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O problema do Perdão
Por que o nosso perdão depende da morte de Cristo? Por que Deus não nos perdoa
simplesmente, sem a necessidade da cruz?
Anselmo em seu grande livro Cur Deus Homo?, escrito no final do século onze. Escreveu
ele que se alguém imagina que Deus pode simplesmente nos perdoar como nós perdoamos
uns aos outros, essa pessoa "ainda não pensou na seriedade do pecado". "Você ainda
não considerou a majestade de Deus". Quando a percepção que temos de Deus e do
homem, da santidade e do pecado, é tortuosa, então nossa compreensão da expiação
provavelmente também será tortuosa.
Somos indivíduos particulares, e os pequenos delitos das outras pessoas são danos
pessoais. Deus não é um indivíduo particular, contudo, e o pecado tampouco é mero dano
pessoal. Pelo contrário, o próprio Deus é o criador das leis que quebramos e o pecado é
rebeldia contra ele.
A pergunta crucial que devemos fazer, portanto, é diferente. Não é por que "Deus acha
difícil perdoar, mas como é que ele acha possível, de algum modo, faze-lo". Ou, nas
palavras de Carnegie Simpson: "O perdão, para o homem, e o mais claro dos deveres;
para Deus e o mais profundo dos problemas".
O obstáculo ao perdão não é somente o nosso pecado nem somente a nossa culpa, mas
também a reação divina em amor e ira para com os pecadores culpados. Pois embora,
deveras, "Deus seja amor", contudo, temos de lembrar-nos de que o seu amor é "um amor
santo", amor que anseia pelos pecadores enquanto ao mesmo tempo se recusa a tolerar o
pecado.
Como, pois, poderia Deus expressar o seu santo amor? — seu amor em perdoar pecadores
sem comprometer a sua santidade, e a sua santidade ao julgar os pecadores sem frustrar
o seu amor?
Nas palavras de Isaias, como poderia ele ser simultaneamente "Deus justo e Salvador"
(45:21)? Porque, apesar da verdade de que Deus tenha demonstrado a sua justiça tomando
a iniciativa de salvar o seu povo, as palavras "justiça" e "salvação" não podem ser tomadas
como sinônimos.
A GRAVIDADE DO PECADO
O Novo Testamento emprega cinco palavras gregas principais para o pecado, as quais
juntas retratam os seus aspectos variados, tanto passivos como ativos.
“Todo aquele que pratica o pecado (hamartia) também transgride a lei, (anomia) porque
o pecado é a transgressão da lei (anomia).”
De acordo com as Escrituras, Deus é um ser justo. Ele revelou sua lei e sua vontade a
todos os homens por meio da lei escrita em seus corações e a alguns homens em particular
pela revelação maior das Escrituras. Em ambos os casos, as Escrituras testificam que
todos os homens foram suficientemente iluminados com respeito à vontade de Deus de
tal forma que serão indesculpáveis no dia do juízo. O que o profeta Miqueias disse aos
judeus pode ser dito em graus variados a cada homem: “Ele te declarou, ó homem, o que
é bom e que é o que o SENHORpede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia,
e andes humildemente com o teu Deus.” (Romanos 2.14-16; 2 Timóteo 3.15-17; Romanos
1.20; Miqueias 6.8).
O centro do evangelho é a morte de Cristo, e Cristo morreu pelo pecado. Portanto, não
pode haver uma proclamação do evangelho sem um tratamento bíblico do pecado. Isso
inclui explicar sua natureza hedionda e expor os homens como pecadores.
As palavras mais ativas são parabasis (com a qual podemos associar paraptoma), uma
"transgressão", o ir além de um limite conhecido.
Pecar é passar por cima ou desviar da lei de Deus com um total desprezo pela sua pessoa
e autoridade. É ir além do que os seus mandamentos permitem e ignorar as restrições que
sua lei nos impõe. Ao contrário dos grandes oceanos que obedecem a voz de Deus e ficam
dentro das linhas que ele desenhou, os homens constantemente procuram romper e
transgredir seus limites.
