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RELATÓRIO CONVÊNIO
CAMARGO CORRÊA INDUSTRIAL - CPGEC/NORIE/UFRGS
ANO 1995
Porto Alegre
1996
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
2. EMPREGO DE MICROSSÍLICA EM PISOS ESPECIAIS.............................................................. 5
2.1. Materiais.............................................................................................................................. 5
2.1.1. Cimento.......................................................................................................................... 5
2.1.2. Areia .............................................................................................................................. 5
2.1.4. Microssílica.................................................................................................................... 6
2.1.5. Aditivo superplastificante ................................................................................................. 6
2.1.6. Variáveis e proporcionamento dos materiais.................................................................... 7
2.2.Experimentos ....................................................................................................................... 7
2.2.1. Resistência à abrasão ...................................................................................................... 7
2.2.2. Ataque químico .............................................................................................................. 7
2.2.3. Agentes químicos empregados e concentrações:............................................................ 9
2.3. Resultados .......................................................................................................................... 9
3. COMPARAÇÃO DE MICROSSÍLICA NÃO-DENSIFICADA E DENSIFICADA.................................26
3.1. Materiais utilizados e proporção dos materiais .....................................................................26
3.2.1. Microssílica...................................................................................................................26
3.2. Variáveis analisadas e proporcionamento dos materiais .......................................................26
3.3. Ensaios e técnicas de análise..............................................................................................27
3.3.1. Ensaio de resistência à compressão axial .......................................................................27
3.3.2. Microscopia eletrônica de varredura (MEV).....................................................................28
3.3.3. Superfície específica por adsorção superficial de nitrogênio............................................28
3.3. Resultados e análise...........................................................................................................29
3.3.1. Resistência à compressão ..............................................................................................29
3.3.2. Microscopia eletrônica de varredura - elétrons secundários .............................................41
3.3.3. Adsorção de nitrogênio ..................................................................................................52
3.4. Considerações sobre a comparação de microssílica densificada e não densificada ..............52
4. ENSAIO DE RESISTÊNCIA AO ATAQUE DE NITRATO DE AMÔNIA..........................................53
4.1. Materiais utilizados e proporção dos materiais .....................................................................53
4.1.1. Variáveis e proporcionamento dos materiais...................................................................53
4.2. Resultados .........................................................................................................................54
5. COMPARAÇÃO ENTRE CP II-F COM MICROSSÍLICA E CP V-ARI RS - RESISTÊNCIA A
SULFATOS..................................................................................................................................62
5.1. Materiais.............................................................................................................................62
5.1.1. Variáveis e proporcionamento dos materiais...................................................................62
5.2. Experimentos .....................................................................................................................63
5.2.1. Ensaio de resistência a sulfatos......................................................................................63
5.2.2. Planejamento de experimentos ......................................................................................64
5.3. Apresentação e análise dos resultados................................................................................65
5.4. Análise dos resultados........................................................................................................71
6. PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS E PUBLICAÇÕES ..................................................................88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................89
ANEXO I...............................................................................................Erro! Indicador não definido.
3
4
1. INTRODUÇÃO
2.1. Materiais
Os materiais utilizados na confecção dos corpos de prova, comercializados
usualmente, estão descritos na seqüência.
2.1.1. Cimento
No programa experimental foi utilizado cimento Portland composto com fíler (CP II-F),
oriundo de um único lote de fabricação.
2.1.2. Areia
Foi utilizada areia quartzosa, encontrada no comércio local , proveniente de afluentes
do estuário do Guaíba. As características físicas da areia estão apresentadas na tabela 2.1.
6
2.1.4. Microssílica
A microssílica utilizada no programa experimental é do tipo não densificada, oriunda de
um mesmo lote de fabricação, apresentando uma superfície específica média de 14,95 m2/g, obtida
em ensaio de adsorção de nitrogênio.
Os traços dos concretos utilizados na confecção dos corpos de prova estão descritos
na tabela 2.3.
2.2.Experimentos
Os pisos considerados industriais devem apresentar como principais características
uma boa resistência à abrasão, bem como uma resistência a ataques químicos adequados ao meio
de exposição. Desta forma, os ensaios selecionados para o programa experimental foram
resistência à abrasão e resistência a ataques químicos.
Para a realização deste ensaio foram moldados corpos de prova com dimensões de
(12 x 10 x 5) cm, dos quais foram retiradas duas amostras para a realização do ensaio de resistência
à abrasão.
o ataque, seguem a prescrição da norma americana ASTM C1012 - Test for lenght change of
hydraulic-cement mortars exposed to sulfate solution.
Os corpos de prova para a realização deste ensaio são prismáticos, com dimensão de
4 x 4 x 16 cm. Após a moldagem, os corpos de prova são curados em câmara úmida por 28 dias, a
partir do qual inicia-se os ciclos de 11 dias, repetidos 6 vezes.
Foram utilizados 3 corpos de prova por traço, para cada solução. O volume de
solução correspondeu a 4 vezes o volume total dos corpos de prova.
