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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

UNIP INTERATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II

Título: OS 10 MANDAMENTOS DA BOA ADMINISTRAÇÃO

Nome:
RA:
Curso: Superior de Tecnologia em Logística
Semestre: 1º Semestre de 2017
Polo:

CIDADE
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
UNIP INTERATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM II

Título: OS 10 MANDAMENTOS DA BOA ADMINISTRAÇÃO

Projeto Integrado Multidisciplinar I para


obtenção do título de Técnico em
Logística apresentado à Universidade
Paulista – UNIP (UNIP Interativa)

CIDADE
2017
RESUMO

O Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM busca inserir o aluno nas práticas


gerenciais fundamentadas nos conhecimentos teóricos adquiridos no curso, com
caráter prático. Este PIM II tem como base as seguintes disciplinas: Recursos
Materiais e Patrimoniais, Matemática Aplicada, e Economia e Mercado. O
trabalho realizado contempla uma análise do texto sugerido pela Coordenação
do Curso, cujo título é “Os 10 mandamentos da boa administração”,
correlacionando, após, aspectos encontrados em seu teor com pontos das
disciplinas do bimestre. A discussão se dará, portanto, em torno dos seguintes
aspectos: para a disciplina “Recursos materiais e patrimoniais”, serão
apresentados resultados de pesquisa realizada sobre a organização e os
recursos empresariais (materiais, patrimoniais, humanos, financeiros e
tecnológicos), relatando aspectos relacionados ao planejamento e controle de
estoques (funções, custos e política de estoques). Também se abordará
aspectos referentes ao processo de compras, produção, transporte, estocagem,
bem como sobre a administração de materiais, a distribuição e atendimento ao
cliente, os custos de estoques e o inventário físico, buscando prover a pesquisa
da visão logística empregada na organização, identificando, a partir daí, as
possíveis melhorias a serem implementadas com relação aos recursos e à
sustentabilidade da empresa. Para a disciplina “Matemática Aplicada”, objetiva-
se pesquisar sobre conjuntos, relações e funções aplicadas à administração do
negócio, correlacionando os resultados e suas análises como parâmetros de
tomada de decisão, bem como analisar quais ferramentas poderão ser aplicadas
para que o empreendedor possa medir seus resultados. Para a disciplina
“Economia e Mercado”, pretende-se pesquisar e relacionar com o tema sugerido
sobre o panorama econômico/financeiro do Brasil e sua influência no segmento
de mercado escolhido para estudo. Propõe-se, também, observar e descrever o
impacto do “problema econômico” na organização, evidenciando, também, a
dinâmica dos mercados e seus impactos nas organizações. Busca-se, ainda,
relatar as variáveis macroeconômicas, suas interdependências e suas
consequências na empresa (salários, lucros, impostos, juros, câmbio e oferta de
moeda e seus impactos no nível de preços e produção).

Palavras-chave: Recursos Materiais e Patrimoniais. Matemática Aplicada.


Economia e Mercado.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS.........................................................6
3 MATEMÁTICA APLICADA....................................................................................10
4 ECONOMIA E MERCADO.....................................................................................12
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................18
REFERÊNCIAS..........................................................................................................19
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1 INTRODUÇÃO

O profissional moderno deve atuar como um agente facilitador de


estratégias organizacionais. Para os futuros profissionais, entretanto, essa
habilidade somente será viável se houver uma conscientização do real papel do
gestor, por meio da visão bem-delineada da estrutura e dos processos
organizacionais. O Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM busca inserir o aluno
nas práticas gerenciais fundamentadas nos conhecimentos teóricos adquiridos
no curso, com caráter prático complementar do processo de ensino-
aprendizagem. Este PIM II tem como base as seguintes disciplinas: Recursos
Materiais e Patrimoniais, Matemática Aplicada, e Economia e Mercado.
O trabalho realizado contempla uma análise do texto sugerido pela
Coordenação do Curso, cujo título é “Os 10 mandamentos da boa
administração”, correlacionando, após, aspectos encontrados em seu teor com
pontos das disciplinas do bimestre.
A discussão se dará, portanto, em torno dos seguintes aspectos: para a
disciplina “Recursos materiais e patrimoniais”, serão apresentados resultados de
pesquisa realizada sobre a organização e os recursos empresariais (materiais,
patrimoniais, humanos, financeiros e tecnológicos), relatando aspectos
relacionados ao planejamento e controle de estoques (funções, custos e política
de estoques). Também se abordará aspectos referentes ao processo de
compras, produção, transporte, estocagem, bem como sobre a administração de
materiais, a distribuição e atendimento ao cliente, os custos de estoques e o
inventário físico, buscando prover a pesquisa da visão logística empregada na
organização, identificando, a partir daí, as possíveis melhorias a serem
implementadas com relação aos recursos e à sustentabilidade da empresa.
Para a disciplina “Matemática Aplicada”, objetiva-se pesquisar sobre
conjuntos, relações e funções aplicadas à administração do negócio,
correlacionando os resultados e suas análises como parâmetros de tomada de
decisão, bem como analisar quais ferramentas poderão ser aplicadas para que
o empreendedor possa medir seus resultados.
5

