* UFPA ITEC PEQ - Operações 1 - SUMÁRIO -oro flno(ã),ufpa.br

CAPITULO 7

CENTRIFUGAÇÃO
7.1 Principais Aplicacações 132
7.2 Partícula Sólida submetida a um Campo Centrífugo 132
7.3 Nomenclatura 133
7.4 Poder de Separação da Centrífuga 134
7.5 Determinação da Velocidade de Partícula sob ação de um
Campo Centrífugo 134
7.5.1 Regime Laminar ou Stokes 136
7.5.2 Regime de Transição 136
Regime Turbulento ou Newton 136
7.6 Tempo Necessário para uma Partícula Percorrer uma 140
Distância Radial
7.6.1 Tempo necessário para uma Partícula Esférica percorrer
uma Distância Radial, sob Condição de Regime de Stokes 141
7.6.2 Tempo necessário para uma Partícula Esférica percorrer
uma Distância Radial, sob Condição de Regime de Transição 141
7.6.3 Tempo necessário para uma Partícula Esférica percorrer
uma Distância Radial, sob Condição de Regime Turbulento
ou Newton 141
7.7 Estudo de Pressão em Centrífugas 142
7.8 Separações Centrifugas 144
7.8.1 Decantação por Gravidade 144
7.8.2 Determinação da Pressão Total para dois Líquidos Imiscíveis
de Densidades Diferentes sob ação de um Campo Centrífugo. 146
7.9 Decantação Centrífuga - Determinação da Interface para
Dois Líquidos Imiscíveis 147
7.9.1 Clarificação Centrífuga 148
7.9.1.1 Centrifugas de Bacias Tubulares 148
7.10 Tempo Necessário para Partícula de Diâmetro d p, percorrer a
Distancia Radial (r-rl) —Anel Externo 150
7.11 Tempo Necessário para Partícula percorrer a Distancia
Vertical (H) 151
7.12 Fator 152
7.13 Centrífugas de Bacias de Discos 153
7.14 Referencias Bibliográficas 154

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lo
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CAPITULO 8

CICLONAGEM
8.1 Configuração 157
8.2 Determinação de o Menor Tamanho de Partícula a ser 159
Coletado pelo Ciclone
8.2.1 Nomenclatura 159
8.2.2 Condições Admitidas para o Cálculo de 159
8.3 Tempo de Residência do Gás no Ciclone 159
8.4 Tempo Necessário para a Partícula de Diâmetro Dpc
Percorrer a Trajetória Crítica 160
8.5 Determinação do Diâmetro de Corte da Partícula Dpc 161
8.6 Eficiência de Captação 162
8.7 Eficiência Global da Coleta 164
8.8 Metodologia para Dimensionamento de Ciclones tipo Lapple 168
8.9 Calculo da Perda de Carga em Ciclones tipo LAPPLE 175
8.9.1 Perda de carga HL 176
8.10 Cálculo da queda de Pressão em Ciclones 177
8.10.1 Cálculo da Queda de Pressão em Ciclones através da Perda
de Carga 177
8.10.2 Cálculo da Queda de Pressão em Ciclones através da
Velocidade do Gás 177
8.10.3 Cálculo da Queda de Pressão em Ciclone Utilizando
Manômetro" U" 178
8.11 Cálculo da Potência 178
8.12 Referencias Bibliográficas 179

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11
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - SUMÁRIO -orofino4Dpfpa.br

CAPITULO 9
ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS
9.1 Introdução 181
9.1.1 Leito Fixo 181
9.1.2 Leito Móvel 182
9.1.3 Leito Fluidizado 182
9.2 Definições Encontradas em Literaturas 183
9.2.1 Fluidização Incipiente 183
9.2.2 Fluidização Homogênea 184
9.2.3 Fluidização Heterogênea 184
9.2.4 Fluidização Borbulhante. 184
9.2.5 Suspensão Diluída 184
9.3 Tratamento Matemático de Escoamento em Meios Porosos 185
9.3.1 Lei de Darcy e Permeabilidade 185
9.3.1.1 Escoamento Lento 185
9.3.1.2 Escoamento Não Darcyano 186
9.4 Definições Básicas 188
9.4.1 Porosidade 188
9.4.2 Velocidade Superficial 189
9.4.3 Velocidade Intersticial 189
9.4.4 Permeabilidade 190
9.5 Determinação da Permeabilidade para Escoamento DARCYAJNO (Baixa
Vazão) Utilizando o Modelo Capilar de Karman-Kozeny 190
9.5.1 Conceito de Diâmetro Equivalente e Raio Hidráulico 192
9.5.2 Adaptação da Equação de Hagen-Poiseulle e Obtenção da Equação de
Karman-Kozeny para Meios Porosos 194
9.6 Determinação da Permeabilidade 197
9.7 Determinação do R H através dos Parâmetros Superfície Específica da
Partícula e do Leito 197
9.7.1 Superfície Específica do Leito 198
9.7.2 Superfície Específica da Partícula (Recheio) 199
9.8 Predição da Permeabilidade na Aplicação da Equação de Karman-Zozeny
Para Escoamento em Meios Porosos à Baixa Pressão 200
9.8.1 Leito Constituído de Partículas Esféricas 200
9.8.2 Leito Constituído de Partículas não Esféricas 200
9.9 Leito Fixo 200
9.10 Método (Modelo )de Ergun 203
9.10.1 Escoamento em Dutos Vazios (sem recheio) 203
9.10.1.1 Aplicação de Bernouilli entre Pontos de Pressão 204
9.10.1.2 Aplicação da Equação de Darcy para Determinação da Perda de Carga 204
910.2 Escoamento em Dutos com Recheios 204
9.10.2.1 Adaptação da Equação para Escoamento em Meios Porosos 205
9.11 Fatores Modificadores de Ergum 205
9.11.1 Fator de Atrito ?ergum 205
9.11.2 Número de Reynolds Re*Ergflm 206
9.12 Escoamento Não Darcyano 209
9.13 Determinação Experimental dos Coeficientes c e K 210
9.14 Determinação Experimental da Queda de Pressão em Meios Porosos 211
9.15 Referencias Bibliográficas 212

Orofino Operaçâes 1
12
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CAPITULO 10
FILTRA ÇÂO
10.1 Introdução 214
10.2 Classificação e Tipos de Filtros 215
10.3 Regimes de Filtração 216
10.3.1 Filtração a Pressão Constante 217
10.3.2 Filtração a Vazão Constante 217
10.3.3 Filtração em Regime Mixto 217
10.4 Projeto de Filtros 217
10.5 Tratamento Matemático e Equações de Balanço 217
10.5.1 Balanço de Massa na Torta 219
10.5.1.1Massa de Sólido na Torta 220
10.5.1.2Massa de Sólido na Suspensão 220
10.5.2 Resistência Específica da Torta (a) 221
10.6 Filtração com Tortas Incompressíveis 222
10.6.1 Filtração com Tortas Incompressíveis a Pressão Constante 222
10.6.2 Filtração com Tortas Incompressíveis a Vazão Constante 225
10.7 Filtração com Tortas Compressíveis 227
10.8 Filtração em Batelada ou Descontínua a Pressão Constante para
Filtro Prensa 232
10.9 Filtro Tambor Rotativo 236
10.9.1 Características da Filtração 236
10.10 Referências Bibliográficas 238

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CAPITULO 11
FL UI.DIZAÇÃO.
11.1 Introdução e Principais Aplicações 240
11.2 Vantagens e Desvantagens 241
11.2.1 Vantagens 241
11.2.2 Desvantagens 242
11.3 Teoria da Fluidização 242
11.3.1 Cálculo da Queda de Pressão no Leito 243
113.1.1 Balanço de Forças 243
11.3.1.2 Balanço de Pressão no Leito 244
1 Perda de Pressão ou Queda de Pressão por Atrito 244
2 Perda de Pressão ou Queda de Pressão no Leito 244
3 Perda de Pressão ou Queda de Pressão Total 244
4 Queda de Pressão na Fluidização Heterogênea 244
11.4 Parâmetros de Estudo na Fluidização Mínima 245
11.,4.1 Porosidade Mínima 246
1 Correlações Empíricas 246
2 Densidade Aparente do Leito 246
3 Peso das Partículas no leito 246
11.4.2 Altura Mínima 247
11.4.3 Velocidade Mínima de Fluidização 248
11.5 Cálculo da Queda de Pressão por Unidade de Comprimento sob
Condição Mínima de Fluidização 250
11.6 Fluidização Homogênea 250
11.6.1 Características da Fluidização 250
11.6.2 Previsão de Correlação para Fluidização Homogênea 252
11.6.3 Critérios Propostos para Seleção do tipo de Fluidização 253
11.7 Leito de Jorro 255
11.7.1 Aplicações do Leito de Jorro 255
11.7.2 Parâmetros de Estudos 255
11.7.2.1 Velocidade de Jorro Mínima 256
11.7.2.2 Queda de Pressão sob Condição de Jorro Mínima 257
11.7.2.3 Altura Máxima do Jorro 257
11.7.2.4 Queda de Pressão em Condições de Pressão Máxima 257
11.8 Potência do Soprador 258
11.9 Referências Bibliográficas 259

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -oro fino(ô2,ufpa.br 14

CAPITULO 1

CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS.
Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA - ITEC - FEQ

Orofino Operações!
* UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -oro flnoõ,ufpa. br 15

CARACTERIZAÇÃO DE PARTÍCULAS.

1-PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS PARTICULADOS.

1.1 - INTRODUÇÃO.
As necessidades de caracterizar sólidos particulados, bem como a previsão de suas
características são de aplicações diretas nas engenharias, onde destacamos:
Civil - Formulação de concreto e agregados.
Minas - Liberação dos minerais
Metalúrgica - Hidrometalurgia (lixiviação)
Mecânica - Materiais.
Entretanto, na Engenharia Química ela é mais evidenciada, onde o personagem
principal no estudo de sistemas particulados, é o material sólido principalmente nas
operações unitárias envolvendo o sistema sólido-fluido, com ocorrências de fenômenos
químicos, no qual a redução da granulometria aumenta a superfície específica do sólido
acelerando a cinética de reação. Projetos e desempenho de equipamentos para separação de
sólidos-fluido, o estudo da granulometria e a forma das partículas se fazem necessário.
Os materiais sólidos em "Engenharia Química" podem estar representados como:
1- Parte integrante do material do processo.
2- Produto ou subproduto gerado no processo.
3- Resíduo sólido de descarte.

Orofino Operações 1
-Caracterização de Partículas -orotino(iufpa.br
* UFPA ITEC PEQ - Operações 1 16
E são agrupados em duas categorias: As que dependem somente da natureza da
partícula isolada e as que necessitam avaliar todo o conjunto ou sistema, isto é, as partículas
sólidas e os vazios entre elas. Os sólidos são caracterizados pelos parâmetros tamanhos
e forma, onde o tamanho é representado pela dimensão Diâmetro e a forma pelo
parâmetro Esfericidade.

1.2 - MATERIAIS HOMÔGENEOS OU UNIFORMES.

São caracterizados pelo estudo de uma única partícula (isolada), uma vez que a
amostra é constituída de partículas idênticas, apresentando a mesma forma, diâmetro e
massa específica sendo também classificada em regulares e irregulares.

1.2.1 - MATERIAIS HOMOGÊNEOS REGULARES.

Caracterizam-se por apresentarem forma geométrica isométrica como esferas, e


cubos, sendo o tamanho determinado pela dimensão de maior importância como o diâmetro
para a esfera e a aresta para os cubos.

1.2.2 - MATERIAIS HOMOGÊNEOS IRREGULARES.

Amostras com partículas homogêneas irregulares se caracterizam por


apresentarem formas geométricas não isométricas do tipo paralelepipédicas e prismáticas
ou formas irregulares como esferóides (grãos de milho, soja, trigo, arroz, feijão etc...) e em
ambos os casos seu diâmetro é representado por uma dimensão arbitrariamente escolhida,
como sendo a segunda maior.

FIGURA 1.1 - Forma Irregular de Partícula de Material Homogêneo

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -oroflnocWii(na. br 17
A Figura 1.1 ilustra que a dimensão da partícula é representado pela segunda maior
que corresponde a direção Y. Este método também é aplicado na determinação do tamanho
característico dos minerais que apresentam formas geométricas definidas, entretanto são
raramente encontrados na natureza no seu estado puro, estando agregados ou associados a
outros minerais ou ganga recebendo a denominação de minério. O aumento na pureza
destes minérios possibilita a transformação na sua forma para regulares.

1.3 - MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE PARTÍCULAS DE


AMOSTRA HOMOGÊNEA
Para este caso, onde a amostra apresenta partículas idênticas (regulares ou
irregulares), torna-se fácil a determinação do diâmetro, podendo ser determinado por dois
métodos: diretos e indiretos.

13.1 - MÉTODOS DIRETOS


Os métodos diretos são métodos instrumentais, onde a determinação do diâmetro é
realizada pela leitura direta em equipamentos, tais como: sedígrafos, microscopia ótica,
microscopia eletrônica, laser doppler, contador couter etc..., entretanto, o mais aplicado é a
utilização de peneiras padronizadas (peneiramento), onde a sua dimensão é determinada pela média
das aberturas que reteve a partícula e a que deixou passar.

1.3.2 - MÉTODOS INDIRETOS.


Nos métodos indiretos, a determinação do diâmetro da partícula é realizado por medidas
indiretas através de leis e/ou fenômenos físicos, no qual se obtém uma equação envolvendo a
variável diâmetro que é analiticamente calculado, tais como:

1. Decantação e Elutriação
Utiliza o campo gravitacional para separação sólido-líquido.

2. Centrifugação
Utiliza o campo centrífugo para separação sólido-líquido.

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - operações i - Caracterização de Partículas -orofino(ã,ufpa.br 18
3. Diâmetros Equivalentes.
São determinados admitindo a semelhança geométrica da partícula com a de uma esfera
sendo os principais o de superfície e o de volume
• - Diâmetro Equivalente de Superfície.
Definido como sendo o diâmetro da esfera que apresenta a mesma superfície da partícula.

SP = Se

S e =Sp = 2tD (1)

Dp=2\/i (2)

• - Diâmetro Equivalente de Volume.


Definido como sendo o diâmetro da esfera que apresenta o mesmo volume da partícula.

Vp = Ve

DP

= ,rD
- (3)
6

= (4)

Orofino Operações E
à UFPA ITEC FEQ - -Caracterização de Partículas -orofino(ã,ufpa.br
Operações 1
19
Obs: existem outros diâmetros equivalentes citados em literatura, como área projetada,
perímetro projetado, diâmetro de Stokes etc....! MASSA RANI. G; (1982) 1?

1.4-DETERMINAÇÃO DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE AMOSTRA DE


MATERIAL HOMOGÊNEO
Superfície específica é definida como sendo a relação entre a superfície e a massa da
amostra e para ocaso da amostra ser constituída de material homogêneo o seu cálculo é
facilitado. Os principais métodos de sua determinação prática e os respectivos poros são:
• Adsorsão gasosa :Analisador de Área Superficial.BET
• Adsorção gasosa e desorção: Determinação da distribuição de poros
• Porosimetria por mercúrio

= Superfície da amostra
Massa da amostra
Nomenclatura Adotada
D Diâmetro da partícula isolada

M cz Massa da amostra

N <=> N° de partículas existentes na amostra


5 <=> Superfície da amostra
5,, Superfície externa da partícula isolada.

V Volume da amostra
Volume da partícula isolada.

a a Fator de forma de sup erfície da partícula isolada.(admensional)


/3 <=> Fator de forma de volume da partícula isolada. (admensional)
2 <=> Fator de forma da partícula isolada.(admensional)
pp c Densidade da partícula isolada = Densidade da amostra (desprezando os vazios)
Sabe-se que:
S,,=aD (5)

V,,=/3D (6)

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 -Caracterização de Partículas -orotino(d,ufpa.br 20

(7)

1.5.-DETERMINAÇÃO Do NÚMERO DE PARTÍCULAS (N) EXISTENTES EM


AMOSTRA HOMOGÊNEA.
Admitimos que:

Volume da amostra = Volume de uma Partícula x Número de Partículas

x (8), e, também;

Superficie da amostra = Superfície de uma Partícula x Número de Partículas

S=SxN (9)

p= V=-11 (10) Substituindo (10) em (8)


V p
Admitindo p =

=V.N=flDN (11)
PI,

N= M
p

E a superfície específica (s) da amostra homogênea pode ser representada como:

M 1
s=--=S.N-=S =a.D._ (12)
M M p.fl.DLM p.J3.D

12
Is=—x—1 (13)

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -oro flno(W,ufra.br 21
1.6- ESFERICIDADE DE PARTÍCULAS DE AMOSTRA HOMOGÊNEA (p)
É um parâmetro característico de partículas isoladas que independe da dimensão
partícula e seu valor varia de O s (p 1,0 assumindo o valor máximo para partícula esférica,
e sua definição teórica é representada pela relação:
= Área da Superficie da Esfera que apresenta o mesmo Volume que a Partícula
Área Externa da partícula =
Exemplo 1
Esfericidade de um cubo de aresta 1:
a) - Determinação do diâmetro da esfera que apresenta o mesmo volume que a
partícula
Vp =

= 'Ç4èra =

Vp = V.b.=

igualando

De J
=l 3

b) - Determinação da Área de Superfície desta esfera


( \213
2 -
7z.

e) - Determinação da Área Externa da partícula

S =A = 6l 2

d) - Substituindo (a), (b) e (e) na expressão da definição da esfericidade, temos:

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -orofino('ü),ufpa.br 22

'2/3

,t11-1
jr)
_____ - =O,81
61 2

Exemplo2
Esfericidade de um cilindro eqüilátero
E)

D=H

a) - Determinação do diâmetro da esfera que apresenta o mesmo volume que a partícula


VI, =

V, zD,'
6

Vil = 1"cilindro = H

Vp = 1/1

,rD = ,rD3
6 4
1/3

De =D 3 =Dí
V2 K2
b) - Determinação da Área de Superfície desta esfera
/ \2/3
2
A =ffD:=IVD -
C
2
c) - Determinação da Área Externa da partícula

S =A 2[ffDJ+2DH

d) - Substituindo (a), (b) e (c) na expressão da definição da esfericidade, temos:

Orofino Operações 1
à UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas -orofino(ã,ufpa.br 23

(n'2I3 2/3
2rD2íI
(23)
2
=2) =
= 0,874
S=A 3
2

Observação
Para partículas irregulares apresentando uma forma geométrica complexas
(esferóides prolados grãos , etc ) [ MASSARANI. G; ( ntx) 1 demonstrou a
possibilidade de determinação experimental da esfericidade através da relação entre
os diâmetros do circulo circunscrito e circulo inscrito determinado através da área
projetada (projetor) para esta partícula e a Figura 1.2 ilustra a sua determinação

Diâmetro do Círculo Circunscrito Dcc - externo

Partícula Irregular

Diâmetro do Círculo Inscrito Dci - interno

FIGURA 1.2 - Determinação dos Diâmetros dos Círculos Circunscrito e


Inscrito para Partícula Irregular

E esfericidade pode ser determinada como:

- Diâmetro do Círculo Inscrito '


Diâmetro do Circulo Circunscrito

Orofino Operaçes 1
Operações 1 -Caracterização de Partículas -oro flno('iIufpa.br
UFPA ITEC FEQ- 24
1.7- METODOS PARA DETERMINAÇÃO DE TAMANHO DE PARTÍCULAS DE
MATERIAIS NÃO HOMOGÊNEOS OU HETEROGÊNEOS.

O tamanho representativo da amostra não homogênea é definido como sendo


diâmetro médio e o método de maior aplicação nas operações unitárias para a determinação
do diâmetro característico é obtido através da análise granulométrica, de acordo com a
operação utilizada, e as diversas maneiras de calcular esta dimensão é apresentada
[FOUST, A, 5; 1982 -TABELA b-2 Pg 624], e dentre eles os principais são:

Nomenclatura adotada
- Porcentagem retida na malha.

Di - Diâmetro médio entre as malhas que releve e a que deixou passar D. =


2+
D P - Diâmetro médio característico da amostra

1.7.1. DIÂMETRO MÉDIO DE VOLUME.


1

3/E-

1.7.2— DIÂMETRO MÉDIO DE SUPERFÍCIE.

1.73— DIÂMETRO MÉDIO LINEAR.


DP
UI:D

E
D = 75-;-=
E
D
1.7.4—DIÂMETRO MÉDIO DE MASSA
D =13,,, =EX,D,

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ 1
- Operações -Caracterização de Partículas -oro finoW2,ufpa.br 25

1.7.5—DIÂMETRO MÉDIO DE SAUTER.


Éo mais aplicado em operações unitárias envolvendo sistema sólido- fluido.

1.8- ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Esta análise é aplicada para amostras heterogêneas com partículas de diâmetros


compreendidos entre 7,0 cm e 40 ji, abaixo deste valor as partículas são denominadas de
siltes e argila exigindo necessidade de outras técnicas para determinação de suas dimensões
como sedígrafos e pipeta de Andreassen.

A análise granulométrica consiste em adicionarmos uma amostra de massa


conhecida no topo de uma série de peneiras de aberturas padronizadas, de modo que as
aberturas superiores sejam maiores que as inferiores e sob agitação, esta massa se
distribuirá entre as peneiras, denominadas de massas retidas sendo então calculadas as
respectivas porcentagens em massa.

Estas peneiras são padronizadas de acordo com as aberturas e os diâmetros dos


arames das telas de fabricação, denominadas de séries, sendo as principais U.S.S.B., B.S
,TYLER, DIN e AFNOR, entretanto na linguagem técnica (Engenharias) utilizamos o
termo MESH, definido como sendo o número de aberturas existentes em uma
polegada linear, ou seja: Uma peneira 40 # Tyler, representa uma tela com 40 aberturas
padronizadas da série Tyler existentes em uma polegada linear. Estas aberturas
padronizadas destas series podem ser encontradas em bibliografias:[PERRY; Tabela 21-
12, 52 ED - FOUST Apêndice C8 pg.641, 2 ED. - MCCABE; Apêndice 20, Y ED -
GOMIDE;R Tabelas 11-1 pg.18; A.1.1.1 pg. 285; A.1.2 pg. 286; A.1.3 pg. 287; A.1.4
pg. 287; 1 0 volume.-Tabela Li.

OBSERVAÇÃO.

Orofino 0peraçes 1
-Caracterização de Partículas -orofino(Õ),afpa. br
UFPA ITEO FEQ - Operações 1 26
NESTA DISCIPLINA (OPERAÇÕES 1) UTILIZAREMOS A TABELA DE
"COMPARARAÇÃO ENTRE SÉRIES DE PENEIRAS PADRÕES" FORNECIDA
PELA DIVISÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS UFPA - ITEC - FEQ (em nexo
pg35.)
O resultado da análise granulométrica é apresentado sob forma de tabelas, gráficos
ou em ambos, onde as frações mássicas representadas em gramas, denominadas de:
massa retida, massa passante, massa retida acumulada e massa passante acumulada
determinadas figuram ao lado diâmetro médio,

Nomenclatura adotada
- Malha, série
- A +B Massa de Amostra que Passou na Malha A e ficou Retida na Malha B
X1 % Retida /

X !M tambem representada como X> D <=> % Retida Acumulada.


X,, <=> % Passante,

X PA Também representada como X < D %Passante Acumulada.


D # - Abertura da malha que reteve
c' Diâmetro Médio.

Retida + % Passante =

% Retida Acumulada* % PassanteAcumuladc 1,0.


Exemplo
A ALBRAS (ALUMINIO DO BRASIL), localizada no Estado do Pará, cidade de
Barcarena solicitou a UFPA, ITEC, FEQ (Divisão de Materiais) a realização de ensaio de
classificação por tamanho em uma amostra de R.G.C. (rejeito gasto de cubas), proveniente
da operação de cominuição.
O laboratório de materiais executou o ensaio sob as seguintes condições:

1. A amostragem foi realizada pela ALBRAS

2. A série de peneiras utilizada é Tyler

3. Ensaio realizado a seco

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ - Operações i - Caracterização de Partículas -oro fino(ã,ufpa.br 27

4. O tempo do "Ro Tap" foi padronizado em 15,0 minutos.

5. O resultado foi obtido pela média de três réplicas de ensaio

O resultado obtido desta análise esta mostrada na tabela abaixo


# Tyler Massa Retida g
4 -
6 25,1
8 125,0
10 320,0
14 257,0
20 159,0
28 53,8
35 21,0
48 10,2
65 7,7
100 5,8
150 4,1
200 3,1
-200 7,2
Z= 1000,Og
Pede-se:
1-Quadro granulométrico determinando:
1.1 -Diâmetro das malhas
1.2 -Diâmetro médio das malhas = Diâmetro médios das partículas entre as malhas
1.3 -% Retida
1.4 -% Retida Acumulada
1.5 -% Passante
1.6 -% Passante Acumulada

Orofino Operações 1
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+ + + + + + + + +0
29
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas - orofinoø,ufpa.br

1.9-ANÁLISE GRANULOMÉTRICA ATRAVÉS DE MODÊLOS DE


DISTRIBUIÇÃO.

Em muitos casos toma-se conveniente a representação granulométrica através de


gráficos, denominados modelos de distribuição, os modelos G.G.S, R.R.B e LN descrevem
satisfatoriamente a maioria dos casos.

1.9.1—MODELO G.G.S. (GATES, GAUDINeSHUMANN)


a)- A equação do modelo, é representada pela equação

= ( D1
KQ )

X = mo log D— mo log K 0
onde:
X = X > .D % Retida Acumulada
Diâmetro médio (entre as malhas)
Ko => Parâmetro,apresenta dimensão de [L]
mo => Admensional
b)- Metodologia
b.1-Elaboração da tabela

D1 XR X>D log Di log X>D


Dl XRI X>D1 logD1 logX>D1
D2 XR2 X>D2 log D2 log X>D2
D3 XR3 X>D3 log D3 log X>D3
Dn XRfl X>D log D. log X>D

b.2- Elaboração do gráfico log X>D x log D

Orofino Operações!
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas - orotinoØ2ufya.br 30

log X>D

-mo log K0

b.3- Determinação gráfica dos valores mo e K. e molog K, i,é: "mo e K0 "

Se m0=1,0 a distribuição é uniforme representada por uma reta e a distribuição


granulométrica é representada pelo modelo G.G.S.
Se m0 >1,0 ou mo <1,0 a distribuição não é uniforme e distribuição granulométrica
não é representada pelo modelo G.G.S.
b.4-)- Se a distribuição for uniforme, substituímos os valores m 0 e K. na equação do
modelo (item a)

1.9.2- MODELO R.R.B (ROSIN, IiÁMBLER e BENNET.)


a)- A equação do modelo, é representada pela equação

X =1-e
_____
LnLn 1 1=nLnD - nLnD

onde:

X = X >.D ,--> % Retida Acumulada


D. =' Diâmetro médio (entre as malhas)
D' =' Parâmetro, apresenta d im ensão de [L]
n => Admensional

Orofujo Operações 1
31
tTk UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas - orofino()ufra.br

b)- Metodologia

b.1-Elaboração da tabela

* Ln=2,3 log
D1 XR X>D 1 /1-X>D Ln [1 /1-X>D] Ln[Ln [1 11-X>D1] Ln D
Dl XRI X>D1 1 /1-X>D1a Lna Ln[Lna] LngD1
D2 XR2 X>D2 1 /1-X>D2= b Lnb Ln[Lnb] Ln D2
D3 X,3 X>D3 111 -X>D3= e Lnc Ln[Lnc] ]Ln D3
Dn XR, X>D 1/1 -X>D= n Ln Ln[Lnn] Ln D

b.2- Construção do gráfico Ln[Ln [1 /1-X>D] x LnD

Ln{Ln[1/1

- n.

Se resultar uma reta, a distribuição é representada pelo modelo R.R.B.

b.3- Determinação gráfica dos valores n e n. LnD' Lé: "n e


b.4- Substituição destes valores na equação do modelo (item a)

Orofino Operações 1
32
$ UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas orofino(ã,ufpa.br
-

1.93— MODÊLO log Normal


a)- A equação do modelo, é representada pela equação

X!+J erf(Z)

erf(Z) tabelado (handbook of Function)

In

onde:
X=X>D% Retida Acumulada
D => Diâmetro médio (entre as malhas)
D50 =>Diâmetro que representa % Retida Acumulada X . = 50,0%
Parâmetro, apresenta dim ensão de [L]
a => Admensional
E o modelo somente pode ser aplicado se:

= D84 ,1= D 50
cx ea ~ 1,0 (utilizar para o cálculo de a o gráfico Di x D>X)
D 50 D 159
b)- Metodologia

b.1-Elaboração da tabela

D1 XR X>D
Dl XRI X>D1

132 XR2 X>D2

D3 XR3 X>D3
Dn XRn X>D

Orofino Operações
-a1- 33
IJFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Caracterização de Partículas - oroflno( ,u[pa. br

b.2- Construção do gráfico X>D x D

X>D
84,1

50,0

15,9

VL D 50,0 D 15,9 Di

b.3- Comparação entre 6i e a2

cr=

a, =
- D159
se
ai é diferente de O modelo não é aplicáveL e a distribuição não é
62

representada pelo modelo log -normal

61 = a2 O modelo é aplicável e a distribuição é representada pelo modelo log -


normal

Determina-se a função Z,

J_L
D.
zRo
V1nc

b.3- Com o valor de Z, determina-se o valor da função erf(z), (tabelado)


b.4- Com o valor de erf (Z) Substituir este valor na equação do modelo (item a)

Orofino Operaçôes 1
-t 34
UFPA ITEC FEQ - Operações I -Caracterização de Partículas - oro fino(í&,ufpa.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA QUIMICA
DIVISÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS
COMPARAÇÕES ENTRE SÉRIES DE PENEIRAS PADRÕES - TABELA LI
.\BNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas EB - 22/72 - Tyler Standard Screen Scale Sieve Sente - Brilish Staadards Institution, London 95-4 10-62
- U.S. Sieve Series - ASTM Speciflcations E 11-61 - Canadian Standard Sieve Series 8-GP-Ib - French Standard Specifications, AFNOR X-I 1-50 1.
RFN
- C,erman Standard Snecifieation DIN 4188.

ABNT U.S nQFR CANADENSE1 BRITÂNICA _1 _FRANCESA 1 ALEMÃ_J


Número # Abertura Padrão Alternativa Mesh Padrão Alternativa Abertura Mesh N ° (mm) No Opg.
90.5 mm 112..
76,l mm 3"
64,0 mm 2. 1/2"
53.6 mm 2.12
50,Bmm 2'
45,3 mm 1 . 1/4'
36,1 mm 1.1/2"
32,0 mm 1 .1/4"
26,9 mm 1.06' 1.05" 26,9 mm 1.06 ,1
25,4 mm 1', 25.0 mm
22,6 mm 718" .833" 22,6 mm 718"
19.0 mm 3/4" 742" 19.0 mm 314" 20.0 mm
18.0 mm
16.0 mm 516' .642 16,0 mm 518" 16.0 mm
13,5 mm .530" .525 13,5 mm .530
12,7 mm 1/2" 12.5 mm
11,2 mm 7/16' 441" 11,2 orno 7116" 1
10.0 mm
9,51 mm 3/6' .371 -, 9,51 mm 318'
8,00 mm 5116" 2.1/2 8,00 mm 5116" 8.00 mm
6,73 mm .265" 3 6,73 mm .265
6,35 mm 1/4" 5.3 mm
5,66 mm 5,66 mm 3.1/2" 3.1/2" 5,66 mm 3. 1/2"
5.000 38 5.0 mm
4 4,70 mm 4,76 mm 4 4 4,76 mm 4
5 4,00 mm 4,00 mm 5 5 4,00 mm 5 4,000 37 4.0 mm
6 3.36 mm 3,36 mm 6 6 1 3,36 mm 6 3.35 mm 1 5
3.150 36 3.15 mm
7 2,83 mm 2,83 mm 7 7 2,83 mm 7 2.80 mm 6
8 2,38 mm 2,38 mm 8 8 2,38 mm 8 2.40 mm 7 2,500 35 2.5 mm
10 2,00 mm 2,00 mm 10 9 2,00 mm 10 2.00 mm 8 2.000 34 2.0 mm
12 1,68 mm 1,68 mm 12 10 1,68 mm 12 1 1.68 mm 10 1.600 33 1.6 mm
14 1,41 mm 1,41 mm 14 12 1.41 mm 14 1.40 mm 12
1.250 32 1.25 mm
16 1,19 mm 1,19 mm 16 14 1,19 mm 16 1.20 mm 14
18 1,00 mm 100 mm 18 16 1.00 mm 18 1.00 mm 16 1.000 31 1.0 mm
20 0,841 mm 884,1 1 20 20 841 20 850 18 1
.600 30 800
25 0,707 mm 707 25 24 707 25 710 22
.630 29 630
30 0,595 mm 595 30 28 595 30 600 25
35 0,500 mm 500 35 32 1 500 35 500 30 .500 28 1 500
40 0,420 mm 420 40 35 420 40 420 36
.400 27 400
45 0,354 mm 354 45 42 354 45 366 44
.315 26 315
50 0,297 mm 297 50 48 297 50 1 300 52
60 0,250 mm 250 60 60 250 60 250 60 .250 25 250
70 0,210mm 210 70 65 210 70 210 72
.200 24 200
80 0,177 mm 177 80 80 177 80 180 85
.160 23 160
___
100 0,149 mm 149 100 100 149 100 150 100
120 0,125 mm 125 120 115 125 120 125 120 .125 22 125
140 0,105 mm 105 140 150 105 140 105 150
.100 21 100
179 0,088 mm 88 170 170 88 170 90 170 _________ 90
.080 20 80
200 0,074 mm 74 200 200 74 200 75 200
71
230 0,063 mm 63 230 250 63 230 63 240 .063 19 63
56
270 0,053 mm 53 270 270 53 270 53 300
.050 18 50
325 0,044 mm 44 325 325 44 325 45 350 45
.040 17 40
400 0,037 mm 1 37 1 400 1 400 1 37 400

Orofino Operações 1
35
UFRA ITEC FEO - Operações 1 -Caracterização de Partículas - oro frno(ã),ufpa. br

1.10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Anotações de Aulas Teóricas da disciplina Operações Unitárias 1 ministrada pela


Prof'. Dra. Mansa Beppu FEQ, UNICAMP,(1 0 Semestre 2002)
2. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações Unitária. 2 ed, Rio de Janeiro. ed
Editora Guanabara Dois.1982, pp670
3. Gomide, R. Operações Unitárias vol 1; 1 ed. São Paulo Editora: ed. Edição do Autor
1983, pp293
4. Luz, Adão B, et aj. Tratamento de Minérios 2 ed Rio de Janeiro -CETEM-CNPQ
1998 pp 676
5. Massarani,G; Problemas em Sólidos Particuiados, Editora Edgar Blucher 1984 pp
112
th
6. Perry, Handook 5 ed.

o Links importantes
http//!onien.ncl
Emai1]aircufmet.br

Orofino Operações 1
36
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(à,u(pa.br

CAPITULO 2

COMINUIÇÃO
Prof. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
4 37
:—
.:-
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino6Dufpa.br

COMINUIÇÃO

2.0 - DEFINIÇÃO

A operação unitária de cominuição no campo da Engenharia Química esta associada


a área de beneficiamento de minérios, a qual agrupa um conjunto de técnicas que tem como
objetivo reduzir por ação mecânica externa e algumas vezes interna um sólido de
determinado tamanho em elementos de tamanhos menores. Assim com exceção de
minérios naturalmente cominuidos, a operação engloba desde o desmonte da mina até
obtenção de produtos finais para etapas subseqüentes de transporte, concentração fisica de
minerais ou metalurgia extrativa.
A importância desta operação é representada pelo elevado consumo de energia,
onde a maior parte da energia despendida no processamento de um mineral esta relacionada
nos processos de fragmentação e esforços mecânicos dos equipamentos a que são
submetidos e modulam os custos de operação e investimentos em circuitos industriais de
cominuição. Neste contexto melhoria no aproveitamento de energia na cominuição
apresenta impactos não somente nos lucros do empreendedor, mas também na demanda
global de energia ~MERO D. Jr]
A operação de fragmentação compreende os estágio desde a mina até obtenção do
produto fragmentado definido através da distribuição granulométrica resultante do circuito

Orofino Operações 1
38
___ UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Co#ninidçõo - orotino(ã,uípa.br

de cominuição adotado, a qual influencia diretamente no rendimento de processos


subseqüentes de concentração.

2.1 - PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE COMINUIÇÃO

2.1.1 - REMOÇÃO DO MINÉRIO DA JAZIDA.

Também denominada de "plano de fogo", utiliza explosivos para remoção do


minério, é considerada o primeiro estágio da fragmentação resultando blocos volumosos de
tamanhos que permite a alimentação da máquina de britagem, sendo esta operação
realizada por engenheiros de minas e geólogos.

