Sei sulla pagina 1di 9

INSTITUTO LOURENÇO MARQUES

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
Prof.ª.: CLEAN MARIA REIS LOURENÇO
DISCIPLINA: CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I
PÓLO DE RIACHINHO

APOSTILA I

CALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL

ANANÁS – TO
SETEMBRO/2012
1

1. Introdução

1. O que é cálculo?

Cálculo é basicamente toda a álgebra e geometria avançada. Em certo sentido,


não é nem uma nova matéria – ele pegas as regras corriqueiras da álgebra e da
geometria e as ajusta para que possam ser usadas em problemas mais complicados (o
problema, claro é aquele outro sentido no qual cálculo é uma matéria nova e mais
difícil). Para facilitar a compreensão quanto ao uso de cálculo vamos exemplificar
algumas situações em que se usa o cálculo, veja abaixo algumas imagens.

Na imagem acima da esquerda tem um homem empurrando uma caixa em uma


rampa com inclinação em linha reta. Na direita, o homem está empurrando a mesma
caixa em uma rampa com a inclinação curva. Os problemas, em ambos casos, é
determinar a quantidade de energia necessária para empurrar a caixa até o topo. Você
pode fazer o problema da esquerda usando a matemática básica. Para o da direita, você
precisa do cálculo (supondo que você não saiba dos atalhos da física).

Assim, com a matemática básica você pode fazer o problema com a inclinação
em linha reta; com o cálculo você pode fazer o problema com a inclinação curva. Veja
outros exemplos.

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
Com a matemática básica você pode determinar o comprimento de um cabo
soterrâneo que corre diagonalmente de uma quina de um parque para outra. Com o
cálculo você pode determinar o comprimento o de um cabo subterrâneo entre duas
torres que tem o formato de uma catenária (que por sinal é diferente de um arco circular
simples ou uma parábola).
Para resolver um ploblema com o cálculo, você tem que dividir o problema da
inclinação curva em pedaços pequenos e fazer cada pedaço separadamente. A figura
abaixo mostra uma pequena parte da inclinação curva ampliada em muitas vezes o seu
tamanho.

Quando você amplia o suficiente, o pequeno comprimento da inclinação curva


se torna praticamente reto. Depois, pelo fato de estar reto, você pode resolver esse
pequeno pedaço da mesma maneira que o problema a inclinação reta. Cada pequeno
pedaço pode ser resolvido da mesma maneira, e depois você tem que apenas somar
todos os pedaços.
Isso é cálculo em poucas palavras. É preciso de um problema que não possa ser
feito com a matemática básica porque as coisas estão constantemente mudando – as
quantidades mudadas são vistas no gráfico como curvas – elas são ampliadas na curva
até que se tornem retas, e depois deixe a matemática regular terminar o problema.
O que torna o cálculo uma fantástica realização é que ele realmente amplia
infinitamente. Na realidade, tudo que você faz em cálculo envolve o infinito de uma
maneira ou de outra, porque se algo está constantemente mudando, está frequentemente
mudando infinitamente de cada infinitesimal momento até o próximo.

2. Limite

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
O conceito de limite é uma das ideias que distinguem o calculo da álgebra e da
trigonometria. Veremos nessa aula como definir e calcular os limites de funções. A
maioria dos limites pode ser obtida por substituição, analise gráfica, aproximação
numérica, álgebra ou alguma combinação dessas.
A noção de limite nos fornece um caminho preciso para verificar como as
funções variam continuamente. Também usamos limites para definir retas tangentes à
gráficos de funções e posteriormente a derivada de uma função. A derivada que
veremos adiante, fornece um caminho para quantificar a taxa a que valores de uma
função variam a cada instante.

2.1 Limites de Funções

O conceito de limite de funções tem grande utilidade na determinação do


comportamento de funções nas vizinhanças de um ponto fora do domínio, no
comportamento de funções quando x aumenta muito (tende para o infinito) ou diminui
muito (tende para menos infinito). Além disso, o conceito de limite é utilizado em
derivadas.
Intuitivamente, dada uma função f(x) e um ponto b do domínio, dizemos que o
limite da função é L quando x tende a b pela direita (x →b+) se, à medida que x se
aproxima de b pela direita (isto é, por valores superiores a b), os valores de f(x) se
aproximam de L. Simbolicamente, escrevemos:
lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿
𝑥→b+

Analogamente, dizemos que o limite da função é M quando x tende a b pela esquerda (x


→b-) se, à medida que x se aproxima de b pela esquerda (isto é, por valores inferiores a
b), os valores de f(x) se aproximam de M. Simbolicamente escrevemos:
lim 𝑓 (𝑥) = 𝑀
𝑥→b−

Exemplo: 01
𝑥 + 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 3
Considere a função dada por f(x) = { e calculamos os limites laterais
2𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 > 3
quando x tende a 3 pela direita e pela esquerda.

