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BELO HORIZONTE
2017
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LARISSA RIBEIRO LIMA SANTOS
BELO HORIZONTE
2017
2
RESUMO
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ABSTRACT
This report proposes to present an analysis of the unitary drying operation, jointly
of the simultaneous transfer of heat and mass. The drying is in as more with the chemical
industry, and its purpose is to remove the volatile liquid contained in a non-volatile body
through evaporation. Drying is important for the preparation of the application for
operation, storage or consumption, however, the fact is incorrectly can impair the quality
of the product or accelerate the deterioration process during storage. A quality of the dry
product, a quantity of energy spent and the time used in this process are a paramount
parameter for a profitability of the good submitted to this operation. The chemical industry
comes, use a jet bed technology for the treatment of materials and particles requiring high
rates of heat and mass transfer and a homogeneous final product, due to good control of
bed temperature, product residence time low and high heat transfer rate and mass. A
mathematical formulation of the developed drying of a simultaneous heat and mass transfer
analysis, and as spray bed drying applications such as granulation, heating, cooling and
particle recycling.
Keyword: dryer, spouted bed, unitary operation, heat transfer, mass transfer.
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SUMÁRIO
5
LISTA DE FIGURAS
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1. INTRODUÇÃO
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transmissão da energia em forma de calor, dentre os quais pode-se ressaltar a variação da
taxa temporal de transmissão de calor. A equação que fornece a variação da energia em um
sistema é dada por:
ΔE = Σ dQi
dt
− Σ dW
dt
j
4 4
Q = A × ε × σ × (T 1 − T 2 ) (Eq. 01)
da superfície emissora (0<ε≤1), A a sua área e T a sua temperatura absoluta (K). Como se
vê na eq. 01, a energia emitida é proporcional à quarta potência da temperatura absoluta,
pelo que a sua importância, relativamente aos outros mecanismos, aumenta com esta. Um
corpo ideal (negro) emite a radiação máxima possível já que a sua emissividade é unitária.
Tem valores de temperatura geralmente altos (> 104 ) [3].
A convecção é um processo de transporte de energia causada pela ação combinada
de condução de calor, armazenamento de energia e movimento de mistura. Uma das
aplicações importantes da convecção é no mecanismo de transferência de energia entre
uma superfície sólida e um líquido ou gás. Em um fluido, onde há fácil mobilidade das
partículas, quando aquecidas pelo contato direto com a superfície sólida, elas tendem a
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migrar para locais onde as temperaturas são mais baixas, o que acarreta em uma
transferência de energia de uma posição para outra. Neste caso, onde a movimentação das
moléculas é espontânea, denomina-se convecção livre, no entanto, há casos em que a
movimentação é causada por um agente externo, denominando-se convecção forçada [2,
3].
A lei básica da transferência de calor por convecção é dada pela equação de
Newton (Eq. 02) o calor transmitido no processo de convecção, por unidade de tempo.
q c = hc × A × ΔT (Eq. 02)
9
onde k representa a condutividade térmica do material, A a área da seção através da qual o
dT
calor flui por condução, e dx representa o gradiente de temperatura na seção [2].
dc1
J1 = − D × dz
(Eq. 04)
dc1
Onde J 1 fluxo da espécie 1, por difusão, D é o coeficiente de difusão, e dz
é
10
onde, N 1 representa as contribuições difusivas e as convectivas, k é o coeficiente de
transferência de massa, que fornece a velocidade com que a transferência ocorre, C 1i é a
concentração da espécie na interface e C 1 é a concentração da espécie no seio da solução.
A contribuição convectiva é o auxílio ao transporte de matéria como consequência do
movimento ao meio [4].
A secagem é uma operação que visa reduzir a umidade de materiais, e manter um
padrão máximo de qualidade. Atualmente, existem vários métodos de secagem e para
escolher um método é necessário conhecer a natureza da substância e o estado físico que se
encontra (sólido, líquido ou pastoso).
