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Relatório de Estágio
Hemostase
Índice Geral
ÍNDICE DE QUADROS............................................................................................................................................ V
SIGLAS E ABREVIATURAS..................................................................................................................................... VI
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 1
ii
Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
iii
Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Índice de Figuras
Figura 14. Princípio do método do Kit de imunoensaio ELISA “Asserachrom HPIA – IgG”------------42
iv
Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Índice de Quadros
Quadro 13. Valores de referência de alguns testes específicos executados no Lab-4. ---------------------36
v
Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Siglas e abreviaturas
ADP – adenosina difosfato
AMP – adenosina monofostato
AMPc – monofosfato de adenosina cíclico
aPTT – tempo de tromboplastina parcial ativado
AT – antitrombina
C4b-BP – proteína ligada ao C4b
CHSJ – centro hospitalar de São João
CQE – controlo da qualidade externo
CQI – controlo da qualidade interno
DIC – coagulação intravascular disseminada
DRVVT – “dilute Russell’s viper venon”
DvW – doença de von Willebrand
EP - embolismo pulmonar
FIX – fator IX
FIXa – fator IX ativado
FT – fator tecidual
FV – fator V
FVa – fator V ativado
FVII – fator VII
FVIIa – fator VII activado
FVIII – fator VIII
FVIIIa – fator VIII activado
FVLeiden – fator V de Leiden
FvW – fator de von Willebrand
FX – fator X
FXa – fator X activado
FXI – fator XI
FXIa – fator XI activado
FXII – fator XII
FXIIa – fator XII activado
FXIII – fator XIII
FXIIIa – fator XIII ativado
HBPM – heparina de baixo peso molecular
HIT – Trombocitopenias induzidas por heparina
HMWK – cininogénio de alto peso molecular
HNF – heparina não fracionada
INR – international normalized ratio
LA – anticoagulante lúpico
Lab-4 – laboratório de trombose e hemostase do SIH do CHSJ
LES – lupus eritematoso sistémico
LMWH – heparina de baixo peso molecular
NO – óxido Nítrico
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Introdução
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
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Sérgio José Pinto Teixeira
Resposta Vascular
Em resposta a uma lesão, há uma constrição das paredes do vaso sanguíneo(4)(5). Essa
vasoconstrição permite que haja uma redução do fluxo sanguíneo na área afetada, mantendo-se
as superfícies endoteliais opostas unidas entre si(1). Esta resposta apenas se mostra eficaz nos
pequenos vasos da microcirculação(5).
Hemostase Primária
O processo de formação do trombo plaquetário nos locais de lesão vascular designa-se
hemostase primária(5). Em condições normais, as plaquetas circulam livremente na circulação
sanguínea sem interagir com outras plaquetas ou com o endotélio vascular. Na presença de uma
lesão vascular, desencadeia-se uma sequência de eventos que levam à formação de um coágulo
rico em plaquetas. Esses eventos representam uma série complexa de processos bioquímicos e
celulares, que podem ser divididos em quatro categorias: adesão e ativação, secreção e
agregação(4).
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Figura 1. Base bioquímica da ativação e secreção plaquetárias. [Moreira AL, 2001]. Abreviaturas: AC-
adenilciclase; G-proteína G; PIP2 – 4,5-bifosfato de fostatidilinositol; PLC – fosfolipase C; DAG – diacilglicerol;
PLA2 – fosfolipase A2; PC – fosfatidilcolina; AA – ácido araquidónico; CO – ciclo- oxigenase; O2 – oxigénio; IP3 –
trifosfato de inositol; Ca-CM – Complexo cálcio-calmodulina; MLCK – cinase cadeia leve da miosina.
A adesão, secreção e agregação plaquetárias são fenómenos complexos que podem ser
interrompidos ou inibidos por variadas moléculas que atuam nos processos bioquímicos
inibindo a sua ação e que tem sido alvo de investigação na terapêutica antiplaquetária recente e
histórica.