2.1.1 Limite pela esquerda


Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
Neste caso como x é menor que 3, a expressão de f(x) é f(x) = x + 2. Assim temos a
seguinte correspondência:
x f(x)
2,9 4,9
2,99 4,99
2,999 4,999
....... ........

Assim, percebe-se intuitivamente que quando x tende a 3 pela esquerda, f(x) tende a e
escrevemos.
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 5
𝑥→3−

2.1.2 Limite pela direita


Neste caso como x é maior que 3, a expressão de f(x) é f(x) = 2x. Assim temos a
seguinte correspondência:
x f(x)
3,1 6,2
3,01 6,02
3,001 6,002
....... ........

Assim, percebe-se intuitivamente que quando x tende a 3 pela esquerda, f(x) tende a e
escrevemos.
𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) = 6
𝑥→3+

Assim, seja f uma função definida num intervalo I ⊂ ℜ contendo b, exceto


possivelmente no próprio b . Dizemos que o limite de f(x) quando x se aproxima de b é
L € ℜ, e escrevemos lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿, se, e somente se, os limites laterais à esquerda e
𝑥→b

à direita de b são iguais à L, isto é, lim 𝑓 (𝑥) = lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿. Caso contrário,
𝑥→b+ 𝑥→b−

dizemos que o limite não existe, em símbolo ∄ lim 𝑓 (𝑥).


𝑥→b

2.2 Formas Indeterminadas

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
𝑥−2
Consideremos a função f(x) = e vejamos qual o limite quando x tende a 2; se x
𝑥 2 −4
tender a 2 pela esquerda ou pela direita, notamos que o numerador tende a ), bem como
0
o denominador. Teríamos então uma fração impossível de ser calculada ( 0 ) e que é

chamada de forma indeterminada.


Todavia, observamos que a expressão de f(x) pode ser simplificada ao fatorarmos o
denominador, ou seja:
𝑥−2 (𝑥−2) 1
f(x) = = =
𝑥 2 −4 (𝑥+2)(𝑥−2) (𝑥+2)

𝑥−2 1
Assim sendo, as funções f(x) = e h(x) = têm um mesmo comportamento
𝑥 2 −4 (𝑥+2)

idêntico(exceto para x = 2, em que a 1ª não é definida).


Ora, no cálculo do limite de f(x), quando x tende a 2, não interessa o que acontece
quando x = 2(pois quando x tende a 2 ele é diferente de 2). Assim, no cálculo do limite
f(x) e h(x) têm o mesmo comportamento. Portanto:
𝑥−2 1 1
𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = = =
𝑥→2 𝑥 2 −4 (𝑥+2) 4

Exemplos
𝑥 2 −10𝑥+25 (𝑥 −5). (𝑥 −5)
a)𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = = 𝑙𝑖𝑚 = 𝑙𝑖𝑚 (x – 5) = 0
𝑥→5 𝑥−5 𝑥→5 𝑥−5 𝑥→5

𝑥 2 −6𝑥+5 (𝑥 −1). (𝑥 −5)


b) 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = = 𝑙𝑖𝑚 = 𝑙𝑖𝑚(𝑥 – 5) = - 4
𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1
𝑥 2 +8𝑥 𝑥(𝑥+8)
c) 𝑙𝑖𝑚𝑓(𝑥) = = 𝑙𝑖𝑚 = 𝑙𝑖𝑚 (x + 8) = 8
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0

2.3 Limites Infinitos


5
Consideremos a função f(x) = definida para todos os reais diferentes de 3.
𝑥−3
Vejamos o que acontece com f(x) nas vizinhanças de 3.
Calculemos o limite de f(x) quando x tende a 3 pela direita: vamos atribuir a x os
valores de uma sucessão que convirja para 3 pela direita, por exemplo: (3,1; 3,01;
3,001;....). As correspondentes imagens são:
5
f(3,1) = 0,1 = 50,

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
5
f(3,01) = = 500,
0,01

5
f(3,001) = 0,001 = 5000.

Observamos que as imagens vão ficando cada vez maiores, superando qualquer
valor fixado. Dizemos, neste caso, que o limite de f(x), quando x tende a 3 pela direita, é
infinito, e escrevemos:
5
lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) = = ∞.
𝑥→3+ 𝑥→3+ 𝑥−3

Analogamente, para calcularmos o limite de f(x) pela esquerda, vamos atribuir a x,


por exemplo, os valores: (2,9; 2,99; 2,999;....). As correspondentes imagens são:
5
f(2,9) = −0,1 = -50,

5
f(2,99) = −0,01 = -500,

5
f(2,999) = −0,001 = -5000.

