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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – BAHIA (IFBA)

CAMPUS PAULO AFONSO

MÁQUINAS ELÉTRICAS

AULA 02: FUNDAMENTOS DE


ELETROMAGNETISMO (PARTE 4)

PROFESSOR:
FELIPE GONÇALVES

PAULO AFONSO
2015
SUMÁRIO

I. ELETROMAGNETISMO
1. Introdução
2. Propriedades magnéticas
3. Carga Elétrica
4. Campo Elétrico

II. CAMPO MAGNÉTICO E CORRENTE ELÉTRICA


1. A relação entre eletricidade e magnetismo
2. Campo magnético de um condutor retilíneo
3. Campo magnético de uma espira circular
4. Campo magnético de um solenoide
5. Campo magnético e matéria
6. Aplicações práticas do campo magnético
SUMÁRIO

III. FORÇA MAGNÉTICA


1. Força magnética sobre cargas elétricas
2. Força magnética sobre condutor imerso em campo
magnético
3. Força magnética entre condutores paralelos
4. Aplicações práticas da força magnética
SUMÁRIO

IV. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA


1. Fluxo magnético
2. Lei de Lenz
3. Lei de Faraday-Newmann
4. Condutor retilíneo em um campo magnético uniforme
5. Transformadores
6. Correntes de Foucault
IV. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Com as experiências de Oersted e Ampère, descobriu-


se que uma corrente elétrica pode gerar magnetismo.
• Foi o que vimos até aqui, exemplificando com os
casos do campo magnético gerado através da
passagem de corrente elétrica por um condutor
retilíneo, uma espira circular ou um solenoide.
• O físico inglês Michael Faraday realizou
experimentos que comprovam o efeito contrário, ou
seja, o magnetismo poderia gerar eletricidade.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Em 1831 Faraday divulgou a demonstração da


indução eletromagnética, aquela que seria uma das
suas descobertas mais importantes.
• Enrolando várias voltas de fio metálico ao redor de
um anel de ferro, ligou-o a um galvanômetro,
denominando esta bobina de A.
• Em seguida, montou ao redor do mesmo anel uma
bobina B (que não tocava a bobina A em ponto
algum) e a ligou a uma bateria.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

EXPERIMENTOS DE FARADAY

A B
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• No esquema apresentado anteriormente a bateria fornece


corrente elétrica para um enrolamento, gerando um campo
magnético, que seria transportado para o outro enrolamento,
ligado a um galvanômetro.
• O detalhe é que, como os dois enrolamentos compartilhariam
o mesmo núcleo magnético (o anel), o segundo receberia o
campo magnético do primeiro, fazendo surgir uma corrente
que seria lida pelo galvanômetro.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• No momento exato em que fazia esta ligação, Faraday notou


que a agulha do galvanômetro de A se movia, mas imobilizava-
se em seguida.
• Ao desligar a bateria de B, mais uma vez o galvanômetro de A
acusava passagem de corrente.
• Constatou, então, que o galvanômetro do circuito A não se
manifestava estando a bateria correspondente ligada ou
desligada.

• Porém, no instante em que estabelecia ou


interrompia sua ligação com o circuito B,
evidenciava-se a passagem momentânea de
corrente em A.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

EXPERIMENTOS DE FARADAY
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
• Continuando suas experiências, Faraday percebeu que
introduzindo um ímã dentro de uma bobina, esta acusava a
presença de uma corrente elétrica.

• Imaginou, então, que para obter uma corrente contínua num


fio condutor, basta que este se mova ininterruptamente
próximo ao ímã.

• Outra verificação importante do cientista foi que a


intensidade da corrente induzida depende da velocidade com
que o ímã (ou bobina) se aproxima ou se afasta do circuito
desligado e que o sentido da corrente induzida é invertido
quando o ímã se aproxima ou se afasta.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

EXPERIMENTOS DE FARADAY
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

EXPERIMENTOS DE FARADAY
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

EXPERIMENTOS DE FARADAY
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Para melhor visualizar os experimentos de Faraday,


vamos assistir dois vídeos:
1) Experimento do pêndulo eletromagnético
2) Experimento de ímã em movimento perto de espira
circular
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Faraday concluiu então que só há geração de


eletricidade se ocorrer variação de uma grandeza
associada ao campo magnético.
Φ), que
• Essa grandeza é o fluxo magnético (Φ
representa o número de linhas de campo magnético
(linhas de indução) dentro de uma área conhecida.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

FLUXO MAGNÉTICO
•Para tornar compreensível o conceito de indução
eletromagnética, ou seja, a indução de uma corrente elétrica em
um condutor pela variação de um campo magnético, devemos
analisar a ideia de fluxo magnético.
•O conceito de fluxo magnético relaciona dois conceitos: o
número de linhas de campo e a área que essas linhas
atravessam.
•Vamos analisar através da ilustração a seguir como o fluxo
magnético varia.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