2.1.2 - BRITAGEM.

É a operação que fragmenta os blocos provenientes do minério removido da jazida


resultando um produto quantificado na ordem de centímetro e/ou polegada e devido a
elevados tipos e modelos de britadores, esta operação pode ou não ser repetidas diversas
vezes até a obtenção de um material (produto) com granulometria adequada para
alimentação da moagem.

2.1.3 - MOAGEM

Também denominada de fragmentação fina, tendo como alimentação o produto


proveniente da britagem, resulta um produto quantificado na ordem de milímetro (mm) ou
microns (um), tamanho adequado ao processo de concentração do minério ou processos
industriais como pelotização, combustão e dissolução.

2.2 - FUNDAMENTOS DA COMINUIÇÃO


A fragmentação sob o ponto de vista de tratamentos de minérios, pode ser entendida
como sendo "fragmentação de uma estrutura sólida quando submetida a forças
mecânicas" havendo necessidade de energia para superar as forças de ligação interatômica.
[FRANZ-JIOSEF WELLENKAMP]. .As forças mecânicas são aplicadas nas partículas
através dos elementos das máquinas e/ou do meio moedor, provocando a deformação das

Orofino Operações 1
- 39
UFPA ITEC FEO - Operações 1 -Cominuição - oroflno(ii,ufpa.br

partículas com geração de tensões internas, e estas deformações podem ser caracterizadas
como:
a. Elásticas
b. Plásticas
c. Viscosas
d. Compostas (maioria dos materiais)
Ex: Plásticos ; As deformações são visco-elásticas
Aço ; As deformações são elásticas-plásticas
A quebra resulta na formação de fragmentos de diferentes tamanhos e de formas
irregulares e esta quebra é proveniente das elevações das tensões nas falhas da estrutura
cristalina, e a partícula se quebra quando estas elevações de tensões nas extremidades das
falhas "gretas" atingem um nível crítico iniciando-se a sua propagação (colapso ) - Teoria
de GRIFFITH
A aplicação de forças mecânicas ao material provocando a respectiva quebra das
partículas podem ser representadas como:

47 *
(d) (d) (d)
a. Pressão
b. Impacto

Orofino Operações 1
-t 40
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(ll,ufpa.br

c. Arraste
d. Choque
2.3 - LEIS DA FRAGMENTAÇÃO. [SPOOTWOOD, KELLY, E.G.]
Os estudos relativos aos mecanismos de fragmentação de rochas até o presente, não
conduziram satisfatoriamente a uma teoria geral abran2ente com aplicação prática
através de uma relação que permita calcular a energia necessária à fragmentação de
um material até determinado tamanho, sendo considerado "um desafio tecnológico"
principalmente para os engenheiros químicos, minas e metalúrgicos de vital importância
devido o gasto de energia de fragmentação ser considerado o mais oneroso em uma
instalação industrial.

2.3.1 - LEI DE BOND


A lei empírica formulada por BOND estabelece que "A energia consumida para
reduzir o tamanho de um determinado material é inversamente proporcional a raiz
quadrada do tamanho"

A redução de partículas de um tamanho DF CORRESPONDENTE AO


DIÂMETRO DA ALIMENTAÇÃO A UM DIÂMETRO DO PRODUTO FINAL
COMINUIDO Dp pode ser representado como:

o DF
>1
COMINUIÇÃO

Dp

F Alimentação
P => Produto
E = Eg0; -

Orofino Operações 1
- 41
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(ã,ufpa.br

E=K F K JL
(1)

Di- ==> Diâmetro da Alimentação Inicial


DP =' Dlámetro do Pr odutoFinal

E ' Energia ou Potência (W), (Kw),

2.4- WORK ÍNDEX OU ÍNDICE DE TRABALHO (WI)


"Definido por BOND, como sendo O Trabalho Necessário para Reduzir 1,0 (uma)
Tonelada Curta (907,0 Kg) de um Material Inicial de Tamanho DF = co, Até um
Tamanho Final Dp = 100,0 urn", assim:.

Wj =K.[—

W. =- ='K=lO.W,
lo
Trabalho = __ Kw.h
ton (curta)

Substituindo o valor de K na expressão 1 temos:

E=1O.Wf[»_»1 (2)

Bond também definiu os tamanhos DF e Dp como sendo:


DF - (Microns) Diâmetro Correspondente a Alimentação inicial na qual passa
80,0 % de material.
Dp - (Microns) Diâmetro Correspondente ao Produto final na qual passa 80,0
% de material.

Orofino Operações 1
- 42
IJFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(êJ,ufpa br

Sob estas condições a equação Bond pode ser representada como

(3)

Kw.h
Ton curta

Observação:
1- O W, é tabelado e a aplicação da Lei de Bond no cálculo da energia consumida
numa instalação de moagem se difundiu e a determinação experimental do W, hoje é uma
prática normal.
2-Para a determinação prática do Wj REAL consultar a norma NBR - 11376 ABNT
(Brasil)

23-RENDIMENTO (EM ENERGIA).

O rendimento representado em energia pode ser determinado pela relação entre o


W i real e o Wj ideal (índices energéticos ideais ou teóricos sendo tabelados para os
principais minerais), e a Tabela 2.1 ilustra para alguns materiais este valor.

TABELA 2.1 - Wi Teóricos (Ideal) para Alguns Materiais


Material Wi (Kw.h / ton curta)
Argila 7,85
Barita 6,86
Carvão 12,51
Cimento 14,84
Dolomita 12,44
Feldspato 12,84
Fosfato 11,14
Galena 10,68
Granito 15,83
Minério de chumbo 12,54
Minério de Cobre 14,44
Minério de Ferro 16,98
Minério de Ouro 16,31
Pedra calcarea 12,77
(limesstone)
Quartzo 14,05
Vidro 3,39

Orofino Operações 1
-4 43
IJFPA ITEC FEO - Operações 1 -Coniinuição orotino(â,ufpiibr
-

Exemplo.

Um minério de ferro foi moído em um moinho de bolas, e apresentou o seguinte


resultado:
• 80,0 % da massa alimentação apresentou uma granulometria abaixo da malha 10 #
Tyler
• 80,0 % da massa de produto moída apresentou uma granulometria abaixo da malha
65 # Tyler
O projeto estima uma alimentação de 300,0 ton / h

Estime a potencia necessária para realizar a operação.

Kw.h
1- Cálculo do trabalho E [
ton(curta)

( 1
E=IOW,.l
LVD 8° MJ
Kw. h
= 16,98 (Minério de ferro - tabelado
ton (curta)
300,Oton ton curta xl,102 ton curta
Alimentaçdo= x = 330,6
h ton
D8° p = = 212 Mn

= D#10= 1,70 mm = 1700pm

i 1 '\
E = 10 x16,98
~ -v12 1 2
-- y1700J

1 1 ' Kw.h
E =10 xl 6,981.
~ 14,56 4l,23J ton (curta)
Kw.h
E = 10 x 16,98. (0,068 0,024) -

ton
Kw.h
E=lOxl6,98.0,044
ton (curta)

Kwh
E = 7,47
ton (curta)

Orofino Operações 1
-t 44
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro flno(ãufya.br

2- Cálculo da Potenciao P [Kw.h]

Kw.h ton (curta)


Potencia P = 7,47 x 330,6 = 2469,5Kw.h
ton (curta) h
h
2.6 - ESTÁGIOS DE BRITAGEM
2.6.1 - FUNDAMENTOS E DEFINIÇÕES BÁSICAS
A Britagem é definida como conjunto de operações unitárias que objetiva a
fragmentação de blocos de minérios vindos da mina, levando-os a granulometria
compatíveis para utilização direta nas operações unitárias do processamento. É considerado
o primeiro estágio do processamento de minérios, que utiliza em equipamentos apropriados
para redução de tamanhos convenientes ou para liberação de minerais associados, não
existindo um circuito padrão para qualquer tipo de minério e geralmente a britagem é
realizada dentro de estágios convenientes.
Para haver uma liberação satisfatória do mineral de interesse, se faz necessário que
este seja reduzido a um grau de finura acentuado, e nestas condições a fragmentação
desenvolve-se através de três estágios; grosseira, intermediaria e fina os dois primeiros
estágios, a fragmentação é realizada em britadores e no último estágio em moinho. Não há
rigidez quanto aos estágios de britagem, porém normalmente se utiliza uma classificação
empírica ilustrada mostrada na Tabela 2.2 abaixo:
TABELA 2.2 ESTÁGIOS DE BRITAGEM

Estágio da Britagem Tamanho máximo da Tamanho máximo de


Alimentação (mm) Produto (mm)
Britagem Primária * (CO 100,0
Britagem Secundária 100,0 10,09
Britagem Terciária 10,0 1,0
Britagem
Quaternária 5,0 0,8
(Quando necessário)
(*) - Proveniente do plano de fogo apresentando uma granulometria apta para
alimentação do britador

Orafino Operações 1
-4. 45
UFPA ITEC FEO - Operações 1 -Cominuição - orofino(llufpa.br

2.6.2 - GRAU DE LIBERAÇÃO


É uma etapa que apesar de complexa por natureza, pode ser definida como a porcentagem
de um determinado mineral valioso que apresenta numa determinada faixa granulométrica
sob forma de partículas livres, havendo casos em que a liberação ocorre naturalmente, por
exemplo, nos materiais aluvionares, entretanto como a grande maioria dos minérios ocorre
sob forma de associação de minerais, toma-se indispensáveis as operações de britagem e
moagem para liberação do mineral valioso.
Atualmente a caracterização mineralógica tem importância fundamental
notadamente na cristalinidade do minério (pureza) e sua textura. A liberação das espécies
esta associada a forma de aplicação de energia para o fraturamento.
Mister se faz uma definição de grau de liberação, devida estar diretamente
condicionada a moagem. O minério a ser fragmentado até uma definida granulometria
depende da sua disposição na matriz mineral, além de considerarmos as etapas posteriores
do tratamento e para uma melhor compreensão, admitimos que o mineral seja fragmentado
conforme a Figura 2.1

MIXTOS

GANGA

FIGURA 2.1 - Disposição do Minério na Matriz Mineral

Chamamos de fração total como sendo a soma das frações útil e mixtos, e com isto
definimos grau de liberação , como a relação entre a matéria útil (mineral ou minério)
e os mixtos.

Orofino Operações 1
-t 46
UFPA ITEC FEQ - Operações i - Cominuição - orofino(ã?ufpa.br

2.6.3 - RAZÃO DE REDUÇÃO (RR)


A razão de redução é estimada na prática, através de dimensões de referencia,
definida como as aberturas das malhas através da qual passa uma porcentagem pré-
estabelecida do material.
2?
Dx
dX
Dx => Dimensão da malha atraves da qual passa X% da alimentação do britador ou moinho
Dimensão da malha atraves da qual passa X% do produtoapôs a britagem ou moagem

A abertura da malha na qual passa 80.0% do material (Bond) tem mostrado como
sendo a que permite definir o lote de material (minério) com maior precisão, é a mais
utilizada na prática, e a Rr , pode ser representada como:

R, D80

Os métodos para redução de partículas estão agrupados de acordo com o tipo no


qual é realizada a operação. Geralmente a operação se sucede em estágios, e a primeira
etapa é realizada com explosivos (mina) seguida das operações mecânicas de britagem e
posteriormente de moagem.
A escolha e a definição do equipamento são sempre discutidas sobre o enfoque
custo-beneficio, e também sob o aspecto mecânico, que de acordo com a localização da
aplicação da força de compressão ou impacto para a quebra ou redução de determinado
material apresentando diversos tipos, sendo os principais classificados como:

2.7 - BRITAGEM PRIMÁRIA


A britagem primária é caracterizada por empregar equipamentos de grande porte e
sempre opera em circuito aberto e não apresenta o escalpe (fração fina contida na
alimentação) e para este estágio utilizamos os seguintes britadores:
1. Mandíbula
2. Giratório
3. Impacto
4. Rolo Dentado

Orofino Operações 1
-t 47
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oroflno(W,ufpa.br

Apresenta as características:
- Operação à seco
- 8/1
2.8 - BRITAGEM SECUNDÁRIA.
De uma maneira geral, defini-se britagem secundária todas as gerações de britagem
subseqüentes a primária, e tem como objetivo a redução granulométrica para a operação de
moagem, além do escalpe favorecendo o aumento na capacidade, e os principais
equipamentos utilizados na britagem secundária são:
1. Britador Giratório Secundário
2. Britador de Mandíbula Secundário
3. Britador Cônico
4. Britador de Rolos
Os britadores de mandíbula e giratório são semelhantes aos empregados na britagem
primária apenas de dimensões menores

2.9 - BRITAGEM TERCIÁRIA.


De uma maneira geral, é considerado o último estágio da britagem, embora existem
usinas com mais de três estágios, sendo que este fato está associado as características da
fragmentação do material ou a granulometria do produto final. Os equipamentos utilizados
para esta britagem são os mesmos utilizados na britagem secundária principalmente os
britadores cônicos de modo que a granulometria máxima do produto esta compreendida
entre 25,0- 3,0 mm com 4/1 <RR< 6/1 e operam em circuito fechado.
Devido a não existência de uma teoria geral e abrangente outros termos são
considerados em literaturas onde destacamos:
• Granulação - Aplicado a britação na dimensão compreendida de 20,0 mim até
5,0 mm
• Pulverização - Aplicado a moagem muito fina efetuada a seco.
Em operações industriais a cominuição se caracteriza por:
1. Possibilidade de estimaras dimensões máximas e mínimas de partículas
2. Razão de redução
3. forma de produtos obtidos

Orofino Operações 1
48
UFRA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oroflno(ã,ufpa.br

4. Energia consumida por tonelagem.


5. Forças (cisalhamento, clivagem, atrito ou abrasão, corte e outras) embora
estejam englobadas na energia consumida
Os objetivos da redução de tamanho de materiais como matéria prima ou produto
final é representado por:
a) Aumento da superfície. - Favorecendo as operações de secagem,
extração e nas operações envolvendo reações químicas (lixiviação).
b) Diminuição do tamanho para favorecer a separação dos constituintes
da matriz sólida. (matéria útil da ganga.)
C) Modificação das propriedades de materiais.
cl - Cor - pigmentos para tinias
c2- Especificação de produtos comerciais - Diversas granulometrias
c3- Poder de revestimento (coating)

2.10-MOAGEM.
É considerada uma operação industrial de elevado custo de investimento e alto
consumo energético, tendo como finalidade a preparação do material para posteriores
operações de beneficiamento ou condicionar o produto para seu uso final.
A moagem em instalações industriais pode se processar a seco ou úmido em
equipamentos denominados de moinhos, sendo os principais classificados como:
• Moinho de bolas
• Moinho de barras
• Moinho tipo pêndulo
• Moinho autógeno ou semi autógeno.
Ao efetuarmos uma moagem, devemos levar em consideração certas propriedades
do sólido no sentido de se aumentar a eficiência, dentre elas as principais são:
MOABILIDADE - É a aptidão a redução
CARÁTER ABRASIVO - Esta relacionada a dureza do material, estando
diretamente associada ao desgaste do equipamento.
CARÁTER COLANTE - Esta associada ao caráter higroscópico do material, sendo
de vital importância quando empregamos a moagem à úmido.

Orofino Operações 1
-& 49
S4 UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(üi,ufpa.br

Procuramos sempre realizar a moagem, de modo que as granulometrias obtidas


sejam tão estreitas quanto possível e compreendidas em um intervalo de dimensões
relativamente estreito (limitado) evitando a produção de grãos inutilmente finos, uma vez
que se objetiva na moagem a liberação dos constituintes
Cerca de 15 a 25% do custo de energia para a operação de beneficiamento de
minérios, é proveniente da cominuição [ADAMIAN, RUPEN- COPPE (1975) ], além do
custo operacional que envolve mão-de-obra e manutenção (troca de bolas , barra,
blindagem e desgaste acentuado de peças). O método de se avaliar a relação entre o
consumo de energia e a massa de material a ser reduzida, é através do índice energético.

2.11 - CIRCUITOS DE COMINUIÇÃO.


Um britador ou moinho trabalha eficazmente sobre os grãos (partículas), se suas
dimensões estejam compreendidas entre limites determinados, e nessas condições, é preciso
em cada caso particular, determinar o fluxograma operacional de moagem mais apropriado
com relação ao circuito, sendo classificado como:.

2.11.1- CIRCUITO ABERTO.


O produto reduzido após uma só passagem no britador ou moinho, é transferido ao
equipamento seguinte sem a retirada dos fragmentos desclassificados "muito grossos" que
inevitavelmente é produzido em proporção variável no transcurso da operação.A Figura
2.2 ilustra este circuito

FIGURA 2.2 - Circuito Aberto

2.11.2 -CIRCUITO FECHADO.


O produto reduzido passa em um equipamento de classificação que envolve a saída
do moinho (peneiras), com formação de uma fração insuficientemente moída ( oversize)
denominada de CARGA CIRCULANTE, sendo representada em porcentagem da

Orofino Operações 1
50
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro fino(ã4u(pa.br

alimentação ao circuito, é considerada uma carga fictícia devido a massa da alimentação e


do overflow ser a mesma e a outra fração suficientemente moída denominada de undersize
representada como produto. Este circuito esta ilustrado na Figura 2.3

Alimentação

Carga circulante

FIGURA 2.3 - Circuito Fechado


Produto

Discussão
Em todas as operações de britação é sempre mais econômico operar em circuito
aberto, exceto quando a britagem considerada, constitui a etapa final de redução. Neste caso
a britagem é realizada em circuito fechado com uma importante carga circulante, a fim de
se obter uma menor proporção de "super moídos". Em etapas intermediárias de granulação
e pulverização, podem funcionar em circuitos abertos ou fechados.
2.12. - ASSOCIAÇÃO DE BRITADORES e/ou MOINHOS.
2.12.1 - Série Figura 2.4
2.12.2 - Paralelo Figura 2.5
2.12.3 - Série e Paralelo Figura 2.6

Alimentação

Produto
FIGURA 2.4 - Associação em Série

Orofino Operações 1
4-1 UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Cominuição - oro flno(ii,ufya.br
51

FIGURA 2.5 - Associação em Paralela.

FIGURA 2.6 - Associação em Série e Paralelo

Orofino Operações 1
- 52
UFPA ITEC FEO - Operações 1 -Cominuição - oro ~a.

2.13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1. Chaves, P, Arthur; Peres, C,E, Antonio; Teoria e Prática do Tratamento de minério


v.3, Ed.Signu; 2006, pp674
2. Homero, D, Jr. Capitulo 2 - Cominuição - EPUSP - Nome pp etc......)
3. Kelty, E, G; Spottiswood, D, J; Introduction to Mineral Processing, l ed. New
York, ed: John Wiley & Sons U.S.A 1982, pp491
4. Luz, Adão B, et ai. Tratamento de Minérios 2 ed Rio de Janeiro -CETEM-CNPQ
1998 pp 676
5. Perry, I-landbook; 5th Edition.
6. Tratamento de Minérios e Hidrometalurgia "In Memoriam Professor Paulo Abib
Andery ed; Fundação Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco - ITEP 1980; pp399

Orofino Operações 1
53
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Peneiramento - orofino3,ufpa.br

CAPÍTULO 3

PENEIRAIVIENTO.
Prof. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - IJFPA

Orofino Operações 1
- 54
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Peneiram - orofino(ô,ufpa.b r

CAP ÍTULO 3

PENEIRAMENTO

3.1-INTRODUÇÃO
A importância da operação de peneiração em Engenharia Química pode ser
compreendida nas indústrias que manuseiam produtos granulados, que quando colocados
no mercado devem apresentar uma granulometria específica de acordo com a sua aplicação
e entre estas indústrias destacamos:
• Indústria de Alimentos (leite em pó, café, sal etc...)
• Indústria de cimento (formulação)
• Indústria de pigmento (tintas)
• Indústria de extração de óleos vegetais (soja, mamona, amendoim, etc...)
• Indústria cerâmica e compósitos (queima)
• Produtos farmacêuticos (drogaria)
• Química fina, (caulim, porcelana etc...)

Denominada de operação mecânica de separação, apresenta duas finalidades básicas:


• Divisão do sólido granulado em frações homogêneas.
o Obtenção de frações com partículas de igual tamanho.

Orofino Operações 1
55
UFPA ITEC FEO - Operações 1 - Peneiramento - orofino(W,ufya br

o A prática tem mostrado que obtenção destes dois objetivos simultaneamente é muito
difícil, devido a teoria versando sobre a operação ainda não ter atingindo o estagio de
generalidade ideal [ GOMIDE, R. 1983, pp 293 ] sendo considerada um grande desafio
tecnológico.
A separação de uma amostra granular utilizando uma peneira isolada resulta na
obtenção de duas distintas frações de tamanhos diferentes denominadas de Grossos ou
Oversize, representada pelas partículas de dimensões maiores que a malha e Finos ou
Undersize, representada pelas partículas que atravessam a malha. Em operações utilizando
duas ou mais peneiras além das duas frações resulta a fração Intermediaria apresentando
um diâmetro médio compreendido entre a média aritmética da malha que reteve e a que
deixou passar.

3.2- CLASSIFICAÇAO
De acordo com a sua função as peneiras podem ser classificadas em laboratório e
industriais.

3.2.1- LABORATÓRIO

Objetivam a determinação da analise granulométrica, diâmetro médio da amostra,


eficiência da operação, superfície específica, número de partículas etc... Utilizam peneiras
de aberturas padronizadas de acordo com a série utilizada.

3.2.2-INDUSTRIAIS

Tem como objetivo a separação de partículas de uma amostra de acordo com o


tamanho, após ter sido submetida a ensaios laboratoriais, são construídas com barras
paralelas, chapas perfuradas e telas. Apresenta elevada eficiência devida serem
padronizadas podendo ser estacionárias, rotativas e agitadas.

3.3-OPERAÇAO

3.3.1-OPERAÇÃO A ÚMIDO E A SECO

Orofino Operações 1
56
UFPA ITEC FEQ - Operações 1 -Feneirwnen/o - orofino(ui,ufya.br

A operação à úmido é realizada com adição de água apresentando a vantagem de


lavagem simultaneamente e classificação, além da eliminação de finos, entretanto deve-se
levar em conta o caráter coalescente das partículas finas por atração eletrostática e tensão
superficial [KELLY G; SPOTTISWOOD J; D 1982, pp491 . As operações realizadas a
seco são amplamente utilizadas em escala industrial, apresentando a desvantagem de
produção considerável de pós, e devendo ser operadas em locais abertos principalmente
quando utilizam granulometrias finas.

3.3.2 - OPERAÇÃO SOB AGITAÇÃO E ESTACIONÁRIAS.


O movimento de rotação e linear nas peneiras evita o bloqueio das aberturas das
malhas pelas partículas, entretanto se esta agitação for exagerada pode ocorrer a moagem
autógena além do desgaste das peneiras por erosão. A agitação favorece a estratificarão
onde as partículas maiores sobrepõem as menores que atingem a superfície da tela
mantendo o leito constante. As estacionarias são utilizadas para capacidade de alimentação
baixa tomando econômicas quando a operação é descontinua (batelada)
Outro parâmetro importante que deve ser levado em consideração é a
inclinação da peneira, facilitando a separação das frações por gravidade. O angulo de
inclinação não deve ultrapassar 30 0 pois resulta em um tempo de residência curto com
escoamento rápido impossibilitando à chegada de finos a superficie da tela, reduzindo a
eficiência da operação.

3.13-OPERAÇÃO EM CIRCUITO FECHADO E ABERTO.


O circuito fechado se caracteriza por apresentar uma carga circulante que envolve
uma fração insuficientemente moída, representada em porcentagem da alimentação do
moinho associado ao circuito. A Figura 11, ilustra um esquema típico de uma operação de
peneiramento em circuito fechado

Orofino Operações 1
4 UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Peneiramento - orofino(ã),ufya.br
57

Moinho

Carga circulante Peneira

Undersize
FIGURA 3.1 - Operação de Moagem em Circuito
Fechado

O CIRCUITO ABERTO se caracteriza por apresentar sempre duas frações


características: oversize e undersize. A Figura 3.2 ilustra um esquema da operação de
peneiramento em circuito aberto.

Oversize

Undersize

FIGURA 3.2- OPERAÇÃO de MOAGEM em CIRCUITO ABERTO

Praticamente torna-se impossível obtermos a separação perfeita entre partículas


no oversize e undersize (peneira ideal) devido:
• Caráter higroscópico.
• Orientação das partículas
• Tempo de residência
• Forças externas (clivagem,cisalhamento, coesão etc...)
• Desgaste das telas.

14-CALCULOS RELATIVOS À OPERAÇÃO DE PENEIRÂMENTO.


3.4.1-EFICIÊNCIA DE PENEIRAMENTO

Orofino Operações 1
58
* UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Feneiramento - oro flno(ÕJ,ufra.br

Nomenclatura adotada de acordo com a Figura 3.3.


A — Vazão mássica da alimentação
G — Vazão mássica de grossos ou oversize
F — Vazão mássica de finos ou undersize
— % em massa de partículas menores que a malha existentes na alimentação.
— % em massa de partículas menores que a malha existentes no oversize.
— % em massa de partículas menores que a malha existentes no undersize
- Malha em estudo (Tyler).

C8 90: 0050
é F,(DF ao o o

FIGURA 3.3 — Eficiência de Peneira

Balanço Global --> A = G + F (1)


Balanço Particular para Fração Fina —> AØA = GØG + FOI, ( 2)

Balanço Particular para Fração Grossa--> A (1 —ØA) = G (1 — ØG) + F (1 — ØF) (3)


A eficiência esta relacionada com a fração de finos (Underflow) e pode ser definida
como:
EFICIÊNCIA = Recuperação de finos no Undeiflow x Rejeição dos grossos no Underflow
(4)

Orofino Operações 1
59
- UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Feneiramento - orofino(d),ufpa br

MASSA DE FINOS NO UNDERFLOW


RECUPERAÇÃ O DOS FINOS NO UNDERFLOW =
MASSA DE FINOS NA ALIMENTAÇÃ o
FØF (5)
A OA

REJEIÇÃO DOS GROSSOS = 1,0 - RECUPERAÇÃ O DOS GROSSOS NO UNDERFLOW (6)


MASSA DE GROSSOS NO UNDERFLOW.
RECUPERAÇÃO DOS GROSSOS NO UNDERFLOW =
MASSA DE GROSSOS NA ALIMENTAÇÃO
F (1 -
= (7)
A(l_ØA)

Substituindo a expressão (7) na expressão (6)

F (1— Ø,)
REJEIÇÃO DOS GROSSOS =1,0 - (8)
A (1— ØA)

EFICIÊNCIA (F0»(1Ø_FO-0F (9
= 1
LA0A) AU — O4))

A eficiência também pode ser expressa em função das frações «A, F e


Explicitando da expressão (1) o valor de G e substituindo na expressão do balanço
particular para a fração fina mostrada na expressão (2) temos:

= 04 0 (10) Substituindo na expressão (9) temos:


A ø. -0

EFICIÉNCL4=( (ø — ØG)(1 - 0F)


(0E - øG)0AA (ø -0G)(' - 0A)

3.4.2-DIMENSIONAMENTO DE PENEIRAS
Consiste em projetar área da tela necessária para a operação. Este cálculo é
realizado através de expressão da capacidade, representada como

Orofino Operações 1
a 60
-' UFPA ITEC FEQ - Operações 1 - Peneiramento - orofino(ãufya.b r

ton" ____
CAPÁCIDADE=i x (12)
Ç h )Alimen raçao (Áea) x D)

D4 - Diâmetro da malha em m
A - Área da tela em

15-COMPARAÇÃO ENTRE PENEIRAS REAL E IDEAL.

3.5.1 - DIÂMETRO DE CORTE " Dc É definido como sendo abertura limitante entre o
tamanho máximo da partícula no Undersize, que corresponde ao menor tamanho da
partícula no Oversize, e seu valor pode ser obtido graficamente conforme Figura 3.4.

X>D

De D#

FIGURA 3.4 REPRESENTAÇÃO DO DIÂMETRO DE


CORTE

E a comparação entre a peneira ideal e real pode ser visualizada através das Figuras 3.5 e
3.6

Orofino Operações 1
-iê 61
UFPA ITEC FF0 - Operações 1 - Feneiramento - oro flnoØ,ufpa.br

X>D

tiff
Dc

FIGURA 3.5 - Peneira Ideal

X>D

Over

D1 D2 D#
Aproach (D 1 _D2 )

FIGURA 3.6 - Peneira Real

Orofino Operações 1
62
UFPA ITEC FEO - Operações 1 - Peneiramento - oro fino(õ4ufp a. b r

3.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.


1. Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1 ministrada pela
Pror Dra Mansa Beppu FEQ, UNICAMP,(1 0 Semestre 2002)
2. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de
anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em
homenagem ao Prof. Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
3. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações Unitária. 2 ed Rio de Janeiro. ed
Guanabara Dois. 1982, pp670
4. Gomide, R. Operações Unitárias vol 1; 1 ed. São Paulo ed. Edição do Autor 1983,
pp293
5. Keliy, E, G; Spottiswood, D, J; Introduction to Mineral Processing, l ed. New
York, ed: John Wiley & Sons U.S.A 1982, pp491
6. Massarani, O. Problemas em Engenharia Química. 1 ed São Paulo ed Edgard
Blucher. 1984,pp 113
7. Perry, Handbook; 5th Edition.
8. Vian, A; Ocon J; Elementos de Ingenieria Química laed, Espanha,Editora Coilecion
Ciência Química 1972 pp801

Orofino Operações 1
é 63
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofinofl
wj,fp&br

CAPITULO 4

DINÂMICA DE PARTÍCULA NO CAMPO


GRAVITACIONAL

Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto

Orofino Operações 1
64
UFPA - ITEO - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro /inofl
wp fpa.br

DINÂMICA DA PARTÍCULA NO CAMPO


GRAVITACIONAL

4.1-MOVIMENTO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS EM FLUIDOS SOB AÇÃO


GRAVITACIONAL
Três forças atuam sob uma partícula se movendo através de um fluido, definidas
como:
1. Força Externa - gravitacional.
2. Força de Empuxo ou Empuxo - Representada pelo Postulado ou Principio de
Arquimede - "Um corpo imerso num fluido recebe um empuxo numericamente igual ao
peso do fluido deslocado, atuando paralelamente a força externa, porém de direção oposta".
3. Força de Arraste ou Arraste. - (Drag) - Também denominada de força de
resistência ao movimento, ocorre sempre que existe o movimento relativo entre a partícula
e fluido atuando na direção do escoamento. É a força exercida pelo fluido sob a partícula
sólida.

4.1.1-CONSIDERAÇÕES
1. Particulas esféricas e isoladas
2. Particula rígida e homogênea
3. Movimento da partícula através do fluido somente sob ação da força externa
gravitacional
4. Movimento unidirecional, na direção da aceleração gravitacional
5. Fluido sem movimento (parado)

Orofino Operações 1
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orofinoflwpfpa.br

4.1.2- NOMENCLATURA ADOTADA


A - Arraste
CD- Coeficiente de arraste
D , - Diâmetro da partícula
E-Empuxo
G - Aceleração gravitacional.
Mf- Massa de fluido deslocada
M- Massa da partícula isolada.
P - peso.

R- Número de Reynolds para partícula Re = pUD


Pf

S ,-Àrea da partícula perpendicular ao escoamento (área projetada)


U - Velocidade relativa da partícula em relação ao fluido U = v,, para este caso

admitimos fluido estagnado (parado) vç =0.


• f - Volume de fluido deslocado
• ,- Volume da partícula
v- Velocidade de escoamento do fluido
v- Velocidade de queda da partícula
Pi- Viscosidade do fluido.
PP - Densidade da partícula
pf - Densidade do fluido
e - Porosidade
- Esfericidade

Consideremos uma partícula esférica isolada se movendo através de um fluido sob ação da
força externa gravitacional conforme figura abaixo

Orofino Operações 1
é
:
66
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orotinCwpfpa.br

• Peso
P=MG (1)
M =pV
• Empuxo
E=MG (2)
Mf=Pf Vj (3)
(4)
• Arraste
A força de Arraste é definida como

Á=CDUPÁ (5)Foust pg539


2

No equilíbrio temos:
Ma=P—(E+Á) (6)
• Observações
1. Admitindo o fluido estagnado, a velocidade relativa é iqual a velocidade de queda
da partícula Li = v
2. No equilíbrio a velocidade de queda da partícula passa a ser constante (M.R.U.) e
denominada de velocidade terminal (Vi) e podemos admitir que:

Orofino Operações 1
- 67
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro fino(à»,fpa.br

= v, , que é constante (7)

Substituindo as expressões (1),(2) e (5) na equação (6)

MÕV CDY 2 PfS P


'=pVG — p1V G - (8)
ai, 2
av
(9)
ai,
- 2rDP'
- (10)
6

sp = ( 11)

2
4(p—p)DG
(12)
3CD PI

A equação (12) é válida para o cálculo da velocidade de queda da partícula (V) em


qualquer regime de escoamento. O coeficiente CD denominado de coeficiente de arraste ou
de atrito, é determinado através de gráficos ou tabelas em função do número de Reynolds,
sob condições restritas, definidas como
a. A partícula deve ser sólida.
b. Admitir diluição infinita. - (Partícula Isolada)
c. Desprezar o efeito de parede.
d. A partícula se move com a velocidade terminal em relação ao fluido.

Orofino Operações 1
68
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orofino(irnfpa. br

CD

Laminar
Re<O,5
Transição
0,5<R<500 Turbulento
Re>500

Re

O número de Reynolds para partículas pode ser definido como

=
Re (13)
J1

Orofino Operações 1
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orofino(&ufpa. 1,r
Principais literaturas e tabelas para determinação do coeficiente de arraste.
1. Massarani, G Problemas em Sólidos particulados
2. Foust
3. Geankoplis
4. Perry
5. (Ver Tabela l; RexCdxp) pg94

4.2-DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE TERMINAL DE PARTÍCULAS


PARA OS REGIMES DE ESCOAMENTO

4.2.1- REGIME LAMINAR OU DE STOKES.


R <0,5
O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a
24 24p
C/) (14)
R pV,D
Que substituindo este valor na expressão (12) temos:

GD (p — p)
TI = ( 15)

4.2.2- REGIME DE TRANSIÇÃO.


05<Re <500
O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a
- 18,5 - 18,5
D jT6 0.6 y 06
16
D °6
Que substituindo este valor na expressãogeral (12) temos:

'\0,71
0,153 G °71 D14 - Pj)
TI = 0.129 0.43 (17)
P lu

4.23- REGIME TURBULENTO OU DE NEWTON.


R, >500

O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a 0,44

= 0,44 (18)

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UFPA - ITEC - FEO - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro fino(ã»,fra.br
Que substituindo este valor na expressão (12) temos:

GDp (p
p Pr) 1
=0,l74I (19»
L Pj j

Observação

A dificuldade no cálculo da velocidade terminal (Vi) e /ou diâmetro da partícula


(D e ) é que ambas estão condicionadas a determinação do número de Reynolds ou Regime
de Escoamento, o que na prática nem sempre é possível. Para os Engenheiros Químicos
estes parâmetros são determinantes no cálculo de projetos de equipamentos, e quando desta
impossibilidade são determinados por métodos empíricos, através de ábacos.

4.2.4 - DETERMINAÇÃO DE Dp CONHECENDO VT

1-Da equação 13 explicitamos D

D = ( 20)
" pJÇ

CD
2-Substituímos este na equação geral (12) determinamos o parâmetro

= 4(p —p f )Gpf
(21)
3p v3

3-Através do ábaco -9--x Rxço, mostrado na Tabela 2 pg 95 e com os parâmetros

definidos, determina-se o numero de Reynolds

4-Calculamos D.

4.2.5 - DETERMINAÇÃO DE VT CONHECENDO Dp

1-Da equação 13 explicitamos V

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«' IJFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofinofl
wpfpa.br

= Rp,
(22)
PD

2-Substituímos este na equação gera! (12) ,determinamos parâmetro R C D

= 4 P (P –pj )G D
R C)) (23)
3

3-Através do ábaco R C /) x Rxço mostrado na Tabela 3 pg 96 e com os parâmetros


C 1, x i definidos determina-se o número de Reynolds

4-Calculamos V.

