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Histórico da Exploração e Produção de ouro no Brasil

O Brasil tem tradicionalmente ocupado uma posição de destaque na produção


mundial de ouro. Durante o ciclo do ouro, entre 1700 e 1850, o Brasil foi o maior
produtor mundial chegando a produzir 16 t anuais provenientes principalmente de
aluviões e outros depósitos superficiais explorados pelos Bandeirantes na região
do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Foi também nesta região que se
instalou a primeira mina subterrânea do Brasil - Mina de Morro Velho - operada
pela St John D'El Rey Mining Co.

Nos anos 80, com a descoberta do garimpo de Serra Pelada, no estado do Pará,
norte do País, a produção brasileira saltou de cerca de 20 t para mais de 100 t
anuais no final da década de 80.

Com a forte tendência de aumento do preço do ouro no mundo que chegou a


atingir mais de U$ 1000,00 a onça troy, a produção de ouro acumulada a partir de
1980, proveniente de garimpos e minas tenha atingido mais de 1.250 t, o que
representa mais da metade da produção histórica do pais estimada em
aproximadamente 2.000 t.

Paralelamente, a partir do final da década de 70, os investimentos em exploração


de ouro por parte das empresas propiciaram um aumento progressivo na
produção das minas que atualmente representa mais de 80% da produção
brasileira a qual, nos últimos anos, tem variado em torno de 50 t anuais. Esta
produção de ouro representa cerca de 5% do Produto Mineral Bruto brasileiro
colocando-o como o quinto que mais contribuiu atrás do Petróleo, Ferro, Gás e
Brita.

Potencial Geológico
O potencial geológico do País para a mineralização aurífera é altamente
reconhecido. Como se não bastasse seu passado histórico, o expressivo número
de ocorrências, depósitos, minas e as centenas de áreas ativas, inativas e
abandonadas pelos garimpeiros, distribuídas em inúmeras e extensas regiões do
País, legitimam essa assertiva.

Figura 1 - Principais depósitos de ouro no Cráton São Francisco / Estado da


Bahia.

Segundo informações do Serviço Geológico Nacional - CPRM, além das extensas


áreas do Terciário e do Quaternário onde se encontram os depósitos de ouro de
origem secundária, a maioria dos depósitos de origem primária estão associados
ao período do Pré - Cambriano. Essas formações são encontradas por uma área
de aproximadamente 3.9 milhões de km2, compreendendo áreas cratônicas do
Arqueano e do Proterozóico Inferior, assim como do Proterozóico intermediário e
superior.

Com base nessas considerações, cerca de 46% do território consiste de terrenos


cuja metalogenia é reconhecidamente vocacionada para ouro, tendo em vista
a presença de greenstone belts, conglomerados antigos e suites metavulcânicas
entre outras ambiências e formações de interesse.

Registra-se que, excluindo-se a província geológica do Quadrilatero Ferrífero,


concentrando o argumento nas mega províncias pertencentes ao domínio do
Arqueano exclusivamente, tem-se uma área de aproximadamente 623.000 km 2,
representando cerca de 7% do território nacional.

Estimativas da CPRM aproximam o total de recursos geológicos em 33.000


toneladas de ouro contido, das quais 20 mil t (61%) estariam classificadas como
recursos potenciais, 11 mil t (34%) integrariam a categoria de reservas geológicas
e 1.700 t (5%) como reservas, propriamente ditas. Todavia, em termos de
reservas definidas - medidas e indicadas - as regiões Sudeste e Nordeste são
responsáveis por 46% e 39%, respectivamente. É oportuno mencionar que cerca
de 59% das reservas geológicas estão associadas aos depósitos de origem
secundária e 41% aos depósitos de origem primária.

