Sei sulla pagina 1di 268

21.

(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)


BR U N O C A V A LC A N T E 19 DE MAIO DE 2011 6 C O M E N T Á R IO S AD M I N I S TR AÇ Ã O D A PR O D U Ç ÃO , Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

A empresa Trensub está com um grave problema: alguns de seus vagões estão
parados há dois meses no departamento de manutenção, à espera de peças
para reposição. O Setor de Estoque da empresa alega que existem peças em
estoque, pois o banco de dados informa a existência de duas dessas peças,
mas o funcionário responsável pelo estoque não as encontra e o tempo passa.
Por sua vez, o Departamento de Compras não adquire novas peças em razão
das que supostamente existem no estoque. Nesta situação, duas técnicas de
controle que devem ser utilizadas pelo Setor de
Estoque para solução do problema são:

(A) Benchmarking e Roteirização.


(B) Código de Barras e Análise ABC.
(C) Teste de Consistência e Manuseio.
(D) Romaneio e Roteirização.
(E) Fluxograma e Brainstorming.

COMENTÁRIO

A questão fala de técnicas de controle de estoque.

Resolvi essa questão meio na eliminação. Assim, temos:


(Particularmente, não gosto de comentar questões assim, item a item, mas essa
foi melhor assim, já que alguns itens não teriam nada a ver com a matéria e
alguém poderia ficar na dúvida.)

a) Benchmarking e roteirização.
Benchmarking: é um processo contínuo de comparação dos produtos,
serviços e práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou
empresas reconhecidas como líderes.
É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e
práticas “companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e
alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva.
O benchmarking é aplicável para qualquer área da empresa, inclusive às
áreas de estoque, já que você está procurando experiências bem sucedidas
para servir de exemplo.

Roteirização: O próprio nome já diz. Criação de roteiros. É uma técnica não


de estoque, mas sim de racionalização dos transportes. Não a aplicada ao
controle de estoque.
Alternativa Falsa.
b) Código de Barras e Análise ABC.
Código de barras: Todos sabem. Códigos impressos que, quando lido pelo
sistema, mostra todas as informações que consta no banco de dados da
empresa. Muito útil para entrada e saída de materiais em estoque, já que evita
que funcionário fiquem digitando códigos ou nomes de produtos, reduzindo
muito os erros e as incertezas. Eu diria imprescindível no controle de estoque.

Análise ABC: Um dos assuntos mais batidos na gestão de estoques. Permite


que o usuário classifique os estoques de acordo com a importância. Os
critérios podem ser valor ou utilização dos materiais em estoque. Sendo:

A – Os materiais de maior importância.


B – Os materiais de importância intermediária.
C – Os materiais menos importantes.
Importantíssimo para um controle de estoque eficaz e eficiente. Garante
agilidade, pois ele determinará a disposição física dos estoques, e controle, já
que se tem uma ótima noção da importância de cada material.
Essa é a alternativa verdadeira.

(C) Teste de Consistência e Manuseio.


Teste de Consistência: Usado para verificar a consistência dos dados de
estoque. Ou seja, se aqueles dados realmente consistem no que existe no
estoque. É uma técnica, uma ferramente de controle. Ideal para o caso.

Manuseio: Vem do dicionário mesmo, diz respeito a movimentação, aos


cuidados na manipulação dos materiais. Nada a ver com controle de
estoques.
Alternativa Falsa;

(D) Romaneio e Roteirização.


Romaneio: É o procedimento de transferência de materiais de estoque entre
filiais da mesma empresa. Também diz respeito a transporte, não a controle
de estoques.

Roteirização já foi explicado.


Alternativa falsa.
(E) Fluxograma e Brainstorming.
Fluxograma: É a representação em diagrama, em esquema de um processo.
E de qualquer processo, inclusive processos de estoque. Mas serve para
estabelecer padrões de procedimento e não para controlar os estoque.

Brainstorming: “Tempestade Cerebral” é sua tradução literal. É uma


tempestade de idéias, quando todos se sentam juntos e começam a soltar
idéias sobre um determinado problema. Nessas reuniões são bem vindas
qualquer tipo de idéia, desde as mais absurdas às mais práticas. Enfim, é um
processo de ter idéias, usado para qualquer área. Mas não é controle.
Alternativa falsa.

RESPOSTA LETRA B

Galera, desculpa pela demora.


Espero que não aconteçam mais problemas.
Até mais!
22. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 23 DE MAIO DE 2011 2 C O M E N T Á R IO S AD M I N I S TR AÇ Ã O D A PR O D U Ç ÃO , Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

Assinale a opção que apresenta uma operação do sistema de distribuição,


referente ao Supply Chain Management , em que os produtos são recebidos,
selecionados e encaminhados de um caminhão para outro.
(A) Crossdocking
(B) Leaseback ativo
(C) Lead time longo
(D) Just-in-case
(E) Matriz de Changeover

COMENTÁRIO

Galera, me desculpem, assim como na anterior, não se tem como em um só


assunto abordar todos os ítens.
Aqui, para estratégia no dia da prova é descartar logo o que é absurdo e
pensar no resto e para essa questão, que fala de operações de sistema
de distribuição, podemos logo tirar as opções mais conhecidas e facilmente
descartáveis, já que, de fato, somente uma fala de distribuição.
b) Leaseback tem a ver com operações financeiras.
c) Lead Time longo. Lead Time, como lógico no nome, tem a ver com tempo.
Lead time é o tempo entre o pedido e a execução. Por exemplo, quando se
faz o pedido ao fornecedor o tempo que dura para esse produto entrar no
estoque se chama lead time de estoque, ou de reposição ou de fornecedores.
d) Just-in-case é uma espécie de variação do Just-in-time.
Enquanto o Just-in-time a filosofia é: Quando precisar, estará
pronto/disponível.
No Just-in-case é: Caso você precise, estará pronto/disponível.

Ficamos entre Matriz de Changeover e Crossdocking.

Na verdade, essas duas só se confudem por pouco de nós termos estudado


essa matriz de Changeover, que na verdade, nada tem a ver também com
distribuição. Mas muito candidato não sabia o que era, viu o “change” e ligou
à mudança de caminhão e marcou.

Changeover, na manufatura, é o tempo de preparação de uma máquina de


um produto para o outro.
Quando se está passando um determinado produto nas máquina e se vai
mudar o produto, o tempo de ajuste da máquina de um para o outro é
chamado changeover, que conta o tempo de limpeza. ajuste e inicialização.
Quando se tem uma tabela com todos esses tempo das máquinas da
empresa, se tem uma matriz de changeover.
Portanto, a nossa resposta é crossdocking.
É quando os depósitos não armazenam, só servem de ponto de troca de
caminhões para destinações diferentes. Ou de caminhões que venham com
muitas quantidades da fábrica para vans ou caminhões menores que irão
abastecer as lojas, como dito na figura:

Existem alguns tipos de crossdocking:

1 – Direto ou pacote fechado: Os pacotes já estão preparados para cada loja


pelo fornecedor. São simplesmente retirados de um caminhão e colocados no
caminhão para a loja específica.
2 – Reprocessamento: É quando se abre os pacotes para que se faça o lote
específico de cada loja, o depósito serve também como operação de
reprocessamento.
3 – Breve armazenagem: Quando o volume é insuficiente para um pacote
fechado e a entrega é menos frequente quem em demais produtos, é preciso
armazenar as quantidades de produtos por alguns dias até que se complete a
encomenda.
4 – Combinado: É um emprego misto entre os tipos acima.

Temos assim, a única que apresenta uma operação de distribuiçã é a que diz
crossdocking, mesmo sem saber o que era você matava.

RESPOSTA LETRA A

PS1: Galera, vou começar a demorar mais nos comentário, pois, assim como
vocês, eu também estudo para concursos. Estou com menos tempo e sem
ajuda nenhuma. Foi mal, mas vou passar aqui sempre que der.

Ps2: Figura retirada daqui. Tem um artigo todo de crossdocking, quem quiser
ler mais especificamente sobre isso.

Até a próxima, valeu galera.


23. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 2 DE JUNHO DE 2011 C O M EN T E ! A D M IN I ST R AÇ ÃO D A PR O D U Ç Ã O , Q U E S T Õ E S , TR AN S P E TR O 2 0 0 6

A Mobilutil é indústria moveleira que projeta seus produtos em constante


preocupação com o meio ambiente. Estes produtos são extremamente
duráveis, de alta qualidade, e fabricados com 80% de material reciclado.
A prática de gestão produtiva utilizada pela Mobilutil é a:

(A) manutenibilidade.
(B) hereditariedade.
(C) flexibilidade.
(D) condutibilidade.
(E) sustentabilidade.
COMENTÁRIO

Não sei, sinceramente, se essa questão foi para “frescar” (expressão


cearense para “brincar”) com a cara do candidato de tão fácil que estava.

De cara, já podemos descartar os ítens:


b – Hereditariedade, que se refere à passar de pai para filho. Meio nada a ver
com a questão.
c – Flexibilidade diz respeito ao quanto você aceita fugir de um determinado
padrão, na questão não fala nada disse.
d – Condutibilidade. Sinceramente, antes dessa questão, nunca tinha ouvido
falar nisso da administração, só na física mesmo. Pois deixem lá que isso é
coisa deles.

Essa prova, como um todo, não tem facilitado muito a vida de quem gosta de
comentar, por ter opções simplesmente absurdas, que nem cabem pra gente
comentar com bases em algum livro e tal. Mas vida de candidato é assim, tem
que eliminar por absurdo.

Eu deixei esse manutenibilidade como possível, pois alguém me disse que


achou que fosse uma pegadinha e marcou como “manutenção” do ambiente.
Não né, pessoal? Manutenibilidade é uma característica de algo, seja projeto
ou produto.
Um carro com baixo custo de manutenção e facilidade na mesma, podemos
dizer que tem alta manutenibilidade, nada a ver com meio ambiente. Mas
quero aqui abrir o leque de dúvidas o mais amplamente possível.

Enfim, nos sobra a tão batida e cobrada sustentabilidade.


Sustentabilidade trata-se de aproveitar bem os recursos de hoje para que
nunca falte. Entendam bem, não é não utilizar recursos naturais, é utilizar com
inteligência, aproveitando o máximo possível tudo que esse recurso
disponibilizar. Famoso ecologicamento correto.

Em seu livro, Albert Brasil Gradvohl (citando a publicação da Comissão


Mundial do Meio Ambiente) fala o seguinte: Sustentabilidade ou
desenvolvimento sustentável é “um processo de transformação no qual a
exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do
desenvolvimento tecnológico e as mudanças intitucionais se harmoniza e
reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender as necessidades e
aspirações humanas, ou seja, a forma mais racional de se utilizar os recursos
naturais”

Dito isso, uma empresa que utiliza 80% de material reciclado está sendo
sustentável.

RESPOSTA LETRA E
24. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2011 C O M EN T E ! A D M IN I ST R AÇ ÃO D A PR O D U Ç Ã O , Q U E S T Õ E S , TR AN S P E TR O 2 0 0 6

Uma exigência que se faz a todo administrador de materiais é uma análise


detalhada dos estoques. Na busca desses objetivos, os administradores
dispõem de alguns indicadores. Dentre estes, o que mede a percentagem de
itens corretos após o término do inventário físico é o(a):

(A) nível de rotatividade.


(B) giro de estoques.
(C) taxa de produtividade.
(D) cobertura de estoques.
(E) acurácia dos controles.

COMENTÁRIO
(Integralmente comentada pelo novo colaborador de site: Lucas Frota)

Primeiramente deve-se observar que os itens a) e c) sequer dizem respeito à


gestão de estoques, pois:
a) Nível de rotatividade: está ligado à gestão de pessoas, pois mede o “giro de
pessoas” num determinado período, ou seja, o número de colaboradores que
a organização demite e admite em caráter substitutivo é possível medi-lo
através da seguinte fórmula: (nº de admissões + nº de demissões) / 2 x nº
padrão de colaboradores. Atenção, neste cálculo não se leva em
consideração admissões e demissões decorrentes de expansão ou contração
da estrutura organizacional, por exemplo relacionadas a crescimento e
downsizing, respectivamente
c) Taxa de produtividade: é um índice ligado aos processos produtivos, que
transformam ou agregam valor ao que um dia fora armazenado (no caso de
produtos físicos), ou ao processo de prestação/execução de um serviço. Este
índice mede basicamente a relação entre os resultados e a quantidade de
insumos (tempo, esforço, energia, matéria-prima, informação, etc)
necessários ao processo produtivo. Ou seja, produtividade = resultados /
insumos, Sob essa ótica, o objetivo empresarial deve-se guiar pelo aumento
do numerador e pela diminuição do denominador.
Ok, alternativas a) e c) estão fora de cogitação. Vamos aos outros itens:

b) Giro de estoques: este indicador financeiro é ótimo para avaliar como


administradores utilizam seus ativos (neste caso, o estoque) em comparação
a concorrentes diretos. Seu cálculo mede a relação entre a compra (ou
produção) e venda de mercadorias e o estoque médio para um determinado
período (algo análogo ao nível de rotatividade, mas com mercadorias). Então,
giro do estoque = custo das mercadorias vendidas / estoques. Por exemplo,
se uma empresa tem estoque médio de 200 produtos, sob custo de R$ 2,00
cada, e vendeu 10.000 destes produtos em um ano, pode-se dizer que seu
estoque “girou” 50 vezes no ano, pois giro do estoque = 10.000 / 200 (nº de
unidades), ou = 20.000 / 400 (valor monetário). Interessante, mas não isso
não discute controle de estoques e passa longe de inventário.

d) Cobertura de estoques: este é um índice simples, o qual mostra quantos


dias (ou semanas, ou meses, ou anos!) o estoque médio pode suprir a
demanda pelo produto armazenado. Ou seja, se temos em média 200 itens de
um determinado produto em estoque e diariamente vendemos (em média) 40
destes itens, o estoque “cobrirá” a demanda por 5 dias. Simples, mas não
promete a contagem correta de itens do inventário físico.

e) Acurácia de controles: embora a palavra “estoque” não esteja presente


nesta alternativa, aqueles que sabem o significado da palavra “acurácia”
acertariam esta questão facilmente. Ora, acurácia é exatidão! Vejam que a
questão pede “o que mede a percentagem de itens corretos após o término do
inventário físico”. O inventário físico é em si um controle. O que se pode
esperar deste controle? Exatidão nos dados fornecidos! Dados CORRETOS!
Não há como escapar, a resposta é letra e)

RESPOSTA LETRA E
25. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2011 C O M EN T E ! A D M IN I ST R AÇ ÃO D A PR O D U Ç Ã O , Q U E S T Õ E S , TR AN S P E TR O 2 0 0 6

O gerente de materiais de uma empresa fabricante de diversos produtos


plásticos precisa decidir sobre a instalação de um dos sistemas
computadorizados de controle de estoques. O primeiro deles, de custo
elevado, registra em tempo real todas as movimentações dos produtos no
estoque. O segundo registra as movimentações no estoque a cada três
meses e tem custo mais modesto. Levando em conta estas considerações e
as características da empresa, o gerente de materiais optou pelo primeiro
sistema, apesar de mais caro, pois o(a):

(A) custo dos materiais é feito ao final do exercício fiscal.


(B) valor total do estoque é calculado através do levantamento manual.
(C) atualização do estoque é feita a cada movimentação.
(D) entrada dos materiais no estoque é feita ao final de cada semestre.
(E) saída dos materiais é anotada antes de ser feita a venda.

COMENTÁRIO
(Integralmente comentada pelo novo colaborador de site: Lucas Frota)

Esta questão dispensa qualquer explicação acerca de administração, ela


deveria ser parte da prova de português, pois é meramente interpretativa.
Vejam que o administrador citado escolheu o primeiro sistema, mais caro,
aquele que “registra em tempo real todas as movimentações dos produtos no
estoque”.

Primeiramente, TEMPO REAL não ocorre ao final de cada exercício fiscal (A),
nem ocorre no final de cada semestre (D). Portanto, falsas estas alternativas.

Em seguida, a compra de um sistema computadorizado de administração de


estoques, de alto custo, (o que, em teoria, possibilitaria relatórios imediatos)
se opõe fortemente ao levantamento manual de estoques (B)… (aquela em
que o Joãozinho conta caixas etiquetadas e dá um tique ou escreve um
número numa lista sobre uma prancheta)

Na alternativa (E), além de um sistema computadorizado de alto valor, o


gerente precisaria de uma bola cristal, pois anotar saída de mercadoria antes
da venda é prever o futuro. Isso não é tempo real, é futuro simples.

Por fim, a alternativa (C), a correta, reproduz o que diz o enunciado, pois
qualquer movimento no estoque será imediatamente registrado, o que permite
análise em TEMPO REAL.

RESPOSTA LETRA C
26. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2011 1 C O M E N T Á R IO Q U E S T Õ E S , TR AN S P E TR O 2 0 0 6

Abraham M. Maslow desenvolveu uma visão abrangente da motivação do


indivíduo, conhecida em Administração como a “Hierarquia das Necessidades
de Maslow”. Segundo esse autor, as necessidades humanas mais elevadas,
que levam o indivíduo a tentar desenvolver seu próprio potencial e a si mesmo
como pessoa humana são as necessidades:

(A) de segurança.
(B) de estima.
(C) de auto-realização.
(D) sociais.
(E) fisiológicas.

COMENTÁRIO

Nosso querido Maslow, batido até demais em provas de administrador.

Maslow escreveu uma teoria sobre a motivação humana e, dentro dela,


relacionou 5 necessidades hierarquicamente organizada em uma pirâmide,
chamada de “Hierarquia das Necessidades de Maslow”. Na base da pirâmide,
segundo Maslow, ficam as necessidades mais básicas, que precisam ser
primeiramente saisfeitas para ir subindo na pirâmide. Enfim, a pirâmide das
necessidades é essa, retirada do site Sua Mente, está na própria imagem.

Explicando um pouco:

As necessidades mais primárias do ser humano, mais básicas de serem


atingidas são as Necessidades Fisiológicas Básicas. Elas se referem a
elementos que o indivíduo precisa para sobreviver, sendo essas
necessidades:

– Alimentação (água e comida)


– Respiração
– Reprodução
– Descanso
– Abrigo
– Vestimenta
– Homeostase (manter o sistema do regulagem do corpo humano perfeito)

Sendo essas necessidades básicas supridas, o ser humano busca a próxima


camada da pirâmide, que é a Necessidade de Segurança. Essa se refere
mais à estabilidade, à manutenção do meio onde se vive para que imprevistos
não possam tomar o que se tem.
São necessidades de segurança:

– Segurança física pessoal


– Segurança financeira
– Saúde e bem-estar
– Rede de proteção contra imprevistos

Depois que o indivíduo consegue conquistar essas necessidades de


segurança, naturalmente, sobe mais um degrau na pirâmide, indo para
as Necessidade Sociais (chamadas também de “Afetivo-Social”, “Amizade” e
vários outros termos que referem-se a grupos). Essa necessidade já relata um
pouco a base emocional do indíviduo, é ele sentir-se inserido na sociedade,
em um grupo social. Sentir-se pertencente a um meio.