Já para a disciplina “Economia e Mercado”, pretende-se pesquisar e


relacionar com o tema sugerido sobre o panorama econômico/financeiro do
Brasil e sua influência no segmento de mercado escolhido para estudo. Propõe-
se, também, observar e descrever o impacto do “problema econômico” na
organização, evidenciando, também, a dinâmica dos mercados e seus impactos
nas organizações. Busca-se, ainda, relatar as variáveis macroeconômicas, suas
interdependências e suas consequências na empresa (salários, lucros,
impostos, juros, câmbio e oferta de moeda e seus impactos no nível de preços e
produção).
Para proporcionar melhor estruturação ao estudo, optou-se por subdividir
o desenvolvimento em capítulos, construídos para abordar os aspectos
relacionados a cada uma das disciplinas como aqui fora explanado. Sendo
assim, o primeiro capítulo do desenvolvimento será dedicado a tratativas sobre
a disciplina Recursos Materiais e Patrimoniais; o segundo capítulo, à disciplina
Matemática Aplicada; o terceiro capítulo, à disciplina Economia e Mercado.
6

2 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

É certo que toda empresa, para funcionar, demanda a existência de


recursos. Tratam-se, pois, dos recursos empresariais, dentre os quais é possível
incluir os denominados recursos materiais.
De acordo com Chiavenato (2014), os recursos materiais, também
denominados recursos físicos, são um dos recursos de que a empresa necessita
para garantir as suas operações básicas, seja para a produção de produtos ou
bens, seja para a prestação de serviços especializados. Neles é possível incluir
o espaço físico em si da organização, constituído pelo terreno, edifício e prédio,
como também o próprio processo produtivo, a tecnologia ali empregada, e os
processos e métodos de trabalho utilizados.
Conforme Martins e Alt (2011), a gestão dos recursos materiais envolve o
sequenciamento de operações iniciadas na identificação do fornecedor, que se
estendem pela compra do bem, pelo transporte interno realizado e o seu
acondicionamento, por seu recebimento, pelo transporte durante o processo
produtivo, pela sua armazenagem na qualidade de produto acabado, e pela
distribuição ao consumidor final. Para o autor, os subsistemas da administração
de materiais, integrados de maneira sistêmica, representam uma boa gestão de
materiais, podendo ser identificados 2 (dois) tipos de subsistemas distintos: os
típicos e os específicos.
Os subsistemas típicos, segundo o autor, são os seguintes: controle de
estoque, classificação de material, aquisição/compra de material,
armazenagem/almoxarifado, inspeção de recebimento, e cadastro.
O subsistema de controle de estoque tem a responsabilidade de gestão
econômica dos estoques, o fazendo por meio da programação e do
planejamento de material, abrangendo a previsão, análise, ressuprimento e
controle do material (MARTINS; ALT, 2011).
Segundo Pozo (2010), o estoque se apresenta como um grande desafio
para os gestores de materiais, tendo em vista as diversas mudanças de fatores
que influenciam nos custos, a busca contínua por soluções que visem redução
destes, e a eficiência dos controles.
7