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
Sérgio José Pinto Teixeira
Hemostase Secundária
A coagulação sanguínea é um processo complexo e autolimitado, iniciado e regulado
por uma série de reações e interações proteicas geradoras de feedback positivo e negativo. Nos
humanos, todas estas reações envolvem uma grande quantidade de proteínas extracelulares,
cerca de metade delas da família das proteases de serina(10). A esse conjunto de reações
sucessivas convencionou-se chamar de “cascata da coagulação”. A “cascata da coagulação” foi
inicialmente descrita como duas vias distintas (extrínseca e intrínseca), cada uma com uma série
de reações enzimáticas em cadeia que culminavam na formação do coágulo de fibrina estável (11)
(figura 2).
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Sérgio José Pinto Teixeira
Figura 3. Fases da coagulação de acordo com a nova cascata. [Pérez-Gómez F et al, 2007].
Fase de iniciação
A cascata inicia-se pela via extrínseca após exposição (pela lesão vascular) ou expressão
(induzida pelos mediadores inflamatórios) do FT que conduz à ativação do FVII(5). O complexo
FT/FVIIa ativa pequenas quantidades dos fatores IX e X. Este último, na sua forma ativada,
associa-se ao fator Va formando o complexo protrombinase na superfície das células portadoras
de FT, resultando na formação de pequena quantidade de trombina(12), que é crucial para
garantir que a iniciação da coagulação seja eficaz e para a ampliação da mesma (10). O inibidor
da via do fator tecidual (TFPI) tem um papel importante na supressão da iniciação da
coagulação: liga-se ao FXa, inibindo-o e formando um complexo inibidor do complexo
FVIIa/FT.
Fase de amplificação
Uma vez formada, a trombina pode deslocar-se das células apresentadoras de FT até às
plaquetas locais, onde se liga ao recetor GPIb, amplificando a coagulação. Esta ligação facilita a
interação da trombina com outros componentes da superfície plaquetária com a consequente
clivagem da proteína PAR-1 (levando à ativação da plaqueta), ativação do FVIII e sua
libertação do complexo FVIII/FvW, e a ativação dos fatores V e IX(9).
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Fase de propagação
A coagulação é mantida pelas reações da via intrínseca iniciadas pelo FXIa(5). Este fator
ativa o FIX, na presença de cálcio. O FIXa, ativado na fase de iniciação, liga-se ao FVIIIa
(complexo tenase intrínseca) nas superfícies plaquetárias e forma-se mais FIXa pela ação do
FXIa ligado às plaquetas. Como o FXa não se desloca eficazmente da célula portadora de FT
para a plaqueta, tem de ser produzido diretamente na superfície da plaqueta pelo complexo
tenase(9). O fator Xa forma o complexo protrombinase com o FVa e gera grande quantidade de
trombina suficiente para coagular o fibrinogénio(12). Além da conversão do fibrinogénio solúvel
numa matriz de fibrina insolúvel, a trombina também é responsável pela estabilização do
coágulo através de:
ativação do FXIII (que favorece a formação de ligações cruzadas covalentes entre as
moléculas de fibrina);
resistência à fibrinólise (pela ativação do inibidor de fibrinólise mediado pela trombina
(TAFI), que remove resíduos de lisina terminais da fibrina que são sítios de ligação das
enzimas fibrinolíticas);
clivagem do recetor PAR-4 (que assegura uma desgranulação total das plaquetas e a
retração das plaquetas ativadas);
incorporação do próprio FIIa na estrutura do coágulo, que previne a sua inativação pela
antitrombina(13);
Ativação dos fatores XI, IX, X e VIII;
Estimulação da secreção e agregação plaquetárias;
Promoção de vários efeitos celulares, como quimiotaxia, proliferação, renovação da
matriz extracelular e libertação de citocinas(5).
Assim, a visão atual da cascata da coagulação pode ser representada esquematicamente na
figura seguinte:
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Mecanismos de Regulação
A coagulação é regulada por vários mecanismos:
diluição de pró-coagulantes no sangue em fluxo;
remoção de fatores ativados por meio do sistema retículo endotelial, em especial
no fígado;
controlo por vias antitrombóticas naturais(14).
Pelo menos sete sistemas de controlo separados e distintos regulam cada fase da
hemostase e conferem proteção contra a trombose, inflamação vascular e lesão tecidual (Quadro
2)(13).
Quadro 2. Mecanismos antitrombóticos naturais das células endoteliais [Yau et al, 2015].
