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INFORMAÇÕES ADICIONAIS

1) Montadora: AGCO do Brasil Máquinas e Equipamentos Ltda.

2) n° Item: VALTRA_02

3) NCM: 8708.40.19
4) Proposta de descrição da autopeça:

Caixas de transmissão semi-automáticas (semi-powershift) para tratores de aplicações


agrícolas, controladas eletro-hidraulicamente, contendo embreagem interna, redução
por conjuntos de planetárias e tubulações, produzindo diferentes velocidades
totalmente moduladas tanto na direção de avanço quanto na de reversão, nas versões
16x16 (16 velocidades a frente e 16 velocidades a ré) e 24x24 (24 velocidades a frente
e 24 velocidades a ré), para utilização em tratores agrícolas destinados a puxar ou
arrastar implementos usados na agricultura, com motores de potência entre 100 e
280cv, rotação máxima de até 2.400rpm e torque de entrada compreendido entre 467 a
1.100Nm.

5) A autopeça solicitada representa a introdução de nova tecnologia ou se o item já é


utilizado no processo produtivo?
O item já é utilizado no processo produtivo.

6) Previsão anual de importação, em valores US$ FOB: 8.200.000,00

7) Catálogo original (com tradução técnica, quando em língua estrangeira), sem


impedimentos ou restrições de confidencialidade, de modo que possa ser divulgado
em consulta pública: vide anexo abaixo

8) Layout, croqui, desenhos esquemáticos, fotos representativas ou quaisquer outros


meios de identificação visual do item, sem impedimentos ou restrições de
confidencialidade, de modo que possam ser divulgados em consulta pública: vide
anexo abaixo

9) Material adicional ou literatura técnica: vide abaixo

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Laudo Técnico Conclusivo – Caracterização de Produto

Caixas de Transmissão Semiautomáticas – Modelos DYNA 4 e DYNA 6

Descrição do Produto – Características – Enquadramento Fiscal na Nomenclatura


Comum Mercosul (NCM) – Descrição Técnica Sugerida para “Ex” Tarifário

I. Objetivo.

Os objetos deste laudo são as “Caixas de transmissão semiautomáticas, modelos DYNA 4


e DYNA 6” (ver exemplos na foto n° 01), que são utilizadas exclusivamente no sistema de
transmissão de tratores agrícolas destinados a puxar ou arrastar implementos usados na agricultura.

(A) (B)

(C) (D)
Foto n° 01 – Vistas das caixas de transmissão semiautomáticas, modelos DYNA 4 (fotos A e B) e DYNA 6
(fotos C e D).

O objetivo é descrever as caixas de transmissão semiautomáticas, caracterizando sua


funcionalidade, aplicação e enquadrando-a segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
Por fim, será sugerida uma descrição técnica que seja suficiente para caracterizar as caixas de
transmissão semiautomáticas de forma única e completa para apresentação de pleito de benefício
fiscal (Ex tarifário) junto ao Governo Federal.

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II. Introdução.
Os tratores agrícolas das séries MF 7000 Dyna 6, MF 6700 Dyna 4 e Linha BTsão máquinas
autopropelidas para uso na agricultura e providas de meios que capacitam-nas a tracionar,
transportar e fornecer potência mecânica para movimentar os órgãos ativos de máquinas e
implementos agrícolas. Fazem parte destas séries e linha os seguintes modelos de tratores agrícolas:

Modelo Potência
MF 7350 150 cv

Série MF 7000 Dyna 6 MF 7370 170 cv


(ver figura n° 02) MF 7390 190 cv
MF 7415 215 cv
MF 7725 270 cv

(A) (B)

(C) (D)
Figura n° 02 – Vista dos seguintes modelos de tratores agrícolas da série MF 7000 Dyna 6: modelo MF
7350 (figura A), modelo MF 7370 (figura B), modelo MF 7390 (figura C) e modelo MF 7415 (figura D).

Modelo Potência

Série MF 6700 Dyna 4 MF 6711R 112 cv


(ver figura n° 03) MF6712R 122 cv
MF6713R 132 cv

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(A) (B)

(C)

Figura n° 03 – Vista dos seguintes modelos de tratores agrícolas série MF 6700 Dyna 4: modelo MF 6711R
(figura A), modelo MF 6712R (figura B) e modelo MF 6713R (figura C).

Modelo Potência
BT150 150 cv
Linha BT
BT170 170 cv
(ver figura n° 04)
BT190 190 cv
BT210 215 cv

Figura n° 04 – Figura ilustrativa de


um trator agrícola da Linha BT.