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Nos processos de secagem o material úmido está em contato com o ar insaturado e
se obtém como resultado a diminuição do conteúdo de umidade deste material e a
umidificação do ar, tem-se então dois estágios que definem o processo total de secagem o
aquecimento e a evaporação da umidade do material. Sendo assim a secagem tem por
finalidade a redução da umidade de um produto a um nível desejado [9]. O produto
colocado em contato com o ar quente ocorre uma transferência de calor do ar ao produto
sob efeito da diferença de temperatura existente entre eles. Simultaneamente, a diferença
de pressão parcial de vapor de água existente entre o ar e a superfície do produto determina
uma transferência de massa para o ar, na forma de vapor da água [12]
Além disso, algumas variáveis de secagem sofrem influências externas, como por
exemplo, a temperatura, a umidade, o escoamento de ar, o estado de subdivisão do sólido,
a agitação do sólido, o método de suportar o sólido e o contato entre as superfícies
calefatoras e o sólido úmido [9].
A temperatura do ar de secagem é o parâmetro de maior flexibilidade num sistema
de secagem em altas temperaturas. A temperatura do ar conjugada com o fluxo do ar de
secagem são fatores responsáveis pela quantidade de água removida no processo de
secagem e na qualidade do produto final. O aumento da temperatura implica em menor
gasto de energia por unidade de água removida e também a maior velocidade na taxa de
secagem, e maior gradiente de temperatura e umidade, enquanto que um aumento no fluxo
de ar reduz a eficiência energética, mas também aumenta a velocidade de secagem [9].
Na secagem de um sólido úmido, um gás com temperatura e umidade fixas,
manifesta-se sempre um certo tipo de comportamento. Imediatamente depois de um
contato entre a amostra e o meio secante, a temperatura do sólido ajusta-se até atingir um
regime permanente. A seguir, na figura 01, a curva de taxa de secagem típica em condições
constantes de secagem, onde a taxa de velocidade de secagem em função do teor de
umidade [7].
12
Figura 01 - Curva de taxa de secagem [7]
13
transferência convectiva de calor para a corrente gasosa e pela transferência de massa para
a corrente do gás secante. O vapor, nos níveis mais internos da mostra sólida, difunde-se
para a parte da superfície que não está saturada e continua a difundir-se para a corrente
gasosa. Este mecanismo é muito lento em comparação com a transferência convectiva que
ocorre na superfície saturada [7].
Os teores de umidade abaixo do ponto D, toda evaporação ocorre a partir do
interior do sólido. À medida que o teor de umidade continua a cair, a distância a ser coberta
na difusão do calor e da massa aumenta até que, em X E′ , o teor de umidade de equilíbrio
cessa a secagem. O teor de umidade em equilíbrio é atingido quando a pressão de vapor
sobre o sólido é igual a pressão parcial do vapor no gás secante afluente. Este período é
denominado o “segundo período de taxa decrescente” [7].
Com base no comportamento durante a secagem é possível dividir os materiais em
duas classes principais. A primeira destas classes é constituída por sólidos granulares ou
cristalinos que retêm a umidade nos interstícios entre as partículas e os poros superficiais.
Nestes materiais, o movimento da umidade é relativamente livre e ocorre em consequência
da interação entre forças gravitacionais e forças de tensão superficial. O período de taxa
constante (BC) se alonga até teores baixos de umidade. O período de taxa decrescente
(CDE) pode assumir forma aproximada de uma reta, e as condições de secagem podem ser
assumidas dependendo da conveniência, comodidade e vantagem econômica [7]. A
segunda classe é constituída por sólidos orgânicos (amorfos, fibrosos ou géis), eles retém
umidade como parte integral da estrutura ou no interior das fibras, pequenos poros
internos. O movimento da umidade é lento, por difusão do líquido através da estrutura do
sólido. O período de taxa crescente (AB) e a taxa constante (BC) são mais curtos, e o teor
crítico de umidade (C) tem valores mais elevados. As camadas externas desse material
tendem a secar mais rapidamente [7].
Dado o início da evaporação na superfície de um sólido, a umidade se desloca das
camadas internas para a superfície, tal circunstância se faz determinante na secagem
durante o período de taxa decrescente (CDE) pode ocorrer por dois mecanismos
(dependendo do material), a difusão interna: movimento por diferença de concentração e o
escoamento capilar: escoamento de um líquido pelos interstícios de um sólido, ou sobre
uma superfície, por atração molecular entre as fases. A velocidade do movimento é
expressa pela Lei de Fick (Eq. 04) e a integração dessa equação requer que as condições de
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contorno sejam conhecidas. Nos casos mais simples, o coeficiente de difusão D pode ser
considerado constante, e a secagem ocorre apenas em uma face de uma placa, cujas faces
laterais e a face do fundo estão isoladas [7]. Com estas restrições, e admitindo que no
estado inicial a umidade esteja uniformemente distribuída na placa, a solução obtida por
Sherwood e Newman é:
X′ − X E ′ −D×θ× π 2 π2
1 −25×D×θ× lπ
2
= 8
π2
(e l + 91 e−9×D×θ× l + 25
e + ...) (Eq.
