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FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE

CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO

Manual de Redação
Projetos e Produtos Laboratoriais

Pesquisa, Apuração e Organização de Dados: Carlos Alberto Pereira, Hebert


Vinícius, Oldiney Meneses, Ricardo Guimarães, Rubens Santana, Marcelo Ribeiro,
Valdivan Veloso e Thiago Matos.

Edição e Revisão: Profa. Ms. Andréia Pereira da Silva, Profa. Ms. Ariane Laura de
Souza Galdino, Prof. Esp. Elpídio Rodrigues da Rocha Neto, Profa. Esp. Maria
Fernanda Ruas Abreu Areal Marques. (1a. versão editada em junho/2010)

Abril/2016
Montes Claros - MG
Manual da Redação Jornalismo Funorte

Sumário

Introdução...............................................................................................................................3

Padronização e estilo..............................................................................................................4

Introdução textual...................................................................................................................6

Estrutura da Notícia..............................................................................................................17

Pauta.....................................................................................................................................18

Novo Acordo Ortográfico....................................................................................................20

Formatos de jornais..............................................................................................................23

Tipos de textos jornalísticos.................................................................................................25

Glossário...............................................................................................................................27

Referências ..........................................................................................................................35
Manual da Redação Jornalismo Funorte

Introdução
Este manual foi criado a partir de um trabalho desenvolvido por acadêmicos do curso
de Comunicação Social – Jornalismo das Faculdades Integradas do Norte de Minas –
Funorte. Os estudantes se preocuparam em abordar temas que, em sua maioria, são
passíveis de dúvidas no meio jornalístico.
A pesquisa, apuração de dados e coleta de informações foram supervisionadas por
professores do curso e têm como objetivo oferecer aos discentes e ao público, que por
ventura tiver acesso a este material, uma fonte de consulta. Assim, ele traz desde princípios
básicos do texto jornalístico até dicas de formas gramaticais e verbetes mais utilizados.
O trabalho teve início no 1o semestre letivo de 2010 sendo concluído no mês de
junho. Posteriormente, foi atualizado e corrigido durante os anos seguintes.

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Padronização e estilo
Neste capítulo, o manual traz itens básicos para a elaboração do texto jornalístico.
Tais princípios são utilizados de forma generalizada em jornais impressos.

Cargos
- Como norma, coloque sempre em primeiro lugar a designação do cargo ocupado e não o
nome do indivíduo: O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (…).

Concisão
- O texto sem excessos linguísticos e que transmite o máximo de informações com o
mínimo de palavras utiliza de concisão.

Correção
- Este princípio tem uma variante: a precisão. Confira habitualmente os nomes das pessoas,
seus cargos, os números incluídos numa notícia, somas, datas, horários, enumerações. Com
isso, você garante outra condição essencial do jornal - a confiabilidade.

Didatismo
- Nas notícias em sequência (suítes), nunca deixe de se referir, mesmo que sumariamente,
aos antecedentes do caso. Nem todo leitor pode ter tomado conhecimento do fato que deu
origem à suíte.
- Por isso, é importante explicar o fato de forma que o leitor entenda o assunto abordado.
Se possível, resgate acontecimentos relativos ao tema, como no caso Isabela Nardoni
(quem foi Isabela; o que houve com ela; quando; como; onde, etc.). Dessa maneira, o leitor
não se sentirá perdido.

Imparcialidade
- Tema de diversas discussões dentro e fora do âmbito jornalístico, a imparcialidade nos
leva a inferir o seguinte pensamento: neutralidade. Utilizar da fala das fontes oficiais e não
oficiais, pautando-se sempre pelas declarações das partes envolvidas.

Lide (lead)
- O Manual da Redação - Folha de São Paulo (2001) diz que o lide “tem por objetivo
introduzir o leitor na reportagem e despertar seu interesse pelo texto nas linhas iniciais”.
Nilson Lage mostra que o lide é o relato do que há de essencial e importante no
encadeamento de uma sequência de fatos. Podemos concluir que é uma síntese do assunto
tratado na notícia e na reportagem, sendo assim, o lide é muito útil quando pensamos no
modo dinâmico de vida que a população mundial vem adotando. Afinal, já no primeiro
parágrafo o leitor tem uma noção básica do assunto descrito.
- O Manual da Redação - Folha de São Paulo (2001) aborda dois tipos de básicos de lide:
o noticioso, que responde às questões principais em torno de um fato, e o não-factual, que
utiliza de outros recursos para chamar a atenção do leitor.

O primeiro parágrafo
- Nas matérias informativas, o primeiro parágrafo deve fornecer a maior parte das respostas
às seis perguntas básicas do lead (lide): o quê, quem, quando, onde, como e por quê. As
que não puderem ser esclarecidas nesse parágrafo deverão figurar, no máximo, no
segundo, para que, numa rápida leitura, se possa ter uma ideia sumária do que aconteceu.
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- Prefira redigi-lo na forma direta (sujeito, verbo e predicado). Evite começar com
gerúndio e com declaração entre aspas, a não ser que você tenha uma declaração de alto
impacto.

Objetividade
- A conceituação filosófica do termo indica que o conhecimento científico deve ser
justificável e reconhecível ou compreendido por todos. E ele se afasta da sensibilidade e da
subjetividade.
- Na linguagem jornalística, essa visão também tem sentido, pois se entende que ser
objetivo significa cortar os excessos e zelar pelo suficiente.

Ordem direta do texto


- A sintaxe portuguesa considera esta como uma ordem “natural” dos termos essenciais da
oração: sujeito, predicado e complemento. Adote-a como norma, por ser aquela que conduz
mais facilmente o leitor à essência da notícia e evita erros de concordância.
Ex: Que entre os bons, pois os melhores estão saindo. Parte da estrutura está na ordem
inversa. É só colocarmos os termos na ordem direta e a concordância torna-se clara: Que os
bons entrem, pois os melhores estão saindo. Como o sujeito é plural, os bons, o verbo deve
necessariamente concordar com ele e também ir para o plural: entrem.

Pirâmide invertida
- É a técnica de redação jornalística mais adotada no ocidente e consiste no seguinte: “as
informações mais importantes são dadas no início do texto e as demais, em hierarquização
decrescente, vêm em seguida, de modo que as mais dispensáveis fiquem no final” (Manual
da Redação - Folha de São Paulo, 2001, p. 93).
- Busque utilizar essa técnica em textos noticiosos. Caso seja um perfil, reportagem
especial ou artigo, o seu uso é diferenciado.

Simplicidade
- Não use termos de difícil compreensão para o leitor. Em notícias econômicas, por
exemplo, busque explicar o que significam expressões técnicas da área.
- Nunca se esqueça de que o jornalista funciona como intermediário entre o fato ou fonte
de informação e o leitor. Você não deve se limitar a transpor para o papel as declarações do
entrevistado; faça-o de modo que qualquer leitor possa apreender o significado das
declarações. Se a fonte fala em demanda, você pode usar procura, sem nenhum prejuízo.
Da mesma forma, traduza posicionamento por posição, agilizar por dinamizar,
conscientização por convencimento, e assim por diante.

Termos técnicos
- Só recorra a estes quando forem, absolutamente, indispensáveis e, neste caso, coloque o
seu significado entre parênteses. Se for alguma lei, consulte o Código Civil, o Código de
Trânsito Brasileiro (CBT), Código de Defesa do Consumidor ou a Constituição Federal.
Na dúvida, não publique.

Vocabulário variado
- A riqueza do vocabulário corrige, inclusive, erros de redundância. Seja rigoroso na
escolha das palavras do texto. Desconfie dos sinônimos perfeitos ou de termos que sirvam
para todas as ocasiões. Em geral, há uma palavra para definir uma situação.
Exemplo ruim: Uma das vítimas da chacina que vitimou oito pessoas.
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Introdução textual
Neste capítulo, seguem dicas e esclarecimentos para que o texto jornalístico seja
desenvolvido com excelência. São fatores importantes que enriquecem o texto e salientam
a elegância e compreensão da técnica de escrita utilizada.

Abreviações
- Após ter citado pelo menos uma vez o termo por completo (extenso), explicando o
significado da abreviação, esta pode ser utilizada no texto sempre que for necessário.
Ex: Segundo a Gerência Regional de Saúde (GRS), o sistema de distribuição de
preservativos será normalizado até o fim da semana. A GRS informou ainda que (...).
- Em casos da sigla que já é conhecida, como: MEC e FIES, essa explicação prévia se torna
desnecessária.
- Quilo, quilowatt, quilômetro, quilohertz, metro quadrado são palavras que podem ser
abreviadas para: kg, kW, km, kHz e m² (respectivamente).
- Evitar abreviações de rua para somente r, avenida para av, praça para pça, etc.

Adjetivo
- Evite usar em textos noticiosos adjetivos que impliquem juízo de valor e que são,
portanto, duvidosos: bonito/feio; verdadeiro/falso; certo/errado.
- Utilize termos que tornam mais preciso o sentido do substantivo: amarelo/azul;
redondo/quadrado; barroco/clássico. Em vez de: o artista trabalha com telas grandes,
escreva: o artista trabalha com telas de três metros por dois.
- Nos editoriais, comentários, críticas e artigos, há maior liberdade para o uso do adjetivo.
Mesmo assim, recomenda-se usá-lo com sobriedade. A opinião sustentada em fatos é mais
forte do que a que se sustenta apenas por adjetivação.