Greenstones-belts constituem sequências de rochas vulcânicas e sedimentares


afetadas por metamorfismo de baixo grau, e em geral de idade arqueana ou
paleoproterozóica, distribuídas nos escudos précambrianos do globo. Os
"greenstone belts" do escudo de Yilgarn, no oeste da Austrália e do cinturão Abitibi
no Canadá são os principais exemplos e também os principais produtores de ouro
no mundo.
No Brasil também representam o principal ambiente geológico para ouro. Mais de
60% do território brasileiro é constituído por escudos Précambrianos que contém
Sequências do tipo "greenstone belt" com depósitos cujas reservas somam quase
1.000 t de ouro. Vale ressaltar que neste trabalho estaremos incluindo neste tipo
de depósito aqueles associados à sequências vulcano-sedimentares
Précambrianas cujo caráter é ainda pouco definido e também aqueles que, apesar
de fazerem parte da sequência vulcano-sedimentar, podem apresentar uma
origem relacionada a eventos geológicos posteriores à formação dessas
sequências, tais como zonas de cisalhamento ou rochas ígneas intrusivas nessas
sequências.

O principal e mais tradicional "greenstone belt" produtor de ouro no Brasil é o do


Rio das Velhas no Quadrilátero Ferrífero contendo as importantes minas de Morro
Velho, Raposos, Cuiabá etc.

No "greenstone belt" do Rio Itapicuru, Bahia, a principal jazida em operação é a de


Fazenda Brasileiro encaixada em xistos máficos dentro de zonas de cisalhamento
preenchidas por veios quartzo-carbonáticos. Situação semelhante se dá na jazida
Mina III no "greenstone belt" de Crixás em Goiás.

Ambientes do tipo "greenstone belt" também foram identificados na província


Carajás e praticamente todos apresentam mineralizações de ouro. Diversos outros
ambientes do tipo "greenstone belt" com potencial aurífero foram identificadas nos
escudos brasileiros, podendo-se citar os de Gurupi, no Maranhão; Cumaru,
Andorinhas e Inajá ao sul da província Carajás no Pará; Bacajá no norte do Pará;
Pitinga próximo à fronteira com o Amapá; Parima em Roraima, Goiás Velho em
Goiás; Pitangui e Riacho dos Machados nas proximidades do Quadrilátero
Ferrífero, Dianópolis, em Tocantins.

Com base nessas considerações, os depósitos conhecidos de origem secundária


estão situados principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, enquanto que os
de origem primária estão nas regiões Sudeste e Nordeste. A despeito dessas
considerações, com o deslocamento da fronteira de exploração e a maior
compreensão da geologia da Amazônia, a região Norte desponta como a de maior
potencial para a ocorrência de depósitos primários, vindo em seguida a região
Centro-Oeste. Finalmente, estimativas do US Geological Survey sugerem que o
Brasil concentraria cerca de 18% dos recursos auríferos mundiais, ou seja 20 mil t
de Au.

Após a revisão do Código de Mineração em 1996 (Lei No 9.314/96), dezenas de


empresas internacionais de mineração, com destaque paras as empresas juniors
com ações negociadas nas bolsas canadenses, estabeleceram escritórios no
País, formalizaram acordos de exploração com empresas já estabelecidas,
requisitaram áreas próprias para exploração etc. A maioria dessas empresas
focalizou a condução de suas campanhas exploratórias e projetos de
desenvolvimento em regiões dos estados de MG, GO, BA, PA e MT. A partir dos
anos 90, refletindo o crescente interesse das empresas estrangeiras na condução
de campanhas exploratórias para ouro no Brasil os investimentos em exploração
aumentaram substancialmente, assim como as transações de propriedades e
direitos minerários.

Produção Nacional
Em 2008. a produção brasileira de ouro atingiu 54,7 t. (um crescimento de 10,2%
em relação à 2007. Esta elevação se deve principalmente à expansão da
produção garimpeira de 5,2 t para 8,6 t e uma menor elevação da produção
industrial, atingindo 46,1 t (84,3% da produção brasileira de ouro em 2008).

