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o espaço
como obra como obra
São Paulo
2012
Joana Zatz Mussi
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São Paulo
2012
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CDU 7.067.3
E-MAIL: joanazatzmussi@gmail.com
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Agradecimentos
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Resumo
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Abstract
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Índice
Introdução 21
Conversa introdutória 36
Bibliografia 314
Lista de Imagens 323
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1. Contrafilé, Lucas Bambozzi, Ricardo Rosas, Artigo Urgência in: Revista Parachute número
116 (São Paulo). Editora: Suely Rolnik, Montreal, Canadá, 2003.
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INTRODUÇÃO
2. Por ocasião do Seminário Máquinas, do qual participei junto com Daniel Lima, sob
coordenação da Revista Brumaria, Museu d'Art Contemporani de Barcelona (Macba), 2007.
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8. “[...] A saber: as ações e as paixões de que algo é capaz. Não o que a coisa é, senão
o que é capaz de suportar e fazer. E se não há essência geral é porque neste nível, ao nível
da potência, tudo é singular.” Deleuze, Gilles. En Medio de Spinoza. Buenos Aires, Editora
Cactus, 2004, p. 50.
9. Os coletivos artísticos, em sua maioria, são compostos por profissionais de diversas áreas:
artistas plásticos, sociólogos, geógrafos, arquitetos, músicos, urbanistas, psicanalistas, etc.
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10. Don Mitchell, The Right to The City. Minneapolis, Minnesota University Press, 2003, p. 12.
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11. Essa ideia de um “corpo que se coloca em risco” é bastante utilizada nessa dissertação e
diz respeito à forma acionada pelo tipo de trabalho que será aqui analisado, na qual o
“sujeito” se coloca no centro de situações sociais conflitivas para denunciar e anunciar
aquilo que está vendo, pensando e sentindo. Esse tipo de fazer político-artístico resulta em
soluções imagéticas nas quais captar o corpo em confronto com o espaço, ou o indício desse
enfrentamento, se torna fundamental.
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12. Nesse sentido, a produção de imagens adquire um caráter amplo, pois diz respeito à
invenção e/ou subversão de imaginários, o que pode ser feito através de estratégias distintas
(texto, fotografia, intervenção urbana, leituras críticas de jornais, etc.) e muitas vezes
sobrepostas.
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Vozes:
1.
a minha voz como “estudante e pesquisadora”.
2.
a minha voz enquanto artista e as vozes dos outros artistas
(coletivos) aqui apresentados enquanto citações.
3.
as vozes teóricas e da mídia que, em diferentes sentidos, são referências para
a construção do pensamento aqui desenvolvido.
4.
as vozes dos coletivos enquanto textos-obras.
5.
os textos-obras dos coletivos enquanto documentos.
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Sequência de imagens
concebidas por Suely
Rolnik e realizadas pelo
coletivo Bijari, assim
denominada pela autora:
"Caminhando pela fita de
Moebius com Lygia, os
Tupinambá e alguns
franceses para rastrear o
processo de produção da
subjetividade e da cultura”.
Parte de sua apresentação
“Para além do inconsciente
colonial”, 2012.
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Conversa Introdutória
13. Estavam presentes Joana Zatz Mussi, mestranda, Vera Pallamin (Área de Projeto,
Espaço e Cultura da FAU-USP), orientadora desta dissertação, e, como membros da banca
examinadora, Suely Rolnik (Núcleo de Estudos da Subjetividade – Programa de
Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-SP) e Sérgio Regis Moreira Martins
(Departamento de Projeto da FAU-USP). São Paulo, 16 de janeiro de 2012.
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e mesmo Suely Rolnik, aqui presente, dizem que essa geração tende
a “entrar e sair da instituição”, entendida não apenas como uma ins-
tituição artística. Isso significa que as formas de relação institucional
se transformaram, e que dependem também da compreensão que as
práticas aqui abordadas têm sobre o que é o marco do urbano. E se
concordamos que hoje não é mais possível pensar em um espaço que
esteja fora desse marco, fica evidente que as instituições também
estão operando a partir dele, portanto, em múltiplas escalas simul-
taneamente, e que é possível disputar a produção e a re-produção do
espaço social mesmo de dentro de uma dimensão institucional mais
formalizada.
E o que é o “espaço social”? Porque se me interessa entender
como, nessa produção imagética, se cria legibilidade e visibilidade para
as formas pelas quais o espaço social é produzido e reproduzido, é
preciso ao menos iniciar uma tentativa de definição de como estou
entendendo o que é esse espaço. Aqui, começo essa tentativa, por e-
xemplo, quando a partir das práticas percebo uma dimensão física e
uma dimensão simbólica operando simultaneamente em justaposição;
quando percebo que ele pode ser entendido prioritariamente a partir
do marco do urbano e que isso não significa rua ou prédio, mas uma
forma que atravessa tudo e que pode ser definida a partir da disputa
pela definição do que é legal e ilegal, lícito e ilícito, formal e informal,
na produção do espaço. Outros pontos importantes a serem olhados
criticamente na definição do que seria o espaço social compreendido
a partir dessas práticas são os atravessamentos, as redes, as conexões,
que geram uma grande mobilidade daquilo que é produzido e o en-
contro de um espaço comum e compartilhado.
As práticas artísticas aqui analisadas aparecem nesse con-
texto, portanto, como parte fundamental da disputa pela produção
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14. A ideia de que os coletivos artísticos aqui apresentados fazem parte de um movimento
cultural mais amplo, aparece em diversos momentos desta dissertação e se refere ao fato
de que eles estão inseridos em um conjunto de práticas políticas e estéticas que surgiram
a partir dos anos 1990 tendo como mote a luta contra o capitalismo contemporâneo,
a precarização da vida de modo geral, a reapropriação do espaço público pelas pessoas,
a invenção de novas formas de sociabilidade e contestação frente à chamada “sociedade
de controle”. Ao longo do texto, algumas das características que marcam este como um
“movimento cultural e artístico”, serão analisadas e ficarão mais clara.
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15. Os meus pais fizeram parte do movimento político contra a última ditadura militar, sendo
filiados aos grupos VAR - Palmares e Ala Vermelha do PCdoB. Foram perseguidos e, para
não serem presos, se exilaram em países europeus.
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16. No livro Cartografias do Desejo, Félix Guattari e Suely Rolnik definem “devir” da seguinte
forma: “Devir: termo relativo à economia do desejo. Os fluxos de desejo procedem por afetos e
devires, independentemente do fato de que possam ou não ser rebatidos sobre pessoas, sobre
imagens, sobre identificações. Assim um indivíduo, etiquetado antropologicamente como
masculino, pode ser atravessado por devires múltiplos e, aparentemente, contraditórios: devir-
feminino que coexiste com um devir-criança, um devir-animal, um devir-invisível, etc. [...]”