Advérbio
- Evite começar um período com advérbios formados com o sufixo mente, sobretudo em
textos noticiosos: Curiosamente, a convenção do partido transcorreu sem incidentes. É
melhor ser claro e escrever: Ao contrário do que previam alguns participantes, a
convenção do partido transcorreu sem incidentes.
- Evite advérbios que expressem juízos de valor: certamente, evidentemente, efetivamente,
bastante, fielmente, levemente, definitivamente, absolutamente. Não se fazem restrições a
advérbios que ajudem a precisar o sentido, como os de lugar (acima, abaixo, além) ou
como os de tempo - agora, ainda, amanhã.
ATENÇÃO
- Onde é pronome relativo, indicativo de lugar. Não o utilize em situações, como: O
governador fez um discurso, onde destacou a política nacional.
- Usa-se mal quando for antônimo de bem. Usa-se mau quando antônimo de bom.
- Usa-se seção para representar uma parte. Ex: seção pessoal/departamento. Já sessão se
usa no caso de: sessão de cinema. E cessão vem de ceder. Ex: cessão dos direitos.
- A palavra só é sinônima de sozinho e não de somente.
Exemplo correto: O policial estava só naquela operação.
- Evite termos que demonstrem incerteza, como: grande número de pessoas.
- O termo se pode apresentar funções múltiplas e nenhuma delas é a de sujeito, embora
muitos escrevam: Aluga-se casas ou não se podia evitar os aumentos. Estas construções

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estão erradas, porque os sujeitos são respectivamente casas e aumentos; portanto, os


verbos devem concordar com eles (alugam-se; não se podiam evitar).

Aspas
- Devem ser utilizadas em citações diretas ou falas/declarações das fontes.
- As aspas simples “‘ poderão ser usadas quando estiverem dentro das aspas’”.
- No caso de citações diretas, afirmativas e negativas, usa-se o sinal de pontuação após o
fechamento das aspas. Entretanto, se a citação expressar interrogação ou exclamação, o
sinal de pontuação deve ficar antes das aspas e logo em seguida deve vir o ponto final.
ATENÇÃO
- Títulos de filmes, de livros, de textos/documentos consultados, etc, são escritos em
destaque. Neste caso, o destaque utilizado segue as normas da ABNT: itálico ou negrito.

Chavões, cacoetes, estereótipos mais comuns e que devem ser evitados


- Em citações não utilize: Paulo acredita. E sim: Paulo diz acreditar ou segundo Paulo.
- Evite usar o verbo admitir em vão, exceto quando o entrevistado realmente reconhecer
algo, normalmente negativo ou polêmico. Não use neste caso: Ele admite que possa sair.
Mas, use neste: Ele admitiu ter apitado errado.
- Não use alegar se não for para explicar ou justificar algo. Não use em: O presidente
alegou viajar. Use em: Ele alegou não saber da droga no carro.
- Além disso e além do que são expressões que também devem ser evitadas. O ideal é
substituí-las por ponto final ou e. Ex: O prefeito Luiz Tadeu Leite pediu agilidade aos
vereadores na aprovação das leis encaminhadas e ainda atenção dos parlamentares aos
prazos regimentais dos processos legislativos.
- Ao passo que deve ser substituído por enquanto.
- Em textos noticiosos, expressões como: antes de mais nada, pelo contrário, por outro
lado, via de regra, vítimas fatais, abrir com chave de ouro, atuação impecável, caminho já
trilhado, carreira brilhante, chegar a um denominador comum, consequências
imprevisíveis, correr por fora, duras críticas, em nível de, erro gritante, fazer por merecer,
importância vital, líder carismático, no fundo do poço, visivelmente emocionado e vitória
esmagadora são termos que empobrecem o valor informativo da notícia.
- Use batida, mulher, carro, morrer em vez de colisão, esposa, viatura, óbito
(respectivamente).
- Substitua povo por população ou sociedade.
- Por consequência, por outro lado, por sua vez, posto que e porquanto também devem ser
evitados.
- No caso de haver necessidade, quando tiver um personagem com determinada
deficiência, explique-a e identifique-a. Não use expressões depreciativas como: o aleijado,
ou chavões como: preso a uma cadeira de rodas. Prefira tetraplégico e Síndrome de Down.
- No caso de notícias que se referem a mulheres, não usar sexo frágil.
- Não usar cerca de porque dá conotação de incerteza à informação.
- Evite usar formas pessoais nos textos, como: Disse-nos o deputado... / Em conversa com
a reportagem... / Perguntamos ao prefeito... / Chegou à nossa capital... / Temos hoje no
Brasil uma situação peculiar. Em alguns casos, como em matérias, perfis e reportagens
especiais elas são aceitas, mas sem abuso.
- Evite o termo menor para referir-se à criança ou ao adolescente. Use as iniciais do nome
com ponto e sem espaço entre as letras. Exemplo: C.A.B. (seria Carlos Alberto Barros).

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- No caso de idoso evite o eufemismo, mas não use velho (que designa o que foi
deteriorado pela ação do tempo).
- Gerúndio e hipérbole (exagero) também devem ser evitados.
- O excesso de quês deve ser evitado. O texto fica cansativo e chato.

Colchetes
- São usados no texto para explicar algo. Dentro de uma citação direta, por exemplo: A
CBV [Confederação Brasileira de Vôlei] está preparada para tudo.

Crase
- Contração do artigo definido feminino a com a preposição a. Em vez de se grafar aa,
grafa-se à. A pronúncia correta é a.
- Só se usa crase quando uma palavra (substantivo ou adjetivo) exigir a preposição a e
houver um substantivo feminino que admita o artigo a ou as: Vou à escola.
- É erro grave colocar crase antes de nomes masculinos ou verbos ou pronomes, pois esses
termos (salvo em raras exceções) não admitem artigo feminino. Estão erradas as
construções: Vou à pé. Ele está à sair. Entrega à domicílio. Venda à prazo. Direi à ela.
Não contou à ninguém.
- Também não se usa crase quando a preposição a estiver seguida de palavra no plural:
Discursou a autoridades. Presta socorro a vítimas.
- O mesmo vale para expressões em que já houver uma preposição antes da preposição a:
Foram até a praça, ficaram até as 19h.
- Há uma regra geral que dá conta da maioria dos casos: troque a palavra feminina por
outra masculina. Se na substituição for usada a contração ao, haverá crase. Caso contrário,
não: estar à janela porque se diz estar ao portão; às três horas porque se diz aos 42
minutos / entregou o documento a essa mulher porque não se diz entregou o documento ao
esse homem; assistiu a uma boa peça porque não se diz assistiu ao um bom filme.

Criatividade
- Seja criativo, mas sem utilizar jargões ou expressões de lugar comum. Use o início do
texto para conquistar e “prender” a atenção do leitor, além de motivá-lo visualmente e
imageticamente. No caso da notícia, busque as informações mais relevantes sobre o fato.
- Evite o uso do famoso “nariz de cera”. Segundo alguns autores, é sinal de prolixidade, ou
seja, é a exposição inútil de palavras ou argumentos. Seria o contrário do lide e totalmente
desnecessário.

Datas e Horas
- Deve-se usar década de 1920, por trazer dupla interpretação. Se fosse somente década de
20, poderia ser 1820 ou 1720.
- Quando for colocar o primeiro dia do mês, usa-se: 1º de março ou primeiro de março.
Após, utilizar: 2 de março. Apenas o dia primeiro de cada mês é grafado com ordinal.
- Usa-se 12h ou meio dia; 24h ou meia noite de hoje ou 0h de amanhã.
- Usa-se 13h45 ou aos 34 minutos do segundo tempo. Conforme a relevância do fato, usa-
se a abreviação de segundos: Ele completou a prova em 2h e 34min e 35s.
- Para especificar duração não se usa algarismos. Ex: A reunião demorou duas horas.
ATENÇÃO
- Para designar datas, use algarismos arábicos para o dia, minúscula para o mês e
algarismos arábicos para o ano sem ponto de separação do milhar: 31 de outubro de 1952.

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- Em crédito de fotografia, o mês deve ser abreviado por suas três primeiras letras e o ano
por seus quatro algarismos: 1990.
- Nomes de datas, feriados, eventos históricos importantes ou festas religiosas e populares
são grafados com maiúsculas: Primeiro de Maio ou 1º de Maio, Dia do Trabalho, Sete de
Setembro ou 7 de Setembro, Natal, Carnaval, Revolução Francesa, Dia D, Ramadã, Yom
Kippur, Dia da Bandeira.

Designações
- Nome do jornal-laboratório: Vide Verso (negrito) ou Vide Verso (itálico).
- Não utilize dr. Warley Mendonça se ele não tiver doutorado.
- Não utilizar dona Fulana em textos/notícia. Pode-se usar no caso de reportagens ou
perfis, mas com cautela.
- Deve-se analisar o uso de expressões jurídicas e médicas para evitar o tecnicismo das
palavras, possibilitando um melhor entendimento por parte dos leitores.

Estrangeirismos
- Se a palavra tiver tradução, use-a; caso contrário, conserve-a. Ex: pizza.
- Existem casos em que temos expressões em português equivalentes às de outros idiomas.
Do inglês, por exemplo: estreia e não preview; personalizar e não customizar; melhor em
vez de must.
- É preciso atentar para palavras estrangeiras menos conhecidas, pois, mesmo que sejam
apresentadas por qualquer noticiário especializado, devem vir acompanhadas de uma
explicação. Ex: spread - taxa de risco nos empréstimos internacionais.

Fotos e legendas
- Sempre utilizar ponto final para legendas de fotos.
- Nas legendas de fotos não coloque somente a descrição do ambiente.
- Nas fotos, caso haja mais de uma pessoa, citar nome por nome. Ex: Foto do time do
Cruzeiro Esporte Clube na década de 1970 - Da esquerda para a direita Procópio,
Joãozinho, etc. Ou: No centro e em pé Procópio Cardoso.