São essas necessidades Sociais:

– Amizade
– Intimidade (amigos íntimos, mentores, confidentes)
– Convivência social (círculos de convivência variados)
– Família
– Organizações (clubes, entidades de classe, torcidas, gangues)

A ausência dessa necessidade suprida, a solidão, se torna tão perigosa que


chega ao ponto de uma pessoa colocar em risco seus fatores de segurança
para suprir essa necessidade. Como é o caso de alguém que compra coisas
caríssimas, colocando em risco sua segurança financeira, para provar algo
aos familiares.

Depois desse patamar o indíviduo começa às necessidade de começar a se


sentir bem consigo mesmo, a Necessidade de Estima (Necessidade de
Ego), é aquela busca de se respeitar e ser respeitado também, elevar sua
auto-estima.

Quando ele consegue isso tudo, ele vai dar tudo de si para ser o melhor, para
desenvolver todo o seu potencial profissional e humano, se motivar para
chegar em níveis além do que imaginava e satisfazer sua Necessidade de
Auto-Realização, essa é a necessidade que não deixa o indíviduo parar
nunca, a mais elevada das necessidades e a nossa resposta da questão.

RESPOSTA LETRA C

PS: Quando eu não colocar comentada por é porque foi comentada por mim
mesmo, Bruno Biggle. Ficou implícito, né? Mas só para explicitar isso.
27. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2011 5 C O M E N T Á R IO S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

No que se refere ao recrutamento e seleção numa Organização, analise as


afirmações abaixo.

I – A fase de recrutamento se encerra com a formalização da solicitação de


emprego.
II – Agências de empregos e instituições educacionais são canais de
recrutamento.
III – Na etapa de recrutamento a Organização realiza, entre outras, a
avaliação médica.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas.

COMENTÁRIO

Recrutamento e seleção são assuntos tão importantes que cada um tem seu
próprio capítulo no livro Gestão de Pessoas do Chiavenato e, pelo menos na
minha faculdade, dedicamos metade de uma cadeira de RH só para esses
assuntos. Apesar de não ser unanimidade entre os que estudam
administração, o Chiavenato é queridinho da CESGRANRIO.

Vou tentar resumir.

Vamos ao recrutamento:

Nas palavras do Chiavenato: “O recrutamento corresponde ao processo pelo


qual a organização atrai candidatos no MRH (Mercado de Recursos
Humanos) para abastacer seu processo seletivo. Na verdade, o recrutamento
funciona como um processo de comuncação: a organização divulga e oferece
oportunidades de trabalho ao MRH. O recrutamento – tal como ocorre com o
processo de comunicaçã0 – é um processo de 2 mãos: ele comunica e
divulga oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os
candidatos para o processo seletivo. Se o recrutamento apenas comunica e
divulga, ele não atinge seus objetivos básicos. O fundamental é que traga
candidatos para serem selecionados.”
Ainda segundo o autor, as principais técnicas de recurtamento (externo) são:

1 – Anúncios em jornais e revistas;


2 – Agências de recrutamento;
3- Contatos com escolas, universidades e agremiações;
4 – Cartazes ou anúncios em locais visíveis;
5 – Apresentação de candidatos por indicação de funcionários;
6 – Consulta aos arquivos de candidatos;
7 – Recrutamento virtual
8 – Banco de dados de candidatos ou banco de talentos.

O curriculum vitae é a forma do candidato se mostrar interessado pela vaga. A


partir do momento que o currículo chega na empresa, o recrutamento cumpriu
seu objetivo e passamos para a seleção de candidatos.

Essa seleção “funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas
algumas pessoas possam ingressar na organização: aquelas que apresentam
características desejadas pela organização. (…) Em termos mais amplos, a
seleção busca, dentre os vários candidatos recrutados, aqueles que são mais
adequados aos cargos existentes na organização ou às competências
necessárias.”

A seleção é um processo de decisão, de escolha normalmente tomado


através da comparação entre candidatos recrutados. Na seleção serão
identificadas características pessoais, profissionais e de vida pregressa do
candidato. Existem várias técnicas (entrevista, prova, concurso, testes) mas
detalharemos em outra oportunidade.

Agora analisando as afirmativas.

I – A fase de recrutamento se encerra com a formalização da solicitação de


emprego. – Correta. Após a entrega do currículo inicia-se a seleção.

II – Agências de empregos e instituições educacionais são canais de


recrutamento. – Correta. Chiavenato cita isso como um meio de recrutamento
externo.

III – Na etapa de recrutamento a Organização realiza, entre outras, a


avaliação médica. – Avaliação médica já é uma forma de seleção, não de
recrutamento.

RESPOSTA LETRA D
28. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 6 DE JUNHO DE 2011 7 C O M E N T Á R IO S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

Relacione a primeira coluna com a segunda, quanto às categorias dos


objetivos da administração de recursos humanos.
(P) Manutenção de recursos humanos adequados às necessidades da Organização.
I. Objetivos Societários
(Q) Instrumento de efetividade organizacional.
II. Objetivos Funcionais
(R) Responsabilidade social da Organização.
III. Objetivos Organizacionais
(S) Redução de custos e aumento da lucratividade

A relação correta é:
(A) I – P , II – S, III – Q e R.
(B) I – Q, II – R e S, III – P.
(C) I – Q e R, II – P, III – S.
(D) I – R, II – P, III – Q e S.
(E) I – S, II – Q, III – P e R.

COMENTÁRIO

Essa questão foi um pouco difícil de ser entendida e acredito que ainda causa
confusão em algumas pessoas. Inclusive em mim e no Lucas, que comentamos
as questões. A gente “penou” um pouco até se ligar que com essa
nomenclatura não se acha em livro. Me liguei que, na verdade, para resolver
essa questão você tem que pensar assim:

I – Objetivo Societário = Objetivo estratégico.


A hierarquia mais alta do planejamento. A parte macroambiental (global,
englobando empresa e mercado), de longo prazo. Mais generalista.

II – Objetivo Funcional = Objetivo Operacional.


A hierarquia mais baixa no planejamento. Voltado para tarefas diárias, de
curto prazo. Específico de uma operação.

III – Objetivo Organizacional = Objetivo Tático.


A hierarquia mediana. Ações de médio prazo quem englobam visando o
ambiente interno da empresa. Geralmento são objetivos divisionais
(departamentais).

Pensando assim você acertaria a questão. Alguns ligaram os sócios ao


dinheiro (redução e custos e aumento da lucratividade) e marcaram a letra E,
que seria a única que teria essa resposta, mas infelizmente está errado.
Vamos comentar todas as opções.

(P) Manutenção de recursos humanos adequados às necessidades da


Organização.
Qual a necessidade da organização?
Manter-se em operação, não para por falta de pessoal. Ou seja, manter
recursos humanos adequados para operacionalização da empresa é uma
objetivo de curto prazo. Eu tenho que ter pessoas adequadas agora, não
posso planejar de médio ou longo prazo se não a empresa pára. Se ele
tivesse falado procurar pessoal qualificado para uma futura expansão ou para
um processo novo que entrará em breve na empresa, seria diferente. Mas não
falou, então esses objetivos são de curto prazo, é para o agora.

Objetivo operacional ou funcional.

(Q) Instrumento de efetividade organizacional.


Na primeira questão que eu comentei, da Petrobrás (Questão 21 da prova de
2011), eu falei um pouco sobre eficácia, eficiência e efetividade. Alcançar
esses parâmetros de eficiência, eficácia e efetividade são objetivos de médio
prazo. Exigem um certo planejamento antecipado, mas que não envolvem o
mercado externo, principalmente quando se coloca esse “organizacional” que
limita a ação ao ambiente interno da empresa.

Objetivos de médio prazo são os objetivos táticos ou organizacionais.

(R) Responsabilidade social da Organização.


Responsabilidade social vem da idéia de que a organização não presta contas
só aos societários, mas sim à sociedade como um todo e, quanto mais essa
empresa gera resultados para a sociedade, mais socialmente responsável ela
é. Hoje em dia se fala muito da responsabilidade sócio-ambiental, integrando
questões de sociedade, como violência e educação, e ambientais, como
sustentabilidade. Essa responsabilidade sem dúvida tem de ser muito bem
planejada de acordo com a capacidade da empresa e a longo prazo, não são
ações pontuais. Além de, claramente, serem ações globais, envolvendo o
macroambiente.

Portanto são objetivos estratégicos ou societários.

(S) Redução de custos e aumento da lucratividade


São objetivos internos da empresa. Cada setor tem sua meta de redução de
custos, de acordo com suas atividades e, logicamente, seus custos. É uma
meta de médio prazo, não tem como se mudar tudo de uma hora para outra
além de não envolver o mercado externo para essa redução. Só pelo fato de
diminuirmos custos, os lucros aumentam e, logicamente, a relação
lucro/vendas também.

Essa relação é chamada lucratividade. Objetivos táticos ou


organizacionais.

RESPOSTA LETRA D
29. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 6 DE JUNHO DE 2011 C O M EN T E ! Q U E S TÕ ES , TR A N S P E TR O 2 0 0 6

Com relação à adequação do composto promocional aos estágios de decisão


de compra, é correto afirmar que:

(A) no estágio de pré-compra, a propaganda é mais útil do que a venda


pessoal, porque ela informa ao cliente em potencial a existência do produto e
do vendedor.
(B) no estágio da compra, observa-se uma expressiva queda na influência das
vendas pessoais no processo decisório do comprador, comparativamente à
da propaganda.
(C) no estágio de pós-compra, deixa de fazer sentido o emprego de
propaganda e de vendas pessoais.
(D) as promoções de venda desempenham um importante papel nos estágios
da pré e da pós-compra, mas têm
influência reduzida no estágio de compra.
(E) a distribuição de amostras grátis no estágio de pré-compra não configura
uma opção de experimentação de baixo risco.
COMENTÁRIO
(Comentada por Lucas Frota)

Quem trabalha ou trabalhou com varejo ou quem reflete acerca do próprio


comportamento enquanto consumidor faz essa questão sem apelar a teorias:

(A) O item está correto, pois, de fato, no estágio de pré-compra o consumidor


está angariando informações (conscientemente ou não) acerca dos produtos
disponíveis no mercado. Seria extremamente dispendioso utilizar venda direta
ao público geral, pois as organizações não sabem precisamente que
indivíduos/empresas/governos buscam seus produtos/serviços. Contudo, elas
conhecem o segmento em que atuam, utilizam-se da publicidade para atingi-
lo massivamente e anunciar seu negócio. Uma vez que o consumidor é
atraído, a publicidade cumpriu seu papel, e no processo de compra a venda
pessoal mostra-se uma excelente ferramenta.

(B) Alternativa errada. Propagandas anunciam oportunidades, ideias,


conceitos, atraem, seduzem, podem criar uma expectativa de venda, mas não
fecham negócios. Um argumento ou uma explicação direcionada ao indivíduo
(e não ao segmento como um todo) podem persuadir muito mais que uma
bela propaganda.

(C) Alternativa errada. Aqui o segredo é “fidelizar” o consumidor. O que se


propõe é a criação de um relacionamento com o consumidor. Terminado o
processo de compra/venda (e iniciado o pós-compra/pós-venda), a empresa
não pode relaxar, deve manter laços com o cliente, o que pode levá-la a
vender por muitos anos continuados para este e para outros que ele possa
indicar.

(D) Item errado. Anunciar uma promoção no estágio de pré-venda pode até
ser interessante como forma de atrair o consumidor, mas anunciá-la depois
que o cliente comprou o que necessitava pelo preço “tabelado” é um tiro no
pé, ou melhor, na relação pós-venda. E, claro, as promoções podem ser uma
ferramenta excelente para fechar negócios, ou seja, no estágio de compra.

(E) Alternativa falsa. A distribuição de amostra grátis no estágio de pré-


compra, e também no de compra, é uma experimentação de baixíssimo risco
(não necessariamente de baixo custo, não confunda), a menos, é claro, que a
organização trabalhe com produtos nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Na
verdade, é um ótimo investimento em pesquisa de mercado.

RESPOSTA LETRA A
30. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 8 DE JUNHO DE 2011 C O M EN T E ! Q U E S TÕ ES , TR A N S P E TR O 2 0 0 6

Embora seja comum a representação do ciclo de vida de produtos por meio


de uma curva genérica, sabe-se que a forma dessa curva pode variar
bastante em função de características como o tipo do produto (bens de
consumo ou bens industriais), a intensidade dos esforços de comunicação
feitos pelo produtor, o grau de mudança tecnológica envolvida no produto e o
grau de aprendizagem necessária para que o consumidor consiga usar o
produto, entre outras. A seguir, são apresentados quatro gráficos indicativos
de ciclosde vida de diferentes produtos.

Assinale a opção que indica a seguinte ordem: produto de baixa


aprendizagem – produto de alta aprendizagem – produto de moda – produto
de modismo.

(A) I – II – III – IV
(B) I – IV – III – II
(C) II – I – III – IV
(D) II – I – IV – III
(E) IV – II – III – I
COMENTÁRIO

Falando um pouco, primeiramente, sobre a relação “aprendizagem X vendas”.

O que é aprendizagem? Nos termos da questão, quando se relaciona com as


vendas, é a facilidade que o consumidor tem para se familiarizar com aquele
produto. Quanto menor o esforço para aprender, menor é o grau de
aprendizagem do produto. Como isso influencia as vendas? Vamos através
de um exemplo.

O Windows ainda é o sistema operacional mais utilizado no mundo (na base


do “eu acho”). Toda vez que a Microsoft, fabricante do Windows, lança um
novo modelo, uma nova versão, todo mundo fica com “um pé atrás” de mudar,
de não achar mais as funções mais utilizadas e dos programas mais utilizados
não darem certo. A medida que o produto se mostra tão simples quanto o
anterior e com melhorias fáceis de serem achadas e utilizadas, as vendas
aumentam rapidamente por causa de seu baixo grau de aprendizagem.
O contrário, caso ele se mostre extremamente incompatível, para achar as
melhorias você precisa entender demais sobre ele e demandaria muito tempo
para isso, as vendas tendem a crescer em um ritmo bem lento e normalmente
não tanto quanto o de baixa aprendizagem.

A moda já é um estilo popular ou concorrente aceito em uma determinada


área. Ela passa por quatro estágios: distinção, emulação, massificação e
declínio. Há divergências sobre a duração de uma moda, mas geralmente o
duração do ciclo de uma moda depende do quanto ela atende uma real
necessidade, quanto mais ela for relevante mais tempo dura seu ciclo.

O modismo é uma moda que aparece subitamente e cai em declínio da


mesma maneira. Seu ciclo de aceitação é curto e tende a atrair um número
limitado de pessoas, que geralmente buscam se destacar das outras pessoas.
Aos gráficos e ligando ao que falamos:

GRAFICO I – Uma subida lenta ao passar do tempo, um estágio de ápice e o


declínio. É o que foi falado do Windows complicado, ele vai vender, pois
existem pessoas que querem se arriscar ou mesmo pessoas que entendem
mais de informática e não acharão tão difícil o produto. Mas suas vendas
crescerão muito devagar e o ápice não será tão alto quanto de um Windows
mais simples. Esse é o de “produto de alta aprendizagem”.

GRÁFICO II – Subida rápida, ápice alto além de uma boa duração de seu
ciclo no tempo. É o Windows fácil de ser usado será vendido rapidamente e
alcançará um maior número de usuários, a medida em que as pessoas
facilmente acostumam-se rapidamente com o produtos, as vendas crescem
rapidamente também. Esse é o gráfico de “produto de baixa aprendizagem”.

GRÁFICO III – Quem estudou pelo livro do Kotler – Administração de


Marketing (A bíblia do Marketing) viu que esse gráfico 3 se assemelha mais
com o gráfico do “Estilo” do que da “moda”, porém, como não se tem a opção
de estilos e, segundo outros autores a moda é cíclica, então ela tem essa
configuração de subir rapidamente e entrar em declínio do mesmo jeito e
perdurando esse movimento durante um tempo. Esse é o gráfico do “produto
de moda”.

GRÁFICO IV – Subida súbita e desaparecimento da mesma maneira. Ciclo de


duração curtíssimo, estamos falando do “produto modismo”.

RESPOSTA LETRA C
31. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 8 DE JUNHO DE 2011 2 C O M E N T Á R IO S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

Em relação a marketing de serviços, considere as afirmativas a seguir.


I – Serviços nunca podem ser estocados.
II – Usuários de um serviço podem ser vistos como fatores de produção desse
serviço.
III – Mudanças na operação dos serviços costumam acarretar mudanças no
comportamento do consumidor.
IV – Qualquer elemento presente num ambiente de prestação de serviço –
seja ele uma máquina, um equipamento, uma instalação, um funcionário de
contato ou mesmo outros usuários do serviço – tem o potencial de influenciar
a avaliação que um consumidor faz do serviço.
V – É impossível garantir o controle da qualidade de um serviço antes que ele
chegue até o consumidor.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s):

(A) III, apenas.


(B) III e IV, apenas.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III, IV e V.
COMENTÁRIO (Comentada por Lucas Frota)

Vamos analisar cada alternativa com exemplos práticos e, se possível, uma


palavra que os resuma:

I – Verdadeira. Só é possível usar um serviço no momento em que ele é


oferecido/executado, não é possível “guardar” uma consulta com o médico ou
uma palestra e usá-la mais tarde. Isso é chamado de PERECIBILIDADE.

II – Verdadeira. O cliente (ou o objeto modificado em benefício dele) e o


prestador do serviço (à exceção do auto-serviço) são imprescindíveis para a
existência do serviço. Não é possível imaginar um corte de cabelos sem um
cliente nem um cabeleireiro, uma manutenção automotiva sem um carro nem
um mecânico, uma consulta médica sem um paciente nem sem um médico, e
assim por diante. Essa é a INSEPARABILIDADE. Bens tangíveis, por outro
lado, são produzidos independentemente da presença de seus futuros
usuários e podem ser vendidos por indivíduos diferentes daqueles que os
produziram.

III – Verdadeira. Darei exemplo simples para ilustrar a correlação entre padrão
de prestação de serviços e reações comportamentais do consumidor diante
desse: Se você costuma pagar suas contas num determinado banco
conhecido pela agilidade no atendimento, você possivelmente ficará
impaciente, ansioso, até mesmo nervoso, caso um dia qualquer você tenha de
esperar na fila por um tempo superior ao normal. Consumidores não ficam
indiferentes ao se deparar com a prestação de um serviço que os surpreende
ou os frustra, e se envolvem com a situação.

IV – Verdadeira. Ora, quem nunca desistiu da compra de um produto


desejado porque foi mal atendido? O ambiente de prestação de serviços é
elemento fundamental para a experiência de consumo: um restaurante limpo,
um laboratório bem equipado, uma academia de ginástica bem aparelhada,
uma sala de cinema aconchegante, uma loja com bons produtos bem
dispostos e uma equipe de vendas bem treinada fazem toda a diferença na
experiência de compra de um bem, seja ele um produto ou serviço. O cliente
observa esses elementos e, através deles, julga previamente o custo-
benefício do serviço.

V – Verdadeira. É possível estabelecer padrões/rotinas/métodos de execução,


treinar funcionários, criar um ambiente propício à boa execução de um
serviço, e desta forma desenvolver parâmetros de qualidade e expô-los ao
consumidor, mas, no fim das contas, um serviço jamais será perfeitamente
igual a outro. Serviços, portanto. não primam pela UNIFORMIDADE.