4.3 -EFEITO DE POPULAÇÃO : VELOCIDADE SOB CONDIÇÃO DE


RETARDAMENTO OU OBSTATA (Impedida)

O efeito de população afeta a velocidade de queda da partícula isolada pela presença


das partículas vizinhas, e as correlações para determinação do coeficiente de arraste são
alteradas pelo aumento da concentração da suspensão porque partículas ao se sedimentarem
deslocam o fluido de modo que a velocidade relativa (U), seja modificada quando
comparada com a velocidade terminal da partícula isolada. O aumento na concentração da
suspensão, reduz a velocidade, fato este importante nos estudos das operações de separação
sólido - fluido e as experiências relatadas são restritas a conjunto de esferas de igual
tamanho, havendo então um sentimento de que a "FORMA DA PARTÍCULA POUCO
AFETE OS RESULTADOS, PRINCIPALMENTE NAS CONCENTRAÇÕES
ELEVADAS" [Freire. J.T. ; Gubulim J.C.], e no caso de suspensões uniformes a
velocidade de retardamento ( VT5) pode ser estimada a partir do cálculo da velocidade
isolada (Vt) utilizando equações empíricas

4.3.1—DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE TERMINAL SOB CONDIÇÃO


DE RETARDAMENTO OU OBSTATA, PARA REGIME DE STOKES

Orofino Operações 1
72
UFPA - ITEC - FEO - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofino(Sfpa.br
Neste caso a estratégia adotada na análise fluidodinâmica de suspensões, consiste
em adotar o comportamento de uma partícula isolada no seio de uma mistura sólido
fluido na qual esta mistura é caracterizada pela substituição dos parâmetros p, p ç
por densidade da suspensão ( p,) e viscosidade da suspensão (p ) [Massarani, G]
Nomenclatura adotada.
p - Densidade da suspensão.
P - Viscosidade da suspensão.
ü,— Fator adimensional
onde:
= (i - s)p + SP., ( 24)

11.ç. =±±!_ (25)

(26)
ps
Ju.f '
I/ç =1ç

Multiplicando a equação (15) pela porosidade substituindo estes valores

V,s= G D (p - p. (27)
18 p,

G D {p1. - [Ø - + 6Pç ]}
(28)
' Li !
18—
Q
P

p )2Q
GD '

Vil= (29)
18

(3O)

O fator adimensional ü tem o seguinte valor:

Orofino Operações 1
4 73
'r UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oroflrnxufra.br

(3
1oL82(1

4.12— DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE TERMINAL SOB CONDIÇÃO


DE RETARDAMENTO OU OBSTATA, PARA OS REGIMES DE TRANSIÇÃO E
TURBULENTO
A maioria das correlações apresentada em literatura refere-se a amostras com partículas

arredondadas, em faixa granulométrica estreita, representada por um diâmetro médio que

possivelmente não caracteriza a fluidodinâmica da suspensão, e como conseqüência da

caracterização incompleta do sistema particulado, as correlações da literatura divergem

substancialmente entre si, e apresentamos algumas correlações aplicadas para partículas

arredondadas, iregulares e resultantes de dados experimentais

O efeito da presença da fase partieulada, é comumente expresso através de correlações do

tipo

U
(32)
voe
U=48 —k (33)

Onde:

a) U - Velocidade relativa (Fluido - Partícula), admitindo fluido parado


Vf= O

U=VTS (34)

b) Re,cn - Defini-se R 0,, admitindo a partícula sob condição de diluição infinita,


também denominada de isolada, ou seja:

Orofino Operações 1
é 74
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oro/ino(ápfpa.br
V' D.
/
E (35)
/1.f

Que sob condição de diluição infinita,

V= V, (36)

pVD
(37)
Pf

4.3.3 - POROSIDADE (Ç)

É definida como sendo porcentagem de vazios ou fração e vazios. Sua importância


em engenharia química é devido o escoamento de fluidos ocorrer onde houver estes
interstícios (vazios) favorecendo o contato entre as fases sólido - fluido. A porosidade é
representada pela seguinte relação:

volume de Vazios = Volume de Fluido


Volume Total Volume Total

(V=V I ) (38)

V7 =V+V (39)
V V.
(40)
V V
V
(41)
Vi.

Defini— se C.=> Concentração Voluri


Vil
=C > Concentração Volumétrica
VY
V V
1_6=L cc=1---f- (42)
V Vr
E a equação 42, representa a porosidade em função da concentração volumétrica de

sólidos.

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orofi,w(àufpa.br
6=1-

A porosidade também pode ser representada através da concentração C expresssa

como

- Massa de Sólidos
Volume Total

A expressão matemática da porosidade em função da concentração de sólidos C


(gil) e a respectiva densidade da partícula p p é representada como:

VV—V M =lÇ
=1_3L=1_RE
Vr Vr Vr Vr VrPp PP

(43)
pp
EXERCICIOS SOBRE POROSIDADE

Exercicio 4.1

Determine a porosidade para uma suspensão em água sabendo que a concentração em

sólidos é 40,0 %

Dado: p=2,O

(V = V)

AI
VI - PI
c
= + V - AI AI
+

AI = 0,4 AI
A'! = 0,6 AI
0,6 AI -
0,6
p
= 0,75
- 0,4 AI + • 0,6 AI 0,4 0,6
a 1 r 2

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-è 76
—:—':
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Exercício 4.2

Determine a expressão matemática, da densidade aparente Pap em função da


porosidade Ç, densidade do sólido p , e densidade do líquido p

M,, +M = +pf Vf - p(i—s)v 7 +psV7 [p(i-s)+psjv


Paparente =
V+V f V,,+V - (1— c)V T +SVT -

Papare,c = -

[Ø-s)+ s] - 1

Paparente = p ( i - e) +

4.4 - PRINCIPAIS CORRELAÇÕES PARA DETERMINAÇÃO DA

VELOCIDADE TERMINAL SOB CONDIÇÃO DE RETARDAMENTO.

4.4.1 - CORRELAÇÃO DE RICHARDSON & ZAKI

Definida em 1954 também é denominada "classica" aplicadas para partículas

arredondadas,

Considera-se partículas arredondadas, aquelas que apresentam uma porosidade s

ABAIXO DE 80,0%

v = ti

V 0 ,

= Voo

e = 1— C
n = f(Re ao)

Para determinação de ii utilizar Tabela 4 abaixo

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oro fino(à»,fpa.br
TABELA 4-Determinação do Parametro n (Correlação de Richardson e Zaki)

II

1,39

0,25 R,5 1,0 4,35 R,,, °'°3 —1

1,0:5Re co5500 4,45 R»'° —1

Reoo>500 1,39

4.4.2. - CORRELAÇÃO DE POLITIS & MASSARANI

Definida em 1989, para particulas irregulares 0,47 :5 e :5 0,8

• Areia

• Hematita

• Itabirito

• Dolomita

• Quartzo

vis = 5,93 R,''

v co
V T = V,,,
9,5 :5 R, 700

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- UFRA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
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4.4.3. CORRELAÇÕES EMPIRICAS COM BASE NOS DADOS
-

EXPERIMENTAIS

Dados obtidos experimentalmente por Concha &Almendra (1978) Massarani

&Santana (1994)

Vrç {0,83E 3,94 ,0,5 ~c~ 0,9


R coo —<0 , 2 1
Voo 4 ,8e - 3,8 0,9<—s<-1,0

1
1 ~ R) oo ~ 500 0,5 0,95
Voo 1+AR

JÁ = 0,288596

= 0,35— 0,35s

~ 2.000 , -
= 0,095exp(2,29e) , 0,5 2~ e :~ 0,95
Voo

4.5 - SEQUENCIA PARA DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE


SUSPENSÕES VTS "CONDIÇÃO DE RETARDAMENTO"

1- Conhece-se Dp e

2-Determina-se Re através do ábaco (-92 x R x 9 p p95)

- frÇp 1 D - V,pD
3-Admitir R, = -

11 j

4-Determinação de Voo =VT


5- Determinação da porosidade().
6- Com o valor de p , defini-se a correlação a ser utilizada para o cálculo de VT5

Obs: Preferencialmente utilizar a equação de ZAKI

Orofino Operações 1
é 79
• UFPA - ITEC - PEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro/bwflwpfpa. br
7- Determinação do expoente n

8- Cálculo da velocidade V s aplicando as equações correspondentes

A resolução também pode ser gráfica

1 - Idem

2-Idem

3-Idem

4-Idem

U VTS
5-Utilzando o Gráfico 1 x s xRecc , pg 97 determina-se a relação --= --
Voo Voo V T

6-Determina-se VT5

Observação:

Em literaturas encontramos outras fórmulas empíricas para o cálculo da velocidade


terminal sob condição de retardamento, com aplicações restritas (Dissertações de mestrado
e Teses de Doutorado):

Exemplo 4.3

Determine a velocidade de partículas de vidro em água em condições


ambientais

Dado:

o Concentração de partículas de vidro na suspensão: 200,0 g li

. Esfericidade 0,9

• Diâmetro das partículas 0,75 mm

Orofino Operações 1
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oroflnoCwpfpa.br
Utilizar o sistema g, cm, s

1° Etapa

Determinação da porosidade

c = 1 - C /PS

C = 200,0 g li

ps = pvidro (Perry 3.89) = 2,6 g 1cm 3

P- = 1 - 0,2 g 1cm 3 /2,6 g 1cm3

E0,92

2" Etapa

Determinação da velocidade terminal sob condição de diluição infinita "Voo"

2.1 - Dado Dp calcula-se VT

=4 1 (P–P)GD
R 2 C/)
3 ,L1

= Pág . = 1,0 Ç
cm

PP = Pi,wro =
cm
m
G=980,0-
52

D = 0,075 cm

= Àguu
= 1,0 Cp = 0,01 P = 0,01---
cm.s
= 2,646
R2 c = 2.940
0 ,0009

Orofino Operações 1
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oroflno(ãufpa. br

Através do ábaco R 2 C/) x Rxço mostrado na Tabela 3 pg 97 e com os

parâmetros R 2 C, x ço definidos determina-se o número de Reynolds

= 2,646 -
R 2 C,, 2.940
0,0009 -

R: C1, - 2,646 = 2.940


- 0,0009
log , 2940 = 3,468
iog to R = 1,58
= 0,9
R • - Re = 3 8,5 9
-

Re /•i cm
= =5,14—
Pf D P s

3a Etapa

Determinação da velocidade terminal sob condição de Retardamento "VTS"

3.1 - Correlação de Richardson & Zaki

1,0 <Re <500 n = 4,45 ( Re. °") -1

n = 4,45 (38,59 °") -1

n = 2,08

'7 t7 fl
TS v2

2,08
VTS= 5,14 x 0,92 = 4,43 em Is
e
3.2 - Correlação de Politis & Massarani

Orofino Operações 1
* UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofinofl
wufpa.br
82

V7 =E
5,93

v oo
vT = V OO
9,5 :5 700

593x.38,59°''1 0,55
= 0,92 = 0,92
V OO

VYIÇ
= Voo. e
cM
= 5,14. 0,92 °' = 4,90
5

3.3 - Correlação de Concha & Almendra (1978) e Massarani & Santana 1994

1,0< R,o< 500

Voo - 1+AReoo
A = 0,28s -5,56
A = 0,28x0,92 -556 0,28x1,64 = 0,46
B=0,35-0,33s
B = 0,35-0,33x0,92 = 0,0464

=072
Voo 1 + 0,46x38,59 °°464
cM
V = 0,72xVoo = 0,72x5,14 = 3,70

Orofino Operações 1
83
UEPA - ITEC - FEU - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oroflno(dafpa. br

Resumo

Correlação Velocidade sob Condição de Retardamento( cm/s)

Zaki 4,32

Politis &Massarani 4,90

Concha &Almendra e

Massarani & Santana 3,70

4.6—RAZÃO DE SEDIMENTAÇÃO LIVRE (Zf)

Defini-se partículas equitombantes como sendo partículas de espécies diferentes que


apresentam a mesma velocidade terminal.

Partículas 1 - leve

Partículas p - pesada

Orofino Operações 1
-ê 84
UFPA— ITEC - PEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro finoQàtfva.br
Admitimos que: A velocidade de queda da maior partícula leve seja igual a

velocidade de queda da menor partícula pesada.( condição de equitombancia)

1 •- +

VT pesada

,_-.-.__ VT leve

= V, (44)
4(4 - P1
(45)
= 3(C), p f

4(p — p)D/o
(46)
- )3(C ) ),, p 1
Igualando as expressões 45 e 46, em conformidade com a equação 44

4(4 —p f )DG = 44 —p)D'u


(47)
3 (C, Pf 3( CD), Pj

-Razão de sedimentação livre (Z sF). É definida como sendo a relação.

- Menor tamanho da partícula pesada = PP,


» (48)
Maior tamanho da partícula leve Dpi
D PP
Z ». =--<1,O
1

Sob condição de equitombância, temos.

Orofino Operações 1
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orafiiu#(d/4fpa.br

Simplificando a equação (47) e aplicando o conceito de ZSF temos:

D ,7; -P
zEr
PPPj
(49)
==

4.6.1-REGIME DE STOKES.

Substituindo na expressão (14) as condições de partículas leve e pesada, temos:


24 24p
R,, PJ'D,

24
Co ,, R (51)
p 1 V,D

p = (52) substituindo na expressão (49)


CD , D

/ 05
P
=í Pp P) (53)

4.6.2-REGIME DE NEWTON.

Substituindo na expressão (18) as condições de particulas leve e pesada, temos:


CD, = 0,44 (54)
CDp = 0,44 (55)
CJ)
= 1,0 (56) substituindo na expressão (49)
CI) /

1z
=k-
i i ( 57)1
KPPPf)

De uma maneira genérica temos:

Orofino Operações 1
é 86
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofino(à)pfra.br

\fl
(
PpP 1
I1 -- (58)
PPç)

Se:
ii = 0,5— Stokes ou laminar

0,55 n5 1,0 - transição


n = 1,0 —Newton ou turbulento.

4.7—ELUTRIAÇÃO

É um processo utilizado para separar partículas finas (demasiadamente finas para a


peneira) em varias frações . A separação consiste em comunicar a suspensão um fluido em
movimento ascendente em um tubo vertical com velocidade superior a velocidade terminal
das partículas finas. As partículas maiores se sedimentam com velocidades superior a do
fluido e são coletadas no fundo da coluna e as menores são arrastadas pelo topo juntamente
com o fluido. Podem -se utilizar diversas colunas de diâmetros diferentes em série para se
conseguir melhor separação

Admitir:

a) Partícula esférica

b) Condição de diluição infinita V-ç = Voo

c) Partícula sob ação de campo gravitacional

d) Fluido Escoando em sentido ascendente ao da Partícula

Dp

2.
vt.
Orofino Operações 1
87
*r UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofindã'
wpfpa.br

Se:

Vcc > V —* A partícula será Depositada (sedimentada com velocidade (Voo - Vi)
Vcc c Vç —* A partícula será Arrastada com velocidade (V r -Vcc)

Vcc = V ~ Equilíbrio Mecânico, a partícula permanece em suspensão

4.7.1—IPORTANCIA DA RAZÃO DE SEDIMENTAÇÃO NA


CLASSIFICAÇÃO.

Para que haja separação é necessário que

= Menor tamanho da partícula pesada = Dp


(59)
Maior tamanho da partícula leve Dpl
D
Z., =--<1,O
Dpl

Se Z = ZSF ,Não há separação

4.7.2—DETERMINAÇÃO GRÁFICA DA VELOCIDADE ASCENDENTE


DO FLUIDO PARA SEPARAÇÃO DE PARTÍCULAS COMPREENDIDAS EM
UMA DETERMINADA FAIXA GRANULOMÉT1UCA.

Partículas sólidas de A e B alimentam um elutriador operando continuamente,


verificar a possibilidade de separação destas espécies por uma corrente de água que é
introduzida na unidade em sentido ascendente das quedas das partículas.

Sabe-se que:

a) A espécie A, apreseta a densidade PÁ


b) A espécie B, apreseta a densidade PB

C) PA>PB

Orofino Operações
88
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oroflnoQjufrabr
d) Ambas espécies apresentam a mesmas faixa granulométrica compreendida
entre D1eDeque D1 >D

e) São introduzida na unidade uma correntes de água a uma velocidade VH20


compreendida entre e v7,
ou seja

V7 . A 1< V1-120

O Estimar as frações granulométricas das espécies A e B que serão arrastadas e


sedimentadas

1-Passo: Determinam-se as velocidades terminais separadamente para as espécies A


e B compreendidas na faixa granulométrica D1 - D conforme TABELA 5

Tabela 5 - Determinações das Velocidades Terminais das Espécies A e B

Dimensão da Velocidades Terminais Velocidades Terminais


da Espécie (A) da Espécie (B)
Partícula

Dl v»
D2 A2
V ,
v/32

D3 v'3 v93
Y,

D4 v VTB

D5 VÁS

Dn

2-Passo: Com estes valores mostrados na TABELA 5, construir o Gráfico D


(abscissa) x VT (ordenada) para as espécies A e B

Orofino Operações 1
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional - 89
oro flnoRu/j,a.br

GFÁFICO D x V
VT

D1D2 Db Dn D

Conclusão

Espécie Partículas Arrastadas Partículas Sedimentadas

A Di - Da Da-Dn
E D1-Db Db-Dn
4.8—EFEITO DA PRESENÇA DE FRONTEIRAS RÍGIDAS (PAREDE)

Orofino Operações 1
CÁLCULOS DE FILTRAÇÃO PARA TORTAS COMPRESSÍVEIS

A maioria dos precipitados químicos formam bolos (tortas) compressíveis, nos quais as forças
compressivas elevadas deformam as partículas sólidas, fragmentam os agregados floculentos
e forçam as partículas umas contra as outras.

Empiricamente, encontrou-se uma expressão válida para a maioria dos precipitados, em


pressões moderadas.

a = a, + b(_APc )S (1)

Onde:

= resistência específica da torta em pressão nula; é uma constante

s = fator de compressibilidade da torta, O < s < 1; é uma constante a pressões


moderadas

b = constante

—LtP = queda de pressão através da torta

Os valores de a 0 , de b e de são determinados mediante um conjunto de ensaios de filtração


sob pressão constante.

A Taxa de Filtração em função do volume do filtrado é encontrada pela integração da


seguinte equação:

1 dV - (—APt)
(2)
- 1f(V+V)

w = peso dos sólidos na suspensão de alimentação por unidade de volume do líquido nesta
suspensão.

V = volume do filtrado que passou pela torta.

a = resistência específica da torta.

= volume de filtrado equivalente às resistências do meio filtrante e da tubulação.

A = área de filtração
Esta integração se faz após escrevermos a equação 2 como um diferencial de P:

1 dv - P? CPI-P2
dP (3)
A dt 5wgV O (1-e

Uma simplificação é obtida através da inserção da resistência específica da torta (ar) em um


ponto interno da torta:

1 dV_ A çPcP2dP
(4)
A'dtWIiVO ap

Neste caso P1 e P2, referem-se às pressões na interface da torta com a suspensão e na interface
do meio filtrante com a torta, respectivamente.

As relações entre P e a, e e S. são determinadas mediante ensaios de compressão e


permeabilidade . A suspenção ensaiada é colocada num vaso cilíndrico, de fundo poroso, e
se forma uma torta sobre esta superfície porosa deixando-se o filtrado drenar através dela.
Ajusta-se então um pistão no cilindro e comprime-se lentamente a torta. O pistão é carregado
com uma série crescente de pesos e a cada carga determina-se a porosidade por intermédio da
posição de equilíbrio do pistão. Injeta-se depois o filtrado sobre a torta e determina-se o valor
de a (resistência específica da torta) pela resolução da equação 4, admitindo a constante sob
qualquer carga. Pode-se então calcular S 0 , área específica, a partir dos valores de a e e
anteriormente determinados.
90
'P UFRA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oroflno(cDufpa. br
Resultados analíticos evidenciaram que a fluidodinâmica da partícula é
influenciada pela presença de fronteiras rígidas (paredes) resultando em uma
redução da velocidade quando comparada com a velocidade terminal da
partícula isolada (Vco)
Estudos experimentais do movimento de partículas isoméricas ao longo do eixo
principal de um cilindro realizadas na UFRJ-COPPE (1995) [MASSARANI, G 1997]
resultaram em correlações empíricas, embora as correlações clássicas de Francis (1933)
para a determinação da velocidade sob condição de Stokes, e Monroe (1888) para
determinação da velocidade sob condição de Newton, ainda são aplicadas para partículas
isoméricas.
Nomenclatura Adotada
(Em conformidade com a figura 2)

Figura 2 - Efeito dePresença de Fronteiras Rígidas

D - Diâmetro do cilindro (fronteira)


Dp - Diâmetro da partícula
Defini-se 13 como sendo a relação

Orofino Operações 1
É 91
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro/ino(á»ifpa.br
Se D > 0,05 (5,0 %), o efeito de fronteiras rígidas não pode ser
desprezado
Vt Velocidade das partículas isoméricas sob condição de fronteira rígida.
-

V. - Velocidade das partículas isolada


Recc Número de Reynolds para partículas isolada
- Esfericidade

4.81—SEQÜÊNCIA PARA DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DE


PARTÍCULAS, CONSIDERANDO O EFEITO DE FRONTEIRAS RÍGIDAS.

1-Determinação do parâmetro 3

2- se P ~: 5,0 o efeito de fronteira rígida não pode ser desprezado.


3-Determinação de V oo

a) Cálculo do Reynolds para partícula isolada

= IÇp 1 D,, V,p 1 D,,


R
MI MI

b)Através da GRÁFICO 2 ( x fi x R ) pg 98, determina-se a relação

KP = = VELOCIDADE TERMINAL COM EFEITO DE FRONTEIRAS


Vcc
RÍGIDAS.

4-Determinação de VT (efeito defronteira rígida)

VT (efeito de fronteira rígida) = Kp x V. (60)

Observação;
As equações foram deduzidas assumindo partículas esféricas, e para o caso de
partículas não esféricas, utilizamos o conceito de esfericidade para correção do
diâmetro

Orofino Operações 1
92
LJFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofina(üpfpa. br

TABELAI
RexCdx
Re P1,0 cb=0,9 CD=0,8 'b=0,7 b=0,6
Cd Cd Cd Cd Cd
0,01 2.400 2.494 2.611 2.758 2.949
0,03 800 831 870 919 983
0,05 480 499 522 551 589
0,1 240 255 272 292 312
0,3 80 84 90 96 1 103
0,5 49,5 52,55 56 60 64
1 26,5 28 30 32 33
3 10,4 11 11,8 12,6 13,3
5 6,9 7,5 8,0 8,8 9,4
10 4,1 4,3 5,0 5,5 5,9
30 2,0 2,3 2,6 2,9 3,32
50 1,5 1,6 1,9 2,3 2,55
100 1,07 1,2 1,5 1,95 2,70
300 0,65 0,77 1,05 1,59 2,60
500 0,55 0,73 1,02 1,49 2,38
1.000 0,46 - 0,79 1,19 1 1,90 2,38
3.000 0,40 0,92 1,41 1,89 2,38
5.000 0,39 0,92 1,41 12,89 2,38
10.000 0,41 0,92 1,41 1,89 2,38
Extraído do livro Problemas em Sistemas Particu]ados, pg107" G.Massarani 1984

Orofino Operações 1
iàt 93
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
orofinocWpfpa.br

TABELA 2
CdIRe xRexp

lg10Re 1 910 (Cd/Re)


IJ=1,0 =0,9 cb=0,8 =0,7 4=0,6
-2,000 5,38 5,396 5,417 5,441 5,47
-1,523 4,427 4,442 4,462 4,486 4,516
-1,301 3,982 3,999 4,017 4,041 4,072
-1,000 3,38 3,407 3,435 3,465 3,494
-0,523 2,427 2,447 2,477 2,505 2,535
-0,301 1,996 2,021 2,049 2,079 2,107
0,000 1,423 1,447 1,477 1,502 1,525
0,477 0,54 0,565 0,594 0,623 0,646
0,699 0,14 0,176 0,204 0,241 0,274
1,000 -0,387 -0,365 -0,297 -0,26 -0,229
1,474 -1,176 -1,115 -1,062 -1,007 -0,955
1,699 -1,523 -1,481 -1,42 1,335 -1,292
2,000 -1,971 1,921 -1,827 -1,710 -1,569
2,477 -2,664 -2,558 --2,456 -2,276 -2,062
2,699 -2,959 -2,836 -2,69 -2,548 -2,322
3,000 -3,337 -3,102 -2,924 -2,721 -2,623
3,477 -3,876 -3,5 14 -3,328 -3,201 -3,101
3,699 -4,114 -3,735 -3,55 -3,423 -3,322
4,000 -4,393 -4,037 -3,85 1 -3,724 -3,623
Extraido do livro - Problemas em Sistemas Particuiados, pg108" G.Massarani - 1984

Orofino Operações 1
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UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional -
oro/inoçWufra.br

TABELA 3
CdRe2 xRexp
lg10 Re 191 (Cd Re 2 )

D=1,0 cb=0,9 cP=0,8 D=0,7 cP=0,6


-2,000 -0,62 -0,604 -0,583 -0,559 -0,53
-1,523 -0,155 -0,126 -0,106 -0,082 -0,053
-1,301 0,079 0,097 0,117 0,14 0,167
-1,000 0,38 0,407 0,431 0,465 0,494
-0,523 0,857 0,879 0,908 0,937 0,967
-0,301 1,093 1,117 1,146 1.176 1,204
0,000 1,423 1,447 1,477 1,502 1,525
0,477 1,971 1,996 2,025 2,053 2,079
0,699 2,238 2,274 2,301 2,338 2,371
1,000 2,613 2,635 2,703 2,740 2,771
1,474 3,255 3,316 3,369 3,425 3,476
1,699 3,574 3,616 3,677 3,762 3,804
2,000 4,029 4,079 4,173 4,29 4,431
2,477 4,767 4,841 4.975 5,155 5,369
2,699 5,14 5,262 5,407 5,58 5,775
3,000 5,663 5,898 6,076 6,279 6,377
3,477 6,556 6,917 7,104 7,23 7,33
3,699 6,984 1 7,362 7,548 7,679 7,775
4,000 7,607 1 7,936 8,149 8,276 8,337
Extraído do livro Problemas em Sistemas Particulados, pg107" G.Massarani - 1984

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oroflno(àpfpa.br

GRAFICO 1

U v
—x4 xR xR
Vco Vcc

UVTS (suspensão)
Vco =VT

U/v

- 80,95

Alinendra - -

io ib2 iü

Extraído do livro 'Fluidodinârnica em Sistemas Particulados pg 24 UMassarani - 1997

Orofino Operações 1
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UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
otOfiflo(tiUffía.bt

GRAFICO 2

xR
Voo
VT = velocidade Terminal sob condição de fronteiras rígidas
o
3 o, - - 0,05
V.
0,8 - ----0,1

0,2
Tr t
O
Francis (l9)
Almeida (1995)
Munroe (lSSE

10 2
10 10 1 10 10 icr

Extraído do livro "Fluidodinâmica em Sistemas Particulados pg 24 O.Massarani - 1997

Orofino Operações 1
é 97
UFPA - ITEC - FEQ - Operações 1 - Dinâmica da partícula no Campo Gravitacional-
oro flnofl
wpfpa.br
4.9-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1. Brenham, J, G; Operaciones dela Ingenharia de los Alimentos.

2. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações Unitária. 2 cd Rio de Janeiro. ed


Guanabara Dois.1982, pp670
3. Freire, J, T; Gubulin, J, C; Tópicos Especiais de Sistemas Particulados, Editado
por" Freire, J, T; Gubulin, J, C;" - Departamento de Engenharia Química U.F. São Carlos,
V.2 1982.

4. Gomide, R. Operações Unitárias vol 1, 1 ed. São Paulo ed. Edição do autor 1983,
pp293
S. Kelly, E, G; Spottiswood, D, J; Introduction to Mineral Processing, l ed. New
York, ed: John Wiley & Sons U.S.A 1982, pp 491

6. Massarani, G. Fluidodinâmica em Sistemas Particulados 1 ed UFRJ COPPE


1997,pp 189

7. Massarani, G. Problemas em Engenharia Química. 1 ed São Paulo ed Edgard


Biucher. 1984,pp 11

8. Perry, Handbook; 5th Edtion.

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofino(íL,ufya.br 98

CAPITULO 5

SEDIMENTAÇÃO E ESPESSAMENTO.
Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofino(dJ,ufpa.br

CAPÍTULO 5

SEDIMENTAÇÃO E ESPESSAMENTO.
5.1 - DEFINIÇÃO E HISTÓRICO (Condensado de httu://www.solidlipuid-
separation.eom, by Joseh Halberthal.)

Sedimentação é a operação que permite separar as fases de uma suspensão (polpa)


mediante a ação de uma força de campo, no caso gravitacional. Quando opera em processo
continuo, é realizada em tanques de seção circular dotado de vertedouro na parte superior
para a saída do extravazante, e na parte inferior saída para retirada do espessado.

A separação dos sólidos suspensos num líquido por sedimentação gravitacional,


descontinua remonta aos primeiros tempos da civilização. Naquela época já se usavam
jarros ou tanques, principalmente para a clarificação de líquidos extraídos de produtos
agrícolas, como vinho e azeite de oliva por separação da matéria insolúvel contaminante.
Estes processos compreendiam quatro etapas distintas:

1-Encher o recipiente com a suspensão.

2-Deixar a suspensão em repouso por um tempo predeterminado, até a matéria sólida


sedimentar no fundo do vaso.

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oro fino(W,ufya.br 100

3-Retirada o clarificado sobrenadante da parte superior do vaso.

4-Remover o sedimento acumulado no fundo do recipiente.

Este ciclo, dependendo do sólido e das propriedades do líquido, determinam a taxa de


deposição, podendo requerer longos tempos de residência e então, freqüentemente, são
incorporados vários recipientes no layout para operar em etapas seqüenciais.

O método de operação por bateladas ainda é praticado em indústrias de pequena


capacidade, mas como a tendência natural é de aumento da produção, a necessidade de
adoção da operação contínua é inevitável. No final XIX deu-se o inicio da utilização dos
espessadores contínuos quando o processo de beneficiamento de minério de feno
(hematita), carvão, hidrato de alumínio, pinta de cobre, fosfatos e outros cresceram
rapidamente. O apogeu foi anos 60 quando as indústrias metalúrgicas prosperaram e se
construíram, na época, unidades com até 150 m de diâmetro. Tais espessadores gigantescos,
quando acionados, requeriam um torque operacional contínuo de até 1.600.000 N

Os espessadores são o principal componente no layout de uma planta, pelas


principais razões:

1-Eles ocupam enormes espaços.

2-0 raspador motorizado dos espessadores contínuos representa um acréscimo


significativo no investimento de capital.

3-Ao contrário de muitos outros equipamentos, os espessadores não têm nenhum


substituto disponível na planta; assim, quando um sai de operação, o fluxo não pode ser
desviado (by passed), e por conseguinte, se isto acontecer, outros espessadores serão
obrigados a suportar uma carga extra, mas, no caso da planta suportar apenas um
espessador, então toda a linha de produção pode entrar em colapso.

5.2- OBJETIVOS GERAIS

5.2.1 - OPERAÇÃO CONTÍNUA

Em fluxogramas de processos pode operar continuamente como espessador e


clarificador

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofino4utba.br 101

Espessamento: É a operação que tem como objetivo o sólido concentrado, também


denominado de lama ou lodo, atua na direção decrescente, geralmente para aumentar a
densidade do concentrado a fim de reduzir a capacidade de equipamentos das operações
subseqüentes corno filtros e/ou centrífuga.

Clarificação: Quando o objetivo é o líquido, também denominado de sobrenadante,


atua na direção superior para reduzir a quantidade de finos no sobrenadante: Este efluente
exige regulamentações de qualidade como "Claridade do Sobrenadante": Devendo ser
reciclado, por exigências do processo. "Redução na Perda": Deve apresentar a mínima
redução de perda de produto para o transbordamento e "Separação Hidráulica': Deve
remover uma fração de tamanho de partícula indesejadas ou sólidos com propriedades
diferente na direção superior por classificação pelo controle da taxa de transbordamento".

A Figura 5.1 ilustra um esquema de funcionamento de um sedimentador contínuo

Alimentação: F2, Pa, C 2, C a *

Zona 1 sobrenadante -

.IIo
Zona 2 cone. constante
& - Extravazante
O
1 -- - -
O__e
Zona 3 cone. variável O _.. 06 O o
O__
- .!a... NívelL
Zona 4 compactação

r r
Lodo ou lama F11 ,p II '.-IJ 'U
*

Figura S. 1 - Esquema de um Sedimentador Contínuo

Orofino Operações 1
à UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oro fino(ÜD,ufva.br 102

5.3 - NOMENCLATURA ADOTADA em conformidade com a Figura 5.1

E => Vazão volumétrica de suspensão ou polpa

= Volume de suspensão ou polpa da alimentação


F0
tempo
Volume de suspensão( lama, ou lodo) ou polpa de espessado
E-
- tempo

Admitindo se dim entador como ideal: inexistencia de sólidos no extravazante ou


apre sen te uma concentração desprezível quando comparada com a alimentação

V = Volume de líquido extravazante ou sobrenadante


tempo

C => Concentração mássica

Massa de sólidos na alimentação


C=
volume de suspensão ou polpa da alimentação

Massa de sólidos no espessado


Gil =
volume de suspensão ou polpa de espessado

C * =' Concentraç ão voluinétric a

= Volume de sólidos na alimentação


volume de suspensão ou polpa da alimentação

Volume de sólidos no espessado


volume de suspensão ou polpa de espessado

p Massa específica

Orofino Operações 1
a UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofinoi,ufya.br 103

Massa de sólido
Ps = Ppar,ícuia =
Volume de solido
- Massa de líquido (extravazante)
-

Volume de liquido (extravazante)

= Massa de suspensão(polpa) da alimentação


Pa
Volume de suspensão(polpa)da alimentação

= Massa de suspensão(polpa) do espessado (lodo, lama)


Volume de suspensão(polpa)do espessado (lodo, lama)

Transformação C © C *

Massa de sólidos Volume de sólidos Massa de sólidos


= x
Volume de suspensão Volume de Suspensão Volume de sólidos

c = c* v x PS

= c,

Valores Típicos das Variáveis no Sedimentador [SILVA, C, G, MEURIS]

Ca - 1,0 à 10,0% em peso


C -5,0 à 70,0 % em peso
Raio do Sedimentador - até 100,0 m
no de Rotação do Raspador —2,0 à 30,0 R.P.H.
Altura do Sedimentador— 10,0 m
Dimensão da Partícula Sólida >50m (± 270 # Tyler)

5.4 - BALANÇO MATERIAL

A formulação apresentada tem como base os conceitos da cinética de sedimentação


(teste de proveta).

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orot7nixô,ufya.br 104

5.4.1 - BALANÇO DE MASSA (SÓLIDOS).

A MASSA DE SÓLIDO / TEMPO, permanece constante e pode ser determinada como

Massa de sólidos = Massa de sólidos


I .,'. Tempo Tempo

Massa de sólidos / tempo = F.0

1. Massa de sólidos que alimenta o sedimentador /tempo

Massa de sólidos
enera
= F, C, (1)
Tempo

2. Massa de sólidos que sai do sedimentador /tempo

2.1- Lôdo: FC 11 (2)

2.2- Extravazante : F e C, (3)

Massa de Sólidos
=Fn C11 +FeCe (4)
Tempo

Para sedimentador ideal a expressão (4), pode ser representada como:

Massc'de Sólidos FC (5)


Tempo

E o respectivo balanço para sólidos pode ser representado pela equação

FC=F,Ç (6)1
Para sedimentadores não ideais , a concentração de sólidos no extravazante, não
pode ser desprezada e o o balanço de sólidos pode ser representado como':

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEO Operações 1 - Sedimentação - oro uinoëJ,ufpa.br 105

[çc=ic +PÇ (7)11

Para um nível L ( ver figura 5.1 pp 5 ) denominado de inicio da zona limitante


podemos representar a massa de sólido que atravessa este nível / tempo como

FLCL(8)

E o balanço para sedimentadores ideais pode ser representado como:

.
PCa = P; Cu =FL CL (9)

C =c p. (io)
= . (ii)
=

Substituindo as equações (10),(11) e (12) na equação (9), obtemos a expressão em função


das concentrações volumétricas

5.4.2 - BALANÇO DE LÍQUIDO.