(2005, p. 382). Em O Vocabulário de Deleuze, François Zourabichvili define da seguinte forma o
significado de “devir” para Deleuze, com o qual Suely Rolnik também opera aqui: “Devir é o
conteúdo próprio do desejo (máquinas desejantes ou agenciamentos): desejar é passar por
devires” (2004, p. 24).
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não invento alguma coisa, esse movimento, que seria uma ação do
pensamento, é a produção de um devir, uma sublime ação, algo que
dê corpo para o que nos atravessa. É sublime porque é uma ação ética
por excelência: se responsabiliza pela possibilidade de afirmação da
vida e não de um sistema de valores. Então, quando a gente inventa
alguma coisa nesse sentido, estamos produzindo um devir em nós
mesmos e no ambiente.
Por isso, um grande deslocamento é o de uma concepção
tanto de tempo quanto de espaço restrita à dimensão da represen-
tação, para uma outra concepção, que é do tempo como devir, porque
aí ele é a própria constituição de espaço, ele não existe se não se atu-
alizar como outra forma de espaço. Nesse sentido, não dá simples-
mente para passar do tempo histórico para o espaço social como
referencial para entender o contemporâneo, pois a temporalidade é
indissociável do engendramento de espaço, não há como separar uma
coisa da outra.
Joana Zatz Mussi: E você acha que é possível pensar esse engen-
dramento do tempo-espaço social a partir da micropolítica?
17. Segundo Deleuze e Guattari, autores com os quais Suely Rolnik dialoga a todo o
momento: “O plano de imanência é como um corte do caos, e age como um crivo. O que
caracteriza o caos, com efeito, é menos a ausência de determinações do que a velocidade
infinita com a qual elas se esboçam e desaparecem […]” (Deleuze e Guattari, 1992 apud
Zourabichvili, 2004, p. 39).
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cada, recalcada, sendo que é ela que nos dá a noção de onde a vida
está totalmente estrangulada e onde tem que colocar energia para
ela deslanchar.
A Lygia Clark, quando chamava os objetos que fazia de “ob-
jetos relacionais”, o que estava tentando com a obra dela, na minha
leitura, era ativar essa dimensão “micro” da subjetividade, tanto que
no último trabalho, em que ela traz essa dimensão terapêutica, não
é que ela virou terapeuta, é que ela incluiu uma dimensão clínica na
proposta artística dela porque ela se deu conta de que você pode es-
trebuchar e virar do avesso para que o espectador viva uma experi-
ência que vá convocar isso – essa dimensão da potência, da
micropolítica, da imanência –, mas a barreira neurótica de recalque
disso é tão poderosa em todos nós que não adianta... Então, ela faz
um trabalho no qual justamente está explorando essa barreira.
Tudo isso nos faz pensar o que estamos aqui chamando de
política. Estamos acostumados com o conflito entre o poético e o
político. O que eu gosto dessas histórias, é poder entender que a ex-
periência do mundo como corpo vivo que nos atravessa é política, é
micropolítica. Você sair do recalque, dar conta do que o corpo vivo
está anunciando e fazer a sublime-ação, é ético e é político...
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Suely Rolnik: É sim possível entender tudo isso sem ser “psi-
canalista”. Alguém que tenha uma experiência psicanalítica pode en-
tender muito bem, porque não depende apenas de uma experiência
teórica, eu acho que alguém que freqüente um candomblé bom, que
tenha a experiência do transe, que tenha alguma relação com a cul-
tura africana, é tão capaz de entender quanto alguém que encontrou
um bom analista. No fundo, tudo isso que fazemos e sobre o que
falamos hoje aqui são intervenções políticas na cultura, formas de
reativar essa dimensão da imanência na cultura, essa dimensão do
corpo, das pulsões e do desejo.
18. Aqui, Vera Pallamin se refere ao texto Do lugar-comum ao espaço incisivo: dobras do
gesto estético no espaço urbano. In: Espaço e Performance (org. Maria Beatriz Medeiros e
Marianna Monteiro). Brasília, Editora da pós-graduação em Arte da Universidade de Brasília,
2007.
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CAPÍTULO I
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Frase “Chega de Bananalização, 500 anos de Mico” na rua, MICO, São Paulo, 2000.
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20. Mico, em português, tem dupla conotação: é um macaco típico do Brasil e também expressa
o ato de “pagar um mico”, cometer uma gafe, ser objeto de ridicularização e vergonha.
21. “Bananalização” foi um neologismo inventado pelo grupo. No interior deste neologismo,
temos: banana – um dos alimentos prediletos do mico - e banalização – que se referia à
espetacularização de 500 anos de cultura e arte brasileiras, transformadas em fachada.
22. Roni Hirsh, um dos integrantes do grupo, havia feito um trabalho no qual trocou com
homens de rua os seus cobertores usados por novos. Costurou todos os cobertores uns nos
outros, formando um grande cobertor.
23. Este manifesto nunca foi publicado oficialmente, ele circulou na época em formato de
flyer e faz parte do acervo do grupo.
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25. Estou entendendo o urbano como espaço vivo e complexo, constituído por diversas
camadas de vida, meio de produção, forma trans-histórica (por condensar as múltiplas
temporalidades presentes no contemporâneo) e campo de forças no qual se
espacializam as diversas escalas de poder (ver capítulo 2).
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27. O termo necessidade radical, utilizado por Agnes Heller, procura nomear aquelas
necessidades que, não podendo ser satisfeitas dentro do campo de possibilidades definido
pelo presente, impulsionam a sociedade a construir novas formas e novos acordos.
As necessidades radicais são, assim, necessidades de transformação radical de algum
aspecto da sociedade.
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28. Utilizo aqui linha de fuga na acepção de Deleuze e Guattari: “Todo rizoma compreende
linhas de segmentariedade segundo as quais ele é estratificado, territorializado, organizado,
significado, atribuído, etc; mas também compreende linhas de desterritorialização pelas
quais ele foge” (Deleuze e Guattari, 2004: 18). “[...] O rizoma se refere a um mapa que deve
ser produzido, construído, sempre desmontável, conectável, reversível, modificável, com
múltiplas entradas e saídas, com suas linhas de fuga" (Deleuze e Guattari, 2004, p. 32-33).
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MICO pintando faixa com a frase “Não estamos em rebelião...”, São Paulo, 2001.
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Frase “Não estamos em rebelião...” pintada de preto após ser noticiada como do PCC,
São Paulo, 2001.
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31. Utilizarei aqui o “fora” no sentido atribuído ao termo por Deleuze e Guattari,
como linhas de fuga e zonas de desterritorialização que obrigam a pensar: “ [...]
que relação com o estranho, que proximidade do caos suporta o território?