Regulação da cascata de coagulação
Antitrombina
Proteína C/Proteína S
Regulação da reatividade dos vasos e plaquetas
Prostaciclina
Óxido Nítrico
Inibição do recrutamento de plaquetas
Ecto-ADPase (CD39)
Remoção do coágulo de fibrina
Fibrinólise
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Antitrombina
A AT é uma glicoproteína com peso molecular aproximado de 58.000 daltons,
sintetizada no fígado e nas células endoteliais(5)(15). É o principal inibidor das proteases de serina
presente no plasma. Inibe a trombina e o FXa, que são duas enzimas essenciais para a cascata da
coagulação. Forma também complexos estequiométricos com as proteases de serina IXa, XIa e
XIIa, bem como a plasmina e a calicreína, inibindo a sua ação(9)(15). Na ausência da heparina, a
AT inibe a trombina e o fator Xa de forma relativamente lenta. Quando presente, a heparina
liga-se a um sítio específico na molécula de AT, a qual então sofre uma alteração
conformacional que permite que a molécula alcance o sítio ativo da trombina e iniba de forma
instantânea e irreversível. Este aumento da inibição de trombina e fator Xa é a base do uso
terapêutico da heparina como anticoagulante(16). De forma semelhante, a AT liga-se também ao
sulfato de heparano, expresso normalmente pelas células endoteliais(5). Como a superfície
endotelial normalmente é coberta com uma camada de AT já ativada pelo sulfato de heparano
endógeno, assim é impedida a formação de fibrina em áreas não danificadas(10).
Proteína C
A proteína C (PC) pertence ao grupo das proteínas dependentes da vitamina K(17). Tem
um peso molecular aproximado de 62.000 daltons, e é constituída por duas cadeias
polipeptídicas: a cadeia de elevado peso molecular (aproximadamente 41.000 daltons), onde se
encontra o sítio ativo da molécula, e a cadeia de baixo peso molecular, onde se encontram os
resíduos de ácido γ-carboxiglutâmico necessários para a fixação nas micelas de fosfolípidos,
dependente de cálcio(1). É sintetizada no fígado(3), e encontra-se no plasma sob a forma de
proenzima(17). Para a sua ativação, requer a presença de trombina (após a ligação desta à
trombomodulina – presente nas superfícies endoteliais intatas)(5), cálcio e fosfolípidos(17). Uma
vez ativada, a PC intervêm no processo de regulação da coagulação, neutralizando, por
proteólise(5), as propriedades pró coagulantes dos fatores Va e VIIIa (cofatores responsáveis
pela formação dos complexos protrombinase e tenase intrínseca, respetivamente)(13) (figura 5).
Esta ação requer a presença de um cofator, também dependente da vitamina K, que é a proteína
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
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S (PS). A PC inativa também os recetores plaquetários para o FXa(5). Pode também estimular a
libertação do ativador do plasminogénio tecidular (tPA) pelas células endoteliais(11).
Proteína S
A PS desempenha um papel importante e multifuncional na regulação da formação do
trombo hemostático(18). É uma glicoproteína plasmática dependente da vitamina K(13). Tem um
peso molecular de aproximadamente 70.000 daltons(13), e é sintetizada principalmente no fígado
e células endoteliais, e armazenada nas células endoteliais e nos grânulos 𝛂 das plaquetas(3).
Não é uma protease de serina, mas funciona como cofator da proteína C ativada (PCA) na
inativação proteolítica dos fatores Va e VIIIa(13). Funciona como fator antitrombótico tanto por
mecanismos dependentes da PC como por mecanismos independentes, inibindo a formação da
trombina(3).
A PS circula na corrente sanguínea nas formas livre (40%, em indivíduos normais) e
ligada à proteína ligada ao C4b (C4b-BP) (60%, em indivíduos normais)(3). A PS livre atua
como cofator da PCA potencializando a sua ligação às superfícies fosfolipídicas, nos locais
onde está a decorrer o processo de coagulação (plaquetas, células endoteliais, leucócitos)(5).
Essa ligação acelera a inativação dos fatores Va e VIIa pela trombina na presença de cálcio(2). A
PS livre é ativa como anticoagulante, enquanto a forma ligada à C4-BP é inativa(10).
A PS tem outras funções não associadas à PCA: inibe diretamente a ativação do FX e da
protrombina, serve de cofator para a função do TFPI e favorece a fibrinólise (faz diminuir
o TAFI)(19).