A MASSA DE LÍQUIDO / TEMPO, permanece constante e pode ser determinada


através do balanço de polpa ou suspensão

Suspensão = Sólido + líquido (13)

Suspensão = Sólido + líquido Massa de líquido_ Massa de suspensão - Massa de sólido


Tempo Tempo Tempo Tempo Tempo

rL Massa de líquido -J r
Volume de suspensão][ Massa de suspensão Massa de sólidos
Tempo -[ Tempo 1
Volume de suspensão Volume de suspensão

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações] - Sedimentação - oro flno(ãufya.br 106

E Volume de suspensão
l=F
[ Tempo

i Massa de suspensão
Volume de suspensãoj =
1 - PPÔIPO

Massa de sólido
—c
L volume de suspensão -

o Massa de líquido que alimenta o sedimentador / tempo

Masseliquido = F(c) (14)


Tempo

o Massa de líquidos que é retirada do sedimentador /tempo

Lôdo : F(p -Co) (15)

Extravazante : Fe(Pe Ce) (16)

MassadeLíuido(
Es. C)+F( —Co ) ( 17)
Tempo

Para sedimentador ideal a expressão 17 pode ser representada como:

12Ç (líquido)
PC p, (líquido)
=0

Massa de Sólidos
=Vp , (18)
Tempo

E o respectivo balanço para sólidos pode ser representado pela equação:

Orofino Operações!
$ UFPA ITEC FEO Operações! - Sedimentação - orofino(ã,ufpa.br 107

(19)

Para sedimentadores não ideais , a concentração de sólidos no extravazante, não


pode ser desprezada e o o balanço de sólidos pode ser representado como':

(p -cj =i(o _Ç)+](pÇ) (2

5.5— DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE UMA UNIDADE.

me de Suspendo
É definida como sendo a relação
-F [VoluTempo x Área J
5.5.1- (VOLUME DE LÍQUIDO /TEMPO NA UNIDADE, também pode ser
representado como:

Volume de líquido = Volume de líquido Volume de suspensão (21)


Tempo Volume de suspensão Tempo

onde:

Volume delíquido = 1— C *
Volume de suspensão

Volume de suspensão =F
Tempo

E Volumedelíquido = (i -
c *) x (F) (22)
Tempo

A equação (25) também pode ser representada em função da concentração mássica


C

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 — Sedimentação - orofinoW,ufpa.br 108

Volumede líquido
í_2 (F) (23)
Tempo ps)

Realizando o balanço para líquido entre o nível L (zona limite, definida como
sendo o nível no Qual flAO ocorra arraste de partículas sólidas na direção do vertedor
e o Espessado, a velocidade ascensional do líquido nesta seção deverá .ser no-máximo igual
a velocidade terminal das partículas nesta zona. Conforme ilustra a Figura 5.1, se a área for
insuficiente ocorrerá acumulo de sólidos numa dada seção do espessado e partículas sólidas
serão arrastadas no líquido clarificado.

entm
Volume de líquido que entra no nível L Í - CL ) x F,, = FL (i - c') (24)
Tempo K

= Volume de líquido que sai no espessado + Volume de liquido que sai no sobrenadane
sal
Tempo Tempo

Volume de liquido que sai no espessado


= í'l - x F = F (i - c;) (25)
Tempo P1

Volume de liquido que sai no sobrenadante = J/


(26)
Tempo

Igualando a expressão (24) com as equações (25) e (26), calculamos o valor de V.

[1 _2LJx F,=[1_2 9xF x+ (27)


(28)
p)

A equação (31) também pode ser expressa em termos de concentração volumétrica C*

Orofino Operações 1
CL

UFPA ITEC FEQ Operações] - Sedimentação - oro fino(iD)ufya.br 109

=i(i-c;)-(i-c:) (29)

Do balanço de massa da equação (4) determinamos os valores de FL e, F. em função


de Fa

O balanço entre o nível L e a alimentação pode ser representada como:

F - (30)
LcJ
O balanço entre a alimentação e o lôdo pode ser representada como:

='
(31)
]l

:J
C.

Substituindo estes valores na equação (28) temos:

=c0 í1-1 (32)


C, C)

A vazão V. também pode ser representada como:

(i ü (33)
C1 C )

Fax Ca* x p , ou Fa x Ca - Representa a massa de Sólido Sedimentada / tempo

VÇ=velxÁ onde
vel = Velocidade ascendente do líquido numa sec çao qualquier do se dim entador

A = Área transversal do se dim entador.

velxA=C 0 [—j (34)

Observações:

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações] - Sedimentação - oroflno(,ufya.br 110

. Para que o overflow seja límpido, é necessário que a velocidade (vel) de ascenção
do líquido não exceda a velocidade terminal de sedimentação do sólido. Os valores da área
(A) devem ser calculados para toda a gama de concentrações presentes e o projeto deve ter
como base o maior valor determinado

A DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE UMA UNIDADE. É representada pela


m de suspensão
relação F / A expressa em , obtida através da equação (34) é
tempo x m
representada como:

Capacidade da unidade
F, = v e l
A C0
r±i ii
(35)

L CL1 cJ
onde
Ca:5 CL:5 C.
Classicamente a concentração CL e a velocidade vel, são determinadas, através de
gráficos obtidos de testes de laboratório, denominado de cinética de sedimentação ou testes
de proveta, empregando sempre a região clarificada, como sendo a altura mesmo partindo
do seu ponto inicial.

5.6-PROJETO DE UMA UNIDADE.


Consiste no cálculo da área e altura da unidade, tendo como base a cinética da
interface ou teste de proveta

5.6.1-MECANISMO DE DECANTAÇÃO. (TESTE DE PROVETA)


Admitindo a suspensão inicial bem comportada, i.e: partículas de tamanhos
uniformes resultam na proveta quatro regiões distintas
Zona 1 - Concentração constante
Zona 2 - Sobrenadante ou líquido límpido (clarificado)
Zona 3 - Concentração variável
Zona 4 - Sedimento (compactação

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofinocDRfj,a.br 111

Estas regiões estão ilustradas ilustradas nas Figura 5.2, e na Figura 5.3 ilustra as
formações destas zonas, verificando que no inicio do processo prevalece o mecanismo de
decantação e no final a compactação

e -
o

e o e
e
e o
ei e- e zo
e e o i
C
e e
e 00
e o n03

to ti t2 113

FIGURA 5.2 - Zonas Formadas durante o Teste de Proveta

ri
FIGURA 5.3 - Zonas Formadas Durante o teste de Proveta Mostrando que
no inicio do Processo Prevalece a Decantantação e no final a Compactação
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oro/mo (ü»ifpa.br 112

5.6.2-DIMENSIONAMENTO DA ÁREA DA UNIDADE.

5.6.2.1 -MÉTODO KYNCH

1—Do teste de proveta determinamos os pares de valores Z (altura da interface) x O


(tempo)
2-Plotar os valores Z (ordenada) x O (abcissa) ilustrado na Figura 5.4

z
zo

zil
42

zil
Z12

0i1 0i2 0i 1 0i2 O

3-Determinações dos Zi's e Oi's


Através da curva Z (ordenada) x O (abcissa), para cada posição do ponto P traçar a
tangente a curva, e os pontos de intercessão destas tangentes com Z (ordenada) x O
(abcissa) determinamos os Zi's e Oi's ilustradas na Figura 5.4
Os Zi's São definidos como sendo as alturas de uma polpa uniforme de
concentrações CL's que contenham a mesma quantidade de sólidos que a polpa inicial

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oroflnoJjifpa.br 113

-Determinação das Concentrações CL'S


São calculadas analiticamente, através do teorema de Kynch, admitindo que a
massa por unidade de área no sedimentador permanece constante e pode ser
representado pelo produto da altura da interface i x concentração correspondente a esta
altura ou seja:

COZO
C--
0 Z0 =4CÇ=
zi
5-Determinação das Velocidades vel's
As velocidades são determinadas graficamente para cada posição do ponto P
obtida na curva Z (altura da interface) x O (tempo), através da equação

(37)
AO O O,

5.1-Construção do a Tabela 1
Ponto FZLZI O = CxZ ° Z —Z Vel
CL Vel=
OL
cm/s CL C,,
em em s g/cm 3
Ve1 1
P1 ZLI Zi 1 El CLI Vel i J_I
CLI CU
Vel 2
P2 ZL2 Zi2 02 CL2 Vel 2
CL2 CU
Ve1 3
P3 ZL3 Zi3 03 CL3 Vel
CL3 C,

Orofino Operações 1
À UFPA ITEC FEQ Operações] - Sedimentação - oro fino(ui,ufpa.br 114

Vel
6-Construção do gráfico (ordenada) x vel (abscissa) para
1
CL C

determinação do ponto mínimo, que corresponde a área máxima,ilustrado na figura 5

Vêl
1 1

CL C

Ponto Mínimo

Vel

FIGURA 5.5 - Determinação do Ponto Mínimo

7- Determinação do ponto Mínimo e a respectiva Área

Fa C1 ,, txD 2
=XztA= (38)
A 4

5.6.2.2-MÉTODO BISCAJA & MASSARANI


IBISCAIA,19821 (tese de doutorado COPPE), propoz que a curva Z x O, pode ser
subdividida em duas regiões distintas, uma região linear e outra exponencial, mostrando
também a possibilidade do cálculo de Zmjn, definida como sendo altura inicial da
compactação utilizando o conceito de Kynch.:
- Determinação da altura inicial da compactação Zmjn.

CO Z 0 = Z, C, (39)

Orofino Operações 1
UFRA ITEC PEQ Operações 1 - Sedimentação - orofíno(i,ufpa.br 115

2- Determinação do tempo inicial da compactação (Omin)

3-Com o valor da ordenada Zmin determinamos no gráfico Z x 9 o valor da abcissa


°min (que corresponde a ordenada Z1) conforme ilustra a FiguraS. 6

zo

zi

Zmi ti

9min Tempo
FIGURA 5.6 - Determinação de 9 mm

4-Cálculo da Área e Diâmetro [BISCAIA, 1982], também demonstrou a


possibilidade na determinação de um projeto confiável através da equação:

4 (40)
Lt4J projeto

,rD2
A
4

Outros métodos podem ser encontrados em bibliografias onde destacamos:


• Método Taimadge e Fitch
Metodo de Coe e Cleavener

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oro fino(),ufpa.br 116

5.7 —DETERMINAÇÃO GRÁFICA DO TEMPO DE RESIDÊNCIA (MASSARANI)


Massarani demonstra [ FREIRE, J. T. & GUBULIM J.0 pp49] a possibilidade da
determinação gráfica do tempo de residência (retenção) através do gráfico Z x
8,apresentando a seguinte metodologia:
1 - Determinação da curva Z x O (Obtido pelo teste de proveta)
2 - Determinação do ponto Zmin

Zmin = cozo
zu
3 -Com o valor da ordenada Zmin determinamos no gráfico Z x e o valor da abcissa
°min (que corresponde a ordenada Z.,)
4-Pelo ponto Zmin traçar a tangente a curva curva Z x O e no ponto de
intercessão O determinamos a abscissa O a,
5— O tempo de retenção "t" , é calculado como sendo a diferença entre (O a, -
Omin)

Zmin

FIGURA 5.7— Método Gráfico de Massarani

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oro fino(ê2,ufpa.br 117

5.8-DIMENSIONAMENTO DA PROFUNDIDADE DA UNIDADE-

H1

H2

H3

H=H=H1 +H+H3 (41),onde:

H1 - Altura da região clarificada. 0,45 11 0,75 m

11 - Altura da região de compactação. (deve ser projetada)

113-Altura da região de fundo da unidade. H3= 0,146 R(Raio da unidade)

O inicio da zona de compressão (compactação) é denominado de ponto crítico,


sendo caracterizado por apresentar o líquido sobrenadante, suspensão em compressão
e o sedimento grosseiro. Esta zona pode ser determinada graficamente apresentando
ordenada e abscissa os pares (Zmin e Omin ) obtidos por método gráfico de "Biscaia &
Massarani"
No ponto crítico volume total pode ser representado como:
Volume Total da Zona de Comprressão = Volume de Sólidos + Volume de Líquido (42)

5.8.1 -DIMENSIONAMENTO DO VOLUME DA ZONA DE COMPRESSÃO.

A x H, = Volume de Sólidos + Volume de Líquido (43)

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações i - Sedimentação - orofinoôJ,ufra.br 118

5.8.1.1 —DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE SÓLIDOS NA ZONA DE

COMPRESSÃO

Volume de suspensão Volume de sólidos


tempo volume de suspensão Tempode Retenção
U x x (44)
t

Volume de Solidos = FaxCa*t = F0 x xt (45)


ps

=tenipo de retenção

5.8.1.2-DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE LÍQUIDO NA ZONA DE


COMPRESSÃO
Seja a variável
- Volume de líquido
46
- Volume de Sólidos '

Volume de Liquido = x Volume de Sólidos = X x (F - x t) (47)


ps

Substituindo as equações (45) e (47) na equação 43 temos

rc0
ÁxH =1 xtJx(i+) (48)

(1 + X) é calculado como:

4
(1+)= ±L"L_ (49)
- Pf 3 [ Pu (Iodo)

Orofino Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - orofinoWafya.br 119

Substituindo a equação (49) na equação (48), determinamos o volume da zona de


compressão, através da seguinte equação:

5.9 –DIMENSIONAMENTO DA ALTURA (Hc) DA ZONA DE COMPRESSÃO

AxH =
rF0 c 1 4r
xtlx -I
1 (50)
L P. j L' - Pj J

H 4XXC
x Ax p5
Ü X1 X r 1
Pfj
(SI)
Lp,00
t = - => Ver Massarani (gráfico)

Demonstração da equação( 51)

1 m ,

- 1+
- m,_ + iii, - m + m 1 in - m m -
J'Ç+V1 I+3I
m, m ín p8 m.

1+— 1+-

-1 1/, m, - 1 V, m1
—+--x--- •-•--+-- x----
p ín m, p, m, in

= _ 1+17 = (pxp1 )(i+i)


Seja= - =
p, +17p
ps PI
rn. 1 " = 111, +ni m 1–X
sejaX= =1+—=1+i 'ii=
X m X

(PS PJ -
x = PS P/
= 1 1- X = + X(p,
PI
(P! + Psk x x

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 — Sedimentação — oro fino(õJ,nfpa.br 120

[9 í
= p sIIs '\
pszop -

p.Y - pé 9 (52)

= p.
V1 p,,,,, )
ím=í
m ) l\P.VUSP) LX)
íI=í_
Ps P.otvi, - Pf

Pvsp P.v Pé

(53)
k P,, - Pé
No desenvolvimento admitimos que a densidade da suspensão é idêntica a
densidade do lodo, o que não é real, porque:
P lodo > P suspensão

Havendo necessidade da introdução do fator 4/3, e sob estas condições, :aplicadas a


equação (53), temos:

PPi (54)
Ç Psroj , - Pé) 3 kPu=iso - P,)

c.q.d., a equação (51) , é idêntica a equação (54)

Exemplo para determinação da densidade média do lodo, conhecendo a concentração

Uma suspensão a ser introduzida em um espessador, apresenta as seguintes


características:
o Concentração da alimentação de 58,0 g / 1
o Concentração do Iodo de 330,0 g / 1
• Densidade do sólido 2,9 g / cm

Admitindo como referência a concentração do lodo

Orofino Operações
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Sedimentação - oroflno(õJ,ufya.br 121

330,0 g sólido 1000m1 de lodo

Volumede Sólidos= Massade Sólidos


PS
330g
Volumede Sólidos= =113,79mldeSólidos

ml
Volume de H 2 O=Volume de Lodo — Volume deSólidos
Volume de JI 2 0=10001 13,79=886,21 ml=886,2lgdeH2 O

- (330,0+886,206) g
—1,216
+ VH,Q - ( 113,79+886,21 = 1 000) - ml = em'

5.10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Damasceno, J. J.R. Analise do Desempenho de Filtros Sedimentadores


1985, 88f - Dissertação (Doutorado em Engenharia Química) - COPPE - Rio de Janeiro
2. E-mail laircufrnet.br
3. Foust, Alan 5, et al. Princípios de Operações Unitária. 2 ed Rio de Janeiro.
ed Guanabara Dois. 1982, pp670
4. Freire, J, T; Gubulin, J, C; Tópicos Especiais de Sistemas Particulados,
Editado por" Freire, J, T; Gubulin, J, C;" - Departamento de Engenharia Química U.F. São
Carlos, V.2 1982.
5. http://www.solidliguid-separatjon.eom , by Josh Halberthal)acessado em 2005
6. bttp:/www.cng.ufse.br/djscj/ega5313/Decantacao.htm) acessado em 2005
7. Ke!!y, E, G; Spottiswood, D, J; Introduction to Mineral Processing, l ed.
New York, ed: John Wiley & Sons U.S.A 1982, pp491
8. Pav!ov, K, F; Romenkov; P, G; Nuskov, A, A; Operações básicas y aparatus
em Tecnologia Química. Moscou ed. Mir 1981 ppl 11-134
9. Perry, Handbook; 5 h Edition.

Orofino Operações E
r• UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - orofino(D,ufpa.br 122

CAPÍTULO 6

COLETA DE PARTÍCULAS E NÉVOAS.


Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
- 123
» UFPA ITEC FEO Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - orofino(ã ufya.br

COLETA DE PARTÍCULAS E NÉVOAS.

6.1-CÂMARAS GRAVITACIONAIS PARA SISTEMA SÓLIDO - GÁS

6.1.1 - APLICAÇÃO
• Limpeza de ar para ventilação
• Poluição Industrial
. Recuperação do particulado sólido

6.1.2 - EXEMPLOS DE TAMANHOS DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO


GASOSA
• Fumaça de cigarro —0,2 t

• Poeira atmosférica - 0,5 ji


• Poeira de cimento —40,0 li.
Consultar Perry, 5 t ed, pp 20.66 a tabela referente a utilização de coletores com os
respectivos tamanhos de partículas.

A sedimentação livre é aplicada para partículas grosseira, i.e: partículas abaixo de


50,0 i, (325# Tyler) apresentam baixa eficiência, havendo necessidade de utilização de
Câmaras Gravitacionais, conforme ilustra a Figura 6.1.

Orofino Operações 1
-é 124
IJFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - oro fino(,ufpa.br

A suspensão gasosa com partículas sólidas ao ser introduzida na câmara,


repentinamente ocorre uma desaceleração, devido à expansão, ocorrendo uma redução na
velocidade do gás, de modo que a força gravitacional atuando sobre a
partícula, supera a cinética, ocasionando a deposição destas partículas.

Corrente Gasosa
Corrente Gasosa e particulado

Figura 6.1-Câmara Gravitacional Utilizada em Sistema Sólido- Gás

6.1.3 NOMENCLATURA ADOTADA

• C - Comprimento da câmara
• L - Largura da câmara

• H - Altura da câmara.

- Tempo necessário para a partícula sólida percorrer a distância


vertical H no interior da câmara.
t Tempo de residência do gás no interior da câmara para percorrer
a distância horizontal C
• V; - Velocidade média de escoamento do gás no interior da câmara.
• - Velocidade de queda da partícula no interior da câmara.
• Q - Vazão volumétrica

Orofino Operações 1
e
- 125
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas! - orofino(J,ufpa.br

6.1.4 —VELOCIDADE MÁXIMA DO GÁS NO INTERIOR DA CÂMARA

VG

» Q = Ve x(LH)

Não deve ser elevada para evitar a redispersão das partículas no interior da câmara e o
seu valor para projeto é estimado em 3, O m/.

6.13-PROJETO DA UNIDADE

Consiste no dimensionamento das variáveis:


H Altura da câmara
-

C - Comprimento da câmara
L - largura da câmara
Condições assumidas.

1. A velocidade de queda da partícula no interior da câmara seja igual a sua


velocidade terminal DE ACORDO COM O REGIME DE ESCOAMENTO.
2. O tempo gasto pela partícula para percorrer a distância H seja igual ao
tempo de residência do gás.

6.1.6- TEMPO DE RESIDÊNCIA DO GÁS t

Q=V0 x(LxH) (1)

:~ 3,02! A VELOCIDADE NÃO DEVE ULTRAPASSAR ESTE VALOR (2)

G Espaço percorrido - C - CxLxH


= _________--- ( 3)
V0 Q

6.1.7- TEMPO GASTO PELA PARTÍCULA PARA PERCORRER A


DISTÂNCIA VERTICAL H.

- Espaço percorrido pela partícula- H


()

Orofino Operações 1
4 126
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - oroflno(Õ),ufpa.br

vtp

Igualando as equações (3) e (4) temos:

H C
—7=-- -=-- (5)
17;' v c v

Pela equação (5) determinamos a relação H! C


A relação L / H é determinada pelo Engenheiro Químico que projeta a câmara de

i'ac ordo com a disponibilidade da área existente no local onde será colocada a unidade.
'Dado de Projeto:
L ~ H ; podendo assumir a seção quadrada L=H ( usualmente utilizada)
Deve-e minimizar a área total da câmara (baixo H)

6.1.8- EFICIÊNCIA DE CAPTAÇÃO

O cálculo da eficiência de captação das particulas sólidas é determinada pela


expressão:
(o

Orofino Operações
-

UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - orofino(,ufpa.br 127

6.2 - CÂMARAS GRAVITACIONAIS PARA SISTEM A SÓLIDO - LÍQUIDO

6.2.1 - PRINCIPAIS APLICAÇÕES


• Remoção de Sólidos de Resíduos Sólidos
• Decantação de Cristais de Magmas
• Deposição departículas Sólidas de Alimentos Líquidos
• Separação de Tortas em Processos de Extração Sólido-Líquido (extração de
óleo)

i4
c '1

Corrente Aquosa

L
í
t
Corrente Aquosa e
Sólidos

2?
9
Sólidos

FIGURA 6.2 - Câmara Gravitacional de Sedimentação Utilizada para


Sistema Sólido-Líquido

6.2.2 NOMENCLATURA ADOTADA

o C - Comprimento da câmara
o L - Largura da câmara
• H - Altura da câmara.

- Tempo necessário para a partícula percorrer a distância vertical H


no interior da câmara.
t Tempo de residência do líquido no interior da câmara para percorrer
a distância C
• VL - Velocidade de escoamento do Líquido no interior da câmara
• V," - Velocidade de queda da partícula no interior da câmara.
• Q - Vazão volumétrica do liquido

Orofino Operações 1
IJFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - orofino(it,ufpa.br 128

6.23- VELOCIDADE DO LÍQUIDO NO INTERIOR DA CÂMARA.

Q=VLx(ll.L)

6.2.4 - PROJETO DA UNIDADE

Consiste no dimensionamento das variáveis:


H - Altura da câmara
C - Comprimento da câmara
L - largura da câmara
Condições assumidas.
3. A velocidade de queda da partícula no interior da câmara seja igual a sua
velocidade terminal DETERMINADA DE ACORDO COM O REGIME DE
ESCOAMENTO.
4. O regime de escoamento do fluido no interior da câmara seja pistonar com
uma velocidade VL

5. O tempo gasto pela partícula para percorrer a distância H seja igual ao


tempo de residência do líquido.

6.23- TEMPO DE RESIDÊNCIA DO LÍQUIDO.

Q=V1 x(LxH) (6)

Espaço percorrido C C x L x H = (7)


V1 Q LxH

6.2.6- TEMPO GASTO PELA PARTÍCULA PARA PERCORRER A


DISTÂNCIA VERTICAL H.

A velocidade de queda da partícula no interior da câmara seja igual a sua velocidade


terminal de acordo com o regime de escoamento e igual a V t p

- Espaço percorrido pela partícula - IL_


.
1? - -
(8)

Orofino Operações 1
r
129
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Coleta de Partículas e Névoas - orofino(ã)ufpa.br

Igualando as equações (2) e (3) temos:

H C HV
— 7 =-- => _=_L_ (9)
127V 127 C

Substituindo o valor de VL da equação (2) na equação (5)

C CxLxH VP = Q (10)
Q - Q CxL
LxH

Observação: A equação (10) mostra que a habilidade de captura da partícula sólida


independe da altura da câmara (sob condição ideal) [KELLY E;G. SPOTTWOOD, D;J.
19821 e o produto (C x L é denominado de área de chão, entretanto em situação real
onde ocorre gradiente de concentração, perfis de velocidade são modificados com presença
de correntes externas (edges), e a área requerida deve ser acrescida de 50,0% á 100,0 % da
calculada. Para concentrações elevadas admiti-se o menor valor (50,0 %.)

6.3 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

1. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de


anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em homenagem
ao Prof. Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
o
2. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações Unitárias2 ed Rio de Janeiro. ed
:Guanabara Dois.] 982, pp6 70

Orofino Operações 1
-t 130
(JFPA ITEC FEQ Operações - Coleta de Partículas e Névoas - orofinoøD,ufpa.br

3. Massarani, G. Problemas em Engenharia Química. 1 ed São Paulo ed Edgard


Blucher. 1984,pp 113
4. Massarani, G. ; Peçanha, R.P.; Dimensão Característica e Forma de Partículas. In.
Anais do XIV Encontro sobre Escoamento em Meio porosos. Campinas S.P 1986 pp302-
31 2nitária
5. Perry, Handbook; 5th Edition.
6. Kelly, E, G; Spottiswood, D, J; Introduction to Mineral Processing, 1 ed. New
York, cd: John Wiley & Sons U.S.A 1982, pp491
7. http:/www.eng.ufsc.br/disci!ega5313/Decantacao.htm) acessado em 2005
8. http:/www.ufrnet.br ./yagjna-ØPUNfl/opunjtjndex.htm.) acessado em 2005

Orofino Operaçôes 1
131
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -orotmno(iiufya.br

CAPÍTULO 7

CENTRIFUGAÇÃO.
Prof. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofïno Operações 1
-ê 132
UFRA ITEC FEQ Operações[ - Centrifugação -oroflncK,ufpa.br

CAPÍTULO 7
CENTRIFUGAÇÃO

7.1 -PRINCIPAIS APLICAÇÕES

As aplicações da operação de centrifugação em engenharia química envolvendo a


separação de sólidos em fluidos incompressíveis e também de fluidos imiscíveis, podem ser
destacadas como:
-Classificação de partículas de acordo com o tamanho ou densidade.
-Filtração de lamas.
-Secagem de cristais.
-Des-emulsionação.
-Clarificação de traços de sólidos em líquidos.
-Decantação de líquidos imiscíveis.
-Espessadores

7.2 - PARTÍCULA SÓLIDA SUBMETIDA A UM CAMPO CENTRIFUGO

Admitir uma partícula sólida P de massa M esteja submetida a um campo


centrífugo, através de uma força centrífuga atuando sobre a partícula obrigando a girar em
uma trajetória circular de raio R,conforme ilustra a Figura 7.1

Orofino Operações 1
Pi 133
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -orofino(ã),ufpa.br

P:Mp 1
c

VVr

Figura 7.1-Partícula Sólida Submetida a um Campo Centrífugo

7.3 - NOMENCLATURA (SI)

Fc Força Centrifuga N
Vt Velocidade tangencial = Veloci m
dade linear = Velocidade radial 7
R Raio da Trajetória m
Mp Massa da partícula Kg (g)
Rotações
N Tempo R.P.S.
ac Aceleração Centrífuga mRad
acW2.R 71 -
W Velocidade Angular Rad
- W=2nN —=2,rx.R.P.S.

V=V,=W.R (1)

F=Ma (2)

a=W 2 R (3)

W=2ffN (4)

Orofino Operações 1
- 134
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oroflnc(àl,ufpa.br

ac = 4ir2 .N 2 .R

F =M.4x2 N 2 R

F = M 0 4 2r2 N 2 R (5)

7.4 - PODER DE SEPARAÇÃO DA CENTRÍFUGA ( G)

É definida como a relação entre a força centrífuga e a força gravitacional aplicada


na mesma partícula.

G=fE=MPaC a4r2N2R (6)


i; Mg g g

Verifica-se que O >,O ou seja: F. »Fg demonstrando a vantagem da substiuição


do campo gravitacional pelo campo centrífugo para separação de partículas sólidas em
fluidos.

7.5 - DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE RADIAL DE PARTÍCULA SOB


AÇÃO DE CAMPO CENTRÍFUGO. (também conhecida como velocidade tangencial
ou linear = terminal)

Para a determinação da velocidade de uma partícula isolada sob ação do campo


centrífugo, admitimos que:
. Partícula isolada e esférica
• Regime Desconhecido.
Sob a condição de campo gravitacional, para partículas esféricas isolada em
qualquer regime de escoamento vimos no Capitulo 4, que a velocidade pode ser
representada como
4(p—pfG
v2
3CD PJ
CD f(R)

Orofino Operações 1
-
?r UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrjfugação -orofl,uX,ufpa.br
135

Sob ação de um Campo Centrífugo temos:


nin ai c- vt ali gemal

O
Obs: A velocidade tangencial Vt an pode ser considerada como a velocidade
terminal de uma partícula esférica de diâmetro D posicionada em um ponto de raio R,
submetido a um campo centrífugo de velocidade angular de rotação W, conforme ilustra a
Figura 7.2

7tan g
H)

Figura 7.2 - Velocidade Tangencial de uma Partícula Submetida a um Campo


Centrifugo

Substituindo na equação 7.1 temos:

4 -P
V flg = ( 7.2)

a W2
Substituindo na equação 7.2 temos:

= (13,, _PÍ)DPW2R
24

J3)
Orofino Operações 1
136
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oroflno(21 ,ufpa.br

A equação (7.3) é válida para o cálculo da velocidade tangencial da partícula

(Vtang = V) em qualquer regime de escoamento sob ação de um campo centrífugo. Para o


caso particular quando os regimes são definidos, os coeficientes CD denominado de

coeficiente de arraste ou de atrito são conhecidos, e a equação 7.3 apresenta a seguintes

formas

7.5.1- REGIME LAMINAR OU DE STOKES.

Re <0,5
O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a

== 24Pr
' R pV,D
Que substituindo este valor na expressão (7.3) temos:

W 2 RD
ang = ( 7.4)

7.5.2- REGIME DE TRANSIÇÃO.

0,5 <R6 <500

O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a


- 18,5 18,5
Cli
- R' 6- p'6 V 0 '6 D'6
Que substituindo este valor na expressão (7.3) temos:

' 0,71
0,153 WM 2 RO 71 D'4 , ( PP - Pf /
ang 29 043 (7.5)
=

7.5.3- REGIME TURBULENTO OU DE NEWTON.

R >500

O coeficiente de arraste apresenta um valor constante e igual a 0,44

= 0,44 (18)

Que substituindo este valor na expressão (7.3) temos:

Ew2R
D (p — pi)
(7.6)
°'174L J

Orotino Operações 1
- 137
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrjfugação -oroflno(ã,ufya.br

Exemplo
Comparar as velocidades terminais de uma partícula esférica em fluido
incompressível (água) quando submetida ao campo gravitacional e centrífugo.
Dados:
1. Diâmetro da partícula 150,0 jsm
2. Fluido em condições ambientais
3. Densidade da partícula 3.145 Kg / m3
4. Utilize o sistema g; cm ; s
1- CAMPO GRAVITACIONAL.
O problema consiste na determinação da velocidade terminal, conhecendo o
diâmetro, para regime de escoamento desconhecido
O problema é do tipo: Dado Dpdetermina-se V,=V

4 P (P - P ) G DP
R2 Cj, =
3 /'.?

G = 981 em
S

D =150.xlO 4 cm

PP =3,414---
cm

P j = Pág ua =
cm
1r-2 g
Mágua - iv =poise
cm. s

= 4x1,0x2,145x981xQ50xb0
R2
C
3,0x104
2
R C)) = 284,0 = 94,69

1og 10 94,69 = 1,976

Utilizando o gráfico Re CD x ReX (


logio R 0,477

Orofino Operações 1
è

-é 138
UEPA ITEC EEQ Operações 1 - Centrifugação -oro fino(ii,ufpa.br

R, =2,99 REGIME DE TRANSIÇÃO


Determinação da velocidade terminal sob campo gravitacional para regime de
transição.
a) Através do Re
R pV,D Rxp,.
= °=
1.11 pxD,,
= 2,9x102 = 1,93
V. 150,0x10 4 s
b) Através da Equação para Regime de Transição no campo gravitaciona!

= 0,153 G °7 ' D 14 p,, — p1


0,129 0,43
P !'r

V t = V,= 2,09 cm/s


1- CAMPO CENTRÍFUGO
Determinação da velocidade terminal (Velocidade Tangencial),no campo
centrifugo para regime de escoamento desconhecido
O problema é do tipo: Dado Dp determina-se VVt ang
Dados do problema
1. Partícula situada a 0,5 m do raio da centrífuga
2. A centrífuga opresenta um giro de 2.000R.P.M.
3. Utilize o sistema g; em ; s
Através da Equação Geral para o o campo centrífugo temos;

v3 ao

3 CD Pj

a W2 R

Oroíino Operações 1
é 139
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrjfugação -oroflno(ii,ufya.br

4(p_p)DW2R
2
tang
3 CD P

G=W 2 xR

= !?LX
2r(Rad)
s) s lRot
(Rad'\ 2000Rot mm 2r(Rad)
k, s ) mm 60s lRot

= 2000x2 = 209,33 R.P.S


60
ADMITINDO QUE O REGIME DE ESCOAMENTO NO CAMPO
CENTRIFUGO SEJA O MESMO QUE O DETERMINADO NO CAMPO
GRAVITACIONAL, TEMOS:
Para Regime de transição o valor do coeficiente de Arraste CD é tabelado
18,5 18,5xj4A
C
-- p°j 6 xV, °'6 xD 6
Substituindo o valor de CD na equação geral temos

2 - 4(p _p1)D.w2R - 4(p P4D.WR


V tang — -
3 •P CD
4(p_pD .W 2 R
18,5x,u 06
tai1,

0
P. 1 xV xD'6
:6 ' 6

em
=530

CONTRA PROVA PARA DETERMINAÇÃO DO REGIME DE


ESCOAMENTO NO CAMPO CENTRIFUGO
Para Vtan g = 530 em /s

= 530x1x1 50x1 0 = 790 => Turbulento


10W-
Observação
Concluímos que o coeficiente CD = 18,5 / R 0 que representa o regime de
'6

transição não é válido, uma vez que o Re. calculado na contra prova (Re =7901
define o regime como TURBULENTO (R, >500,0) e não de TRANSICAO, e esta
mudança de regime é justificada pelo aumento na aceleração, representada como:

Orotino Operações 1
140
UFPA ITEC FEO Operações] - Centrifugação -oro/inoQi u(pa.br

G p Ma a W2R = 209,332 = 2233


Fg Mg g g 981

A VELOCIDADE TERMINAL (tangencial )NO CAMPO CENTRÍFUGO É calculada para


regime obtido NA CONTRA PROVA, então:

2
4(p - 1
ang W2R Equaçã&era1

CD r=Ø,44n' Turbulento

=462
CM
Çng

7.6 - TEMPO NECCESSÁRIO PARA UMA PARTÍCULA PERCORRER UMA


DISTÂNCIA RADIAL
O tempo necessário para uma partícula de diâmetro Dp situada a uma distâcia r tal

que R0 r < R1 apresentando uma velocidade tangencial V t = para percorrer uma


dt
distancia radial R. a R1 esta ilustrado na Figura 7.3 pode ser representada como:

Figura 7.3 - Distância Radial R0_R1 Percorrida pela Partícula

Orofino Operações 1
a
é 141
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oroflno(ii,ufya.br

dr=Vr .dt (7.7)


dt

7.6.1 - TEMPO NECESSÁRIO PARA UMA PARTÍCULA ESFÉRICA


PERCORRER UMA DISTÂNCIA RADIAL SOB CONDIÇÃO DE REGIME DE
STOKES
Substituindo n o valor de V da equação 7.7 na equação 7.4, temos

W21. (p " (7.8)


dt 18i

dr=W2rP»D2dt (7.9)
'8p "

Integrando

J 'k=w2
°r
(p
l8,u " (7.10)

Ln_1=W2 (p

l8p
Ro ÁW2 (pP pjDJ

7.6.2 - TEMPO NECESSÁRIO PARA UMA PARTÍCULA ESFÉRICA


PERCORRER UMA DISTÂNCIA RADIAL SOB CONDIÇÃO DE REGIME DE
TRANSIÇÃO.
Substituindo n o valor de V t da equação 7.7 na equação 7.5 e integrando, temos:

22pf
t=3___ 2] (7.1
Dp 4Tø(p —p)

7.6.3 - TEMPO NECESSÁRIO PARA UMA PARTÍCULA ESFÉRICA


PERCORRER UMA DISTÂNCIA RADIAL SOB CONDIÇÃO DE REGIME
TURBULENTO OU NEWTON
Substituindo n o valor de V da equação 7.7 na equação 7.6 e integrando, temos:

Orofino Operações 1
- 142
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Centrifugação -orotinoøD,ufya.br

(1
'H_____
t=2R
-J 031V4 (' _p)
(7.13)

Os tempos "t" na equações 7.11, 7.12 e 7.13 na realidade é o tempo de residência


da partícula na centrífuga, para percorrer adistancia R0 —R1 e pode ser representado
pela relação:
V (volume da centr ifuga
(tempo de residência
= Q (vazão da a um entação )

7.7-ESTUDO DE PRESSÃO EM CENTRÍFUGAS


A importância do cálculo da pressão em centrifugas está relacionada com a fadiga"
do material (pressão máxima suportável) do material de fabricação da cesta (aço, ferro,etc)
Com relação a Figura 7.4, admitimos que:
• A bacia e seu conteúdo giram com a velocidade W, suficiente para que a superfície
do líquido se torne paralela a da cesta.
superfície do líquido seja paralela ao eixo central de rotação e a parede da centrífuga
• A superfície do líquido seja paralela ao eixo central de rotação ea parede da
centrífuga.