X C′ − X E′
06)
2γ
− ΔP = r
(Eq. 07)
Onde − ΔP é a diminuição da pressão provocada pelos efeitos da tensão superficial
(nm−2 ) , γ é a tensão superficial na interface líquido e gás ( nm−1 ) e r é o raio da curvatura
da esfera (m).O raio na fórmula apresentada é positivo, no caso de uma bolha de gás
imersa em um líquido, e negativo no caso de uma gotícula de líquido em um gás [7].
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Figura 02 - Efeito da capilaridade [7]
g 2γ g 2γ
− ΔP = Δz (ρ
gc L
− ρV ) = r
logo Δz = rg (ρc −ρ ) (Eq. 08)
L V
Onde, Δz é a altura do tubo sinalizado na figura 02, ρ é a densidade, e g a gravidade.
O cálculo de tempo de secagem é feito através da análise da curva de velocidade de
secagem, em cada uma das suas seções principais, pois os fatores de controle são diferentes
em cada uma das diferentes partes da curva. A velocidade de secagem é definida por:
−W s dX′ N aM a
R= A dθ
= A
(Eq.09)
16
3. METODOLOGIA
O estudo de caso realizado foi do Secador de Leito de Jorro, com base teórica da literatura.
3.1.2 Definição
O secador do tipo leito de jorro foi desenvolvido em meados do ano de 1954, por
Gishler e Mathur. Inicialmente, foi projetado para a secagem de grãos de trigo em um
processo que permite a aplicação de maiores quantidades de calor sem a ocorrência de
perda da qualidade do material. Posteriormente, cientistas e pesquisadores, iniciaram um
projeto de estudo mais profundo sobre o regime fluidodinâmico de jorro e concluíram que
“O mecanismo de fluxo dos sólidos assim como de fluxo do ar no leito de jorro é diferente
ao observado para a fluidização, entretanto, o leito de jorro possui as mesmas aplicações do
leito fluidizado, só que para partículas de dimensões mais elevadas” [13].
Segundo Marreto (2006) o leito de jorro convencional, como o empregado por
Gishler e Mathur, é constituído por uma câmara de secagem cilíndrica conectada a uma
base cônica, a qual possui em sua extremidade inferior um orifício de reduzida dimensão,
através do qual o fluido de jorro é alimentado ao sistema. Configurações totalmente
cônicas, cilíndricas ou retangulares também podem ser empregadas.
O regime de jorro é estabelecido pela entrada de um jato de fluido em um leito de
sólidos particulados. O menor diâmetro dos sólidos recomendável para garantir o
estabelecimento de um regime fluidodinâmico estável é de 1 mm [13]. “Após a entrada do
fluido, normalmente constituído por ar, observa-se a aceleração ascendente das partículas
sólidas com a formação de um canal central diluído, onde as mesmas apresentam elevada
velocidade. Essa região é denominada de região de jorro. Ao redor do canal central,
verifica-se a presença de um leito denso de partículas, que se deslocam contra o fluxo
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ascendente de ar, traçando uma trajetória parabólica em relação à região central do
equipamento. A região que compreende esse leito deslizante de partículas recebe a
denominação de ânulo ou região anular” (MATHUR,1971) [16].
geometria usada do leito e do próprio fluido. A altura máxima do jorro estável ( H max ) e a
perda de carga em função da velocidade do ar ( ΔP ). Considerando um conjunto fluido
sólido geometria para o leito, a existência de uma altura máxima de partículas inertes (
H max ) deve ser considerada também, onde o processo que ocorrer acima desta altura será
indesejada, pois se trata de fluidização de baixa qualidade [13].
A perda de carga ou queda de pressão ( ΔP ) do leito em função da velocidade do ar
é um parâmetro fluidodinâmico de grande importância. Existe um pico máximo de queda
de pressão ( ΔP max ) gerado pela alta carga energética necessária para estabelecer o regime
de jorro. Esse valor é de extrema importância para o projeto de sopradores de ar em uma
unidade de jorro [13, 16].