RESPOSTA LETRA E
32. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2006)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE JUNHO DE 2011 6 C O M E N T Á R IO S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 0 6

Considere as seguintes informações:


I – as mulheres vêm tendo uma participação cada vez maior no mercado de
trabalho;
II – temendo a violência, os moradores das grandes cidades estão saindo
menos à noite;
III – os consumidores vêm perdendo o medo de fazer compras pela Internet;
IV – algumas empresas, tradicionais fabricantes de bens industriais
indiferenciados, têm passado a produzir maquinaria sofisticada, de alto valor
agregado;
V – o câmbio favorável tem estimulado as importações de produtos chineses.

Está correto afirmar que, dentre elas, a(s) que recomenda(m) uma mudança
na estratégia de canais de distribuição é (são):

(A) III, apenas.


(B) III e V, apenas.
(C) I, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III, IV e V.

COMENTÁRIO:
(Comentada por Lucas Frota)

Primeiro vamos entender:


Canal de distribuição consiste no esforço combinado de agentes
intermediários que possibilitam a saída do produto do centro produtivo e sua
chegada ao consumidor final. Nesse grupo entram transportadores,
distribuidores, agentes de importação/exportação, depósitos, atacadistas,
varejistas, revendedores, sacoleiros, enfim, todos que, combinadamente,
representam “o caminho” percorrido pelo bem desde sua produção até sua
entrega ao consumidor final.
Naturalmente, alguns centros produtivos não precisarão de tantos
intermediários, seja pela proximidade do consumidor, pela segmentação
bastante restrita do mercado, ou por verticalização do negócio. No caso de
grandes produtores, ou produtores cujo público alvo seja geograficamente ou
mercadologicamente “pulverizado”, os canais de distribuição tornam-se
ferramentas estratégicas, que possibilitarão: fracionar, selecionar sortimentos,
fornecer informações e transferir riscos. Quando da escolha de um canal de
distribuição, três itens importantes devem ser bem definidos: os custos
envolvidos, a cobertura e o controle sobre os produtos. Diante disto,
analisemos:
I – as mulheres vêm tendo uma participação cada vez maior no mercado de
trabalho; – O aumento do contingente de mulheres que trabalham é um
fenômeno social que afeta outros fenômenos demográficos e alguns
econômicos, como, por exemplo, o nível médio de renda familiar, bem como
mercadológicos: os padrões do consumo, o padrão de qualidade de
produtos/serviços, o surgimento de nichos de mercado, os quais poderiam
impactar sobremodo a demanda qualitativa e quantitativa de determinados
bens e afetar os canais de distribuição.

II – temendo a violência, os moradores das grandes cidades estão saindo


menos à noite; – Os moradores das grandes cidades são consumidores
vorazes de produtos e serviços. Se eles ficam mais tempo em casa à noite,
seus hábitos de compra serão afetados, e, consequentemente, empresas que
tradicionalmente oferecem serviços nesse período teriam de achar novas
formas de fazer com que os produtos/serviços cheguem a seus clientes. Seria
o caso, por exemplo, de uma pizzaria, que durante a noite diminuiria seu
número de atendentes/garçons, e aumentaria o número de entregadores e até
mesmo de linhas telefônicas.

III – os consumidores vêm perdendo o medo de fazer compras pela Internet; –


Compras pela internet são a coqueluche do momento e os canais de
distribuição são profundamente afetados por elas. A compra pela internet
permite corte de custos significativos na cadeia de suprimentos, pois
prescinde da exibição proporcionada pelo varejo, da estocagem próxima aos
centros de demanda, e do vai-e-vem do transporte. E no Brasil as compras
por internet ainda estão engatinhando, há um amplo espaço para crescimento
desta nova forma de informar o consumidor e entregar-lhe produtos.

IV – algumas empresas, tradicionais fabricantes de bens industriais


indiferenciados, têm passado a produzir maquinaria sofisticada, de alto valor
agregado; – Esse tipo de mudança (de “commodities” industriais para
maquinaria sofisticada de alto valor) é provavelmente causa ou consequência
de uma mudança de público alvo. Desse modo a mudança nos canais de
distribuição visaria à cobertura de um mercado possivelmente mais restrito, o
controle mais forte sobre a qualidade de serviços envolvidos e a busca por
parceiros especializados na venda destes produtos.
V – o câmbio favorável tem estimulado as importações de produtos chineses.
– O fato informado nesta alternativa afeta de diversos modos a estratégia de
canais de distribuição. Primeiramente, diversos produtos viriam de outro
continente, mais precisamente do outro lado do mundo, e isso implica em
mudanças drásticas sobretudo nos modais de transporte e nos agentes
intermediários. Por outro lado, as empresas locais, diante da concorrência
chinesa, buscariam novas formas de oferecer produtos competitivamente,
seja através de rapidez na entrega, garantias de qualidade na entrega, ou por
preços mais baixos. Nos três casos, os canais de distribuição seriam alvo de
mudanças, pois permitem reduzir custos e aumentar o fluxo de informações
consideravelmente.

Sob minha análise, as cinco alternativas possibilitam mudanças estratégicas


nos canais de distribuição. Eu marcaria a alternativa (E). Contudo, o gabarito
traz como RESPOSTA ALTERNATIVA (D)… eu ficaria grato se alguém me
explicasse porque o item V não acarreta em mudança nos canais de
distribuição.

——————–
A partir daqui é uma visão do Bruno Biggle:
Também concordo, nessa marcaria todas verdadeiras sem medo de ser feliz
e, depois, entraria com recurso certeza. Não sei se o gabarito que tenho aqui
(que também mostra a letra D) é definitivo e se alguém obteve alguma
resposta de recurso dessa questão. Mas vamos aqui tentar abstrair e pensar
como a banca:

A invasão de produtos chineses bem mais baratos faz com que as empresas
tenham que repensar seus produtos, colocar um diferencial neles. Não
necessariamente mudar os canais de distribuição (transporte, locais de
vendas entre outros). Aqui cabe mais as estratégias genéricas. Ou a empresa
vai para uma diferenciação (independente do nível de mercado) ou a empresa
vai para o corte total de custos (em tudo, matéria-prima, pessoal etc). A
questão nos pede as situações que recomendam. Entre todas essas, a 5 é a
única que se tem opção fora a mudança de canal de distribuição.

Acho que a banca pensou assim e a gente, como concurseiro, tem que
advinhar o que ela pensa.

Alguém mais tem alguma consideração ou alguma resposta de recurso?


Comente aí e ajude-nos.
70.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 28 DE JUNHO DE 2016 C O M EN T E ! Q U E S TÕ E S , R E C U R SO S HU M AN O S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

Os planos de benefícios classificam-se em legais, obrigatórios por legislação


e espontâneos, conforme a sua exigibilidade legal.
São casos de benefícios legais:

(A) assistência odontológica, salário-família e férias remuneradas


(B) 13o salário, salário-maternidade e FGTS
(C) FGTS, áreas de lazer e abono de 1/3 sobre as férias
(D) abono de 1/3 sobre as férias, adicional de periculosidade e refeitório
(E) gratificações, prêmios de produção e empréstimos aos funcionários

COMENTÁRIO

Não sei se tenho muito o que comentar nessa questão, ela mesmo já explica
e o máximo que eu poderia fazer aqui era exemplificar alguns benefícios
legais e alguns espontâneos, ou algo assim. Mas vamos aos exemplos que os
itens nos dão:

a) assistência odontológica, salário-família e férias remuneradas – Assistência


odontológica não é obrigatório, os outros dois sim. O salário família é pago
para trabalhadores que recebem abaixo de um teto remuneratório e tenham
filhos até 14 anos. Poderia criar alguma dúvida.

b) 13o salário, salário-maternidade e FGTS – Essa é a resposta. Todos são


obrigatórios, previstos em lei.

C) FGTS, áreas de lazer e abono de 1/3 sobre as férias – Poxa, acho que
nem preciso falar que área de lazaer é algo opcional. Imagina só se todo bar,
boteco e pequenas empresas tivesse que ter uma área de lazer para os
funcionários. Quebraria mais de 80% das microempresas.

D) abono de 1/3 sobre as férias, adicional de periculosidade e refeitório – Até


existe uma legislação sobre refeitório, mas é pra quando ele existe. Não há
obrigatoriedade das empresas terem.

E) gratificações, prêmios de produção e empréstimos aos funcionários –


Todos esses são opcionais, acho que essa opção era para se você se
confundisse nas descrições.

RESPOSTA LETRA B
69.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 24 DE JUNHO DE 2016 C O M EN T E ! Q U E S TÕ E S , R E C U R SO S HU M AN O S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

O desenvolvimento de carreiras de funcionários deixou de ser exclusiva


responsabilidade das empresas, já que os próprios trabalhadores assumem
parte desta responsabilidade. A essência de um programa de
desenvolvimento de pessoas de uma empresa está na oferta do apoio
necessário para que os funcionários desenvolvam, em bases continuadas,
suas capacidades, habilidades e conhecimentos.

Considere as afirmações abaixo sobre o apoio dado pela empresa aos seus
funcionários.
I – As empresas devem alinhar suas metas e estratégias futuras em relação
aos planos individuais dos trabalhadores.
II – Os funcionários devem ter oportunidade de usufruir de experiências
profissionais que sejam novas, interessantes e desafiadoras.
III – A organização deve custear os cursos e treinamentos necessários para a
reciclagem dos funcionários.
IV – A organização estimula que os funcionários reservem tempo fora de seu
horário de trabalho para reciclagem e participação em cursos por ela
oferecidos.

Estão corretas as afirmações

(A) I e II, apenas.


(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.
COMENTÁRIO

As opções erradas tem um certo absurdo nelas, então é melhor irmos item a
item aqui.

I – As empresas devem alinhar suas metas e estratégias futuras em relação


aos planos individuais dos trabalhadores. – Obviamente é impossível uma
empresa alinhas suas metas estratégias a o plano individual de cada
funcionário, cabe a cada pessoa escolher uma empresa com metas e
estratégias que contemplem seus planos.

II – Os funcionários devem ter oportunidade de usufruir de experiências


profissionais que sejam novas, interessantes e desafiadoras. – Até mesmo
por questões motivacionais, a empresa deve sempre estar dando a
oportunidade dos funcionários se desafiarem e buscar novos conhecimentos e
novas soluções, sendo bom não só para o empregado, quanto para a
empresa. Além de promover um amplo desenvolvimento de carreira.

III – A organização deve custear os cursos e treinamentos necessários para a


reciclagem dos funcionários. – Quando o curso de reciclagem é para fins da
empresa, com conhecimentos que a empresa utilizará e onde o empregado
ajudará a empresa a se desenvolver, sim, esses cursos devem ser custeados
pela empresa. Não sendo de interesse apenas pessoal do empregado, esse
seria o correto.

IV – A organização estimula que os funcionários reservem tempo fora de seu


horário de trabalho para reciclagem e participação em cursos por ela
oferecidos. – Treinamento e reciclagem fazem parte do trabalho, logo esses
devem ser feitos em horários de trabalho e não serem descontados e, caso
passem do horário de trabalho, deve ser pago inclusive hora extra.

Mas isso tudo é bem teoria, na prática do mundo particular quase não existe
isso, né?

RESPOSTA LETRA C
30. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 4 DE JUNHO DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

O Just in Time é um conjunto de técnicas japonesas que revolucionou o


conceito de produção e influenciou todo o pensamento ocidental. Com relação
ao sistema de produção Just in Time, avalie as características abaixo.

I – Altos níveis de estoque.


II – Lotes unitários de produção.
III – Produção puxada.
IV – Produção sempre do máximo possível.
V – Produção somente quando necessário.
VI – Aumento de produtividade.
VII – Uso de kanbans no processo de produção.
VIII – Baixo custo de estoque em processo.
IX – Uso apenas em ambientes industriais.

Das características listadas acima, as que estão totalmente relacionadas ao


sistema de produção Just in Time são, APENAS,

(A) II, III, V, VII e VIII


(B) I, IV, V, VI, VIII e IX
(C) II, III, V, VI, VII e VIII
(D) II, III, V, VI, VIII e IX
(E) III, V, VI, VII, VIII e IX

COMENTÁRIO
(Por Sílvia Meszaros)

Olá, colegas de batalha!

O exercício trata do tema Just in Time, que aqui chamaremos de JIT para nos
facilitar.

O JIT pode ser entendido como uma filosofia japonesa da administração da


produção, criado e desenvolvido na década de 70 na Toyota e que busca
eliminar as perdas em todos os aspectos das atividades de produção de uma
empresa. Foi projetado para obter uma produção de alto volume usando um
mínimo de estoques de matérias-primas, estoques em processo e produtos
acabados.

As peças chegam à próxima estação de trabalho “na hora certa (just in time)”
baseado na lógica de que nada será produzido até que seja necessário.

Logo, a necessidade é criada mediante a demanda real pelo produto.


Para não nos estendermos muito, será necessário ter em mente as seguintes
palavras “mágicas” do Just in Time para a prova:

1) Produção puxada (veremos a definição mais abaixo)


2) Toyota (Japão)
3) Sincronização (só compro quando há necessidade; só produzo quando é
necessário; nada é adiantado)
4) Colaboradores são muito bem treinados (para otimizar os processos)
5) Kaizen (melhoria contínua; aperfeiçoamento contínuo)
6) Nível de estoque baixo (preferencialmente zero para todos os estoques)
7) Eliminação de desperdícios (matéria-prima, mão de obra, tempo, etc)
8) Lotes pequenos (reduzidos; preferencialmente unitários)
9) Poucos fornecedores (relação de parceria com os mesmos; fornecedores
de alta qualidade)
10) Sistema Kanban de cartões (explicaremos mais abaixo)

Dica! Ao analisarmos as dez opções acima, percebemos que o JIT não


combina muito com as palavras “grande” e “alto”. Na prova, procure verificar
com mais atenção o uso das opções “enxuto”, “baixo”, “pequeno” e “pouco”,
por exemplo.

– O controle da produção pode ser:

Puxado x Empurrado

No controle puxado, o centro de trabalho a jusante “puxa” o trabalho anterior


(do centro a montante). Logo, ele trabalha sob demanda e não há filas. O
consumidor é o gatilho da produção e da movimentação.

À medida que o centro posterior esteja pronto a trabalhar, ele “pede” ao


anterior.

Já no controle empurrado, o centro empurra o trabalho para o posterior, sem


saber se o próximo está disponível para recebê-lo. Portanto, formam-se filas,
estoque, e tempo ocioso.

ATENÇÃO! No modelo empurrado, eu farei um pedido de 20 toneladas do


item x e pagarei um só frete.

Já no modelo puxado, farei 20 pedidos de uma tonelada do item x, por


exemplo. Logo, pagarei 20 fretes.

Sendo assim, o custo de transporte é mais elevado no JIT. Em compensação,


o custo de armazenagem é baixo, uma vez que não há quase estoques.
– Sistema Kanban de Cartões

Kanban é um sistema de cartões utilizado por um estágio cliente para avisar


seu estágio fornecedor que mais material deve ser enviado.

Como no exercício 28, pra facilitar a visualização desses cartões, pense no


Mc Donald’s, naquelas plaquinhas numeradas que ficam próximas aos
sanduíches.

Aquelas plaquinhas sinalizam facilmente ao operador que está na hora de


fazer mais hambúrgueres e Mc chikens, por exemplo.

Há três diferentes tipos de Kanban:

i- Kanban de movimentação ou transporte: avisa ao estágio anterior que o


material pode ser retirado do estoque e transferido para uma destinação
específica.
ii- Kanban de produção: é um sinal para um processo produtivo de que ele
pode começar a produzir um item para que seja colocado em estoque.
iii- Kanban do fornecedor: é usado para avisar aos fornecedores que é
necessário enviar material ou componentes para um determinado estágio da
produção.

Voltando às opções do exercício, analisaremos:

I – Altos níveis de estoque. (errado, pois os nível de estoque é baixo,


preferencialmente zero)
II – Lotes unitários de produção. (certo)
III – Produção puxada. (certo)
IV – Produção sempre do máximo possível. (errado, note que o foco do JIT
não é a produção – em quantidade – mas a produtividade – produzir o
necessário)
V – Produção somente quando necessário. (certo, exatamente como no
modelo puxado)
VI – Aumento de produtividade. (certo)
VII – Uso de kanbans no processo de produção. (certo)
VIII – Baixo custo de estoque em processo. (certo, pois todos os estoques são
mínimos)
IX – Uso apenas em ambientes industriais. (errado, pois não é utilizado
apenas em ambiente de indústria)

RESPOSTA LETRA C
29. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

Em uma conferência sobre técnicas e métodos de gestão de estoques, um


administrador afirmou, de maneira correta, que

(A) a classificação ABC dos estoques é uma forma de agregação, segundo a


importância financeira dos itens, enquanto a classificação XYZ trata de
segmentar os itens, segundo sua periculosidade.
(B) o Lote Econômico de Compra (LEC) é uma técnica que minimiza o custo
de armazenagem do item, através de compras mais inteligentes e bem
programadas, acomodando pequenas a moderadas variações de demanda.
(C) o lead-time de entrega do fornecedor é um parâmetro essencial dos
modelos matemáticos de gestão de estoques.
(D) o uso das técnicas japonesas popularizadas no Just in Time tornam os
processos produtivos cada vez mais independentes dos estoques em
processo, reduzindo drasticamente os estoques.
(E) na revisão periódica, o tamanho do lote é fixo, e o fornecimento ocorre em
intervalos regulares de tempo.

COMENTÁRIO

Essa, assim como algumas outras questões comentadas aqui no blog, é


daquelas é bem melhor ir item a item, para explicar melhor todos os ponto da
questão.

(A) a classificação ABC dos estoques é uma forma de agregação, segundo a


importância financeira dos itens, enquanto a classificação XYZ trata de
segmentar os itens, segundo sua periculosidade.
A classificação ABC está bem definida na questão. Classificação ABC é por
ordem financeira, sendo A os itens mais importantes financeiramente, B os
intermediários e C os menos valiosos. Ainda nesse sistema, temos a relação
80/20, ou seja, 80% do valor do estoque está no A e corresponde a apenas
20% dos itens totais do estoque. O B fica com 15% financeiramente e o C
com os outros 5%.
O erro está na classificação XYZ, que não classifica por periculosidade, mas
sim pela criticidade de cada item. Mas no caso, o Z é o mais crítico, ou seja, o
que a falta dele será crítica por não poder ser substituído, por não ter similar.
O X seriam os mais substituíveis, os que tem similar. O Y até tem similar, mas
a troca pode acarretar em mudança da qualidade do serviço ou produto.

(B) o Lote Econômico de Compra (LEC) é uma técnica que minimiza o custo
de armazenagem do item, através de compras mais inteligentes e bem
programadas, acomodando pequenas a moderadas variações de demanda.
O LEC é o lote onde os custos logísticos totais, ou seja, aquisição, transporte
e armazenagem, não somente o de armazenagem, como fala o item.

(C) o lead-time de entrega do fornecedor é um parâmetro essencial dos


modelos matemáticos de gestão de estoques.
Modelos matemático são modelos de precisão de gestão de estoque, tudo
que envolva os números de estoque. Quanto comprar, quando comprar e
quanto comprar. Lead time é o tempo desde que o pedido é feito ao
fornecedor até a entrada do produto no estoque. Esse tempo, esse número é
essencial para qualquer planejamento de estoque, principalmente sobre
quando comprar.