[0

Figura 7.4- Corte de uma Centrífuga de Bacia


Orofino Operações 1
143
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oro fino(ã ufpa.br

A força centrífuga que atua no elemento de volume de espessura de liquido dr é


dF
dF. =d(ma) (7.14)

dF. = d(ma) =a, dm + mda


Aceleração da centrífuga sendo constante, dac =0
dF=adm (7.15)
dm
(7.16)
dV
dV É o volume de líquido e dm é a massa de líquido existente no elemento de
volume de de espessura dr
dm=p1 dV (7.17)
dV=2,rrdrH (7.18)

dm=p1 2rrrdrH (7.19)


Substituindo este valor na expressão (15), temos:
dF. = a.p12irrdrH=W2 r(p, 27rrdrH) =W2 (p1 2,rH)r2 dr (7.20)

dF W2(p,2rH)r2dr =p
1 W 2rdr (7.21)
2rH
dP = p1 .W 2 r.dr
A= 27t r H que representa a área onde atua a Fc

f dP=piw2Çrdr (7.22)

P=p,w2(R2_Rfl (7.23)

A pressão é máxima quando R0= O e a equação 23, pode ser representada como

r=1p1w2(R2) (724)

Observação

Orofino Operações 1
-t 144
UFRA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -orofinc(),ufpa.br

Esta pressão deverá ser inferior a pressão máxima que suporta o material de
fabricação da centrifuga , sendo este valor tabelado.
7.8-SEPARAÇÕES EM CENTRIFUGAS.
Para modelar matematicamente a operação de separação por centrifugação em
aparelhos de bacia de discos ou tubular, consideraremos primeiramente a separação de
dois líquidos sob ação de campo gravitacional de densidades diferentes confome ilustra
a Figura 7.5

7.8.1 - DECANTAÇÃO POR GRAVIDADE


Também é denominada de SEPARAÇÃO DE DOIS LÍQUIDOS IMISCÍVEIS DE
DENSIDADES DIFERENTE SOB UM CAMPO GRAVITACIONAL.
Admitir: Dois líquidos imiscíveis alimentam em o separador ilustrado na Figura
7.5 em processo continuo
Quando em regime, a vazão que entra para cada fase liquida é igual a da saída de
modo que a interface não se altera
7.8.1.1 - Nomenclatura Adotada
P leve - Densidade do fluído leve
Ppesado - Densidade do fluído pesado
Z i - Altura do líquido leve.
Z - Altura do líquido pesado
Z 0 Altura do braço de transbordamento do líquido pesado, apresentando altura regulável.

Alimentação

Leve
7

zt
---
1 Interface
--------------------------- C, P
Pesado
mo-

ZP

8
Figura 7. 5 - Separação Gravitacional de Dois Líquidos Imiscíveis de
Densidades Diferentes

Orofino Operações 1
145
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrjfugação -orofino(õ,ufpa.br

= P01,,, + Z1 p1 G
P2 = P1 +ZpG = Z,p1G+ZpG (7.25)
P, =G(p,Z,+pZ)

Aplicando Bernoullli entre o trecho 2 e 3 temos:

+ EN12+ = E3 + E 013 + Epç3 (7.26)


=
=o
=0

P,=Z0 pG (7.27)
pG
Substituindo P2 da equação 7.25 em 7.27
G(p,Z, +pz)= Z0 pG

(p,z, +pz)=z0 p (7.28)

Z T = Z, +Zp => Z, = ZT —Z., (7.29)

Substituindo Z1 da equação 7.29 em 7.28

Z0 —Z.(-)
pp
Z, = (7.30)

pp
Observações:

• A posição da interface z é fixada pelas alturas de transbordamento do líquido leve,


líquido pesado e as respectivas densidades..

Orofino Operações 1
146
;: IJEPA ITEC FEO Operações 1 - Centrifugação -oroflncKj ufpa.br

• Vê-se que quando P1-. Pp, Zptorna-se muito sensível a pequenas variações de Z0, e
desta maneira a altura do braço regulável do transbordamento do líquido pesado deve ser
ajustado cuidadosamente

7.8.2 DETERMINAÇÃO DA PRESSÃO TOTAL PARA DOIS LÍQUIDOS


IMISCÍVEIS DE DENSIDADES DIFERENTES SOB UM CAMPO CENTRIFUGO
pp densidade do líquido pesado.
densidade do líquido leve

ME

do li-
e

'1
Figura 7.6- Separação Centrifuga de Dois Líquidos Retirada do
de Densidades Diferentes líquido pesado

Orofino Operações 1
- 147
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Centrifugação -orotincKàuti,a.br

Integrando a equação 7.22

1epe W 2( R2) (7.31)


ieve = - = p

=p
pcvada p- i= FPPeSQdO.W (R - Ri7 ( .32)

P71I = I p,.w2.(R 2 _Rl2 )+Ppesado .W 2 .(R? 2 Ri 2 (7.33)

7.9 - DECANTAÇÃO CENTRÍFUGA - DETERMINAÇÃO DA INTERFACE PARA


DOIS LÍQUIDOS IMISCÍVEIS
A operação é semelhante a decantação gravitacional, e utiiliza-se a força centrífuga
aumentando o poder de separação. A interface é semelhante a um giro de 900 na Figura
7. 5 podendo ser determinada, admitindo que a zona neutra é a interface de equilíbrio
de raio i através da equação (2 1) VERIFICAR AFONPID

Nomenclatura adotada para a figura 7.7

Ri = raio da interface
= R1 - Raio do liquido leve
R = R p - Raio do liquido pesado
Vi Ri
í
.Jp,
dP=p,Wí rdr
iR,
(7.34)

Pi—PI = p,w2Vi8 —Ri2 (7.35)


2)
e
Vi
í dP=pw2J''rdr
Jpp
(7.36)

Pi_PP=PPW,(Ri2 —Rp2
L 2
(7.37)

Pi - pressão na zona de neutra ou de equilíbrio.


P1 - pressão na zona de raio RI
Pp - pressão na zona de raio Rp

Orofino Operações 1
$ UFPA ITEC FEO Operações] - Centrifugação -orofino@ufra.br
um

Como a zona neutra é uma interface de equilíbrio


Pi—Pi=Pi—Pp (7.38)

Ri 2 _Ri 2 /Ri2_Rpfl
p ,W ,(
2 )= L 2 )
(7.39)

e o raio da interface pode ser determinado pela expressão abaixo.

Ri =
j Rp 2 _íRL R1 2
P)
(7.40)

pp

Demonstrando ser independente da rotação. As variações nas densidades deve


ser no mínimo de 3,0 %

7.9.1- CLARIFICAÇÃO CENTRIFUGA (SÓLIDO - LÍQUIDO)

Observação
Admitimos que o movimento da partícula obedece a LEI de
STOKES
7.9.1.1 - CENTRIFUGAS DE BACIAS TUBULARES

Condições:
1. Partículas estão igualmente espalhadas em Z0
2. A trajetória refere-se a D 0 (Diâmetro da partícula de corte = Diâmetro crítico)
corresponde ao menor tamanho da partícula a ser centrifugada.
3. Regime Stokiano para a dinâmica da partícula.
4. Regime empistonado do fluido no interior da centrífuga.
5. D1, ( Diâmetro da partícula de corte.)
Nomenclatura
• D - Diâmetro da partícula de corte. = D50 (Diâmetro da partícula coletada com uma
eficiência de 50,0 %), também denominado de diâmetro crítico.
• R - Raio externo da centrífuga
• R0- Raio interno da centrífuga
• R1 - Raio onde se situa a partícula sólida com diâmetro D pc a ser coletada

Orofino Operações 1
-ã 149
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -orofinsiLufpa.br

• H - Altura da centrifuga (comprimento)


•Q - vazão volumétrica da alimentação
Admitindo que a distanciaR1 seja igual a metade da espessura da camada líquida (a ser
percorrida pela partícula sólida) P garantindo assim que 50,0 % das partículas de
diâmetro D pc serão sedimentadas nas paredes da centrífuga, enquanto a outra metade
permanecerá na suspensão até a retirada do líquido da centrífuga conforme Figura 7.7, e o
valor de de Ri pode ser estimado como:

A0

V ~(
_ UIII

xenraaa aq iiquco

_t1ít,
t II
H



. 1

ir
tai 1: z

I Q .
I

Retirada de Sólidos Alimentação da Centrifuga

Figura 7.7 - Localização do D p, na Centrifuga de Bacia Tubu


lar

5e4=A 0

Orofino Operações 1
150
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oro fino('ã,ufya.br

A0 = 42 –Ri 2
2
4 =,r(R 21 —R)

R, =R2;R
(7A1)

7.10-TEMPO NECESSÁRIO PARA QUE AS PARTÍCULAS DE DIÂMETRO Dpc


PERCORRA A DISTÂNCIA (R-Ri ) DO ANEL EXTERNO.
Substituindo na equação (7.13)

7 A1

Ao

Figura 7.8 - Tempo Necessário para a partícula percorrera


distância R-RO do anel externo

Pela equação 13, temos:

í—
t = Ln
)
LR1 W2(p _Pf)Dpj
(7.42)

substituindo R i da equação 7.41

Orofino Operações E
- 151
" UFPA ITEC EEQ Operações 1 - Centrifugação -oro flno(â.,ufpa.br

R
)Ln (7.43)
/R 2 + R 0 2
2

7.11— TEMPO (ti) NECESSÁRIO PARA A PARTÍCULA PERCORRER A


DISTÃNCIA VERTICAL (H),
Admitindo que:
1. Apresente a velocidade ascensão <u>.
2. Regime pistonar do fluido no interior da centrífuga.

Espaço - H HHAH,r(R2_Rfl
ti=Velocidade_<u> (744)
Q- Q
A
Onde : Hr (R2 - RO ) , Representa o volume de material presente na centrífuga
também denominado de volume útil e o tempo ti é o tempo necessário para que a
partícula percorrer a distância II,
no Equilíbrio,temos:
t = t Correspondendo as equações (7.13 e7. 44)

IMASSARÂNI , T.E.S.P., V2, pg311 demonstrou que


R R 2 —R
Ln ____ = 3R 2 +R02 (7.45)
/R 2 +R
2

H,r(R2_Rfl isp!
(7.46)
Q

Orofino Operações 1
152
UFPA ITEC FEQ Operações] - Centrifugação -oro/7nc(ã,u(pa.br

l8,u,-Q
(7.47)
D—- . H(p — p)W 2 (3R 2 +R)
R = Raio Externo
= Raio Interno
Observações:
A equação 48 é válida para partículas esféricas, e para o caso de não esféricas
devemos introduzir o fator esfericidade
o As partículas com diâmetros superiores ao diâmetro crítico (D p>D PC ) sedimentarão
por centrifugação da fase líquida e as inferiores (D , c D PC), permanecerão na suspensão e
serão arrastadas pelo líquido para fora da centrífuga.

7.12—FATOR E
Explicitando Q (vazão volumétrica da centrífuga) da equação 48

L
pP
18i
W2 (3R' -)]
Multiplicando e dividindo a expressão por 2G (gravidade)

P GDJ C(pP - p4l HrW2 (3R2 —R02 )

(7.4
l8p J 213

LrW 2 (3R 2 _
Onde: (7.50),
213
Ou seja: 2J'Ç. (7.52)

E, é um parâmetro caractrerístico da própria centrífuga, e não do sitema que esta


sendo operado e são tabelados (FOUST). Por isso pode ser utilizado como parâmetro de
comparação entre centrifugadores. Apresenta uma dimensional L 2 (área), que corresponde à
área de seção reta de um sedimentador capaz de remover um certo tamanho de partícula,
igual ao diâmetro da partícula que um centrifugador consegue separar, quando a vazão de

Orofino Operações 1
-t 153
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Centrifugação -oro/ino(ã)ufpa.br

alimentação do centrifugador é igual à vazão de alimentação do sedimentador.[


lairQiufrnet.br, link obtido através da internet accessando o site da UFR1N], entretanto
a sua maior importância, é na comparação de centrifugadores de geometria e proporções
similares que desenvolvem a mesma força centrífuga.utilizando a mesma suspensão e no
"scale up" admite-se que:

(7.5I)
E1 E2

- CENTRIFUGAS DE BACIAS DE DISCOS

Discos inclinados são usados para aumentar a eficiência de separação. São


utilizadas para operações de decantação e clarificação centrífuga. A vantagem do uso destes
tipos de centrifugas consiste no, aumento da área de escoamento com redução na
velocidade <u>, e conseqüentemente aumento no tempo de residência no equipamento
conforme ilustra a Figura 7.9, Portanto menores partículas podem ser separada com
menores rotações para separar o mesmo D p quando comparamos com as centrífugas de
bacias tubulares.

Nestas centrifugas se faz necessário a utilização de valores médios de (R) e (R-R0)


denominados de efetivos e para este tipo de centrífu ga o valor de E. é representado como:

E —''(k —R)
G3tanga
á - ângulo Cônico.

n - n° de espaços entre discos

Orofino Operações!
* UFPA ITEC FEO Operações] - Centrifugação -oroflno(6D,ufpa.br
154

Líquido Leve
Líquido Pesado C

- 4

a iø t, Ir

Alimentação

Sólidos /

..

Figura 7.9 - Centrifuga de Bacias de Disco

7.14 - REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS


1. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de
anotações de aulas teóricas pelos ex alunos da Escola de Química da UFRJ em homenagem
ao Prof Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
2. Brenham, J, G; Operaciones de Ia Ingenharia de los Alimentos.
3. Perry, Handbook; 5th Edtion.
4. Kupta,S,K; Momemtum Transfer Operation, Mc Graw Hill N..Delly, 1979
5. Foust, Princípios de Operações unitárias McGraw Hill 1979
6. E-mail : laircufrnet.br
7-Massarani, G; Tópicos Especiais em Sólidos Particulados*

Orofino Operações 1
155
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Ciclonagem - oro flno(ãJ,ufr a.br

CAPITULO 8

CICLONAGEM.
Prof. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
-è 156
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -orofinocë,ufpa.br

CAPÍTULO 8
CICLONAGEM
Uma partícula submetida a um campo centrífugo apresenta uma força centrifuga Fc
representada como: (ver dedução no CAPITULO 7)
j13 =M4r2 N 2 R (1)
E apresentando uma aceleração centrífuga, representada como:
a = W 2 R = (2r)2 N 2 R = (2x.N) 2 .R (2)
Para ciclones a aceleração centrífuga varia de 5G (ciclones grandes ) até 2500 G
?para ciclones pequenos, apresentando a vantagem de operarem a temperaturas elevadas
(-1 000,00 C).
Admitindo uma suspensão gasosa constituída de partículas esféricas, submetida a
um campo centrífugo verifica-se que a partícula esta sujeita a duas forças:

F. = Força Centrífuga: Tende a arrastar a partícula para a parede externa


F = Força Arraste: Tende a arrastar a partícula para a espiral interna

FÃ Fc

Orofino Operações 1
-t 157
- UFPA ITEC FEO Operações 1 - Ciclonagem -oro fino(ufpa.br

No equilíbrio FA=Fc,ou:
3,r jU f D,, V, = M,, a (3) (Deduzida em Fenômenos de Transporte I)

3,r,u D Pp 2vDw2R
6 (4)
1'Rad

iang =WR

vl?"d - EL IRL R
,

(5)
l8ji

VR a Í (6)
G R

Através da expressão (6) verificamos que o cálculo da velocidade radial é de difícil


determinação, dependendo dos parâmetros:
• Velocidade terminal
• Velocidade tangencial
• Posição da partícula.
Teoricamente, é possível determinar o tamanho da menor partícula a ser retida por um
ciclone, entretanto a prática tem mostrado que devido a aglomeração de partículas finas, o
arraste conduz a desvios nos resultados.

8.1 - CONFIGURAÇÃO
A configuração "LAPPLE" A SER ESTUDADA NESTE CURSO é a mais usual e
se caracteriza na determinação de suas dimensões através de relações baseadas no diâmetro
do ciclone De . O gás carregado com particulado é introduzido tangencialmente a altas
velocidades (6,0 —21 ,0 m / s ) pelo duto de entrada da alimentação de altura H e largura R,
provocando no sólido um movimento de rotação centrifugo descendente junto as
paredes do ciclone e após algumas voltas pelo interior do corpo cilíndrico de diâmetro D

e comprimento L , o gás é retirado pelo tubo vertical de diâmetro De deixando no ciclone o

Orofino Operações 1
158
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -oro fino(J ufpa.br

pó que é recolhido na parte cônica 4 saindo pelo duto de diâmetro J, e o principio de


funcionamento consiste no gás percorrer no interior do ciclone duas espirais: A
externa descendente junto a parede e a interna ascendente. A Figura 8.1 ilustra o corte
de ciclone Lapple com as respectivas relações de dimensões. Outras configurações são
citadas em bibliografias [MASSARANI, G.; PERRY.] onde destacamos STAIRMA1N,
TERLINDEN, MIGAS II, CBV- DEMCO e WITBY.

Saída de gás

Hc

Corrente gasosa e
particulados

•—? Gás

e — 3W Partíct

Jc
Dc=Dc12
PartUrn1as
j Hc=Dc/2

BC Jc Dc/4

Lc = 2Dc

Sc=DcI 8

Dc Zc=2Dc

FIGURA 8.1 - CICLONE LAPPLE E AS RESPECTIVAS DIMENSÕES

Orofino Operações 1
- 159
-
' UFPA ITEC FEO Operações] - Ciclonagem -oro fino(êjwfpa.b r

8.2 - DETERMINAÇAÕ DE O MENOR TAMANHO DE PARTÍCULA A SER


COLETADO PELO CICLONE.

8.2.1 - NOMENCLATURA
= Diâmetro da partícula de corte que por ação centrfuga percorre
no ciclone a dis tan cia radial x em direção a parede lateral
Q0 =vazão da alimentação da suspensão gasosa.
R = Raio médio da espira na corrente
Tempo que a partícula gasta para percorrer a trajetória crítica (tempo
de residência da partícula)
ti? => Tempo de residência do gás
V. = Velocidade de alimentação do gás.

= Dis tan cia radial (trajetoria crítica percorrida pela partícula em direção

a parede lateral)

8.2.2 - CONDIÇÕES ADMITIDAS PARA O CÁLCULO DE D pc


1. Admitindo que gás atravesse o ciclone com velocidade igual a velocidade média
da alimentação e que não deve ultrapassar os limites 6,0 5 VG S 21,0 mis
2. O tempo que a partícula leva para percorrer a distância radial, é igual ao tempo de
residência do gás.
3. A velocidade de queda da partícula éigual a velocidade terminal sob ação de
campo centrífugo sob condição de STOKES.

8.3 —TEMPO DE RESIDÊNCIA DO GAS NO CICLONE

= Espaço Percorrido pelo Gás - 2 ir .R. N


(7)
-

O tempo de residência do gás no ciclone também pode ser representado como:

Orol9no Operações 1
160
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Cicionagem -oro flno(ÕJ,ufpa.br

V- Volume Ativo [M
tG
1?
(s)
=_ Vazão da a um entação rM 1
1-
Lsi
O volume ativo, é considerado o volume no qual ocorre a separação

8.4—TEMPO NECESSÁRIO PARA A PARTÍCULA DE DIÂMETRO Dpc


PERCORRER A TRAJETÓRIA CRÍTICA.
É o tempo gasto pela partícula de diâmetro Dpc para percorrer a trajetória crítica
(correspondendo a distância radial Be / 2) , também denominada de espessura crítica de
separação, conforme ilustra a figura 8.2

Bc 12

Ttan
Lie

Figura 8.2 - Distância Bc / 2 (Trajetória Crítica) Percorrida pela Partícula P para


Separação Completa da Corrente Gasosa).

E o tempo que a partícula gasta para percorrer a trajetória crítica t é representado


como:
= Espaço Percorrido pela Partícula = Trajetória da Partícula
IC
Velocidade tan gencial da partícula Velocidade Terminal (condiçãodeStokes)

-
-

ac.DR. .(p - p4 ac.D .(p - p4 ac.D. .(p - p4

Orofino Operações 1
-' 161
UPPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -orofino(ê,ufpa.b r

ac=W 2 .R (io)
A velocidade tan gencial do Gás, é representada como:

(ingcncia/)
= W.R ' W = (11)

Substituindo o valor de W da equação (11) na equação (10)

ac=L- (12)

Substituindo o valor de (ac) da equação (12) na equação (9)

=
/c (13)
v2
_pf)
R

8.5—DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DE CORTE DA PARTÍCULA (Dpc)


No Limite

t=t (14)

2.2t.R•Ng
= 2
(15)
V V. ,
P( •Ivop - tu
R
2kN
—p)=9.B.

Para ciclone Lapple, temos:


' Número efetivo de espiras = 5,0

B =PE.

2..5.V0 .D.(p0 —p4=9..p

2 - 9.D-. .,u
4.2.2r.5.Vç;.(pp - Pf)
2 - 9.D •ji
.(p - p f

Orofino Operações 1
162
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -orofino(,ufya.b r

/D .p .

= 0,267. / / (16)
p)
Observações
1- O DpC pode ser calculado em função da largura BC do duto da alimentação e da
velocidade da alimentação VG, através da equação:
Dc =4 Bc

/
U
—V
4.B.p.
D,, =0,267. = 0,534. (17)
Vc.kPp_Pp) pPp)

E o cálculo da largura Bc pode determinada pela equação:

= 3,50 (p
,Ll

2- O Dpc também pode ser representada em função da vazão da alimentação Qo e do


diâmetro do ciclone D através da equação

Q0 VQ.4C =Vc .LV c = '

Substituindo o valor de VG na equação 17 temos

R> (18)
—O,094
8.6 - EFICIÊNCIA DE CAPTAÇÃO
A eficiência da coleta, é obtida a partir de dados experimentais do diâmetro de corte
da partícula. Para ciclones do tipo LAPPLE, a eficiência de coleta é representada em
gráficos q x D, / Dc estando referenciados em literaturas
o Foust, Figura 22.11
o Gomide, v6, pp162
Perry, pp 20.85

Orofino Operações 1

u
-t 163
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Á eficiência pode também ser determinada com auxilio da Tabelas

TABELA 1 Determinação da Eficiência fl em função da relação D, / Dc.

Dp /D pc fl
0,2 4,0%
0,3 8,0%
0,5 20,0%
0,7 33,0%
1,0 55,0%
1,5 69,0%
2,0 80,0%
3,0 90,0%
5,0 96,0%
7,0 98,0%
10,0 99,0%

Observação: Quanto maior D, maior o n

Para ciclones do tipo LAPPLE, a eficiência para diversos tamanhos de particulas


D pode ser determinada pela seguinte equação: [Anotações de aula ProtDra MEURIS.
FEQ, UNICAMP, 20031
2
r \ 264 1
2,25
=1 (19)
/7 i1+Dp

DPC
J

Orofino Operações 1
164
' UFPA ITEC FEO Operações] - Ciclonagem -oro finoç7iJ,ufya.br

Através de gráficos é possível também obter a eficiência de coleta para diversos


diâmetros de partícula D

Ti

113
12

TI'

r pJrt.
D 1 'DPC DP2/DPC DP3/DPC

Gráfico 1 11 x D/D.

8.7 - EFICIÊNCIA GLOBAL DA COLETA.


É a soma das eficiências de coleta de cada tamanho ponderada de acordo com a
quantidade de cada tamanho na alimentação do ciclone. Conhecida a granulometria da
alimentação e a eficiência da coleta (fração coletada) de cada tamanho, determina-se a
eficiência global.

Exemplo
Conhece-se
1. Distribuição granulométricada alimentação Dp e as respectivas porcentagens
retidas XR conforme quadro abaixo

DP Xg (X>Dp)
XRI a
XR2 b
bD3 X,3 e
cDp4 XR4 d

Observação: Trabalhar sempre com % RETIDAS ACUMULADAS X>D

Orofino Operações 1
-é 165
UFPA ITEC FEQ Operações[ - Ciclonagem -oro flno(J,u(ya.br

2. Vazão do gás
3. 'Queda de Pressão AP ou perda de carga Hf

ETAPA 1
1.1 Determinação da velocidade do gás conhecendo a queda de pressão AP

Nmi Kg
AP => pascal = = Kg. --.--
= 2
M 5 m m.s
F. => Admensional
Kg
=> densidade do fluido =
M

V => Velocidade do gás

1.2 Determinação da velocidade do gás conhecendo a perda de carga H


Neste caso transforma-se o valor da perda de carga em queda de pressão
AP=H.p.G

N miKg
AP => pascal = -- = Kg. = 2
--.--

m s m m.s
H f perda de carga => m
Kg
densidade do fluido =>--
m
G => Gravidade => m

E o cálculo da velocidade do gás pode ser calculada através equação:

AP=

ETAPA II
Determinação do diâmetro do ciclone D

Q0 =V0 .H.B

Orofino Operações 1
4

4- 166
UFPA ITEC FEQ Operações] - Ciclonagem -oro flno(ÕJ,ufpa.br

= Vazão do gás
s
D
= altura do dutode a fim entação do ciclone =--'- m

.B= largura do dutodea fim entação do ciclone = D '


-
= velocidade do gás =>
m-
5

- DDC
QG

ETAPA III
Determinação das dimensões do ciclone

Sc=D/8 De=DI2

Lc2Dc

B c Dc I4 Zc=2Dc

HcDc/2

ETAPA IV
Determinação do diâmetro de corte D pc do ciclone ciclone
O diâmetro de corte pode ser calculado através da equação

/ /
DPC = 0 (17)
' 267 •1J VG .(Pp —p,,) = °'5341J0.(
V p i9,)

ETAPAV
Construção da tabela 1,2,3 e 4

Orofino Operações 1
-t 167
UFPA ITEC FEQ Operações] - Ciclonagem -oro flno(di,u/j, a.br

Tabela 1
Dp XRA (X>D) D/ Dpc Eficiência Ti

a Df Dpc 11 1

b Dp2 / Dpc 9 2

D3 e D3/ Dpc 11 3

d D 4 / Dpc TI 4

Tabela 2
Distribuição Granulométrica das Distribuição Granulométrica das
Partículas Retidas pelo Ciclone Partículas NÃO Retidas pelo Ciclone
a.ij 1 1-a.-q i

2 1-b.11 2

C.fl 3 l-c.
4 4

ai.ni E (1- aini)

Tabela 3 - Composições centesimais (%) peso de partículas retidas


L aii 100,0%
ali,. «1
b12. «2
Cil3. «3
dq 4 «4

Dp Composição Centesimal de Partícula Captadas pelo Ciclone


Dp1 «1
«2
D3 «3
D4 «4
L ai

Orofino Operações 1
168
UFPA ITEC FEQ Operações[ - Ciclonagem -oro flno(dJ,ufpa.b r

Tabela 4 - Composições Centesimais (%) peso de partículas não retidas


(1-aiq) 100,0%
(l-ani P1
(1-bM2 )

(1-cq3 )

(1-dt14 )

D1 Composição Centesimal de Partícula não Captadas pelo Ciclone

D2 132
D3 1h
D4 134

8.8 - METODOLOGIA PARA DIMENSIONAMENTO DE CICLONES TIPO


LAPPLE.
O método consiste na comparação entre as velocidades do gás estimada e calculada.
CONHECEMOS:
• Diâmetro da partícula D
. Vazão do gás QG

Etapa 1
Estimar uma velocidade de entrada da suspensão que deve estar compreendida entre
6,0 S Vo 5 21,0 mis, Sendo aconselhável iniciar com 15,0 mis

Etapa 2
Quando é desconhecida a eficiência, é necessário estabelecer um valor para esta
eficiência de coleta q estimada entre 90% < <80% (Tabela q x D, / D) ou
com auxilio de gráficos

Orofino Operações 1
-è 169
IJFPA ITEC FEO Operações 1 - Ciclonagem -oro fino(ÕJ,ufpa.br

Etapa 3
Obtendo-se a relação D / Dc e com o valor de D conhecido, calculamos valor do
diâmetro da partícula de corte Dc

Etapa 4

Com o valor de Dp c, e através da da Equação 17 calculamos a largura do duto


da\alimentação do ciclone BC

= [ 35 (P —p1)D] V
= \/10 if

Etapa 5
Determinação do diâmetro do ciclone

Dc = 4 BC Dc (diâmetro do ciclone)

Etapa 6
Checar a velocidade calculada e estimada, através da equação
= VGCCC ,C,,,adO c x B.

= .(Etapa 4)

= P_L(Etapa 4)

= QG

Obs: Se VG Calculada (Etapa 6) satisfazer:


a) Valor numérico próximo ao da velocidade estimada (Etapal)
b) Valor compreendido 6,0 mis 5 V0 < 21,0 mis
Mantém - se o valor de Vc calculado e prosseguir para a Etapa7, em caso contrário
estimar um novo valor para a velocidade do gás (Etapa 1) mantendo o mesmo valor da
eficiência (Etapa 2) e reprojetar um novo ciclone

Orofrno Operações 1
170
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -orofino(pfpa.br

Etapa 7
Com o maior valor de Dc definkfomaFrtapa.4, calculamos todas as dimensões do
ciclone tipo LAPPLE, em conformidade com a Figura 10

Exemplo (UFSC - CTC EQA - 5313 Acessado em 2005)


Uma corrente de ar a 50,0 O C, e 1,0 atm arrasta partículas sólidas de Ps =1,2 g/
cm3 a uma vazão de 1800 m 3 Imin. Deseja-se projetar um ciclone para coletar 87,0%
das partículas de 50,0 pm na suspensão.
RESOLUÇÃO
Sistema adotado:
L—em
M—g
T-s
ja
TENTATIVA
Etapa 1
cm
Admitir V ; =15,0=l5,0x102
s 5

Etapa 2
Para rj = 87,0 % e com auxilio da Tabela 1, determinamos a relação D / Dc
2,0S D/Dc3,0
Adotamos D / Dc = 2,8

Etapa 3
Cálculo de Dpc

D = 500 =17,857p m =17,857 x 10 4 cm D=318,87 x 10 8 cm 2


2,8

Orofino Operações 1
-t 171
UFRA ITEC FEQ Operações] - Cicionagem -orofino()ufya.br

Etapa 4

Cálculo da dimensão Bc
B. = [35 —p f )D C
Pf

Pfl =
CM
Ex Moi
R

E =1,Oatm
R=82,05
T = 323,0'K
MO/ar = 29,0
PxMoi 1x29
PçPar = = 1,lxlO
R 82,05x323 em 3

P )=(I,2-1,1x1o) CM

500" (. 1 , 0,i,,,
/ar = 0,019 C'p(Peny) = 1,9x10 4 E = 1,9x104 --
em.s

3'489 (p—p j )D2


pc 1 = r3,489 x 1,2o x 318 ,s7 x 1o 8 1
15x102
= [_ L 1,9x10 4 j
105,0 cm

Etapa 5
Cálculo do diâmetro do ciclone Dc
D- =4B. =420,0 em

Orofino Operações 1
-è 172
UFPA ITEC FEQ Operações[ - Ciclonagem -oro uino(J,ufpa.br

Etapa 6
Checar a velocidade calculada e estimada
QG = V .H x B.
= = 420,0
= 210,0cm (Etapa 4)
2 2
= D. = 420,0
Br = 105,0cm (Etapa 4)

Q0 =3,0x10 6 - (dado do problema)


s
= ______ - 3,0x106
c; =136,0=1,36-
- 210,0xI 05,0 s s

V(; (Calculdo) = 1,36

J" (Estimado) = 15,0

VG calculada 1,36 ~É VG estimada 15,0 mis

CONCLUSÃO:
Verifica-se que para a velocidade do gás estimada em 15,0 mis resultou uma
velocidade calculada de 1,36 mis , NÃO SATISFAZENDO A EXIGÊNCIA
PARA O PROJETO DA UNIDADE DE SEPARAÇÃO, E DESTA
MANEIRA DEVEMOS REPROJETAR UMA NOVA UNIDADE PARA UMA
NOVA VELOCIDADE ESTIMADA, MANTENDO A MESMA EFICIÊNCIA DA
COLETA FORNECIDA PELO PROBLEMA

r TENTATIVA
Observação:
Se a velocidade Vc aumenta, o diâmetro do ciclone De também aumenta
Etapa 1
m = 1U 3cm
Admitir G 1U,U

Etapa 2 (idêntico valor)

Orofino Operações 1
173
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -oro fino(ôJ,ufya.br

Etapa 3
Cálculo de Dp
= 50,0pm 2 =318,87x10cm 2
= 17,857tum = 17,857x10 4 cm => DPC
2,8
Etapa 4
Cálculo de Bc
— = r3,489 xl,20x318,87 x10 8
' =
L ,u [ I,9x104
70,26 cm
Etapa 5
Cálculo do diâmetro do ciclone Dc
D =4B =280,0 cm

Etapa 6 Checar a velocidade calculada e estimada


=VH x ,

= 280,0
H. = = 140,0cm (Etapa 4).
= = 280,0
= 70,0cm (Etapa 4)

3,0x106 — (dado do problema)


QG =

3,0x1 06
= 306,1 = 3,06
HxB 140x70 s s

P ; (Calculdo) = 3,06 .

V; (Estimado) = 10,0

G calculada 3,06 9~ V G estimada 10,0 mis


CONCLUSÃO:
Verifica-se que para a velocidade do gás estimada em 10,0 mis resultou uma
velocidade calculada de 3,06 mis , NÃO SATISFAZENDO A EXIGÊNCIA
PARA O PROJETO DA UNIDADE DE SEPARAÇÃO, E DESTA
MANEIRA DEVEMOS REPROJETAR UMA NOVA UNIDADE PARA UMA

Orofino Operações 1
-t 174
LJFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -orofino(W,ufya.br

NOVA VELOCIDADE ESTIMADA, MANTENDO A MESMA EFICIÊNCIA DA


COLETA FORNECIDA PELO PROBLEMA
3a TENTATIVA
Etapa 1
V ; =7,5 = 7,5 x 10 2 f?L
5 5

Etapa 2 (idêntico valor)


Etapa 3
Cálculo de Dp
DPc = 50,Opm = 17,857pm = 17,857x10 4 cm 2 =318,87x10 8 cm 2
D PC
2,8
Etapa 4
Cálculo de 8c

_pf)DC1 [3,489x1,20x318,87x10 ] 7,5x102


= [ Pf j [ 1,9x104

53,0 cm
Etapa 5
Cálculo do diâmetro do ciclone Dc
D =4B =212,0 cm
Etapa 6 Checar a velocidade calculada e estimada
QG = V .H x
D. 2120
H. == =106,Ocm (Etapa 4)
2
= = 212,0 =
53,0cm (Etapa 4)

= 3,0x10 6 - (dado do problema)

= QG 3,0x106
v.
' HxB 106x53 ' s s

V ; (Calculdo) = 5,339 ¶

V(; (Estimado) = 7,50

Orofino Operações!
-' 175
' UFPA ITEC FEO Operações 1 - Ciclonagem -oro fino(ÕJ,ufpa.br

Vc calculada 5, 339 Ve, estimada 7, 5 mis


CONCLUSÃO:
. VERIFICA-SE QUE PARA A VELOCIDADE DO GÁS ESTIMADA EM
7,50 mis RESULTOU UMA VELOCIDADE CALCULADA DE 59339 mis,
SATISFAZENDO A EXIGÊNCIA
Observação
O cálculo da velocidade calculada deve apresentar um "APROACH"mais
próximo possível da velocidade estimada e para isso devemos assumir outros valores
para a velocidade estimada.
Etapa 7
Dimensionamento do Ciclone
SATISFEITA A EXIGÊNCIA, O PROJETO DA UNIDADE DE
SEPARAÇÃO, DEVE SER PROJETADA PARA AS SEQUINTES
CARACTERISTICAS

VG = 5,339 mis 5,4 m 5

Dc = 212,0 cm

8.9 — CÁLCULO DA PERDA DE CARGA EM CICLONES TIPO LAPPLE.


As perdas de carga, em ciclones são elevadas e aumentam a medida que ocorre
redução no diâmetro e a sua determinação é importante para prever e minimizar os custos
com relação ao consumo de energia, além da predição no cálculo da potência do motor do
ventilador ou exaustor e as principais parcelas que contribuem para o seu cálculo são:
1. Atrito no duto de entrada.
2. Contração e expansão na entrada.
3. Atrito nas paredes.
4. Perdas cinéticas no ciclone.
5. Perdas na entrada e saída do duto
6. Perda de pressão estática entre a entrada e saída
7. Perda na recuperação do pó.

Orofino Operações
4; 176
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Cic!onagem -oro fino(,ufpa.br

[LAPPLE; SHEPHERD; TERLINDEM], consideraram que as perdas de energia


cinética dos gases superam as demais, e são as únicas que devem ser consideradas,
podendo ser determinada por equações empíricas

8.9.1 - PERDA DE CARGA HL


De uma maneira geral o cálculo da perda de carga HL em ciclones tipo LAPPLE
pode ser determinada através das equações 20; 21 e 22:

Nomenclatura adotada
H L - Perda de Carga [m]

G - Gravidade [mis2 ]

Ve - Velocidade do fluido (Gás) [mis]

p ç—densidade do fluido [Kg/ m 3 ]

NH - Admensional É função da geometria do ciclone e para o ciclone LAPPLE


seu valor é 8,0

(20)

• A Perda de carga pode ser representada em coluna de água através da


expressão.