Qual é seu grau de fechamento ou, ao contrário, de permeabilidade (crivo) ao fora
(linhas de fuga, pontas de desterritorialização)? Nem todos os territórios se equivalem,
e sua relação com a desterritorialização, como vemos, não é de simples oposição”
(François Bourabichvili, 2004, p. 24).
32. Com coordenação de Zanny Beg e Keg de Souza. Exposição individual na Chrissie
Cotter Gallery e exposição coletiva na Mory Gallery, Sydney, Austrália, fevereiro de 2007.
Segundo as curadoras: “ʻIf you see something, say somethingʼ is a discussion, exhibition
and publishing project. Principally this will relove around an exhibition that will involve
a small number of international and Australian artists whose work has explored aspects
of dissensus”. In: http://www.ifyouseesomethingsaysomething.net, acessado
em março de 2012.
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Mídia Tática
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Imagens do trabalho “Corda” do Contrafilé, Festival Mídia Tática Brasil, São Paulo, 2003.
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[...] o porque el limite sea peligroso o sexy, o porque eso nos lleve a una
excitante proximidad al mal. Una se interroga sobre los limites de los
modos de saber porque ya se a tropezado con una crisis en el interior
del campo epistemológico que habita. Las categorias mediante las
cuales se ordena la vida social producen una cierta incoherencia o
ambitos enteros en los que no se puede hablar. Es desde esta condi-
ción y através de una rasgadura en el tejido de nuestra red episte-
mológica que la práctica de la crítica surge, con la conciencia de que
ya ningún discurso es adecuado o de que nuestros discursos reinantes
han producido un impasse. [...] Para Foucault, la crítica “es instru-
mento, medio de un porvenir o una verdad que ella misma no sabrá
y no será, es una mirada sobre un dominio que se quiere fiscalizar y
cuya ley no es capaz de establecer (id. ibid., p. 19)36.
36. A autora cita, em nota: Michel Foucault, Qué es la crítica?. In: Sobre la Ilustración,
Madrid, Tecnos, 2006, pp. 3-52. “Este ensayo consistió originalmente en una conferencia
pronunciada en la Société Française de Philosophie el 27 de mayo de 1978, posteriormente
publicada en el Bulletin de la Société française de Philosophie, año 84º, núm. 2,
abril-junio de 1990, pp. 35-63.”
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Enunciação e Emancipação
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A partir de escraches já realizados à casas de torturadores, o GAC cria na cartografia Aquí Viven
Genocidas39 uma forma de tornar visível o processo de produção de um espaço diferencial na cidade
de Buenos Aires. Nessa ação, interpreta o escrache como enunciado, inscrevendo outro enunciado na
cidade, que será interpretado e acionado em outros níveis, produzindo outros enunciados de acordo
com os diferentes contextos nos quais for colocado, e assim por diante.
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A Argentina viveu sob ditadura de 1976 a 1983, a qual deixou um saldo de 30 mil
desaparecidos e 500 bebês seqüestrados – filhos de presos políticos que nasciam na prisão
e eram apropriados pelos militares, crescendo sem saber a sua verdadeira origem.
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40. Enunciados que podem ser de vários tipos: a voz da grande mídia, a voz de pessoas
comuns, a voz de pessoas convidadas para pensar juntas a partir de uma determinada
“situação”, a ação de um movimento social, as próprias obras-interventivas dos coletivos.
41. Que podem também se dar em vários espaços: na cidade, no corpo, no meio editorial, etc.
42. Segundo a antropóloga Florencia Ferrari, “A expressão ʻconhecimento situadoʼ foi cunhada
por Donna Haraway no contexto do debate feminista nos anos 80 para definir um saber
corporificado, isto é, um saber no qual o significado se cria através dos corpos. A autora
reivindica uma ʻobjetividade feministaʼ, uma ʻposição limitadaʼ, parcial (1988: 588, 592).
Entendo que o conceito indica uma relação de transformação mútua entre pesquisador
e pesquisados, que não podem ser apreendidos em posições fixas, como ʻidentidadesʼ”
(Florencia Ferrari, 2010, p. 15).
43. “Programa para Descatralização da Própria Vida”, “A Rebelião das Crianças”,
“Estado de Confinamento”, são algumas das situações metafóricas inventadas pelo grupo.
Todas são apresentadas ao longo desta dissertação.
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[...]
[...]
44. Por exemplo, entre 2004 e 2006, morreram mais de 28 adolescentes que se encontravam
sob a responsabilidade da FEBEM, segundo dados levantados pela AMAR – Associação de
Mães e Amigos da Criança e do Adolescente em Risco.
45. Para “Assembléia Pública de Olhares”, ver cap. 2.
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46. Mãe de um jovem que esteve na FEBEM e referência do movimento das mães contra a
tortura nas prisões (AMAR).
47. Socióloga e integrante da Frente 3 de Fevereiro.
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48. Aqui o autor se refere às revoltas de jovens dos subúrbios franceses, geralmente
descendentes de imigrantes, que se espalharam pelas periferias da França durante dezenove
dias entre outubro e novembro de 2005.
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Metáforas do Confinamento
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49. Segundo Teresa Pires do Rio Caldeira, nas cidades contemporâneas, diferentes classes
sociais, especialmente as mais altas, têm usado o medo e a violência do crime para justificar
novas tecnologias de exclusão social e a retirada de classes mais baixas dos bairros
tradicionais das cidades. A circulação dos “discursos do medo” é, para a autora, parte de
uma fórmula que elites do mundo todo vêm adotando para reconfigurar a segregação
espacial das cidades (Caldeira, 2000).
50. Que resultou em uma publicação realizada com o apoio do Minc/Funarte, São Paulo, 2008.
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51. A respeito dessa ideia, Suely Rolnik diz o seguinte: “Estamos diante [aqui, se refere à
sociedade atual, que define nesse texto como ʻpós-fordistaʼ] de um novo élan para a idéia de
paraíso das religiões judaicocristãs: miragem de uma vida lisa e estável, sob perfeito
controle. Esta espécie de alucinação tem sua origem na recusa da vulnerabilidade ao outro e
das turbulências desterritorializadoras que provoca” (Rolnik, 2006, p. 7).
52. Especialmente o “Projeto Nova Luz”, baseado na expulsão da população pobre do centro
e no processo de gentrificação daquele território. Para saber mais, ver “Cidade Luz” (PI,
2008) e Beatriz Kara José (2007).