(D) o uso das técnicas japonesas popularizadas no Just in Time tornam os


processos produtivos cada vez mais independentes dos estoques em
processo, reduzindo drasticamente os estoques.
O JIT tenta diminuir o mínimo o estoque de matéria-prima, porém ele depende
sim dos estoques em processo. Tentar diminuir estoque em processo é
diferente de deixar de depender.

(E) na revisão periódica, o tamanho do lote é fixo, e o fornecimento ocorre em


intervalos regulares de tempo.
Revisão periódica o período é regular, ou seja, de tempo em tempo certo é
feito o pedido. Ou seja, no dia do pedido é contado o estoque, ou levantado o
estoque e o pedido é feito da diferença do estoque máximo e o nível de
estoque, ou seja, o lote não é fixo.

RESPOSTA LETRA C
28. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 30 DE MAIO DE 2012 4 C O M E N T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ E S

As ferramentas da qualidade são aplicadas sistematicamente para a


resolução de deficiências de processos nas empresas,
seguindo o ciclo PDCA. Suponha uma empresa com um grave problema em
um de seus processos internos, cujas
taxas de defeito tenham atingido níveis inaceitáveis. As etapas da busca pela
solução do problema foram listadas abaixo,
em sequência lógica.
1 – Entender o processo.
2 – Coletar dados.
3 – Priorizar o problema.
4 – Identificar as causas raízes.
5 – Planejar e implementar ações de melhoria.
6 – Controlar o processo.
As ferramentas da qualidade utilizadas, em cada etapa, são

COMENTÁRIO
(Por Silvia Meszaros)

Caros colegas de batalha,

Percebemos que a questão trata do assunto Ferramentas da Qualidade.

Citando o tão conhecido Jack, vamos por partes, pelas ferramentas básicas e
mais comumente utilizadas e mais abaixo, outras definições:
FERRAMENTA O QUE É? PARA QUE UTILIZAR?
Folha de verificação ou Check- Para facilitar a coleta de dados
Planilha para coleta de dados.
list ou Folha de Controle pertinentes a um problema.

Diagrama de barra que ordena as ocorrências do maior para o


menor valor. O princípio de Pareto é conhecido pela proporção Para priorizar os poucos que
Diagrama de Pareto
80-20. “Poucos são responsáveis por muitos e muitos são são vitais à organização.
responsáveis por poucos”.

Estrutura do método que identifica de modo simples e fácil a


série de causa de um efeito (problema). As causas ou famílias Ampliar a quantidade de
Diagrama de Causa e Efeito ou
formam a causas primárias potenciais e são conhecidas como causas potenciais a serem
de Ishikawa ou Espinha de Peixe
os 6M da manufatura: máquina, medida, meio ambiente, mão analisadas.
de obra, método e matéria-prima.

Gráfico cartesiano que representa a relação entre duas variáveis e Verificar a correlação entre
Diagrama de Dispersão
quão forte é o relacionamento entre elas. duas variáveis.
Mostrar a variação sobre uma
faixa específica. Possibilita
conhecer as características de
Diagrama de barra que representa a distribuição de frequência de
Histograma um processo ou lote de
uma população ou amostra.
produtos permitindo uma visão
geral da variação de um
conjunto de dados.
Estabelecer os limites,
São fluxos que permite a visão global por onde passa um
Fluxograma conhecer e entender as
processo ou um trabalho.
atividades.
Verificar se o processo está
sob controle. Analisa a
capacidadedo processo (termo
usado pela Cesgranrio na
Gráfico com limites inferiores e superiores de de controle (da
última prova de administrador,
Gráfico de Controle empresa) e de especificação (do cliente) que permite o
2012).
monitoramento do processo.
O CEP (Controle Estatístico
do Processo) pode ser
verificado através do Gráfico
de Controle.

Brainstorming ou Tempestade Conjunto de ideias ou sugestões criado pelos membros da equipe Ampliar a quantidade de
cerebral que possibilita avanço na busca por soluções. opções a serem analisadas.

Documento de forma organizada para identificar as ações e a


responsabilidade de cada um.

A sigla 5W1H é descrita como:

What – O que será feito (etapas).

Why – Por que será feito (justificativa). Planejar as diversas ações que
Plano de Ação 5W1H serão desenvolvidas no
Where – Onde cada etapa será executada (local). decorrer do trabalho.

When – Quando cada uma das tarefas deverá ser executada


(tempo).

Who – Quem irá realizar as tarefas (responsabilidade).

How – Como será feito (método).


FMEA: Análise FMEA (Failure Mode and Effect Analysis ou Análise do Tipo e
Efeito da falha) é uma metodologia que objetiva avaliar e minimizar riscos por
meio da análise das possíveis falhas (determinação da causa, efeito e risco
de cada tipo de falha) e implantação de ações para aumentar a confiabilidade
do processo.

Dentre outras modernas ferramentas da qualidade há ainda: Diagrama de


Afinidade, Diagrama de Interrelação, Diagrama de Árvore, Diagrama de Matriz
ou Tábua da Qualidade, Análise de Dados de Matriz, Gráfico de Programa de
Decisão de Processo e Diagrama de Flecha.

Como para a Cesgranrio o céu é o limite, é válido dar uma olhada em cada
uma delas, se lhe sobrar tempo!

Vamos agora às outras nomenclaturas que apareceram no exercício:

Poka-yoke: É um dispositivo ou sistema de segurança com a função de


prevenir falhas humanas por falta de atenção que resultem em defeitos no
produto ou no processo de manufatura.

Exemplo de fácil visualização no dia a dia: Para que uma pessoa saia do
veículo e não deixe farol, ar condicionado e outros equipamentos elétricos
ligados, a retirada da chave da ignição é efetuada com o desligamento do
sistema elétrico do carro.

Kanban: É um sistema de cartões utilizado por um estágio cliente para avisar


seu estágio fornecedor que mais material deve ser enviado.

Exemplo de fácil visualização no dia a dia: No Mc Donald’s, aquelas


plaquinhas numeradas que ficam próximas aos sanduíches, sinalizam ao
operador que está na hora de fazer mais hambúrgueres e Mc chikens.
Gráfico de Ramo e Folha: É um gráfico utilizado quando a quantidade de
dados não é muito grande, conforme o exemplo abaixo:

1 2, 3, 4, 4, 5

2 0, 1, 1, 1

3 3, 4, 5, 6,7

4 0, 1, 1, 2

Colocando os dados em row, temos: 12, 13, 14, 14, 15, 20, 21, 21, 21, 33, 34,
35, 36, 37, 40, 41, 41, 42.

É de fácil visualização pelo gráfico que a moda é 21.

De volta ao exercício, ficou fácil relacionar a sequência lógica com as


ferramentas.

1 – Entender o processo: Fluxograma


2 – Coletar dados: Folha de Verificação
3 – Priorizar o problema: Gráfico de Pareto
4 – Identificar as causas raízes: Diagrama de Ishikawa
5 – Planejar e implementar ações de melhoria: Plano de Ação
6 – Controlar o processo: Gráfico de Controle

RESPOSTA LETRA D
27. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 29 DE MAIO DE 2012 1 C O M E N T Á R IO P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U E S TÕ E S

Atualmente, o termo Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain


Management) é usado para descrever o complexo fluxo de materiais e
informações que passa por essa cadeia. Para alcançar a eficiência na gestão
da cadeia de suprimentos, uma empresa deve

(A) colaborar com fornecedores e clientes, compartilhando informações sobre


demanda e estoques de seus produtos, componentes e matérias-primas.
(B) integrar verticalmente a produção, evitando a dependência de muitos
fornecedores ao longo da cadeia.
(C) implementar uma estratégia de especialização em suas principais
competências, deixando a produção de componentes e subprodutos não
essenciais para outros fornecedores.
(D) melhorar, isoladamente, cada ponto da cadeia de suprimentos, de forma a
maximizar a eficiência de cada operação, garantindo a eficiência global da
cadeia de suprimentos.
(E) estabelecer programas de lotes econômicos de compra e produção, para
equilibrar os custos de transporte e armazenagem, responsáveis pelos
principais custos que incidem na cadeia de suprimentos.

COMENTÁRIO

Supply Chain Management (gestão da cadeia de suprimento) é, segundo o


Slack, “é a gestão da interconexão das empresas que se relacionam entre si
por meio de ligações a montante e a jusante entre os diferentes processos, que
produzem valor de produtos e serviços na forma para o consumidor final. É uma
abordagem holística da gestão através das fronteiras da empresa.”

Simplificando, é a gestão de todos os pontos do processo de fabricação que


acontecem fora e dentro da empresa. Gerenciar fornecedores de peças, por
exemplo, e distribuidores de produtos fazem parte do SCM. Isso tudo é feito
para agregar mais valor ao produto, sempre visando a satisfação do cliente
final. É importante que as empresas tenham o máximo de comunicação
possível para que a cadeia seja o mais eficiente possível, chegando inclusive
ao ponto de compartilhar os sistemas, para melhor gerenciamento dessa
cadeia. Com isso já notamos que a alternativa correta é a A.

Só para não deixar as outras no B, integrar verticalmente é “comprar” ou decidir


produzir todas as etapas da cadeia e essa não é a maneira mais eficiente de
se fazer isso, afinal se preocupar com muita coisa acaba desviando o foco.

A C é até certa, mas a questão quer o que dá eficiência ao processo,


simplesmente terceirizar em si não torna eficiente. Tem que terceirizar para as
empresas corretas e, como disse acima, fazer a informação fluir. A opção está
simplesmente incompleta.

A letra D fica bem claro por esse “isoladamente”. Estamos falando de uma
cadeia completamente integrada, nada é para ser isolado!

A letra E fala de LEC, apesar de diminuir os custos armazenagem e


transporte, como a questão fala, não tem a ver com a eficiência do SCM.

RESPOSTA LETRA A
26. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 22 DE MAIO DE 2012 1 C O M E N T Á R IO P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U E S TÕ E S

Sobre os conceitos de MRP (Material Requirement Planning ou Planejamento


das Necessidades de Materiais) e Teoria das restrições, analise as afirmativas
abaixo.

I – O MRP determina o momento (tempo) e as quantidades em que cada


material deve ser produzido.
II – A produção puxada e a empurrada podem coexistir no mesmo processo
produtivo.
III – Investir em um recurso não gargalo é sempre uma boa opção, pois reduz
o tempo de ciclo total do produto.
IV – Para que uma linha de produção produza o máximo possível, é
necessário que todos os seus recursos utilizem sua capacidade ao máximo.
V – No sistema MRP II, todos os recursos de produção são considerados,
como, por exemplo, a capacidade das máquinas, a disponibilidade da mão de
obra e os recursos financeiros.

Estão corretas APENAS as afirmativas


(A) I e IV.
(B) IV e V.
(C) I, II e V.
(D) I, IV e V.
(E) I, II, III e V.

COMENTÁRIO

O MRP, como disse o enunciado da questão, é o planejamento das


necessidades de materiais, ou seja, é um “documento”, uma previsão do que
precisaremos em termos de material (todos os possíveis e imagináveis) para
a produção de um período. É muito comparado nas bibliografias à receita de
bolo, que diz exatamente do que você precisa e em que momento precisa
daquilo, lhe dando os materiais e um pequeno passo a passo, para saber do
momento certo que se precisa do material. É a mesma coisa o MRP, sempre
faça essa analogia.

Quanto ao outro assunto, a teoria das restrições, é o estudos dos recursos


gargalos da empresa. Recursos gargalos são os que afunilam a produção da
empresa, ou seja, que limitam a produção como um todo. Não adianta termos
uma máquina que processe 200 peças por minuto se depois dela a peça tem
que passar por uma que processe somente 100, isso se chama gargalo de
produção, os recursos gargalos são os que limitam a produção da empresa,
dando o ritmo de produção da empresa.
Tendo isso, vamos às afirmativas:

I – O MRP determina o momento (tempo) e as quantidades em que cada


material deve ser produzido.
– Como eu falei, o MRP é a receita de bolo diz o que e quando cada material
é necessário. CORRETO.

II – A produção puxada e a empurrada podem coexistir no mesmo processo


produtivo.
– Apesar de não ter falado na explicação, pelo nome é fácil deduzir o que é
cada uma: EMPURRADA: uma estação de trabalho anterior (estação
montante) faz sem se preocupar se a próxima (estação jusante) está apta a
receber, vai simplesmente empurrando a produção. PUXADA: a estação
posterior vem à anterior pedir o material, vem puxar o material para suprir sua
produção.
As duas podem coexistir sem problemas, inclusive posso citar como exemplo
a fábrica de eletrodomésticos que trabalhei um tempo. Ela tinha a linha de
geladeira dela, como produção empurrada, porém a linha de personalização
para bares e restaurantes era puxada, eles iam na linha e pediam o tanto que
queriam para personalizar. As duas coexistindo perfeitamente na mesma
fábrica. CORRETA

III – Investir em um recurso não gargalo é sempre uma boa opção, pois reduz
o tempo de ciclo total do produto.
– Como foi dito, os recursos que limitam os ciclos de produção são os
recursos gargalos, eles que “atrasam” a produção, então investir em recursos
não gargalos na verdade só provocará um gargalo ainda maior. INCORRETA

IV – Para que uma linha de produção produza o máximo possível, é


necessário que todos os seus recursos utilizem sua capacidade ao máximo.
– Mesmo raciocínio do item III. Não adianta todo produzirem o máximo, é
necessário que o gargalo produza o máximo e os outros produzam, pelo
menos, igualmente ao recurso gargalo. INCORRETA.

V – No sistema MRP II, todos os recursos de produção são considerados,


como, por exemplo, a capacidade das máquinas, a disponibilidade da mão de
obra e os recursos financeiros.
– O sistema MRP II (Manufacturing Resources Planning – Planejamento dos
Recursos da Manufatura) é uma evolução do conceito do sistema MRP,
englobando além dos materiais, todos os outros recursos e disponibilidades
da fábrica, exatamente como diz a opção. CORRETA

RESPOSTA LETRA C
Galera, me ausentarei por um tempo, terça-feira o blog volta ao normal e com ritmo acelerado, para essa prova da PETROBRAS
2010 ser concluída até o dia 08/06.
22. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 21 DE MAIO DE 2012 2 C O M E N T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ E S

A empresa Verde & Amarelo efetuou um empréstimo para seus empregados


no valor equivalente a dois salários correntes. Passados trinta dias, a
empresa recebeu o valor equivalente aos juros do período, sem o
recebimento do principal. Nesse caso, essa movimentação é um fato contábil

(A) misto aumentativo.


(B) misto diminutivo.
(C) modificativo diminutivo.
(D) modificativo aumentativo.
(E) permutativo.

COMENTÁRIO

Os fatos contábeis são classificados de acordo com o comportamento em


relação ao Patrimônio, eles podem alterar qualitativamente, quantitativamente
ou os dois ao mesmo tempo.Vamos às classificações, depois fica bem fácil
resolver a questão.

– Modificativo:
Também podem ser chamados de quantitativos. Como sugere, são os que
alteram quantitativamente o patrimônio, ou seja, que interferem no patrimônio
líquido da empresa. Já vi alguns colegas decorarem como se o modificativo
fossem os fatos que produzem receita ou desepesa, isso está equivocado. Os
fatos que produzem receitas e despesas são sim modificativos, porém não
são os únicos, esses são os que alteram o PL indiretamente. Podem existir
lançamentos que alterem o PL diretamente, mexendo em contas do PL e
diminuindo ou aumentando ele diretamente, ou seja, lançamentos que tenham
débitos ou créditos diretamente em contas do PL. Ou seja, qualquer
lançamento que altere a quantidade de PL que temos é modificativo. Se ele
aumenta o PL, modificativo aumentativo. Se ele diminui, modificativo
diminutivo. Lembre que para diminuir o PL, além da despesa que diminui
indiretamente, ele diminui por débito, pois está do lado do passivo, lado credor
do balanço.
Mas lembrem, aqui é somente a modificação, ou seja, lançamentos com um
lado com conta do ativo ou passivo e do outro PL, receita ou despesa. Se
tivermos de um lado Ativo/Passivo e do outro ativo/passivo e PL, a história
muda.
Ou seja, os lançamentos sempre serão

AUMENTATIVOS:
Debitando: Ativo ou Passivo
Creditando: PL ou Receita

DIMINUTIVOS:
Debitando: PL ou Receita
Creditando: Ativo ou Passivo

– Permutativo:
Também pode vir como qualitativo ou ainda como compensativo. São os que
não alteram, nem direta nem indiretamente o PL. Ou seja, são permutações,
trocas entre ativo e passivo, ou ainda de contas dentro de um dos lados. Pode
até envolver contas do PL, portanto que não altere o valor desse, ou seja,
pode ser uma transferência de valores entre contas do PL (creditando e
debitando em contas dentro do PL).

Pode ser:

Debitando: Ativo ou Passivo


Creditando: Ativo ou Passivo

Debitando: PL
Creditando: PL

– Misto
Lembra quando eu disse lá em cima que o modificativo em um lado do
lançamento só podia ter ativo ou passivo e do outro só PL, receita ou
despesa? Poisé, falei aquilo pelo fato de se tiver o PL e outra conta junta em
um dos lados, o fato será misto. E daí segue o mesmo raciocínio, se aumenta
o PL é misto aumentativo e se diminui o PL é misto diminutivo.

AUMENTATIVOS (exemplo):
Debitando: Ativo
Creditando: PL e Passivo

DIMINUTIVOS:
Debitando: PL
Creditando: PL e Passivo.
Indo para a questão, ela nos diz que: Houve um empréstimo e com 30 dias
recebeu SOMENTE os juros. Se emprestamos dinheiro a alguém ganhamos
Duplicatas a Receber, que é uma conta do Ativo. Para aumentarmos ela
temos que Debitar. E o que recebemos é receita, ou seja, nossas receitas de
juros, notem que ela expressa bem que não recebemos o principal, ou seja o
fato fica:

Debitando: Ativo (Dup. a Receber)


Creditando: Receita (Receita de juros)

A receita modifica o PL e como não houve mudança qualitativa, ou seja, não


houve a permutação entre contas do ativo e passivo, ou ativo e ativo. Então é
simplesmente diminutivo. Estamos creditando no PL, estamos aumentando o
PL. Então é modificativo aumentativo.

RESPOSTA LETRA D
21. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
B R UN O C A V A L C A NT E 17 DE MAIO DE 2012 2 0 C OM E NTÁ R I OS P E TR OB R A S 2 01 0 , Q U ES T ÕES

A empresa PKL, fabricante de aços finos, poderá realizar as transações a seguir.


I – Pagar, com recursos que estão em uma conta bancária, R$2 milhões que ela deve a um fornecedor.
II – Vender R$3 milhões do estoque de aços finos acabados a um cliente, por R$ 3 milhões, para
recebimento em 60 dias.
III – Contrair um empréstimo de curto prazo de R$2 milhões e comprar, à vista, R$2 milhões em matérias
primas que serão utilizadas em data futura.
IV – Usar recursos que estão numa conta bancária para quitar antecipadamente R$5 milhões em dívidas de
longo prazo.
Dessas transações, qual(quais) tem(têm) influência sobre o valor do capital de giro próprio (ou líquido) da
PKL?
(A) I, apenas.
(B) IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

Resolução simples, no vídeo tem um melhor embasamento teórico:

A fórmula do CGL = AtivoCirculante – PassivoCirculante

I – Pagar, com recursos que estão em uma conta bancária, R$2 milhões que ela deve a um fornecedor.
Mexe, ao mesmo tempo, no AC e no PC (já que diminui o saldo bancário e as dívidas para fornecedores ao
mesmo tempo) e com isso a diferença AC – PC permanece inalterada e não influencia o CGL.

