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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

CONTEÚDO: Das partes

1. CAPACIDADE DE SER PARTE

- Todo aquele que tem personalidade jurídica tem capacidade de ser parte.

- Início da personalidade jurídica:

 Pessoa física: nascimento com vida.


 Pessoa jurídica: registro dos seus atos constitutivos.

- Quem pode ser parte é aquele que, em tese, pode ser o titular de direitos e obrigações.

2. CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO/CAPACIDADE PROCESSUAL

- Capacidade de praticar atos jurídicos da vida civil, o que pressupõe, evidentemente, a


capacidade de ser parte.

- Início da capacidade jurídica:

 Pessoa física: dezoito anos.


3. REPRESENTAÇÃO

- Certas pessoas, por motivo de incapacidade ou por outra razão prevista em lei, apesar
de terem personalidade jurídica e capacidade de ser parte, não podem praticar
pessoalmente os atos jurídicos.

- Necessitam, portanto, de representação.

É uma representação exigida pelo direito material, mas que produz efeitos no
processo judicial, uma vez que a representação processual pura é feita pelo
advogado da parte em juízo.

- E em caso de incapacidade processual ou irregularidade da representação da parte?

Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte,


o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em
que se encontre.
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal
regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao
recorrido.

3.1. INCAPAZES

- Os incapazes são representados ou assistidos, conforme o caso, por seus pais, tutores
e curadores.
- CLT:

Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes
legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo
MPE ou curador nomeado em juízo.

3.2. PESSOA CASADA

- Antigamente, a mulher casada necessitava da assistência do marido para o ajuizamento


de qualquer ação judicial. Essa limitação não existia para a propositura de RT, pois a CLT
já excluía essa obrigação.

- Sempre que uma ação trabalhista tiver como objeto a disputa de DIREITOS REAIS, o que
é raro, haverá necessidade do consentimento ou da citação do cônjuge, salvo se o
regime de casamento for o da separação total.

CPC. Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação
que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens.

§ 1º. Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação:

I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens.

II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado


por eles;

III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família;

IV – que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus


sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.

§ 2º. Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente


é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado.

§ 3º. Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos.

Propor ação sobre


CÔNJUGE AUTOR Consentimento
direito real
Direito real
Fato referente a
CÔNJUGE RÉU Citação ambos
Dívida contraída
Ônus sobre imóvel

3.3. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO

- União, Estados, DF, Municípios autarquias, associações públicas e demais entidades de


caráter público criadas por lei (art. 41, CC).

Representação
União Advocacia-Geral da União
Estados, DF Procuradores
Municípios Prefeito ou procurador
Nas duas últimas hipóteses, o procurador pode, ao mesmo tempo, exercer a
representação de Direito material e a de Direito processual. Isso significa que o
procurador pode comparecer à audiência trabalhista sem necessidade de estar
acompanhado de preposto.
- A União, nas cobranças de contribuições sociais, IR e multas impostas aos
empregadores pelo MTE, é representada pela Procuradoria-Geral Federal (art. 16, §3º, Lei
11.457/07).

- Súmula 436, TST. I – A União, Estados, Municípios e DF, suas autarquias e fundações
públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores,
estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato
de nomeação. II – Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos
declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número
de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

- Privilégios da ADM (Decreto-Lei nº 779/69):

Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho,


constituem privilégio da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou
fundações de direito público federais, estaduais ou
municipais que não explorem atividade econômica:

I - a presunção relativa de validade dos recibos


de quitação ou pedidos de demissão de seus
empregados ainda que não homologados nem
submetidos à assistência mencionada nos
parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 477 da Consolidação
das Leis do Trabalho;

II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in III – O prazo em dobro para recorrer vale,
fine", da Consolidação das Leis do Trabalho; inclusive para os ED (OJ nº 192, SDI-I). No CPC,
o prazo em dobro é estendido para todas as
III - o prazo em dôbro para recurso;
manifestações.
IV - a dispensa de depósito para interposição de
II – A FP terá prazo em dobro para tudo, menos
recurso;
para realização da audiência para apresentação
V - o recurso ordinário "ex officio" das decisões da defesa, cujo prazo será quádruplo (20 dias).
que lhe sejam total ou parcialmente contrárias;
VI - Foi revogado tacitamente pela Lei 10.537/02,
VI - o pagamento de custas a final salva quanto à que introduziu o art. 790-A na CLT, segundo o
União Federal, que não as pagará. qual são isentos do pagamento das custas a
União, Estados, DF, Municípios, etc.