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Introdução
53. Retomando a conversa com Suely Rolnik na Introdução desta dissertação, não estamos
aqui “celebrando a mobilidade” incondicionalmente. Sempre que falo em circulação ou
mobilidade, estou entendendo-as como uma construção, uma conquista de ruptura com
padrões internos e externos de comportamento e, portanto, a partir de uma perspectiva
crítica e não como “moda” ou “tendência” – pois vistas assim, essas se adequam
completamente ao capitalismo em sua versão contemporânea.
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Conclusão
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amente anônimas são, para ele (que escrevia no século XVIII!), o que
movem a produção do social, sendo que essas passam a contaminar
o tecido social através da repetição que se dá pela vibração (potência
desejante) contida nessa capacidade de diferenciação. A imitação, no
entanto, nunca é exatamente igual àquilo que imitou, sendo consti-
tuída pela singularidade e subjetividade daquele que imitou e “Qual-
quer repetição, social, orgânica ou física, não importa, isto é,
imitativa, hereditária ou vibratória [...], procede de uma inovação [...];
e assim o normal, em toda a ordem de conhecimento, parece derivar
do acidental” (Tarde, 1976 apud Themudo, 2002, p. 27)55.
Dessa forma, do que vimos e pensamos até agora, não será a
ação concreta e anônima na cidade, transformada em imagem que cir-
cula, uma forma de circunscrever, tornando visível, esse momento
diferencial de relação com o espaço – que depois afeta pela força do de-
sejo e da crença, mais ou menos contidos na representação que se faz
desse instante inaugural do acontecimento? A metáfora do confina-
mento, trabalhada de diferentes formas pelos grupos, pode ser com-
preendida, portanto, como a própria imagem de uma semelhança que
se inicia na diferença, ou seja, nessa experiência de rebeldia frente à
tentativa de nos encaixar em lugares sociais pré-definidos e atraves-
sados pela cultura do medo “do outro”. Se “nada é mais importante
do que essa nuança fugidia” (Tarde, 1907 apud Themudo, 2002, p.
26), se trata, assim, de inventar uma concretude imagética e perfor-
mática para essa nuança.
Jacques Ranciére descreve assim a seqüência política que se
desenvolve a partir deste tipo de trabalho artístico: que um ator sem
nome reclame para aparecer no cenário político, para ser admitido
dentro dos cálculos e da distribuição dos bens comuns da sociedade.
Segundo ele, aí está contida uma dimensão estética pois se trata de
55. Gabriel Tarde. Les lois sociales. Paris, Félix Alcan, 1907, p. 155.
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No trabalho Blancos Móviles, o GAC distribui um alvo para cada pessoa de um grupo,
comunidade, ou mesmo em uma ação organizada na rua, e pede para que interfiram nele. As
soluções plásticas e imagéticas são muito diferentes em cada contexto onde são produzidas.
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CAPÍTULO II
A cidade em disputa
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57. Entende-se esta legitimidade conquistada no nível simbólico, como uma imagem e um
pensamento que passam a circular, contribuindo para a construção social de outras formas de
pensar e agir. Às vezes, essa legitimidade simbólica do acontecimento pode ser tão poderosa,
que interfere diretamente no poder normativo, como aconteceu na Argentina, com ações
simbólicas que clamavam por “justiça social”. Conforme ação do GAC analisada a seguir.
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58. A noção de “multidão” e de uma forma de fazer política associada a ela, é muito utilizada
por autores contemporâneos que constroem teorias relacionadas às formas atuais do
capitalismo e de resistência a ele. Segundo Virno, “Estoy verdaderamente convencido de
que la multitud es el modo de ser colectivo caracterizado por el hecho de que todos los
requisitos naturales de nuestra espécie adquieren una inmediata importancia política. [...]
Marx definía la fuerza de trabajo como ʻel conjunto de las capacidades psíquicas y físicas de
un cuerpo humanoʼ. Pues bien, esta definición se vuelve completamente verdadera sólo en
los últimos treinta años. En efecto, sólo recientemente las competencias cognitivas y
linguísticas han sido puestas a trabajar” (Virno, 2006, p. 6-7). Michael Hardt e Antonio Negri
definem assim essa noção em seu livro Multidão: “ [...] alternativa viva que se vem
constituindo dentro do Império. Pode-se dizer, simplificando muito, que a globalização tem
duas faces. Numa delas, o Império dissemina em caráter global sua rede de hierarquias e
divisões que mantém a ordem através de novos mecanismos de controle e permanente
conflito. A globalização, contudo, também é a criação de novos circuitos de cooperação e
colaboração que se alargam pelas nações e continentes, facultando uma quantidade infinita
de encontros. Esta segunda face da globalização não quer dizer que todos no mundo se
tornem iguais; o que ela proporciona é a possibilidade de que, mesmo nos mantendo
diferentes, descubramos os pontos comuns que permitam que nos comuniquemos uns com
os outros para que possamos agir conjuntamente. Também a multidão pode ser encarada
como uma rede: uma rede aberta e em expansão na qual todas as diferenças podem ser
expressas livres e igualitariamente, uma rede que proporciona os meios da convergência
para que possamos trabalhar e viver em comum. [...] Na multidão, as diferenças sociais
mantém-se diferentes, a multidão é multicolorida. Desse modo, o desafio apresentado pelo
conceito de multidão consiste em fazer com que uma multiplicidade social seja capaz de se
comunicar e agir em comum, ao mesmo tempo em que se mantém internamente diferente.
[...] Na medida em que a multidão não é uma identidade (como o povo) nem é uniforme
(como as massas), suas diferenças internas devem descobrir o comum que lhe permite
comunicar-se e agir em conjunto. O comum que compartilhamos, na realidade, é menos
descoberto do que produzido” (2005, p. 9-14).
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59. Mães dos desaparecidos políticos da última ditadura militar argentina que desde 1970
lutam por justiça.
60. Hijos e Hijas por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio. Segundo
definição presente em seu site: “H.I.J.O.S é um agrupamento independente e horizontal de
direitos humanos, formado, em princípio, por filhos de desaparecidos, ex-detentos e exilados
da última ditadura militar Argentina. H.I.J.O.S. luta pela justiça e punição aos repressores da
ditadura militar, impulsiona investigações, juízos e ações contra os repressores. Junto à luta
de outras organizações, H.I.J.O.S inscreveu conceitos como os de justiça social, memória
ativa e continuidade histórica. Cria, em meados dos anos 90, a prática do escrache (da
palavra escrachar)”. Fonte: http://www.hijos.org.ar, acessado em março de 2012.
61. Movimento dos Trabalhadores Desocupados da Argentina, também conhecido como
piqueteros por terem tornado freqüente a prática do piquete (barricadas em estradas e ruas),
através da qual reivindicavam por melhores condições de vida.