O subsistema de classificação de material é o responsável pela


identificação, classificação, codificação, cadastramento e catalogação do
material (MARTINS; ALT, 2011). Conforme Dias (2015), com o aumento da
industrialização e início da produção em série, sentiu-se necessidade de se
proceder à classificação dos materiais para que se pudesse, assim, eliminar
falhas de produção pela insuficiência ou inexistência de peças em estoque.
O subsistema de aquisição/compra de material é o responsável pela
negociação, contratação e gestão de compras de material por meio do processo
de licitação, em entidades públicas, e orçamentos, na administração privada,
apresentando-se envolvido diretamente com o estoque de matéria-prima para a
empresa, sendo de sua responsabilidade disponibilizar as matérias-primas
exigidas pela produção no tempo certo, na quantidade certa (MARTINS; ALT,
2011). Para Moreira (2001), este subsistema não é o responsável apenas pelo
prazo e quantidade, devendo se preocupar, também, com a obtenção do preço
mais favorável possível, tendo em vista que o custo da matéria-prima se mostra
como componente essencial para o custo do produto.
O subsistema de armazenagem/almoxarifado é o responsável pela gestão
física dos estoques. Contempla atividades de guarda, recepção, preservação,
embalagem e expedição de materiais, mantendo observância a normas e
métodos de armazenamento (MARTINS; ALT, 2011). O almoxarifado é onde os
produtos ficam armazenados, para atendimento da produção, sendo, também,
onde os materiais entregues pelos fornecedores são dispostos (MOREIRA,
2001).
O subsistema de movimentação de material é o responsável pela
normalização e controle das operações de fornecimento, recebimento,
transferências e devoluções, além que qualquer outra movimentação de entrada
e saída que seja feita nas dependências da empresa com materiais (MARTINS;
ALT, 2011).
O subsistema de inspeção de recebimento é o responsável pela
conferência documental e física do recebimento de materiais (MARTINS; ALT,
2011). É possível, ainda, a ele atribuir a verificação de atributos qualitativos
segundo normas oriundas de controle de qualidade (MOREIRA, 2001).
O subsistema do cadastro é o encarregado do cadastramento de
fornecedores, ocupando-se, também, dos registros referentes a compras e
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pesquisas de mercado (MARTINS; ALT, 2011).


Já os subsistemas específicos se subdividem em inspeção de
suprimentos, padronização e normalização e transporte de material (MARTINS;
ALT, 2011).
Inspeção de suprimentos é espécie de subsistema de apoio responsável
pela verificação da aplicação dos procedimentos e das normas estabelecidas
para se obter um bom funcionamento da Administração de Materiais em todo o
âmbito organizacional (MARTINS; ALT, 2011). É de sua responsabilidade, pois,
analisar possíveis desvios da política de suprimentos implementada pela
administração, proporcionando soluções (MOREIRA, 2001).
Padronização e normalização é o subsistema de apoio que se
responsabiliza por obter o menor número possível de espécies existentes de
determinado tipo de material, o que o faz através da especificação e unificação
dos mesmos, com a proposição de medidas que visem redução de estoques
(MARTINS; ALT, 2011).
Transporte de material é o subsistema de apoio responsável pela
execução da movimentação, transporte e distribuição de materiais, com o envio
do produto acabado para o cliente final, e das matérias-primas para as fábricas
(MARTINS; ALT, 2011). Este setor se ocupa, também, da administração da frota
de veículos da empresa, responsabilizando-se pela contratação de
transportadoras para prestação de serviços de coleta e entrega (MOREIRA,
2001).
Desse modo, como se pode verificar, os recursos materiais são espécie
de “recursos empresariais”, sendo certo, também, que a sua gestão impacta os
resultados organizacionais.
O estoque se apresenta como sendo um item indispensável à composição
da empresa, seja ela de ordem comercial ou industrial. O modo de
armazenamento e controle pode proporcionar um aumento de lucratividade da
empresa ou, ao contrário, ocasionar sérios transtornos para a mesma. Em razão
disso, é fundamental que o gestor busque participar da administração de
recursos materiais da empresa (MARTINS; ALT, 2011).
Outra perspectiva é trazida por Slack, Brandon-Jones e Johnston (2015),
ao sustentarem a essencialidade do controle eficiente do estoque para a
manutenção da competitividade da empresa em seu nicho de atuação no
9

mercado, proporcionando adequado cumprimento de suas atividades.