Gerúndio
- Deve-se evitar o uso do verbo no gerúndio, pois é o seu EXCESSO que prejudica a
construção textual.
Evite: O presidente vai estar anunciando novos investimentos. Prefira: O presidente
anunciará novos investimentos.
Lucro da Petrobras somou R$ 5 bilhões, subindo 500% em relação ao primeiro
trimestre do ano passado. Ou: Lucro da Petrobras somou R$ 5 bilhões, representando
aumento de 500% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Prefira: Lucro da
Petrobras somou R$ 5 bilhões, numa expansão de 500% em relação ao primeiro trimestre
do ano passado.
- Do ponto de vista da função, o gerúndio indica uma ação contínua, isto é, algo que está
em andamento. É um processo verbal ainda não finalizado. Neste caso, o exemplo mais
clássico é: A empresa está lançando um novo produto.
- Em alguns casos, o seu uso não precisa ser evitado.
Em orações que indicam circunstâncias como modo, causa e tempo, por
exemplo, o gerúndio aparece da seguinte forma:
Chegando (tempo) em casa, vou à piscina.
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Entrou em casa cantando (modo) aquela música.


(Fonte: <http://noticias.r7.com/blogs/portugues-de-brasileiro/escrevendo-falando-e-ouvin
do-por-que-tanto-gerundio>. Acesso em 12/05/2010.)

Maiúsculas
- No início de período: O preço dos combustíveis aumentará novamente.
- No início de citação: Deputado acusa: “O governo não governa”. / Já dizia Machado de
Assis: “Ao vencedor, as batatas”.
Se depois dos dois pontos vier um mero desdobramento da frase (e não citação textual) ou
uma enumeração, a palavra começará com letra minúscula: Comerciantes alertam:
“faltarão brinquedos no Natal”. / A prefeitura definiu as prioridades do orçamento:
“metrô, pavimentação e obras na periferia”.
- Nas leis ou normas econômicas e políticas consagradas por sua importância: Lei de
Diretrizes e Bases, Lei de Comércio dos EUA, Instrução 113, Imposto Predial e Territorial
Urbano, Imposto de Renda, Lei Falcão, Lei Afonso Arinos, Lei de Segurança Nacional,
Decreto-Lei nº 56.
- Nos pontos cardeais, quando indicam as grandes regiões do Brasil ou do mundo: Sul,
Nordeste, Sudeste, Oriente Médio, Leste Europeu, Ocidente, Sudeste Asiático, etc.
- Nos nomes de eras históricas ou épocas notáveis: Antiguidade, Idade Média, Era Cristã,
Quinhentos (o século 16), Hégira.
Quando não se configurar uma era histórica, usa-se a inicial minúscula: era espacial, era
nuclear, era industrial, idade das trevas.
- Nos nomes de entidades religiosas, santos, anjos e demônios: Virgem Maria, Virgem,
Espírito Santo, o Salvador, Nosso Senhor, São Pedro, São Paulo, Santo Antônio, Santo
Ivo, Santa lnês, Santa Marta, São Miguel, São Gabriel, Satanás, Belzebu, Satã, Lúcifer.
- Nos nomes de torneios e campeonatos: Torneio Sul-América, Campeonato Paulista de
Futebol, Campeonato Gaúcho, Campeonato Sul-Americano, o Sul-Americano, Jogos
Abertos, Jogos Olímpicos, Jogos Pan-Americanos, o Pan-Americano, Torneio da Amizade,
Copa do Mundo, Copa União, Taça América, Troféu Brasil.
- Nos nomes próprios compostos (unidos por hífen), todos os seus elementos devem ser
iniciados com letras maiúsculas: Luso-Franco-Brasileiro, Grã-Bretanha, Pantanal Mato-
Grossense, Grupo Anti-Sequestro, Associação Extra-Sensorial, Todo-Poderoso,
Procuradoria-Geral, Vice-Presidência, Instituto Médico-Legal, Inquérito Policial-Militar.
- Nos títulos e formas cerimoniosas de tratamento e suas abreviaturas: Vossa Excelência,
Vossa Eminência, Sua Senhoria, Vossa Santidade, Nossa Senhora, V. Exa., V. Ema., S. Sa.,
V. S., N. Sa..
- Não são iniciadas em maiúsculas as formas de tratamento comuns e suas abreviaturas:
doutor, doutora, senhor, senhora, dom, dona, sir, mister, dr., dra., sr., sra., d., mr. (esta
norma é utilizado para reduzir/combater o “valor ideológico” das palavras).
- Siglas com até três letras: ONU, MEC e CIA.
- Quando for necessário soletrar letra por letra da sigla. Ex: FGTS.
- Quando a sigla for pronunciável, use apenas a primeira letra maiúscula. Ex: Saae -
Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
- Quando se referir ao Poder Judiciário ou à Justiça. Ex: Ele deve recorrer à Justiça; o
promotor de Justiça; procurador da Justiça. Mas, não em: Ele pede justiça.
- Datas comemorativas, como Dia dos Namorados, Natal, Páscoa.

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- Instituições, órgãos e unidades administrativas como: Supremo Tribunal Federal,


Câmara Municipal, Ministério, Estado (quando designar a divisão administrativa, por
exemplo, Minas Gerais), Prefeitura de Montes Claros, Polícia Militar.
Entretanto, quando fizer referência a estes termos, ao longo do texto, sem identificação
própria ou específica, utilize iniciais minúsculas.
- Premiações como: Prêmio Marcelino Paz do Nascimento ou Troféu Bola Cheia.

Minúsculas
- Designação das profissões e dos ocupantes de cargos como: presidente, ministro,
governador, secretário, prefeito, papa, arcebispo, cardeal, princesa, príncipe, rei, rainha,
barão, duque, visconde, diretor, superintendente, inspetor, advogado, engenheiro,
professor.
- Gentílicos como: mineiro, paulista ou norte-mineiro.
- Identificação de ecossistemas como: cerrado, mata atlântica, etc.
- Localidades e localizações como: município, rua, bairro, avenida, praça, apartamento,
etc.
- Matérias escolares como: educação física, geografia, etc. E, ainda, cursos: jornalismo,
direito, etc.
A grafia do curso será escrita em maiúscula quando houver o interesse editorial ou
ideológico de valorizá-lo.
- Nos nomes próprios que se tornaram sinônimos de outros comuns: Foi escolhido para
cristo. / Era o judas da escola. / Agia como um dom-quixote. / Tornou-se um mecenas. /
Comportava-se como um barba-azul. / O país deixou de ser o eldorado do futebol.
- Para designar as estações do ano, os meses e os dias da semana: primavera, verão,
janeiro, dezembro, segunda-feira, sábado.
Quando os dados dizem respeito a datas históricas ou nomes de lugares públicos, escreve-
se com inicial maiúscula: Largo 7 de Setembro, Avenida 9 de Julho, Rua 13 de Maio, o 7
de Setembro, o 15 de Novembro.
- Quando não utilizada para designar unidade administrativa, a palavra estado permanece
minúsculo. Ex: O seu estado de espírito.
- Em caso de citação de leis gerais e ordinárias, como: lei nº 130.

Numerais
- Escreve-se por extenso até o número dez. A partir deste, a escrita é numeral: 11, 12, 13,
20, 50, 100, 1000, etc.
- Em números iguais a 10 mil ou maiores, escreva o algarismo seguido da palavra que
designa a ordem de grandeza. Ex: A China possui mais de 1 bilhão de habitantes.
- Em temperatura, use: 34 graus Celsius ou 34º Celsius.
- Empregam-se algarismos romanos em situações como: II Simpósio de Oncologia do
Norte de Minas; Papa João Paulo II; Pedro II; A equipe de futebol do XV de Novembro de
Montes Claros.
ATENÇÃO
1. Em endereços, os números são precedidos de vírgula e sempre grafados em
algarismos: praça da Árvore, 2; rua da Consolação, 1.573.
2. Os números de complementos - como apartamento, andar, sala, casa, conjunto e
similares - são sempre grafados em algarismos: av. Paulista, 900, 3º andar, sala
315; rua das Palmeiras, 1.350, apto. 26; avenida das Nações, 250, conjunto 30.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

3. O código de endereçamento postal deve ser precedido da sigla CEP e vir antes do
nome da cidade e da sigla da unidade da Federação, sem ponto de milhar: CEP
05454, São Paulo, SP.
4. Os números de telefone ou telefax são precedidos do código de área entre
parênteses: tel. (011) 285-3940. No caso de endereço fora do Brasil, informe o
código internacional completo: fax (001-212) 348-9577.
5. Os números ordinais até o dez são escritos por extenso. A partir daí, use algarismos
cardinais. Ex: A terceira reunião do G-8 nesta década. / O 23º seminário do
governo sobre previdência.
6. Para números não redondos, a partir do milhão, usam-se até três casas depois da
vírgula. Ex: 1,325 milhão / 4,560 bilhões.
7. No caso de reais, dólares, libras, pesos e as demais moedas, escreve-se o nome de
cada uma por extenso e em caixa baixa. Ex: 4 milhões de libras; 200 milhões de
pesos argentinos.

Porcentagem
- Existem duas grafias: porcentagem/percentagem, porcentual/percentual.
- Se houver mais de um número na frase, coloca-se o sinal em todos eles. Ex: A alíquota do
imposto passará de 12% para 15% ao ano.

Títulos
- Não use ponto final em títulos.
- Não repita o lead do texto no título.
- Não divida sílabas em duas linhas e evite fazer o mesmo com nomes próprios de mais de
uma palavra.
- Evite o uso de ponto de interrogação, travessão, exclamação, reticências, exclamação,
reticências, parênteses, ponto-e-vírgula, dois pontos, exceto em casos autorizados pela
Secretaria de Redação.
- Evite verbo no condicional; quando não puder assumir uma informação, atribua-a à fonte.
- Para editoriais e textos opinativos, podem-se usar frases nominais no título. Ex: Rombo
na previdência.