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Geralmente, os tratores agrícolas consistem em um veículo equipado com rodas e pneus,


cabine moderna e uma tomada de potência que é utilizada para acionar máquinas e implementos
agricolas, como por exemplo, batedoras de cereais, bombas de recalque e outros.

Tomada
de
potência

(A) (B)
Figura n° 05 – Vista frontal e da cabine (foto A) e detalhe da tomada de potência (foto B).

Atualmente, os tratores agrícolas das séries MF 7000 Dyna 6, MF 6700 Dyna 4 e Linha BT
são máquinas modernas, duráveis e confiáveis. Foram projetados para oferecer alto desempenho na
agricultura, com excelente qualidade. Possuem diversas inovações tecnológicas embarcadas, dentre
as quais destacamos:

• Transmissão inteligente DYNA que permite programação prévia e troca automática de marchas
para determinada faixa de rotação e velocidade, em seus diversos modos de operação
(automático, manual ou “speed”), sem acionamento da embreagem, proporcionando assim um
alto desempenho aliado à economia de combustível. Esta transmissão possui as seguintes
características: a) marchas “DynaShift” com troca em carga, que mantém o trator tracionando
enquanto efetua a troca de marcha; b) gerenciamento eletrônico do câmbio com troca
automatizada ou não de marchas e grupos sem o uso de embreagem; c) super redutor para
trabalhos em baixíssimas velocidades, com acionamento eletro-hidráulico através de um botão
do painel lateral do trator; d) Inversor “PowerShutle”, frente e ré, através da alavanca na coluna
de direção.

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• Os motores dos tratores das séries MF 7000 e MF 6700 e Linha BT são todos produzidos no
Brasil. São motores modernos, com fluxo de fluído cruzado, isto é, o ar entra por um lado e os
gases queimados saem pelo outro, otimizando assim o fluxo e diminuindo as perdas. Além disso,
os motores são turbinados com alto rendimento e baixo consumo de combustível.

• A nova cabine do operador está mais espaçosa e silenciosa, e foi ergonomicamente e


intuitivamente desenvolvida para conveniência e conforto do operador, deixando todos os
controles ao seu alcance. Devido a sua maior área envidraçada, a nova cabine permite que o

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operador tenha ampla visão do campo. Possui também: a) banco do operador com suspensão
mecânica ou pneumática, sendo que ambas vem equipada com banco para auxiliar; b) coluna de
direção com ajuste de altura e inclinação, com alavanca de avanço, reversão e troca de marchas
integradas; c) console lateral que possuí alavanca em “T” para mudança de macha e grupo,
alavancas de controle remoto com função de flutuação e desarme, acionamento do levante
hidráulico e controle de profundidade, acionamento da TPD, freio da TDP e TDP automática,
super-redutor e “joystick” de controle da lâmina frontal como opcionais; d) painel com comandos
do computador de bordo de fácil utilização e fixado na coluna de direção; e) painel de
instrumentos analógico e digital com contagiros automático e luzes indicadoras de acionamentos;
f) display multifuncional de alta resolução.

• O sistema hidráulico possui as seguintes características: a) vem equipado com ou sem sistema de
três pontos, com pistões reforçados e controle eletrônico do levante hidráulico; b) Suspensão
ativa do levante que permite ao sistema hidráulico absorver os impactos verticais do transporte
do implemento; c) Bomba de engrenagens, ou opcionalmente, bomba de pistões de alta vazão,
variável, que permite ajustar a vazão a uma gama extensa de implementos existentes no mercado
que utilizam pistões e motores hidráulicos; d) Reservatório de recuperação do óleo que impede
derrames e contribui para a preservação do meio ambiente.

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• Tomada de potência com as seguintes características: a) acionamento eletro-hidráulico através de


botão no painel lateral com três posições; b) três velocidades selecionáveis através de botões na
coluna lateral; c) Modo automático acionado através de um botão no painel lateral que desliga a
TDP ao se elevar o levante hidráulico (modo de transporte) e volta a ligar a TDP ao se abaixar o
levante hidráulico (modo operação).

Tomada
de
potência

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III. Descrição do produto.

As caixas de transmissão são elementos intermediários entre a fonte de potência e a carga,


que permitem que o motor permaneça em seu regime de máximo torque, ou potência, durante o
maior intervalo de tempo possível.

De uma maneira geral, as caixas de transmissão consistem de um conjunto de pares


cinemáticos constituídos por engrenamentos envoltos em uma carcaça - caixa, que permiti a seleção
da relação de transmissão mais adequada, dentre as disponíveis, para disponibilizar a necessária
força de tração ao veículo em função das resistências oponentes ao movimento.