- A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT goza dos mesmos privilégios


processuais da ADM Pública direta, por força do Decreto-Lei 509/69. As SEM e as EP não
usufruem desses privilegíos.
 Súmula 170, TST. OS privilégios e isenções no foro da Justiça do Trabalho não
abrangem as SEM, ainda que gozassem desses benefícios anteriormente ao
Decreto-Lei nº 779/69.

- Revelia:

 OJ 152, SDI-1. Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no


artigo 844 da CLT.

3.4. MASSA FALIDA

- Constituída por um conjunto de ativos, bens e direitos, e passivos, deveres e obrigações,


sem qualquer personalidade jurídica.

- As empresas em estado de falência são representadas pelo administrador judicial.

- As RT, cujo polo passivo é ocupado pela massa falida, têm preferência de tramitação
em todas as fases do processo (art. 768, CLT).

- Proferida a sentença condenatória no processo de conhecimento, contra a massa falida,


o reclamante deve habilitar o seu crédito perante o juízo universal da falência.

- Súmula 86, TST. Não ocorre deserção de recurso da MASSA FALIDA por falta de
pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia,
não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial.

Art. 899. § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita,
as entidades filantrópicas e as EMPRESAS EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

3.5. HERANÇA JACENTE OU VACANTE

- Herança jacente:

CC. Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo
notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a
guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente
habilitado ou à declaração de sua vacância.

- A herança jacente transforma-se em vacante quando, após o seu trâmite, não se verifica
a habilitação de qualquer herdeiro.

- Pelo CPC, aplicado subsidiariamente ao PT, a herança jacente e a vacante são


representadas em juízo pelo curador.

3.6. ESPÓLIO

- Não possui personalidade jurídica, pois não passa de um conjunto de ativos e passivos
transferidos imediatamente aos herdeiros e legatários em virtude da morte de alguém.

- É representado pelo inventariante, passiva e ativamente (art. 75, VII, CPC).


- No PT, os dependentes do falecido têm legitimidade para ingressar com uma
reclamação trabalhista, desde que juntem ao processo certidão de dependência
fornecida pelo INSS.

- A morte do empregador não tem influência no contrato de trabalho, salvo se tratar de


PF.

3.7. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO

- Associações, sociedades, fundações, organizações religiosas e partidos políticos (art.


44, CC).

- São representadas por quem seu ato constitutivo indicar ou por seus diretores.

- Para afetação do patrimônio dos sócios em uma futura execução, é aconselhável incluí-
los como reclamados logo no processo de conhecimento.

- Sociedades de fato: são representadas pela pessoa a quem couber a administração dos
seus bens (art. 75, IX, CPC).

3.8. PESSOAS JURÍDICAS ESTRANGEIRAS

- Representada em juízo pelo gerente, representante ou administrador de sua filial,


agência ou sucursal, aberta ou instalada no Brasil.

- Reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência,
filial ou sucursal (art. 21, § único, CPC).

- Também estão inclusas as pessoas jurídicas estrangeiras de Direito Público, como as


embaixadas, que, como empregadoras, podem ser acionadas na JT.

 A jurisdição nacional só é assegurada em relação ao processo de conhecimento,


já que não há possibilidade de serem penhorados bens do Estado estrangeiro,
sob pena de invasão do seu território.

- A competência é da JT mesmo quando o conflito ocorrer em agência ou filial


estabelecida no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro, salvo se houver
convenção internacional em sentido contrário.

3.9. CONDOMÍNIO

- Há condomínio quando duas ou mais pessoas são proprietárias da totalidade ou de


parte de bens, ou seja, quando há domínio comum.

- É desprovido de personalidade jurídica, uma vez que não pode ser titular de direitos e
obrigações.