FLUXO MAGNÉTICO
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Considerando uma espira de área interna A, inserida em um


campo magnético uniforme, de tal forma que o vetor unitário
normal ao plano da espira, forma um ângulo com as linhas de
campo.
• Quando o campo magnético está paralelo ao plano da área
circular (e portanto perpendicular ao vetor normal), o máximo
número de linhas de indução atravessa a espira. O fluxo
magnético é máximo.
• Quando o vetor normal e o campo formam um ângulo de 90°,o
fluxo vale zero.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Com base na análise realizada, conclui-se que o fluxo


magnético depende:
• Do campo magnético (T)
• Da área que as linhas atravessam (m2)
• Da posição entre as linhas de indução e a área (θ)

• Define-se o fluxo magnético como sendo:

Φ = B ⋅ A ⋅ cos(θ )
• No SI, a unidade de fluxo magnético é o tesla-metro quadrado
(Tm2), denominado weber (Wb), em homenagem ao físico
alemão Wilhelm Weber.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• A geração de energia elétrica por meio do magnetismo é


chamada de indução eletromagnética. Para entender como
ela surge, vamos observar o aparecimento de uma tensão
elétrica em um condutor.

• Primeiro vamos imaginar um condutor metálico imerso em


um campo magnético uniforme. Quando este condutor é
colocado em movimento a uma velocidade v, os elétrons
livres deste condutor também se movimentam na mesma
velocidade.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

TENSÃO INDUZIDA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
• Com isso, como já vimos, surgem campos magnéticos ao
redor dos elétrons, que interagem com o campo magnético
uniforme, fazendo com que se manifeste uma força
magnética. Essa força empurra os elétrons para uma das
extremidades do condutor.
• Com a falta de elétrons na outra extremidade, surge um
campo elétrico, fazendo com que os elétrons fiquem
submetidos a uma força elétrica, de sentido contrário ao da
força magnética.
• Enquanto as forças não entrarem em equilíbrio, essa
separação de cargas continua.
• Como o campo elétrico no interior do condutor não será nulo,
entre os terminais do condutor existirá uma diferença de
potencial, que é a tensão induzida.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

TENSÃO INDUZIDA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• A tensão induzida pode ser calculada através da seguinte


expressão:

E = B ⋅l ⋅v
Onde:
- E é a tensão induzida, em volts (V);
- B, o campo magnético, em tesla (T);
- l, o comprimento do condutor, em metro (m)
- v, a velocidade com que o condutor se move, em metros por segundo (m/s)
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

LEI DE LENZ
•O físico e químico russo Heinrich Friedrich Emil Lenz realizou
vários experimentos sobre a indução eletromagnética e chegou
a seguinte conclusão sobre o sentido da corrente elétrica
induzida:

O sentido da corrente elétrica induzida produz


efeitos que se opõem à variação do fluxo
magnético que a originou.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Para entender a lei formulada por Lenz, vamos retomar a


ideia do experimento no início da aula, quando aproximamos
um ímã de uma bobina ligada a um galvanômetro.

• Ao aproximar de uma espira o polo norte de um ímã, o sentido da


corrente induzida deve gerar na face da espira um polo que se opõe à
aproximação do ímã, ou seja, um polo norte. Sabendo a orientação do
campo magnético gerado pela corrente induzida, é possível
determinar o sentido que ela percorre o fio com a regra da mão
direita.
• Analogamente, ao afastarmos o polo norte da espira, a corrente
induzida deve gerar um campo magnético tal que se oponha a esse
afastamento. Para se opor ao afastamento do polo norte, nessa face
da espira é gerado um polo sul pela corrente induzida, já que os polos
opostos se atraem.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
LEI DE LENZ
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Em suma, se ficarmos aproximando e afastando o ímã da


espira, é gerada nela uma corrente alternada, ou seja, uma
corrente que tem o seu sentido invertido a cada ida e volta do
ímã.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Dado :
A = 9cm 2 = 9 ⋅10 − 4 m 2
Φ = B ⋅ A ⋅ cos(θ )
Φ = 4 ⋅10 −3 ⋅ 9 ⋅10 − 4 ⋅ cos(60°)
1
Φ = 36 ⋅10 ⋅ = 18 ⋅10 −7
−7

2
Φ = 1,8 ⋅10 −6 Wb
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

LEI DE FARADAY-NEWMANN
•Comentamos que a corrente induzida que ocorre em uma
espira deve-se à variação do fluxo magnético através da sua
superfície.
•De acordo com Faraday, o quociente entre a variação do fluxo
magnético (Δφ) e o intervalo de tempo (Δt) no qual ocorre essa
variação corresponde ao valor da força eletromotriz induzida
média Em através da espira.