O ciclo compreende:
- colocar os corpos de prova em imersão nas soluções químicas por cinco dias;
- depois deste primeiro passo, os corpos de prova são lavados em água corrente e
escovados suavemente para eliminar eventuais produtos de corrosão da superfície;
- após serem mantidos em câmara úmida por 5 dias, os cp's são novamente pesados,
completando o ciclo de 11 dias.
- Ácido lático;
- Ácido fórmico;
- Ácido sulfúrico;
2.3. Resultados
Os resultados de resistência à compressão aos 7 e 28 dias podem ser obtidos na
tabela 2.4 e nas figura 2.2 e 2.3.
10
60 Traço
50
fc 7 dias (MPa)
1 - 0,59 / 0%
40
2 - 0,59 / 6%
30
3 - 0,37 / 0%
20
4 - 0,37 / 6%
10
0
I II III IV
Grupos
60 Traço
50
fc 28 dias (MPa)
1 - 0,59 / 0%
40
2 - 0,59 / 6%
30
3 - 0,37 / 0%
20
10 4 - 0,37 / 6%
0
I II III IV
Grupos
As medidas de perda de massa dos corpos de prova, após a realização dos ciclos de
agressão, podem ser observados nas tabelas 2.5 a 2.10, bem como na figura 2.4.
12
Tabela 2.6. Resultados de perda de massa para ciclos de agressão em ácido lático
(grupo I).
Traço Exemplar Pesagem (g)
0 1
E1 610,50 424,50
T1 E2 629,00 437,70
0,59 / 0% E3 636,20 474,60
média 625,23 445,60
perda - 28,73
E1 627,50 544,10
T2 E2 618,00 554,10
0,59 / 6% E3 625,40 529,40
média 623,63 542,53
perda - 13,00
E1 658,40 523,30
T3 E2 635,80 531,00
0,37 / 0% E3 641,00 553,90
média 645,07 536,07
perda - 16,90
E1 632,00 569,90
T4 E2 643,60 562,10
0,37 / 6% E3 630,50 517,40
média 635,37 549,80
perda - 13,47
E1 588,40 504,40
T5 E2 587,80 511,20
SIKAPISO E3 591,50 504,70
(AR-4) media 589,23 506,77
perda ( % ) - 14,00
14
Tabela 2.8. Resultados de perda de massa para ciclos de agressão em ácido fórmico
(grupo II).
Traço Exemplar Pesagem (g)
0 1
E1 621,10 424,50
T1 E2 619,70 437,70
0,59 / 0% E3 611,50 474,60
media 617,43 445,60
perda ( % ) - 27,83
E1 627,90 544,10
T2 E2 628,70 554,10
0,59 / 6% E3 636,40 529,40
media 631,00 542,53
perda ( % ) - 14,02
E1 625,10 523,30
T3 E2 635,10 531,00
0,37 / 0% E3 650,60 553,90
media 636,93 536,07
perda ( % ) - 15,84
E1 642,90 569,90
T4 E2 625,50 562,10
0,37 / 6% E3 617,50 517,40
media 628,63 549,80
perda ( % ) - 12,54
E1 589,20 504,40
T5 E2 598,40 511,20
SIKAPISO E3 583,00 504,70
(AR-4) media 590,20 506,77
perda ( % ) - 14,14
16
Tabela 2.9. Resultados de perda de massa para ciclos de agressão em ácido acético
(grupo III).
TRAÇO EXEMPLAR Pesagem (g)
0 1 2 3
E1 625,90 598,50 577,40 564,30
T1 E2 643,60 609,30 593,60 579,70
0,59 / 0% E3 618,20 591,10 574,60 560,30
media 629,23 599,63 581,87 568,10
perda ( % ) - - - 9,72
E1 618,80 595,40 587,20 582,80
T2 E2 617,50 592,60 590,10 582,10
0,59 / 6% E3 632,80 569,40 574,40 555,70
media 623,03 585,80 583,90 573,53
perda ( % ) - - - 7,95
E1 630,30 614,10 598,00 591,10
T3 E2 619,40 603,10 586,10 574,40
0,37 / 0% E3 655,20 633,80 625,70 611,50
media 634,97 617,00 603,27 592,33
perda ( % ) - - - 6,71
E1 606,80 590,90 588,70 580,00
T4 E2 622,40 605,30 605,30 597,00
0,37 / 6% E3 619,70 607,50 604,40 595,30
media 616,30 601,23 599,47 590,77
perda ( % ) - - - 4,14
E1 577,90 589,60 579,70 565,10
T5 E2 611,90 556,70 551,10 536,40
SIKADUR E3 591,60 605,90 605,90 592,80
media 593,80 584,07 578,90 564,77
perda ( % ) - - - 4,89
17
AGRESSÃO QUÍMICA
40
35
perda de massa (%)
30
25 1 - 0,59 / 0%
20 2 - 0,59 / 6%
15 3 - 0,37 / 0%
10 4 - 0,37 / 6%
5 SIKAPISO
0 EPÓXI
NaOH
E.D.T.A.
fórmico
acético
ác. lático
sulfúrico
-5
ác.
ác.
ác.
18
Figura 2.4. Resultados dos ciclos de agressão química, em perda de massa (%).
As figuras 2.5 a 2.10 apresentam os corpos de prova após serem submetidos aos
ciclos de agressão química.