As caixas de transmissão podem ser classificadas, quanto ao tipo construtivo, em:

• Caixas de transmissão por engrenamento por deslocamento;

• Caixas de transmissão por engrenamento constante;

• Caixas de transmissão por engrenamento constante sincronizado;

• Caixas de transmissão direta e indireta;

• Caixa de transmissão com eixos intermediários opostos;

• Caixas de transmissão planetárias;

• Caixas de transmissão semiautomáticas;

• Caixas de transmissão automáticas.

Caixa de transmissão planetária

As caixas de transmissão planetárias são transmissões onde os eixos de entrada e de saída


são concêntricos. É uma construção compacta, porém mais complexa e usualmente empregada em
transmissões auxiliares de caminhões e tratores, sistema de diferencial, redução em cubos de roda
de caminhões e tratores, e em caixas de transmissão semiautomáticas e automáticas.

As caixas de transmissão planetárias podem possuir mais de uma redução, sendo que o
número de reduções é definido de acordo com a relação de transmissão necessária. Desta forma,
cada estágio de redução pode ser composto de três, quatro ou até cinco engrenagens planetárias, a
fim de se garantir um funcionamento mais suave.

Conforme podemos verificar na figura a seguir, uma transmissão planetária é constituída por
uma engrenagem com dentes internos, denominada de coroa, uma engrenagem com dentes
externos, denominada de engrenagem solar, um conjunto de engrenagens com dentes externos,
denominadas de engrenagens planetárias, e de uma estrutura onde são montadas as engrenagens
planetárias, denominada de estrela (ou braço).

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Caixa de transmissão semiautomática

As caixas de transmissão semiautomáticas funcionam da mesma forma que as caixas de


transmissões manuais, sendo que as principais diferenças entre elas é que nas caixas de
transmissões semiautomáticas, a embreagem fica localizada no interior da caixa e não precisa de
pedal para acionar a embreagem, pois ela é controlada hidraulicamente, proporcinando assim um
funcionamento mais suave e confortável.

As caixas de transmissão semiautomáticas, modelo DYNA 4 e DYNA 6 (ver figura e foto n°


06 e foto n° 07), foram desenvolvidas para uso exclusivo (funcional e dimensional) nos tratores de
utilização no setor agrícola e são responsáveis pela transferência da potência do motor, na forma de
rotação e torque, até as rodas motoras ou pontos de potência do trator, onde serão aproveitados na
forma de tração e/ou acionamento de máquinas e implementos.

A principal diferença entre estes dois modelos de caixa de transmissão semiautomática se


refere a quantidade de velocidades a frente e a ré que pode ser selecionada, conforme descrito
abaixo:

• DYNA 4: proporciona 4 grupos sincronizados com acionamento robotizado e 4 relações de


engate sob carga (“Powershift”), que permitem a seleção de 16 velocidades a frente e 16
velocidades a ré.

• DYNA 6: proporciona 4 grupos sincronizados com acionamento robotizado e 6 relações de


engate sob carga (“Powershift”), que permitem a seleção de 24 velocidades a frente e 24
velocidades a ré.

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(A) (B)

(C)

(D)
Figura e Foto n° 06 – Vistas das caixas de transmissão semiautomática, modelo DYNA 4 (fotos A e B e
figuras C e D em cortes.

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(A) (B)

(C)

(D

Foto n° 07 – Vistas das caixas de transmissão semiautomática, modelo DYNA 6 (fotos A, B, C e D).

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No caso especifico das caixas de transmissão semiautomáticas, modelos DYNA 4 e DYNA


6, elas foram desenvolvidas para trabalhar nos motores dos seguintes modelos de tratores agrícolas:

MODELO DO TORQUE ROTAÇÃO ROTAÇÃO


POTÊNCIA (CV)
TRATOR MÁXIMO (NM) NOMINAL (RPM) MÁXIMA (RPM)
MF 6711R Dyna - 4 112 467 2200 2400

MF 6712R Dyna - 4 122 490 2200 2400

MF 6713R Dyna - 4 132 540 2200 2400

MF 7350 Dyna – 6 150 600 2200 2400

MF 7370 Dyna – 6 170 680 2200 2400

MF 7390 Dyna – 6 190 770 2200 2400

MF 7415 Dyna – 6 215 920 2200 2400

MF 7725 Dyna – 6 270 1100 2200 2400

BT150 150 600 2200 2400

BT170 170 680 2200 2400

BT190 190 770 2200 2400

BT210 215 920 2200 2400

A seguir estaremos descrevendo e apresentando as principais partes e componentes que


fazem parte das caixas de transmissão semiautomáticas, modelos DYNA 4 (ver foto n° 07) e
DYNA 6 (ver foto n° 08):

• Carcaça ou caixa de metal da transmissão, onde estão localizadas, principalmente: as


embreagens internas; eixos; conjunto de engrenagens planetárias e engrenagens paralelas;
unidade eletro-hidráulica de controle da transmissão, composta pelas marchas (sistema
“Powershift”) e reversor frente e ré (sistema “Powershuttle”); eletroválvulas.

