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1. Limites exponenciais
x
1
Qual o valor de lim1 + ?
x →∞
x
x
1
Veja a tabela com valores de x e de 1 + .
x
x
1
Notamos que à medida que x → ∞ , 1 + → 2,7182818 . Trata-se do número irracional e
x
cujo valor aproximado é 2,7182818. Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou
neperianos. Desse modo, tem-se
x
1
lim1 + = e
x →∞
x
1
De forma análoga, efetuando a substituição = y , tem-se:
x
1
lim(1 + y ) y = e
y →0
As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam substituições
algébricas.
ax −1
Qual o valor de lim ?
x →0 x
Se a x −1 = u , então a x = u + 1 .
Mas:
ln a x = ln(1 + u )
x ln a = ln(1 + u )
ln(1 + u )
x=
ln a
Logo:
ax −1 u u ln a ln a ln a
= = = =
x ln(1 + u ) ln(1 + u ) 1 1
ln(1 + u ) ln(1 + u ) u
ln a u
ax −1 ln a ln a
lim = lim 1
= lim = ln a
x →0 x u →0 u → 0 ln e
ln(1 + u ) u {
1424 3 1
e
a kx − 1 ex − 1
lim = k ln a e lim =1
x →0 x x →0 x
d log b ( x + h) − logb x
(logb x ) = lim
h →0
dx h
1 x+h
= lim log b
h →0 h
x
1 h
= lim log b 1 +
h →0 h
x
1
= lim logb (1 + y )
y → 0 yx
1 1
= lim logb (1 + y )
x y → 0 y
1 1
= lim log b (1 + y ) y
x y →0
1
= logb lim(1 + y ) y
1
x y →0
1
= logb e
x
Assim,
d
(logb x ) = 1 logb e para x > 0
dx x
1
Porem logb e = , e podemos reescrever esta fórmula de derivada como
ln b
d
(logb x ) = 1 com x > 0
dx x ln b
d
(ln x ) = 1 com x > 0
dx x
Assim, entre todas as possíveis bases, a base b = e produz a fórmula mais simples da
derivada para logb x . Esta é uma das razões por que a função do logaritmo natural é preferida sobre
todos os logaritmos no cálculo.
d
Exemplo: Ache
dx
(
ln( x 2 + 1) )
Quando possível as propriedades dos logaritmos devem ser usadas para converter produtos,
quocientes e expoentes em somas, em diferenças e em múltiplos de constantes, antes de diferenciar
uma função envolvendo logaritmos.
d x2 + 1
Exemplo: ln
dx 1 + x
DIFERENCIAÇÃO LOGARÍTMICA
Consideremos agora uma técnica chamada diferenciação logarítmica, a qual é útil para
diferenciar funções compostas de produtos, de quocientes e de potências.
x 2 3 7 x − 14
Por exemplo, a derivada de y = é relativamente difícil de ser calculada diretamente.
(1 + x 2 ) 4
Contudo, se primeiro tomarmos o logaritmo natural de ambos os lados e, então, usarmos suas
propriedades, podemos escrever:
x 2 3 7 x − 14
ln y = ln 2 4
(1 + x )
1
ln y = 2 ln x + ln(7 x − 14) − 4 ln(1 + x 2 )
3
x 2 3 7 x − 14
Assim, resolvendo para dy/dx e usando y = obtemos
(1 + x 2 ) 4
dy x 2 3 7 x − 14 2 7 8x
= + −
dx (1 + x ) x 3(7 x − 14) 1 + x 2
2 4
OBS: Uma vez que 1n y é definido apenas para y > 0, a diferenciação logarítmica de y = f(x) é
válida apenas nos intervalos onde f(x) for positiva. Assim, a derivada mostrada no exemplo é válida
no intervalo (2, +∞), uma vez que a função dada é positiva para x > 2. Contudo, a fórmula é
realmente válida também no intervalo (-∞, 2). Isso pode ser visto tomando-se valores absolutos
antes de prosseguir com a diferenciação logarítmica e notando que ln y está definido para todo y
exceto em y = 0. Se fizermos isso e simplificarmos usando as propriedades de logaritmos e dos
valores absolutos, obteremos
1
ln y = 2 ln x + ln 7 x − 14 − 4 ln 1 + x 2
3
Em geral, se a derivada de y = f(x) for obtida por diferenciação logarítmica, então a mesma
fórmula para dy/dx resultará tomando-se ou não, primeiro, valores absolutos. Assim, uma fórmula
da derivada obtida por diferenciação logarítmica será válida, exceto nos pontos onde f(x) for zero. A
fórmula pode ser válida também naqueles pontos, mas não é garantido.
d x d x
No caso especial onde b = e temos ln e = 1, assim (b ) = b x ln b torna-se (e ) = e x
dx dx
d x
Além disso, se u for uma função diferenciável de x, então tem-se a partir de (b ) = b x ln b
dx
d x d u du d u du
e (e ) = e x que (b ) = b u ln b e (e ) = eu
dx dx dx dx dx
OBS: É importante distinguir entre diferenciar bx (expoente variável e base constante) e xb (base
variável e expoente constante).