Demonstra, também, de acordo com os autores, a sua relevância ao se
considerar que, com uma adequada gestão de estoques, evita-se que faltem
produtos, bem como proporcionada uma otimização nas compras da empresa,
evitando que sejam adquiridas mercadorias sem necessidade. Desse modo,
aspectos como época do ano, prazo de entrega do produto e demanda de
procura são itens a serem considerados quando da composição do estoque da
empresa.
Diante de tais circunstâncias, revela-se a importância do desenvolvimento
pelo gestor de técnicas eficazes o bastante para a obtenção de resultados
satisfatórios em relação ao fechamento contábil (POZO, 2010).
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3 MATEMÁTICA APLICADA

Tanto na gestão de um negócio como no dia a dia, a matemática se faz


presente em várias situações. Seja para calcular o troco na padaria, seja para
ver quanto de juros será pago pelo atraso no pagamento de um boleto, seja
para verificar qual a melhor opção de financiamento de um bem móvel ou
imóvel, ela tem a sua utilização garantida. No contexto organizacional, que é o
que interessa no momento, várias são as situações em que se deve lançar mão
dos cálculos matemáticos para se tomar uma decisão.
Segundo Puccini (2007), a matemática financeira se apresenta como um
corpo de conhecimento, que ter por objeto de estudo a mudança do valor do
dinheiro no tempo.
No contexto organizacional atual, conforme destaca Hoji (2009),
praticamente todas as decisões precisam passar pelo crivo da análise financeira
durante o processo de tomada de decisão. Neste cenário, a administração
financeira se apresenta como uma área com abrangência considerável dentro
da organização, na medida em que influencia diretamente o andamento de
todos os seus setores, a todo o momento.
A respeito da administração financeira de uma empresa, Souza (2012)
sustenta que ela consiste em:

[...] categorizar as áreas que exigem tomadas de decisões pelos


empresários, visando para a empresa à estrutura ideal no que se refere
o planejamento, a execução e o controle. [...] A função financeira
compreende um conjunto de atividades relacionadas com a gestão dos
fundos movimentados por todas as áreas da empresa (SOUZA, 2012,
p. 3).

Desta forma, resumidamente, pode-se tratar a administração financeira


como um tipo de gestão inerente ao gerenciamento organizacional, na medida
em que funciona como base para o processo de tomada de decisão gerencial.
É a isto, também, que se refere Santos (2013), ao destacar que a
Matemática Financeira é importante para um administrador de empresas porque
é através dos conhecimentos sobre ela que o gestor poderá conduzir a
organização ao cumprimento de seu objetivo, servindo, também, para facilitar o
11

processo de tomada de decisão gerencial.


Em complementação, Araújo (2004) relembra que, no contexto
contemporâneo, que revela um mercado globalizado e competitivo, o
conhecimento em matemática financeira aparece para o gestor como um
instrumento estratégico, através do qual o administrador pode firmar o seu papel
na organização, através do bom desempenho de sua função.
Fato é que, através da interpretação dos cálculos da matemática
financeira, o gestor pode acompanhar, além da situação financeira da empresa,
a sua contabilidade e, também, a administração de seus recursos humanos. De
igual forma, fazendo uso de cálculos e de conhecimentos pertinentes à
Matemática Financeira, como, por exemplo, sobre porcentagem, cálculo de juros
simples e juros compostos, amortização, dentre outros, o gestor pode, também,
tomar os resultados obtidos como base para nortear a sua tomada de decisão.
Assim, por exemplo, é possível que o gestor, fazendo uso deste
conhecimento em matemática financeira, possa calcular, por exemplo, quanto
de juros será pago em um financiamento em que a empresa contratar R$
15.000,00, considerando o tempo para o pagamento de 12 meses, e a taxa
mensal de 2,5%. Caso o cálculo seja pelo sistema de juros simples (o que não
é, em se tratando de instituições financeiras), o valor pago de juros ao final do
período seria de R$ 4.125,00. Agora, fazendo o cálculo pelo sistema de juros
compostos, o valor pago a título de juros seria de R$ 4.681,30.
12