A empresa Yamana (e respectivas subsidiárias) foi a principal produtora individual


de ouro industrial no Brasil em 2008 (26,4%). Em seguida temos a Anglo (23,2%)
Considerando sua participação de 50% na Mineração Serra Grande/GO, atingiria
29,1% assumindo a liderança da produção nacional. A Serra Grande é
responsável por 11,8% da produção industrial de ouro no Brasil. A Kinross (Rio
Paracatu Mineração) atingiu 12,6% e considerando 50% da Serra Grande, atingiria
18,5%.A Mineração Pedra Branca do Amapari (AP) produziu 5,9% e a Serabi (PA)
atingiu 0,9%. A Jaguar Mining (MG) atingiu 7,8%, Mineração Tabipora (PR) com
1,3%. A Vale somente com a produção de ouro da mina de cobre de Sossego
atingiu 6,9%. As demais empresas atingiram um percentual de 3,1%. Por estado
temos a seguinte distribuição, para produção industrial de ouro: AP- 5,9%; BA –
12,4%; GO – 22,0%; MG – 44,4%; MT- 5,9%; PA – 7,9%; PR – 1,3% e outros
estados, 0,4%.

Projetos em andamento
Estimam-se investimentos na mineração de ouro na ordem de 1,0 a 1,5 bilhões de
dólares entre 2008 e 2013 (já considerando finalização das expansões da Kinross
em Paracatu/MG e Anglo em Raposos/MG. A Yamana refinou o primeiro bullion
de ouro de jan/2008 referente ao projeto São Vicente - MT (1,4 t/ano em 2008) e
está implementando C1-Santa Luz - BA (3,0 t/ano em 2011/12). Estão em estudos
de viabilidade bastante adiantados, Ernesto/Pau a Pique (3,0 t/ano, em 2011/13) e
Pilar -GO.

A empresa Rio Paracatu Mineração (Kinross) finalizou a expansão em 2008 para


cerca de 15 t/ano e vida útil da mina até 2036 (antes prevista até 2016) e está
avaliando outras áreas.

A Anglo adquiriu a Mina de São Bento por US$70 milhões, viabilizando um


aumento da produção prevista para Córrego do Sítio de 3 para 6 t/ano. Também
está avaliando o projeto “Lâmego” . A Caraíba Metais deverá operar o projeto
Nova Xavantina- MT no início de 2011 (2 t/ano em 2009).

A Jaguar Mining mantém suas expansões e novas unidades de produção e a


avaliação do projeto Pedra Branca no Ceará, com a XSTRATA. O projeto Pedra
Branca de Amapari/AP da Peak Gold foi suspenso em 2008, devido a alterações
do tipo de minério, exigindo novo estudo de viabilidade. A Mundo Mineração
iniciou a lavra na mina Engenho em Minas Gerais em 2008. A Votorantim Metais
retornou aos estudos do projeto executivo da 2ª etapa da usina de polimetálicos
em Juiz de Fora/MG.

Conclusões
Ressalta-se que os trabalhos de exploração já conduzidos são significativamente
limitados no que concerne ao extenso potencial geológico inferido para o País.
Parte dessa restrição está associada ao nível de detalhamento da informação
geológica disponível. A bem da verdade, excluindo as áreas sedimentares, até
1998 o País não dispunha de mais do que 15% do seu território mapeado na
escala 1:100.000. Em termos de mapas metalogenéticos, na escala 1:250.000 a
percentagem era inferior a 40%. Mesmo em se tratando da região Amazônica,
palco de uma das maiores corridas de ouro do mundo e uma das mais
prospectivas, sua geologia é pouco explorada. A porção brasileira do Cráton do
São Francisco, altamente potencializada para metalogenia para ouro, que
compreende uma ampla área desde de Minas Gerais e quase todo o estado da
Bahia, configura uma das regiões do País menos conhecidas do ponto de vista
geológico, com a presença dos ambientes do tipo "greenstone belt".

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