• Tubulações hidráulicas para efetuar a lubrificação das caixas de transmissão.

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IV. Análise da Classificação Fiscal das Caixas de Transmissão Semiautomáticas, Modelo


DYNA 4 e DYNA 6.

Com base no exposto anteriormente, o primeiro passo importante para determinarmos o


enquadramento na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM-SH), é a caracterização precisa do
produto. Como conclusão do que foi exposto nas páginas anteriores, verificamos que os produtos
em análise tratam-se de caixas de transmissão semiautomáticas, desenvolvidas para uso exclusivo
(funcional e dimensional) em tratores agrícolas destinados a puxar ou arrastar implementos usados
na agricultura.

Para o enquadramento das caixas de transmissões semiautomáticas na TEC/NCM (Tarifa


Externa Comum / Nomenclatura Comum Mercosul), a RGI-1 (Regra Geral de Interpretação do
Sistema Harmonizado) define o seguinte:

(RGI-1) “OS TÍTULOS DAS SEÇÕES, CAPÍTULOS E SUBCAPÍTULOS TÊM APENAS VALOR
INDICATIVO. PARA OS EFEITOS LEGAIS, A CLASSIFICAÇÃO É DETERMINADA PELOS
TEXTOS DAS POSIÇÕES E DAS NOTAS DE SEÇÃO E DE CAPÍTULO E, DESDE QUE NÃO
SEJAM CONTRÁRIAS AOS TEXTOS DAS REFERIDAS POSIÇÕES E NOTAS, PELAS REGRAS
SEGUINTES”.

As determinações da Seção e do Capítulo decorrem diretamente, pois o produto em análise


trata-se de uma parte para tratores (sublinhado).

Seção XVII
MATERIAL DE TRASNPORTE.

Capítulo 87
Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios.

Tendo em vista que a função principal das caixas de transmissões semiautomáticas é variar a
velocidade e o torque dos tratores agrícolas, no capítulo “87” desdobra-se a posição 8708, onde
estão incluídas as partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05, sendo
que a posição 87.01 é referente a tratores, adotando- se apenas a primeira parte da RGC-1 a mesma
deve ser considerada então como válida para esta análise, com os seguintes textos e notas
explicativas:

SEÇÃO XVII
MATERIAL DE TRASNPORTE.

CAPÍTULO 87
VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, TRATORES, CICLOS E OUTROS VEÍCULOS TERRESTRES, SUAS
PARTES E ACESSÓRIOS.

POSIÇÃO 8708 – “PARTES E ACESSÓRIOS DOS VEÍCULOS AUTOMÓVEIS DAS POSIÇÕES


87.01 A 87.05.”
(Altd. pela Instr. Norm. RFB 1.260/12, conforme texto aprovado pela Instr. Norm. RFB 1.202/11)

A presente posição compreende o conjunto das partes e acessórios dos veículos automóveis das posições
87.01 a 87.05, desde que, entretanto, estas partes e acessórios satisfaçam às duas seguintes condições:

1º) Serem reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinados aos veículos desta espécie.
2º) Não serem excluídos pelas Notas da Seção XVII (ver as Considerações Gerais desta Seção).

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Entre estas partes e acessórios, podem citar-se:.


...

D) As caixas de marchas (velocidades) de qualquer tipo (mecânicas, sobremultiplicadas, pré-seletivas,


eletromecânicas, automáticas, etc.); os conversores de torque (torção); os cárteres e tampas de caixas de
marchas (velocidades), as árvores (veios) (com exceção das que constituam partes ou peças intrínsecas de
motores), pinhões, baladeres, etc.
...

Como o desdobramento em Seção, Capítulo/Sub-Capítulo e Posição, não é suficiente para a


determinação do código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) completo, precisamos ainda
desdobrar em sub-posição, conforme a regra interpretativa número 6 (RGI-6), e complementar 1
(RGC-1). Vejamos:

(RGI-6) – “A CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS NAS SUBPOSIÇÕES DE UMA MESMA


POSIÇÃO É DETERMINADA, PARA EFEITOS LEGAIS, PELOS TEXTOS DESSAS SUBPOSIÇÕES
E DAS NOTAS DE SUPOSIÇÃO RESPECTIVAS, ASSIM COMO, MUTATIS MUTANDIS, PELAS
REGRAS PRECEDENTES, ENTENDENDO-SE QUE APENAS SÃO COMPARÁVEIS
SUBPOSIÇÕES DO MESMO NÍVEL. PARA OS FINS DA PRESENTE REGRA, AS NOTAS DE
SEÇÃO E DE CAPÍTULO SÃO TAMBÉM APLICÁVEIS, SALVO DISPOSIÇÕES EM
CONTRÁRIO.”

(RGC-1) – “As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, mutatis mutandis,
para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o sub-item
correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens e sub-itens)
do mesmo nível.”

Como há na posição 8708, do capítulo 87 da TEC, uma sub-posição 8708.40 específica para
Caixas de marchas e suas partes, esta deve ser considerada como válida para as caixas de
transmissão semiautomáticas em análise, onde os seguintes desdobramentos estão previstos:

o 8708.40 Caixas de marchas e suas partes


• 8708.40.1 - - Caixas de marchas dos veículos das subposições 8701.10,
8701.30, 8701.90 ou 8704.10
o 8708.40.11 - - Servo-assistidas, próprias para torques de entrada
superiores ou iguais a 750 Nm
o 8708.40.19 - - Outros
• 8708.40.80 - - Outras caixas de marcha

Como as caixas de transmissão em análise são semiautomáticas e para uso exclusivo em


tratores agrícolas da posição 8701.90, chega-se a conclusão de que o código mais adequado na
Nomenclatura Comum do MERCOSUL, derivada do Sistema Harmonizado Internacional, para o
seu enquadramento deve ser o 8708.40.19.

V. Conclusões.

Considerando que os produtos analisados:

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LTC Nº: MCE2015-AG-1215-01 (Revisão 1)

• Tratam-se de caixas de transmissão semiautomáticas desenvolvidas para atuar


exclusivamente em tratores agrícolas destinados a puxar ou arrastar implementos usados na
agricultura.
• São controladas eletro-hidraulicamente e equipadas com embreagem interna, redução por
conjuntos de planetárias e tubulações.
• Produzem diferentes velocidades totalmente moduladas, tanto na direção de avanço quanto
na direção de reversão, em tratores com motores de potência entre 112 a 270 cv, rotação
máxima de até 2.400 rpm e torque de entrada compreendido entre 467 Nm a 1.100 Nm.

Concluímos, seguramente, que:

1. Após análise detalhada, e tendo sido caracterizado completamente as caixas de


transmissão semiautomáticas e, com base nas Regras Gerais Interpretativas do
Sistema Harmonizado (RGI’s) e notas de seção, que o correto enquadramento do
equipamento na Nomenclatura Comum do Mercosul é na posição 8708.40.19;

2. O estudo das características e aplicação das caixas de transmissão semiautomáticas,


com base na funcionalidade do produto, sugere-se a seguinte descrição para fins de
solicitação de benefício fiscal na forma de Ex tarifário:

“Caixas de transmissão semi-automáticas (semi-powershift) para tratores de aplicações


agrícolas, controladas eletro-hidraulicamente, contendo embreagem interna, redução por
conjuntos de planetárias e tubulações, produzindo diferentes velocidades totalmente
moduladas tanto na direção de avanço quanto na de reversão, nas versões 16x16 (16
velocidades a frente e 16 velocidades a ré) e 24x24 (24 velocidades a frente e 24 velocidades a
ré), para utilização em tratores agrícolas destinados a puxar ou arrastar implementos usados
na agricultura, com motores de potência entre 100 e 280cv, rotação máxima de até 2.400rpm
e torque de entrada compreendido entre 467 a 1.100Nm”.

Estas são as informações que tínhamos a relatar e que seguem na forma de “Parecer Técnico
de Caracterização de Produto”, com 15 (quinze) laudas impressas apenas no anverso, subscrita pelo
engenheiro responsável através de rubrica em todas elas exceto a última, subscrita por assinatura.

RGC Consultoria e Engenharia Ltda.

Eng. Carlos Eduardo Santin


RGC Consultoria e Engenharia Ltda.
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Rua Conceição, 233 • Salas 1901 a 1903 • Centro • Campinas, SP
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