II – Vender R$3 milhões do estoque de aços finos acabados a um cliente, por R$ 3 milhões, para
recebimento em 60 dias.
Aqui, estamos tirando do Estoque, ou seja, diminuindo o AC e ao mesmo tempo aumentando o duplicatas a
receber, que também é ativo circulante. Como o valor é o mesmo, o valor do AC não muda em nada e não
influencia o CGL.

III – Contrair um empréstimo de curto prazo de R$2 milhões e comprar, à vista, R$2 milhões em matérias
primas que serão utilizadas em data futura.
Estou contraindo um empréstimo de curto prazo, estou aumentando meu PC, mas estou comprando estoques
que é AC. Ou seja, a minha diferença AC – PC permanece inalterada e não influencia o CGL.

IV – Usar recursos que estão numa conta bancária para quitar antecipadamente R$5 milhões em dívidas de
longo prazo.
Nessa estamos tirando da nossa conta bancária, que é AC, mas estamos pagando dívidas de longo prazo, que
não fazem parte do PC. Ou seja, diminuir AC e não mexer no PC influencia no CGL.

RESPOSTA LETRA B
LEITURA FOCADA
20. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 16 DE MAIO DE 2012 2 C O M E N T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ E S

No que se refere às Fontes de Financiamento a Longo Prazo da empresa,


considere as circunstâncias a seguir.

I – Em condições normais de mercado, o custo da dívida é menor que o custo


do capital próprio, para uma empresa solvente.
II – Se a RPGA Industrial S.A. vai abrir uma nova unidade fabril em Rio
Amarelo e pode financiar o projeto apenas com lucros retidos ou pode fazê-lo
com 50% de dívida e 50% de lucros retidos, então em condições normais de
mercado, o lucro líquido, após os impostos gerados pelo empreendimento,
será menor se forem usados apenas lucros retidos.
III – Se a firma A paga imposto de renda na alíquota de 35%, e a firma B paga
na alíquota de 20%, então a firma B tem mais incentivos para uma alta
alavancagem financeira que a firma A, ao se considerar apenas esse aspecto.
IV – Na controvérsia sobre a política ótima de dividendos, a corrente que
segue as ideias propostas por Modigliani e Miller diz que a política de
dividendos é irrelevante.

São corretas APENAS as circunstâncias

(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) I, III e IV.
COMENTÁRIO

Essa questão também já estava lá no fórum do Administração Comentada.

Vamos item a item, vou detalhar melhor aqui cada um deles, para não restar
dúvidas.

I – Em condições normais de mercado, o custo da dívida é menor que o custo


do capital próprio, para uma empresa solvente.
Com uma empresa solvente ele quer dizer simplesmente que essa empresa
tem capacidade de pagar suas dívidas, ou seja, será fácil para ela pegar uma
empréstimo e ela não atrasará os pagamentos.
O custo de financiamento por terceiros é quase sempre menor do que o
financiamento próprio, ainda mais quando falamos no longo prazo (horizonte
de, no mínimo, um ano). Você pensar em manter recursos seus parados,
sejam lucro ou capital dos sócios, para financiar algo tão longo é muito caro.

É muito dinheiro parado para nenhum retorno rápido, ou seja, você estará
perdendo de fato dinheiro. Então essa afirmação está correta.

II – Se a RPGA Industrial S.A. vai abrir uma nova unidade fabril em Rio
Amarelo e pode financiar o projeto apenas com lucros retidos ou pode fazê-lo
com 50% de dívida e 50% de lucros retidos, então em condições normais de
mercado, o lucro líquido, após os impostos gerados pelo empreendimento,
será menor se forem usados apenas lucros retidos.
O final de uma DRE nos mostra o seguinte:

(=)Lucro antes do juros e imposto de renda.


(-) Juros
(=)Lucro antes do imposto de renda.
(-) IR
(=) Lucro Líquido

Ou seja, quem tem dívida tem juros a pagar e esses juros diminuem o lucro
líquido. Então, usar somente os lucros retidos aumentará o lucro líquido e não
diminuirá. Afirmativa errada.
III – Se a firma A paga imposto de renda na alíquota de 35%, e a firma B paga
na alíquota de 20%, então a firma B tem mais incentivos para uma alta
alavancagem financeira que a firma A, ao se considerar apenas esse aspecto.
Vamos olhar para a mesma estrutura de DRE que coloquei acima:

(=)Lucro antes do juros e imposto de renda.


(-) Juros
(=)Lucro antes do imposto de renda.
(-) IR
(=) Lucro Líquido

As fórmulas de alavancagem levam em conta o LL, vamos analisar pela


seguinte fórmula: LAJIR/LL (se usa LAIR quando a questão descarta a
incidência de impostos). Quanto maior a minha alíquota do IR, menor será o
meu LL, se eu diminuo o denominador da fração eu aumento o número, no
caso, aumento o meu grau de alavancagem financeira. Ou seja, quem tem
maior alíquota tem menor LL e maior alavancagem. Quem tem a maior
alíquota, no caso, é a empresa A então ela teria maior alavancagem
financeira.

IV – Na controvérsia sobre a política ótima de dividendos, a corrente que


segue as ideias propostas por Modigliani e Miller diz que a política de
dividendos é irrelevante.
Essa é justamente a Proposta de M&M. A proposição I sem impostos diz que
o WACC (custo médio ponderado de capital) determinada pelo capital próprio
e capital de terceiros, se mantém inalterado qualquer que seja a alavancagem
financeira. Ou seja, qualquer que seja a dívida o WACC permanece
inalterado. Ou seja, a política de dividendos é indiferente. Alternativa correta.

RESPOSTA LETRA B
19. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 15 DE MAIO DE 2012 6 C O M E N T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ E S

G Química S.A. é uma firma não alavancada (sem dívida). O valor de


mercado de seu capital é R$120 milhões e seu custo do capital próprio é 15%
ao ano. Ela tem uma oferta de empréstimo de R$20 milhões, à taxa de 8% ao
ano e está pensando em utilizar este empréstimo para recomprar uma parte
de suas ações. Supondo válidas as proposições de Modigliani e Miller, sem
impostos, se a XMG fizer essa transação, o custo do seu capital próprio

(A) subirá para 16,60% ao ano.


(B) subirá para 16,40% ao ano.
(C) permanecerá em 15% ao ano.
(D) cairá a 11,50% ao ano.
(E) cairá a 9,67% ao ano.

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Essa é uma boa questão para relembrarmos as proposições de Modigliani e


Miller. Lembrando que há dois cenários para as proposições: sem imposto de
renda e com imposto de renda.

SEM IMPOSTO DE RENDA

Proposição I = Valor da empresa alavancada é igual ao valor da empresa não


alavancada

Proposição II = Custo do capital próprio cresce com o endividamento, porque


o risco das ações aumenta com maior endividamento. Fórmula do custo do
capital próprio -> Rs = Ro + B/S (Ro – Rb)

Rs = custo do capital próprio


Ro = custo do capital de uma empresa com 100% de capital próprio
Rb = custo do capital de terceiros
B = valor do capital de terceiros
S = valor do capital próprio
COM IMPOSTO DE RENDA

Proposição I = Valor da empresa alavancada é igual ao valor da empresa não


alavancada mais o benefício fiscal da dívida. O endividamento reduz o
pagamento de impostos.

Proposição II = Custo do capital próprio cresce com o endividamento, porque


o risco das ações aumenta com maior endividamento. Rs = Ro + B/S (Ro –
Rb) (1 – Tc)

Tc = alíquota do IR

Rwacc

Custo médio ponderado de capital. É uma média entre o custo de capital


próprio e de terceiros. Há 2 fórmulas: sem imposto e com imposto.

SEM imposto: Rwacc = [B / (B+S)] * Rb + [S/(B+S)] * Rs


Sem imposto, o Rwacc sempre será o mesmo, independente da quantidade
de B e de S.

COM imposto de renda = (B/Vl) * [Rb (1-Tc)] + (S/Vl) * Rs Sendo Vl = valor


da empresa alavancada
Com imposto, o Rwacc cai quando maior for o endividamento por causa do
benefício fiscal.

A questão pede as proposições SEM impostos. Isso é importante, pois as


fórmulas são um pouco diferentes em cada caso.

Quando coloco capital de terceiros na empresa, o custo do meu capital


próprio (Rs) aumenta, pois em caso de falência a empresa paga primeiro o
capital de terceiros para depois repartir o que sobrar (se sobrar) entre os
acionistas. Com isso, já excluo as opções C, D e E, pois o custo de capital
próprio sempre irá aumentar com o endividamento.

Empresa sem empréstimo:

S = 120 milhões

Rwacc = Rs = Ro= 15%

Obs.: Quando só há dinheiro próprio na empresa, os custos de capital vão ser


iguais, pois só há um tipo de capital. Por isso, Rwacc = Rs = Ro .
Empresa com empréstimo:

S = 100 milhões (pois usou a dívida para recomprar ações)


B = 20 milhões
Rb = 8%
Rs = ?

Proposição M&M sem imposto: (Há 2 fórmulas para resolver)

1ªopção:

Como pediu a proposição sem imposto, o Rwacc que é o custo médio


ponderado de capital permanece o mesmo. Passo a usar um pouco de capital
de terceiros que é mais barato (8%), mas como o custo do capital próprio (Rs)
aumenta, no final o Rwacc que é a média continua igual.

Rwacc = Rs x [S/(S+B)] + Rb x [B/(S+B)]


0,15 = Rs x (100/120) + 0,08 x (20/120)
0,15 = 0,83Rs + 0,0133
0,15 – 0,0133 = 0,83Rs
0,1366 / 0,83 = Rs
Rs = 0,164 ou 16,4%

2ªopção:

Rs = Ro + [B/S x (Ro-Rb)]
Rs = 0,15 + [20/100 x (0,15-0,08)]
Rs = 0,15 + [0,2 x 0,07]
Rs = 0,15 + 0,014
Rs = 0,164 ou 16,4%

RESPOSTA LETRA B
18. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 14 DE MAIO DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

No que se refere às características fundamentais do Planejamento Financeiro


e Orçamentário, analise as afirmativas a seguir.

I – Bons modelos de planejamento financeiro devem apresentar a maior


quantidade possível de pormenores.
II – Os objetivos estratégicos da empresa influenciam mais o planejamento
financeiro de longo prazo que o de curto prazo.
III – O principal objetivo do planejamento financeiro é obter boas previsões do
lucro da empresa nos próximos anos.
IV – Um dos objetivos das análises de sensibilidade realizadas no processo
de orçamentação é a quantificação dos riscos assumidos pela empresa.

Está correto APENAS o que se afirma em

(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) II, III e IV.

COMENTÁRIO

Planejamento financeiro estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros


devem ser atingidos. É um demonstração do que deve ser feito no futuro, nas
palavras de Ross.

O horizonte do planejamento pode ser curto ou longo, em geral, quando não


se fala expressamente a expressão curto prazo, se considera o longo. Um
plano financeiro exige entrada na forma de conjuntos alternativos de
hipóteses variáveis, sendo cenários otimistas, pessimistas e normais para o
investimento.

Ou seja, um planejamento financeiro não diferencia muito de tudo que já


estudamos sobre planejamento estratégico. Afinal, os dois são intimamente
ligados.
Vamos às alternativas:

I – Bons modelos de planejamento financeiro devem apresentar a maior


quantidade possível de pormenores.
Bons modelos, como falei acima, devem apresentar cenários, devem ser
objetivos e dar uma direção, afinal é impossível prever o futuro. Se prever o
futuro num sentido amplo já é complicado, imagina em detalhes, em
pormenores. Alternativa falsa.

II – Os objetivos estratégicos da empresa influenciam mais o planejamento


financeiro de longo prazo que o de curto prazo.
Nessa alternativa temos que ir buscar justamente na matéria de estratégia
nossos conhecimentos sobre estratégico, tático e operacional. Estratégico =
Longo prazo. Tático = Médio prazo. Operacional = Curto prazo. No nível
estratégico a relação e influencia é muito maior no planejamento de longo
prazo. Alternativa corretíssima.

III – O principal objetivo do planejamento financeiro é obter boas previsões do


lucro da empresa nos próximos anos.
Esse o erro salta. O objetivo não obter boas previsões de lucro, é prever
resultados de investimentos para sabermos se obteremos lucro ou prejuízo e
se valo ou não a pena investir.

IV – Um dos objetivos das análises de sensibilidade realizadas no processo


de orçamentação é a quantificação dos riscos assumidos pela empresa.
Análise da sensibilidade é a diferença dos retornos previstos no cenário
otimista e o pessimista. Ou seja, é quanto o retorno pode oscilar de acordo
com os cenários planejados para a empresa. Quanto menor essa variação,
essa amplitude, menor a incerteza do investimento da empresa, logo reduz os
riscos assumidos. Verdadeira.

RESPOSTA LETRA D

Essa questão já tinha sido comentada no fórum do Adm Comentada. Já


acessou e se cadastrou?

Participe:
http://admcomentada.com.br/secoes/forum-regras/
17. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 11 DE MAIO DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

A ACME, fabricante de produtos eletrônicos de alta tecnologia, está decidindo


sobre o lançamento de um novo produto, cujo ciclo esperado de vida é de 3
anos. No primeiro ano, são esperadas vendas de 500 mil unidades; no
segundo ano, são esperadas vendas de 2 milhões de unidades e, no terceiro
ano, 700 mil unidades. No fim do terceiro ano, a produção será
descontinuada. O preço de venda do produto será R$ 80,00 por unidade.
Os custos variáveis de produção (matérias-primas, mão de obra direta, etc)
somam R$ 35,00 por unidade, enquanto os custos fixos (administração,
aluguéis, etc) somam R$ 20 milhões por ano. O custo do capital da ACME
para esse tipo de projeto é 20% ao ano.
Para lançar o produto, a ACME fará, antes do início do primeiro ano, um
investimento, cujo valor residual, no fim do terceiro ano, é zero. Considere que
não há impostos, e que as receitas e custos ocorrem no fim de cada período.
Qual o máximo investimento que a ACME pode fazer, em milhões de reais,
para lançar o produto?

(A) 43,54
(B) 57,35
(C) 65,23
(D) 68,82
(E) 83,00

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Uma questão com muitas informações e contas, mas bem fácil. Para
sabermos qual o máximo de investimento que a empresa deve fazer,
devemos saber quanto vale esse produto hoje, ou seja, trazer para valor
presente os fluxos de caixa do produto.
Vamos multiplicar a quantidade esperada de vendas para cada ano pela
margem de contribuição do produto (Preço de Venda – Custos Variáveis) e
depois descontar os custos fixos para encontrarmos os fluxos de caixa.

Margem de Contribuição = 80 – 35 = 45 por produto

Ano 1 Ano 2 Ano 3

500.000 2.000.000 700.000

x 45 x 45 x 45

22.500.000 90.000.000 31.500.000

– 20.000.000 – 20.000.000 – 20.000.000

2.500.000 70.000.000 11.500.000

Agora que temos o fluxo de cada ano basta trazer a valor presente.

Ano 1 Ano 2 Ano 3

2.500.000 70.000.000 11.500.000

/ 1,20 / 1,20 ² / 1,20 ³

2.083.333 48.611.111 6.655.092

Somando os 3 valores temos 57.349.536, ou seja, aproximadamente 57,35


milhões.

RESPOSTA LETRA B
16. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 10 DE MAIO DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

No que se refere a Valor do Dinheiro no Tempo, Risco e Retorno, analise as


afirmativas a seguir.

I – A quantia, recebida hoje com certeza, que é equivalente a um recebimento


incerto que vai ocorrer em uma certa data futura, é o valor presente, na taxa
de juros adequada ao risco, do recebimento futuro.
II – A quantia, recebida hoje com certeza, que é equivalente a um
recebimento incerto que vai ocorrer em uma certa data futura, é o valor
presente, na taxa de juros sem risco, do valor esperado do recebimento
futuro.
III – Segundo a conceituação de Markowitz, risco de um investimento é a
variância (ou o desvio padrão) do seu retorno.
IV – Seja um ativo financeiro X, cujo desvio padrão do retorno anual é 30%, e
um outro ativo Y, cujo desvio padrão do retorno anual é 50%, segundo o
Modelo de Apreçamento de Ativos de Capital (CAPM), de Sharpe e outros
autores, o retorno esperado de Y é maior que o retorno esperado de X.

Considere-se correto APENAS o que se afirma em


(A) III.
(B) IV.
(C) I e III.
(D) I e IV.
(E) II e IV.

COMENTÁRIO

Essa questão passa por algumas teorias da administração financeira e é bem


legal. Eu pessoalmente acho mais legal uma questão financeira teórica a uma
questão “decoreba” de fórmula, vamos às teorias, comentando os itens.

Os itens I e II incorrem no mesmo erro e confundem o candidato por, quando


lido de primeira vez, parecer que um anula o outro. Ou seja, dá impressão que
o item I está correto e o II errado, já que o item um fala muito bonito sobre
taxa de juros e ainda adequada ao risco de investimento e o II fala sem esse
risco. Mas como eu disse antes, as duas incorrem no mesmo erro. O que é
incerto no futuro de uma aplicação, ou de um investimento, não é o
recebimento, mas sim o rendimento, o retorno desse investimento. Notem
bem a diferença nesse quesito. Tanto que no livro do Ross nos diz assim: “A
parte não prevista do RETORNO, aquela resultante das surpresas é o
verdadeiro RISCO…”. É uma pegadinha bem chatinha de ser vista, ainda
mais no nervosismo da prova. Mas é assim, itens I e II incorretos.
O item III fala dos estudos de Markowitz. Os estudos desse autor são
relacionados à correlação de ativos, ou seja, como diminuir o risco de uma
carteira de investimentos investindo em ativos negativamente
correlacionados. O risco de um investimento é justamente o quanto varia o
seu retorno. Quanto maior a variação do retorno, maior o risco do
investimento. As medidas de variação, de dispersão são justamente a
variância e o desvio padrão.

Para não deixar no ar, ativos negativamente correlacionados são ativos que
tem comportamentos diferentes diante de uma situação. Enquanto uma
desce, a outra sobe ou se mantém estável. Positivamente correlacionados
são ativos que tem comportamento igual, ou seja, quando um descem o outro
desce. Por isso para diminuir o risco é importante investir em ativos
negativamente correlacionados.

Item III corretíssimo.

Item IV fala do modelo CAPM de apreçamento de ativos relaciona diversas


fatores, sendo eles: o retorno livre de risco, o prêmio de risco, ou seja, o
retorno do mercado subtraído do retorno livre de risco e um coeficiente beta.
A fórmula fica assim:

Re = Rf + B(Rm – Rf)

Re = Retorno esperado.
Rf = Retorno livre de risco.
Rm = Retorno médio do mercado.
(Rm-Rf) = Prêmio de risco
B = Coeficiente Beta.
Esse coeficiente beta é o grau de inclinação da reta de retorno esperado. Se
fizermos um gráfico onde Y é o retorno da ação e o X é o retorno esperado do
mercado. Passaríamos uma reta ascendente ou descendente para relacionar
a variação do retorno no mercado com a variação do retorno esperado. Sendo
assim, o beta seria o ângulo de inclinação dessa reta, conforme a figura
mostra:

Nota-se que o ângulo do ativo A é maior, então seu Beta será maior e sua
sensibilidade quanto a variação também.