4 ECONOMIA E MERCADO

De acordo com Netto e Braz (2006), a Economia Política é a área do


conhecimento que cuida do estudo das relações sociais que são estabelecidas
pelos homens na produção de bens e garantem a reprodução e a manutenção
da vida social. Os maiores ícones da Economia Política Clássica, conforme os
autores, são David Ricardo e Adam Smith.
São duas as características principais da linha teórica de Ricardo e Smith:
a primeira, de que o conjunto de relações sociais surgiram em momento de crise
do antigo regime, partindo da generalização que se fez de relações mercantis,
com sua extensão para o mundo do trabalho; a segunda, de que as principais
instituições e categorias econômicas, tais como capital, mercado, dinheiro,
salário e propriedade privada, devem ser tidas como instituições naturais,
devendo, ao invés de serem descobertas pela razão humana, com instauração
na vida social, permanecer invariáveis e eternas na fundamentalidade de sua
estrutura (NETTO; BRAZ, 2006).
Com o passar dos anos, contudo, a crise que se vislumbrou na Economia
Política Clássica alterou de forma marcante a relação travada entre a burguesia
e a cultura. Nesse cenário, vislumbrou-se uma incompatibilidade dessa linha
teórica, que se centrava no valor como produto oriundo do trabalho, passando a
confrontar interesses burgueses, cuja classe foi convertida em conservadora e
dominante. Para Netto e Braz (2006), a apropriação de tal concepção do que
seria o valor pelos pensadores representantes da classe trabalhadora revelaria
o caráter explorador que se extrai do capital em relação ao trabalho.
O estágio inicial do movimento capitalista é denominado por Netto e Braz
(2006) como capitalismo comercial, também chamado capitalismo mercantil.
Estende-se do século XVI a meados do século XVIII, caracterizado pela
presença da burguesia como classe revolucionária, com interesses conjugados
com os oriundos da massa da população para liberar as forças de produção das
barreiras que lhes eram impostas pelas relações produtivas feudais, que eram
regidas por um sistema específico de propriedade (feudos). Além disso, a
acumulação primitiva se apresenta igualmente como fator característico desta
13

época histórica do capitalismo, com relevante destaque para atuação dos


mercadores e comerciantes.
O segundo estágio do capitalismo é o denominado capitalismo
concorrencial, também chamado capitalismo clássico ou liberal. Com início no
século XVIII, estendendo-se até meados do século XIX, esse período do
capitalismo apresentou características de urbanização, ampliação do trabalho e
elaboração da teoria econômica clássica. Nesse período, vislumbrou-se
organização do proletariado e primeiros movimentos voltados à questão social
(NETTO; BRAZ, 2006).
O terceiro estágio é o capitalismo monopolista, também denominado
capitalismo financeiro, que teve o seu início nos primórdios do século XIX,
estendendo-se até os dias atuais, sendo caracterizado pela centralização e
concentração do capital financeiro, marcado pela exportação de capitais,
criação de oligarquias financeiras, partilha econômica e territorial do mundo,
desenvolvimento da indústria bélica e início da divisão do trabalho a nível
internacional (NETTO; BRAZ, 2006).
Recentemente, a evolução do capitalismo originou um novo movimento
econômico, denominado “imperialismo”. Trata-se de novo estágio na história da
economia capitalista, cujos primórdios de sua configuração remontam ao final
do século XIX, dominando, a partir daí, durante todo o século XX, ingressando
novas nuances no século XXI (NETTO; BRAZ, 2006).
De acordo com Netto e Braz (2006), é possível também evidenciar o
imperialismo por meio de fases: fase clássica, que engloba o período
compreendido entre 1890 e 1940 e se caracteriza pela ocorrência de crises
econômicas de grandes proporções, além do surgimento do fascismo, da
mudança do papel do Estado (New Deal) e da ascensão do proletariado; anos
dourados, que abrange o período que se estende de 1945 a 1970, que tem por
características o desenvolvimento do taylorismo-fordismo, o capitalismo
democrático e o estado de bem-estar social (Welfare State); e capitalismo
contemporâneo, que, iniciado na década de 1970, se estende até os dias atuais,
sendo caracterizado por integração da classe operária, pelo triunfo do
capitalismo, pelo multilateralismo e pelo desenvolvimentismo.
Na esteira do capitalismo contemporâneo, se encontra a noção de
desenvolvimento econômico, que, conforme Sousa e Torralvo (2008), abrange
14