- É representado em juízo por seu síndico ou administrador (art. 75, XI, CPC).

- Condomínio informal. Obrigação solidária. RT em face de um, alguns ou todos os


condôminos.

3.10. IDOSOS E PORTADORES DE DOENÇAS GRAVES


- O Estatuto do Idoso garante a prioridade na tramitação dos processos, procedimentos
e execução de atos judiciais, nos quais figure como parte ou interveniente pessoa com
idade igual ou superior a 60 anos.

- O CPC estende esse benefício aos portadores de doenças graves.

4. DENOMINAÇÃO DAS PARTES

- Em tese, pode ser reclamante tanto o empregado quanto o empregador. Todavia, é


rara, na prática forense, a existência de reclamação trabalhista típica do empregador em
face do empregado. Quando isso ocorre, deixa-se de utilizar as expressões “reclamante”
e “reclamado”, que são substituídas pelas tradicionais “autor” e “réu”.

- No inquérito para apuração de falta grave há o requerente (empregador autor) e


requerido (réu empregado).

5. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL DO SINDICATO

- Permite-se, excepcionalmente, que alguém acione o Judiciário em seu nome próprio


para defender direitos de terceiros.

CPC. Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição
processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

- Difere da representação processual, pois, nesse caso, o representante age em nome de


um terceiro. Na representação, é necessário o instrumento de mandato.

 Na substituição processual, como a pessoa age em nome próprio, não é


necessária a procuração.

- A substituição processual também é denominada de legitimação extraordinária ou


anômala.

- A substituição processual surgiu para possibilitar que uma pessoa ingresse em juízo
para fazer valer o direito de outrem que, pela sua inércia, estaria causando-lhe prejuízo.

 Haveria, assim, interesses divergentes entre substituto e substituído.

Na clássica substituição processual, prevista pela legislação processual civil, há


uma comunhão ou conexão entre os interesses do substituto e do substituído.
Isso não ocorre com a substituição processual observada no processo laboral,
na qual o sindicato não possui qualquer interesse direto a ser defendido.

- Também é cabível a substituição processual quando há o ajuizamento de uma ação


civil coletiva pelo MP, em nome próprio, para defender direito individual homogêneo
de um grupo de pessoas.

- Na tutela dos direitos difusos e coletivos em sentido estrito não há que se falar em
substituição processual, pois o direito não pertence a uma pessoa ou grupo de pessoas
individualmente considerados.
 Nesse caso, a coletividade é a titular do direito e por isso a legitimidade é
atribuída a uma entidade por determinação expressa da lei, denominando-se
mandato legal.

- A CF/88 atribuiu ao sindicato, no art. 8º, III, um mandato presumido dos membros da
categoria profissional.

- Ajuizada a RT pelo substituto processual, não há possibilidade do substituído,


admitido como assistente no processo, desistir da ação.

- A substituição processual do sindicato é concorrente, visto que o próprio titular do


direito subjetivo violado pode ajuizar uma RT.

- OJ 359, SDI-1, TST. A ação movida por sindicato, na qualidade de substituto processual,
interrompe a prescrição, ainda que tenha sido considerado parte ilegítima “ad causam”.

 Essa OJ deverá ser cancelada em virtude da introdução do seguinte dispositivo


na CLT (pela reforma trabalhista):
o Art. 11, § 3º. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo
ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo
incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito,
produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.

6. MPT COMO PARTE

- O MPT tem legitimidade para ajuizar ações trabalhistas em defesa dos direitos coletivos
dos trabalhadores.

- LC 75/93:

Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes


atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:

I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas
leis trabalhistas;

III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de
interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente
garantidos;

IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato,


acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou
coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores;

V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores,


incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho;

VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou


o interesse público assim o exigir;

X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do


Trabalho;
- O art. 951 do CPC também legitima o MP para arguir conflito de competência.

- A pretensão de natureza coletiva é exercida pelo MPT, por intermédio da ACP e da


ação civil coletiva.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: JOSÉ CAIRO JR. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL DO


TRABALHO. 2018.

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