As deficiências de AT, PC e PS são causas importantes de um estado
hipercoagulante(11). Uma anomalia hereditária particularmente comum associada a estados de
hipercoagulação é o fator V de Leiden (FVLeiden), que é resistente à inibição pela PCA. Algumas
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combinações de anomalias (como por exemplo RPCA mais o uso de contracetivos orais), ou
uma combinação de anomalias hereditárias foram encontradas em vários doentes com histórico
de trombose. Embora os pacientes com estados hipercoaguláveis hereditários apresentem maior
risco de desenvolver um episódio trombótico do que os pacientes que os não apresentem, nem
todas os indivíduos com estados hipercoaguláveis bem definidos desenvolvem uma crise
trombótica (Quadro 3).
Quadro 3. Possíveis causas para ocorrência de fenómenos trombóticos.
[adaptado de Greer JP et al, 2014]
Estados hipercoaguláveis Causas
Hereditários Fator VLeiden
Deficiência PC
Deficiência PS
Deficiência AT
Adquiridos Neoplasias
Síndrome nefrótico
Anticoagulante lúpico
Fisiológicos Gravidez
Obesidade
Pós-cirúrgico
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Prostaciclina
Óxido nítrico
O óxido nítrico (NO) é formado a partir do aminoácido L-arginina, nas células
endoteliais. O NO estimula a guanilato ciclase, levando ao aumento de monofosfato de
guanosina cíclico (GMPc) nas células alvo, também causa vasodilatação e inibe a adesão e
agregação plaquetárias(23).
Ecto-ADPase (CD39)
O CD39 é uma proteína de membrana integral, encontrada nas células endoteliais. Trata-
se de uma enzima ativa que rapidamente hidrolisa adenosina difosfato (ADP) em adenosina
monofosfato (AMP). No processo da coagulação, limita o recrutamento de mais plaquetas para
dentro do tampão plaquetário, removendo o ADP secretado pelas plaquetas ativadas, e libertado
pelas células endoteliais e de eritrócitos danificados(24).
Fibrinólise
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Ensaios Laboratoriais
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Receção de amostras
As amostras de sangue com destino ao Lab-4 são rececionadas na secretaria do SIH.
Antes de enviar a amostra e respetiva requisição para o Lab-4, os serviços de secretaria
asseguram os seguintes passos do processo:
receção da requisição eletrónica;
receção da amostra;
leitura informática dos dados do doente e do pedido analítico;
geração das etiquetas com códigos de barras, quando necessário.
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por inversão. Se a descongelação for efetuada a baixa temperatura, pode haver formação de
crioprecipitados com redução dos fatores VIII, FvW e fibrinogénio(29).
Análises automáticas
As amostras centrifugadas são distribuídas por um dos três tipos de equipamento de
análise automática existentes no Lab-4:
BCS® XP System (figura 8a);
Sysmex® CS-5100 Hemostasis System (figura 8b);
STA R Max® - 2 unidades (figura 8c).
a b c
Os três equipamentos executam provas “in vitro” que permitem avaliar alterações da
hemostase e monitorizar a terapêutica anticoagulante (Quadro 4).
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Testes de rastreio
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Quadro 5. Valores de INR a manter relativamente à condição clínica [adaptado de Greer JP, 2014].
Condição clínica INR
Profilaxia da trombose venosa profunda 2,0-2,5
Tratamento da trombose venosa profunda
Enfarte do miocárdio
Estenose mitral 2,0-3,0
Fibrilação atrial
Isquemia cerebral transitória
Tromboembolismo pulmonar
Enxertos valvulares 3,0-4,5
Válvulas cardíacas artificiais
O INR pode estar diminuído em estados protrombóticos (como nos períodos pós-parto
ou pós-cirúrgico(5).
O nível adequado de INR para uma anticoagulação eficaz e segura, para a maioria das
indicações, está no intervalo de 2,0 a 3,0(31).