discussões sobre estratégias de longo prazo. Nela, tem-se a produção agregada


ou oferta importante papel para a trajetória de crescimento de longo prazo. O
seu foco é, pois, analisar o comportamento do pleno emprego da economia ou
do produto potencial, em longo prazo.
Ressalte-se, porém, que crescimento econômico e desenvolvimento
econômico não são sinônimos. Enquanto o desenvolvimento econômico abrange
alterações ocorridas na composição do produto, com alocação dos recursos nos
diversos setores econômicos, de modo a melhorar os indicadores de bem-estar
social e econômico, o crescimento econômico espelha um crescimento contínuo
da renda per capita em um dado período de tempo (ANBIMA, 2014).
De acordo com Luporini e Alves (2010), o crescimento econômico parece
guardar relação direta com a existência de uma infraestrutura eficaz e eficiente,
capaz de atender a indústria e a população, de modo que todos possam ter
igual acesso à prestação de serviços comuns e básicos, tais como fornecimento
de água, esgoto e energia elétrica; transporte e telecomunicações. Bresser-
Pereira (2006), por sua vez, identifica duas diferentes correntes para explicar o
crescimento econômico: na primeira, defende-se a acumulação de capital, ao
passo que, na segunda, o foco é dado na acumulação do conhecimento, na
formação do capital humano e na geração de novas tecnologias.
Nesse sentido, segundo Luporini e Alves (2010), são fontes de
crescimento econômico: o aumento experimentado na força de trabalho; a
promoção de melhorias na qualidade da mão-de-obra; o aumento do estoque de
capital; realização de melhorias tecnológicas; e eficiência organizacional.
A magnitude do PIB, também denominado PNB (Produto Nacional Bruto)
é importante medida para o desempenho econômico de um país. Entretanto,
para que se tenha um bom funcionamento deste como indicador do potencial
que se tem de produtividade e de geração de renda, é necessário que se
relativize de acordo com o tamanho da população residente no país. Com isso,
a variável mais importante de desempenho que surge é o produto per capita,
que não abrange o valor absoluto do produto agregado (ROCHA, 2013).
Entretanto, de acordo com Pinheiro (2014), tais indicadores se mostram
insuficientes para a realização de uma avaliação sobre a qualidade de vida. Em
primeiro lugar, porque o produto per capita, que se mostra como uma média,
nada diz a respeito da distribuição de renda. Em segundo lugar, conforme o
15

autor, não serve para tal fim porque não capta as condições de vida da
população em sua concretude, não considerando termos de condições
sanitárias, longevidade, nível educacional e saúde, por exemplo.
Nesse ínterim, ao se considerar tanto os indicadores sociais como a
distribuição da renda como variáveis de destacada importância, segue-se para
além do conceito que se tem de crescimento econômico. Está-se, na verdade, a
avaliar o desenvolvimento econômico, tendo em vista que é ele quem mede o
perfil distributivo, bem como os benefícios sociais revertidos pelo crescimento
experimentado, não se atendo ao crescimento do produto per capita (LOPES et
al, 2007).
De acordo com Cavalcante, Misumi e Rudge (2009), tendo em vista a
relação positiva estabelecida entre o crescimento econômico e as taxas de
investimento, o aumento dos investimentos experimentado no Brasil é condição
que se mostra fundamental para que haja uma retomada do crescimento
econômico. Contudo, como destacam Teixeira e Pinto (2012), a participação dos
investimentos no crescimento do PIB é dotada de grande instabilidade, não
havendo um aumento constante apto a garantir a efetivação do crescimento
econômico.
Como forma de se dar uma resposta imediata à situação de crise, de
acordo com Luporini e Alves (2010), os governos de vários países, incluindo o
Brasil, passaram historicamente a adotar postura de “afrouxamento” nas contas
públicas seguindo, conforme os autores, o modelo de uma política fiscal
expansionista. No Brasil, conforme Rocha (2013), o que se tem é que a revisão
de metas de superávit primário para o triênio 2009/2011 serve como excelente
demonstrativo da adoção de uma política anticíclica, apresentando-se, desse
modo, como alternativa de curto prazo.
Tal atitude que fora tomada pelo Governo Federal brasileiro diante do
cenário de crise e recessão econômica perpassa necessariamente o uso do
orçamento público como meio de estabilizar e manter o nível de emprego e de
renda na economia. Isso demonstra que se tem considerado o mesmo tanto em
relação ao entendimento que é perpetrado em função do impacto causado pela
crise nas finanças públicas e economia do país, quanto de quais medidas
seriam adotadas com vistas a se delinear uma reação do mercado (ROCHA,
2013). Nesse sentido, de acordo com Pinheiro (2014), age-se no sentido de
16