A criança que estraga o tapete jogando de propósito o prato no chão e a criança que
simplesmente se recusa a pegar seus brinquedos estão ambas unidas na mesma rebelião
contra a autoridade de seus pais. Embora as consequências de seus atos pecaminosos
possam variar em grau, a rebelião que deu origem a eles é a mesma.
Uma vez que tenhamos visto que cada pecado que cometemos e uma expressão (em
diferentes graus de autoconsciência) desse espirito de revolta contra Deus, seremos
capazes de aceitar a confissão de Davi: "Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que e
mau perante os teus olhos" (Salmo 51:4).
O veredito divino contra o homem nos textos acima terá pouco significado para uma
cultura que ri do pecado e o abraça como se fosse uma virtude. Para compreender a
natureza hedionda do pecado que cometem, os homens precisam entender a visão exaltada
que as Escrituras têm sobre Aquele contra quem estão pecando. Se o infiel mais valente
e endurecido entendesse sequer a menor parte de quem Deus é, ele entraria em colapso
imediatamente sob o peso do seu pecado.
Desse texto, aprendemos duas verdades importantes. Em primeiro lugar, embora o pecado
possa ser cometido contra nossos semelhantes e até mesmo contra a própria criação, todo
o pecado é antes de tudo contra Deus. Em segundo lugar, o pecado é abominável não
apenas por causa da devastação que pode recair sobre outros homens ou sobre a criação
como um todo, mas principal e especialmente porque é um crime cometido contra um
Deus infinitamente glorioso, que é digno do mais perfeito amor, devoção e obediência.
Mas será justo culpar os seres humanos por sua má conduta? Somos realmente
responsáveis pelas nossas ações? Ou será que, em vez de agentes livres, não passamos de
vítimas de outras agencias, e, assim, sofremos mais pecado contra nos mesmos do que
nos mesmos pecamos? Temos ao nosso alcance toda uma gama de bodes expiatórios —
os genes, a química corporal (um desequilíbrio hormonal temporário), o temperamento
herdado, o fracasso de nossos pais durante a primeira infância, a criação, o ambiente
educacional e social. Juntos, estes parecem constituir um álibi infalível.
É o claro testemunho da Escritura que Deus fez o homem para sua própria glória, mas o
homem voluntariamente se colocou aquém desse propósito. A carta de Paulo à igreja de
Roma ilustra melhor essa terrível realidade: “Porquanto, tendo conhecimento de Deus,
não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus
próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios,
tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem
de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.”
De acordo com esse texto, todos os homens sabem o suficiente sobre o único Deus
verdadeiro de modo a não terem desculpas diante dele no juízo. Porém, o homem suprime
o que ele sabe ser verdadeiro e se rebela contra o propósito para o qual foi feito, a glória
e a honra de Deus. Afastando-se da verdade, ele fica envolto em trevas e vaidade. Em vez
de se arrepender, ele luta contra o que sabe ser verdade e continua a sua espiral
descendente rumo à escuridão moral, degradação e futilidade cada vez maiores.
O pecado que marca a vida de todos os homens é a própria antítese da glorificação a Deus,
e isso demonstra quão inapropriado e inadequado o homem se tornou.
Ele se arrancou do propósito para o qual Deus o fez e se desligou da única razão de sua
existência. Ele deixou a glória do Deus incorruptível e fez para si um objeto de adoração.
Ele rejeitou a vontade de Deus e submeteu-se a si mesmo. É de se admirar que ele tateie
sem sucesso buscando sentido para sua vida e que suas maiores tentativas de busca por
significado são absolutamente ridículas?
E importante notar que a falha do homem de glorificar a Deus não só conduz a uma
existência sem sentido, mas também é a mãe de todos os outros pecados. A longa lista de
devassidão e vícios listados no discurso de abertura de Paulo aos Romanos é apenas o
resultado de um grande pecado acima de todos eles: a recusa de todo o homem de
reconhecer e honrar a Deus como tal. É a caixa de Pandora da Escritura, que enche o
mundo inteiro de caos e destruição.