Tempo de Trombina
O tempo de trombina (TT) é usado para testar anomalias da conversão do fibrinogénio
em fibrina. Consiste na adição de trombina ao plasma e reflete o tempo de formação do coágulo
de fibrina. É independente das reações que geram trombina(5). O TT pode estar prolongado em
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Tempo de Reptilase
Quando o TT está aumentado, avalia-se também o tempo de reptilase (TR). Neste teste é
utilizada como reagente, uma enzima de um veneno de serpente (batroxolina) que é insensível à
heparina(5). A reptilase é uma enzima análoga à trombina que converte o fibrinogénio em
fibrina. O TR está prolongado sob condições similares às que prolongam o TT com apenas uma
diferença significativa: a reptilase não é inibida pelo complexo AT-heparina.
A figura 9 sugere o percurso a seguir na investigação de pacientes com TT prolongado.
TT
prolongado
Tempo de
reptilase
Prolongado Normal
Fibrinogénio Heparina no
sangue
Reduzido Normal
Hipofibrinogenemia PDF ou
Disfibrinogenemia D-Dímeros
Anormal Normal
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TT
Normal Prolongado
D+N Tempo de
Reptilase
Pesquisa de fator
Anticoagulante Inibidor específico
Lúpico contra um fator
(Pesquisa de fator)
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Quadro 7. Avaliação de alterações hemostáticas com três testes de rastreio [Moreira AL, 2001].
*Exceto nos casos de deficiência grave; N – Normal; ↑ prolongado.
Sistema afetado PT aPTT TT
Via intrínseca N ↑ N
Via extrínseca ↑ N N
Via Comum ou defeitos múltiplos ↑ ↑ N (geralmente)
Fibrinogénio N* N* ↑
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Valores de referência
Testes específicos
Fibrinogénio
Fatores da coagulação
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Antitrombina
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A par destas deficiências, foram ainda descritas deficiências adquiridas nas seguintes
situações(15):
CID;
síndromes nefróticos;
afeções hepáticas;
Esta quantificação pode ser efetuada em indivíduos em tratamento com heparina, porque
não é influenciada pela heparina terapêutica(15).
Proteína C
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Proteína S
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variáveis pré-analítica,
performance dos testes analíticos(3).
O teste da PS é baseado na habilidade da PS para funcionar como cofator da
PCA, objetivada pelo alongamento do tempo de coagulação de um sistema enriquecido em FVa,
(substrato da PS)(33). O ensaio não é cromogénico, mas sim funcional. O plasma do paciente é
misturado com plasma normal deficiente em PS para assegurar valores normais para todos os
fatores menos para a PS. É então adicionado PC e RVV a uma solução tampão (contém
neutralizante de heparina). De seguida é adicionado o cloreto de cálcio. Quanto maior o tempo
de coagulação, maior é a atividade da PS(18).
A determinação do antigénio livre da PS é um método imunológico em que se usa um
anticorpo monoclonal que reconhece apenas a forma não ligada da PS e na maioria dos casos
pode ser usada como marcador substituto da atividade da PS. A determinação do PS total
determina ambas as frações da PS no plasma (livre e total). Este determinação PS total ajuda a
confirmar o diagnóstico e diferenciar o tipo de deficiência, mas não pode ser considerado como
teste primário, porque algumas deficiências hereditárias de PS e condições de diminuição
adquirida de PS diminuída podem apresentar níveis de PS total normal(19).
RPCA
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≤2 positivo
>2 negativo
D-dímero
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turvação da mistura reacional, e como tal, uma elevação da absorvância do meio. A amplitude
desse aumento é diretamente proporcional à quantidade de D-dímero contido no plasma do
doente(35).
O teste do D-dímero positivo indica a presença de níveis anormais de produtos da
degradação de fibrina no organismo. Níveis elevados de D-dímero podem ser encontrados em
condições que levam à ativação da coagulação e formação da fibrina, como por exemplo,
doentes com tromboembolismo agudo, mas também em outras condições associadas à formação
de fibrina: alguns tipos de cancro, gravidez, doença hepática, cardiopatias, cirurgia e estados
inflamatórios. Um resultado normal do D-dímero significa que provavelmente o paciente não
tem um quadro ou doença aguda que cause formação e degradação anormais de
coágulos(36)(34)(5).
O D-dímero é recomendado como teste adjuvante. Não deve ser o único exame realizado
para diagnosticar uma doença ou quadro. Os pacientes com resultados tanto negativos quanto
positivos do D-dímero podem necessitar de acompanhamento e de outros exames
complementares(5).