proporcionar comparação entre os indicadores e orçamentos de países


diferentes, de modo a permitir a compreensão de qual seria o posicionamento
estratégico do Brasil em comparação com os demais. Nesse caso, de acordo
com o autor, a opção em prol do estabelecimento de uma política de incentivos
fiscais, bem como de redução de impostos, em associação com o aumento nos
gastos de capital e correntes em nível federal tem o condão de minimizar os
efeitos da recessão internacional causados sobre o PIB nacional.
Medeiros e Ramos (2004) fazem, ainda, importantes considerações sobre
a questão, destacando que, embora seja certo que, como aqui restou
demonstrado, o mercado de capitais é um reflexo do comportamento da
economia no país, também é certo que ele é afetado por outros fatores que,
igualmente, impactam a atratividade que o país exerce sobre investidores, como
é o caso do Brasil, conforme Gollo (2009), que coleciona políticas econômicas
equivocadas, com forte exclusão social e presença de uma corrupção
institucionalizada regada à impunidade. Tudo isso, conforme os autores citados,
não contribuem para o desenvolvimento do mercado de capitais, que, em razão
de sua natureza, são dependentes da capacidade do país de atrair
investimentos para si.
Sendo assim, o que se tem, pelas considerações que foram introduzidas
por esse estudo, é de que é grande o impacto da recessão econômica no
mercado de capitais no Brasil, tendo em vista que este é, como visto, um reflexo
da economia interna.
Diante de tal cenário, é possível evidenciar, na contemporaneidade, que o
panorama econômico/financeiro do Brasil se mostra como sendo de recessão
econômica, que afeta frontalmente o segmento de mercado escolhido para
estudo, qual seja, o comércio, tendo em vista que este é extremamente
dependente da economia interna para a sua sobrevivência.
De igual modo, na mesma perspectiva, percebe-se que o impacto do
“problema econômico” na organização atuante nesse setor é bastante
destacada, sendo possível verificar impacto das seguintes variáveis
macroeconômicas, com consequências nefastas para a empresa: salários
(aumentos de salário por promoção são cortados, persistindo somente os
decorrentes do dissídio anual), lucros (os lucros são reduzidos em razão da
retração do mercado), impostos (aumentam-se os impostos para suprir a
17

necessidade de receita nos cofres públicos, impactando, desse modo, a


sobrevivência e continuidade no mercado das organizações), juros (os juros se
tornam elevados em razão da insegurança experimentada no cenário de crédito
no país), câmbio (o câmbio é impactado, promovendo uma desvalorização da
moeda) e oferta de moeda. Todas estas variáveis impactam o nível de preços e
produção, influenciando sobremaneira o desenvolvimento organizacional.
18

5 CONCLUSÃO

Os temas desenvolvidos neste trabalho, referentes às disciplinas de


Recursos Materiais e Patrimoniais, Matemática Aplicada, e Economia e
Mercado, apresentam grande relevância para a formação de um futuro
profissional para atuar no contexto organizacional, na medida em que permitem
uma visão geral e sistêmica dos fatores responsáveis pelas mudanças sociais e
de sua influência no dia a dia empresarial.
Partindo deste contexto, vislumbra-se os ensinamentos obtidos nas web
aulas, nos livros texto e nas atividades e fóruns dos quais participei como de
grande importância para o meu crescimento pessoal e profissional, pois a cada
interação, a cada aula ouvida aprendia ainda mais, e atentava para situações
que, embora pareçam óbvias, ainda não tinha reunido as informações tal como
aqui foram passadas para construir o conhecimento que hoje tenho.
Desta forma, ressalto a aprendizagem obtida com a teoria passada,
destacando que ela muito contribuiu para o desenvolvimento e entendimento
deste aluno dos pontos discutidos em cada disciplina.
19

REFERÊNCIAS

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