A afirmação IV está errada, pois somente com os desvios no método CAPM


não temos como determinar que o retorno de um será maior do que o do
outro.

RESPOSTA LETRA A
15. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 30 DE ABRIL DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

A PHP Participações toma hoje, no Banco XPTO, um empréstimo de R$


100.000,00 que deve ser pago em 5 prestações anuais, pelo sistema de
amortização constante (SAC), com juros de 12% ao ano. A primeira prestação
vence dentro de um ano. A soma das cinco prestações (principal e juros) que
a PHP vai pagar ao XPTO, em reais, será

(A) 112.000,00
(B) 124.000,00
(C) 136.000,00
(D) 138.704,87
(E) 160.000,00

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Antes de resolver, vamos relembrar os sistemas de amortização?

SAC => as amortizações são constantes, já os juros e as prestações são


decrescentes.

Sistema Francês (Price) => as prestações são constantes, os juros


decrescentes e as amortizações crescentes.

Sistema Americano => juros e prestações são constantes, pois a amortização


ocorre de uma única vez no último período.
Agora vamos entender melhor o SAC resolvendo a questão:

Como pedem a soma das prestações, o melhor jeito de resolver sem se


confundir é montando uma pequena tabela e completando-a.

Ano Amortização Juros Prestação Saldo Devedor

0 100.000

Amortização = Saldo devedor inicial/ qt. de prestações


Amortização = 100.000 / 5 = 20.000

Obs.: Todo ano vamos reduzir 20.000 do saldo devedor. Isso é amortizar. A
partir do ano 1, podemos preencher toda a coluna Amortização com 20.000,
pois ela é constante no SAC.

Jurosn = saldo devedorn-1 * taxa de juros


Juros 1 = 100.000 * 0,12 = 12.000

Prestaçãon = Amortizaçãon + Jurosn


Prestação1 = 20.000 + 12.000 = 32.000

Saldo Devedorn = Saldo Devedorn-1 – Amortizaçãon


Saldo Devedor1 = 100.000 – 20.000 = 80.000
Agora é só seguir o mesmo raciocínio e preencher a tabela:

Ano Amortização Juros Prestação Saldo Devedor

0 100.000

1 20.000 12.000 32.000 80.000

2 20.000 9.600 29.600 60.000

3 20.000 7.200 27.200 40.000

4 20.000 4.800 24.800 20.000

5 20.000 2.400 22.400 0

Somando as cinco prestações:

32.000 + 29.600 + 27.200 + 24.800 + 22.400 = 136.000

RESPOSTA LETRA C
14. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 27 DE ABRIL DE 2012 6 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Uma amostra aleatória da quantidade de litros de combustível abastecida por


16 carros em um posto de combustível apresentou, em litros, o seguinte
resultado:

A amplitude interquartil dessa série de observações é


(A) 3 (B) 10 (C) 13 (D) 17 (E) 22

COMENTÁRIO

Assim como na questão passada, nessa teremos também que que organizar
o ROL em ordem crescente, não pode ser na ordem que a questão nos dá.

Vamos fazer logo isso:

{10, 12, 15, 15, 18, 20, 20, 22, 22, 25, 25, 28, 30, 30, 30, 32}

Esse é nosso ROL em ordem crescente. Agora vamos ao que a questão nos
pede.

Quartil, como o nome já nos dá a dica, é uma parte em quatro do ROL. 25%
desse ROL. Ou seja, se temos 16 observações, a cada 4 observações temos
um quartil. Simples assim.

1º Quartil: {10, 12, 15, 15}


2º Quartil: {18, 20, 20, 22}
3º Quartil: {22, 25, 25, 28}
4º Quartil: {30, 30, 30, 32}

Agora ele quer a amplitude interquartil. Essa amplitude é dada pela diferença
Quartil3 – Quartil1. O representante dos quartis são as últimas observações
de cada um. Daí fica fácil, 28 – 15 = 13.

RESPOSTA LETRA C
13. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 26 DE ABRIL DE 2012 1 C O M EN T Á R IO P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ E S

Uma loja de conveniência localizada em um posto de combustível realizou um


levantamento sobre o valor das compras realizadas pelos seus clientes. Para
tal tomou uma amostra aleatória de 21 compras, que apresentou, em reais, o
seguinte resultado:

A mediana dessa série de observações é

(A) 15,50 (B) 18,00 (C) 18,30 (D) 28,50 (E) 34,00

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

A mediana é uma medida de tendência central. Ela separa as observações


em dois grupos, metade das observações são menores que a mediana e
metade das observações são maiores que a mediana. Vamos ilustrar com um
exemplo:

1 – 3 – 6 – 7 – 10 | Mediana = 6

1 – 2 – 4 – 5 – 10 – 20 | Mediana = (4+5)/2 = 4,5

Observem que no caso do exemplo com um número ímpar de observações, a


mediana vai ser (n-1)/2 + 1 , ou seja, (5-1)/2 + 1 = 3º número.

No caso do exemplo com um número par de observações, a mediana vai ser


a média de n/2 com n/2 +1 , ou seja, a média de (6/2) com (6/2 + 1) = 3º
número + 4º número dividido por 2.
Agora vamos ao enunciado:

A tabela mostra 21 observações, assim a primeira observação (índice 1) foi


uma compra de R$19,40, a segunda observação (índice 2) foi uma compra de
R$14,00 e assim por diante.

Se quero a mediana de uma observação de número ímpar, devo usar a


fórmula (n-1)/2 + 1:

21-1 / 2 + 1 = 20/2 + 1 = 10 + 1 = 11º observação

ATENÇÃO: para achar a 11º observação, não devo ir ao índice 11 (apesar da


Cesgranrio ter colocado uma opção com esse valor para pegar os distraídos!).

Devo ir ao 11º valor em ordem crescente, ou seja, do menor valor para o


maior. Devo organizar os 21 valores em ordem crescente e pegar o 11º valor.

Como não podemos perder tempo, vamos colocar em ordem somente até o
11º valor, quando chegar lá paro de organizar e marco a opção correta, ok?
Vamos lá …

7,20 – 8,70 – 10,30 – 10,80 – 13,40 – 14,00 – 15,50 – 15,50 – 15,50 – 17,00
– 18,00

Em ordem crescente, o 11º valor é 18,00. Mediana = R$18,00

RESPOSTA LETRA B
12. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 25 DE ABRIL DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Em um posto de combustíveis entram, por hora, cerca de 300 clientes. Desses,


210 vão colocar combustível, 130 vão completar o óleo lubrificante e 120 vão
calibrar os pneus. Sabe-se, ainda, que 70 colocam combustível e completam o
óleo; 80 colocam combustível e calibram os pneus e 50 colocam combustível,
completam o óleo e calibram os pneus. Considerando que os 300 clientes
entram no posto de combustíveis para executar uma ou mais das atividades
acima mencionadas, qual a probabilidade de um cliente entrar no posto para
completar o óleo e calibrar os pneus?

(A) 0,10
(B) 0,20
(C) 0,25
(D) 0,40
(E) 0,45

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Essa questão mistura conjuntos e probabilidade, então vamos primeiro achar


todos os dados do conjunto e depois resolvemos a probabilidade.

O ideal é fazer aqueles tradicionais círculos e ir completando com os valores


dados pelo enunciado sempre começando pelas interseções! Quando não
sabemos o valor colocamos X. Observem que nas interseções entre 2
conjuntos devemos retirar o valor da interseção entre os 3 conjuntos e assim
por diante. Assim sendo, 60 – X é a quantidade de pessoas que vão SOMENTE
para completar óleo, 40 – X vão SOMENTE para calibrar pneus, 110 vão
SOMENTE para colocar combustível, 20 vão SOMENTE para completar óleo E
colocar combustível e assim por diante.
Agora devemos somar os valores de cada espaço e igualar a 300 (quantidade
de clientes) para encontrar o valor de X:

60 – X + 20 + 50 + X + 30 + 40 – X + 110 = 300
310 – X = 300
– X = 300 – 310
– X = -10
X = 10

Agora vamos a probabilidade. Ele quer saber qual a probabilidade de um cliente


entrar no posto para completar o óleo e calibrar os pneus. Ele não disse
SOMENTE completar o óleo e calibrar os pneus, então devemos considerar 50
+ X, ou seja, 60. Se ele tivesse dito SOMENTE, então usaríamos X, ou seja,
10.

P = quantidade do evento que quero / quantidade total

P = 60 / 300 = 0,2

RESPOSTA LETRA B
11. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 24 DE ABRIL DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

O valor de um caminhão do tipo A novo é de R$ 90.000,00 e, com 4 anos de


uso, é de R$50.000,00. Supondo que o preço caia com o tempo, segundo
uma função linear, o valor de um caminhão do tipo A, com 2 anos de uso, em
reais, é de

(A) 40.000,00
(B) 50.000,00
(C) 60.000,00
(D) 70.000,00
(E) 80.000,00

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

O caminhão novo custa 90.000 e depois de 4 anos de uso custa 50.000, ou


seja, com 4 anos de uso ele perde 40.000 de valor. O preço cai segundo uma
função linear, quer dizer que a cada ano que passa a desvalorização tem o
mesmo valor.

40.000 / 4 anos = 10.000 por ano

Vamos fazer uma tabela para visualizar a desvalorização a cada ano:

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

90.000 80.000 70.000 60.000 50.000

No ano 2, vemos que esse caminhão vale R$70.000.

RESPOSTA LETRA D
10. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 23 DE ABRIL DE 2012 3 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Em uma festa comunitária, uma barraca de tiro ao alvo dá um prêmio ao


cliente de R$ 30,00, cada vez que o mesmo acerta a área central do alvo.
Caso contrário, o cliente paga R$ 10,00. Um indivíduo deu 50 tiros e pagou
R$ 100,00. Nessas condições, o número de vezes que ele ERROU o alvo foi

(A) 10
(B) 20
(C) 25
(D) 35
(E) 40
COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Para resolver essa questão, vamos chamar os acertos de A e os erros de E.

Toda vez que a pessoa acerta, recebe 30 reais. Então ela receberá 30 x
quantidade de acertos = 30A .
Toda vez que a pessoa erra, paga 10 reais. Então ela pagará 10 x quantidade
de erros = 10E .

Vamos montar um sistema com as informações dadas para descobrir quantos


erros e acertos ocorreram:

30A – 10E = -100 [Tudo que o jogador recebeu menos o que o jogador pagou
é igual a -100, pois o enunciado diz que ele pagou R$100]
A + E = 50 [Se ele deu 50 tiros, ou ele errou ou acertou, assim os acertos e
erros somados são iguais a 50]

Multiplicamos uma das equações para poder cortar o A ou o E. Escolhi


multiplicar a segunda equação por -30 para cortar o A e achar logo a
quantidade de erros que é pedida pelo enunciado:

30A – 10E = -100


[A + E = 50 ] * (-30)

30A – 10E = -100


-30A -30E = -1500

-40E = -1600
40E = 1600
E = 1600 / 40
E = 40

Ele errou o alvo 40 vezes. Como deu 50 tiros, acertou 10 vezes. Se quiser
confirmar, é só substituir os valores em uma equação:

30A – 10E = -100


30(10) – 10(40) = -100
300 – 400 = -100 (verdadeiro!)

RESPOSTA LETRA E
09. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 20 DE ABRIL DE 2012 8 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Uma loja de eletrodomésticos possui 1.600 unidades de liquidificadores em


estoque. Uma recente pesquisa de mercado apontou que seriam vendidas
800 unidades a um
preço de R$300,00, e que cada diminuição de R$ 5,00, no valor do produto,
resultaria em 20 novas vendas. Qual valor de venda, em reais, permite que a
receita seja máxima?

(A) 230,00
(B) 240,00
(C) 250,00
(D) 270,00
(E) 280,00
COMENTÁRIO

Outra questão que com certeza era MUITO MAIS FÁCIL fazer por tentativa
das opções do que pela maneira “certa” de fazer, ou seja, pelos cálculos
necessários. Só para começar, alguém lembra, sem pesquisar agora, a
fórmula do X do vértice de uma equação do 2º grau? Poisé, difícil né? Mas
vamos lá!

Primeiro vamos para a fórmula da receita, todo administrador tem na ponta da


língua:

Receita = Quantidade Vendida x Preço de venda.

Pronto, agora vamos aos dados da questão, ele diz que a cada 5 reais que
diminuem do preço (novo PV = PV – 5x) aumentam 20 unidades vendidas
(novo QV = QV + 20x). Quanto tem que ser o X para essa renda ser a
máxima. Vamos achar a nova receita:

Receita = (QV + 20x) . (PV – 5x) [substituindo pelos dados de PV e QV]

Receita = (800 + 20x) . (300 – 5x)

Receita = 240.000 + 6.000x – 4.000x – 100x²

Receita = – 100x² + 2.000x + 240.000

Agora, voltando à nossa oitava série (nono ano atual), quando o sinal do “a” é
negativo o gráfico da equação fica uma parábola com concavidade negativa
(um “u” de cabeça para baixo). Para descobrimos a receita máxima, ou seja, o
ponto mais alto da parábola, temos que achar o x desse vértice.

Xvértice = -b/2a
Xvértice = -2.000/2(-100)
Xvértice = -2.000/-200
Xvértice = 10

Esse é x a ser substituído na equação, ele quer na questão o preço de venda.

PV = 300 – 5 . 10

PV = 250,00

RESPOSTA LETRA C

A questão é fácil, o problema todo era lembrar dessa fórmula.


Na hora da prova, sobrou um tempinho e tem uma assim, vai na tentativa
opção por opção.
08. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 19 DE ABRIL DE 2012 C O M EN T E ! P E TR O B R A S 2 0 1 0 , Q U ES TÕ E S

Um funcionário público tem uma poupança de R$200,00 e pretende utilizá-la


para pagar a 1a prestação de um empréstimo, a ser pago em 24 parcelas
iguais de R$ 1.000,00. Sabendo-se que o valor da prestação não pode
superar um terço do salário do funcionário, qual o menor valor, em reais, que
ficará disponível, após o pagamento da 1a prestação, para os demais gastos?

(A) 2.000,00
(B) 2.200,00
(C) 3.000,00
(D) 800,00
(E) 1.200,00

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Uma questão bem simples de ser resolvida. A informação importante para


solução é “o valor da prestação não pode superar um terço do salário do
funcionário”. Com base nisso, se todo mês esse funcionário vai pagar
R$1.000 de prestação, o salário dele pode ser no MÍNIMO R$3.000. Se o
salário for menor do que R$3.000, a prestação ultrapassa 1/3. Se o salário for
maior que R$3.000, não há problema, pois a questão quer saber o menor
valor possível que sobrará do salário.

Então vamos usar R$3.000 como salário.

1ª prestação -> 1.000 – 200 (poupança) = 800 (falta pagar)

3.000 – 800 (restante da prestação) = 2.200 (valor que sobra para os demais
gastos)

RESPOSTA LETRA B
07. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 18 DE ABRIL DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Qual é o número que deve ser somado aos números 1, 5 e 7 para que os
resultados dessas somas, nessa ordem, formem três termos de uma
progressão geométrica?

(A) – 9
(B) – 5
(C) – 1
(D) 1
(E) 9

COMENTÁRIO

Vou resolver do jeito “certo”, ou seja, de fato fazendo os cálculos necessários,


mas no dia que fiz essa prova como simulado, fiz na tentativa item a item.
Achei mais fácil e não consegui achar o raciocínio em pouco tempo. Falo isso
porque às vezes tem uma saída mais fácil e a gente fica “procurando chifre
em cabeça de cavalo” e não resolve a questão. No concurso o importante é
acertar a questão. Mas vamos a ela.

Ele diz que se somar um número (X) a 1, 5 e 7 eles formam uma PG. Ou seja,
a PG seria [1+x, 5+x, 7+x]. Ele não nos diz quanto seria a razão dessa PG,
mas a gente sabe que o segundo termo dividido pelo primeiro é igual à essa
razão, já que essa é a forma da PG. Assim como o terceiro termo dividido
pelo segundo é igual à essa razão.

a2/a1 = r e a3/a2 = r.

ou seja,

a2/a1 = a3/a2. substituindo temos:

5 + x/ 1 + x = 7 + x / 5 + x. Agora vocês ficam como uma foto da resolução.


(Clica na foto que ela amplia).
RESPOSTA LETRA A
06. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 16 DE ABRIL DE 2012 5 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Qual é a soma dos múltiplos de 11 formados por 4 algarismos?

(A) 4.504.500 (B) 4.505.000


(C) 4.505.500 (D) 4.506.000
(E) 4.506.500

COMENTÁRIO

Vamos lá. Primeiro como sabemos quais são os múltiplos de 11 com 4


algarismos. Vamos achar o primeiro.

O primeiro número de 4 algarismos é 1.000, que não é múltiplo de 11. 1.001 é


o primeiro número de 4 algarismos divisível por 11. E qual é o último?

O último número de 4 algarismos é o 9.999 e é divisível por 11. Todos os


números, partindo do 1.001, caminhando de 11 em 11 até o 9.999 são
divisíveis por 11. Então são eles: {1.001, 1.012, 1.023 … 9.999} O que isso
formou? Uma P.A. de razão 11. Pronto, agora só fazermos pela fórmula da
soma da P.A. e temos o resultado.

Para aplicar a fórmula da soma, temos que saber quantos são os termos (n),
ou seja, quantos números temos nessa P.A. Vamos descobrir n pela fórmula
geral da P.A

An = a1 + (n-1)r.

9.999 = 1.001 + (n-1)11

n = 819.

Agora vamos à fórmula da soma da P.A.:

Sn = n(a1 + an)/2

Sn = 819(1.001 + 9.999)/2

Sn = 819 x 11000 / 2

Sn = 819 x 5500

Sn = 4.504.500

RESPOSTA LETRA A
05. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 13 DE ABRIL DE 2012 3 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Uma embalagem tem a forma de um cubo de aresta de 20 cm. O material


para a base custa R$ 50,00 por m², para as faces laterais custa R$ 20,00 por
m², e o material para a
tampa custa R$ 30,00 por m². O custo unitário de montagem da caixa é de R$
2,00. O custo total de uma embalagem é dado, em reais, por

(A) 6,00
(B) 6,80
(C) 7,40
(D) 8,00
(E) 8,40

COMENTÁRIO

Essa questão parece uma que fiz no meu vestibular para administração. Para
fazê-la basta saber 2 coisas:

1 – Área do quadrado (retângulo): aresta x aresta.

2 – Um cubo tem 6 faces. 4 laterais, uma por cima e uma por baixo.

Sabendo disse fica bem fácil o resto. Primeiro deixe 20cm como 0,2m. Os
preços são dados em m² e fica mais fácil assim.

Área de cada face: 0,2 x 0,2 = 0,04m²

O custo sempre será a área x o custo por m². Assim temos:

– Custo da base (50 reais por m²):

0,04 x 50 = 2,00 reais.

– Custo da tampa (30 reais por m²):

0,04 x 30 = 1,20 reais.

– Custo das laterais (20 reais por m²):

0,04 x 20 = 0,8 reais por lateral. Quatro laterais = 3,20 reais.

Somando tudo: 3,20 + 1,20 + 2,00 = 6,40 + 2,00 reais da montagem: 8,40
reais por caixa.