Nos textos noticiosos, o título deve:


- Conter verbo, de preferência na voz ativa.
- Estar no tempo presente, exceto quando o texto se referir a fatos distantes no futuro ou no
passado.
- Empregar siglas com comedimento.

Unidade monetária
- Usa-se R$ 4 e não R$4,00. É dispensável que o valor seja colocado por extenso, salvo
valores muito altos, como: R$ 1.000.000 ou R$1 milhão ou R$ 1 mi (usado prioritariamente
em títulos). Nunca use 10.000 mil reais.

Verbos
- Apesar dos títulos serem escritos obrigatoriamente na voz ativa e verbo no presente, os
textos reportam sempre a uma ação já acontecida ou que vai acontecer.

Verbos no passado e futuro

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Os verbos usados em textos devem refletir a ação reportada. Recomenda-se o uso


do pretérito perfeito, para casos passados, e do futuro do presente para casos futuros.
1. Pretérito Perfeito: expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que
foi totalmente terminado.
Ex: Ele estudou as lições ontem à noite. / Ontem caminhei na praia e bebi uma água de
coco. / Ela o encontrou pensativo em frente aos vinhos importados. Ele a encarou,
primeiro sem expressão, depois com surpresa, depois com embaraço, e no fim os dois
sorriram.
2. Futuro do Presente: Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com
relação ao momento atual.
Ex: Ele estudará as lições amanhã. / Amanhã viajarei logo que o sol nascer. / Eles não
chegarão a tempo para o jantar. Comeremos sozinhos.

Verbos declarativos
O Manual da Redação - Folha de São Paulo (2001) sugere a utilização destes
verbos apenas para introduzir ou finalizar falas dos entrevistados e não para qualificar ou
insinuar opinião a respeito delas.
Evite verbos como admitir, reconhecer, lembrar, salientar, ressaltar, confessar,
garantir, a não ser quando usado em sentido estrito (ou seja, que não ultrapasse o limite do
significado do termo, sem segundas intenções).
Use de preferência os verbos dizer, declarar e afirmar, os mais neutros, quando o
objetivo for indicar autoria de uma declaração. Ex: O ministro disse que teve um encontro
com o deputado em vez de O ministro confessou que teve um encontro com o deputado – a
não ser que o encontro tenha sido criminoso e o ministro o tenha admitido em depoimento
a uma comissão de sindicância, por exemplo.
VERBOS DECLARATIVOS
Neutros Com Carga Positiva Com Carga Negativa
Afirmar Argumentar Admitir
Declarar Concluir Alegar
Dizer Expor Confessar
Falar Garantir Reconhecer
Perguntar Lembrar Jurar
Responder Prometer
Ressaltar
Salientar
Fonte: Manual da Redação - Folha de São Paulo. São Paulo: Publifolha, 2006, p.105.

Verbos dicendi
São aqueles que empregamos para introduzir a fala de pessoas ou personagens. É
muito usado na transcrição de entrevistae e na literatura de ficção (ao introduzir a fala dos
personagens).
DIZER - afirmar, declarar.
PERGUNTAR - indagar, interrogar.
RESPONDER - replicar, retrucar.
CONTESTAR - negar, objetar.
EXCLAMAR - gritar, bradar.
PEDIR - solicitar, rogar.

13
Manual da Redação Jornalismo Funorte

EXORTAR - animar, aconselhar.


ORDENAR - mandar, determinar.

Verbos sentiendi (ou de sentir)


Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes, gestos. Ex:
Gemer, Suspirar, Lamentar (se), Queixar-se, Explodir.

Outros termos que exigem a atenção do jornalista


- A fim/Afim
A locução a fim significa “com o objetivo de”: O desassoreamento foi feito a fim de baixar
o nível do rio e evitar novas enchentes.
O adjetivo afim indica afinidade, parentesco: Esses são assuntos afins.

- Acidente/Incidente
Acidente é fato importante, imprevisto e em geral desastroso: O acidente aéreo resultou
em 234 mortes.
Incidente refere-se a um acontecimento secundário e episódico; estabelece um sentido de
atrito: Incidente diplomático.

- Acusação criminal
A Constituição garante que todos devem ser considerados inocentes até que sua culpa seja
estabelecida pela Justiça. Não se deve endossar acusação criminal, mesmo que da polícia,
enquanto não for confirmada por sentença judicial definitiva. Até então, a pessoa sobre
quem recaia suspeita é tratada como acusada ou suspeita: Adamantino Phor, acusado de
contrabandear diamantes. E não: Adamantino Phor, que contrabandeou diamantes.

- Afetar
Evite o uso em título e textos. Prefira prejudicar, influenciar, agradar.

- Agente
Evite o uso da palavra em títulos e textos quando se referir aos mercados. Não use como
sinônimo de analista, técnico, especialista, investidor, aplicador: nomeie cada um pela sua
especificidade.

- Alternativa
É uma sucessão de duas coisas reciprocamente exclusivas. A palavra só deve ser usada
quando designar uma de duas coisas. Não existem várias alternativas, nem outra
alternativa; apenas a alternativa. Se for necessário enumerar ou contrapor várias coisas ou
ações use a palavra opção ou opções.

- Ativos
Ativo é o conjunto de bens de uma empresa ou instituição. Use a palavra quando se tratar
de venda de uma empresa ou parte dela, assim como para venda de parte do imobilizado de
uma empresa.
Não use a palavra em títulos e evite nos textos. Prefira ações, papéis, debêntures, títulos,
recibos (de ADRs).

- Briga

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Nunca use como sinônimo de polêmica, discussão ou disputa. Use para descrever agressão
verbal ou física.

-Burguesia
Não use as expressões burguesia, alta burguesia e pequena burguesia em texto noticioso,
exceto ao reproduzir declaração textual de uma fonte.

- Crise
Só use a palavra para definir um evento decisivo ou uma virada (turning point). Confusões
políticas, desentendimentos ou discórdia não são crises. A crise se define por uma ausência
de resposta.

- Deus/deus
Escreva com inicial maiúscula apenas quando designar o ser transcendente, único e
perfeito das religiões monoteístas: “Tudo no mundo emana de Deus”, disse o religioso.
Evite construções em que Deus é substituído por um pronome, o que obrigaria a grafar a
letra inicial do pronome com maiúscula: Implorou-Lhe perdão. Evite também a palavra
Senhor. Nos dois casos, mantenha a maiúscula se tratar de texto ou fala de religioso.
Use minúscula quando designar deuses de mitologias, em sentido figurado ou concreto: Os
egípcios reverenciavam inúmeros deuses; Jogou como um deus. A palavra deus é
masculina.

- Emprego de a/há
Quando se refere a tempo, indica qualquer distanciamento no tempo, seja futuro ou
passado: O presidente viaja daqui a uma semana. / A um ano da morte de Tancredo Neves,
o Congresso realizou uma sessão solene em sua memória. / As eleições vão acontecer
daqui a dois anos.
O verbo haver, quando se refere a tempo, indica o passado e pode sempre ser substituído
por faz: O presidente viajou há uma semana.
Experimente substituir a preposição a das três frases anteriores pelo palavra faz (o que
equivaleria a há) e veja como as orações perdem o sentido.
Outra situação em que se utiliza o verbo haver é no sentido de existir: Há muita gente na
sala. Neste caso, não há por que confundi-lo com a preposição a.

- Estupro
Crime de violação sexual contra mulher. A palavra não deve ser usada quando a vítima for
do sexo masculino. Neste caso, use violentar.

- Etc.
Utilize em citação de declarações. Seu uso passa a ideia de que o texto é vago.

- Fator/Fatores
Nunca use de forma genérica. Explicar sempre qual ou quais fatores determinam o quê.
Não confundir com fato ou parte.

- Gabinete
Escreva sempre com minúscula, mesmo quando designa um governo no regime
parlamentarista: gabinete González, gabinete Chirac, o gabinete Tancredo Neves.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

- Identificação de pessoa
Todo personagem de notícia deve ser identificado pela profissão, cargo, função ou
condição.

- Igreja/igreja
Escreva com maiúscula apenas quando integrar nome completo de instituição: A Igreja
Católica tem novo papa.
Quando se tratar de segunda referência à instituição ou de uma edificação, use minúscula:
A igreja condena o aborto; A igreja de Notre Dame é de pedra.

- Importante
Nunca use esta palavra, a não ser em transcrição de declarações. A palavra só pode ser
usada quando o redator conhecer o porquê ou o quem responsável pela importância de
algo. Em vez de usar a palavra, explique porque algo é importante ou não é importante. Se
for importante deve existir razão para tal e ela deve ser explicitada.

- Penalizar
Significa causar pena ou infligir pena, nunca deve ser usado como sinônimo de punição: O
juiz puniu com a pena de multa.
É errado dizer, por exemplo, que “o diretor-geral foi penalizado com a queda das ações de
sua empresa”, a não ser que ele tenha sido multado por isto ou tenha sido condenado a
alguma pena.

