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2 — O consentimento é prestado pessoalmente perante j) Permitir a remoção dos equipamentos pelos serviços
o juiz, na presença do defensor, e reduzido a auto. de reinserção social após o termo da medida ou da pena.
3 — Sempre que a vigilância electrónica for requerida
pelo arguido ou condenado, o consentimento considera-se Artigo 7.º
prestado por simples declaração pessoal deste no reque-
Decisão
rimento.
4 — A utilização da vigilância electrónica depende ainda 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 213.º do Código
do consentimento das pessoas, maiores de 16 anos, que de Processo Penal, a utilização de meios de vigilância
coabitem com o arguido ou condenado. electrónica é decidida por despacho do juiz, a requerimento
5 — As pessoas referidas no número anterior prestam do Ministério Público ou do arguido, durante a fase do
o seu consentimento aos serviços de reinserção social, inquérito, e oficiosamente ou a requerimento do arguido
por simples declaração escrita, a qual deve acompanhar a ou condenado, depois do inquérito.
informação referida no n.º 2 do artigo 7.º, ou ser enviada, 2 — O juiz solicita prévia informação aos serviços de
posteriormente, ao juiz. reinserção social sobre a situação pessoal, familiar, laboral
6 — O consentimento do arguido ou condenado é re- e social do arguido ou condenado e a sua compatibilidade
vogável a todo o tempo. com as exigências da vigilância electrónica.
3 — A decisão prevista no n.º 1 é sempre precedida de
Artigo 5.º audição do Ministério Público, do arguido ou condenado.
Direitos do arguido ou condenado 4 — A decisão que fixa a vigilância electrónica espe-
cifica os locais e os períodos de tempo em que esta é
O arguido ou condenado tem, em especial, os seguintes exercida, levando em conta, nomeadamente, o tempo de
direitos: permanência na habitação e as autorizações de ausência es-
a) Participar na elaboração e conhecer o plano de rein- tabelecidas na decisão de aplicação da medida ou da pena.
serção social delineado pelos serviços de reinserção social 5 — A decisão que fixa a vigilância electrónica pode
em função das suas necessidades; determinar que os serviços de reinserção social, quando
b) Receber dos serviços de reinserção social um docu- suspeitem que uma ocorrência anómala seja passível de
mento onde constem os seus direitos e deveres, informação colocar em risco a vítima ou o queixoso do procedimento
sobre os períodos de vigilância electrónica, bem como um criminal, os informem de imediato.
guia dos procedimentos a observar durante a respectiva 6 — A decisão é comunicada ao arguido ou condenado
execução; e seu defensor, aos serviços de reinserção social e, quando
c) Aceder a um número de telefone de acesso livre, de aplicável, ao estabelecimento prisional onde aqueles se
ligação aos serviços de reinserção social que executam a encontrem, bem como aos órgãos de polícia criminal com-
decisão judicial. petentes, para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 8.º e
Artigo 6.º nos n.os 1 e 2 do artigo 12.º
Deveres do arguido ou condenado Artigo 8.º
Recaem sobre o arguido ou condenado os deveres de: Início da execução
a) Permanecer nos locais onde é exercida vigilância 1 — A vigilância electrónica inicia-se no prazo máximo
electrónica durante os períodos de tempo fixados; de quarenta e oito horas após a recepção da decisão do
b) Cumprir o definido no plano de reinserção social; tribunal por parte dos serviços de reinserção social, com
c) Cumprir as indicações que forem dadas pelos serviços a instalação dos meios técnicos de vigilância electrónica,
de reinserção social para a verificação de voz; em presença do arguido ou condenado.
d) Receber os serviços de reinserção social e cumprir 2 — O início da vigilância electrónica é comunicado
as suas orientações, bem como responder aos contactos, pelos serviços de reinserção social ao tribunal.
nomeadamente por via telefónica, que por estes forem 3 — No caso de reclusos, os serviços de reinserção
feitos durante os períodos de vigilância electrónica;
social acordam com os serviços prisionais o momento
e) Contactar os serviços de reinserção social, com pelo
em que aqueles são conduzidos ao local de vigilância
menos três dias úteis de antecedência, sempre que pretenda
obter autorização judicial para se ausentar excepcional- electrónica.
mente durante o período de vigilância electrónica, forne- Artigo 9.º
cendo para o efeito as informações necessárias; Entidade encarregada da execução
f) Solicitar aos serviços de reinserção social autorização
para se ausentar do local de vigilância electrónica quando 1 — Cabe à Direcção-Geral de Reinserção Social, adiante
estejam em causa motivos imprevistos e urgentes; designada por DGRS, proceder à execução da vigilância
g) Apresentar justificação das ausências que ocorram electrónica.
durante os períodos de vigilância electrónica; 2 — A DGRS pode recorrer aos serviços de outras en-
h) Abster-se de qualquer acto que possa afectar o normal tidades para adquirir, instalar, assegurar e manter o fun-
funcionamento dos equipamentos de vigilância electró- cionamento dos meios técnicos utilizados na vigilância
nica; electrónica.
i) Contactar de imediato os serviços de reinserção so- 3 — Nas respostas a alertas e alarmes, no âmbito da
cial se ocorrerem anomalias que possam afectar o normal execução da vigilância electrónica, as viaturas da DGRS
funcionamento do equipamento de vigilância electrónica, podem utilizar os sinais sonoros e luminosos previstos no
nomeadamente interrupções do fornecimento de electrici- Código da Estrada para os serviços urgentes de interesse
dade ou das ligações telefónicas; público.
Diário da República, 1.ª série — N.º 171 — 2 de Setembro de 2010 3853
2 — O juiz pode associar à medida de coacção a obri- for superior a seis meses, e cinco dias úteis antes do seu
gação de o arguido não contactar, por qualquer meio, com termo, salvo se o juiz tiver estabelecido outra periodici-
determinadas pessoas. dade.
SECÇÃO III
Artigo 17.º
Modificação da execução da pena de prisão de reclusos
Relatórios periódicos portadores de doença grave, evolutiva e irreversível
Os relatórios periódicos sobre a execução da medida de ou de deficiência grave e permanente ou de idade avançada
coacção referidos no n.º 1 do artigo 10.º têm periodicidade
trimestral, devendo ser apresentados até cinco dias úteis Artigo 22.º
antes do prazo para o respectivo reexame. Ausências do local de vigilância electrónica