T1 10,2 10,6
0,59 / 0% 10,9
T2 10,7 10,9
0,59 / 6% 11,2
T3 9052 9,33
0,37 / 0% 9,13
T4 8,76 8,88
0,37 / 6% 8,99
T5 8,25 8,42
SIKAPISO (AR-4) 8,59
T6 RESINA + 1,91 RESINA + 3,43
EPÓXI (4mm) RESINA + 4,94
12 Traço
índice de desgaste (mm)
1 - 0,59 / 0%
10
2 - 0,59 / 6%
8 3 - 0,37 / 0%
6 4 - 0,37 / 6%
4 5 - SIKADUR
2 6 - EPÓXI
TRAÇO E.D.T.A. Ác. Lático Ác. Acético Ác. Sulfúrico NaOH Ác. Fórmico
12 Traço
10 0,59 / 0%
0,59 / 6%
8 0,37 / 0%
ft (MPa)
0,37 / 6%
6
SIKAPISO
4 EPÓXI
0
Ác. Fórmico
Ác. Acético
Ác. Sulfúrico
Ác. Lático
NaOH
E.D.T.A.
3.2.1. Microssílica
Para a realização desta etapa do estudo foram utilizadas microssílica densificada e
não-densificada, oriundas de um mesmo lote de fabricação.
- idade: 7 e 28 dias.
Foram moldados três corpos de prova para cada traço do concreto e o resultado final
foi a média dos três valores. Os corpos de prova foram adensados em duas camadas, com quinze
golpes cada uma e, após a moldagem, permaneceram cobertos por sacos de aniagem umedecidos
durante 24 horas, sendo posteriormente colocados em câmara úmida até o dia do ensaio. O ensaio
foi realizado em prensa automática, por um único operador, que procurou manter sempre a mesma
velocidade de carregamento em todos os ensaios realizados, e o capeamento dos corpos de
prova foi feito com enxofre no dia da execução do ensaio.
Desta forma, o método mais indicado para analisar a superfície específica de materiais
muito finos é o método de adsorção de nitrogênio (método BET). O princípio de análise consiste em
29
Segundo MEHTA (1986), a relação entre a área superficial de uma partícula esférica e
seu tamanho é:
6
A= , onde:
D×S
Assim, por meio do método BET e através da relação acima é possível obter uma idéia
a respeito do tamanho médio das partículas.
fc (MPa)
12 - nd
30 12 - d
20 30 - nd
10 30 - d
0
0,37 0,49 0,59
fator água/aglomerante
50
40 0
fc (MPa)
12 - nd
30
12 - d
20 30 - nd
30 - d
10
0
0,37 0,49 0,59
fator água/aglomerante
Neste trabalho
1 os testes estatísticos foram realizados adotando-se um nível de significância de
α = 0,05.
33
SQ = Soma Quadrada
GDL = Graus de Liberdade
MQ = Média Quadrada = SQ/GDL;
Valor calculado de F, a ser comparado com o valor
FFonte ð tabelado de F (distribuição de Fischer)
=MQFonte/MQErro
Se F calculado for maior que F0,05 (ν 1, ν 2) rejeita-se a hipótese de que o efeito do fator
correspondente não seja significativo. ν 1 e ν 2 são, respectivamente, os graus de liberdade do
numerador e do denominador. Maiores detalhes sobre o teste F e a análise de variância podem ser
vistos em NANNI e RIBEIRO (1992) ou em MONTGOMERY (1986).
A influência do fator água/aglomerante pode ser observada na figura 3.3, onde verifica-
se, conforme o esperado, que quanto maior o fator água/aglomerante maior a resistência à
compressão do concreto.
50
45
Resistência à Compressão (MPa)
40
35
30
25
0,37 0,49 0,59
Fator Água/Aglomerante
42
40
36
34
32
30
28
0 12 30
Teor de adição (%)
40
39
38
Resistência à Compressão (MPa)
100%
37
36
35
93%
34
33
32
31
30
ND D
Tipo de microssílica
Neste estudo, onde foram utilizadas relações água/aglomerante mais elevadas (de 0,37
a 0,59), o aumento no fator água/aglomerante implica num aumento da eficiência das adições de
microssílica, onde foi possível constatar que o teor de 30% de adição de microssílica contribui de
forma acentuada para o aumento da resistência à compressão.
37
50
40
35
30
25
Teor de adição
20 0%
12%
15
0,37 0,49 0,59 30%
Fator Água/Aglomerante
45
35
30
Tipo de
25 microssílica
ND
20
0,37 0,49 0,59 D
Fator Água/Aglomerante
44
Resistência à Compressão (MPa)
42
40
38
36
34
32
Tipo de
30 microssílica
ND
28
0 12 30 D
Figura 3.8. Influência da interação dos fatores teor e tipo de adição de microssílica.
Sabe-se que a resistência à compressão do concreto cresce com a idade. A figura 3.9
ilustra este comportamento para concretos com e sem adição de microssílica, nas idades de 7 e 28
39
dias. A análise desta figura mostra que existe diferença na evolução da resistência para concretos
com e sem adição de microssílica. No entanto, concretos com adição, seja 12 ou 30%, apresentam
o mesmo comportamento na resistência à compressão (observado pelo paralelismo entre as retas).