- Risco de vida/Risco de morte


O correto é usar risco de morte: A criança que estava no veículo não corre risco de
morrer.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Estrutura da Notícia

CHAPÉU/ CARTOLA
TÍTULO/MANCHETE
BIGODE/SUTIÃ
DESENVOLVIMENTO DO TEXTO

ELEMENTOS QUE DEVEM (OU PODEM) FAZER PARTE DA ESTRUTURA DA NOTÍCIA


 FOTO COM LEGENDA E FONTE
 BOX
 INFOGRÁFICO COM TÍTULO, LEGENDAS E FONTE
 GRÁFICO COM TÍTULO, FONTE E LEGENDA (OPCIONAL)

17
Manual da Redação Jornalismo Funorte

Pauta
A pauta configura-se como um roteiro para o jornalista desenvolver sua notícia,
reportagem e outros gêneros jornalísticos. Deve conter o máximo de informações para
orientar o repórter na execução da matéria jornalística.
Tendo em vista os meios de comunicação, cada pauta deve atender às especificidades
de cada veículo, como se apresenta, resumidamente, a seguir:
a) Jornalismo impresso: a pauta caracteriza-se de maneira tradicional, contendo o
máximo de informações que vão conduzir o repórter a realizar um bom trabalho.
Para isso, o pauteiro pode colaborar ainda mais, sugerindo enfoque, perguntas e
discussões que podem ser levantadas na produção da matéria jornalística.
b) Jornalismo em rádio: a pauta deve valorizar as falas/depoimentos dos entrevistados
e orientar a produção da matéria num tom coloquial e mais objetivo.
c) Jornalismo em TV: a pauta precisa estar adaptada a um veículo que faz uso de
imagens. Dessa maneira, o pauteiro precisa desenvolver uma pauta que tenha
coerência com a emissão de imagens, ou seja, a informação escrita por si só não é
suficiente na TV; deve sugerir temas e orientações que tenham imagens para cobrir
a informação.
d) Jornalismo on-line: a pauta deve ser elaborada prevendo as possibilidades da
internet, ou seja, deve orientar o repórter na construção hipertextual do conteúdo e
alertá-lo sobre os recursos multimídia disponíveis. Além disso, o pauteiro pode
propor formas de interação com o público por meio da tecnologia da internet.

O modelo de pauta para impresso (que está apresentado na página a seguir), contempla,
além do nome do veículo no cabeçalho - neste caso, do Jornal-Laboratório Vide Verso -, os
seguintes itens:
a) Retranca: duas palavras que vão resumir a temática da matéria jornalística.
b) Redator: caracterizado, nesse caso, como quem elabora a pauta, ou seja, trata-se
do(a) acadêmico(a).
c) Data: refere-se ao dia de elaboração da pauta ou de veiculação da matéria.
d) Repórter: aquele que vai cumprir a pauta
e) Objetivo: trata-se da finalidade da pauta.
f) Dados: Informações apuradas pelo pauteiro. O pauteiro deve conversar previamente
e marcar horários com as fontes, colher estatísticas e outros elementos que o
repórter não conseguirá pesquisar sozinho na rua.
g) Sugestões de perguntas: questões importantes para o desenvolvimento e a
abordagem do assunto.
h) Orientações: dicas de vestuário, comportamento e contato com a fonte. Indicar a
necessidade de fotos, ilustrações, imagens, gráficos/tabelas.
i) Fontes: devem estar na coluna da direita (nome completo, telefones, endereço, e-
mails, etc.).

18
Manual da Redação Jornalismo Funorte

VIDE VERSO
MATÉRIA: REDATOR: DATA: REPÓRTER:

PAUTA
Fontes:
Objetivo:

Dados:

Sugestões de perguntas:

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Orientações:
Manual da Redação Jornalismo Funorte

Novo Acordo Ortográfico


O Novo Acordo Ortográfico faz 21 alterações na língua portuguesa. Entretanto, as
mudanças que efetivamente alteram as normas brasileiras são quatro:
1. A inclusão oficial no alfabeto das letras K, W e Y.
2. Desaparecimento do trema.
3. Alterações na acentuação.
4. Alterações no uso do hífen.

Acentuação
- Muda a utilização do acento agudo. Ele não será mais utilizado em palavras com ditongos
abertos em ei e oi na penúltima sílaba. Ex: ideia, jiboia, assembleia, heroica.
Lembrando que nas palavras em que a última sílaba é tônica, como: herói, papéis e troféu,
o acento será mantido.
- Não será utilizado acento no i e no u fortes depois de ditongos em palavras paroxítonas,
como Bocaiuva, feiura e baiuca. Porém, se o i e o u estiverem na última sílaba, o acento
permanece: Tuiuiú, Piauí.
- Desaparece o acento agudo no u forte nos grupos gue, gui, que, qui: averigue, apazigue,
argui e enxague.
- Foi eliminado o acento diferencial. A partir de agora grafa-se para (do verbo parar) da
mesma forma que a preposição para. Ex: pela, polo, coa, pera. A exceção: fica mantido o
acento diferencial em pôr/por e em pôde/pode.
- O acento circunflexo também sofreu alterações. Não será mais usado nas terceiras
pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos: ver, ler, dar e
crer. Ex: veem, leem, deem, creem.
Também não será mais utilizado em palavras terminadas com o hiato oo. Ex: voo, enjoo,
perdoo, abençoo.

Hífen
- Não será utilizado quando a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar
com uma vogal diferente. Ex: aeroespacial, autoestrada.
- Não será mais usado quando o segundo elemento começar com r ou s. Ex: contrarregra,
antissemita, antirreligioso.
- Será mantido o hífen quando os prefixos terminarem em r. Ex: super, hiper e inter.
- A expressão montesclarense não exige hífen.

Trema
- O trema ¨ deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
Ex: frequentemente, linguiça, tranquilidade. Em Müller e Mülleriano permanece.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

USO DO HÍFEN EM PALAVRAS COMPOSTAS


ELEMENTOS OU
REGRAS EXEMPLOS OBSERVAÇÕES/SAIBA MAIS
PALAVRAS
Compostas comuns 1. Usa-se hífen nas palavras amor-perfeito Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino
compostas comuns, sem boa-fé não se ligam por hífen: afrodescendente,
preposições, quando o guarda-noturno eurocêntrico, lusofobia, eurocomunista.
primeiro elemento for guarda-chuva
substantivo, adjetivo, criado-mudo Com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o
verbo ou numeral. decreto-lei hífen: afro-americano, latino-americano, indo-
europeu, ítalo-brasileira, anglo-saxão.

Se a noção de composição desapareceu com o


tempo, deve-se unir o composto sem hífen:
pontapé, madressilva, girassol, paraquedas,
paraquedismo (perdeu a noção do verbo parar),
mandachuva (perdeu a noção do verbo mandar).

Demais casos com para e manda usam hífen:


para-brisa, para-choque (sem acento no para);
manda-tudo, manda-lua.

Compostos com elementos repetidos também


levam hífen: tico-tico, tique-taque, pingue-
pongue, blá-blá-blá.

Compostos com apóstrofo também levam hífen:


cobra-d'água, mãe-d'água, mestre-d'armas.
Nomes geográficos 2. Usa-se o hífen em nomes Grã-Bretanha Demais nomes geográficos compostos não usam
antecedidos de geográficos compostos. Grão-Pará hífen: América do Norte, Belo Horizonte, Cabo
grão, grã ou Passa-Quatro Verde.
verbos (O nome Guiné-Bissau é uma exceção).
Espécies vegetais e 3. Usa-se o hífen nos bem-te-vi Se a palavra for usada em sentido figurado, não
animais compostos que designam bem-me-quer leva hífen:
espécies vegetais e animais. erva-de-cheiro Ela está cheia de não me toques (melindres).
couve-flor
erva-doce
feijão-verde
coco-da-baía
joão-de-barro
não-me-toques
(planta)
Mal 4. Usa-se hífen com mal mal-afamado Escreva, porém: malcriado, malnascido,
antes de vogais ou h ou l. mal-estar malvisto, malquerer, malpassado.
mal-acabado
mal-humorada Escreva com hífen no feminino: má-lingua, más-
mal-limpo línguas.
Além, aquém, 5. Usa-se hífen com além, além-mar Quando o bem se aglutina com o segundo
recém, bem, sem aquém, recém, bem e sem. aquém-oceano elemento, não se usa hífen: benfeitor, benquisto,
recém-casado benfeitoria, benquerer.
recém-nascido
bem-estar
bem-vindo
sem-vergonha
Locuções 6. Não se usa hífen nas à vontade Certas grafias consagradas agora são exceções à
locuções dos vários tipos cão de guarda regra. Escreva: água-de-colônia, arco-da-velha,
(substantivas, adjetivas, café com leite pé-de-meia, mais-que-perfeito, cor-de-rosa, à

21
Manual da Redação Jornalismo Funorte

etc.). cor de vinho queima-roupa, ao deus-dará.


fim de semana
fim de século Outras expressões/locuções que não usarão
quem quer que hífen: bumba meu boi, tomara que caia, arco e
seja flecha, tão somente, ponto e vírgula.
um disse me disse
Escreva também sem hífen as locuções à toa
(adjetivo ou advérbio), dia a dia (substantivo e
advérbio) e arco e flecha.
Encadeamentos de 7. Os encadeamentos A relação professor-aluno
palavras vocabulares levam hífen (e O trajeto Tóquio-São Paulo
não mais traço). A ponte Rio-Niterói
Um acordo Angola-Brasil
Áustria-Hungria
Hífen no fim da 8. Quando cai no fim da Atravesso a ponte Rio-Niterói
linha linha, o hífen deve ser Couve-flor
repetido, por clareza, na
linha abaixo.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Formatos de jornais
Standart
Em inglês, modelo, padrão. Uma página standard tem 54cm por 33cm de área de
impressão.
Aspectos positivos
O espaço disponível é amplo e requer bastante texto
para o fechamento das páginas. Em termos
comerciais agrada muito pela imponência do
formato e pode ser dividido em cadernos que serão
encartados um a um no primeiro corpo do jornal.

Aspectos negativos
Só pode ser impresso em editoras de grande porte;
devido seu tamanho físico, seu manuseio se torna
difícil em locais pequenos, ex: ônibus, tem um alto
custo de postagem via Correio e requer muito
assunto para não se tornar uma miscelânea de
conteúdos. Cada caderno fica limitado à capacidade
da empresa gráfica escolhida para a produção.