RESPOSTA LETRA E
04. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 12 DE ABRIL DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

A função geradora do gráfico abaixo é do tipo y = mx + n.

Então, o valor de m³ + n é
(A) 2 (B) 3 (C) 5 (D) 8 (E) 13

COMENTÁRIO

Essa questão dá uma assustada pelo gráfico, mas ela é simples, bastante
simples mesmo.

Primeiro é só substituirmos os pontos marcados no gráfico na função dada.


Ou seja:

Quando X = – 2; Y = -9

Quando X = 3; Y = 1, colocando na função dada:

-9 = -2m + n
1 = 3m + n

Só multiplicar qualquer uma por -1 (no caso eu farei com a de cima) e resolver
um sisteminha simples;

9 = 2m – n
1 = 3m + n
————–
10 = 5m.

m = 2; substituindo em qualquer uma das funções.

1 = 3×2 + n
1=6+n
n = -5

Pronto: m = 2; n = -5.

Fazendo o que ele pede: 2³ + (-5) = 8 – 5 = 3 RESPOSTA LETRA B


03. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
B R UN O C A V A L C A NT E 11 DE ABRIL DE 2012 1 5 C OM E NTÁ R I OS P E TR OB R A S 2 01 0 , Q U ES T ÕES

Um posto de combustível comprou 6 bombas (idênticas) de abastecimento,


que serão pintadas, antes de sua instalação, com uma única cor, de acordo
com o combustível a ser vendido em cada uma. O posto poderá vender
etanol (cor verde), gasolina (cor amarela) e diesel (cor preta). De quantas
maneiras as bombas podem ser pintadas, considerando a não
obrigatoriedade de venda de qualquer tipo de combustível?
(A) 20
(B) 28
(C) 56
(D) 216
(E) 729

COMENTÁRIO

Tem dois raciocínios que os melhores professores de raciocínio lógico


explicam para essa questão. Vou fazer os dois.
1ª Resolução:

A primeira é pela fórmula da combinação com repetição. Como funciona.


Sempre que você tiver que necessariamente repetir os elementos da
combinação, essa será uma combinação com repetição. Aqui temos 6
bombas idênticas (o que nos indica que não importa a ordem, sendo uma
combinação) e somente 3 cores, o que nos indica que pelo menos 1 cor terá
que ser repetida. Diferente do raciocínio se tivéssemos pessoas e lugares,
que você não pode repetir pessoas nos lugares.

Dito isso, a fórmula para combinação com repetição é meio decoreba mesmo.

Cr(n,k) = C(n+k-1,k). É transformar uma combinação com repetição em uma


combinação comum, somando o número de elementos que serão repetidos,
mas o número de elementos que recebem e diminuindo 1. Como ficaria na
questão?

Cr(3,6) = C(3+6-1,6) => C(8,6).

Agora fica tranquilo, só aplicar a fórmula da combinação:

C(n,k) = n!/(n-k)!k!
C(8,6) = 8!/(8-6)!6!
C(8,6) = 8x7x6!/2!6!
C(8,6) = 56/2 = 28
2ª Resolução:

A segunda é pensando por meio de uma permutação. Como assim?


(Vou tentar usar a mesma metodologia (mesmos exemplos) do professor que
me ensinou, e provavelmente será o mesmo de vários locais, mas se não
entenderem me avisem, tá? Eu tento mudar um pouco)

Imagine que vamos fazer um armário dividido por cores e colocar as bombas
nesse armário, ok?

Assim, para o armário ter três locais (3 cores diferentes) ele precisará ter duas
divisórias, ficando assim:

Pronto, agora temos 3 lugares para colocarmos nossas bombas, que vou
representar por bolinhas e colocar aleatoriamente em qualquer lugar.

Agora temos 2 divisórias e 6 bombas para ficarmos mexendo e descobrindo


de quantas maneiras.

Faremos uma mudança nas posições, ou seja, permutaremos essas posições.


As posições de que? Das bombas e das divisórias, as duas poderão ser
trocadas de lugar. Podemos inclusive usar o mesmo raciocínio dos
anagramas, já que lá é uma permutação de letras da palavra. Vamos
permutar 8 objetos, sendo que 2 são iguais (divisórias) e os outros 6 também
são iguais entre si. Voltando ao exemplo do anagrama, é como se tivéssemos
uma palavra de 8 letras, sendo DBBBDBBB. Essa seria a palavra para
fazermos o anagrama.
Então ficamos com Permutação de 8, sendo repetidos 2 e 6 => P82,6= 8!/2!6!

P82,6 = 8x7x6!/2!6!
P82,6 = 56/2 = 28

RESPOSTA LETRA B

Só fazer uma observação. Por que não pode ser um simples 3x3x3x3x3x3?
Que daria 729 e teria uma respostinha pronta pra gente!

Por que as bombas são idênticas, então a ordem não importa. Então a
combinação de bombas VERDE, VERDE, VERDE, VERDE, VERDE, PRETO
seria igual a PRETO, VERDE, VERDE, VERDE, VERDE, VERDE.
02. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 10 DE ABRIL DE 2012 8 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 0 , Q U ES T Õ ES

Quantos números naturais de 5 algarismos apresentam dígitos repetidos?

(A) 27.216
(B) 59.760
(C) 62.784
(D) 69.760
(E) 72.784

COMENTÁRIO
Esse tipo de questão é bem comum em provas da Cesgranrio. Questões que
você não consegue fazer, ou pelo menos é muito difícil fazer, de uma vez. Em
um cálculo somente achar já a resposta. Normalmente as questões pedem de
um jeito para que você tenha 2 trabalhinhos no raciocínio, mas que fica bem
mais fácil, vamos começar.
Quantos número de 5 dígitos podem existir, no total? Pelo princípio
fundamental da contagem podemos calcular, já que temos 9 possibilidades
para o primeiro dígito (de 1 a 9) e 10 para os demais 4 dígitos (de 0 a 9).
Temos então:
9 x 10 x 10 x 10 x 10 = 90.000 números de 5 dígitos no total.
Agora vamos a segunda parte, ele quer apenas o número que tem dígitos
repetidos. Mas como disse acima, isso ficaria um pouco mais complicado.
Então faremos agora o número de números de 5 dígitos com todos os
algarismos diferentes. Daí, se pegarmos todos os números possíveis (achado
acima) e diminuirmos de todos que tem todos os algarismos diferentes,
teremos somente os que possuem alguns algarismos iguais.
Como todos os algarismos diferentes.

Para a primeira posição temos 9 possibilidade (1 a 9), para a segunda temos


9 também. Por que 9? Por que tiramos o número que escolhemos para a
primeira, mas acrescentamos o zero. Que não pode ser primeiro dígito de
nenhum número. Para a terceira temos os 8 que sobram depois de
escolhermos o segundo e assim sucessivamente. Então temos:
9 x 9 x 8 x 7 x 6 = 27.216 números com todos os algarismos distintos.
Agora basta diminuir do total de números possível os números que não tem
nenhuma repetição que teremos somente os números que possuem alguma
repetição.
90.000 – 27.216 = 62.784 número de 5 dígitos com pelo menos 1 algarismo
repetido.
RESPOSTA LETRA C
01. (CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2010)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE ABRIL DE 2012 1 9 C O M EN T Á R IO S P E T R O BR A S 2 0 1 0 , Q U E S TÕ ES

Quantos são os anagramas da palavra PETROBRAS que começam com as


letras PE, nesta ordem?
(A) 720
(B) 2.520
(C) 5.040
(D) 362.880
(E) 3.628.800
COMENTÁRIO
Anagramas é um tipo, uma relação, um jogo com as letras das palavras. Ou
seja, formas de misturar as letras formando outras palavras (existente e com
sentido ou inexistente e sem sentido). Todo mundo já brincou de fazer
anagrama com o próprio nome, nem que seja escrevendo de trás para frente,
para ver como fica.
Pegando uma palavra simples: ELO. Os anagramas possíveis são:
ELO
EOL
LEO
LOE
OEL
OLE
São 6 anagramas possíveis com a palavra ELO. Para sabermos o número de
anagramas possíveis de uma palavra é simplesmente o número de letras (N)
fatorial.
No caso 3! = 3×2 = 6 anagramas.
Mas temos o caso especial, quanto há repetições, no caso de ASa (vou
escrever com um a minúsculo para diferenciar os “a’s”.
O anagrama ASa e aSA são iguais e não contariam como 2 anagramas
diferentes, afinal formaram a mesma palavra. Então para sabermos o número
de anagramas quando se tem letras repetidas, se faz N!/Repetições!, nesse
caso seria 3!/2! = 3. Sendo os anagramas:
AAS
SAA
ASA
Agora vamos para a questão, que obviamente você nunca irá ser tão fácil
quanto os exemplos
Ela quer os anagramas da palavra PETROBRAS, mas dá uma condição: tem
que começar com PE e nessa ordem. Ou seja, o PE nunca vai sair do lugar
dele. Então basta esquecermos ele no começo e fazer o anagrama do resto,
fazemos apenas o número de anagramas do TROBRAS.
Temos 7 letras, sendo 2 repetidas:
7!/2! = 7x6x5x4x3x2/2 = 2.520 RESPOSTA LETRA B
70. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 29 DE MARÇO DE 2012 1 1 C O M E N T ÁR IO S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 1

Em um site de compras coletivas, foi anunciada uma oferta para um jantar em


um restaurante de luxo. As regras para utilização dos cupons eram as
seguintes:

• Limite de uso de 1 cupom por pessoa, gasto em uma única visita.


• Não é válido para entrega ou viagem.
• Validade: de segunda a sexta-feira, dentro de uma determinada semana.

Sabendo-se que foram vendidos N cupons e que, na semana destinada à


utilização da oferta, metade dos compradores compareceram ao restaurante
na segunda-feira; um terço do restante foi na terça-feira; na quarta-feira, a
quarta parte do que faltava; na quinta-feira, a quinta parte do restante; e que,
na sexta-feira, último dia da oferta, restavam menos de 20 clientes para
utilizar o cupom.
Se todos os compradores utilizaram o cupom, o número de compradores que
foram atendidos na sexta-feira foi

(A) 10
(B) 12
(C) 14
(D) 16
(E) 18
COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Vamos lá, essa questão não tem tanta teoria, ela é mais no raciocínio,
interpretação e na matemática.

Vou fazer dia por dia, o número de clientes que foi e que sobrou, para
conseguirmos ir construindo melhor a questão na cabeça.

Número de clientes: N

– Na segunda:
Foram: N/2
Sobraram: N/2

– Na terça, foi 1/3 do que sobrou, isso quer dizer que os outros 2/3 do que
faltava não foram na terça:
Foram: N/2 x 1/3 = N/6
Sobraram: N/2 x 2/3 = N/3

– Mesmo raciocínio: na quarta, foi 1/4 do que sobrou, restando 3/4:


Foram: N/3 x 1/4 = N/12
Sobraram: N/3 x 3/4 = N/4

– Igualmente: na quinta, foi 1/5 do que sobrou, sobrando 4/5 :


Foram: N/4 x 1/5 = N/20
Sobraram: N/4 x 4/5 = N/5

Agora a única coisa que sabemos é que N/5 é menor do que 20, mas não nos
ajuda muito. Como saímos.

Sabemos que, a não ser em shows de mágica, não se pode ir apenas meia
pessoa a um restaurante, o que quer dizer que todas as vezes uma parte de
N foi ao restaurante, essa parte teria que ser um número inteiro, o que nos
que N é um número que pode ser divisível por: 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 20. Basta
tirar o velho conhecido da gente desde a 5ª série (agora chamado 6º ano,
para quem faz tempo que não pisa numa escola, os nomes mudaram em uma
série a mais. Hehehehe!), enfim, basta tirar o M.M.C. Calculando esse M.M.C.
ele nos dá 60. Então 60 é o número N de clientes.

Se na sexta foi tudo que sobrou da quinta, foi N/5 = 60/5 = 12 clientes.

RESPOSTA LETRA B

Até a próxima prova.


69. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 28 DE MARÇO DE 2012 6 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

O esquema abaixo ilustra as 4 primeiras linhas de um mosaico triangular,


formadas por 32 triângulos pequenos, todos iguais.

O mosaico triangular completo será construído com até 500 peças.


O número de linhas do maior mosaico possível é

(A) 15
(B) 16
(C) 21
(D) 58
(E) 450

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

A questão nos pede o número de linhas, então temos que achar alguma
relação entre elas para podermos estabelecer quantas linhas podermos
formar com esses 500 triângulos.

Se notarmos bem, a primeira linha tem 2 triângulos. A segunda tem 6, a


terceira tem 10 e a quarta 14. Ou seja, está aumentando e cada vez somando
quatro. O que no dá uma Progressão Aritmética de razão 4. Veja a abaixo:
Pronto, visto isso, partimos para a questão.

Ele diz que terá no máximo 500 triângulos e quer saber quantas linha tem.
Traduzindo para a linguagem da P.A. 500 seria a soma dela e a quantidade
de linhas seria a posição do último termo, ou seja, o “n” do a n.

Para isso precisaremos das fórmulas da soma e do termo geral, assim temos:

Pelos dados da questão, temos:


Sn = 500
A1 = 2
r=4

Primeiro vamos simplificar o an de acordo com os dados da questão, assim


temos:

Pronto, agora pegamos esse an e substituímos junto com os dados na


fórmula da soma da P.A. e vamos resolvendo até chegar no final.
Chegou nessa parte, não tente fórmulas mirabolantes que se aprende por aí
para tirar raiz quadrada, pelo menos não nessa questão, pode ser muito bom
para outras. Aqui você vai jogar com os itens. Todo mundo sabe que 20 x 20
= 400. Então o item 21 e os acima dele já são descartados, o que só nos resta
15 ou 16. Fazendo os cálculos:

15 x 15 = 225
16 x 16 = 256

O número de linhas “n” é algum número entre 15 e 16, mas a questão quer o
número máximo de linhas com ATÉ 500 peças, pelos resultados acima nos
diz que 500 não é o suficiente para fazer 16 linhas completas, mas é o
suficiente para fazer 15. Ou seja, o número máximo de linhas que podemos
fazer com até 500 peças é de 15 linhas.

RESPOSTA LETRA A
68. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 26 DE MARÇO DE 2012 5 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Sendo,

onde a, b, c e d são números reais diferentes de zero, qual o número de


valores possíveis para y?

(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Nessa questão, temos o módulo de um número dividido por ele mesmo.


Vamos fazer um teste com alguns números:

a= 2 -> 2/2 -> 1


a= -2 -> 2/-2 -> -1
a= 100 -> 100/100 -> 1
a= -100 -> 100/-100 -> -1

Podemos observar que A, B, C e D sempre serão 1 ou -1.

Agora precisamos combinar as possibilidades (1 ou -1) para A, B, C e D e


somá-las.
Qt. de números positivos – Qt. de números negativos = Resultado para Y
4 0 4
3 1 2
2 2 0
1 3 -2
0 4 -4

Podemos ter todos os números positivos e iguais a 1 (1ª linha), ter 3 números
positivos e iguais a 1 e um número negativo e igual a -1 (2ªlinha), ter 2
números positivos e iguais a 1 e 2 números negativos e iguais a -1 (3ªlinha) e
assim por diante.

Com isso, vemos que o Y pode ter 5 valores possíveis (4; 2; 0; -2; -4).
RESPOSTA LETRA E
67. (CESGRANRIO – TRANSPETRO –ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 23 DE MARÇO DE 2012 2 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Ônibus saem dos terminais A ou B e, sem passar duas vezes pela mesma
cidade, x, y e z, chegam ao terminal C, como mostra a figura a seguir.

Considere que
• 19 ônibus passaram pelas cidades x, y e z
• 25 ônibus passaram pelas cidades x e z
• 30 ônibus passaram pelas cidades y e z

O número mínimo de ônibus que saíram do terminal B é

(A) 6
(B) 11
(C) 19
(D) 24
(E) 30
COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Para facilitar o nosso entendimento, devemos fazer um conjunto:

No encontro de X, Y e Z, colocamos os 19 ônibus que passaram pelas 3


cidades. No encontro entre X e Z, colocamos os 25 ônibus que passaram
pelas 2 cidades, mas retiramos os 19 que passaram nas 3 cidades para
encontrarmos quantos passaram SOMENTE por X e Z. No encontro entre Y e
Z, fazemos a mesma coisa e encontramos 11 ônibus que passaram
SOMENTE por Y e Z.

Com isso feito, partimos para a seguinte análise do mapa:

Saindo do terminal A temos 2 caminhos possíveis: X – Y – Z e X–Z

Saindo do terminal B temos 3 caminhos possíveis: X – Y – Z , X–


Z e Y–Z

Os 19 ônibus que passaram pelas cidades x, y e z podem ter saído tanto de


A quanto de B. Os 6 ônibus passaram SOMENTE pelas cidades x e z podem
ter saído tanto de A quanto de B, mas os 11 ônibus que passaram SOMENTE
pelas cidades y e z só podem ter saído do terminal B. Assim, o número
mínimo de ônibus que saíram do terminal B é 11.

RESPOSTA LETRA B
66. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 22 DE MARÇO DE 2012 5 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ E S, TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Qual é o número de anagramas da palavra TRANSPETRO em que as letras


PETRO ficam juntas e nessa ordem?
COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Primeiramente, vejamos o que é um anagrama: palavra formada pela


transposição das letras de outras palavras. Por exemplo, um possível
anagrama para a palavra roma é amor. No entanto, um anagrama não
necessariamente deve ser uma palavra com sentido, assim outro anagrama
de roma é oarm.

Para saber quantos anagramas existem para a palavra roma, devo ter em
mente que há 4 espaços para “ocupar”, assim no primeiro espaço posso
colocar 4 letras (R, O, M, A), no segunda espaço posso colocar 3 letras, pois
uma já foi alocada ao primeiro espaço e assim por diante. Em outras palavras,
devo fazer uma permutação com a quantidade de letras existentes, ou seja,
uma permutação de 4.

4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 –> Existem 24 anagramas para a palavra roma.

(Usamos ! para indicar que devemos fazer o fatorial de 4, ou seja, 4 x 3 x 2 x


1. Se fosse 5! seria 5 x 4 x 3 x 2 x 1)

Com a palavra transpetro, seguiremos o mesmo raciocínio. Contudo, a banca


acrescentou uma condição, ela quer somente a quantidade de anagramas em
que as letras P,E,T,R,O ficam juntas e nessa ordem. Quando a banca solicitar
isso, devemos considerar as letras P,E,T,R,O como se fossem uma única
letra (chamaremos aqui de letra X).

Assim temos 6 letras –> T, R, A, N, S, X

6! = 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 720 anagramas da palavra TRANSPETRO em que


as letras P,E,T,R,O ficam juntas e nessa ordem.

Algumas dessas 720 possibilidades: T P E T R O R A N S / A S P E T R O T


RN

A banca facilitou a questão ao dar como opção 6! , assim não seria


necessário chegar a resolver as contas!

RESPOSTA LETRA B
65. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 21 DE MARÇO DE 2012 1 C O M EN T Á R I O Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Dez caixas idênticas precisam ser embarcadas em três navios com


capacidades para 2, 4 e 5 dessas caixas, respectivamente.
O embarque pode ser feito de quantas maneiras diferentes?
(A) 3
(B) 11
(C) 40
(D) 253
(E) 720

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Recebi essa questão de algumas pessoas por e-mail assim que passou a
prova. Muitas tentaram alguma fórmula para saber como poderia saber ou
fazendo as combinações possíveis. Ou seja, muita gente pensou em como
colocar as caixas dentro dos navios.