45
Resistência à Compressão (MPa)
40
35
30 Teor de adição
0%
12%
25
7 28 30%
Idade (dias)
28 dias
Teor de adição x Tipo de microssílica x Fator Água/Aglomerante
60
55
50
Resistência à Compressão
45
40
35
30 Teor de adição
25 0%
12%
20
TIPO ND D TIPO ND D TIPO ND D 30%
A/AGL A/AGL A/AGL
0,37 0,49 0,59
Com base no gráfico da figura 3.10, onde se percebe que alguns traços encontram-se
dentro de um mesmo nível de resistência, é possível realizar um outro tipo de análise considerando-
se o consumo de cimento destes traços. Esta análise está ilustrada na figura 3.11. Para o traço
0,37/0%, tem-se um consumo de cimento de 553 kg/m3 e uma resistência à compressão de 47,8
MPa. Já para o traço 0,59/30%, tem-se um consumo de cimento de 305 kg/m3 e uma resistência à
compressão de 46,2 MPa. Ou seja, tem-se uma redução de 45% no consumo de cimento para
apenas uma perda de resistência de 3,3%.
41
50
49
fc 28 dias (MPa)
C = 553 Kg/m3
48
47
C = 382 Kg/m3 C = 305 Kg/m3
46
45
44
0,37 / 0% 0,49 / 30% 0,59 / 30%
A figura 3.14 mostra a microssílica não densificada com aditivo superplastificante, o que
possibilita visualizar a forma e tamanho das partículas. Verifica-se partículas isoladas e aglomeradas.
Estas aglomerações, algumas vezes, podem confundir a interpretação do tamanho das partículas.
Figura 3.14. Microssílica não densificada com aditivo superplastificante (2000 vezes).
43
Figura 3.15. Concreto com fator água/aglomerante 0,37 e microssílica não densificada
(500 vezes).
44
Figura 3.16. Concreto com fator água/aglomerante 0,37 e microssílica não densificada
(1000 vezes).
Figura 3.19. Concreto com fator água/aglomerante 0,37 sem microssílica (500 vezes).
46
Figura 3.20. Concreto com fator água/aglomerante 0,37 sem microssílica (2000 vezes).
Figura 3.21. Concreto com fator água/aglomerante 0,49 e microssílica não densificada
(500 vezes).
47
Figura 3.22. Concreto com fator água/aglomerante 0,49 e microssílica não densificada
(2000 vezes).
Figura 3.25. Concreto com fator água/aglomerante 0,49 sem microssílica (500 vezes).
49
Figura 3.26. Concreto com fator água/aglomerante 0,49 sem microssílica (2000 vezes).
Figura 3.28. Concreto com fator água/aglomerante 0,59 e microssílica não densificada
(2000 vezes).
A figura 3.31 apresenta o concreto com fator água/aglomerante 0,59, sem adição de
microssílica. Pode ser observado um cristal de hidróxido de cálcio fraturado e um aglomerado de
C-S-H.
Figura 3.31. Concreto com fator água/aglomerante 0,59 sem microssílica (2000 vezes).
52
Contudo, o uso de teores mais elevados deve ser considerado através de uma
avaliação do custo/benefício do material. Até pouco tempo, teores de adição acima de 12-15% eram
completamente descartados em função do alto custo da microssílica (que era importada). O
emprego deste tipo de material era, então, considerado apenas para um uso mais nobre, ou seja,
em concretos com fator água/aglomerante mais baixos (maior resistência), onde pequenos teores já
mostravam um desempenho satisfatório. Tendo em vista a redução do custo da microssílica, uma
vez que é produzida no Brasil e houve aumento da sua comercialização, o uso em concretos de
resistências mais baixas (a/agl mais altos) passa a ser viabilizado, proporcionando o emprego de
teores mais elevados.
efeito microfíler não contribui tanto para o incremento da resistência à compressão. Provavelmente
este comportamento deve-se ao fato de ocorrer uma maior dificuldade na dispersão das partículas
densificadas.
4.2. Resultados
Na seqüência são apresentados os resultados de resistência à compressão aos 28 dias
obtidos neste estudo, bem como os resultados do ensaio de agressão química.
20
10
0
0,59 0,37
Fator água/aglomerante
650 Traços
0,59 / 0%
640
0,59 / 9%
Peso (g)
630 0,59 / 12%
620 0,37 / 0%
0,37 / 9%
610
0,37 / 12%
600
0 1 2 3 4 5 6
Ciclos
3 Microssílica (%)
Perda de massa (%)
2,5 0
2 9
1,5
12
1
0,5
0
0,59 0,37
Fator água/aglomerante
Figura 4.3. Perda de massa % total, após 6 ciclos de agressão em solução de nitrato
de amônia.
8 Microssílica (%)
6 0
9
4
12
2
0
0,59 0,37
Fator água/aglomerante
Figura 4.4. Resistência à tração na flexão, pós os ciclos de agressão por nitrato de
amônia.
As figuras 4.5, 4.6 e 4.7 apresentam o aspecto visual dos corpos de prova ao término
do experimento de agressão química por nitrato de amônia.