Tabloide
Formato de jornal cuja mancha (espaço útil de impressão de uma página) tem
aproximadamente a metade do formato standard. A área de impressão corresponde a 32cm
por 24,90cm.
Aspectos positivos
Esse formato é ideal para encarte. É fácil de
“fechar”, na hora da diagramação, com conteúdos
variados ou de mesma natureza. Além disso, pode
ser impresso em gráficas de pequeno ou de médio
porte, e seu custo para postagem via correios é
inferior ao standard, considerando o volume de sua
massa física.

Aspectos negativos
O formato da mancha gráfica não combina bem com
textos longos e muitos argumentos visuais, como
tabelas explicativas e ilustrações gráficas.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Germânico
Um pouco mais alto que o tabloide, é uma opção interessante por ser um formato de baixo
custo e grande aproveitamento de área de impressão em equipamentos offset plana. A
mancha gráfica é de 43cm por 29,70cm; e a área total de papel de cada página fica com
46cm por 32cm de largura. A mancha gráfica ainda pode ocupar todo o papel, sem
prejudicar a impressão.
Aspectos positivos
Pode ser impresso em vários tipos de papel - do
couché passando pelo sulfite ou, até mesmo, o papel
jornal. As alterações nos custos de impressão,
quando se opta por um material alternativo,
constituem grandes diferenças orçamentárias, desde
que se respeite o total aproveitamento da área
impressa.

Aspectos negativos
Seu produto final também é dobrado ao meio, o que
eleva os custos de postagem e dificulta o manuseio.
Formato pouco utilizado pelas empresas de
publicidade. Geralmente as tabelas das agências
trabalham com os formatos standard e tabloide.
Portanto, não é recomendável para jornais diários ou
periódicos comerciais.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Tipos de textos jornalísticos


Artigo: Gênero jornalístico que expressa a opinião de um intelectual diante dos fatos de
maior repercussão no momento. Tem título, é assinado e escrito pelo articulista ou
colaborador. Tem o objetivo de democratizar e dinamizar o texto jornalístico, assim há
liberdade de estilo e redação para seu autor – admite-se, inclusive, o uso da 1o pessoa do
singular no texto.

Caricatura: Retrato isolado que exagera/simplifica traços da figura humana e acentua


detalhes/defeitos para provocar risos. Caricatura política ou de personagens do noticiário.

Charge: Crítica humorística de um fato específico; representação gráfica de notícia


conhecida segundo a ótica do desenhista (chargista).

Carta do Leitor: Gênero opinativo que permite ao leitor “intervir (opinar) no debate
público” e, mesmo, criticar/comentar o que lhe é oferecido pelos meios de comunicação.
Tem título e é assinada.

Comentário: Gênero opinativo recente e utilizado, prioritariamente, em rádio e TV; pode


ser definido como “texto intermediário entre editorial e crônica”. O comentarista é um
observador privilegiado dos acontecimentos que, graças à sua “bagagem cultural”, opina e
comenta os fatos relevantes.

Crítica: Gênero jornalístico opinativo que analisa e avalia trabalho intelectual ou


desempenho: artes, espetáculos, livros, competição esportiva, discurso político, projeto ou
gestão de administração pública, trabalho acadêmico. Tem título e é assinada.
A crítica deve ser fundamentada em argumentos claros. Quando escrita por especialista,
deve permanecer acessível ao leigo, sem ser banal. Não deve conter acusação de ordem
pessoal. Lembre-se: o objeto da crítica é a obra ou desempenho, e não a pessoa.

Crônica: Gênero em que o autor trata de assuntos cotidianos de maneira mais literária que
jornalística. Tem título, estilo literário e é assinado pelo cronista. Características: fidelidade
ao cotidiano e crítica social (dissimulada).

Coluna: Gênero que ocupa uma “seção especializada, regular, assinada e redigida em
estilo livre e pessoal”. Apresenta título/cabeçalho constante e permite localização imediata
pelo leitor. Estrutura-se em forma de mosaico (micro informações ou colcha de retalhos)
ou de “texto corrido”.

Documentário: Gênero opinativo, de formato audiovisual, que trabalha uma “relação de


subjetividade/objetividade”. Tem importante evolução estética e de conteúdo.

Editorial: Expressa a opinião da empresa (ou veículo jornalístico) diante dos fatos de
maior repercussão no momento. Tem título, não é assinado e, geralmente, é escrito pelo
editorialista. A opinião do editorial tende a ser um consenso dos “núcleos de propriedade”
- isto é, dos donos do jornal: família do fundador, acionistas, anunciantes, Estado e
financiadores.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Entrevista: A maioria das notícias publicadas no jornal tem entrevistas como matéria-
prima, embora nem sempre pareça assim. A finalidade de caracterizar um texto jornalístico
como entrevista é permitir que o leitor conheça opiniões, ideias, pensamentos e
observações de personagem da notícia ou de pessoa que tem algo relevante a dizer.
O segredo de uma boa entrevista está na elaboração de um bom roteiro. Levante sempre o
máximo de informações sobre o entrevistado e o tema de que ele vai falar.
Com esse material em mãos, reflita sobre o objetivo a que pretende chegar. O melhor
caminho é redigir perguntas tão específicas quanto possível. Perguntas genéricas resultam
em entrevistas tediosas.

Livro Reportagem: Gênero que busca “preencher lacunas habituais da cobertura


jornalística” através de abordagem ampla do tema e diversidade de escrita. Características:
livre da rotina industrial e da “objetividade reducionista e tecnicista”; recursos de literatura
e cinema; questões jornalísticas e riqueza estilística; fusão de elementos ficcionais com
“objetividade” jornalística; contemporaneidade (tempo histórico), “verdade” e
factualidade.

Nota: Gênero definido como uma notícia que se caracteriza pela brevidade do texto, ou
pequena notícia que se destina à informação rápida.

Nota oficial: Comunicado por escrito que empresas ou Governo enviam às publicações,
quando só querem se pronunciar uma vez sobre algum assunto. Geralmente, é usada em
situações de crise.

Notícia: Gênero mais objetivo enquanto propósito teórico e aparência formal. Estrutura-se
no LEAD e na resposta às questões: quem (sujeito), o quê (ação, verbo da frase), onde
(lugar), quando (tempo), como (maneira) e porquê (causas, objetivos, motivos). É escrito
em pirâmide invertida com linguagem clara, concreta e concisa.

Perfil: Publicado, geralmente, na forma de perguntas e respostas. Exige texto introdutório


contendo a informação de mais impacto, breve biografia do entrevistado e outras
informações, como local, data e duração da entrevista e resumo do tema abordado.
Eventualmente, algumas dessas informações podem ser editadas em texto à parte.

Reportagem: Talvez, o gênero mais nobre do jornalismo. Características: predomínio da


forma narrativa, humanização do relato, texto de natureza impressionista, objetividade dos
fatos narrados.
Requer extenso e minucioso levantamento de informações. Pode aprofundar um fato
recém-noticiado ou revelar um fato inédito com ampla documentação e riqueza de
detalhes.

Resenha: Gênero jornalístico que consiste em resumo crítico de livro. Deve ser
informativo, dando ao leitor uma ideia do conteúdo da obra e de quem é seu autor, mas
também exige que se emita opinião sobre a qualidade. Sempre assinada.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Glossário

A
All News: Emissora que transmite notícias durante 24 horas.
Âncora: Na televisão ou rádio, é o apresentador de um que pode comentar uma notícia.
Apuração: Checagem de informações junto às fontes emissoras.
Articulista: Pessoa que escreve artigos para jornais e revistas.
Assessoria de Comunicação: Serviço especializado que coordena os trabalhos de
comunicação nas organizações e engloba as áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda
e Relações Públicas.
Assessoria de Imprensa: Um dos serviços da Assessoria de Comunicação Social,
responsável pela divulgação de matérias e sugestão de pautas para a mídia.
Aspas: Declaração inserida em uma matéria.

B
Baixar: Mandar uma página para as oficinas do jornal. Aí termina o trabalho editorial e
começa a parte industrial do processo.
Bigode: Fio de um ponto tipográfico que serve para marcar uma separação visual entre
textos e/ou ilustrações. O termo bigode também é utilizado para designar o subtítulo, que
vem abaixo do título da matéria.
Barriga: Matéria com informações falsas ou equivocadas.
Box: Recurso editorial que se reveste de forma gráfica própria. Um texto que aparece na
página entre fios, sempre em associação íntima com outro texto, mais longo. Pode ser uma
biografia, um diálogo, uma nota da redação, um comentário, um aspecto pitoresco da
notícia.
Briefing: Significa informe. Em jornalismo, pode ser usado em dois sentidos: instruções
sobre a execução de uma tarefa ou resumo de informações sobre qualquer evento que uma
fonte dá aos jornalistas. Em publicidade, é um conjunto de informações que vão servir de
subsídio para o desenvolvimento de um determinado trabalho.
Buraco: Fato que ocorre quando os textos e fotos ou ilustrações não são suficientes para
preencher um espaço previsto. O editor tem como opção aumentar a foto ou a ilustração ou
usar um calhau.

