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O DIREITO COMPARADO E A

RESPONSABILIDADE JUVENIL POR ILÍCITOS


PENAIS

A maioridade penal no Brasil tem início aos 18 anos. Em âmbito internacional,


boa parte dos países adotam uma legislação específica a fim de prevenir a impunidade.
Entretanto, não há uniformidade de idade nos procedimentos ou paradigma de onde partir.
A fixação de uma faixa etária como fronteira entre a imputabilidade e a responsabilização
criminal depende muitas vezes do grau de tolerância de cada país para determinar a idade
penal.
Vale ressaltar que no Brasil a idade de responsabilização penal pela prática de
atos ilícitos não se encontra em descompasso com a de grande parte de países pelo mundo.
A maioria dos países em estudo adota a idade de responsabilidade criminal aos 18 anos
de idade ou mais.
Em Portugal, o Código Penal foi implantado em 1852. Com o surgimento da
legislação Iluminista, as crianças menores de 7 anos foram consideradas inimputáveis,
enquanto os maiores de 7 e menores de 14 anos eram sujeitados ao arbitramento do juiz,
em vista de decidir a responsabilização do ato delituoso.
Com a Reforma penal de 1886, aumentou-se a idade a dez anos, para
responsabilizar-se os agentes de atos infracionais. Os cuidados aos menores em
desamparo foram disciplinados pela Lei n.º 1471 de 1999. A Lei n.º 166 de 1999, em
contraponto, concentrava-se no trato dos delinquentes juvenis, com idade inferior a 16
anos.
No artigo 19 do Código Penal da legislação portuguesa, são inimputáveis os
menores de 16 anos, que ficam sob a jurisdição dos tribunais de Menores.
Um sistema de proteção conhecida de maximalista defendia as medidas
aplicáveis aos menores em perigo e aos menores autores de infração penal, ambos
protegidos, sem distinção, ao combate da prevenção criminal por meio de medidas de
proteção, assistência e educação.
Dessa maneira, o cometimento de algum delito para menores de 12 anos, dadas
as condições psicológicas e biológicas do menor, só será permitida a aplicação de medidas
de proteção. Não o bastante, o ato praticado por maior de 12 e menor de 16 anos previa
medidas educativas, tais como advertência, reparação do dano à vítima, tarefas em
benefício da comunidade e internação em centro educativo.

A duração das medidas tutelares não tinha tempo determinado, mas não podendo
prologar-se após os 21 anos, de acordo com o princípio da proporcionalidade. A
legislação específica em Portugal para os jovens adultos continua a ser regulada pelo
Decreto Lei n.º 401 de 1982.

4.2 ESPANHA

A Espanha teve uma evolução legislativa em determinados pontos da história


semelhanças com o ordenamento jurídico brasileiro. Logo após o Código Penal de 1848,
nasce a primeira legislação tutelar, em 1918, tendo sua vigência por aproximadamente
três décadas, até a aprovação da Lei Espanhola de Tribunais Tutelares de Menores em
1948.

Na Espanha no seu Código Penal de 1848, nasceu a primeira legislação tutelar,


em 1978, após a morte do ditador Franco, foi aprovada a Constituição democrática, por
meio de uma Lei Orgânica 4/1992 foi inaugurado a etapa garantista, havendo o
reconhecimento do princípio da legalidade penal e das garantias processuais básicas.

Essa Lei Orgânica estabeleceu três categorias de pessoas, aos que são menores
de 14 anos e praticarem algum ato delituoso, respondera por medidas protetivas,
considerava-se menores de idade os jovens que tinham entre 14 e 18 anos. E considerava
jovens os que tinham idade entre 18 e 21 anos.

Analisa-se que o modelo processual previsto no ordenamento é idêntico ao


processo criminal dos maiores. Entretanto com adaptações, conforme a necessidade
específica dos menores.