59
Figura 4.5. Corpos de prova submetidos à solução de nitrato de amônia, teor de adição
de microssílica de 0 e 9%.
60
Figura 4.6. Corpos de prova submetidos à solução de nitrato de amônia, teor de adição
de microssílica de 0 e 12%.
61
Figura 4.7. Corpos de prova submetidos à solução de nitrato de amônia, teor de adição
de microssílica de 9 e 12%.
62
Com base nos resultados que serão obtidos neste experimento, pretende-se traçar
uma curva de comportamento das adições de microssílica frente à ação do íon sulfato, uma vez que
o palnejamento seguiu todo o rigorismo exigido quando se trabalha com um número bastante
elevado de variáveis e, conseqüentemente, de corpos de prova.
5.1. Materiais
Os materiais empregados neste estudo são caracterizados no item 2.1. Além destes,
foi empregado o cimento CP V-ARI RS Ciminas.
5.2. Experimentos
Os experimentos envolvidos na avalição dos diversos teores de adição de
microssílica ao cimento CP II-F com o cimento CP V-ARI RS, e entre as combinações, foram
resistência à compressão aos 28 dias e ataque por íons sulfatos.
Este programa experimental foi baseado nestes diversos métodos, bem como naquele
empregado no experimento de ataque químico (2.2.2). A solução empregada neste estudo foi a de
sulfato de magnésio à 5%. Utilizou-se sulfato de magnésio para acelerar o processo de degradação,
uma vez que este sal é mais agressivo que o sulfato de sódio, conforme MEHTA e MONTEIRO
(1994). Também objetivando acelerar o processo de degradação, empregou-se ciclos de 11 dias de
molhagem e secagem, simulando o efeito da lixiviação. A proporção de solução para cada corpo
de prova foi de 4:1 como recomendam os métodos citados por SILVEIRA (1995).
tração. Além disso foram moldados corpos de prova cilíndricos para verificação da resistência à
compressão após a agressão por íons sulfatos.
Para cada corpo de prova imerso em solução de sulfato existe um corpo de prova
irmão imerso em água, para fins de referência.
0,37 0 50,67 50,67 50,67 56,26 56,26 51,33 52,64 2,81 5,34
0,37 6 48,07 46,38 43,80 54,54 60,55 55,40 51,46 6,38 12,40
0,37 12 55,40 39,27 55,40 63,13 63,13 42,08 55,83 8,6 15,41
0,37 A 51,10 48,53 48,53 48,53 51,10 51,10 49,82 1,41 2,83
0,49 3 36,5 38,22 36,07 47,24 43,80 44,66 41,08 4,74 11,54
0,49 9 40,10 48,96 43,80 43,80 48,53 41,23 44,4 3,66 8,25
0,49 A 31,78 33,50 31,78 33,50 33,50 36,93 33,50 1,88 5,61
0,59 0 23,19 23,19 23,19 30,06 31,78 32,64 27,34 4,62 16,91
0,59 6 36,93 34,35 34,35 40,37 40,37 32,21 37,27 3,02 8,09
0,59 12 37,78 36,09 35,21 39,51 41,23 38,65 38,07 2,22 5,82
0,59 A 33,50 32,64 24,05 32,64 31,78 31,78 32,47 0,72 2,22
Obs.: As células marcadas foram desprezadas.
Tipo
60 0_%
50 3_%
fc 28 dias (MPa)
40 6_%
30 9_%
20 12_%
10 ARI
0
0,37 0,49 0,59
Fator água/aglomerante
- - - - - -
49 A 610,70 615,40 616,50 617,20 618,60 617,80 618,70 0,1293
0,7696 0,1787 0,1135 0,2268 0,1457 1,3100
- - - - -
49 A 626,50 632,20 635,50 634,00 635,10 634,30 635,20 0,2360 0,1260 -1,1449 0,2562 -22,3728
0,9098 0,5220 0,1735 0,1419 1,3887
- - - - -
59 0 623,60 628,90 629,50 631,00 631,50 629,20 629,00 0,3642 0,0318
0,8499 0,0954 0,2383 0,0792 0,8659
- - - - -
59 0 607,60 612,90 613,00 613,10 613,50 612,00 611,50 0,2445 0,0817
0,8723 0,0163 0,0163 0,0652 0,6419
- - - - -
59 0 622,80 626,20 626,90 626,80 627,60 626,70 627,30 0,0160 0,1434
0,5459 0,1118 0,1276 0,0957 0,7225
- - - - - -
59 0 633,30 634,90 635,50 635,60 636,60 635,70 636,10 0,1414 -0,6681 0,1769 -26,4737
0,2526 0,0945 0,0157 0,1573 0,0629 0,4421
- - -
59 6 625,00 631,30 631,90 630,70 630,30 630,20 629,40 0,1899 0,0634 0,0159 0,1269
1,0080 0,0950 0,7040
- -
59 6 611,10 617,80 617,70 616,80 616,50 616,20 615,10 0,0162 0,1457 0,0486 0,0487 0,1785
1,0964 0,6546
- - -