∆Φ
Em = −
∆t
•O sinal negativo que antecede a expressão deve-se aos
experimentos feitos por Lenz a respeito do sinal da corrente
induzida.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

CONDUTOR RETILÍNEO EM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME


•Vamos considerar um condutor retilíneo AB deslocando-se com
velocidade constante sobre ramos paralelos de outro condutor
em forma de U, localizado em uma região onde o campo
magnético é uniforme, constante e perpendicular ao plano dos
condutores.
•Os fios em forma de U juntos com o condutor AB podem ser
vistos como uma espira retangular.
•Quando há um deslocamento do condutor AB aumentando a
área da espira, aumenta-se a quantidade de linhas de campo
que passa por ela, ou seja, aumenta-se o fluxo magnético pela
espira.
•Com isso, há o aparecimento de uma corrente elétrica induzida
e força eletromotriz induzida.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

CONDUTOR RETILÍNEO EM CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME


INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Para o instante t1 , o fluxo magnético é :


Φ1 = B ⋅ A1 ⋅ cos(θ )
Sendo A1 = l ⋅ x1 e θ = 0°, temos :
Φ1 = B ⋅ l ⋅ x1 ⋅ cos(0°)
Φ1 = B ⋅ l ⋅ x1

Para o instante t 2 , o fluxo magnético é :


Φ 2 = B ⋅ A2 ⋅ cos(θ )
Sendo A 2 = l ⋅ x2 e θ = 0°, temos :
Φ 2 = B ⋅ l ⋅ x2 ⋅ cos(0°)
Φ 2 = B ⋅ l ⋅ x2
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Para o intervalo de tempo ∆t = t 2 - t1 , temos a variação do fluxo magnético :
∆Φ = Φ 2 − Φ1
∆Φ = B ⋅ l ⋅ x2 − B ⋅ l ⋅ x1
∆Φ = B ⋅ l ⋅ (x2 − x1 )
Sendo o módulo da força eletromotriz induzida igual a :
∆Φ
Em =
∆t
Então :
B ⋅ l ⋅ ( x2 − x1 )
Em =
∆t
∆s
Como ∆s = x2 − x1 e v m = , então :
∆t
E m = B ⋅ l ⋅ vm
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Exemplo 1) A figura a seguir representa uma espira quadrada de
0,3m de lado, imersa em um campo magnético uniforme de 4T,
perpendicular às linhas de indução magnética. Considere que a
espira sofreu um giro até ficar paralela às linhas de campo.

Determine:
a)O fluxo magnético através da espira quando ela está perpendicular às linhas
de indução.
b)O fluxo magnético da espira quando ela está paralela às linhas de indução.
c)A variação do fluxo magnético através da espira entre as duas posições.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Dado l = 0,3m então A = 0,3 ⋅ 0,3 = 0,09m 2


a) Posição inicial (θ = 0°)
Φ = B ⋅ A ⋅ cos(θ )
Φ = 4 ⋅ 0,09 ⋅1 = 0,36Wb

b) Posição final (θ = 90°)


Φ = B ⋅ A ⋅ cos(θ )
Φ = 4 ⋅ 0,09 ⋅ 0 = 0

c) ∆Φ = Φ final − Φ inicial
∆Φ = 0 − 0,36 = −0,36Wb
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Exemplo 2) Uma espira inserida em um campo magnético está


submetida à seguinte variação do fluxo magnético: no instante
t1=4s o fluxo φ1=15Wb; no instante t2=12s o fluxo φ2=55Wb. Qual
é o valor absoluto da força eletromotriz média induzida nesse
intervalo de tempo?
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

∆Φ
Em = −
∆t
Φ final − Φ inicial
Em = −
t 2 − t1
55 − 15 40
Em = − =− = −5V
12 − 4 8

Em = 5V
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

APLICAÇÕES PRÁTICAS DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA


•São inúmeras as aplicações práticas da indução
eletromagnética, dentre as quais podemos citar:
• Gerador Elétrico
• Transformador
• Forno de Indução
• Medidor de Energia Elétrica
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

GERADOR ELÉTRICO
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

USINA HIDRELÉTRICA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

GERADOR ELÉTRICO (CC)


INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

TRANSFORMADOR
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Φ = B ⋅ A ⋅ cos(0°) = B ⋅ A ⋅1
Φ max = B ⋅ A
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Φ = B ⋅ A ⋅ cos(ωt )

Ou, como :
Φ max = B ⋅ A

Então :
Φ = Φ max ⋅ cos(ωt )
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• Assim, como o fluxo magnético varia com o cosseno do


tempo, a representação gráfica desta curva é uma
cossenoide.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA

• A variação do fluxo magnético gera o aparecimento de uma


corrente elétrica induzida, que também oscilará com a
mesma frequência do fluxo. Porém, pode ser deduzido que a
intensidade da corrente é dada por:

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