C
Cabeça: No rádio, abertura de uma notícia ou reportagem. No jornal impresso, marca no
alto da página usada para definir a editoria responsável pelo trabalho.
Cabeçalho: Informações gerais e obrigatórias sobre a publicação. Inclui número da página,
título e data da publicação.
Caderno: Conjunto impresso formado por no mínimo quatro páginas. Veja também
suplemento e macarrão.
Calhau: Anúncio do próprio jornal usado para cobrir espaço não utilizado na página. O
calhau é muito utilizado para substituir anúncios que caíram, quase nunca para substituir
matérias.
Cartola: O mesmo que retranca ou chapéu. Uma ou mais palavras usadas para definir o
assunto da matéria. É usada sobre o título do texto.
27
Manual da Redação Jornalismo Funorte

Chamada: No rádio, flash gravado sobre matéria ou programa. Em jornal impresso,


pequeno texto usado na primeira página para chamar a atenção do leitor para determinada
matéria.
Chapa: Material metálico como matriz usado para imprimir o jornal. É coberto por uma
película fotossensível queimada com a ajuda de um fotolito, revelada e instalada nas
rotativas. Sobre ela se aplica tinta para a impressão. Usa-se uma chapa para cada uma das
cores básica, ciano, magenta, amarelo e preto.
Chapéu: É uma palavra, nome ou expressão, sempre sublinhada, usada acima do título e
em corpo pequeno, para caracterizar o assunto ou personagem da notícia.
Check List: Relação de providências a serem tomadas para o acompanhamento de
atividades.
Chefe de Reportagem: Profissional que coordena os repórteres, determinando o que estes
devem fazer. Nos organogramas das redações esse cargo vem sendo substituído pelo
editor-assistente, que é responsável pela produção das reportagens.
Clichê: O mesmo que edição. Termo herdado dos primórdios do jornalismo. Para cada
página de jornal era usado um clichê, um suporte metálico onde eram dispostos os tipos
metálicos manualmente, formando frases e colunas. Antes da difusão do rádio e da
televisão, os jornais tiravam várias edições atualizando o material publicado. Hoje,
costuma-se fazer um segundo ou terceiro clichê para atualizar matérias importantes depois
do horário de fechamento do jornal.
Clipping: Coleta e arquivo de todo material divulgado na imprensa sobre uma organização
ou determinado assunto a ser divulgado por uma assessoria de imprensa. Pode ser impresso
ou eletrônico.
Cobertura: Atividade do repórter ou equipe de reportagem no local de um acontecimento.
Coluna: Seção de jornal ou revista, assinada ou não, tratando de temas ligados à editoria ou
seção.
Colunista: O responsável pela coluna.
Copidesque: Termo importado dos Estados Unidos por Pompeu de Souza durante a
reforma do Diário Carioca. Na época poucos repórteres escreviam a matéria. Eles
chegavam e ditavam o texto para o editor. Pompeu obrigou-os a escrever. Para transformar
o texto incompreensível dos repórteres em algo legível existia uma Mesa de Textos (copy
desk em inglês) com os melhores redatores do Diário Carioca. O termo incorporou-se à
linguagem jornalística como sinônimo de redator.
Copyright: São os direitos reservados ao autor de uma obra (impressa, fotográfica ou
eletrônica) ou a quem comprou os direitos do autor.
Crédito: Assinatura usada em foto ou para marcar material produzido por agência ou outra
publicação.
Cruzar Informação: Significa confrontar informação originária de determinada fonte com
uma fonte independente. Assim, cruzar com uma fonte significa possuir duas origens para
uma informação. Cruzar com duas fontes, três. Qualquer informação de cuja veracidade
não se tenha certeza deve ser cruzada.

D
Deadline: Último prazo para que uma edição seja fechada ou que uma reportagem seja
concluída.
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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Declaração: Texto ou opinião oficial expressa verbalmente por entrevistado.


Dedo-Duro: Referência colocada em uma matéria para remetê-la para outro assunto em
página diversa. Também conhecida como Leia Mais.
Derrubar: Termo usado para expressar que uma reportagem ou matéria não vai ser
publicada. Geralmente ocorre quando o repórter percebe que não vai conseguir apurar as
informações, quando uma entrevista é cancelada, quando o editor desiste de abordar o
assunto ou ainda quando entra um anúncio.
Diagramação: Adequação dos textos, desenhos, gráficos e fotos numa página, de acordo
com os padrões visuais da publicação.

E
Editar: Preparar matéria para ser impressa ou emitida, nos padrões do veículo.
Editor: É o jornalista que chefia um grupo de jornalistas que compõem uma Editoria.
Editor-Chefe: É o jornalista que chefia a redação do jornal.
Editoração Eletrônica: Processo pelo qual é feita a configuração e formatação da página.
Inclui texto, fotos, imagens e outros recursos.
Editoria: Seção especializada em determinado setor (esporte, polícia, arte, meio ambiente
etc.).
Editorial: Texto com a opinião da publicação. Não vem assinado e geralmente, localiza-se
diariamente na página de opinião do jornal.
Enquete: Pequenas entrevistas para levantar a opinião da comunidade.
Entrevista Coletiva: entrevista que reúne jornalistas de vários veículos. Geralmente é
convocada por uma assessoria de imprensa.
Entrevista Exclusiva: entrevista concedida a um único jornalista.
Enxugar: Resumir um texto. Cada vez mais as publicações exigem que os textos sejam
mais concisos. Às vezes também é preciso enxugar para caber na página diagramada.
Espelho: É a previsão do que vai ser publicado em uma página ou do que vai ao ar com a
inclusão dos anúncios. Não confundir com diagrama.
Estourar: Ocorre quando um texto é maior que o espaço reservado. No rádio, é quando a
matéria tem mais tempo do que o previsto. O editor normalmente suprime ou corta parte do
texto, geralmente as últimas linhas.
Expediente: Quadro com os dados gerais da publicação. Consta obrigatoriamente a relação
de diretores e editores-chefes e endereços.

F
Fato: Acontecimento que gera uma notícia.
Feature: Gênero jornalístico que vai além do caráter factual e imediato da notícia. Opõe-se
a hard news, que é o relato objetivo de fatos relevantes para a vida política, econômica e
cotidiana. Um feature aprofunda o assunto e busca uma dimensão mais atemporal. Define-
se pela forma, não pelo assunto tratado. Pode ser um perfil, uma história de interesse
humano, uma entrevista.
Fechamento: Etapa do processo de edição em que os trabalhos são encerrados. Depois do
fechamento não há mais revisão do texto e a edição é enviada para a gráfica.
Fio: Linha usada para dividir textos ou matérias. Também usada para realçar fotos.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Foca: Jornalista iniciante.


Follow-Up: Contato telefônico ou pessoal, feito pela assessoria de imprensa, para
confirmar recebimento de release ou reforçar sugestão de pauta.
Fonte: Pessoa que dá origem a uma informação ao veículo, por iniciativa própria ou por
solicitação do jornalista.
Foto: Imagem capturada por uma câmera fotográfica. É um recurso essencial do jornalismo
contemporâneo.
Fotojornalismo: A fotografia jornalística fixa um acontecimento e as suas impressões. O
fotógrafo é o relator, o documentador visual entre a notícia e o público. A imagem nesse
caso é o certificado de presença, é a prova ao leitor que o jornal estava presente na notícia.
Foto Legenda: Pequena matéria, de no máximo 20 linhas, usada para explicar ou destacar
foto.
Fotolito: Filme gráfico negativo usado para queimar a chapa.
Furo: Matéria jornalística exclusiva de grande repercussão.

G
Ganhar na Foto: Diminuir a foto na altura ou largura de maneira a ganhar mais texto. O
corte não é proporcional.
Gancho: Pretexto que gera a oportunidade de um trabalho jornalístico. Quanto mais
pretextos há para a produção de uma investigação jornalística mais oportuna ela é. Quanto
mais “ganchos” estiverem por trás de uma edição mais “quente” ela é. Um fato que se
ligue, que dê margem a outro, que sirva de ponte, de gancho, enfim, para a notícia.

H
House-Organ: Veículo impresso ou eletrônico, editado, publicado e distribuído por uma
organização para divulgar assuntos de seu interesse.

I
Iceberg: Texto que começa na primeira página e prossegue em páginas internas.
Ilustração: Desenho ou composição gráfica feita à mão para ilustrar determinadas notícias,
crônicas ou charges, na ausência de fotografias.
Impressos: Materiais impressos dirigidos a segmentos e públicos específicos.
Indicadores: Lista de dados do mercado financeiro em forma de tabela.
Intertítulo: Pequenos títulos colocados no meio do texto. Esse artifício é usado para tornar
o texto menos denso. Há publicações que preferem destacar frases retiradas do texto para
colocar nos intertítulos.
Infográfico: Artifício gráfico que envolve imagem e pequenas informações de texto que se
complementam.
Informe Publicitário: Anúncio pago com aspecto jornalístico ou reprodução paga de artigo
ou reportagem.

J
Jabaculê ou Jabá: Dinheiro ou presente ao jornalista.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Janela: É quando se coloca uma foto menor dentro de uma foto maior para destacar
detalhes. Um exemplo é quando se coloca uma grande foto de um incêndio e no detalhe
(janela) aparece uma foto do aparelho que causou o incêndio. Esse recurso está em desuso
nas publicações modernas.
Jornalismo Analítico/Opinativo: Análise que dá ao leitor a oportunidade de se aprofundar
nos fatos, eventos, questões ou tendências. A análise do noticiário não deve ser confundida
com a opinião ou o comentário, que devem estar circunscritos às colunas e aos artigos.
Jornalismo Crítico: Forma de noticiar sob um ponto de vista crítico.
Jornalismo de Serviço: Explora temas que tenham utilidade concreta e imediata para a vida
do leitor. O jornalismo de serviço torna o jornal um artigo de primeira necessidade e
garante seu lugar no mercado.
Jornalismo Especializado: Explora abordagens mais profundas e informações mais
especializadas e sofisticadas sobre determinado segmento. Requer do jornalista domínio
cada vez maior dos assuntos específicos.