59 6 627,80 635,30 548,50 636,00 635,00 633,50 633,10 13,663 0,1572 0,2362 0,0631
1,1946 15,953 0,8442
- - -
59 6 604,20 611,50 610,50 611,20 610,40 609,10 608,60 0,1635 0,1309 0,2130 0,0821 -0,7328 0,0804 -10,9705
1,2082 0,1147 0,7282
- - -
59 12 593,60 599,80 599,70 599,40 599,40 599,50 598,60 0,0167 0,0500 0,0000 0,1501
1,0445 0,0167 0,8423
- - - -
59 12 630,20 636,20 636,40 635,90 636,00 635,90 635,10 0,0786 0,0157 0,1258
0,9521 0,0314 0,0157 0,7775
- - - -
59 12 629,70 635,60 634,80 634,20 634,30 633,80 634,30 0,1259 0,0945 0,0788
0,9370 0,0158 0,0789 0,7305
- - - -
59 12 603,30 608,30 607,30 606,50 606,60 606,00 606,50 0,1644 0,1317 0,0989 -0,7202 0,1346 -18,6847
0,8288 0,0165 0,0825 0,5304
- - -
59 A 623,40 628,30 630,30 629,40 629,10 628,90 627,70 0,1428 0,0477 0,0318 0,1908
0,7860 0,3183 0,6898
- - -
59 A 625,70 630,80 632,90 631,90 631,40 630,80 629,30 0,1580 0,0791 0,0950 0,2378
0,8151 0,3329 0,5754
- - - -
59 A 617,70 623,60 624,00 625,50 624,40 622,90 621,50 0,1759 0,2402 0,2248
0,9552 0,0641 0,2404 0,6152
- - - -
59 A 617,60 624,40 624,60 627,10 625,90 623,80 622,80 0,1914 0,3355 0,1603 -0,6806 0,1176 -17,2776
1,1010 0,0320 0,4003 0,8420
0
Tipo
-0,2 0_%
perda massa (%)
-0,4 3_%
6_%
-0,6
9_%
-0,8 12_%
-1 ARI
-1,2
0,37 0,49 0,59
Fator água/aglomerante
As tabelas 5.5 e 5.6, bem como as figuras 5.3, 5.4, 5.5 e 5.6 apresentam os resultados
de resistência à compressão e à tração aos 99 dias de idade. Estes resultados referem-se aos
concretos que sofreram a ação de sulfatos, bem como aos concretos “íntegros”, que ficaram
submersos em água ao longo do desenvolvimento do experimento.
69
70 Tipo
60
fc 99 dias (MPa) - água
0_%
50 3_%
40 6_%
30 9_%
20 12_%
10 ARI
0
0,37 0,49 0,59
Fator água/aglomerante
70 Tipo
Fator água/aglomerante
8 Tipo
0_%
Fator água/aglomerante
8 Tipo
ft 99 dias (MPa) - sulfato
0_%
6
3_%
6_%
4
9_%
12_%
2
ARI
0
0,37 0,49 0,59
Fator água/aglomerante
As tabelas 5.7 e 5.8, bem como a figura 5.7 apresentam a análise estatística para os
resultados de resistência à compressão após 66 dias de imersão em água (rea), sendo a idade de
ruptura de 99 dias.
Tabela 5.7. Análise de regressão múltipla para resistência à compressão aos 99 dias de
idade, após imersão em água (rea).
Parâmetro Coeficiente Erro T p
constante 50,5537 1,55798 32,4482 0,0000
aag -12,1538 1,02636 -11,8416 0,0000
msi 2,16608 1,15438 1,8764 0,0714
msi2 3,35982 2,14399 1,56709 0,1287
aag×msi 2,52559 1,22128 2,06798 0,0483
Tabela 5.8. Análise de variância do modelo obtido para resistência à compressão aos
99 dias de idade, após imersão em água (rea).
Fonte SQ GDL MQ F p
Modelo 3516,26 4 879,064 35,51 0,0000
Resíduo 668,338 27 24,7533
Total (corr) 4184,59 31
− r2 = 84,0286%;
− r2 (ajustado para GDL) =.81,6625%;
− desvio padrão dos resíduos = 4,97526;
− teste estatístico Durbin-Watson = 1,59963
Os parâmetros obtidos a partir da análise de regressão mostram que o modelo
ajustado pode descrever a relação entre “rea” e as 4 variáveis independentes. A equação do
modelo ajustado para “rea”, a partir da análise de regressão, é:
rea = 50 ,5537 − 12 ,1538 aag + 2,16608 msi + 3 ,35982 msi 2 + 2,52559 ( aag)( msi ) Equação 5.1
Visto que o valor de “p” da análise de variância é menor que 0,01, pode-se dizer que a
relação entre as variáveis é estatisticamente significante a um nível de significância de 99%.
73
O modelo poderia ser simplificado a partir da exclusão do termo “msi2”, pois sendo o
valor de “p” obtido para este termo, apresentado na tabela 5.8, maior do que 0,1, “msi2” não é
estatisticamente significante para um nível de confiança de 90%. A figura 5.7 apresenta os valores
obtidos verso os valores calculados, a partir do modelo obtido na análise de regressão, para “rea”.
Pode-se observar que os dados não apresentam grande dispersão.