A desaceleração das partículas provenientes da região de jorro ocorre após as
mesmas atingirem a superfície do leito (região de fonte), e resulta em sua queda sobre a
região anular. Por fim, essas partículas descrevem uma trajetória anular de volta para a
região de jorro, seja após atingirem a base do leito (próximo ao orifício de entrada do ar)
seja através de fluxo cruzado (na interface jorro-ânulo) [7].
A Figura 03, mostrada a seguir, ilustra esquematicamente a movimentação cíclica
e ordenada das partículas em um leito de jorro convencional, ilustrando também um
diagrama do regime do jorro, onde na parte inferior entra o ar para o jorro, e no seu interior
é possível identificar a região do jorro, a região anular que compreende esse leito
deslizante de partículas e a fonte proporcional ao cone-cilíndrico [13].
18
Figura 03 - Diagrama esquemático do regime de jorro em um equipamento cone-cilíndrico
[13]
Figura 04 - Curva característica do leito de jorro. [16]
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Algumas considerações e parâmetros são realizados para a confecção da curva,
inicialmente, para pequenas vazões, o gás não perturba as partículas do sistema, apenas
circula entre elas fazendo com que este se comporte como leito fixo.
Ao aumentar a vazão, as partículas que estão próximas ao orifício de entrada do
gás, deslocam-se surgindo uma cavidade acima desta região, circundada por uma camada
sólida compacta, ainda mais resistente à passagem do gás, causando assim um aumento na
queda de pressão no leito [14]. A medida que a vazão aumenta, a cavidade interna vai se
alongando, havendo formação de um jorro interno, a queda de pressão continua
aumentando até atingir um valor máximo ( Δ PM), no ponto B. Quando a velocidade é
aumentada acima do ponto B, o efeito do jorro interno é maior que o da camada sólida que
limita a cavidade e a queda de pressão passa a diminuir ao longo de BC [16].
No ponto C, a quantidade de partículas deslocadas no núcleo central já é suficiente
para provocar uma expansão do leito. Esta expansão pode ser acompanhada por expansões
e contrações alternadas do jorro interno, resultando em instabilidade e flutuações na queda
de pressão e, no caso de cargas mais profundas, fluidização de partículas na região
adjacente ao jorro interno. O jorro incipiente, é um pequeno incremento na vazão do gás
acima do ponto C, assim, faz com que a queda de pressão caia até o ponto D, no qual o
jorro aflora à superfície. Com o aumento da velocidade além do ponto D, apenas aumenta a
altura da fonte, sem grandes alterações na queda de pressão [16].
3.1.5 Aplicações
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Leitos de jorro de várias configurações têm sido usados em aplicações como secagem,
granulação, aquecimento, resfriamento e recobrimento de partículas [9, 16].
3.1.6 Conclusão
[1] ÁVILA, V.D. “Você sabe o que é nevoeiro? Quais os tipos?”. 2008. Central RBS de
meteorologia. Disponível em: https://goo.gl/9tc1s2 Acesso em: 06/2017
[2] BARROSA, M. R. “Princípios Fundamentais da Transferência de Calor”.
Departamento de Engenharia Naval e Oceânica. Agosto, 2004.
21
[3] ÇENGEL, Yunus A. “Transferência de Calor e Massa: Uma Abordagem Prática”,
4ª Edição. São Paulo, SP: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda, 2012.
[4] CREMASCO, M.A. Fundamentos da transferência de massa. 2ª ed. revista. 2009.
Campinas - SP. Editora Unicamp.
[5] CUSSLER, E.L. “Diffusion Mass Transfer in Fluid Systems”. 2nd ed. Cambridge
University Press. New York, 1997.
[6] DABON, J. C. “Refrigeration Principles: The Second Thermodynamic Principle”.
2017. Disponivel em: https://goo.gl/Ykf8xm Acesso em: 06/2017
[9] LINDEMANN, C. SCHMIDT, V. W. "Secagem em Leito de Jorro". Universidade
Federal do Rio Grande. Rio Grande. 2010.
[12] PERRY, J.H. Chemical engineer’s handbook. 6. ed. New York: Mc Graw-Hill,
1984. 1078p.
22
[13] MARRETO, R. N. Estudo da técnica de leito de jorro convencional para secagem de
microcápsulas de caseína e pectina. Universidade de São Paulo. SP. 2006.
[14] MATHUR, K. B.; EPSTEIN, N. Spouted beds. 1° Edição. London: Academic Press,
1974. 303 p.
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