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Lanzamiento de diez mil paracaidistas en miniatura desde un edificio del microcentro. Durante
la semana previa a la acción se intervino todo el territorio circundante con calcomanías de
íconos militares: el tanque, simbolizando el poder de las multinacionales; el misil, equivalente
a la propaganda mediática; el soldado, que aludía a las fuerzas represivas que necesita el
sistema para mantener el orden neoliberal. La acción coincidió con el comienzo de la rebelión
popular de los días 19 y 20 de diciembre de 2001 (GAC, 2009, p. 323).
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63. Na era Kirchner, com os integrantes do movimento sendo absorvidos pelo Estado,
passou-se a discutir a questão da cooptação, dos prós e contras dessa entrada em peso de
todo um ideário, antes reprimido, no centro das discussões e ações estatais. Se, por um
lado, a ideia de “justiça social” foi ouvida e o movimento simbólico conseguiu intervir na
própria consolidação dos processos criminais de ex-torturadores; por outro, a força de
inovação do movimento de direitos humanos argentino está vivendo um “impasse”. Diversas
vezes nos últimos anos, quando estive na Argentina (em 2007, 2008, 2009 e 2010), ouvi
pessoas de diferentes grupos falando sobre uma certa despotencialização daquela energia
sentida no início desse processo de experimentação cultural e social.
64. O lunfardo pode ser considerado como o idioma do tango argentino. Fonte: Wikipédia,
acessada em março de 2012.
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65. Segundo a antropóloga Florencia Ferrari, tratando sobre os ciganos Calon do Estado de
São Paulo: “As festas mostram que há um repertório comum entre todos, permitindo que a
música seja parte de uma ʻcomunidade de sentimentoʼ. Música e dança permitem fluxos de
emoção que passam e ultrapassam os corpos, criando relações” (Ferrari, 2010, p. 213). O
uso da música, da dança, dos tambores nos escraches, pode ser entendido da mesma forma,
apesar de estarmos falando aqui de uma ação profundamente politizada (o que não é
necessariamente o caso em todas as situações de festas populares).
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66. Diz o GAC sobre a crise Argentina de 2001: “Hay momentos en que resulta fundamental
sentir el propio cuerpo, pues aun cuando éste parece anulado, replegado, en verdad nunca
se apaga por completo. Es en la corporalidad común donde se aloja la memoria inmediata de
aquella situación de potencia social, experimentada por todos en diciembre de 2001. No es
simplemente una ilusión, sin algo verificable en los hechos, aunque aparezca fugaz y
difusamente, bajo la forma de respuestas espontáneas de la gente, estallidos que arrasan
comisarías, incendian los transportes precarios, una fuerza arrolladora que olvida el miedo y
desarma el discurso de la seguridad” (GAC, 2009, p. 287). Acredito que essa afirmação,
mesmo focada nos acontecimentos de 2001, possa ser ampliada para pensar os escraches,
assim como outras formas políticas criadas pela geração da qual fazem parte os coletivos
aqui apresentados.
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68. Aqui, estou entendendo movimento não apenas como “movimento social”, mas como o
movimento de performatizar a própria dor, dando uma forma espacial e pública a ela.
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70. Eu estava presente nessa conversa, assim como outros integrantes do Contrafilé.
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71. As conferências foram feitas por Suely Rolnik, Brian Holmes e Peter Pál Pelbart, que
tiveram um papel no projeto muito difícil de definir. Brian Holmes se diz um “teórico ativista”.
São pensadores orgânicos? Teóricos em ação? O fato é que são pessoas que sabem
produzir um pensamento colado com a experiência, com as urgências do real e que, por
isso, têm um poder interventivo. Foi isso o que fizeram no projeto Zona de Ação.
72. In: portal do SESC. Link: http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/za/, acessado em abril
de 2012.
73. Idem.
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74. Lembrando que o projeto foi elaborado pelos coletivos envolvidos e patrocinado pelo SESC.
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75. Em 2004, Marta Suplicy era a prefeita de São Paulo e o logo era composto pelo desenho
de vários “homenzinhos” de mãos dadas, imitando a imagem do recorte clássico de papel.
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Slogan
prefeitura Marta
Suplicy 2004.
Slogan “Programa
para Descatracalização
da Própria Vida, 2004.
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76. Loja de roupas e artigos de luxo para milionárias, localizada em São Paulo. Muitas vezes
acionada como símbolo pelos brasileiros, quando querem se reportar à desigualdade social
e os absurdos e perversões que produz.
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79. Trecho de entrevista do grupo Contrafilé, extraído do artigo Palavra da Revista e nº 95,
publicação do Sesc-SP.
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80. 30.000 estudantes escreveram sobre o “Programa para Folha de São Paulo,
Descatracalização da Própria Vida”. setembro de 2004 a
fevereiro de 2005.
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81. Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora da Fuvest, Folha de São Paulo, 17 de janeiro de
2005, na seção Painel do Leitor.
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Diagramas feitos pelo Contrafilé com o intuito de refletir sobre o que sucedeu no
“Programa para Destracalização da Própria Vida”.
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em um acontecimento efetivo.
Há também diversos movimentos de abertura e síntese que
perpassam o trabalho e nos levam a pensar em como uma inscrição
inicial vai gerando outras inscrições e discursos: uma conversa inicial
com referentes da Zona Leste que produziu uma primeira síntese (o
Monumento), que foi inscrita na cidade e levou a um transborda-
mento e a uma agitação de sensibilidades gerando novos fatos, o que
mobilizou uma nova síntese grupal (a sistematização pelo Contrafilé
dos discursos decorrentes da instalação do “Monumento à Catraca...”
e o diagrama feito pelo grupo).
Este movimento pode ser compreendido como a constitui-
ção da imagem de uma “microssociologia” que, como diz Tiago
Seixas Themudo a respeito da forma de pensá-la, proposta por
Gabriel Tarde, acontece nos “pequenos e praticamente impercep-
tíveis formigamentos do social” e nos quais “está o germe de toda
grande transformação, tal como uma pequena pedra atirada em um
lago, cujas ondas produzidas a partir de um ponto singular podem se
propagar por toda a extensão do lago, ou como uma epidemia mais
ou menos intensa” (Themudo, 2002, p. 9).