Plot of rea
79
69
observed
59
49
39
29
29 39 49 59 69 79
predicted
A figura 5.8 apresenta as curvas obtidas a partir do modelo de regressão para “rea”,
onde são plotados os dados obtidos com o cimento ARI-RS.
74
52 12
48 ARI-RS (0,37)
ARI-RS (0,49)
44 x ARI-RS (0,59)
40 x
36
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
As tabelas 5.9 e 5.10, bem como as figuras 5.9 e 5.10 apresentam a análise estatística
para os resultados de resistência à compressão após a realização dos ciclos de agressão por
sulfatos (res), à idade de 99 dias
Tabela 5.9. Análise de regressão múltipla para resistência à compressão aos 99 dias de
idade, após ciclos de agressão por sulfatos (res).
Parâmetro Coeficiente Erro T p
constante 50,052 1,67558 29,8715 0,0000
aag -10,3022 1,10488 -9,32429 0,0000
msi 5,47656 1,24736 4,39051 0,0001
msi2 3,01193 2,31253 1,30244 0,2034
75
Tabela 5.10. Análise de variância do modelo obtido para resistência à compressão aos
99 dias de idade, após ciclos de agressão por sulfatos (res).
Fonte SQ GDL MQ F p
Modelo 2878,48 3 959,492 33,13 0,0000
Resíduo 810,897 28 28,9606
Total (corr) 3689,37 31
Sendo o valor de “p” da análise de variância menor que 0,01, pode-se dizer que a
relação entre as variáveis é estatisticamente significante a um nível de significância de 99%.
O modelo poderia ser simplificado a partir da exclusão do termo “msi2”, pois sendo o
valor de “p” obtido para este termo igual a 0,2034, apresentado na tabela 5.10, e maior do que 0,1,
“msi2” não é estatisticamente significante para um nível de confiança de 90%.
68 msi (%)
res=50,052 - 10,302aag + 5,477msi + 3,012msi 2
0
64
3
60 6
9
fc 99 (MPa)
56
12
52
48 ARI-RS (0,37)
ARI-RS (0,49)
44 x ARI-RS (0,59)
40 x
36
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
64 água/aglom.
60 0,37
0,43
fc 99 (MPa)
56
0,48
52 0,54
48 0,59
44
40
36
0 3 6 9 12
teor de microssílica (%)
O paralelismo apresentado nas retas da figura 5.9 indica que não existe uma interação
entre a relação água/aglomerante e o teor de adição de microssílica. Nesta mesma figura estão
plotados os dados referentes aos concretos executados com cimento ARI-RS que, da mesma forma
que os resultados de “rea”, apresenta em média um comportamento inferior aos concretos com
adição de microssílica.
Pela análise da figura 5.10, pode-se dizer que para “res” pequenos teores de adição
de microssílica não apresenta um efeito significativo. Contudo, ao aumentar-se o teor de adição, o
efeito sobre “res” começa a aparecer, sugerindo um comportamento representado pela curva da
figura 5.11. A área “a” marcada na figura 5.11 representa os resultados mostrados na figura 5.10.
Desta forma, é sugerido o estudo de teores mais elevados para verificar se o comportamento da
microssílica acompanha o comportamento representado pela curva da figura 5.11.
fc (MPa)
a
msi (%)
Tabela 5.11. Análise de regressão múltipla para resistência à tração aos 99 dias de
idade, após imersão em água (rta).
Parâmetro Coeficiente Erro T p
constante 6,38059 0,186506 34,212 0,0000
aag -0,484318 0,215298 -2,24953 0,0322
78
Tabela 5.12. Análise de variância do modelo obtido para resistência à tração aos 99
dias de idade, após imersão em água (rta).
Fonte SQ GDL MQ F p
Modelo 8,44172 2 4,22086 3,82 0,0337
Resíduo 32,0563 29 1,10539
Total (corr) 40,498 31
A análise dos dados indica uma grande variabilidade nos resultados obtidos, sendo
que apenas 20,8448% (r2) da variabilidade encontrada pode ser explicada através do modelo de
regressão. O valor do teste de Durbin-Watson é de 2,11715, maior do que 1,4, e, desta forma, pode-
se afirmar que não existe nenhuma correlação significativa entre as varáveis. A figura 5.12 apresenta
as retas do modelo de regressão para “rta”, bem como os resultados obtidos para os concretos
executados com cimento ARI-RS.
79
6,2 12
6,0
5,8 ARI-RS (0,37)
5,6 ARI-RS (0,49)
5,4 x ARI-RS (0,59)
5,2
5,0 x
4,8
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
De acordo com esta análise preliminar, “msi” não contribui para melhorar as
propriedades no que se refere a “rta”. Contudo, os resultados referentes a ARI-RS parecem ser
piores do que aqueles obtidos para concretos com adição de microssílica.
O valor de “p” para a variável msi é de 0,1745, maior do que 0,1. Isto é, para um nível
de significância de 90% msi não apresenta um comportamento estatisticamente significativo para os
experimentos de resistência à tração em concretos submersos em água. Desta forma o termo “msi”
poderia ser suprimido da equação 5.3. Refazendo a análise de regressão para “rta”, foi obtida a
equação 5.4, que representa o comportamento de “rta”.