Exemplo: Calcule
d senx d −2 x d x3 d cos x
a) (2 ) b) (e ) c) (e ) d) (e )
dx dx dx dx
3. Integrais Impróprias
∫ f ( x)dx
a
supõe que [a, b] é um intervalo finito e que f é uma função integrável em [a, b] (isto é, f é
contínua ou pelo menos é limitada tendo um número finito de descontinuidades no intervalo
considerado).
Uma integral é dita imprópria quando o intervalo de integração não é finito ou quando a
função não é limitada.
1
Por exemplo: É possível calcular a área A da região entre y = 0 e y = , para x ≥ 1?
x2
1
Situação 1: Calcule a área A da região entre y = 0 e a curva y = , para 1 ≤ x ≤ 2.
x2
1
Situação 2: Calcule a área A da região entre y = 0 e a curva y = , para 1 ≤ x ≤ 4.
x2
1
Situação 3: Calcule a área A da região entre y = 0 e a curva y = , para 1 ≤ x ≤ L.
x2
∫
a
f ( x)dx = lim+ ∫ f ( x)dx
b→a
a
se este limite existe (e é finito), caso contrário, dizemos que a integral de f(x) em [a, c] diverge.
Observação: Se f(x) é contínua em [a, c] então a integral imprópria de f(x) neste intervalo coincide
com a integral definida. Portanto faz sentido usarmos para integrais impróprias a mesma notação
usada para integrais definidas.
2
dx
Exemplo: Estude a convergência da integral ∫
1 x −1
Definição 2: De modo análogo, se f(x) é continua no intervalo [a, c), dizemos que a integral
imprópria de f(x) em [a, c] converge e é igual a
c c
∫
a
f ( x)dx = lim− ∫ f ( x)dx
b →c
a
caso este limite seja finito. Caso contrário, dizemos que a integral imprópria de f(x) em [a, c]
diverge.
o eixo OX e a reta x = – 1.
0
Exemplo: Estude a convergência da integral ∫ x ln x dx .
−1
Definição 3: Se f(x) é continua nos intervalos [a, c) e em (c, d] , dizemos que a integral imprópria
de f(x) em [a, d] converge e é igual a soma das integrais impróprias
c d
∫
a
f ( x)dx + ∫ f ( x)dx
c
caso estas integrais sejam ambas convergentes. Caso contrário, dizemos que a integral imprópria de
f(x) em [a, d] diverge.
0
ln x + 1
Exemplo 4: Estude a convergência da integral ∫
−2 x +1
dx
∫
a
f ( x)dx = lim
t → +∞ ∫ f ( x)dx
a
se o limite existe.
Se f e g são funções contínuas e 0 ≤ f(x) ≤ g(x) para todo x em [a, + ∞ ), então valem os
seguintes testes de comparação para integrais impróprias:
∞ ∞
(i) Se ∫ g ( x)dx
a
converge então ∫ f ( x)dx
a
também converge.
∞ ∞
(ii) Se ∫ f ( x)dx
a
diverge então ∫ g ( x)dx
a
também diverge.
Exercícios: Integrais Impróprias
π
0 ∞ 2
−x
e dx cos x
k) ∫ xe dx l) ∫ m) ∫
x
dx
−∞ 0 1− e −x
0 senx
2. Determine se a integral abaixo converge ou diverge. No caso de convergência, ache seu valor.
∞ ∞ ∞
dx ln x dx
(a) ∫5 x3 (c) ∫e x dx (e) ∫
0
3
x +1
x2 x 2 dx
∞ ∞ ∞
xdx
(b) ∫0 e x 3 dx (d) ∫0 x3 + 1 (f) ∫ (1 + x
1
2 2
)
1
3. Qual o valor da área A da região sob o gráfico de y = , acima do eixo x e à direita de x = 4.
x x
∞
dx
4. Para que valores de p a integral ∫x
1
p
converge?
6. Há vários tipos de integrais impróprias, cujas idéias são essencialmente as mesmas descritas no
caso definido acima. A forma de resolução é idêntica. Consulte o livro do Anton e tente resolver
os seguintes problemas:
0 x 2 π
2
− dx
(a) ∫ e dx 2
(c) ∫ (e) ∫ sen( x).dx
−∞ 0
(x − 1) 2 −∞
+∞ 2 0
dx dx dx
(b) ∫−∞1 + x 2 (d) ∫−∞ x 2 + 4 (f) ∫ (1 − x)
−∞
3
Respostas dos Exercícios
3 3 π
1. a) 2 b) π/2 c) ( 9 − 3 4) d) 2 e)
2 12
π
f) ln 2 g) + ∞, divegente h) i) ∞, diverge j) π
8
k) – 1 l) 2 m) 2
3. A = 1 u.a.
+∞
dx converge p >1
4. ∫x
1
p
diverge p ≤1
Mais Exercícios
1. Calcule a área da figura determinada pelas curvas y = − x 2 + 4 , y = − x + 2 e o eixo x. Faça o
gráfico mostrando a figura.
c) d)
e) f)
g) h)