As Escrituras afirmam que o problema do ateu não é intelectual, mas moral. De acordo
com o salmista, é o tolo que diz em seu coração que não há Deus, fazendo isso não por
razões intelectuais, mas por causa da própria corrupção e do seu desejo de fazer o mal.
Ele não quer a Deus ou a sua moralidade, por isso nega a ambos. Não é o refinamento
intelectual do ateu que o impede de acreditar em Deus, mas a sua impiedade e injustiça
que o leva a suprimir a verdade.
O argumento de que é injusto condenar o ateu com bom comportamento moral representa
uma visão da realidade distintamente humanista e antropocêntrica. Em um universo
centrado no homem, o homem presta contas ao homem, mas em um universo centrado
em Deus, o homem presta contas principalmente a Deus e apenas secundariamente ao
homem. Mesmo que a vanglória do ateu em sua justiça para com o seu semelhante se
justificasse, ele falhou em sua relação e responsabilidade primária para com o Deus que
lhe dá vida, respiração e tudo mais. Esse pecado contra Deus é infinitamente maior do
que qualquer imoralidade que ele poderia cometer contra seu semelhante. | Atos 17.25
Não somos autômatos, incapazes de fazer qualquer coisa a não ser reagir mecanicamente
aos genes, ambiente ou até mesmo a graça de Deus. Somos seres pessoais criados por
Deus para si mesmo. . . Além do mais, o que Deus nos deu não deve ser visto como um
dom estático. Nosso caráter pode ser refinado. Nosso comportamento pode mudar. Nossas
convicções podem amadurecer. Nossas dadivas podem ser cultivadas. . . Nos, de fato,
somos livres para ser diferentes.
Alguém pode perguntar: “Como o homem pode ser responsável diante de Deus, se é
incapaz de fazer qualquer coisa que Deus comanda?” A resposta é muito importante. Se
o homem não obedecesse a Deus por causa de uma debilidade em suas capacidades
mentais ou fosse, de alguma forma, fisicamente restringido, então seria injusto Deus
responsabilizá-lo - ele seria uma vítima.
Contudo, esse não é o caso do homem. Sua inabilidade é moral e decorre de sua
hostilidade para com Deus. O homem é incapaz de amar a Deus porque odeia a Deus. Ele
é incapaz de obedecer a Deus porque desdenha de seus mandamentos. E incapaz de
agradar a Deus porque não considera que a glória e o beneplácito deste sejam metas
dignas. O homem não é uma vítima, mas um culpado. Ele não pode porque não quer. Sua
corrupção e inimizade contra Deus são tão grandes que prefere sofrer as punições eternas
do inferno a reconhecer a Deus como Deus e se submeter a sua soberania. | Romanos
5.10; 8.7-8; Romanos 1.30; Romanos 1.21
Imagine um prisioneiro político preso justamente em uma masmorra por sua traição
contra o rei e a nação. Um dia, o justo e misericordioso rei visita a cela e abre a porta. Ele
então promete dar completo perdão ao prisioneiro e restaurar a sua liberdade sob a única
condição de que ele renuncie à sua rebelião, honre o rei e se submeta à sua lei. Ao ouvir
as palavras do rei, o prisioneiro corre para a porta e a fecha com violência, novamente
confinando a si mesmo no horrível calabouço. Então, em um acesso de ira, ele cospe no
rei e grita: "Prefiro morrer do que me prostrar diante de você!” Esse é o caso do coração
não regenerado. A inimizade do homem contra Deus é tão grande que ele prefere se perder
no inferno a render a devida estima, glória e obediência.