Deste modo, o objetivo das medidas serem aplicadas conforme a gravidade do


delito é facilitar o processo de reeducação do infrator. As medidas podem distinguir, entre
não privativas de liberdade, com aplicação de advertência, realização de tarefas
socioeducativas, prestação de serviço à comunidade, convivência com uma família ou
grupo educativo. E medida privativa de liberdade, como a detenção ao final de semana,
tratamento ambulatório e medidas institucionais com internação.

As medidas institucionais ou alternativas tem duração conforme a idade do autor


do fato e a gravidade do delito. As medidas institucionais, os autores menores de 16 anos
tem duração máxima de dois anos, o início da medida calcula-se com o tempo do
recolhimento. As medidas alternativas e prestação de serviço à comunidade tem o limite
máximo de cem horas de trabalho.

No entanto, o fato delituoso provocado pelo maior de 16 anos poderá permanecer


internado por um período máximo de até cinco anos para crimes comuns praticados com
violência. Pode exceder esse limite quando o delito for relacionado a terrorismo, podendo
chegar até dez anos de recolhimento institucional.

4.3 ÁUSTRIA

A Áustria possui um dos sistemas mais modernos de proteção à infância e à


juventude. O ordenamento jurídico austríaco possui uma nítida separação entre o Direito
Penal Juvenil e o Direito Tutelar de Menores. A Lei de Justiça Juvenil de 1988 trata
especificamente sobre os menores, sendo modificada pela Emenda 19, de 2001.
(SHECAIRA, 2008)

Do mais, com a nova Emenda, a idade de imputabilidade penal deixava de ser


19 anos e passava para os 18, aplicando o Direito Penal Juvenil aos menores entre 14 e
18 e abaixo de 14 anos medidas assistenciais e de proteção. (SHECAIRA, 2008)

Exemplifica Salomão quanto à aplicação das medidas aos menores autores de


delitos:

Entre quatorze e dezoito anos, todos os infratores são


submetidos ao sistema de justiça juvenil. Para os primeiros dois anos
dessa idade (quatorze e quinze anos) as contravenções não serão
punidas, somente os crimes. Para os autores de delitos entre quinze e
dezesseis anos, as penas serão aplicadas em conformidade com as
penas previstas no Código Penal, porém muito atenuadas. Elas se
reduzem à metade em todos os casos, desaparecendo ou rebaixando o
limite mínimo. Assim, quando o delito venha castigado com uma pena
superior a dez anos e inferior a vinte, o menor terá uma pena de seis
meses a dez anos. Se houver previsão de prisão perpétua, as penas
impostas serão de um a dez anos, quando o autor tiver idade inferior a
dezesseis anos, e de um a quinze anos, se maior de dezesseis e menor
de dezoito anos. (SHECAIRA, 2008, p. 75)

Conforme explanado acima, os autores de ato infracional, em determinados


casos, são aplicado às mesmas penas do Código Penal. Entretanto, tratando-se de menores
em conflito com a lei, nada mais justo que essas penas sejam reduzidas pela metade, pois
são crianças e adolescentes em pleno desenvolvimento mental e físico.

A diversion é a mais nova influente política criminal implementada pelo sistema


austríaco. Várias posturas são adotadas, entre elas destacam-se a mediação, o processo
reparatório, a condenação sem punição e a condenação com suspensão da sentença. Esses
procedimentos apresentados obedecem a um processo dialógico em que o autor deverá
consentir que todos os crimes não ultrapassem cinco anos.

Além das medidas expostas, a legislação austríaca prevê outra categoria jurídica,
a de Jovens Adultos, para aqueles maiores de 18 anos e inferior a 21. Para essas pessoas,
as medidas são distinguidas dos demais criminosos. Como exemplo, não podem ser
condenados à prisão perpétua, sendo a pena máxima aplicável de vinte anos, podendo
haver a concessão do livramento condicional antes desse prazo.

O procedimento de menores se rege pelas normas gerais do Código de Processo


Penal. Todavia com algumas particularidades referentes ao princípio da celeridade,
princípio da publicidade e obrigatoriedade de defesa técnica por advogado, e em alguns
tribunais tem a presença de juízes leigos, pedagogos, psicólogos e assistentes sociais.