Os resultados devem ser sempre interpretados em conjunto com a história clínica do
paciente, o exame clínico e os resultados obtidos. A terapia anticoagulante pode causar um
resultado falso-negativo. A concentração do D-dímero pode estar aumentada nos idosos.
Resultados falso-positivos podem ocorrer em indivíduos com níveis elevados de fator
reumatoide. Quadros de lipémia também podem dar resultados falso-positivos, assim como a
hemólise causada por colheita e manuseamento impróprios da amostra(34)(37)(38).
Os reagentes utilizados para a execução deste ensaio não necessitam de qualquer
preparação prévia, sendo apenas necessário colocá-los à temperatura ambiente antes de serem
utilizados(35).
Anticoagulante lúpico
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No Lab-4, para a deteção do LA, são utilizados dois reagentes DRVVT simplificados
(reagente de rastreio LA1 e reagente de confirmação LA2). O teste pode ser operacionalizado
no analisador automático BCS® XP System da Siemens.
O veneno de víbora de Russel (VVR) presente no reagente de rastreio LA1 provoca a
coagulação do plasma através da ativação direta do fator X. Se presentes, os LA prolongam o
tempo de coagulação do reagente de rastreio LA1. O reagente de confirmação LA2 é
semelhante ao reagente de rastreio LA1, mas contém uma concentração de fosfolípidos
superior. Estes fosfolípidos adicionais reagem contra o LA corrigindo o tempo de coagulação.
Para excluir a deficiência de fatores II, V e X que prolongaria o resultado do teste com o
reagente de rastreio LA1 e o reagente de confirmação LA2, também podem ser úteis testes de
mistura de estudos (D+N) (ver figura 10). Misturando o plasma normal com o plasma do
doente, os fatores em deficiência são novamente restabelecidos. Se o tempo de coagulação não
corrigir, isso indica a presença de um inibidor (como o LA) no plasma do doente(39).
Para a realização deste teste, se as amostras tiverem de ser congeladas, o plasma deve
ser centrifugado duas vezes, para remoção das plaquetas. A primeira centrifugação (2000 rpm,
15 min.) separa o plasma dos restantes componentes e isola os fosfolípidos numa camada entre
o plasma e os eritrócitos. A segunda centrifugação (2500 rpm, 10 min.) é efetuada apenas ao
plasma resultante da primeira, entretanto transferido para outro tubo, com o objetivo de isolar os
restantes fosfolípidos.
A melhor forma de exprimir o resultado final é a relação (ratio) entre o tempo de
coagulação do reagente de rastreio LA1 e o reagente de confirmação LA2(39):
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Suspeita
De LA
Reagente de
rastreio LA1
Prolongado Normal
Prolongado Normal
Teste de mistura de LA
estudos (D+N) existente
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
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Além disso, o FvW e o FVIII são proteínas de fase aguda (assim como o plasminogénio,
fibrinogénio e protrombina) e os seus níveis podem estar aumentados em casos de: gravidez;
trauma; estados infecciosos; stress(3).
Estão descritos três tipos de DvW:
tipo 1 - deficiência parcial quantitativa de FvW, presente em
aproximadamente em 75% dos pacientes com DvW;
tipo 2 – deficiências qualitativas do FvW;
tipo 3 - ausência quase total de FvW (mais raro)(41).
Existem testes específicos, em geral testes imunológicos que avaliam o FvW que
permitem diferenciar um défice quantitativo (DvW tipo1/tipo3) de um défice qualitativo (DvW
tipo 2):
FvW:Ag mede os níveis de antigénio;
FvW:RCo avalia a capacidade do FvW ligar plaqueta em presença de ristocetina.
Recentemente, foram desenvolvidos outros testes com um fragmento
recombinante da GPIba que inclui o local de ligação ao FvW, não sendo
necessário ristocetina tornando este teste mais específico;
FvW:CB avalia a capacidade de ligação ao colagénio (I, III e VI).
O ratio FvW:RCo/FvWAg nas variantes com função plaquetária anómala (2A, 2B e 2M) é
bastante diminuído, sendo proposto o limite <0.7; valores superiores são sugestivos de DvW
tipo 1 ou 2N. É recomendado o uso combinado de FvW:RCo e FvW:CB.