A Escritura, invariavelmente, trata-nos como agentes moralmente responsáveis. Coloca
sobre nós a necessidade de escolher entre a vida e o bem, a morte e o mal, entre o Deus
vivo e os ídolos. Exorta-nos a obediência e adverte-nos quando desobedecemos. O
próprio Jesus pleiteou com a Jerusalém recalcitrante a que o reconhecesse e lhe desse as
boas-vindas. Muitas vezes, disse ele, dirigindo-se a cidade, em seu discurso: "Quis eu
reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vos não
o quisestes!" (Mateus 23:37). Assim, ele atribuiu a cegueira espiritual de Jerusalém, sua
apostasia e juízo vindouro a obstinação.
Quero distinguir entre liberdade humana e responsabilidade humana – elas são duas
coisas diferentes. Muitas pessoas assumem que a responsabilidade humana depende da
liberdade humana – isto é, elas pensam que os humanos são responsáveis porque são
livres, e que se eles não são livres, então eles não podem estabelecer isso?
Isso é quase sempre assumido sem argumento, mas eu rejeito essa premissa injustificada.
Pelo contrario, eu afirmo que embora a soberania contradiga a liberdade humana, e que
a Escritura nunca ensina a liberdade humana, a soberania divina não contradiz
a responsabilidade humana, e que a Escritura deveras ensina a responsabilidade humana.
O homem é responsável precisamente porque Deus é soberano, visto que ser responsável
significa nada mais do que ter de prestar contas pelas ações de alguém, que será
recompensado ou punido de acordo com um determinado padrão de certo ou errado.
Se os seres humanos pecaram (o que aconteceu), e se são responsáveis por seus pecados
(o que são), então são culpados perante Deus. A culpa e dedução logica das premissas do
pecado e responsabilidade. Erramos por nossa própria falta, e, portanto, devemos arcar
com a justa penalidade de nosso erro.
Deus "pune" ou "julga" o mal? Sim. O pano de fundo essencial da cruz não e somente o
pecado, a responsabilidade e a culpa dos seres humanos, mas também a justa reação de
Deus a essas coisas, em outras palavras, sua santidade e ira.
Ambos os testamentos da Bíblia descrevem a Deus como santo, santo, santo. Esta fórmula
tripartite é muitas vezes referida como o trisagion e é a forma mais forte de superlativo
na língua hebraica. | Isaías 6.3; Apocalipse 4.8
Os escritores da Bíblia não exaltam nenhum outro atributo de Deus dessa forma. Sua
santidade não é meramente um atributo entre muitos, mas é o próprio contexto em que
todos os outros atributos divinos devem ser definidos e compreendidos.
Crentes! Acima de tudo, os homens devem saber que Deus é santo! O que eles entendem
sobre esse atributo vai determinar o que eles entendem sobre Deus, sobre si mesmo, sobre
o pecado, sobre a salvação e sobre toda a realidade. | Provérbios 9.10
A santidade de Deus se refere a sua transcendência. Como Criador, ele está acima de toda
a sua criação e é totalmente diferente de tudo o que fez e sustenta. Essa distinção ou
separação entre Deus e todo o resto não é meramente quantitativa (ou seja, Deus é maior),
mas qualitativa (ou seja, Deus é um ser completamente diferente). Independentemente de
seu esplendor, todos os outros seres na terra e no céu são meras criaturas. Só Deus é Deus,
separado, transcendente e inacessível205. O anjo mais esplêndido que está na presença
de Deus não é mais parecido com Deus do que o menor verme que rasteja sobre a terra.
Ninguém é santo como o Senhor. Ele é incomparável! | Deuteronômio 4.35; 1 Timóteo
6.16; 1 Samuel 2.2
Há algo como uma progressão lógica na salvação dos homens. Eles devem saber que estão
perdidos antes que possam ser salvos. No entanto, eles devem saber que são pecadores
antes que possam perceber que estão realmente perdidos. E finalmente, eles devem
entender que Deus é santo antes que possam compreender totalmente a natureza atroz de
seus pecados!