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CAPÍTULO III
Pensando a crítica
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Justaposição e instituição
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84. Alguns exemplos de eventos que tiveram participação de coletivos paulistas: “Seminário
Máquinas” (intercâmbio com participantes de grupos de arte política, práticas artísticas
colaborativas e cooperativas, coletivos políticos criativos de diversos lugares em dois
continentes), a convite de Marcelo Expósito, do Museu d'Art Contemporani de Barcelona
(Macba), Barcelona, Espanha, 2007; Exposição “La Normalidad/Ex-Argentina” (última etapa
do projeto Ex-Argentina, iniciado em 2002, que reuniu coletivos artísticos de diferentes
partes do mundo como Europa, América Latina, Leste Europeu para expor seus trabalhos
e refletir coletivamente sobre o conjunto de tensões ocultas que transformam um sistema
econômico em uma máquina de desigualdade), curadoria de Alice Creischer e Andreas
Siekmann e coordenação do coletivo argentino Etcétera no Museu Palais de Glace, Buenos
Aires, Argentina, 2006; exposição “Collective Creativity” no Kunsthalle Fridericianum
Museum, curadoria do coletivo Croata WHW, Kassel, Alemanha, 2005. Em texto presente
no catálogo da exposição, o coletivo-curador WHW dizia: “A exposição abrange diferentes
aspectos emancipatórios do trabalho coletivo, onde a criatividade colaborativa não é apenas
uma forma de resistência ao sistema dominante de arte e à convocação capitalista para
a especialização, mas também uma crítica produtiva e performática”.
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85. A partir do pensamento de Hegel, Lefebvre traz a noção de luta de morte, um dos
conceitos utilizados pelo autor para desenvolver a noção de superação.
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Repensando a crítica
86. Já Fredric Jameson, para quem a “morte do sujeito” é antes um sintoma da pós-
modernidade do que da modernidade, destaca sobretudo a sensação de que tudo já foi feito
e de que, portanto, não seria possível ou relevante tentar encontrar formas de representação
de uma experiência singular do presente (Jameson, 1985).
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para Adorno:
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[...] ideias familiares sobre o que constitui uma arte crítica (nega-
tividade, vanguardismo, arte engajada, recusa da representação,
realismo crítico, abstração) que tem perdido muito de sua força
explicativa e normativa (id. ibid., p.21).
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87. Juergen Habermas, que prolonga as teses da escola de Frankfurt e um dos mais
importantes defensores do modernismo, foi dos primeiros pensadores a colocar a relação
entre pós-modernismo e neoconservadorismo de uma forma histórica e teoricamente
complexa. Habermas (1992) contesta os argumentos que acusam o modernismo cultural de
ser responsável pelos males da sociedade, afirmando que, na verdade, é a modernização
econômica e social que causa a alienação, que ele entende como uma “colonização do
mundo da vida” pela economia. A preocupação central deste pensador foi a de proteger o
potencial emancipador da razão esclarecida que, para ele, seria o sine qua non da
democracia política, em um momento de mudança de tendência em que havia um
recrudescimento conservador em distintas partes do mundo. Neste sentido, interpreta a
virada cultural à luz da virada de tendência política, compreendendo o pós-modernismo
como evidência, sobretudo, de uma ruptura com o projeto moderno de emancipação. Ao
conferir ao pós-modernismo o atributo de “neoconservador”, a preocupação de Habermas
era, sobretudo, a de que a revolta contra a razão iluminista se tornasse, em última instância,
reacionária, uma visão politicamente perigosa e limitada – e relembra Aushwitz como
resultado não de um excesso de razão iluminista, mas de um impulso anti-modernista e anti-
iluminista, que teria se valido cruelmente da modernidade para os seus propósitos.
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88. Trecho da Missão do Museo Reina Sofía, escrito por seu diretor, Manuel J. Borja-Villel.
Texto presente no site deste museu, link: http://www.museoreinasofia.es/museo/mision.html.
Acessado em maio de 2011.
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Performatizar a crítica
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89. O CIA foi um momento de encontro de diversos coletivos de arte em outubro de 2003, para
discutir as suas práticas de “arte ativista” e confrontar/problematizar o termo “arrivista”, que
começou a ser usado de forma irônica pela mídia na época para nomear esse tipo de prática.
90. Cândido, Antonio. Tempo do Contra. In: Textos de Intervenção. São Paulo: Duas Cidades;
Ed. 34, 2002.
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Como em práticas similares que se fazem hoje por toda parte, uma
das características das estratégias atuais é a deriva extraterritorial
– que, no caso do Brasil e de muitos países da América Latina, pri-
vilegia a conexão com práticas sociais e políticas (por exemplo, o
Movimento Sem Teto do Centro na cidade de São Paulo). Isso não
implica, no entanto, em desertar por completo da instituição artís-
tica, com a qual mantém-se uma relação despreconceituosa, num
movimento fluido de idas e vindas, que a cada volta tende a injetar
em seu corpo agonizante doses de força poética que promovem sua
desterritorialização crítica. Esta é uma outra característica de tais
práticas, que as diferencia das propostas marcadas pela crítica ins-
titucional dos anos 1960 e 70, como sugere Brian Holmes. O autor
qualifica tal deriva como ‘extradisciplinar’, para designar o que ele
circunscreve como a terceira geração da crítica institucional, de modo
a distingui-la das gerações precedentes: a primeira, dos anos 1960 e
70, que ele caracteriza como ‘anti-disciplinar’ e, a segunda, dos anos
80 que, segundo Holmes, leva o movimento da década anterior ao
seu limite, revelando o impasse ao qual a arte se vê confrontada ao
manter a crítica no interior da própria instituição artística. A
tendência extradisciplinar que se afirma nos anos 1990 é uma res-
posta a este impasse, bem como as questões colocadas no contexto do
neoliberalismo, cuja hegemonia internacional coincide com o surgi-
mento desta geração de artistas (Rolnik, 2007).
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92. Michel Foucault, no texto da conferência proferida em 1967 “De Outros Espaços”, elabora
o conceito de heterotopia para mostrar que “o espaço do outro” foi esquecido pela cultura
ocidental. Grande parte do empreendimento filosófico de Foucault foi resgatar os espaços
do outro, os quais o exercício do poder pela racionalidade ocidental buscou suprimir pela
busca do “espaço do mesmo”. Por isso, estudou espaços onde se exerciam relações de
poder com vistas a objetivação do mesmo, como: as prisões, a escola, o corpo, a loucura, a
sexualidade, etc. Segundo o autor: “A época atual seria talvez de preferência a época do
espaço. [...] Estamos em um momento em que o mundo se experimenta, acredito, menos
como uma grande via que se desenvolveria através dos tempos do que como uma rede que
religa pontos e que entrecruza sua trama”.
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Jogo do Absurdo Público, Contrafilé e PI, entre 2005 e 2011. Imagens de trabalhos realizados
pelo Contrafilé e pelo PI com comunidades ou em cursos livres, nos quais a ideia de “absurdo
público” deu origem a uma série de experimentações. Campinas, 2006.
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CAPÍTULO IV
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93. Texto reflexivo escrito pelo Contrafilé ao voltar da Holanda, depois de ter participado do
projeto Gear Inside (ver logo abaixo). Arquivo pessoal do grupo.