(2l)
2G

• A Perda de carga pode ser representada em função de fluido manométrico


através da expressão.
• Ex: coluna de mercúrio.

[pl
H1 =NK V (22)
2G[PHg j

Orofino Operações 1
- 177
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Ciclonagem -oroflno(d,ufpa.br

8-10 CALCULO DA QUEDA DE PRESSÃO EM CICLONES

8.10.1 - CÁLCULO DA QUEDA DE PRESSÃO EM CICLONES ATRAVÉS DA


PERDA DE CARGA
A queda de pressão esta relacionada com a perda de carga através da equação de
Bernouilli, aplicada entre a alimentação do ciclone (ponto 1) e a saída dos gases (ponto2)
admitir:
= +H
F
= _-
pG pG

pG pG
1

ai' =H1
pG

AP=HL .pf G (23)

HL = Perda deCargan»m

AP = Queda de Pressão => Kg [Pascal]


ms
= =>peso específico=> Kg2 (G = Gravidade=
ms s
AP=HL .yf
8.10.2 - CÁLCULO DA QUEDA DE PRESSÃO EM CICLONES ATRAVÉS DA
VELOCIDADE DO GÁS (VG)
Em literaturas encontramos equações relacionando a queda de pressão, com a
velocidade do gás e dentre elas destacamos a da ABE O

P=FcpG. (24)

Orofino Operações 1
a 178
UFPA ITEC FEQ Operações] - Ciclonagem -oro flno(ë)Afpa.br

AP - Queda de Pressão 1Kg !ms 2 (Pascal)]


Fe - Adimensional sendo função da geometria do ciclone (para o ciclone
LAPPLE seu valor é 5,0)
VG - Velocidade do fluido (Gás) [mis]
PC— densidade do gás 1Kg! m 3 1
Observação

8.10.3 - QUEDA DE PRESSÃO EM CICLONES MEDIDA UTILIZANDO


MANÔMETROS "U"
A queda de pressão pode ser determinada através de manômetros tipo "U"
utilizando um fluido manométrico, apresentando uma deflexão (hman) através da equação
AP—hman(p j G—p0G) (2

hman => altura da deflexão do fluido manométrico => m


Kg
P f)nan densidade do fluido manométrico

Pc => densidade do gás Kg3

m
G => gravidade --
5-

-Kg
AP => Queda de Pressão
ms 2
8.11 - CÁLCULO DA POTÊNCIA

Joule
POTÊNCIA ( = = ,AP (Pascal) xQ( Vazão) (-) (2
5 5

APx Q
"JIOIÕM&J (") =
75 x eff
eff = eficiência valor recomendado = 60,0%

Orofino Operações 1
-t 179
UFPA ITEC FEQ Operações] - Cíclonagem -oro fino(õ2,u(pa.br

8.12 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA.

1 . Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de


anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em homenagem
ao Prof Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
2. Foust, Alan 5, et al. Princípios de Operações Unitária. 2 ed Rio de Janeiro. ed
Guanabara Dois. 1982, pp670
3. Gomide, R. Operações Unitárias vol 3; 1 ed. São Paulo ed. Edição do Autor 1983,
pp293
4. Massarani, G. Tópicos Especiais em Engenharia Química v2. 1 ed São Paulo ed
Edgard Blucher. 1984, pp 392
5. Perry, Handbook; 5" Edition.
6. http:/www.enc.ufsc.br/disci/ecia5313JlJecantacao.htm) acessado em 2005
7. Silva, C, G, Meuris Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações
Unitárias 1 EQ-551 ministrada em 2003 FEQ - UNICAMP
8. E—mail— lair@ufrnet.br

Orofino Operações 1
180
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Escoamento em Meios Porosos -oroflno(êijifj'ctb r

CAPITULO 9

ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS.


Prof. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
181
.- UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofino(ufpa.br

CAPÍTULO 9

ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS


9.1-INTRODUÇÃO
Em diversas operações industriais a aplicação da mecânica do escoamento de
fluidos através de sólidos particulados, ocorre sempre de maneira que a fase fluida escoe
através da fase sólida, favorecendo o contato entre elas.

O contato entre sólidos particulados e fluidos pode ser realizado de três maneiras
distintas.
9.1.1 - Leito Fixo
Os sólidos são colocados na câmara e o fluido escoa podendo ser em sentido
ascendente, ou não, com velocidades pequenas, de modo que as partículas permaneçam
imóveis. São aplicados para faixa granulométrica variando de 5,0 a 10,0 cm ou < 2,0 mm, e
apresentam desvantagem de possuírem baixas transferências de calor e massa.

Orofino Operações 1
-
. 182
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oroflnoW,ufya.br

Principais aplicações
-Colunas de destilação com recheios.
-Filtração

9.1.2 - LEITO MÓVEL


Os sólidos relativamente grandes são continuamente alimentados pelo topo da
câmara e removidos pela base e o fluido escoa em contra corrente. Para este caso o contato
entre as fases é favorecido, com relação as características da transferência de calor e massa
as principais aplicações são:
-Reatores catalíticos
-Secagem de sólidos (grãos)

9.1.3 -LEITO FLUIDIZADO.


Envolve a suspensão de sólidos finamente divididos numa corrente ascendente de fluido
a uma velocidade suficiente elevada para causar a flutuação e movimento das partículas,
favorecendo enormemente os fenômenos de transferência de calor e massa. Esta suspensão
apresenta características de fluidos que podem escoar através de dutos e acidentes
(transporte pneumático) e as principais aplicações são:
-Reatores catalíticos
-Recobrimentos (coater)
A medida que aumentamos a velocidade de escoamento do fluido, ocorre um
aumento na quantidade de movimento gerando a perda de carga representas como:

Perda total = Perda por Arraste + Perda por Energia Cinética


Se:

. Velocidade de escoamento de fluidos baixa: Arraste >Perda Energia Cinética

• Velocidades de escoamento de fluidos elevadas: Perda Energia Cinética> Arraste


• A transição não é definida
Uma corrente de fluido escoando através de um leito constituído de partículas
sólidas de acordo com a velocidade de escoamento temos:

Orofino Operações 1
183
UFPA ITEC FEO Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofino(W,ufya.br

• Se a velocidade do fluído for baixa, as partículas permanecem imóveis sendo


considerado como leito fixo.
• Se a velocidade desse fluido for suficientemente elevada, as partículas serão
arrastadas sendo considerado o transporte pneumático
Entre esses dois limites de velocidade, existe um que é justamente capaz de suspender
o leito de tal modo que as partículas podem flutuar neste leito expandido considerado como
leito fluidizado.
A Figura 9.1 Ilustra os contatos entre sólidos e fluidos em leitos de acordo com a
velocidade de escoamento, e os respectivos extremos.

Transporte Pneumático (Partículas Arrastadas)

Suspensão Diluída

Fluidização Homogênea (Líquido) 1 1 Fluidização Heterogênea (Gases)

Fluidização Incipiente

Leito Fixo (partículas Imóveis)

Figura 9.1 - Contato entre as Fases Sólido - Fluido e os Respectivos


Extremos.

9.2 - DEFINIÇÕES ENCONTRADAS EM LITERATURA

9.2.1 - FLUIDIZAÇÃO INCIPIENTE

Orofino Operaçes 1
-' 184
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos orofino(d,ufpa.br
-

É considerado um leito fixo de porosidade máxima, que corresponde a um leito


fluidizado de porosidade mínima.

9.2.2 - FLUIDIZAÇÃO HOMOGÊNEA

É a fluidização quando utilizamos fluidos incompressíveis, apresentando a


vantagem de ocorrer uma dispersão uniforme das partículas no leito formado.

9.2.3 - FLUIDIZAÇÃO HETEROGÊNEA

É a fluidização formada pela utilização de fluido compressível, resultando de


pequenas bolhas de gás e aglomerados de partículas.

9.2.4 - FLUIDIZAÇÃO BORBULHANTE

Na fluidização heterogênea, partículas de pequeno tamanho com densidade menor


que 1,4 registra uma expansão considerável do leito antes de surgirem bolsões. No caso de
partículas densas entre 1,4 e 4,0 a expansão do leito não vai ultrapassar a adquirida na
fluidização incipiente e as bolhas já surgem com a velocidade mínima de fluidização.

9.2.5 - SUSPENSÃO DILUÍDA.

Também denominada de suspensão dispersa, ocorre na fluidização homogênea.


Outros termos também são encontrados em literatura
• Canalização
É o fenômeno que ocorre quando o fluido encontra passagens (canais) preferenciais
no interior do leito.
• Empolação
É o caso extremo de leito heterogêneo, apresentando bolsões de gás entre
aglomerados de partículas formadas, tomando um leito muito agitado devido este
aglomerado formarem-se e desmancharem-se e este fenômeno pode ser atenuado pela
redução do D

Orofino Operações 1
-t 185
UFPA ITEC FEO Operações- Escoamento em Meios Porosos - oroflno,ufpa.br

93 - TRATAMENTO MATEMÁTICO DE ESCOAMENTO EM MEIOS


POROSOS.

9.3.1 - LEI de DARCY e Permeabilidade.

O primeiro trabalho experimental sobre o assunto foi executado por DARCY, em


1830, [Dijon - França], observando a vazão de água das fontes das regiões escoando
através de leitos de areias de várias espessuras, concluindo que a velocidade superficial era:
Proporcional a pressão motora.
• Inversamente proporcional a espessura da camada de areia.
AR
q

A queda de pressão por unidade de comprimento, pode ser representada


matematicamente como

(D
1 017
q => Velocidade superficial do fluxo do fluido= -

A=> Área de seção transversd do leito.


V=> Volume de fluido que escoa no tempo t
L => Espessura do leito.
B =>Constante que depende das caracterilicas do leito( Viscosidade, Permeabildade)

K
Viscosidadedo fluido
K=> Permeabililadedo meio
AR =' Pressão motora=>Queda de pressão

9.3.1.1 - ESCOAMENTOS LENTOS


A equação DARCY (1) é aplicada sob as condições de ESCOAMENTO LENTO
OU DARCYANO.
1-Leitos Estacionários (escoamento de fluídos incompressíveis em leitos
granulares de areia para várias espessuras e o comportamento linear (proporcionalidade de

Orofino Operações 1
-é 186
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos oro fino(ã,ufpa.br -

àP/L com q), ocorre para pequenas vazões (denominadas de região Darcyana)
A Figura 9.2 ilustra um escoamento considerado Darcyano onde o fluido
incompressível escoa através de um leito estacionário constituído de areia com espessura L.

Q (vazão volumétrica
q (Velocidade Superficial

- ....................

P1

1
...

oo 0 i
o000 ~ __P2

Figura 9.2
uu"
- Escoamento Darcyano

O comportamento linear (proporcionalidade de AP/L com q é considerara a


região Darcyana representada através do gráfico AP/L x q na Figura 9.3

MJAI

L
.1-
Y=MX
M

REGIÃO DARCYANA

Eli

Figura 93—Comportamento linear AP /L x q

9.3.1.2 - ESCOAMENTOS NÃO DARCYANO (ALTAS VAZÕES)


Também conhecido como escoamento turbilhonar ou turbulento e ocorre para vazões
elevadas, não apresentando a linearidade de APIL x q. Estas relações são obtidas

Orofino Operações 1
-é 187
UFPA ITEC FEO Operações- Escoamento em Meios Porosos - orotino(ã,ufpa.br

através de dados experimentais devido a equação de Darcy não ser aplicada. Sob esta
condição os AP/L obtidos experimentalmente apresentam valores maiores que os
previstos pela equação de Darcy, e a região é denominada de NÃO DARCYANA. O
comportamento não linear e a região não Darcyana esta ilustrada no gráfico AP/L x q
da Figura 9.4

VÃ! 111

VANA

FIGURA 9.4 - Comportamento não Linear e a Região Não Darcyana

A Figura 9.4 ilustra uni escoamento considerado lento do fluido incompressível


através do leito estacionário na REGIÃO 1 denominada de Darcyana e a equação abaixo é
aplicável.
AP / f AP
---- q ='?—=Mq (2)
L K L

A expressão 2 é aplicada quando o efeito gravitacional não é relevante,


entretanto, quando este efeito é levado em consideração (piezométrica) a equação pode
ser representada como;
AP
_j _±pf G=fq =3)

+p £ G - O fluido atua na mesma direção da gravidade


-
p f. O - O fluido atua na mesma direção contrária da gravidade

Orofino Operações 1
-a UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofinoà,ufya.br
188

De uma maneira genérica a equação pode ser representada em forma diferencial,


através da expressão:

VP±pfG=q

Para a REGIÃO 2 denominada de Não Darcyana, correspondendo ao escoamento


turbulento (Altas vazões), a equação de Darcy não é aplicável, e a equação representativa
para esta região é obtida experimentalmente do tipo.

AP =Mq+Nq2
(5)

9.4 - DEFINIÇOES BÁSICAS


9.4.1- POROSIDADE e É definida como sendo % de vazios existentes no leito,
e sua importância esta representada pelo fluido poder percorrer o leito através desses
vazios, conforme ilustra a Figura 9.5 além de fisicamente corresponder ao grau de
compactação do leito e seu valor varia de O al,O.
05 ES 1,0

o
OQ\
O(o 2

o\ c;10
Figura 9.5 - Percolação de um fluido através de um leito.

Pela definição de porosidade, temos:

Volume de vazios V
=- (6)
Volume total = Volume do leito V 7 .

Vv = V, - 1C(.6I/dos) (7)

Orofino Operações 1
-é 189
?
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos oro finxKduípa.br
-

(8)

= Para o caso de conhecer a massa específica do sólido.

9.4.2- VELOCIDADE SUPERFICIAL q


É a velocidade média do fluido de alimentação do leito, conforme ilustra a Figura
9.6

S
o o
0 000
00o
L
o 0
o 00 o
00
Q=qxS

FIGURA 9.6 Velocidade Superficial (q).


-

9.43- VELOCIDADE INTERSTICIAL. v


É a velocidade média do fluido no interior do leito, conforme ilustra a Figura 9.7

00
0 000
oOÀo
00 11
o of
o oo

~ 7q'
Figura 9.7 velocidade intersticial v

Através da equação da continuidade podemos escrever:

Orofrno Operações 1
é 190
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro finmW,u[o a. br

Q A Um emoção = Q interwr do leito (9)


qxS=vxSxs (10)

9.4.4- PERMEABILIDADE K [L2 ]

É uma propriedade do meio que • depende do arranjo das partículas


(compactação), distribuição granulométrica e a forma das partículas dispostas no
leito. Corresponde a uma propriedade que indica maior ou menor facilidade ao escoamento.
A permeabilidade pode ser obtida experimentalmente ou est4mada (prevista) através
do modelo de KARMAN-KOZENY, também conhecido como MODELO CAPILAR.

9.5 - DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE k [L 21, PARA


ESCOAMENTO DARCYANO (BAIXA PRESSÃO) UTILIZANDO O MODÊLO
CAPILAR DE KARMAN E KOZENY.

Condições assumidas:

L\P/L é proporcional a q com comportamento linear.

• Devido ao tipo de escoamento, supõe-se laminar.

• Os espaços dos poros neste tipo de leito são pequenos.

. Velocidade e largura dos canais são pequenas.

• Resistência ao fluxo se deve mais ao atrito (viscoso) das partículas e parede da

câmara com o fluido.

• A constante de proporcionalidade, apresenta valores distintos para fluidos de

viscosidades diferentes e para diferentes recheios.

A metodologia adotada consiste na analogia entre fluxo laminar por um duto


sob condição de regime laminar e o fluxo através dos poros num leito de partículas. A
Figura 9.8 representa um fluido escoando sob condição de fluxo laminar em duto
cilíndrico (não apresentando meio poroso), satisfazendo a aplicação da equação de
HAGEN- POISEULLE.

Orofino Operações 1
191
UFPA ITEO EEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orof7no(ã ,ufpa.br

D=2R

P2

P1

se
Figura 9.8 - Escoamento de Fluido em Duto Cilindrico (Fluxo Viscoso)

AP 8pQ
Equação de Hagen Poiseulie (12)
L -

(v i ) => Velocidade média do fluido no interior do leito.

IsP 81u / / \ 2
L ,z.R4
.(V
j .).S .(V )2r.R
/
.

E a equação ( 12) pode ser representada como:

Orofino Operações 1
4 192
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro/7no(,ufpa.br

___
AP 2u
3.,
8í .(v)= (v j » (1)
L - D2

L => Comprimento do auto.

=' Vis cos idade dinâmica do fluido.

(v r ) => Velocidade média do fluido no interior do auto.

D = 2R => Diâmetro do auto.

R => Raio do auto

AP => Pressão motora ou Perda de pressão (Queda de Pressão)

9.5.1— CONCEITO DE DIÂMETRO EQUIVALENTE E RALO


HIDRÁULICO

O conceito de diâmetro equivalente é empregado principalmente em Engenharia


Hidráulica quando a seção transversal de escoamento do fluido não é circular, e necessita-
se deste valor para determinação de parâmetros hidráulicos como: velocidade de
escoamento, vazão volumétrica, regime de escoamento, tempo de residência etc. Sendo
definido como:

Deq , tivcier = Deq = 4 x RH (14)

RH = Raio hidráulico

O Raio Hidráulico RH é definido como:

- Área Transversal Escoamento


F RH (15)
L Perímetro Molhado.

Orofino Operações 1
-t 193
-• UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oroflno(ã ufpa.br

Exemplo 1
Aplicando os conceito de raio hidráulico determine o valor do diâmetro equivalente
para dutos de secção quadrada.
L2 L
RH
- 4L - 4

Dcq =4.R0 =4=L

Exemplo 2
Aplicando os conceito de raio hidráulico determine o valor do diâmetro equivalente
para dutos de secção circular.
R- ,r.R2
2ir.R - 2

Rq 4RH
Substituindo os conceitos de Diâmetro Equivalente Raio Hidráulico na equação 13

AP 32'flj'
.(v)
L D q2

AP 112.p 1 .
.(v)
L (4RH) 2

Ap 32.p. AP 2ji.
L R H2

Para secção circular => RH =

AP 2p,. AP •/'j.
L R2 L R2
4 8

Orofino Operações 1
194
'I UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro fino()ufya.b r

A equação de HAGEN POISEULLE para ESCOAMENTOEM DUTOS, pode ser

representada como:

A]' 2 .j1. A]' •,L11 - A]' .Ji. A]'


.(v )— =.(v )=—=.(v )=— =.(v)
L R2 L R2 L R2 L R2
T
8=8

AP Pf
= --.(v) = > Equação deHagen Poiseulie (16)

/3
/1 = 8 Fator de forma do espaço para escoamnto = 8

9.5.2- ADAPTAÇÃO DA EQUAÇÃO DE IJAGEN POISEULLE E


OBTENÇÃO DA EQUAÇÃO DE KARMAN E KOZENY PARA MEIOS POROSOS.

Consideramos o fluido escoando através de um leito conforme ilustra a Figura 9.9

apresentando as seguintes condições definidas por Kozeny em1927 e Karmam em 1932

denominado de (aplicabilidade do modelo capilaridade)

• Escoamento através de leitos fixos com extrapolação para leitos fluidizados.

• Baixas vazões - Regime laminar.

• Leito constituído de partículas com formação de canais paralelos, equivalendo a um

conjunto de tubos capilares por onde o fluido escoa.

• Os canais estão dispostos paralelamente ao fluxo de escoamento.

Orofino Operações 1
- Is 195
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro f7no(ã,ufpa.br

S Canal Dc=Rc/2

Vf

Vf

FIGURA 9.9 - Escoamento de Fluido em Meio Poroso através de Dutos Cilindricos

A nomenclatura a ser utilizada é a seguinte


1 => Comprimento dos canais

R. => Raio dos canais

v 1 => Velocidade média de escoamento do fluido através dos canais.

Orofino Operações 1
- 196
•. UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orotino(W,ufpabr

ANALISANDO PARA UM CANAL ISOLADO


Fazendo as adaptações na equação de Poiseulle para um canal isolado:

áP _ 8 pf •V f => Equação de Hagen Foiseulie adaptada para um canal isolado (17)


,

1. Admitindo que o comprimento do duto seja igual ao comprimento dos canais, temos

2. Utilizando o conceito de raio hidráulico,determinamos a relação entre Rh e Rc


= Área transversal da sup erficie de escoamento = r R =Rc
R Ii
Perímetro molhado. 2z R C 2

R =2R 11

3. Admitindo que velocidade média de escoamento, do fluido no interior dos canais


esta relacionada com a velocidade superficial através da equação

V
E~ f

Substituindo os itens (1), (2), (3) na equação de Hagen-Poiseulie, para


7 escoamento em um canal isolado(1 7) obtemos a equação de Karman & Kozeny,
também denominada de (modelo de capilaridade) com aplicação em escoamento em
leito sendo representada como:
AR -
8,u q
L

AP-=
"' q (Modêlo de Capilarida de) (18)
L R,s
2

Orofino Operações 1
- 197
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofinoØJ,ufpa.br

Fazendo a analogia da equação de KARMAN E KOZENY (18) com a equação de


DARCY (3), obtemos o valor da permeabilidade K:
9.6- DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE K [L21
AP — t1 f .q =« Equação de KARMJ4N E KOZENY
LRs
/3=2

AP J'
—=--q => Equação deDarcy

FOR ANALOGIA DETERMINAMOS A PERMEABILIDADE. (K):

K = R e
(19 )
/3
/3=2

Observação
A expressão (19), também pode ser representada através do diâmetro equivalente
dos canais (poros), onde:
Deq
4

9.7 DETERMINAÇÃO DO RH ATRAVÉS DOS PARÂMETROS


SUPERFICIE ESPECÍFICA DO LEITO E SUPERFICIE ESPECÍFICA da
PARTÍCULA
O fluido ao escoar pelos vazios no leito podemos considerar que
1-O volume de vazios é o volume de escoamento
2-Todas as partículas do meio estejam em contato com o fluido
Sob estas condições definimos a superfície específica do leito (a) como sendo a
relação entre a superfície total molhada e o volume total do leito:

Orofino Operações E
IJFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro fino(õijifpa.br

9.7.1 - SUPERFICIE ESPECÍFICA DO LEITO (A)

a = superfície molhada (TOTAL) (20)


volume total

1. Superfície total molhada = Área superficial da partícula isolada x Número de


partícula.
Superficietotal molhada = 4, x n (21)

2. Volume total de partículas (volume de sólidos) = Volume de uma partícula isolada x


Número de partículas.
1:/is. = vp x n
(22)
vp
Substituindo o valor de ii obtido pela equação (22), na expressão (21)

Superficietotal molhada = A x T<ç (23)


Vil
Substituindo o valor obtido da Superfície Total Molhada representada pela
expressão (23 na equação (20)

a=.4itx3 (24)

O Raio Hidráulico pode ser determinado em função da porosidade e da superfície


específica do leito através da equação
1
R= x —=
r
Área de escoamento Li Volume de escoamento. Volume Total
=
Perimetro molhado L LJ Superfície total molhada 1
- Volume Total
Volume de Escoamento
= Volume Total e
Superfície Total Molhada - a
Volume Total

= (25)

Orofino Operações 1
- 199
:• UFPA ITEC FEO Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro/ino(W,ufpa.br

9.7.2 - SUPERFÍCIE ESPECÍCA DA PARTÍCULA (RECHEIO) av


A superfície específica do recheio (partícula) é definida como sendo a relação

entre a área superficial da partícula e o respectivo volume

Área Superficial da Partícula A,


=- (26)
Volume da Partícula. V,,,

A superfície específica da partícula ( a ), é tabelado


• Quadro 1.1 pag 4— Richardson & coulson Volume II
• Tabela 7.2 pag171 Mc Cabe 7 Smith pag1027 3th ed.
o http://www. rashing-rings.com/culumn-filling asp.

EXEMPLO: determine a (av) para uma partícula cúbica de aresta 1


6J2 6
av
l 1

A relação entre a superfície específica da partícula ( a y ) e a superfície


específica do leito ( a) (também denominada de meio) é determinada sob condição de
que todas as partículas estejam em contato com o fluido, podendo ser determinada
como:
A equação 24 é representada como:
AV
(24)
VI VI ,
Á 1, V.
a=
Vil V7
aplicando o conceito de porosidade ,temos
a=a (1—e)

Substituindo o valor de a obtido pela equação (27), na expressão (25), determina-se


a relação entre Rh, a e e

Orofirio Operações 1
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro fino('õ,ufpa.br 200

E
(27)
= (1-s)a

9.8— PREDIÇÃO DA PERMEABILIDADE NA APLICAÇÃO DA EQUAÇÃO


DE KARJVIAN - ZONENY, PARA ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS A
BAIXA PRESSÃO.

9.8.1 - LEITO CONSTITUÍDO DE PARTÍCULAS ESFÉRICAS.

42rD
= (28)
V ,rD, D
6

9.8.2 - LEITO CONSTITUÍDO DE PARTÍCULA NÃO ESFÉRICAS.

A 6
a=—=_....... (29)
V çoD

De uma MANEIRA GENÉRICA O raio hidráulico pode ser determinado como

e eç4
- (30)(
6(1—e) 6(1—e)

= 1,0 (Esférica)
0< p<l,O (Não Esférica)

Orofino Operações 1
- 201
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro tino@ufpa.br

A Permeabilidade K a ser aplicada na EQUAÇÃO DE DARCY, utilizando o


modelo de capilaridade de Karman & kozeny é representada como:

Equação (19)

A equação 30 é representada como

RH (30)

94
Substituindo Rh (30) em (19)
2

e e
K=
6Ij—e) /9

/9=2
C3ÇDDJ:
K = 36(1 _g)2•fl (31)

A equação 31 , pode ser representada através da superficie específica do recheio av


através da equação

______ - e3 - e3
K= - 2 (32)
36 \2 (1_e)2.fl / \ -
av2(1_e)2.fl
f í 1 (i—e).fl
tjoD)

Esfericidade p É definida como:

Orofino Operações 1
___ 202
•. UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofino(d,ufpa.br

= Área da esfera que apresenta o mesmo volume que a


Área da particula.
V, ' Volume da partícula.
A,, Área da particula.

= D0 [6 VI
, 3

= Çfêra
=
Área da esfera que apresenta o mesmo volume que a partícula = r D ftrn =

=[;q 4,84

E de uma maneira geral pode ser representada pela expressão:


2 1
4,84 V

Observação: Em literaturas existem expressões desenvolvidas para cálculo da


permeabilidade (Dissertações de mestrado e teses doutorado) para casos isolados mas não
de uma forma genérica, por exemplo:
Para leitos constituídos de partículas arredondadas na faixa 0,3 :5 e Ç 0,5 admiti-se
= 5,0 e a equação para determinação da permeabilidade pode ser
representada como: [SILVA,C.G.MEURIS - 2003] (dado prático)

= ______ Dj
(1s)2a fi = O_s)236 (32)

/8=5,0

= g 3

(1_ s )2 a = (1_ s )2 180

o A EQUAÇÃO DE DARCY APLICADA PARA O CÁLCULO DA


QUEDA DE PRESSÃO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO DO LEITO
UTILIZANDO O MODELO DE CAPILARIDADE DE KARMAN & KOZENY PARA
BAIXAS VAZÕES PODE SER REPRESENTADA COMO:

Orofino Operações 1

r.t UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro f7no,
Tdufya.br 203

AR 1L2f .
(34) ond

- D» j a- -

K
180(1_ c )2

9.9 LEITO FIXO


Sendo caracterizado por apresentar partículas imóveis definindo a porosidade como
constante, facilita a determinação da perda de carga e conseqüentemente a queda de pressão
no leito.Vários métodos para sua determinação são citados em bibliografias, onde
destacamos:
• Karman & Konezy
• Leva
• Katz & browwel
• Gilliard etc...

Neste curso o método a ser utilizado é o de ERGUM. QUE CONSISTE NO


CÁLCULO DA PERDA DE CARGA PELA COMPARAÇÃO ENTRE UM FLUIDO
ESCOANDO EM UM DUTO VAZIO E O MESMO FLUIDO ESCOANDO ATRAVÉS
DE UM DUTO COM RECHEIO.

9.10 - MÉTODO DE ERGUN.


Em 1952 ERGUM, definiu parâmetros modificadores (Fator de atrito e
N° de Reynolds) para escoamento em meios porosos adaptando a equação de DARCY
para CALCULO DA PERDA DE CARGA para fluidos escoando em dutos circulares

9.10.1 - ESCOAMENTO EM DUTOS VAZIOS (SEM RECHEIO)

PI L

>é (v) é
Qq Oro fino Operações 1
-t 204
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofino(ê,ufpa.bt

9.10.1.1 - Aplicação de Bernouilli entre os pontos de Pressão, temos:


Ecl + Epotl + Epressãol = Ec2 + Epot2 + Epressão2 + fH

Ecl = Ec2
Epotl = Epot2
Epressãol = Epressão2 + Hf

P1
pG pG
A]' =
(35)
PfG
9.10.1.2 - Aplicação da equação de Darcy para a Determinação da Perda

de Carga entre os pontos de Pressão, temos:

(36)

IGUALANDO Hf DAS EQUAÇÕES 35 e 36

A]' = Lv2
(37)
pG D2G

9.10.2 - ESCOAMENTO EM DUTOS RECHEADOS (COM RECHEIO)

PI L P2

Orofino Operações 1
- 205
8tW UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofinf4.ufpa.br

9.10.2.1 - ADAPTAÇÃO DA EQUAÇÃO PARA ESCOAMENTO EM MEIOS


POROSOS
L=> L
D => Daq =

RH =

= 4 eço.D1,
D eq

D 4 eq.D
eq
6(1—e)

A!C L ) Kv
pG DCq 2G

EXPLICITANDO O FATOR DE FRICÇÃO f

4aPs3 .4
3L q2 (1_s)pf

9.11— FATORES MODIFICADORES DE ERGUM

9.11.1 - FATOR DE ATRITO ËErgum

Desprezando as constantes numéricas, da equação (38 obtemos o fator de atrito


modificado de ERGUM, sendo representado como:

ARe3 .çiD
ftErm (39)
=(1_4L2.pf

Orofino Operações 1
4 206
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro fincX,ufpa.br

9.11.2 - NÚMERO DE REYNOLDS


O número de Reynolds, da mesma maneira que f*Ergum também foi adaptado
Para REFeUm' desprezando as constantes numéricas, sendo representado como:
,

pVD
= => Escoamento em autos. (40)
,Lt

=P
Escoamento em meios porosos. (41)
S./J .(I - c).6

Desprezando as constantes numéricas.

pDp
R* Ergum pjq1 ( 4)
d L4f .1 — e.

A partir de dados experimentais obtidos com diferentes tipos de recheios, ERGUN


Verificou que para escoamentos em meios porosos considerados de elevadas vazões a
correlação por ajuste entre estes parâmetros modificadores pode ser representada como;

*= 150
* + 1,75 (43j
R e ERGUM

Substituindo os valores de f*ERGUM e R * ERGUM

Orofino Operações 1
-t 207
UFPA ITEO FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos oro f7nc(d,ufpa.br
-

AP.s 3 .q.D» = 150


+1,75
(1_e).L.q2.pj
Pj
Pf .(15)

Ajo _ 150 .Pf.(1— S) ' . Pf(lS) q 2


q+1,75
L ço.Dp 53
)s
, q1,75.(')q2
L g3 e3
iso(i —)

As correlações de ERGUN PARA o cálculo de AP / L, para escoamento a baixas


Vazões e também para escoamento a altas vazões pode ser representada como:

• Para escoamento a baixas vazões admitimos regime laminar e o


cálculo de AP / L pode ser representada pela equação simplificada de ERGUM.

A]'
= q (44)
L K ERGUM

2 3
K = (ç, .D , )
150 (i— s)

o Para escoamento a altas vazões admitimos regime turbulento e o


cálculo de AP / L pode ser representada pela equação simplificada de ERGUM.

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEO Operações- Escoamento em Meios Porosos - oroflnoâ,ufpa.br
Em

AP p .( 1 - e) 2
+ 1,75 (45 )
3
L K ERGUM 9.D pe 1

g3
- Ç.D
KERGUM
150 (i—e

OBSERVAÇÃO
QUANDO EXISTIR POSSIBILIDADE DA DETERMINAÇÃO DO REGIME DE
ESCOAMENTO REPRESENTADO PELO NÚMERO DE REYNOLDS MODIFICADO
DE ERGUM (RC*ERGUM) É POSSIVEL UTILIZAR EQUAÇÕES SIMPLIFICADAS
PARA DETERMINAÇÃO DA QUEDA DE PRESSÃO POR UNIDADE DE
COMPRIMENTO DO LEITO, AS FAIXAS DE REGIME E AS RESPECTIVAS
EOUACÕES. SÃO MOSTRADAS NA TABELA ABAIXO.
TABELAI
Equações simplificadas para cálculo de AP /L, utilizando o método de
ERGUM ,e as respectivas faixas de aplicação

R*ERGU M; REGIME DE EQUAÇÃO UTILIZADA


ESCOAMENTO
API 5 QP1Ø — e)2
R*ERGUM <1,0 LAMINAR "
e4.j

1,0< R*ERGUM TRANSIÇÃO Ap150p (i —e)r(1_)» 2


-

q+1,75 jq
<1000 [e3 o.D

[O - e)
R*ERGUM
>1000
TURBULENTO
AP
L
= 1,75
L e3 1 q2

Orofino Operações 1
-

UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro/ino(ïi,ufpa.br 209

9.12 - ESCOAMENTOS NÃO DARCYANO (ALTAS VAZÕES)


Também conhecido como escoamento turbilhonar ou turbulento ocorre para vazões
elevadas, não apresenta linearidade de AP/L x q. Estas relações são obtidas através de
dados experimentais devido a equação de Darcy não ser aplicada, sendo denominada de
região NÃO DARCYANA.
Para a REGIÃO denominada de Darcyana corresponde ao escoamento viscoso
(Baixas Vazões) a equação aplicável.representativa do modelo é:.

A/' U f AP
q =>
L K L

Para a REGIÃO denominada de Não Darcyana, corresponde ao escoamento


turbulento (Altas vazões), a equação de Darcy não é aplicável, e a equação representativa
do modelo para esta região é obtida experimentalmente do tipo quadrática como ilustra a
equação (35)

AP =Mq+Nq2 (46)
L

K
N CPj

E a equação representativa do modelo pode ser representada como:


Pi CP ,
2 (47)
L

multiplica ndo por


'7

AP 1 C./JYf ,LJf
—x—=+-- (48)

o A equação (48), denominada de EQUAÇÃO DE FORCITREIMER para

ESCOAMENTO INCOMPRESSÍVEL

Orofino Operações 1
210
' IJEPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro f7no(,ufya.b r

A EQUAÇÃO DE FORCHUEIMER PARA ESCOAMENTO

ISOTÉRMICO DE GÁS IDEAL pode ser representada como

(49)
GLIk K
G=pf q
Pf =flWdW

Os parametros (e) e (K) dependem apenas dos fatores estruturais da matriz

porosa

C - admencional

K - permeabilidade (L 2 )

9.13— DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DOS COEFICIENTES) (e) e K

Os coeficientes M e N referentes a expressão (46) são determinados


graficamente

'1

Figura 9.10 - Determinação dos Parâmetros C e K

Orofino Operaçes 1
-4 211
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - orofintXã,ufixi.br

lIq (AP / L) (q)

1/q (AP, / L) (qi)


i/q (iSP2 / L) (q)
lIq (iSP3 / L) (q3)

1/q (AP-1 / L) (qn-i)


1/q (AP / L) (qn)

Observação:
o A porosidade pode ser determinada experimentalmente através da
picnometria
• A permeabilidade (K) e o fator (e) são determinados experimentalmente
por permeatria através de varias medidas de vazão x queda de pressão.
9.14 - DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA QUEDA DE PRESSÃO EM
MEIOS POROSOS

1 1t1 h mau

Orofino Operações 1
-& 212
UFPA ITEC FEQ Operações- Escoamento em Meios Porosos - oro fino(W,ufya.br

1- CALCULO DA QUEDA DE PRESSÃO zW


1.1 - Através da altura manométrica hman

P, =(Ptman_PrJGHmj

1.2 - Através de leitura direta dos manômetros.(em PASCAL)

I'i2I

1.3- Através da relação entre a queda de presão AP e a perda de carga 11r

1 AP1_P2 =pj.G.HíI

9.15 - REFERENCIAS BIBLIOGRÂFICAS

1. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de


anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em homenagem
ao Prof. Luis Alberto Coimbra, Edição limitada. E-mail
2. Foust, Alan S, et aI. Princípios de Operações Unitária. 2 ed Rio de Janeiro. ed
Guanabara Dois.1982, pp670
3. Perry, Handbook; 5th1 Edition.
4. http:/www.eng.ufsc.br/disci/ega5313/Decantacao.htm) acessado em 2005
5. Silva;C.G.Meuris; Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1
EQ-55 1 ministrada em 2003 FEQ - UNICAMP
6. J.M.Coulson; J.F.Richardson, Tecnologia Química VoIl, 2nd edição. Editora.
Fundação Calouste Gulbekian Lisboa - Portugal 1968 pp889
7. Warren L.Mc Cabe ; Julian C.Srnith; Unit Operation aí' Chemical Engineering 3th
edição.—. Editora Mc Graw-Hill; Chemical Enginnering Serie- Toldo- Japão 1976, pp1027

Orofino Operações 1
- 213
UFPA JTEC FEO Operações 1 Filtração -oro/7no(ê,ufpa.br

CAPITULO 10
FILTRAÇÃO.
Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
-t 214
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro flno(ãi),ufya.br

FILTRAÇÃO

10.1—INTRODUÇÃO

Consiste na separação de partículas sólidas de uma suspensão líquida mediante o


escoamento desta suspensão em um meio poroso estacionário, denominado de meio
filtrante, no qual o sólido permanece retido sobre este meio, formando um depósito que se
denomina torta de filtração, cuja espessura cresce e se deforma continuamente e passa a
desempenhar um papel fundamental no decorrer da operação de separação. A fase fluida
que atravessa o meio poroso é denominada de filtrado. A Figura 1 ilustra uma suspensão
submetida a operação de filtragem
Meio Filtrante

Filtrado
0 DO
____

Suspensão ° Op ---

FIGURA 10.1 - Suspensão Sólido-liquido escoando através de um meio filtrante

Orof9ne Operações 1
- 215
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Filtração -oro fino(2i,ufpa.br

10.2 - CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE FILTROS


Condensado de IBEPPO. MARESA - 2002 Unicampj
Para se especificar um filtro adequado a determinada aplicação deve-se considerar
fatores associados às características da torta resultante e da suspensão a ser filtrada.