Observamos que as imagens vão ficando cada vez menores, ficando abaixo de
qualquer valor fixado. Dizemos, neste caso, que o limite de f(x), quando x tende a 3 pela
esquerda , é infinito, e escrevemos:
5
lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑓(𝑥) = = - ∞.
𝑥→3− 𝑥→3− 𝑥−3

De um modo geral, o limite de uma função é infinito quando os valores de f(x) vão
ficando cada vez maiores, superando qualquer valor fixado; da mesma forma, dizemos
que o limite de uma função é menos infinito quando os valores de f(x) vão ficando cada
vez menores, de modo a se situarem abaixo de qualquer valor fixado.
5. Propriedades dos Limites

Teorema 1

Se 𝐿, 𝑀, c e 𝑘 são números reais e lim 𝑓 (𝑥) = 𝐿 e lim 𝑔(𝑥) = 𝑀, então


𝑥→x0 𝑥→c

1. Regra da Soma: lim (𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = 𝐿 + 𝑀


𝑥→c

O limite da soma de duas funções é a soma de seus limites.

2. Regra da Diferenciação: lim (𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) = 𝐿 − 𝑀


𝑥→c

O limite da diferença de duas funções é a diferença de seus limites.

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
3. Regra da Diferenciação: lim (𝑓(𝑥). 𝑔(𝑥) = 𝐿. 𝑀
𝑥→c

O limite do produto de duas funções é o produto de seus limites.

4. Regra da Multiplicação pela constante: lim (𝑘 . 𝑓) = 𝑘. 𝐿


𝑥→c

O limite de uma constante multiplicada pela função é a constante multiplicada pelo


limite da função.
𝑓(𝑥) 𝐿
5. Regra do Quociente: lim = 𝑀 , 𝑀≠0
𝑥→c 𝑔(𝑥)

O limite do quociente de duas funções é o quociente de seus limites, desde que o limite
do denominador não seja zero.
𝑟 𝑟
6. Regra da Potenciação: se r e s são inteiros e s≠0, então lim (𝑓 (𝑥 𝑠 ) = 𝐿𝑠 desde
𝑥→c
𝑟
que 𝐿 seja um número real.
𝑠

O limite de uma potência racional de uma função é a potência do limite da função,


desde que a última seja um número real.

Teorema 2

Os limites de Funções polinomiais podem ser obtidos por substituição.

Se P(x) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + .... + 𝑎0 , então

lim 𝑃(𝑥) = 𝑃 (𝑐) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + .... + 𝑎0


𝑥→c

Teorema 3

Os limites de funções racionais podem ser obtidos por substituição, caso o Limite do
denominador não seja zero.
Se 𝑃(𝑥) = 𝑄(𝑥) são polinômios e 𝑄(𝑐) ≠ 0, então

𝑃(𝑥) 𝑃(𝑐)
lim =
𝑥→c 𝑄(𝑥) 𝑄(𝑐)

Exercício resolvido

01- Calcular o limite

a) 𝑙𝑖𝑚 (2x² + 3x – 4) = 2.2² + 3.2 – 4 = 2.4 + 6 – 4 10 =


𝑥→2

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.
02- Limite de uma função racional

𝑥 3 +4𝑥 2 −3 (−1)3 +4(−1)2 −3 0


a) 𝑙𝑖𝑚 = = =𝟎
𝑥→−1 𝑥2 +5 (−1)2 +5 6

𝑥 2 + 5𝑥 + 6 32 −5.3+ 6 9−15+6 0
b) 𝑙𝑖𝑚 = = = =0
𝑥→3 𝑥−5 3−5 −2 −2

4𝑥 − 5 32 −5.3+ 6 9−15+6 0
c) 𝑙𝑖𝑚( )= = = =0
𝑥→3 5𝑥−1 3−5 −2 −2

03- Cancelando um fator comum

𝑥 2 +𝑥−2 (𝑥−1)(𝑥+2) 𝑥+2


𝑙𝑖𝑚 = = , se 𝑥 ≠ 1
𝑥→1 𝑥 2 −𝑥 𝑥(𝑥−1) 𝑥

𝑥+2 1+2
𝑙𝑖𝑚 = = =3
𝑥→1 𝑥 1

Prof.ª. Clean Maria Reis Lourenço – Graduada em Licenciatura em Matemática – Fundação Universidade do
Tocantins, Licenciatura em Computação – UFRPE e Especialista em Mídias na Educação UFT.

Potrebbero piacerti anche