94. Carlos, Ana Fanni Alessandri. O Lugar no/do Mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
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95. Com curadoria de Daniela Labra, o projeto “Gear Inside” tinha como foco residências
artísticas curtas para pesquisas sobre a urbe e discussões sobre diferentes modos de
compreensão e utilização das instâncias públicas. Contou com o apoio do Centro de Arte
Witte de With e da Galeria Mirta Demare. Rotterdam, Holanda, 2003.
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96. O grupo descobriu algumas curiosidades em relação a isso: que o programa de televisão
“Big Brother” surgiu lá e que as primeiras cidades totalmente “vigiadas” por câmeras são
holandesas.
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100. Segundo Félix Guattari e Suely Rolnik, “Os seres existentes se organizam segundo
territórios que os delimitam e os articulam aos outros existentes e aos fluxos cósmicos. O
território pode ser relativo tanto a um espaço vivido, quanto a um sistema percebido no seio
do qual um sujeito se sente ʻem casaʼ. O território é sinônimo de apropriação, de
subjetivação fechada sobre si mesma. Ele é o conjunto dos projetos e das representações
nos quais vai desembocar, pragmaticamente, toda uma série de comportamentos, de
investimentos, nos tempos e nos espaços sociais, culturais, estéticos, cognitivos” (Guattari
e Rolnik, 2005, p. 388).
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101. “Zumbi Somos Nós” é a frase estampada em uma das bandeiras feitas pela Frente 3
de Fevereiro para intervir em espaços da cidade, evidenciando de forma artística os conflitos
gerados pelo racismo presente na sociedade brasileira.
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102. Fragmento da peça Futebol, criada em 2005 pela Frente 3 de Fevereiro, baseada em
entrevista com Noel Carvalho.
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103. “Quilombo Brasil” (2009-2010) foi um projeto apoiado pelo Prêmio Interações Estéticas:
Residências Artísticas em Pontos de Cultura (Minc/Funarte) que possibilitou a realização de
seis viagens a diferentes regiões que concentram quilombos do Brasil.
104. O coletivo Política do Impossível trabalha com a Casa de Cultura Tainã desde o início de
2005 e, em parceria com os seus referentes, educadores e gestores, já idealizou e executou
diversas ações: festas comunitárias; intervenções urbanas em espaços ligados à memória
da escravidão - visando questionar o esquecimento da memória reiterado na sociedade
brasileira; rodas de debate sobre intervenção urbana e a possibilidade de atualizar as
estratégias do movimento negro através da arte; entrevistas com referentes da Casa de
Cultura Tainã e da luta negra. Em todos estes momentos, utilizou diversas linguagens para
dar forma aos desejos e potências comuns aos dois grupos.
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105. “[A Rede Mocambos] É uma rede de negros e negras de âmbito nacional. Conectando
através das tecnologias da informação e comunicação comunidades quilombolas rurais e
urbanas. Para isso buscamos parcerias de diversos segmentos para que de forma
colaborativa e coletiva possamos reunir diferentes programas, projetos e ações voltados
para o desenvolvimento humano, social, econômico, cultural, ambiental e preservação do
patrimônio histórico e memória dessas comunidades.” Fonte:
http://oca.idbrasil.org.br/wiki2/index.php/Rede_Mocambos.
106. Trecho do projeto que resultou no trabalho “Quilombo Brasil” do coletivo Política do
Impossível em parceria com a Casa de Cultura Tainã e Rede Mocambos.
107. Trecho de texto reflexivo escrito pelo coletivo Política do Impossível sobre experiência
desencadeada pelo projeto “Quilombo Brasil”, 2010. Acervo pessoal.
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108. Idem.
109. Depoimento ao PI de Mãe Lúcia de Oiá, Escola de Ensinamentos de Mãe Preta, Recife-
PE, 2009. In: Quilombo Brasil (DVD), PI, 2010.
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110. Antonio Carlos Santos da Silva (TC) é um importante referente da luta negra
contemporânea, criador da Casa de Cultura Tainã em Campinas, articulador da Rede
Mocambos e parceiro contínuo, desde 2005, do PI e da Frente 3 de Fevereiro. Aqui, trechos
de conversa realizada no projeto “Quilombo Brasil” com quilombolas de Conceição das
Crioulas, Pernambuco, 2009. Estavam presentes também todos os integrantes do PI.
111. Rosana Menezes é historiadora, estuda quilombos e participou de várias conversas com
quilombolas do Vale do Ribeira (SP), integrantes da Casa de Cultura Tainã e grupo PI no
projeto “Quilombo Brasil”, 2009.
112. Em conversa realizada com integrantes do PI e Casa de Cultura Tainã em viagem do
projeto “Quilombo Brasil” ao quilombo Conceição das Crioulas, Recife, Pernambuco, em
2009.
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Inclassificáveis116
Arnaldo Antunes – 1996
orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs
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egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol
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Show da Frente 3 de Fevereiro no qual vemos uma mãe de santo com um rapper e por trás a
imagem de uma intervenção urbana. Discutindo com Daniel Lima, integrante da Frente e que
fez comigo o projeto gráfico desta dissertação, entendemos que nos shows do grupo existe
sempre uma tentativa de re-criar o território urbano com toda a sua transversalidade.
A “colagem” de linguagens artísticas, o apelo ao mesmo tempo ao ancestral e ao
contemporâneo, são estratégias que permitem, no palco, vislumbrar a “espessura” presente
nos trabalhos realizados na cidade. São Paulo, 2006.
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117. Hamilton Cardoso. O Resgate de Zumbi, Cultura e Política.vol.2, no. 4. Lua Nova, 1986,
p. 63-67.
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Workshop HAU
No contexto de nacionalismo e euforia que pairava
sobre a Alemanha na Copa do Mundo 2006, desen-
volvemos um projeto de intervenção em Berlim tendo
118. Por exemplo: o assassinato de mais um jovem negro pelo Estado e sua capacidade de
decidir “quem é suspeito” e “quem deve morrer”.
119. Como Kanak Attack e La Plataforma, grupos de arte e ativismo alemães.
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Frente 3 de Fevereiro discutindo qual estratégia usariam para entrar na festa de abertura
da Copa do Mundo com uma bandeira gigante e imagem do grupo passando pela barreira
de segurança do evento, tocando um samba, Berlim, 2006.
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120. Que mudava o sentido de “áreas proibidas” para algo como “conheça as áreas
proibidas”.
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Intervenção através do som de tambores do músico DouDou N´diaye Rose e sua orquestra
na Ilha de Goré, um dos lugares que mais mandou negros escravizados para o mundo.