Ao considerar a ira de Deus, é importante entender que ela não é uma emoção
incontrolável, irracional ou egoísta, mas o resultado de sua santidade, justiça e amor.
Também é um elemento necessário de seu governo. Por Deus ser quem ele é, ele deve
reagir com aversão ao pecado. Deus é santo. Portanto, o mal lhe dá repulsa, quebrando
ele a comunhão com o perverso. Deus é amor e ama zelosamente tudo o que é bom. Tal
intenso amor pela justiça se manifesta em um igualmente intenso ódio por tudo o que é
mau. Assim, o amor de Deus não nega a ira de Deus; pelo contrário, ele a confirma ou
garante. Deus é justo. Portanto, ele deve julgar a perversidade e condená-la. Se o homem
é um objeto da ira de Deus, é porque ele escolheu desafiar a soberania de Deus, violar sua
santa vontade e expor-se ao juízo.
Em sua santidade, justiça e amor, Deus odeia o pecado e se aproxima com uma terrível e
frequentemente violenta ira contra ele. Diante de sua ira, a terra treme e as rochas se
partem. As nações não podem suportar sua ira e ninguém pode permanecer diante de sua
indignação. O mais forte entre os homens e os anjos derreterão diante dele como um
pequeno boneco de cera diante de uma fornalha quente. | Jeremias 10.10; Naum 1.6;
O DILEMA DIVINO
―A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé‖. – Romanos
3.25
Romanos 3.25 nos diz que Deus “propôs” ou “apresentou publicamente” seu filho como
uma propiciação. A palavra “propôs” significa apresentar para ser exposto ao público. Na
cruz do Calvário, Deus pendurou seu Filho em um outdoor. Naquele preciso momento da
história, ele o ergueu no madeiro na encruzilhada do centro religioso do mundo para que
todos pudessem ver. | Gálatas 4.4
O fato de ter exposto publicamente diante do mundo é uma prova de que Deus intentava
que seu sofrimento e morte fossem instrumentos, ou meios, de revelação.
A cruz é aquela grande e última palavra de Deus ao homem que explica tudo o que precisa
ser explicado e responde às nossas persistentes perguntas sobre o propósito e a obra de
Deus entre os homens.
Do princípio ao fim, as Escrituras testificam que Deus é um Deus justo, que todas as suas
obras são perfeitas e todos os seus caminhos são justos4. Por que, então, Deus deve
demonstrar publicamente tanto a homens como a anjos que ele é justo? O que ele fez para
que sua justiça fosse posta em jogo a ponto de ter que explicar seus caminhos ou vindicar
a si mesmo? O apóstolo Paulo explica que era necessário que Deus, de uma vez por todas,
vindicasse sua justiça e demonstrasse a sua integridade por ter, “na sua tolerância, deixado
impunes os pecados anteriormente cometidos”. Em outras palavras, Deus considerou
necessário provar sua integridade aos homens e aos anjos porque ao longo da história
humana ele conteve seu julgamento de pecadores e concedeu perdão para homens ímpios.
Isso traz à tona o maior problema moral e teológico das Escrituras: como pode um Deus
ser justo e ao mesmo tempo restringir o seu julgamento e oferecer perdão àqueles que
devem ser condenados? Como Deus pode ser justo e ainda justificar pessoas ímpias?
Como Deus pode ser justo e justificar o ímpio? A resposta se encontra em uma das
maiores palavras das Escrituras - propiciação. A palavra deriva do latim, propicio, e
significa “misericórdia”. No Novo Testamento, ela é traduzida da palavra grega
hilastérion, que se refere àquilo que propicia, apazigua ou aplaca.
Ela explica que a morte de Jesus tirou os nossos pecados, satisfez a justiça de Deus e
aplacou a sua ira. Porque Jesus Cristo pagou de uma vez por todas pelos pecados do seu
povo, Deus pode justamente estender misericórdia ao culpado e ser, ao mesmo tempo,
“justo e justificador” de qualquer um que deposita a fé em seu Filho. | Romanos 3.26