4.4 JAPÃO

O Japão, conforme fixação do Código Penal, tem sua responsabilidade penal


fixada em 14 anos. Ninguém com menos dessa idade poderá ser punido. Havendo prática
de crime, serão utilizadas medidas protetivas, assegurando o bem-estar do infrator.
(SHECAIRA, 2008)
Nesse viés, a Lei Juvenil Japonesa apresenta como maioridade 21 anos. Abaixo
dessa idade podem ser aplicadas medidas punitivas. O princípio básico da lei japonesa é
ter medidas educacionais como regra e medidas criminais como exceção, por acreditarem
que a educação é o melhor meio de ressocialização, não somente punir, mas reeduca-los.

No Japão, a delinquência juvenil é tratada de forma mais ampla que no Brasil.


São considerados como delinquentes todo aquele que, maior de 14 anos, cometa crime.
(SHECAIRA, 2008)

A jurisdição juvenil é aplicada de forma distinta, sendo relevante a natureza do


delito e a idade do seu autor. Nos casos em que o causador do fato delituoso tenha menos
de 16 anos, os fatos serão apurados pelo Juiz de Família. Logo, nos casos mais graves,
em que o agente possua mais de 16 anos, o Ministério Público processará perante a Justiça
Criminal.

Aos menores infratores não é permitido pena de morte, devendo ser aplicadas
penas privativas de liberdade perpétuas ou no máximo que se executa é de quinze anos.
Sendo condenado a uma pena indeterminada, o máximo da pena a se executar é de dez
anos. Todas as penas institucionais são cumpridas em estabelecimentos especiais,
separados dos adultos e supervisionados pelo Ministério Público.

4.5 ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Os Estados Unidos apresentam um sistema de justiça juvenil com influência do


sistema Romano-Germânico. Ao longo dos últimos vinte anos, houve mudanças
significativas tornando o sistema punitivo mais rigoroso. (SHECAIRA, 2008)

Em meados do século XIX, as primeiras penas eram extremamente rigorosas e


os jovens eram punidos com mesma rigidez que os adultos. Em 1899, essa situação
começou a mudar, devido a um movimento rigoroso de reforma, onde os jovens infratores
deveriam ser tratados e reabilitados, no contrário, de cumprir pena em cárcere privado.

A primeira Corte Juvenil, instituída em Chicago, submetia à jurisdição do Juiz


de Menores todos os atos delituosos, como qualquer ato antissocial, cometidos por
infratores menores de 16 anos de idade. O maior objetivo das cortes juvenis criadas era
de reabilitar menores e transformando-os em membros produtivos para a comunidade.
Entretanto, as práticas esperadas pela Corte não tiveram grande eficiência em
prol da reabilitação do menor. Poucas eram as garantias do processo, pois a Justiça Tutelar
dava ao juiz da Corte ampla discricionariedade para as decisões.

As sucessivas intervenções da Suprema Corte acabaram aproximando as antigas


práticas existentes ao sistema de persecução penal de adultos infratores, com as novas
perspectivas que objetivavam alcançar. A par disso, os Estados Unidos passou por crise
no final dos anos 80 e, com a sensação de maior criminalidade, passam a adotar medidas
mais rigorosas nos processos criminais de menores infratores, seguindo procedimentos
similares ao adotado para adultos.

Hoje, conforme o Estado, os jovens com mais de 12 anos podem ser submetidos
aos mesmos procedimentos dos adultos, tal como permite a pena de morte para menores
infratores envolvidos em crimes dolosos contra a vida.

Cabe salientar que os Estados Unidos não ratificaram a Convenção das Nações
Unidas para os Direitos da Criança. Por isso, não têm compromisso com a eliminação das
penas desumanas ou degradantes aos infratores menores. Os Tratados Internacionais são
praticamente nula às Cortes Americanas que tratam do tema. Com isso, quanto aos
Direitos da Criança e Adolescente utilizado nos Estados Unidos, não se ver semelhança
com a jurisdição brasileira.

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