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adaptações como a Terapia Cognitiva Aprimorada por FAP – FECT (Kanter, Tsai, & Kohlenberg,
2010)). No entanto é um dos modelos com maior corpo de evidências no campo das terapias
(Hofmann, Asnaani, Vonk, Sawyer, & Fang, 2012).
Embora a RFT esteja longe de ser consensual na comunidade behaviorista (Guilhardi, 2012), ela
se tornou a base para uma das terapias mais conhecidas desta nova onda, a Terapia de Aceitação
e Compromisso (ACT) (Hayes, 2004). Com foco nas estratégias de aceitação e mudança, e com a
aproximação de conceitos da Filosofia Zen, como o Mindfulness, a ACT tem como principal foco a
função dos comportamentos através da ampliação de repertórios governados por reforçadores de
grande magnitude (as ações de compromisso com valores) e da redução da esquiva das
experiências aversivas privadas, que muitas vezes dificulta ou até mesmo impede o acesso e
discriminação de contextos reforçadores. Apesar do seu foco funcional e contextual, a ACT não
está livre de polêmica em função de muitos conceitos soarem mentalistas, em especial a Fusão
Cognitiva (quando o indivíduo passa a ter seu comportamento amplamente governado por regras
e menos por contingência, conforme descritas pela RFT (Törneke, Barnes-Holmes, & Hayes,
2010)) e outros termos usados em divulgação do modelo, como “mente” (Ler (Valentim, 2015)
para uma discussão).
Na década de 1980, Marsha Linehan formula o que seria uma das terapias comportamentais com
maior aporte em evidências, a Terapia Comportamental Dialética (DBT) (Dornelles & Sayago,
2015; Robins, Schmidt III, & Linehan, 2004). Inicialmente focada no atendimento de clientes
suicidas e com a Personalidade Borderline, seu espectro de indicações se expandiu nas últimas
décadas, atingindo populações de diferentes quadros, comodependência química, transtornos
alimentares, depressão na terceira idade, entre outros (Linehan, 2014). A DBT alia estratégias de
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A partir dos pressupostos básicos do Behaviorismo Radical, Kohlenberg e Tsai desenvolveram uma
intervenção cujo foco é a contingência da relação terapêutica, a Psicoterapia Analítica Funcional
(FAP) (Tsai et al., 2008). A FAP surgiu como uma importante ferramenta na potencialização de
outras terapias, como a TCC a partir da FECT, e logo passou a desempenhar por si só um papel
crucial no entendimento dos processos comportamentais subjacentes à relação terapêutica
(Kanter et al., 2010). A intervenção da FAP no modelo Atenção, Coragem e Amor (ACL) se utiliza
das cinco regras básicas: 1) estar atento aos ComportamentosClinicamente Relevantes (CCR); 2)
Evocar CCRs; 3) responder naturalmente aos CCRs de forma reforçadora; 4) Observar efeito das
intervenções; e 5) promover análises funcionais e generalização. A principal indicação da FAP são
as dificuldades interpessoais, podendo ser utilizada juntamente com outras terapias
comportamentais, como a ACT (através da FACT), a DBT e a IBCT, assim como outras terapias,
como as Terapias Feministas e a Terapia Cognitiva (ler Passos, 2015) para uma revisão).
Estas terapias, de forma geral, tendem a “conversar” bastante bem entre si. Alguns modelos
podem ser utilizados com outros, e de forma geral todos utilizam a análise funcional como guia
básico para formulação de caso e intervenção, embora isto nem sempre fique claro ao primeiro
olhar. Outro ponto importante é que em maior ou menor grau, todas as terapias comportamentais
contextuais tendem a utilizar ferramentas baseadas em Mindfulness, desde práticas de atenção
plena, até preceitos técnicos como as intervenções dialéticas (Hayes, 2004; Lucena-Santos et al.,
2015). Por fim, o nome “terceira onda/geração” é descontextualizado no Brasil, visto que as
terapias comportamentais de orientação operante são praticadas desde as décadas de 1960 e
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1970, antes mesmo da formulação das terapias comportamentais contextuais (Guilhardi, 2012;
Leonardi, 2015).
Diálogos possíveis
Criadores e Desenvolvedores das Terapias Comportamentais. Da esquerda para a
direita, na primeira linha: Hayes, Tsai, Kohlenberg, Linehan, Callaghan e Guilhardi;
na segunda linha: Wilson, Schoendorff, Kanter, Olaz, Koerner e Meyer
Criadores e Desenvolvedores das Terapias Comportamentais. Da esquerda para a direita, na primeira linha: Hayes,
Tsai, Kohlenberg, Linehan, Callaghan e Guilhardi; na segunda linha: Wilson, Schoendorff, Kanter, Olaz, Koerner e
Meyer
Siglas:
ACL – Awareness, Courage and Love – Atenção, Coragem e Amor
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Bibliogra a
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Jonatas Passos
http://facebook.com/terapiascomportamentais
Psicólogo pela ULBRA e Mestre em Psicologia pela UFRGS. Possui formação em Terapias Comportamentais e
Cognitivas (AMBAN - USP) e Terapia Comportamental Dialética (pelo Behavior Tech) e é especialista em Terapias
Comportamentais Contextuais - ênfase FAP e ACT (CEFI / CIPCO). É psicoterapeuta nas abordagens FAP, ACT e
DBT! Tem interesses em análise do comportamento e suas aplicações e neurociências, tendo ministrado aulas como
professor convidado (InTCC, Unisinos, UFRGS, UFCSPA, IMED, dentre outras) sobre FAP, ACT e terapias
comportamentais contextuais e conceitos básicos em análise do comportamento.
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