L
Lauda: Cada um dos lados de uma folha de papel.
Lead (Lide): Abertura de matéria tradicional. Precisa responder às seguintes perguntas:
Quem, O Que, Quando, Onde, Como e Porque.
Legenda: Linha de texto colocada sob a foto. Artifício adicional para destacar o tema da
matéria.
Lidão: Texto de até 60 linhas usado em reportagens para coordenar matérias diversas sobre
um mesmo tema.
Linha de Tempo: Dados dispostos em ordem cronológica com fotos e ilustrações. Podem
ser colocados na página vertical ou horizontalmente.
Logomarca: O mesmo que logotipo, símbolo ou marca.
Logotipo: É o nome do jornal com as letras em corpo, forma e desenho escolhido pela
empresa jornalística. Também refere-se à forma particular como o nome da marca é
representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia específica. É um dos
elementos gráficos de composição de uma marca.

M
Macarrão: Palavra usada para designar uma folha solta de papel-jornal, em tamanho
padrão, inserida entre as páginas de uma edição. O “macarrão” pode ser previamente
programado pelo setor industrial do jornal como pode também ser utilizado para aumentar
ou diminuir o número de páginas de uma edição.
Mailing List: Relação de nomes, endereços, telefones e e-mails de contatos da imprensa ou
outros públicos de interesse, como clientes, fornecedores, etc.
Manchete: É o título principal que indica a notícia mais importante do jornal. Existe a
manchete principal do jornal (na primeira página) assim como a manchete de cada caderno,
seção ou página.
Matéria: Texto em formato e linguagem jornalística.
Matéria de Gaveta (ou de Banco): Matéria fria que pode ser utilizada a qualquer momento
ou em determinada ocasião oportuna.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Matéria Fria: Matéria que independe de sua atualidade para ser publicada.
Memória: Texto preparado jornalisticamente lembrando antecedentes do fato.
Mídia: Termo proveniente da palavra “media”, utilizado para designar os veículos de
comunicação.
Mídia eletrônica: TV, rádio e internet.
Mídia impressa: Jornal e revista.

N
Nariz-de-Cera: Introdução vaga, sem necessidade, de uma matéria.
Normas de Redação: Conjunto de regras usadas para padronizar a produção de textos,
títulos e legendas.
Nota Oficial: Documento impresso com a opinião de uma determinada fonte.
Nota (ou Balaio): Texto curto usado em colunas. Pequeno texto referente a um assunto que
irá acontecer e responde a três questões básicas para compreensão: Que, Quem, Quando.

O
Off: Declaração dada sob compromisso de não revelar a fonte.
Olho: Frase destacada sob o título ou no conjunto da página.
On: Declaração sem impedimento de revelar a fonte.
Órfã: Primeira linha de um parágrafo de texto, impressa sozinha na base de uma coluna,
deixando o resto do parágrafo no topo da próxima.

P
Pauta: É uma ordem de serviço transmitida pelos chefes de reportagem. A pauta
normalmente indica a pessoa que deve ser entrevistada, local, horário e até mesmo o
tamanho da reportagem que deve ser produzida. Deve incluir também o enfoque e o
objetivo da matéria. Pode indicar os temas principais a serem abordados no texto e
sugestões de perguntas.
Pauta Furada: Informação falsa.
Pé da Matéria: É o final do texto. Todo repórter deve ter em mente que se o texto for
reduzido, as últimas linhas serão eliminadas. Cortar pelo pé significa retirar os últimos
parágrafos sem se preocupar com a qualidade da informação contida no texto.
Perguntas e Respostas: Matéria disposta sob a forma de um questionário. Serve para
explicar aspectos do tema.
Perna: Sinônimo de coluna. Descer em duas pernas = matéria em duas colunas.
Personagem: Texto para mostrar quem é o ator principal da matéria.
Pescoção: Trabalhar durante a noite e a madrugada para antecipar material de fim de
semana.
Pingue-Pongue: Entrevista em forma de perguntas e respostas.
Plantar: Publicar informação com outro objetivo que não de informar. Geralmente atende a
lobby ou a interesses pessoais.
Povo Fala: Enquete com populares sobre determinado assunto.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Press Kit: Kit formado por um conjunto de textos, releases, fotos, gráficos para divulgação
de determinadas atividades. Geralmente é distribuído à imprensa, durante uma coletiva ou
evento.
Propaganda: Todo jornal sobrevive graças à propaganda. Inerente aos diferentes cadernos
do jornal ou em encartes, ilustrada ou fotografada, ela também constitui um elemento de
leitura do nosso cotidiano imprescindível para o leitor se localizar e informar a respeito das
ofertas do mercado.
Projeto Gráfico: Padronização usada pela publicação para dispor uniformemente matérias,
fotografias e adereços gráficos.

Q
Quadro: Box para explicar determinada informação da matéria.

R
Recuado ou Recuo: texto publicado em largura menor do que a coluna de texto do jornal.
Rafe: Aportuguesamento da palavra inglesa rough. É o "boneco" de um projeto gráfico.
Redator: Jornalista especializado em rever o texto do repórter e em preparar títulos e
legendas. Na nova concepção de jornalismo, o profissional não se especializa mais em uma
determinada área da produção de texto e edição.
Relatório de Atividades: Instrumento da assessoria de imprensa utilizado para a prestação
de contas ao cliente.
Release: Matéria preparada por assessoria de Imprensa e encaminhada aos veículos.
Repercutir: Prosseguir num assunto do próprio jornal ou de outro (veja suíte).
Retícula: Tonalidades de cinza usadas como recurso de diagramação.
Retranca: Palavra que identifica um texto. "Samba" pode ser uma retranca que identifica
um texto sobre as escolas de samba. O ideal é que a retranca tenha uma só palavra.

S
Sangrar: recurso gráfico que permite que se invada com texto, foto ou ilustração o espaço
externo às margens ou coluna da página do jornal ou revista.
Seção: Sinônimo de editoria ou coluna de opinião ou nota.
Selo: Recurso gráfico que marca uma reportagem uma série de reportagens. É muito
comum seu uso em série de reportagens. Normalmente é composto por uma pequena
expressão e um desenho que se repete. Ex: A matéria Crise no INSS pode ser acompanhado
de um desenho de uma maca. Todo texto que se refira ao assunto é acompanhado desse
selo.
Serviço: Pequeno texto usado no pé da matéria contendo endereço, página web ou telefone
de algo citado na matéria.
Side: Termo usado para designar um outro lado da reportagem. São assuntos paralelos que
se publicam nos sides. Um texto sobre um jogo de futebol pode trazer um side com o
jogador que teve o melhor desempenho na partida.
Stand By: Textos que podem ser publicados em qualquer época. Também são conhecidos
como textos de "gaveta". Um texto que mostre os planos da empresa IBM para o Brasil,
por exemplo, pode ser publicado em qualquer época (claro que sem exagero. Esse texto

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

não pode ser publicado um ano depois de ser escrito, mas pode muito bem ser publicado
duas semanas depois de ter sido escrito).
Sub-Matéria coordenada com a principal da página; título informal usado pelo sub-editor.
Sub-Lead: Parágrafo colado ao lead da matéria.
Suíte: Do francês suite, isto é, série, sequência. Em jornalismo, designa a reportagem que
explora os desdobramentos de um fato que foi notícia na edição anterior. Também se usa o
verbo suitar no sentido de repercutir.
Suplemento: Caderno adicional ao material principal do jornal.

T
Tabela: Gráficos numéricos dispostos ordenadamente.
Taxação: Coleta e arquivo de todo material publicado na mídia sobre uma determinada
empresa. Conhecida também como clipping ou clipagem.
Template: Modelo de página, dentro do projeto gráfico, que serve para iniciar o processo
de diagramação.
Texto Final: É o que vai ser publicado. Com a extinção do cargo do copidesque nos
jornais, todo repórter deve ter um texto final. O que ele escreve é o que vai ser publicado.
Tijolinho: Informação contida em roteiros.
Tira (ou Tirinha): Pequena história em quadrinhos, em geral composta por três ou quatro
quadros no sentido horizontal.
Tiragem: Total de cópias produzidas por um jornal ou revista em uma edição.
Título: Frase usada no alto da matéria para chamar a atenção do leitor (veja manchete).
Toques: Número limite de letras, espaços em branco e sinais ortográficos capazes de caber
numa linha de título, legenda, sutiã ou olho.
Tripa: Coluna imprensada por anúncio ou anúncios de grande tamanho.

V
Vazado: Texto claro colocado sobre fundo escuro.
Vazamento: Informação que escapa ao controle da fonte responsável pelo seu sigilo e
chega aos meios de comunicação. Às vezes, é do interesse da fonte "vazar" a informação.
Vender a Pauta: Sugerir determinado tema ao editor.
Vídeo-Release: Release em fita para a tevê.
Viúva: Quando, na diagramação, uma palavra ou sílaba sobra na última linha de um
parágrafo.
Vinheta: Forma gráfica usada para caracterizar uma seção na página de jornal ou revista.
Também é empregada em rádio e televisão para indicar abertura e passagens de programas.

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Manual da Redação Jornalismo Funorte

Referências
AMARAL, Luiz. A objetividade jornalística. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996.

FOLHA online. Novo manual da redação. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/


folha/circulo/manual_redacao.htm>. Acessado em 28/08/2015.

GUIMARÃES, Lorenza. Glossário de jornalismo. Disponível em


<http://comunicaesp.blogspot.com.br/2009/10/all-news-emissora-que-transmite.html>.
Acessado em 22/03/2010.

LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 2003.

MANUAL da redação - Folha de S. Paulo. São Paulo: Publifolha, 2006.

TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia. Disponível em


<http://michaelis.uol.c om.br/novaortografia.php>. Acessado em 27/08/2015.

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