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121. Frente 3 Fevereiro, Dughetto, Projeto Treme Terra e Associação Cultural Cachuera!,
também estavam presentes na conversa, pois tinham viajado ao festival para participar
apresentando o espetáculo da Frente 3 de Fevereiro “Zumbi Somos Nós”.
122. Tradução de Majoí Gongora e edição de Política do Impossível.
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Intervenção do PI, Casa de Cultura Tainã, Jongo Dito Ribeiro entre outros, na Fazenda
Jambeiro, fazenda escravocrata que hoje se tornou uma praça pública na qual a Casa
Grande, a Senzala e a Casa do Feitor encontram-se totalmente abandonadas, não havendo ali
nenhum tipo de sinalização, conscientização a respeito do significado simbólico e histórico
do lugar ou trabalho educativo. Campinas, 2007.
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Revista Parachute 116 (São Paulo). Editora: Suely Rolnik, Montreal, Canadá,
2003.
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LISTA DE IMAGENS
CAPA:
EPÍGRAFE:
INTRODUÇÃO:
p. 35: Imagens cedidas por Suely Rolnik, parte de sua apresentação “Para além do
inconsciente colonial”, concepção Suely Rolnik, execução Bijari.
CAPITULO 1:
p. 53: Imagens do MICO das frases na rua “Chega de Mickey, 500 anos de Mico” e “Chega de
Bananalização, 500 anos de Mico” e do Monumento às Bandeiras coberto com cobertores,
MICO, 2000. Foto: acervo MICO.
p. 59: Imagem do MICO em ação no Vale do Anhangabaú, MICO, 2001. Foto: acervo MICO.
p. 65-71: Ação Direta. Homenagem aos Assassinados pela Repressão Policial na Rebelião
Popular de 20 de dezembro de 2001, GAC. Fotos: acervo GAC.
p. 74-77: Jornais que mostram imagens de rebeliões em presídios de São Paulo, 2001. Fotos:
Peetssa.
p. 80: Imagem dos integrantes do MICO pintando a frase “Não Estamos em Rebelião..”, 2001.
Foto: acervo MICO.
p. 81-83: Imagens de jornais que mostram repercussão do deslocamento da frase pelo MICO,
2001. Foto: Peetssa.
p. 84-85: Faixa com a frase “Não Estamos em Rebelião...” pintada de preto, 2001. Foto: acervo
MICO.
p. 86: Trabalho apresentado na exposição “If You See Something, Say Something”, que
aconteceu na Austrália em fevereiro de 2007. Foto: Peetssa.
p. 87: Trabalho do Contrafilé na Skuc Galerija. Ljubljana, Eslovênia, 2008. Foto: Peetssa.
p. 88: Imagem da sistematização feita pelo Contrafilé do trabalho do MICO utilizando a frase
“Não estamos em Rebelião”. Foto: Peetssa.
p. 94-95: Imagens do trabalho Corda do Contrafilé e de sua instalação, Festival Mídia Tática
Brasil, São Paulo, 2003. Foto: acervo Contrafilé.
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p. 106-109: Imagem da cartografia Aquí Viven Genocidas, 2001, GAC. Fotos: acervo GAC.
p. 114-115: Imagens do trabalho A Rebelião das Crianças, Contrafilé, 2005. Fotos: Peetssa.
p. 116-119: Parque para Brincar e Pensar, realizado pelo Contrafilé, Comunidade Brás de Abreu
e Jardim Miriam Arte Clube (JAMAC, atelier-escola da artista Mônica Nador localizado no
Jardim Miriam), São Paulo, 2011. Fotos: acervo Contrafilé.
p. 134-137: Imagens da publicação “Cidade Luz”, PI, 2008. Fotos: acervo PI.
CAPITULO 2
p.166-167: Placa feita pelo PI mudando o nome da Av. Bandeirantes para Av. dos Quilombolas,
São Paulo, 2008. Fotos: acervo PI.
p. 178-183: Imagens dos Escraches e dos trabalhos do GAC feitos nessa situação. Fotos:
acervo GAC.
p. 204: Imagem da instalação da catraca pelo Contrafilé. Largo do Arouche, São Paulo, junho
de 2004. Foto: acervo Contrafilé.
p. 205: Monumento à Catraca Invisível. Largo do Arouche, São Paulo, junho de 2004. Foto:
acervo Contrafilé.
p. 211: Imagens tiras Laerte, Folha de São Paulo, setembro de 2004 a fevereiro de 2005.
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p. 222: Sistematização feita pelo Contrafilé com o intuito de refletir sobre o que sucedeu no
“Programa para Destracalização da Própria Vida”, apresentada na Collective Criativity,
Friedericianum Museum, 2005.
CAPITULO 3
p. 244-245: Imagens do trabalho do grupo MICO para o Panorama, 2001. Fotos: acervo MICO.
p. 248: 1o CIA (Congresso Internacional de Ar(r)ivismo, realizado em São Paulo em 2003. Foto:
acervo Daniel Lima.
p. 253: Trabalho do GAC na 50o Bienal de Veneza, Veneza, Itália, 2003. Foto: acervo GAC.
p. 262-267: Jogo do Absurdo Público, PI, entre 2005 e 2011. Fotos: acervo PI.
CAPITULO 4
p. 282-283: Imagens: Brasil Negro Salva, Onde Estão os Negros? e Zumbi Somos Nós em
Estádios e no Edifício Prestes Maia, 2004-2006. Fotos: Frente 3 de Fevereiro e Peetssa.
p. 293: Conversa entre Conceição Paganele, Maurinete Lima e TC no alto da ocupação Mauá,
São Paulo, 2008. Fotos: acervo PI.
p. 302-303: Monumento Horizontal à Flávio Sant’Ana, Frente 3 de Fevereiro, São Paulo, 2004.
Fotos: acervo Frente.
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p. 304: Imagens do workshop proposto pela Frente para outros coletivos de Berlim, Alemanha,
2006. Fotos: acervo Frente.
p. 307: Bandeira feita pela Frente 3 de Fevereiro e coletivos de Berlim e aberta na festa de
abertura da Copa do Mundo de 2006, Berlim, Alemanha. Foto: acervo Frente.
p. 308: Intervenção através do som de tambores do músico DouDou N´diaye Rose e sua
orquestra na Ilha de Gore. Frame do vídeo
p. 311: Intervenção do PI, Casa de Cultura Tainá, Jongo Dito Ribeiro entre outros, na Fazenda
Jambeiro, Campinas, 2007. Fotos: acervo PI.
p. 313: Conversa entre diversos grupos e o músico africano DouDou N´diaye Rose, 2007, Belo
Horizonte. Fotos: Cássio Martins.
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Revisão:
Lia Zatz
Pesquisa de Imagens:
Daniel Lima / Joana Zatz
Projeto Gráfico:
Daniel Lima
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