As características relevantes da torta são:


1. Quantidade de torta
2. Compressibilidade
3. Propriedades físico-químico (pH, precipitação, reação química).
4. Uniformidade (rugosidade, porosidade).
5. Pureza dos sólidos (contaminação com o meio filtrante)

As características relevantes da suspensão são:


1. Vazão da alimentação
2. Temperatura
3. Propriedades do fluido (densidade, viscosidade e corrosão)
4. Natureza do sólido (heterogeneidade, esfericidade, distribuição granulométrica)
5. Concentração de sólidos

Na seleção do equipamento além da adequação e eficiência do processo, o custo


total de operação deste equipamento deve ser considerado, discutindo também a relação
custo - beneficio ou preço - desempenho.
Para classificar os diversos modelos de filtros, os seguintes critérios deverão ser
observados.
• Força Motriz: - Ex: gravidade, pressão, vácuo, vácuo-pressão e força centrífuga.
• Material do Meio Filtrante: - Ex: areia, asbestos, tecido, meio poroso rígido, papel
• Função: - Ex: clarificadores, filtros para torta ou espessadores.
• Detalhes Construtivos: - Ex; Filtros de areia, placas e quadros, lâminas ou rotativos.
43

Orofino Operações 1
-è 216
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno(flfpa.br

• Operação: - batelada ou contínuo


Seguindo os critérios definidos acima, classifica-se os principais filtros da industria
química como:
• Filtros de leitos porosos granulares
• Filtro prensa de câmaras
• Filtro prensa de placas e quadros
• Filtros de laminas
1. Kelly
2. Sweetland
3. ValIez
4. Moore
• Filtros contínuos Rotativos
• Discos
• horizontais
• Filtros Especiais.

Fatores de Projeto
• Quantidade de matéria a ser operado.
• Concentração da suspensão da alimentação
• Grau de separação que se dejesa efetuar.
• Propriedades do fluido
• Regime de escoamento
• Custos

10.3 - REGIMES DE FILTRAÇÃO


1. À PRESSÃO CONSTANTE
2. À VAZÃO CONSTANTE
3. EM REGIME MIXTO

Orofino Operações 1
-t 217
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(),u/j, a.br

10.3.1 - FILTRAÇÃO A PRESSÃO CONSTANTE.


Mantém uma queda de pressão constante com auxilio da bomba que força o fluido,
sendo que a vazão vai sendo reduzida a medida que cresce a espessura da torta. Aplicada
para precipitados poucos compressíveis.

10.3.2 - FILTRAÇÃO A VAZÃO CONSTANTE.


Utilizada para precipitados compressíveis,deve-se iniciar a filtração com pressões
reduzidas para não torná-lo pouco permeável e ir aumentando gradativamente a medida que
cresce a espessura da torta (aumentando a resistência a filtração), mantendo-se constante a
vazão de filtrado.

10.3.3 - FILTRAÇÃO em Regime Mixto


Procura-se harmonizar as vantagens dos casos 10.3.1 e 10.3.2. Na realidade, nem
sempre se mantém rigorosamente as condições de filtração, dificultando as previsões
teóricas., porque as condições de operação estão associadas ao funcionamento da bomba
que força a suspensão
Bomba centrífuga - Predomina pressão constante
Deslocamento positivo - Predomina vazão constante.

10.4 - PROJETO DE FILTROS.

Para o projeto de filtro procura-se relacionar:


1. Propriedades da torta
2. Espessura da torta e área de filtração.
3. Queda de pressão na torta
4. Volume de filtrado na unidade de tempo.

10.5 - TRATAMENTO MATEMÁTICO E EQUAÇÕES DE BALANÇO


Para ocaso de filtração plana unidirecional de suspensões, onde o fluido é

Orofino Operaçôes 1
-t 218
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -Q(Qfino(ufpa.br

incompressível e ocorre formação de torta a lei de DARCY, pode ser aplicada, para a
determinação das quedas de pressão na torta (-AP ) e no meio filtrante (-AP m
,
) em
função da velocidade superficial (q), conforme ilustra a Figura10.2

Torta de Filtração APt Meio Filtrante AP.

q o
o A _
o ' Filtrado
>- ;- 0 0°
o
Suspensão
0
L(t) Lm

x
FIGURA 10.2 Queda de Pressão na Torta de Filtração e no Meio Filtrante
-

Lm Espessura do meio filtrante


-

L(t) Espessura da torta (varia com o tempo)


-

Equação de DARCY.
APJ
q AP = -- pjq (1)
L K
Para o meio filtrante, temos:

(L m
(2)

Para a torta de filtração temos:

(3)

= Lm
+ AJ = i-i q
~ K,, K,)
(4)

(
(5)

Krn K,)

Orofino Operações 1
219
LJFPA ITEC FEO Operações 1 - Filtração -oro fino(ô.,ufya.br

q - Velocidade superficial (Q/A)


V - volume de filtrado
A - Área de filtração (área do filtro.)

Q=qA
0V
—=qA
ôt
1 a

1 (dv
q=—I—i (6)
Á di)

Fazendo 6 = 5

APj», j =
(7)
p(LDZJ ÁdtJ
K m K,J

I1(dv 1 4/3
- (8)!
Adt) í LL
ÇKm K,)
f

Fazendo R,,, = L. (Re sistência Específica do Meio Filtrante)

I 1 (dv 1 APr0,ai
ÁcitJ
KI

DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE LT E KT

10.5.1-BALANÇO DE MASSA NA TORTA


Admitindo que todo o sólido existente na suspensão da alimentação fica retido na
torta, ou seja, a quantidade de sólido no filtrado é desprezível, e o balanço de massa pode
ser definido como

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -orofino(ê4ufpa.br
220

Massade sólidos na torta = Massade solidosna suspensão da alimentação

10.5.1.1 MASSA DE SOLIDOS NA TORTA

= Massa de Sólidos na Torta


Volume de Sólidos na Torta

Massa de sólidos na torta = Volume de solidos na torta x Ps

V= Volume de torta
o
00
V5= Volume de sólidos >OQ A
VL= Volume de líquido 0 000

V=A x L t - Volume de torta

e = Porosidade = Volume de líquido = Volume de líquido


Volume total Volume de torta
Volume de líquido = e x Volume total
VL = x Lt x A
Volume de Sólidos = (i - e) x Volume total
x Lt x A
Massa de sólidos na torta = L, A (i - e) í-'5 (10)

Massa de sólidos na torta = Massa de solidos na suspensão = L, A (1 - e)p5 (11)

10.5.1.2 MASSA DE SÓLIDOS NA SUSPENSÃO

Seja C = Massa de sólidos na suspensão


Massa de líquido na suspensão

Orofino Operações 1
221
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Filtração -orofino(âufpa.br

Massa de líquido na suspensão = massa de líquido na torta + massa de liquido no filtrado

Massa de líquido na suspensão = p1 A L,e + Vp,

CS = L,A(1—e)p5
(12)
AL I E p,+Vp1

Uma vez que a massa de filtrado é muito superior a massa de líquido retida na torta,
temos.

Substituindo em (12)

4A—e)p5
CS — (13)
Vp1

explicitando L t da equação 13
pIcs V
= (14)
p(1 — e) A
Substituindo este valor na expressão (9)

1 1 Tota/ = 1 TolaI
Ídhlfl (15)
Adty ('_p,C V Pf ( 1
+R,,) (p1 C)V
o,,(1—e) A K, p8 (1—e)

10.5.2-RESISTÊNCIA ESPECÍFICA DA TORTA. - (a)

1
É representada como => a = (16)
PS K 1 (1—e)
Substituindo (a), da expressão (14) na expressão (15)

Orofino Operações
1

- 222
UPPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(ÕJ,ufpa.br

1 (dV) 1 = 1
(17)
1
aCs.+Rm
L K, PS (1– e) (PiCs)R1nJ /'

1(dv 1
(18)]
ALdIJ v
(aC.p1.—+R) Pj

10.6 - FILTRAÇÃO COM TORTAS INCOMPRESSÍVEIS


É caracterizada por apresentar a porosidade Ç e a resistência especifica da torta a
constantes, ou seja: Ç e a, não variam com a pressão.

10.6.1 -. FILTRAÇÃO COM TORTAS INCOMPRESSÍVEIS Á PRESSÃO

A expressão (18), pode ser representada como:


V A.APIb!J dl ,

(aC.p,.—+R,,,)dV= (19)
ÁPf
Condições de contórno
t=0 ='V=O
t=t =:V=V

r(a C.p,.-1+R)dV
=J' A APTw.1 di (20)
' II!

= A.APTQ ,,O 1
aC.p,.—+RV
m t x— (21)
2Á v
A.A/1t
(22)
2A v

Orofino Operações 1
223
tJFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -orotino(ã ufpa.br

tPf.aC.P1. .Py1?m
(23)
V 2A 2 .AF Q ,QJ
que sob a fomadjferencük podemosrepresentaz
At p,a C S . p1 .v •R m
AV - A 2 .AFÇ 2 A.AF Q , J/

At -aCÇpJp
V+ R (24)
AJ/ Á 2 APTO ,Q, ÁAP J ,,Q1

Observação
Os valores de V (volume de filtrado), são coletados a diferentes tempos de modo ques:
AV= V, -
At= t0 —t
v
O volume médio de filtrado e calculado como: V = "
- +vn+1
2
A maneira de calcular a resistência específica da torta (a) e a resistência do meio
filtrante (Rm) é através de método gráfico utilizando os valores médios onde

AtaCS.P,.pf_ •/LLf Rm
V+ Rm (25)
AV A 2 SP, A.APTO ,O,
Ji.
At
=
AV
A equação (25) representa a equação de uma reta onde:

- => Ordenada
AV
Abcissa
M => CoeJlcient angular
N => Coeflcient linear

Orofino Operações 1
-t 224
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno(/ï,ufpabr

Traçando o gráfico Ai / AV x V, conforme ilustra o GráficolOi determinamos os


valores da resistência específica da torta a constante e a resistência do meio filtrante R.

At/AI

L4

GRÀFICO iO.iDeterminação Gráfica dos Valores de Rm e a a Pressão


Constante

a CÇ.PI.J1 f
M Coeflcient e angular tg/3 = ==> a
A2
P Rm
N => Coeficient e linear =
A .AP 7 , 0,

Exemplo
Em um ensaio de filtração à pressão constante para torta incompressível obteve-se
os dados t x V conforme quadro abaixo determine os valores médios de At , AV, V
médio e itt/tV
V
o o
ti vi
t2 V2
t3 v3
t4 V4
t5 - V5

tn-i Vn-1
tn Vn

Orofino Operações 1
-t 225
UFPA ITEC FEO Operações 1 - Filtração -oro flno(ô4ufpa.br

1- Construção da tabela

V Ai AV v Ai
AV
o o - - - -

ti vi ti-o vi-o V +0, ti — o


2 v, —o
t2 V2 t241 V2-Vi J7 +V1 t2 —t,
2 V2 — Vi
t3 V3 t3-t2 V3-V2 V +V, t, —t 2
2
t4 V4 t4-t3 V4-V3 v4 +r' t4 —t 3
2 V4 —V3
tS vs t5-t4 v5-v4 V5 +V4 t5 —t 4
2 V5 —V4

tn-i Vn-i tn-i vn-i - -

tn vn tn-(tn-i) vn-(vn-i) V + v,1 t,, -

PJota-se
A
AV
t V e determina-se a e R.

10.6.2 - FILTRAÇÃO COM TORTAS INCCOMPRESSÍvEIS A VAZÃO


CONSTANTE

Q= Constante=> Q= -
dV0= V
- => Cons tan te
eh t
A expressão (18), pode também ser escrita como:

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC EEQ Operações 1 - Filtração -orofino(d,ufpa.br
226

V _______
Q=7= (26)
V R•fl
A

Rmjlf
b/ = p.a c.p, + •v (2

V=Q.t

02 Rm•/Jí
C.p1.2 22 +
A
(i
Multiplicando x -
t) '

A= cp1.%t+ Rm•t •• (28)

Rm•Pf
Total =
pj.a c5.p1.%t+ Q
u u
TotaI
= Mt + N

Representa a equação de uma reta onde:


=' Ordenada
t => Abcissa
M => Coeficiente angular
N => Coeficiente linear
Da mesma forma, traçando o gráfico M ' Total x t ilustrado no Gráfico 10.2,
determinamos os valores da resistência específica da torta a constante e a resistência do
meio filtrante R.

Orofino Operações 1
-t 227
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(,uípa.br

rg

1
GRAFICO 10.2 - Determinação Gráfica dos Valores de Rm e a à Vazão
Constante

M => Coeflcient e angular tg fl = p 7 .a a

N => Coeficient e linear = Rm•/Jj


A

10.7 - FILTRAÇÃO COM TORTAS COMPRESSÍVEIS

• Teoria Simplificada.[COSTAPINTO;CESAR - UNICAMP]


Esta teoria foi desenvolvida de modo intuitivo por RUTH e colaboradores, sendo
aplicada para projetos de unidades
As seguintes considerações são feitas na teoria simplificada.
a) A velocidade de percolação do fluido é uniforme na torta.
b) È válida a lei de DARCY para escoamento na torta e no meio filtrante

K.AP

c) A velocidade de sólidos na torta é desprezível quando comparada com a


do líquido
d) As propriedades tais como a porosidade, permeabilidade e resistividade
médiaca>dependem do sistema sólido-fluido
= Ç (APtorta )
a0 (Apt,da
K = K (APt0 )

Orofino Operações 1
228
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno,ufpa.br

A Figura 103, ilustra a queda de pressão em tortas compressíveis.

Torta de Filtração APtorta Meio Filtrante AP.

q 00
A
D000 ' Filtrado
>-
Suspensão
OR
P P' P1

AP TOTAL x i

Queda de Pressão na Torta APt orta = P -


Queda de Pressão no Meio Filtrante APm ejo = P'-
Queda de Pressão Total = Torta APt orta + APmeio
APTOI=P—P1

FIGURA 10.3 — Queda de Pressão de Filtração em Torta Compressível

A porosidade e a resistência específica variam com a posição no interior da torta,


devido às tensões mecânicas que tendem a comprimir a torta ,e os testes de <> e < a>

COM APtoi.ta ou com APTotal podem ser realizados experimentalmente em laboratório,


apresentando curvas do tipo
= Ço (APtora )
1> = o (APT 0ta I)
<a>= a0 (APtorta )
<a>= a0 (APToI)
onde n é uma medida quantitativa de compressibil idade da torta e seu valor varia entre:
O<n<l,O
fl O -3 torta incompress ii'el.
n * O —* torta compressível.
n -3 1 -3 torta muito compressível.

Orofino Operações 1
é 229
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno(õ4ufya.br

Estes testes são realizados a pressão constante .utilizando <a> (média)


A resistividade, varia menos com a porosidade, e portanto com a compressão do que
a permeabilidade (ver equação de Carman-Kozeny)

Não é possível estabelecer a priori os limites da validade da teoria simplificada,


partindo da teoria clássica , entretanto em termos qualitativos, podemos afirmar que as
simplificações são aceitáveis para o caso em que:
a) A suspensão da alimentação é diluída.
b) A filtração é lenta e se desenvolve sob queda de pressão reduzida.
c) A torta apresenta baixa compressibil idade.

Aplicando a equação de DARCY, para tortas incompressíveis, demonstrada na

expressão (23) ,e utilizando < a>(média), e V = V (médio)


At ,u1 .ceC.p,.v •jujRm
(23)
AV - A 2 APTOS 2 AAP TOIO ,

Lfif r(a).cs.PI.+R1171 (29)


AVAAPT, / L
A

At- pf .(a C3 .p,.— p f R


(29)
AV - A 2 .AP AÀP J ,
u
de - -
— MV + N
dV
<a> varia com cada AP totai = PP 1
• Resolução de problemas para tortas compressíveis à pressão constante
• De laboratório obtém-se os dados:
1. Para cada AP determinamos volume de filtrado obtido no tempo considerado.
2. Para cada AP's repete-se o ensaio
3. construir seguinte tabela: Para AP1 determinamos os seguintes parâmetros

Orofino Operações 1
a 230
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(li),ufpa.br

t V At AV At/AV
ti Vi t2-ti V2-Vi (Vi +V2 )/2
t2 V2 t3-t2 V3-V2 (V2 +V3 )/2
t3 V3 t4-t3 V4-V3 (V3+V4)/2
t4 V4 - - - --

Para AP2 repete-se o ensaio determinando os mesmos parâmetros


t V At AV At/AV

ti Vi t2-ti V2-V1 (VI +V2)/2


t2 V2 t3-t2 V3-V2 (V2 +V3 )12
iS V3 t4-t3 V4-V3 (V3+V4)12
t4 V4 - - - --

Para AP3 repete-se o ensaio determinando os mesmos parâmetros


t V At AV At/AV
ti Vi t2-ti V2-Vi (Vi +V2)12
t2 V2 t3-t2 V3-V2 (V2 +\T3 )/2
t3 V3 t4-t3 V4-V3 (V3+V4)/2
t4 V4 - - - --

E assim sucessivamente, para todos os ensaios realizados, à varias AP' s

Construção do gráfico 10.3 At! AV x V

Orofino Operações E
231
S IJPPA ITEC FEO Operações 1 — Filtração -oro flno(,ufpa.br

At!AV

GRÁFICO 10.3 - dt / dv x V para as AP'

Da expressão (29), temos:

Mf.(a) CS•Pi• Coeficiente Angular => (a) para cada APTO /ai
A 2 .A]' b/O/
•Pr R 0
Coeficiente Linear
A.AP, 0,

Construir a tabela

a AP
al APi
a2 AP2
a3 AP31

Ajuste de a (Determinação do parâmetros n e a0


)0
a = a0 (A,d
Ioga = n1ogAP,0, + Ioga0 (30)
u u u
Ioga MIogAP,,01 N

A expressão (30), pode ser representada graficamente como:

Orofino Operações 1
232
UFRA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno(dufra.br

W--

JOgaF'totai

GRÁFICO 10.4 - determinação do ajuste do parametro a

Consiste na determinação dops parâmetros n e a0


M Coejicieni e angular tg/3 = n
N Coejlcient elinear = log a o .=> a 0

Resolução de problemas para tortas compressíveis à vazão constante.


Quando a filtração é realizada com vazão constante resulta a seguinte equação:

dV - 1 A.AP TO , C/

(31)
di Pr[KaAJCP
A
•V + R
1
Que permite correlacionar a queda de pressão com o volume de filtrado ou tempo de
filtração.

10.8- FILTRAÇÃO EM BATELADA OU DESCONTINUA À PRESSÃO


CONSTANTE PARÁ FILTRO PRENSA.

Um ciclo completo de operação compreende:

Orofino Operações 1
233
* UFPA ITEC FEQ Operações 1 — Filtração -oro finoØD,ufpa.br

t => Tempo de Filtração


1, =' Tempo de Lavagem da torta.
Tempo de Desc ar.- a, Limpeza e Montagem.

Para filtragem sem lavagem de torta o tempo de operação é representado como

tJgf/ = tf + td

Para filtragem com lavagem de torta o tempo de operação é representado como

ti •o/aI =tf +tJ +t/

O tempo ótimo de filtração é o que maximiza a produção W, definida como


Volume de Filtrado em 1 ciclo V
W => Produção do Filtro= =
Tempo de 1 ciclo tTolai

A expressão (31 ) descreve o comportamento para filtração a pressão constante


em tortas incompressíveis
t p.a Cg/2p •/1f R
V+ (31)
V 24 2 .APr,ai Á.APTO ,U1
u
t.
L= B1 J' + B2
v
= B1 V 2 + B.,V (32)

PXX C.p1 .

BI=
2A 2 p
.p. R,,,
=

Admitindo, que não ocorra a lavagem da torta de filtração, o tempo de


operação do filtro pode ser representado como

ttotat t.-td

Orofino Operações 1
-t 234
tJPPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(4ufpa.br

E a produção do filtro prensa pode ser representada como:

Volume de Filtrado em 1 ciclo


Tempo de 1 ciclo sem lavagem

v= (33)
v
tr+td BIY 2 +B2J7 +td
No ponto onde a produção (W) é máxima, temos:
dW
dV
- v.u' — v'.0
512

dW = ( 1 +B,.V+tj—(2.B1.V+B,).V
dV (Bi 2+B2y+tj2

(B1Y2 +B 2 Y+t d ) — (2.Bl .V+B2 ).V = O (34)


V = kÇ (35)

V2 =O
td - BI

td =B1 V 2 ótimo

VóI,rno = ( 36)

Substituindo o valor de V = Vótimo na equação (31), determina-se o tempo de


filtração representado como:

= 1 J'ÇJ//fl ,() + B' T'ótrimo (37)

A resistência do meio filtrante deve ser a menor possível ou seja:

O; B, =>O
E o tempo ótimo de filtração pode ser representado como

Orofino Operações 1
- iê 235
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro flno(ufpa.br

= .B J'Ç;,j0 (38)

Vá =ã
B~fI (39)

Comparando a expressão (37) com a (34), observamos serem idênticas e desta


maneira temos:
t f = td = ó(imo

E sob condição de produção ótima, pode ser representada como

ó/i,,,o
- -
(4Ø
-
- 2
t f + td E1 Ô/imo + E2 .V,,,,, + td

Jl7ó,irno = F______
àt
~fi- (41)
2t d +B2

Substituindo E 1 e E, em (41)

E = p.aC.p1.
2Á 2
E = •/4j R m
2
Á.A.,h,Q/

td

cs .p,.
N~j ,_ 2A2SP,
(42)
•JJfRm / td
= 2t + B,, = 2 •td +
p.a C.p,.
2A 2S"7otal

Pela equação (41), podemos determinar a área mínima (A) de filtração.

Orofino Operações 1
4 236
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro fino(ã)Átfpa.br

10.9-FILTRO TAMBOR ROTATIVO.


São filtros onde o meio filtrante consiste de um tambor rotativo,no qual uma fração de
sua área permanece imersa na suspensão. A Figura 10.5 ilustra um típico filtro de tambor
rotativo Imersão

o o
o

FIGURA 10.5 - Filtro Tambor Rotativo

10.9.1 - CARACTERÍSTICAS DA FILTRAÇÃO

• Ocorre a pressão constante


• Os elementos da área filtram durante uma parte do tempo de cada rotação.
• Torta compressível ou incompressível

Nomenclatura
N - Número de rotações do tambor / unidade e tempo-R.P.M; R.P.S; R.P.H.
- fração submersa do tambor.
Exemplo
= 90° – 1 = 90/3600 = 1/4
= 120° –I= 120/360 ° = 1/3
Definições
1. Tempo de um ciclo de operação
1
N
2. Tempo de filtração para um ciclo de operação
1 1
t =—xI=—
N N
3. Capacidade do Filtro Tambor Rotativo.
= Volume de Filtrado em um ciclo
- Tempo de um ciclo

Orofino Operações 1
237
— UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oro flno(á)ufpa.br

= Volume de filtrado = V
- t ±
N
Q=V.N

N
A filtração sendo realizada a pressão constante é representada pela expressão

(23) na qual substitui-se o valor de V definido como sendo o volume de filtrado obtido

em um ciclo

dt (a).c5 .
j=_p [ • V+Rm ] (23)
dV A.APT O ,GJ Á

Integrando

L Mf r(a).c.p,
(43)
V Á •V+Rml

fL = IJjr r(a).c.p,
Y+R m J (44)
V A.POLQIL A

1
/i! 1(cS.P12+R
A N 1 (4

1 = PfrK.CP, Q
(4®
Q A

Orofino Operações 1
- 238
UFPA ITEC FEQ Operações 1 - Filtração -oroflno(W,ufpa.br

Pf _ R
(47)
Q Á J N
m

Observação
Dado Q e N transformar para
v=N
1•
' N
Aplicar na equação 45 e continuar o problema normalmente

10.10 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. Angel,Vian; Joaquin, Ocon. Elementos de Ingenieria Química 5a ed-Espanha.
EditoraCollection Ciencia y Técnica 1972, pp800
2. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial, Livro elaborado a partir de
anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em homenagem
ao Prof Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
3. Beppu;Marisa; Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1 EQ-
551 ministrada em 2002 FEQ - UNICAMP
4. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações Unitária. 2 ed Rio de Janeiro. ed
Guanabara Dois. 1982, pp670
5. http:/www.eng.ufsc.br/disci/ega5313/Decantacaohtm) acessado em 2005
6. J.M.Coulson; J.F.Richardson, Tecnologia Química Vou, 2' Lisboa ed. Fundação
Calouste Gulbekian 1968 pp889
7. Perry, I-Tandbook; 5 t Edition.
8. Santana,César C; Anotações de aulas teóricas da disciplina Sólidos Particuiados,do
Programa de Pós Graduação da FEQ - UNICAMP ministrada em 1983
9. Silva;C;G;Meuris Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1
EQ-55 1 ministrada em 2003 FEQ - UNICAMP
10. Warren L.Mc Cabe ; Julian C.Smith; Unir Operation of Chemical Engineering 3th
ed —Tokio- Japão. Editora Mc Graw-Hill; Chemical Enginnering Serie-1976, pp1027

Orotino Operações 1
4 239
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro fino(ãufva.br

CAPÍTULO 11

FLUIDIZAÇÃO.
Prof. Dr. Cláudio Roberto Orofino Pinto
Professor Associado - UFPA

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro fino(4ufra.br
240

CAPÍTULO 11

FLUIDIZAÇÃO.

11.1 - INTRODUÇÃO E PRINCIPAIS APLICAÇÕES.

Em 1942, o cracking catalítico do petróleo nos U.S.A., apresentava uma capacidade de produção
de 40.000 barris, essa produção no fim desta década (1948), apresentou uma produção de 100.000 barris e
a aceitação por parte da indústria da operação unitária, denominada de fluidização ficou evidenciada,
apresentando características favoráveis, e tornando esta operação como sendo de aplicação prática em
diversos ramos industriais como: Petroquímicas (reações catalíticas), Processos de secagem de sólidos,
Rccobrimentos, Metalurgia extrativa, Granulação de sólidos etc.....As principais aplicações já estudadas
ou em estudo podem ser representadas como: [Enciclopédia: Manual do Engenheiro —Volume 31
• Oxidação do naftaleno
• Reação de Fischer-Tropsch para fabricação da gasolina sintética
• Redução de minerais
• Purificação de gases.
• Secagem de sólidos finamente divididos.
• Coleta de poeiras e névoas.
• Carbonização.
• Catálise.

• Conversão de metana em monóxido de carbono e hidrogênio por óxido de cobre.


• Secagem
A fluidização baseia-se fundamentalmente na circulação de sólidos juntamente com um fluido
(compressível ou incompressível) impedindo a existência de gradientes de temperatura, de pontos muito

Orofino Operações 1
-4 241
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro fino(à)ufra.br

ativos ou de regiões estagnadas, proporcionando também um maior contato superficial entre o sólido e o
fluido favorecendo a transferência de massa e calor, e as principais aplicações de leitos fluidizados podem
ser discriminados como [MOREIRA,F. &P.M.REGINA- UFSC] :.
1- REAÇÕES QUÍMICAS;
1 .1-Catalítica
1.2-Não catalítica
1.2.1 - Homogênea
1.2.2- Não homogénea
2-CONTATO SÓLIDO - FLUIDO.
2. 1 -Transferência de calor
2.2-Para o leito ou do leito.
2.3-Entre gases e sólidos
2.4-Controle de temperatura.
2.5-Entre pontos do leito
2.6-Mistura de sólidos
3-MISTURA DE GASES
3.1- Secagem
12-Sólidos
3.3-gases
4— ACREÇÃO (?)
5- COMINUIÇÃO
5. 1 -Classificação
5.2-Sólidos
5.3-Gases
6-ADSORÇÃO- DESSORÇÃO.(?)

7-TRATAMENTO TÉRMICO
8-RECOBRIMENTO.
11.2 - VANTAGENS E DESVANTAGENS

11.2.1 - VANTAGENS.
Devido a operação apresentar um contato global sólido - fluido muito eficiente, apresenta as
seguintes vantagens:
1. Área Superficial Elevada, favorecendo a transferência de calor e massa.
Orofino Operações 1
242
* UPPA ITEC FEQ - Fluidização - oro/mno(õi,ufpa.br

2. Velocidades de reação elevadas , quando comparada com leito fixo devido a ausência de
gradiente (Uniformidade do leito)
3. Aumento dos coeficientes de transferência de calor e massa, devido a condutáncia e
uniformidade da temperatura.
4. Coeficientes de calor entre leito e paredes do equipamento ou tubos são extremamente
favoráveis.
5. Facilidade de escoamento em duros devido o sólido apresentar comportamento semelhante
ao fluido
6. Favorecimento de transporte de energia devido a fluidez.

11.2.2 - DESVANTAGENS.

Por também apresentar um contato global sólido- fluido muito eficiente, apresenta as seguintes
desvantagens:
1. Perda de carga maior quando comparada com o leito fixo, necessitando de elevada
velocidade do fluido ( aumentando o consumo de energia.)
2. Impossibilita manter um gradiente axial de temperatura e concentração, impossibilitando o
favorecimento de uma reação específica no caso de reações múltiplas.
3. Atrito severo, resultando na quebra de partículas com produção de pós, havendo
necessidade de reposição constante, além da necessidade de equipamentos de limpeza de gases na saída
do leito, encarecendo o processo.
4. .Erosão do equipamento devido ao atrito.
5. Tamanho do leito maior quando comparado com o leito estático, devido a expansão
6. Dificuldade da determinação do tempo de residência médio, não sendo possível a
prefixação da posição da partícula.
11.3 - TEORIA DA FLUIDIZAÇÃO.
Quando a velocidade de um fluido ao atravessar um leito de partículas sólidas com uma
velocidade constante, de modo que estas partículas permaneçam imóveis (leito fixo ou estacionário) o
fluido perde pressão devido ao seu atrito com as paredes das partículas e do equipamento. Esta
perda denominada de perda de carga pode ser representada pelas equações de Darcy, Karman-Kozeny,
Ergun etc. .sendo proporcional ao aumento da velocidade de escoamento até atingir o ponto de flutuação
das partículas no qual o leito passa a ser denominado de leito fluidizado e o fenômeno de fluidização.
No ponto de fluidização, a queda depressão ocasionada pelo atrito do fluido com as paredes dos
recheios (desprezando as paredes do câmara) devido ao escoamento ascendente do fluido no leito, se

Orofrno Operações 1
243
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro fino(ã,ufpa.br

iguala ao peso do próprio leito e a velocidade passa ser denominada de velocidade mínima de fluidização
q,nç.
11.3.1 - CÁLCULO DA QUEDA DE PRESSÃO NO LEITO.

11.3.1.1— BALANÇO DE FORÇAS.


A Figura 1, representa as forças Peso, Arraste e Empuxo, que atuam em um leito
fluidizado

1
Fa =Arraste EEmpuxo
2 o o o)
L

fi
ti
P = peso

FIGURA 1 - Balanço de forças em leito finidizado

PESO
P=E+P (1)
P—E=F0 (2)
P=M.G=M =M (3)

M =PY p s .(16)VT (4)


EMPUXO
E=M.G (5)
M f =PÍ.VÍ (6)
P7 = Vs =(1 -e)v1 El
Substituindo
Fa =MS .G+M f .G (7)
F =pY.G+p.V1 .G (8)
F =p.V.G+p.V.G (9)
F0 = (p s —p f )(1—s).L.S.G (10)

Fa = Ps —p)(1-4L.s.G
(
(11)

Orotino Operações 1
244
* UFPA ITEC FEQ - Fluidização - orofino('üufpa.br

11.3.1.2— BALANÇO DE PRESSÃO NO LEITO.

1. PERDA DE PRESSSÃO OU QUEDA DE PRESSÃO POR ATRITO


Admitir que a queda de pressão no leito, devido o atrito, é ocasionada somente pelo atrito do
fluido com as paredes dos recheios (partículas), desprezando o atrito do fluido com as paredes da
câmara, Assim, temos:

(12)
Substituindo (11) em (12)
F (p5 —p)(1-4.Ls.G =(p
g —p)(1-4L.G (13)

& =(p — p)(1 — c)L.G (14)

2- PERDA DE PRESSSÃO OU QUEDA DE PRESSÃO NO LEITO.


AP1 =P,—P (15)
P,=P1 +p.G.L (16)
P,—P1 =p1 .G.L (17)
Substituindo (17) em (15)
A = P tiL (18)

APL = p1 .G.L (18)

3-PERDA DE PRESSSÃO OU QUEDA DE PRESSÃO TOTAL

AP 1 = AP, + (19)
Substituindo (14) e (17) em (19)

= (PS —p 1 - S).L.G + Pf .G.L


(20)1

4- QUEDA DE PRESSÃO NA FLUIDIZAÇÃO HETEROGÊNEA


A equação 19 também pode ser representada como:

Orofino Operações 1
-' 245
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro/ino(ui,ufpa.br

APJ = 1.(i —4p+ep1J.G.L (21)

Multiplicando a equação 21 pela área do leito 5


AP7»01 .5 = 1.(I - e).ps+epr}D.L.S
AP, .5 = .(1- e).ps .G.L.S + 5P .G.L.S
Onde:
.(1 - C).P S .G.L.S
' Peso de Sólidos
s.p.G.L.S => Peso de 'Fluido

E a equação 21 pode ser representada como:

Peso Total do Leito Peso de Sólidos + Peso de fluido


APtoiai (22)
= s
Para fluidos compressíveis, a densidade pf apresenta valores baixos, podendo ser desprezada a queda
de pressão no LEITO (APL), ou seja:

O e API., = AP ,

E a queda de pressão TOTAL pode ser representada como:

= (PS P - e).L.G (23)

AP7otal = (,°s - e).L.G (23) => Para gases

11.4— PARÂMETROS DE ESTUDO NA FLUIDIZAÇÃO MÍNIMA.


q
E => t !flf

L => Lrnr
AP => A]

Substituindo estes parâmetros na equação 23, obtemos a expressão para determinação da perda de
pressão sob condição mínima de fluidização HETEROGENEA

R.

Orofino Operaçâes 1
246
LJFPA ITEC FEQ - Fluidização - oroflno(),ufpa br

= (Ps Pj -s )L» .G (24) => Paa gases

11.4.1— POROSIDADE MÍNIMA -Çn f


É definida como sendo a porosidade que o leito apresenta para que as partículas possam iniciar
seus movimentos e depende da forma e tamanho das partícula, podendo ser considerada como
porosidade que o leito apresenta ao seu retorno ao leito fixo, pela diminuição da velocidade q.f da
corrente gasosa, podendo ser calculada como:

1-ATRAVÉS DE CORRELAÇÕES EMPÍRICAS


Para certa faixa de tamanho [MOREIRA,M& P,F,REGINA UFSC] Home page acessado em 2005

50p <D P <5OOp


tmf =1-0,356.(logD, —1) (25)
(p.D =>Não esférica

2-ATRAVÉS DA DENSIDADE APARENTE DO LEITO


Paparente = PSólido (1-a) + C PfluidoC

SSr

Paparente = PsóIido (1 - mj) + Pjmj (26)

Á determinação da densidade aparente é realizada por equação empírica [Gomide Reynaldo pg


246 V.11, válida para partículas menores que 500,0 gm

Papannte = 0,356 Psóndo (log D2 , — 1) (27)


= mícrons
Lb
PSóudo =>
7t3
3-PESO DAS PARTÍCULAS NO LEITO

peso das partículas no leito


C/fl =1- = (28)
L 117 •S•(,o - 1-'»
Lmr = Altura do leito na fluidização min íma (alturado leito fixo após o retôrno.