A figura 5.13 apresenta a reta obtida a partir do modelo descrito pela equação 5.4,
onde pode-se perceber que os resultados dos concretos executados com cimento ARI-RS, para
“rta” são inferiores aos resultados obtidos com o cimento CP II-F, com e sem adição de microssílica.
80
Tabela 5.13. Análise de regressão múltipla para resistência à tração aos 99 dias de
idade, após ciclos de agressão por sulfatos (rts).
Parâmetro Coeficiente Erro T p
constante 6,96507 0,158782 43,8655 0,0000
aag -0,583948 0,183294 -3,18585 0,0034
msi 0,156197 0,206899 0,754944 0,4564
Tabela 5.14. Análise de variância do modelo obtido para resistência à tração aos 99
dias de idade, após ciclos de agressão por sulfatos (rts).
Fonte SQ GDL MQ F p
Modelo 8,30474 2 4,15237 5,18 0,0119
Resíduo 23,2345 29 0,801189
Total (corr) 31,5392 31
A figura 5.14 apresenta as retas que representam o comportamento para “rts”, obtidas a
partir do modelo descrito na equação 5.5.
7,0
12
6,8
ARI-RS (0,37)
6,6
x ARI-RS (0,49)
6,4 x ARI-RS (0,59)
6,2
6,0
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
De acordo com esta análise preliminar, “msi” não contribui para melhorar as
propriedades no que se refere a “rts”. Contudo, os resultados referentes a ARI-RS também parecem
ser piores do que aqueles obtidos para concretos com adição de microssílica.
82
O valor de “p” para a variável msi é de 0,4564, maior do que 0,1. Isto é, para um nível
de significância de 90%, ou para um nível de confiança maior, msi não apresenta um comportamento
estatisticamente significativo para os experimentos de resistência à tração em concretos submetidos
aos ciclos de agressão por sulfatos. Desta forma o termo “msi” poderia ser suprimido da equação
que representa o modelo para “rts”.
A figura 5.15 apresenta a reta obtida a partir da equação 5.6, que desecreve o modelo
de regressão para “rts” sem o termo “msi”. Pode-se verificar que os resultados para concretos feitos
com cimento ARI-RS permanecem, em média, inferiores aos resultados obtidos com cimento CP II-
F, com ou sem adição de microssílica.
7,4
ARI-RS (0,37)
7,2 ARI-RS (0,49)
ft 99 (MPa)
6,8
6,6
6,4 x
6,2
6,0
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
Figura 5.15. Reta do modelo de regressão para “rts”, sem o termo msi.
Tabela 5.15. Análise de regressão múltipla para perda de massa, após ciclos de
agressão por sulfatos (pma).
Parâmetro Coeficiente Erro T p
constante -0,621771 0,0230012 -27,0321 0,0000
aag -0,0862411 0,0257722 -3,34628 0,0024
msi -0,004844256 0,02905 -0,16469 0,8704
Tabela 5.16. Análise de variância do modelo obtido para perda de massa, após ciclos
de agressão por sulfatos (pma).
Fonte SQ GDL MQ F p
Modelo 0,180808 2 0,090404 5,71 0,0086
Resíduo 0,427645 27 0,015839
Total (corr) 0,608453 29
A figura 5.16 apresenta as retas obtidas a partir da equação 5.7, que representa o
modelo de comportamento para “pma”. O comportamento dos concretos com cimento ARI-RS para
“pma” repete o comportamento para “rts”, apresentando, em média resultados inferiores aos obtidos
com cimento CP II-F, com ou sem adição de microssílica. As retas para os diversos teores de
adição de microssílica, apresentam-se quase sobrepostas, indicando que o efeito da microssílica
não é significativo para os resultados obtidos neste estudo.
84
-0,72 6
-0,76 9
-0,80 pma= - 0,622 - 0,086aag - 0,005msi
-0,84 12
-0,88
-0,92 ARI-RS (0,37)
-0,96 ARI-RS (0,49)
-1,00 x ARI-RS (0,59)
-1,04
-1,08
-1,12
-1,16
0,37 0,43 0,48 0,54 0,59
relação água/aglomerante
O valor de “p” para a variável msi é de 0,8704, maior do que 0,1. Isto é, para um nível
de significância de 90%, ou para um nível de confiança maior, “msi” não apresenta um
comportamento estatisticamente significativo para os dados obtidos no experimentos perda de
massa em concretos submetidos aos ciclos de agressão por sulfatos. Desta forma o termo “msi”
poderia ser suprimido da equação que representa o modelo para “pma”. A equação 5.8 apresenta o
modelo de regressão oriundo da análise estatística realizada não considerando-se o termo “msi”.
Figura 5.17. Reta do modelo de regressão para “pma” sem o termo msi.
As figuras 5.18 e 5.19 apresentam o aspecto visual dos corpos de prova após serem
submetidos aos ciclos de agressão em solução de sulfato de magnésio.
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Além disso, foram encaminhados diversos textos técnicos, para posterior publicação
pela CAMARGO CORREA, elaborados a partir de trabalhos de dissertações e teses. Os textos, com
média de 20 páginas cada, foram:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS