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Vista do filme O Mercador de Veneza (The Merchant Of Venice – 2004,

Columbia). Mediante os ensinamentos obtidos na disciplina D. Obrigações


analise o filme do ponto de vista da validade dos negócios jurídicos ali
realizados.

1. RESUMO DA OBRA

O filme o mercador de Veneza se passa no contexto histórico da cidade


de Veneza-Itália, no século XVI. Período marcado pela ascensão comercia e
pela forte influencia da igreja católica.

A Igreja católica se posicionava contra ao ato da usura que representava


o ato do empréstimo com altas taxas de juros. Os preceitos comerciais
deveriam seguir os dogmas cristãos, o que gerava um domínio das atividades
comerciais.

Em oposição os Judeus, cuja suas praticas eram condenadas pelo


catolicismo, concediam empréstimos a juros, ato conhecido como agiotagem.

Neste cenário Antônio um nobre cristão é procurado por seu amigo


Bassânio para obtenção de um empréstimo de três mil ducados, que tinha
como finalidade uma boa apresentação para cortejar/pleitearem a jovem
herdeira Porcia.

Porém Antônio possuía toda sua fortuna investida em navios


Mercadante, fazendo com que o amigo recorre-se ao judeu shyloc em sue
nome para obtenção do empréstimo.

O Judeu Shyloc vê neste empréstimo uma oportunidade de vingança por


toda discriminação, preconceito sofrido pelo cristão Antônio.

É então celebrado o contrato no qual o judeu Shyloc concede o


empréstimo de três mil ducados á Bassânio, no qual Antônio como fiador
deveria lhe pagar no prazo estipulado de três meses, tendo como penalidade á
retirada de uma libra de sua carne cujo local seria escolhido a mercê de shyloc.

Posteriormente Bassânio se descoloca até Belmonte para finalmente


pleitear Porcia, Á jovem herdeira não possuía o poder de escolha em relação
ao seu cônjuge visto que o testamento deixado pelo pai determinava como
seria a escolhia do mesmo, no qual o candidato deveria escolher entre três
cofres; ouro, prata e chumbo, o que conte-se a foto da moça seria então apto a
casar-se com Porcia.

Os dois primeiros pretendes príncipe do Marrocos e o príncipe de Argão


erram na escolha do cofre.

Assim Bassânio faz a escolha certa e casa-se com ela, malgrado todos
os bons acontecimentos, logo chega a noticia do naufrágio dos navios de
Antônio o que por consequência o deixa sem meios para pagar a divida
contraída. Levando Bassânio de volta a Veneza para poder ajudar o amigo.

Na suprema corte, presidida pelo Doge. Irredutível Shylock reivindica o


cumprimentos das clausulas. Porcia travestida como Baltasar, o advogado que
prestará serviços em defesa de "Antônio”. Revela uma grande sabedoria,
astúcia e retorica.

Porcia propõe meios de conciliação, oferece até mesmo o dobro da


quantia da divida á shylock que permanece impassível.

Porcia então utiliza então do recurso da hermenêutica e das margens


das leis venezianas; Não admitindo o derreamento de sangue cristão.

Fica então concedido a libra de carne desde que shylock com as


seguintes ressalvas: O não derramamento de uma gota sequer de sangue, e a
retirada de uma libra exata de carne, nem mais ou menos. Sob penalidade de
perda dos bens e terras para o estado veneziano.

Fica determinado então que metade dos bens ficariam com Antônio, que
restituiria após a sua morte o cavaleiro que raptou Jessica filha de shylock e a
outra metade para o estado.

2. DO DIREITO CIVIL

Uma vez contextualizado o período histórico em que se passa a trama


de William Shakespeare, faz-se necessária a analise sob a ótica do Direito
Civil, principalmente no que se concerne à validade do negócio jurídico.
Maria Helena Diniz conceitua o contrato como “ o acordo de duas ou
mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelece
ruma regulamentação de interesses entre as partes, como escopo de adquirir,
modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial".

O contrato se baseia na autonomia privada, desse modo o contrato


celebrado pela autonomia da vontade seria dotado de ação e garantia, criando
dessa maneira lei entre os contratantes, a chamada pacta sun servanda.

No entanto o acordo celebrado por Antonio e Shylock fere o principío da


dignidade da pessoa humano, disposto no artigo art. 1°, inc. III, da constituição
Federal.

Segundo os preceitos do artigo 104 do código civil: A validade do


negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

A licitude do objeto se constitui um elemento fundamental do negócio


jurídico, de forma que os acordos celebrados não podem ir contra a moral e os
bons costumes.

Deste modo o contrato não é válido, pois tinha como garantia a retirada
de uma libra de carne do devedor. Tal estipulação seria algo ilícito, tendo-se a
impossibilidade jurídica do objeto.
BIBLIOGRAFIA

BRASIL Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil


Brasileiro. Legislação Federal. sítio eletrônico internet - planalto.gov.br

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil: Teoria Geral das


Obrigações. São Paulo: Saraiva, 2009.

SHAKESPEARE, William. O mercador de Veneza. 2ª edição (trad.


Fernando Carlos Medeiros e Oscar Mendes). São Paulo: Martin Claret, 2013,
pg. 07.

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