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Relatório de estágio – Trombose e Hemostase
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e tipo 3) ou da sua afinidade com o FVIII (DvW tipo 2N) ocasiona uma diminuição no FVIII:C.
Nos outros tipos da DvW, a redução dos níveis do FVIII é variável.
Anti-Xa
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Valores de referência
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Análises semiautomáticas
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Tromboelastografia/Tromboelastometria
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Tempo “r” ou CT Vai desde o inicio do traçado até quando se observa o inicio da formação
de um coágulo reconhecível que, do ponto de vista técnico, é quando a
linha apresenta 2mm de espessura.
Tempo “k” ou CFT Vai do final do tempo “r” até ao momento em que o traçado tem 20 mm de
espessura. Reflete a elaboração e formação do coágulo em função da
trombina formada e traduz a atividade enzimática da trombina.
Valor “r+k” Mede o tempo entre o início do traçado e a espessura de 20 mm. Este valor
está relacionado com a inclinação da curva e, portanto, com a velocidade
de formação do coágulo.
Ângulo α Reflete a dinâmica da formação do coágulo.
Amplitude máxima É a tensão máxima do coágulo, sofrendo influência das plaquetas,
fibrinogénio e FXIII.
Elasticidade 100 x ma/100 – ma ou 100 x MCF/100-MCF
máxima do coágulo
MCF Representa a firmeza máxima do coágulo naquela quantificação.
Tempo MCF (TMA É o período de tempo desde o início da formação do coágulo até à
ou MCF-t) obtenção do MCF.
Amplitude máxima Descreve a amplitude em 5, 10, 15, 20, 25 e 30 minutos após o início da
em x minutos após formação do coágulo.
CT
Lise máxima Representa a fibrinólise máxima evidenciada durante a quantificação. É
definida como a diferença entre a MCF e a menor amplitude após atingir
MCF durante a quantificação.
Índice de fibrinólise Descreve a diferença entre MCF e a amplitude no tempo x após o início da
após x minutos após formação do coágulo.
CT (LI30, LI45,
LI60)
Tempo de lise do Descreve o tempo desde CT até que se observe um coágulo com 10% da
coágulo (CLT) MCF.
Tempo de início de Define o tempo que vai da CT até ao início da lise, que corresponde a uma
lise (LOT) redução de amplitude de 15% da MCF.
Taxa de lise do É a maior lise observada durante a quantificação.
coágulo (CLR)
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Testes imunoenzimáticos
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Figura 14. Princípio do método do Kit de imunoensaio ELISA “Asserachrom HPIA – IgG”.
Fonte: Diagnóstica Stago, SAS.
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Controlo da Qualidade
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Na continuação da rotina laboratorial do lab-4, desde que tenham sido cumpridos todos
os requisitos procedimentais, da qualidade, e manutenção dos equipamentos e controlo dos
reagentes, pode-se proceder à análise críticas dos resultados e sua validação.
O processo de validação no lab-4 está distribuído em dois níveis de responsabilidade,
técnica (T) e médica (M) (Quadro 14).
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Conclusão
O estágio em Hemostase no SIH do CHSJ foi uma experiência muito gratificante uma
vez que me permitiu estar em contacto com profissionais competentes e sempre disponíveis, que
muito contribuíram para a minha integração no ambiente de trabalho do laboratório, apoiando-
me na execução das tarefas que me foram confiadas, e esclarecendo sempre pedagógica e
atenciosamente todas as dúvidas colocadas. A estes profissionais quero, portanto, agradecer por
todos os motivos já referidos e ainda pelo facto de sempre me terem incutido uma boa conduta
profissional assim como sentido de responsabilidade e consciencialização que muito se exige
num laboratório de análises clínicas ao nível hospitalar.
Os objetivos inicialmente propostos foram atingidos. Os conhecimentos adquiridos nas
aulas puderam ser aplicados e aprofundados, outros conhecimentos novos foram adquiridos e
inúmeros casos práticos puderam ser presenciados e seguidos.
De um modo geral, considero o estágio que realizei muito positivo, uma vez que tive a
oportunidade de continuar a aprender, adquirir competências e aplicar os conhecimentos
adquiridos ao longo da vida académica.
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Sérgio José Pinto Teixeira
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