Orofino Operações 1
247
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - orofino(W ,uffla.br

Referencias bibliográficas para a determinação da r.f coletados por LEVA estão dispostos em
fGomide Reynaido pg 247 V.11, e outros autores como.
Mc Cabe
Vian
Brown

mf

Dp (ifl)

11.4.2— ALTURA MÍNIMA Lm f


Também denominada de profundidade do leito esta associada a com aporosidade.

L
et
e f (L)
1,0 - Altura do leito fixo
O (ou seja: não apresenta vazios) denominado de leito compacto
S A.rea do leito.

V = LO S
=1— Jç 1_ii1_A (29)
VTOIa/ L.S L
=L (1—e)

a condição mínima de fluidização


(1— e)

k 1__(3O)
Iquabindo Lo, temos:

Orofino Operações 1
-4 248
UMA ITEC FEQ - Fluklização - oro fino('ã,ufpa.br

L(1-c)=L,,, (1-s,,,)
Generalizando:
.................. ......... =Lmí (1mf) (31)

Observação

Na equação 23 substituindo:

ToIaI = (PS -o - eL.G (32)

Demonstra que aplicando qualquer condição acima da condição de fluidiza cão mínima as
equações 23 e 32 se igualam.

11.4.3-VELOCIDADE MÍNIMA DE FLUIDIZAÇÃO q mf

Da mesma maneira que adaptamos a EQUAÇÃO DE ERGUM PARA LEITOS FIXOS,


adaptaremos para a CONDIÇÃO DE MÍNIMA FLIJIDIZAÇÃO , e a velocidade de mínima
fluidização pode ser obtida considerando que a queda de pressão através do leito é o peso respectivo peso
do leito por unidade de área, conforme equação
(24)

AP= Peso do leito = ( Ps — p)(1 - E).L.G.S = ( -P)Ø -


s s

Que sob condição mínima de fluidizaçã o


txP
= (1-e11 Jp5 -pj )G (33)

Adaptando a EQUAÇÃO DE ERGUM obtida para condição de leito fixo mostrada no


{Capitulo 9} para a condição de mínima fluidização , temos;

Orcfrno Operações 1
249
UFPA ITEC FEQ - Fluidizaçáo - oroflno(&ufpa.br

AP ,
150.(1—e)2 .p f
+ 1,75. (1—e )Pf q 2
e 2 .(ç,.D 1,) 2

Adaptando para condição mima de fluidização, temos;


Ap = 1 5O.(1— ej •P f (' mf) 2
•qmf + 1,75 •q (34)
Lmt 8mj 2 (q7.D)2 3 mf ((p.D)

Ap
Iqualando da equação (34) com a equação (33)

)2.21
iso.(i - 6mf 1,75 (1— s) 2
(1— », - pf)G = •qf + •qf (35)
e 2 (,.D 1,) e/ (9.D)

Multiplica ndo a equação (35 } por


p»( 1— e)

15 O.(1— s) +Pf•DP•q
+1,75. .q (36)
Smjr.041t-

Observações
As equações 34, 35, e 36 representam equações gerais para a estimativa de

A velocidade mínima de fluidização também pode ser determinada através do NÚMERO DE REYNOLD
ODIFICADO DE ERGUM

Por definição

= Pf .(ÇO.D )q mf
Re m! (37)
1s f

Orofino Operações 1
250
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - orofino(2i,ufpa br

ibstituindo q, de Reynold da equação 37 na equação 36 obtemos:

= 150.(1 —emj) R;mí.


- + 1,75. (38)
dtt f Ø 6' mf 45.

1. 5- CÁLCULO DA QUEDA DE PRESSÃO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO SOB CONDIÇÃO


NIMA DE FLUIDIZAÇÃO
As equações para o cálculo da queda de pressão sob condição mínima de fluidização por unidade de
iprimento do leito é determinada através de equações simplificadas de ERGUM mostradas no quadro baixo
ias respectivas faixas de regime de escoamento

Remf REGIME DE EQUAÇÃO UTILIZADA


ESCOAMENTO

_/SP rnf 150 (1 C rnf ) •/2 j 2


m f<2O LAMINAR •qm
Lmí = 2(D)2

4mf 150.(1_S mf ).P f (l — e) 2


•qf + 1,75 qmf
O<Remç <1000 TRANSIÇÃO
L mj - 5f(ÇD.Dp) 6 mf (ço.D)

Pmf (1tm» 2
TURBULENTO = 1,75 3 •q f
Reç>lOOO L mf 6mf (ça.D)

Algumas aproximações estão disponíveis em literaturas, tal como a de Wen e Yu [MEURIS]


xxxxxxxxxFALAR COM ELZA

1
14 e
i—e» J 11
Ø.e 3
Substituindo em (39)

Orofino Operaçes 1
251
* UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oroflno(á,ufpa.br

Figura 2 ilustra a queda de pressão total em um leito em função dado R ou de q,nç

AP c
F p

'4!

OA - Regime Laminar no leito Fixo


AR - Regime turbulento no leito fixo
BC-Expansão do leito, até atingir Ç m f, com q mf
CF - Fenômenos transitórios, e no ponto F inicia a
fluidização
FP - Leito Fluidizado, sendo, e ponto P inicia o
arraste das partículas C- 1 ,0
PQ - Transporte pneumático.

O qltlç (q) R e

FIGURA 2— Representação da queda de Pressão em Função de Reynolds ou q

11.6 - FLUIDIZAÇÃO HOMOGÊNEA.

11.6.1 - CARACTERISTICAS DA FLUIDIZAÇÃO.


Um aumento na vazão do fluido incompressível ocorre uma expansão uniforme b do no leito,
onde:
. Cada partícula sólida move-se separadamente ou isoladamente.
• O fluido escoa entre as partículas, de modo que não ocorram flutuações.

Orofino Operações 1
252
* UFPA ITEC FEQ - Fluid!zaçâo - oro fino(â)ufpa.br

. Inexistência de bolhas
. Densidades do sólido e do fluido apresentam valores próximos, necessitando de baixas
velocidades de escoamento. Daí o movimento das partículas é regulares..
• Velocidade de escoamento do fluido baixa, resultando no número de Reynolds
<20, justificando a aplicação do primeiro termo da equação de Ergun.

ø2D(p —pG
[ 8 1 mf
(39)
qP,
= ' 50 P t(1 _tmf)i
11.6.2- PREVISÃO DE CORRELAÇÃO PARA FLUIDIZAÇÃO HOMOGÊNEA
(Adaptado de anotações de aula Profa. MEURIS - UNICAMP
A velocidade de escoamento esta associada com a velocidade terminal da partícula, e a correlação
mais usual é a de RICHARDSON E ZAKI, onde

= f.(Re, 2 -,e)

E a partir de dados experimentais.

q=4511 (4Q
VT
q => Velocidade sup erficialdofluido
r'. => Velocidade terninal da partícula isolada.

p..q.D '°
Re,, = (41)
JUf

Se: 0,02<Re <1,0 n = [& + 1 7,521t].Re003 (42)


Dc

1,0 < Re <20,0 =' n = , 45 +185. I.Re po,3 (43)


14 Dc

20,0 <Re <500,0 => n = 4,45.Re °" (44)

Re >500,0 => n = 2,39 (45)

11.6.3 - CRITÉRIOS PROPOSTOS PARA SELEÇÃO DO TIPO DE FLUIDIZAÇÃO

Orofino Operações 1
253
UFPA ITEO FEQ - Fluidização - oro fino(üufpa.br

Critério de Rice e Wilhelm - 1958


-q111ç -
= Pr ' Reynolds sob condição de fluzdzzaçao minima (46)

=> Froud sob condição de fluidização mínima (47)

Se:

[Fr }[Re 1r Ps —¼ [Dci1<100 Fluidização Homogênea (48).


L Pf ] .

1rl
[p,s - P

JLJ
¼ Dc
>100 Fluidização Heterogênea. (49)

1.7 - LEITO DE JORRO.


É caracterizado por utilizar sistema sólido-fluido compressível, apresentando sempre duas fases:
• Fase Central. - É a fase diluída, apresentando movimento ascendente.
• Fase Anular - É a fase densa, apresentando movimento sólido-fluido em contra corrente.
O leito de jorro tem uma característica de apresentar uma câmara de forma geométrica cone-
cilíndrica ou cônica, conforme ilustra a Figura 3

Origem do jorro

Fase central

Leito formado

Fase anular

P1 Base cônica

Alimentação
gasosa

111 'jrofrno Operações 1


-4 254
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oro/ino(ui,ufpa.br

Com o aumento do fluxo gasoso o leito de jorro sobre modificações


• Inicialmente é considerado leito fixo
• Fase de transição entre o leito fixo e o jorro
• Leito de Jorro.
• Colapso

AP r

qmi q
FIGURA 4 - Representação da Queda de Pressão x Velocidade em leito de Jorro.

A Figura 4, ilustra que a ocorrência de aumento na velocidade da alimentação do fluido em um


leito de jorro, ocorrem fases transitórias que estão discriminadas na Tabela 1

Orofino Operações 1
255
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - oroflno(ã,ufra.br

TABELA - Fases Transitórias de um Leito de Jorro ocasionada pelo aumento do fluxo


gasoso.

Trecho AB Leito Fixo


Trecho BC Formação de uma cavidade junto a entrada do fluido
compressível
Ponto C Resistência máxima de Sólidos ao escoamento -> AP max
Trecho CD Jorro interno de menor resistência ao fluxo.
Trecho DE Expansão do leito
Ponto E Inicio do jorro interno ~ iSPjorro
Trecho EFG Redução da velocidade, visando a identificação de condição de
jorro mínimo -* qmf
Ponto F Condição de jorro mínimo.
Ponto G Condição de colapso do leito de jorro

APmax é um dado importante para projeto de bombas e sopradores, podendo ser utilizado o by-
pass.e o para o cálculo da vazão assumir que:
q projeto >q mf
11.7.1 —APLICAÇÕES DO LEITO DE JORRO.

a)-Secagem
o Região de jorro, (central) - Convectiva
o Região anular Difusiva.
-

b)-Aquecimento e resfriamento
c)-Granulações de pastas ou soluções.
• Sangue de animais abatidos (bovinos)
d)-Recobrimento de partículas.
o Comprimidos,sementes e fertilizantes.

11.7.2 —PARÂMETROS DE ESTUDO.

Nomenclatura adotada.

Orofino Operações 1
-& 256
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - orofino(ã,ufpa br

b. => Diâmetro de partícula

Diâmetro da coluna (câmara)

Diâmetro da entrada de fluido compressível.

A.
2 = 0,205.-- ' Fator de forma da partícula
P7

8 => ângulo do cóne

A estabilidade do jorro depende da geometria do leito e das características das partículas


APjm, qjm Condição de jorro mínimo.

A altura máxima de jorro estável (profundidade) depende:


1- Tamanho - Forma e massa específica das partículas
2-Dimensões do leito - Ângulo de base / Diâmetro de entrada de fluido compressível.

Hmáx, APmáx

A determinação destas variáveis são preditas por correlações empíricas e semi-empíricas e,


diretamente através de dados experimentais.

11.7.2.1 —VELOCIDADE DE JORRO MÍNIMO. q jm


Leito cônico

J3
ÂWHUR — GISHDER := [ r2.aH.(Ps — P (50)
D. D L Pj

, -' 0,82
( H
WANG — FYANG : [R = k. Re •{t[f} (51)
•L-b-J
P .q.D1, = P .VT .D
Re = ReT (52)
Pj

Orofino Operações 1
* UFPA ITEC FEO - Fluidização - oro/ino(ã,ufra.br
257

10 ° <-8 ~ 16 ° k=1,24 e n=0,92

17 ° <-8:~ 70° k=0,465 e n=0,48


11.7.2.2 QUEDA DE PRESSÃO SOB CONDIÇÕES DE JORRO MÍNIMO .Apjm
Leito cônico

0'

7,68.
Ap1.0, (11)
' '0,33
(53)
Hpb G
(Re) o"

(58) => DENSIDADE APARENTE DOS SÓLIDOS

11.7.2.3 ALTURA MÁXIMA DE JORRO.H MÁX


Leito cônico
8
HMAX
LEFROY E DAVIDSON: = 0,192.D.L (54)

0,75
HMAX Dc
M4LEK E LU: = 0,105 (55)
1DP J 1D,) p

11.7.2.4-QUEDA DE PRESSÃO EM CONDIÇÕES DE PRESSÃO MÁXIMA Ap i.IAJC

Leito cônico
1,2

MUKLENOV E GORSHTEIN: APmax


= 1,0 + 66s [ffJ .{t[J}°' 5 Ar 02 -
(56)

G.D '(Pj' - P )Pí


Ar = 2 Número de Arquimedes (57)

luAP , y54 (D(:


~
= 1 ± 6,65(D io}{t(J} °'7° (58)
tDI
-

H.Ph.G DJ )

Orofino Operações 1
-4 258
UFPA ITEC FEQ - Fluidização - orolino(jufpa.br

11.8-CÁLCULO DA POTÊNCIA DO SOPRADOR.

P1 - Pressão na montante (entrada do fluido compressível)


P2 — Pressão da jusante (ponto genérico do leito, para uma dada altura)
= *P2 — =
( 59)
p.G p.G

W = H11 .p.Q (60)


Ap
..pQ.G (61)
p.G

11.9— REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


1. Apopind, Aparelhagem de Operações Industrial,
Livro elaborado a partir de anotações de aulas teóricas pelos ex-alunos da Escola de Química da UFRJ em
homenagem ao Prof Luis Alberto Coimbra, Edição limitada.
2. Foust, Alan 5, et ai. Princípios de Operações
Unitária. 2 ed. Rio de Janeiro. ed Guanabara Dois.1982, pp670
3. Gomide, R. Operações Unitárias vol 3; 1 ed. São Paulo ed. Edição do Autor 1983, pp293
4. Massarani, G. Tópicos Especiais em Engenharia Química v2. 1 ed São Paulo ed Edgard Blueher.
1984, pp 3923
5. Perry, Handbook; 5th Edition.
6. http:/www.eng.ufsc.br/disciJega5313/ acessado em 2005
7.Silva;C;G;Meuris Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1 EQ-55 1
ministrada em 2003 FEQ - UNICAMP
8.J.Ni.Coulson; J.F.Richardson, Tecnologia Química Vou, 2' Lisboa ed. Fundação Calouste
Gulbekian 1968 pp889
9.Warren L.Mc Cabe ; Julian C.Smith; Unit Operation of Chemical Engineering 3th ed —Toldo-
Japão. Editora Mc Graw-Hill; Chemical Enginnering Serie-1976, pplø2'7
10.AngelVian; Joaquin Ocon. Elementos de Ingenieria Química 5a ed-Espanha. EditoraCollection
Ciencia y Técnica 1972, pp800
11.Beppu;Marisa; Anotações de aulas teóricas da disciplina Operações Unitárias 1 EQ-551 ministrada
em 2002 FEQ - UNICAMP
12. Costapinto, 5; César; Anotações de aulas teóricas da disciplina Sólidos Particulados do
Programa de Pós Graduação da FEQ - UNICAMP ministrada em 1983

Orofino Operações 1
- 259
UFPA ITEC FEQ - Conversão de Unidades - orofino(â,ufra.br

CONVERSÕES DE UNIDADES

Grandeza Dimensões Unidades no Sistema


Física MLT FLT CGS MKS (SI) FPS Engenharia
Aceleração LT 2 LT 2 cm/s2 mis2 ft/sec2 ftisec2
Comprimento L L cm m ft ft
Densidade ML-3 FL 4T2 gicm3 Kg/m3 lbJft3 slugift3
Energia e ML2T2 FL Dina.cm N.m = Pdl.ft lbf.ft
Trabalho = Er Joule ÇJ)
Força MLIT2 F m's = kg.m/s = lb.ft/sec2 = slu9.ftisec2
Pina Newton (N) Poundal = lb
Massa M FE'T2 Kg slug
Momento de ML FLT2 g.cm2 kg.m2 lb.fe slug.ft2
Inércia
Potência ML2T 3 FLT' Ergls Jouleis = PdLft/sec lbf.ftisec
Watt (W)
Pressão e ML-'T-2 FE2 Dinaicm2 N/m2 = Pdllft2 Ibç/ft2
Tensão Pascal (Pa) (p.s.f.)
Quantidade de MLT' FT Dina.s N.s Pdl.sec Ibf.sec
Movimento
Tempo T T - s s sec sec
Tensão MT-2 FE' Dinalcm Nim PdI/ft lbfift
Superficial
Torgue ML2T2 FL Erg Joule Pdl.ft lb.ft
Vazão L3T' L3T' cm3is m3is ft3ise ft3isec
Volumétrica (c.f.$) (c.f.s.)
Vazão MT' FL'T' g/s kg/s lb/sec sluglsec
Mássica
Velocidade LT' LT' cm/s mis ftisec ftisec
Velocidade T' T' rad.is rad./s rad.isec rad.isec
Angular ___________
Viscosidade L2T' L2T' -- em Is = m 2Is f?Isec f?/sec
Cinemática Stokes (St)
Viscosidade ML'T' FE2T g/tm.s Kgim.s lbift.sec = slugift.sec
Dinâmica (poise) Pdl.secift2 = lbf.secift2
- Sistema "CGS" [MLTI:
[M] =g ; [L]cm [T]s
- Sistema Internacional "SI" IMLT]:
[M]=Kg ; [L]=m ; [T]s ;
- Sistema Métrico Gravitacional IFLTI:
[F] = Kgf ; [L] = m [T] = s = 9,8067 Kg.m/Kgf.s 2
- Sistema Inglês Técnico {F.P.S.} [MLTJ:
[M] lbm ; [L]=ft [T]=s ; g 1,0 ; F=Ibm.ftls 2 (Poundal)
- Sistema Inglês de Engenharia {Engenharia} IFLTI:
[F] = Ibf [L] = ft [T] = s ; g, = 32,174 lb.ftllbf.s 2
UFPA - JTEC - F EQ
Elaborada PROFMARCUS V2'NJCiUS (Fenómenos de Transportei)
Adaptada PROFOROFINO (Operações!)
Orofino Operações 1
260
UEPA ITEC FEQ - Conversão de Unidades - Oro fino(ã,ufpa.br

12.1- COMPRIMENTO, ÁREA E VOLUME

mícron (ji) = 10 6m
Comprimento milimícrol? (mit) = 10 9m
(L) ângstron (A) = 10 1m
ft = 12in = 30,48cm
in = 2,54em
m = 39,32in = 3,28ft
milha = 1,609Km
Área (A) ft2 = 144in2 = 929cm2
= 10,7611 2 = 104cm2
L =103cm3 = 61,02in5 = 0,03532ft3
Volume (V) m3 = 103L = 35,32ft3
ft3 = 7,481 US galão = 0,02832m3 = 28,32L
US galão = 231in3 3,785L
galão imperial = 1,201 US galão

12.2-MASSA

=X Kg g utm 1h oz slug Observação


10 3 0,102 2,205 35,28 Quilograma
Kg 1 6,85x10-2

g 10 3 1 1,02x10-4 2,2x10-3 35,3x10-3 6,85x10-5 grama

utm 9,80665 9806,65 1 21,62 346 0,67 unid. Téc. de massa

Ib 0,4535 453,5 4,62x10-2 1 16 3,1x10 2 libra-massa

oz •2 28,3 2,9x10 3 6,25x10-2 1 1,9x10-3 onça


1 83x1W
2

slug 14,59 14589 1,49 32,17 514,7 1

12.3 - VELOCIDADE

Km/h mis no ft/s

km/h 1 0,28 0,54 0,91

mis 3,6 1 1,94.:. 3,28

no 1,852 0,51 1 1,59

ftis 1,1 0,3048 0,59 1


UFPA - ÍTEC F EQ
Elaborada PRQF.MARCUS VINICIUS (Fenômenos de Transportei)
Adaptada PROF.OROFJ'NO (Operações i)
Orofino Operações 1
-& 261
UFPA ITEC FEO - Conversão de Unidades - oroflno(ã),u/'pa.br

12.4- DENSIDADE ABSOLUTA [p]

Kg/m3 g/cm3 lb/ft3

Kg/m3 1 10-3 6,25.10_2

g/cm3 103 1 62,5

lb/ft3 16 1,6.10_2 1

12.5- FORCA:

=X dma N Kgf pdl lbf Observações

dma 1 10-5 0,102x10 -5 7,23x10-5 2,3x10~ dia.

N 105 1 0,102 7,23 0,225 Newton

Kgf 980665 9,80665 1 70,95 2,205 quilograma-força

pdl 13823 0,138 1,41x10-2 1 3,1x10-2 poundal

Ibf 4,45x105 4,45 0,453 32,17 1 libra-força

12.6- ENERGIA E TRABALHO

=X J KJ L.atm cal Kcal Kgf.m Btu lbf.ft

J 1 10 3 98,7.10" 238,8.1W5 23,9.10-5 10,2.10_2 94,8.10-5 737,5.1W3

KE 10 1 98,7.10-' 238,85 23,9.10_2 101,97 94,8.10_2 737,5

L.atm 101,325 101,3.10-3 1 24,2 24,2.10_3 10 9 33 96.10 3 74,73

cal 4,1868 4,19.10-3 4,13.10_2 1 10-3 426,9.10-3 39,7.10-4 3,09

Kcal 4,187.10 4,1868 41,32 10 3 1 426,9 3,97 3,09.10

KgLm 9,80665 9,8.10-3 96,8.10~3 2,34 2,3.10-3 1 93.10 4 7,2

Btu 1055 1055.10- 10,413 252 0,252 107,59 1 778,165

lbf.ft 1,356 1,36.10-3 1,3.10_2 0,324 3,2.10-4 138,3.10-3 12,9.10-4 1


Observações:
Btu —> Unidade Térmica Britânica
J —> Joule
UIPJj-4EÇ - 4Q
E/aTorada pBflCíÀcus VINICIUS (Fenómenos de Transportei)
Adaptada PROFOROFÍNO (Operações 1)
Orofrno Operações 1
262
UEPA ITEC EEQ - Conversão de Unidades - oro fmno(ã,ufp a. br

12.7- POTÊNCIA

7 Kcal /
X
W KW cv hp KJIh KJ/min KcalI Kcal/s
min
W 1 iW 1,36.1W3 1,34.1W3 3,6 0,06 0,8598 1,43.10_2 2,39.1W4

KW 103 1 1,36 1,34 3,6.10 60 859,8 14,33 0,239

cv 735,5 0,736 1 0,9868 2647,8 44,13 632,41 10,54 0,1757

hp 745,3 0,745 1,013 1 2683 44,72 640,8 10,68 0,178

KJIII 0,278 2,78.10- ' 3,78.1W 3,73.1W' 1 1,7.10r 2 0,239 3,98.1W3 6,64.1W5

KJ/min 16,67 1,67.10_2 2,27.10_2 2,24.10_2 60 1 14,33 0,239 3,98.10-3

KcalIh 1,163 1,16.10-3 1,58.1W3 1,56.1W3 4,187 6,97.10_2 1 1,67.1O_2 2,78.10-

Keallmin 69,78 6,9.10_2 9,49.10_2 9,36.10_2 251,2 4,187 60 1 1.67.10_2

KcalIs 4186,8 4,186 5,69 5,618 15072 251,2 3600 60 1

Kgf.m/h 2,7.10-3 2,7.1W6 3,7.10_6 3,65.10- 9,81.10-3 1,63.10 - 2,34.10-3 3,9.1W5 6,5.10-

Kgf.m/h 1 1,67.10_2 2,78.10-4 9,3.10-3 1,5.10-4 2,58.10_6 7,23 0,12 2.10-3

Kgf.m/m 60 1 1,67.10_2 0,558 9,3.10-3 1,55.1W4 434 7,23 0,12


in

Kgf.mls 3600 60 1 33,46 0,5577 9,3.10-3 26038 434 7,23

Btu/h 107,6 1,793 3.10_2 1 1,67.10 2 2,78.1W 4 778,15 12,97 0,216

Btulmin 6455,3 107,6 1,793 60 1 1,67.10_2 46689 778,15 12,97

Btuls 3,87.10 6455,3 107,6 3600 60 1 2,8.106 46689 778,15

lbf.ft/h 0,138 2,3.1W3 3,8.10- 1,3.1W3 2,14.lW5 3,57.10 7 1 1,67.10- 2,78.10-4


2

lbf.ft/min 8,296 0,138 2,3.10-3 7,7.10_2 1,3.1W3 2,1.1W5 60 1 1,67.10_2

lbf.ft/s 497,74 8,296 0,138 4,626 7,71.10_2 1,3.10-3 3600 60 1


Observações:
cv -* cavalo vapor
hp -, cavalo de potência
W-*Watt =J/s

UFPA - /TEC- FEQ


Elaborada PROF.MÁRCUS VINICIUS (Fenómenos de Transportei)
Adaptada PROFOROFiNO (Operações!)
Orofino Operações 1
263
UFPA ITEC FEQ - Conversão de Unidades - oroflno(iiufpa.br

12.8- CONDUTIVIDADE TÉRMICA [k]

t W Kcal cal Btu.in Btu Btu


=X
cm.°C m.h.°C cm.s.°C ft 2 .h.°F ft.h.°F in.h.°F
w
1 85,985 0,23885 693,5 57,79 4,815
em.' C
Kcal
0,01163 1 2,778.10 8,064 0,6719 0,05599
mb.° C
cal
4,1868 360 1 2903 241,9 20,16
cm.s.° C
Btu.in
2 1,442.10-3 0,1240 3,445.10-4 1 0,08333 6,944.10-3
11.h.°F
Btu
1,731.10_2 1,488 4,134.10- 12 1 0,08333
ft.h.°F
em
0,2077 17,858 4,964.10 2 144 12 1
in.h.° F

Observação:

w
1 =10
em.' C ia° C

12.9 - COEFICIENTE DE TRANSMISSÃO DE CALOR [h]

t W -__W Kcal cal Btu


X
cm 2 .°C m 2 °C rn 2 .h.0 C cm 2 .s.°C ft 2 .h.0 F
w 10 4
1 8598,5 0,23885 1761
cm 2 . ° C
w
ir' 1 0,85985 2,389.10-e 0,1761
m2° C
Kcal
1,163.10- 1,163 1 2,778.10-5 0,2048
m 2 .h.°C
cal
4,1868 4,i868.1O 3,6.10 1 7373
cm 2 .s.°C
Btu
5,681.10- ' 5,681 4,886 1,356.10-4 1
ft 2 .h.°F

UFPA - JTEC - FEQ


Elaborada PROEMARCUS VINÍCIUS (Fenômenos de Transportei)
Adaptada PROF. OROFINO (Operações 0
Orofino Operações 1
a 264
UFPA ITEC FEQ - Conversão de Unidades - orofmno(ui?ufpa.br

12.10 - VISCOSIDADE CINEMA TICA (v)


Temperatura
Densidade (p)
Angulo:

Viscosidade
iStoke (St) = Cm 21s = 102 centistokes (cSt)
Cinemática lft2/sec = 92900 (cSt) = 0,01 (St)

K=°C+273,15
R = °F + 459,67
= — (°F — 32)

Temperatura
°F = 0 C +32
5

lgIcm3 = 10-3 Kg/m3 = 62,431b/ft3 = 1,94 sluglft3


Densidade llb/ft3 = 0,01602g1cm3
18lug/ft3 = 0,5154g1cm3
Ângulo 1 rad = 57,296° 1° = 0,017453rad

12.11 - ENERGIA E TRABALHO:


J KJ L.atm cal Kcal Kgf.m iltu lbf.ft

J 1 10 3 98,7.10-4 238,8.10-e 23,9.10-5 10,2.10_2 94,8.10-5 737,5.10-3


103 98,7.10_1
KJ 1 238,85 23,9.10_2 101,97 94,8.10_2 737,5

L.atm 101,325 101,3.10-3 1 24,2 24,2.10~3 10,33 96.10-3 74,73

cal 4,1868 4,19.10-3 4,13.10_2 1 10~3 426,9.10-3 39,7.10-4 3,09

Kcal 4,187.1 03 4,1868 41,32 1 3 1 426,9 3,97 3,09.10

Kgf.m 9,80665 9,8.10-3 96,8.10-3 2,34 2,3.1W3 1 93.10-4 7,2

Btu 1055 1055.10- 10,413 252 0,252 107,59 1 778,165

lbf.ft 1,356 1,36.10-3 1,3.10_2 0,324 3,2.10- 138,3.10-a 12,9.1W4 1


Observações:
l3tu -+ Unidade Térmica Britânica
J —* Joule
cal -> caloria

UFPA — /TEC— FEQ


Elaborada PROFJI'ÍARCUS VINÍCIUS (Fenômenos de Transportei)
Adaptada PROFOROFINO (Operações!)
Orofino Operações 1
-4 265
UFPA ITEC FEQ - Conversão de Unidades - oroflno(ã),ufpa.br

12.12 - VISCOSIDADE DINÂMICA [p1

= P Kg/m.s Kg/m.h Kgf.s/m2 Kgf.h/m2 lb/ft.s lbf.s/f9

1 0,1 360 0,010197 2,833.10-- 0,06721 2,0885.10-e

Kg/m.s 10 1 3600 0,10197 2,833.10~5 0,6721 2,0885.10_2

Kg/m.h 2,778.1O- 2,778.1W 1 2,833.1W5 78,68.1W'° 18,67.1W5 5,801.1W'

KgLs/m 98,07 9,807 353,04. 102 1 2,778.10-' 6,5919 0,20482

106
Kgf.h/m 353,04 .103 353,04.102 127,09. 3600 1 23730 737,28

lb/ft.s 14,882 1,488 5357 0,15175 4,214.10~5 1 0,03108

Ibf.sfft2 478,8 47,88 172,4. 103 4,882 1,356.10-3 32,174 1

dina•s g
(P)* Poise =
em 2 em•s

UPPA -JTEC-FEQ
Elaborada PROEMARCUS VÍNICÍUS (Fenómenos de Transportei)
Adaptada PROFOROFINO (Operações i)
Orofino Operações 1
si

-
o
o' ut
'?
-
'7
'
00
c, - • -
o
e)
lo
e,
e,-
o
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N N en in

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— - - —

1 b'qbb
O -
6

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1.
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'o 0 OtS 'o ei 'e

ci
44,

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"lo

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5 o' tO

t E -
o
o
'6
)fl
N 100


-ã 267
UFPA ITEC FEQ Transformação de Unidades -orofino(W,ufpa.br

Determinação da Densidade de gases sem uso de Tabelas


MÃErMIM
M
n=—
PM
P.V =
FM
P=
PM
P=—
VPM

PM
1
P=p .Ri
GMOL
P.MOL
= R.T

PMOM
Ri

- 3
Para obter a densidade do gás em (g/CM ) utilize as unidades:

P - atm
Mol=PM=g
R=82,O5
T= ° K

UFPA—JTEC—FEQ
Elaborada PROF.MARCUS VINICIUS (Fenômenos de Transporte!)
Adaptada PROFOROFINO (Operações])
Orofino Operações 1
Temperatura de bulbo úmida - tf - (°C)

ro N) N)
O) CO w Z M CO o r'. a M CO o

LI'
Qn
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N
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11
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DIAGRAMA DE SELEÇÃO - Série DC

• \\
\I'\N\
1 //////
• •H •

3W250 200 LO 100 ai 60 50 40 30 20 15 10


30 l N
(,½1r1, hi vazáCi de água
8
1

gula de 4{3"C para o c a enip ri ora

Solut1o: Du ponio 1 - 24 ( urna vertical ate a curva 3(0 Ç 40


1 ¼
ai tianilti 1) pi>nlo2 Di 2 um rtuat atei cuiva 1 lo 22
\ !\ \ \ •
graus 40 ( - jO( puniu 3 De 3 unia horizontal a °
20 22 24 26 28 30 32 34 38 36
ponto 4, orni OÍdIO corri a vertical qui rir 70&/h
torre Selei ionada. IX 40 Tem p. agua resfriaria 1w2( C}

flhÍJntIIcVflrqiiIfltflvuIitc4t.juJiibt]Mt*

1 - Carcaça e Piscina: Construídas em íiberglass na cor 4 - Distribuição de.Agua: Tubos de PVC. e bicos
verde. Para montagem e manutenç3n das partes internas, pulverizadores de polipropileno.
existe unia porta de inspeçdo. Parafusos (J€Y aço
5 - Enchimento: Tipo grade injetado, perfil °Munters
inoxidável,
modificado, de poflpropileno.
2 - Ventilador Centrífugo: De dupla aspiraç5o tipo tsírocco'
& - Acessórios:
baixo nível de ruído e auto rendimento, fabricado em
- Abafadores de ruído
chapa de aço protegida com epoxi, ou íiberglass.
Ligações elásticas das entradas de ar da Torre a czolais
Acionamento por poItas e corretas.
- termostatos
3 - Eliminador de Gotas: De dupla passagem, tipo
'chevrorf, injetado em polipropileno.

-- REPR[SLNTIN1E — — — — — — — — — — — — — — — — — — —
caravela Uda.
indústrias Caravela
Rua Moacir da Silveira, 12
Santana de Parnaiba - SP
Cep 06500-000
Tel/Fax: (11) 4151-2206 / 1478
E-mail: torre.caravela©attgIobatt
Site: www.torre.caraVela.c0m'
Aspiração do ar em contra corrente;

Totalmente desmontáveis;
• Modelos com nível de ruído standard, ou
silenciosos equipados com abafadores de ruído
(foto ao lado);
o Fácil manutenção e limpeza;

• Estrutura da torre em fiberglass (fibra de vidro),


na cor verde;
• As torres são fornecidas completas, com piscina
própria de tiberglass, equipada com válvula crivo
de saída, que impede a sucção de ar pela
bomba, dreno de 2", válvula bóia e ladrão;
• O hélice pode ser diretamente acoplado ao motor
elétrico, ou a redutor de velocidade.

Motor elétrica TFVE, IP(W) 55, classe B Ferro fundido Abafador de ruídos Polipropileno
Ferragem interna Zincadaa fogo Antigoteira (eliminador de gotas - foto 1) Polipropileno
Hélice axial, com passo regulável, perfil airfoil Fiberglass Enchimento (foto 3) Polipropileno
Difusor Fiberglass Oistnbuição de agua RC
Corpo da. torre Fiberglass Bicos de pulverização tipo multiplate (foto 2) Polipropileno
Piscina Fiberglasa

Foto 1 Foto2 Foto3


Ho ± 200
1 Abafador de Ruídos
Dve

ll/'
Motor
IF----1J
Redutor de Velocidade

o
C)

1) K - entrada de água quente flange ASA ou DIN: 6) Profundidade M pelo cliente;


2) L - saída de água resfriada flange ASA ou DIN: 7) Após montagem da torre sobre a base, chumbá-la com
3) N - água de reposição: chumbadores tipo UR de 112";
4) P - ladrão 2" o rosca: 8) Modificações sem aviso prévio.
5) O - dreno 2o rosca:

81/9 2.870 aüso 1 3.250 3.540 800 490 1950 1.750 13,100 3990 8 10 2.000 6.500 10 7,5
8112 2870 3,050 13.250 35401 800 490 1950 175013100 39901 8 10 2300 7000 10 7,5
81/15 2870 305013250 í 3540 800 1, 490 1950 t1750 3100 3990 8 10 12600 75001 10 75
100/9 317033703570 3560 800 510 1950 [1750 13100 4010 8 10 3000 8300 1 125 75
100/123170 3370 3570 3560 800 510 1950 1750 i 3100 4010 8 10 3300 8700 125 75
100/15 31703370 3570 3560 800 510 1950 1750 31004010 8 10 3400 9100 12,5 75
129 3450,3650 3850 3560 800 520 1950 2000 3100 4010 10 12 3600 10100 20 10
121112 3450 365013850 1 3.560 600 520 1950 2000 13100 40101 10 12 3900 110.500J 20
1
1950 20003100 4010 10 12 4100 110.900 20 1
121115 3450'3650 3850 3560 800 520

Representante
(5&uMé&
INDÚSTRIAS CARAVELA LTDA.
Rua Moacir da Silveira. 12- CEP: 06500-000
Santana de Parnaiba - SP
TelJ11)4151-2206-Tel(fax:(11)4151-1478
E-mail: torre. caravela @ attglohaLnet - wwwdorre-caravela.com.br

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