Nessa questão ficava bem fácil de fazer, pois eram poucas possibilidades,
mas para ficar mais fácil, ao invés de raciocinarmos como poderíamos colocar
as caixas, como poderíamos tirar.

Temos 10 caixas e 11 lugares. Ou seja, um lugar tem que ficar vazio. As


caixas são idênticas, indicando que não importa a ordem, ou seja, se eu
simplesmente trocar uma caixa com outra, nada mudará. A ordem não
importa.

Sendo assim temos 1 lugar vazio para escolher onde colocar. Se temos três
navios, podemos colocar em um dos 3 o espaço vazio, nos dando 3 maneiras
de alocação das caixas.
Essa é fácil e não precisa nem fazer a fórmula da Combinação (C3,1).
Complicaria mais.

Quem pensou em fazer listando as maneiras, ficaria:

2–4–4
1–4–5
2–3–5

Qualquer outra maneira seria uma repetição dessas, o que não conta como
outra, já que as caixas são idênticas.

RESPOSTA LETRA A
64. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 20 DE MARÇO DE 2012 8 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Em uma escola, todo aluno que gosta de matemática, gosta de física. Todo
aluno que gosta de português, se não gostar de matemática, gosta de química
ou gosta de geografia. Não há aluno que não goste de geografia e não goste
de português.
Então, conclui-se que

(A) todo aluno gosta de matemática.


(B) todo aluno gosta de química.
(C) todo aluno ou gosta de matemática ou gosta de química.
(D) todo aluno ou gosta de física ou gosta de química.
(E) todo aluno ou não gosta de matemática ou gosta de física.

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Curto muito raciocínio lógico e matemática pelo fato de você conseguir achar
diversas saídas para um mesmo problema. Obviamente tem coisas básicas
que não podem ser mudadas, mas para quase todas as questões há mais de
um caminho. Nessa decidi fazer desenhando um diagrama, como se fosse
uma representação de grupos dessa escola, mas antes vamos entender
algumas coisas básicas para montarmos o diagrama.

Quando temos mais de uma proposição, dependendo do conector dessas


proposições sabe-se se a relação está verdadeira ou falsa, da onde surge a
famosa tabela verdade, dizendo todos os casos de verdadeiro ou falso, de
acordo com cada conector. Vou tentar um outro caminho, o caminho que
aprendi sem precisar decorar (de primeira) a tabela verdade. Uma hora é
interessante que você saiba montá-la, mas não é a toda hora que você sairá
feito um louco furioso montando essa tabela. Sem contar o risco de errar se
você simplesmente decorar a tabela, sem ter um método mais didático de
aprender.

Vamos caso a caso para entendermos juntos:


(Baseado nos ensinamentos de Sérgio Carvalho).

I – Conector “e” (conjunção).


Vamos supor que pai diga assim para o filho: “Vou te dar um carro E uma
viagem.”
O pai deu só o carro. A promessa foi cumprida? Não.
Deu só a viagem, foi cumprida? Também não. Se ele não der nenhum? Aí
que não está cumprida mesmo!
A promessa só será cumprida caso o pai dê os dois, pois ele falou um “e” o
outro.
Ou seja, a única situação em que duas proposições conectadas pelo “e” é
verdadeira é quando as duas afirmativas são verdadeiras.

II – Conector “ou” (disjunção).


Agora a promessa é: “Eu vou te dar um carro OU uma viagem.”
O pai deu só o carro. A promessa foi cumprida? Sim.
Deu só a viagem, foi cumprida? Foi também.
Deu os dois? Mais do cumprida, então também foi cumprida.
Se ele não der nenhum? Aí não vale, o acordo não foi cumprido.
Tirando o caso que o pai foi um mala e não deu nada, todos os outros fazem
da proposição verdadeira.
Ou seja, a única situação em que duas proposições conectadas pelo “O” é
falsa é quando as duas afirmativas são falsas.

III – “Se… então” (condicional).


Vou usar o exemplo literal do mestre Sérgio para você também nunca mais
esquecer, você adapta ele à sua realidade, à sua cidade e estado..
Pense na seguinte frase, no meu caso: “Se nasci em Fortaleza, então sou
Cearense.”
Vamos pensar quando isso será uma mentira.
A primeira sendo verdadeira e a segunda também está absolutamente
correto. Enfim, essa é uma condição que tem que ser mantida.
A primeira pode ser falsa e a segunda verdadeira? Sim. Eu posso não ter
nascido em Fortaleza, mas continuar sendo cearense de qualquer outra
cidade do Ceará. Não necessariamente estaria falsa.
Se as duas forem falsas? Ok também. A sentença continua sendo verdadeira.
A única que deixa falsa a afirmação é se a primeira for verdadeira e a
segunda falsa. É impossível eu ter nascido em Fortaleza e não ser cearense.
Então o único caso do “Se… então” em que tudo a proposição é falsa é esse.
A primeira verdadeira e a segunda falsa.

IV – “ou…ou” (disjunção exclusiva)


Como o nome já diz, é exclusivo, apenas uma pode estar certa. Se as duas
estiverem certas ou as duas erradas, deixará a sentença falsa.
Como no exemplo “Ou eu sou negro, ou eu sou branco”.
Não tem como eu ser os dois ao mesmo tempo, então são exclusivas. Só uma
pode estar correta.

V – “se e somente se” (bicondicional)


Esse conectivo funciona como uma algema que obriga o que está antes e
depois serem iguais. Ou seja, se a primeira frase for verdadeira a segunda
tem que ser, necessariamente, verdadeira. O mesmo acontece se a primeira
for falsa, a segunda necessariamente será falsa.

Coloquei esse resuminho para facilitar na hora de fazer sua tabela verdade, a
questão não pedia tanto disso, mas é bem legal saber.

Indo para a questão, como eu falei acima, farei por diagramas, vamos
entendendo por partes.

Primeiro: todo aluno que gosta de matemática, gosta de física. Ou seja, existe
algum aluno que goste de matemática e não goste de física? Não. Mas o
contrário pode existir, alunos que gostem de física e não gostem de
matemática. Então Matemática está contido em Física.

Segundo: Todo aluno que gosta de português, se não gostar de matemática,


gosta de química ou gosta de geografia.
Dessa frase tiramos que: OU o aluno gosta de português e matemática, OU o
aluno gosta de português e química OU o aluno gosta de português e
geografia. Excludentes entre si.
O que nos diz que os grupos Geografia, química e matemática não tem
pessoas em comum e português tem com esses todos.

Último: Não há aluno que não goste de geografia e não goste de português.
Daqui podemos tirar que geografia está contido em português, ou seja, todos
que gostam de geografia gostam de português.

Então, representamos o grupo e vamos para as opções, ficaria assim, mais ou


menos:
(A) todo aluno gosta de matemática. – Visivelmente não, existem várias partes
de alunos que não gostam de matemática.

(B) todo aluno gosta de química. – Também visivelmente não.

(C) todo aluno ou gosta de matemática ou gosta de química. Para essas com
Todos seguidos de “ou … ou” faça uma pergunta negando a primeira e veja
se é verdade, assim:
Quem não gosta de matemática, necessariamente gosta de química? Não.
Falsa a alternativa.

(D) todo aluno ou gosta de física ou gosta de química.


Que não gosta de física necessariamente gosta de química? Não.

(E) todo aluno ou não gosta de matemática ou gosta de física. Aqui, somente
para lembrar, negar um “não” é tirar ele, a pergunta fica.
Quem gosta de matemática necessariamente gosta de física? Sim.

RESPOSTA LETRA E
63. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 19 DE MARÇO DE 2012 6 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma empresa na área de mineração decidiu ampliar a produção de uma mina


de minério de ferro. Para tal, constituiu uma equipe de profissionais de
diversas especialidades para atuar desde o planejamento até a entrega da
obra, incluindo todo o processo de licenciamento ambiental. Quando da
entrega da mina em produção, a equipe será desfeita, e os profissionais serão
novamente movimentados para posições em que possam contribuir com suas
habilidades e competências. A empresa optou por desenvolver uma equipe

(A) autodirigida
(B) funcional cruzada
(C) de força-tarefa
(D) de projeto
(E) de melhoria de processos

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Essa questão é fácil de ser resolvida sem aprofundamento dos


conhecimentos teóricos. No entanto, é sempre bom relembrar alguns
conceitos.

Tipos de equipe:

Equipes autodirigidas são altamente treinadas para desempenhar várias


tarefas e tomam decisões em consenso.

Equipes funcionais cruzadas são formadas por pessoas de diversas áreas


(engenharia, marketing, finanças).

Equipes de força-tarefa são destinadas a resolver um problema


imediatamente. O grupo fica responsável por um plano de longo prazo.

Equipes de projetos são compostas por pessoas com habilidades distintas


para um projeto e são desfeitas com o término do projeto.

Equipes de melhoria de processos formadas por pessoas experientes de


vários departamentos para melhorar processos da organização.

A equipe do enunciado é formada por pessoas com competências distintas o


que cabe de certa forma a todos os tipos de equipe. O que nos dá a resposta
é o fato da equipe ser desfeita com a entrega da mina.

RESPOSTA LETRA D
62. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 16 DE MARÇO DE 2012 2 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma determinada empresa desenvolveu, ao longo dos últimos anos, um


programa de relações com empregados que contava com o ‘gerenciamento
por caminhadas’ e uma ‘política de portas abertas’. No primeiro, os gerentes e
supervisores devem sempre ir às pessoas em seus locais de trabalho, para
verificar como se sentem a respeito das atividades e seus desempenhos
pessoais. No segundo, os gerentes e supervisores devem promover no local
de trabalho um ambiente favorável a explicitar a filosofia de trabalho e permitir
a livre expressão de ideias e sugestões.

O programa de relações com empregados tem como eixo central a

(A) assistência
(B) comunicação
(C) cooperação
(D) disciplina
(E) proteção

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

As 5 opções dadas pela questão são características que devem ser incluídas
no desenho de um programa de relações com empregados. Vejamos cada
uma:

Assistência os funcionários devem receber apoio e suporte da organização


em suas necessidades individuais.

Comunicação deve ser de mão dupla. A empresa deve comunicar sua


filosofia a todos os empregados.

Cooperação a organização deve proporcionar a possibilidade de que todos


cooperem na tomada de decisões e no controle de atividades.

Disciplina a empresa deve ter regras claras quanto aos procedimentos de


disciplina e conflitos.

Proteção todos devem se sentir seguros e protegidos em seu ambiente de


trabalho.
Com base nisso, vemos que todos as opções são necessárias no programa
de relações com empregados. No livro do Chiavenato, não há uma definição
do eixo central do programa, mas há um caso de apoio que cita o
gerenciamento por caminhadas e uma política de portas abertas e dentro
desse caso está escrito que “a principal força (…) foi a eficácia da
comunicação – tanto descendente como ascendente – dentro da
organização”. Assim, apesar dos programas de relações com empregados
não terem necessariamente um único eixo central, no caso de políticas de
portas abertas e outros projetos similares, o foco passa a ser na comunicação
aberta entre os níveis.

RESPOSTA LETRA B
61. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 15 DE MARÇO DE 2012 3 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

A cultura organizacional é aprendida, transmitida e partilhada entre os


membros da organização ao longo do tempo. Alguns de seus aspectos são
formais, e outros são informais. Cabe aos líderes reconhecer todos esses
aspectos e alinhá-los aos objetivos organizacionais.
Qual, dentre os aspectos apresentados abaixo, é(são) de natureza informal?

(A) Estrutura organizacional


(B) Capacitação do pessoal
(C) Diretrizes de pessoal
(D) Percepções e atitudes
(E) Objetivos e estratégias

COMENTÁRIO (Por Bruno Cavalcante)

Para essa questão era necessária a simples diferenciação entre aspectos


formais e informais da administração.

– Aspecto Formal: São os aspectos planejados da organização. Tudo da


organização que foi planejado para acontecer, seja um planejamento escrito
ou não. Muita gente confunde achando que formal é somente o que está no
papel, na verdade formal é o que foi planejado com alguma antecedência. Se
o gerente hoje avisa aso funcionários que no fim do dia terá uma reunião,
essa será uma reunião formal e os resultados dela serão levados em
consideração como objetivos, métodos ou o que quer que tenha sido
discutido, será levado em conta formalmente.
A hierarquia, organograma, relação de cargos, programas de treinamento,
objetivos, missão, visão, diretrizes, regras entre outros não são fazem parte
do aspecto formal por estarem escritos, mas sim por terem sidos planejados.
São aspectos oficiais da organização.
– Aspectos Informais: São aspectos mais intrínsecos, aspectos não planejado
como as amizades dentro do ambiente de trabalho, a maneira que cada
funcionário faz uma atividade, até mesmo como cada funcionário entende
uma certa mensagem, ou seja, a percepção que cada um tem quanto ao que
acontece no ambiente. Cuidado com um pequeno detalhe, disse logo acima
que o objetivo é algo planejado, ou seja algo formal, porém dentro da
organização um grupo pode estabelecer uma meta maior para ele, essa será
uma meta informal. Bem como em concurso, existe um mínimo para se fazer,
essa seria a meta formal, mas você coloca na sua cabeça, como seu objetivo
pessoal fazer 20% acima da meta, essa é uma meta informal. Falo isso, pois
pode ser alvo de uma boa pegadinha em prova. Pois bem, dada a explicação,
a única dentre as alternativas que fala de um aspecto não planejado, não
oficial da organização é a que fala “Percepções e Atitudes”.
RESPOSTA LETRA D
60. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 14 DE MARÇO DE 2012 3 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma organização pretende adotar os princípios da Aprendizagem


Organizacional, de forma que as pessoas descartem seus velhos modos de
pensar e suas rotinas padronizadas, visando a resolver os problemas e a
desempenhar seus cargos por meio de novas maneiras de pensar, testar e
melhorar suas práticas. De acordo com Peter Senge, dentre os fatores que
compõem a Aprendizagem Organizacional, o conceito descrito acima faz
referência a uma das cinco disciplinas. Qual?

(A) Aprendizagem em equipe


(B) Visão compartilhada
(C) Domínio pessoal
(D) Modelos mentais
(E) Sistemas de pensamento

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)
Essa questão aborda as cinco disciplinas estudadas por Peter Senge.
Segundo ele, “disciplina significa um conjunto de técnicas que devem ser
estudadas e dominadas para serem postas em prática”. Vamos ver do que se
trata cada uma dessas disciplinas:
Domínio Pessoal “O que distingue as pessoas com alto grau de domínio
pessoal é que elas desenvolveram um grau maior de comunicação entre o
consciente e o subconsciente.” As pessoas com essa habilidade pensam mais
no resultado desejado do que no caminho e nos obstáculos para alcançá-lo.
Modelos mentais “são ideias profundamente arraigadas, generalizações ou
mesmo imagens que influenciam nosso modo de encarar o mundo e nossas
atitudes.” “Eles modelam nosso modo de agir.”
Visão compartilhada (ou objetivo comum) “As pessoas criam um
sentimento de coletividade que permeia a organização e dá coerência às
diversas atividades”
Aprendizagem em Grupo “é o processo de alinhamento e desenvolvimento
da capacidade de um grupo criar os resultados que seus membros realmente
desejam. Ele se desenvolve a partir da criação de um objetivo comum e
também do domínio pessoal, pois equipes talentosas são formadas por
indivíduos talentosos. Mas objetivo e talento não são suficientes. O mundo
está cheio de equipes formadas por indivíduos talentosos que compartilham
um objetivo por algum tempo, e no entanto, não conseguem aprender.” É aí
que entra a aprendizagem em grupo, a sinergia.
Raciocínio Sistêmico “é a quinta disciplina, pois é a disciplina que integra
as outras quatro, fundindo-as num conjunto coerente de teoria e prática,
evitando que elas sejam vistas isoladamente como simples macetes ou o
último modismo para efetuar mudanças na organização. Reforçando cada
uma delas, o raciocínio sistêmico está sempre nos mostrando que o todo
pode ser maior que a soma das partes.”
Em suma, “o raciocínio sistêmico precisa das outras quatro disciplinas:
objetivo comum para conseguir engajamento a longo prazo; modelos mentais
para detectar as falhas na nossa maneira atual de ver o mundo; aprendizado
em grupo para que as pessoas possam enxergar além dos limites das suas
perspectivas pessoais; e domínio pessoal para nos motivar a pesquisar
continuamente como as nossas ações afetam o mundo em que vivemos”.
Agora que sabemos do que se trata cada uma das disciplinas, vemos que a
descrição do enunciado se refere a modelos mentais.
RESPOSTA LETRA D
59. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 13 DE MARÇO DE 2012 7 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Considere as afirmativas abaixo a respeito de programas de treinamento,


baseados em competências, adotados por uma empresa de modo a tornar as
pessoas mais produtivas, criativas e inovadoras, contribuindo ainda mais para
o desempenho organizacional.

I – É necessário preparar o ocupante para o desempenho no cargo ao invés


de desenvolver competências individuais.
II – É necessário o desenvolvimento de competências essenciais para o
negócio ao invés de treinamento para a ocupação de um cargo.
III – É necessário priorizar a rapidez na construção e no desenvolvimento de
competências para o negócio, ao invés da rapidez, da qualidade e do baixo
custo do treinamento.

Está correto APENAS o que se afirma em


(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Esse tipo de questão, só pela coerência você resolve. É o que a gente


costuma dizer que o erro “salta aos olhos”, mesmo sem você ter estudado a
matéria específica, com um pouco de noção em administração você fazia.

Se não vejamos item a item:

I – É necessário preparar o ocupante para o desempenho no cargo ao invés


de desenvolver competências individuais. – A questão fala em treinamento
baseado em competências e não em tarefas ou cargos. Preparar o ocupante
para o desempenho no cargo, significa ensiná-lo tudo que é preciso para
ocupar o cargo. Tarefas e rotinas do trabalho e não é isso que a questão
propõe. Alternativa falsa.

II – É necessário o desenvolvimento de competências essenciais para o


negócio ao invés de treinamento para a ocupação de um cargo. – É
justamente o inverso da afirmação I. É necessário o desenvolvimento das
competências que mais agregarão valor para a empresa, somente saber o
que tem que ser feito, as rotinas não são o suficiente ou o necessário no caso.
Afirmativa verdadeira.
III – É necessário priorizar a rapidez na construção e no desenvolvimento de
competências para o negócio, ao invés da rapidez, da qualidade e do baixo
custo do treinamento. – Sim, tem que ser priorizado a construção e
desenvolvimento de competências para o negócio acima de qualquer coisa.
Quanto mais rápida essa construção e esse desenvolvimento, melhor será
para a empresa que terá mais produtividade. Afirmativa Verdadeira.

Responde-se a questão sem saber o que é competência e nenhum conceito


sobre treinamento. Somente um pouco de “instinto de administrador”, já diria
um professor que tive.

Mas como aqui não estamos ensinando ninguém a ser selvagem e agir pelos
instintos, vamos à teoria.

Existem diversas formas de se conceituar o que é competência


(organizacional ou individual). Os conceitos sempre se baseiam em
habilidades, atitudes e outras características individuais para caracterizar uma
competência individual, assim como se baseiam na gestão e na cultura para
determinar as competências organizacionais.

Famoso CHA = Conhecimentos + Habilidades + Atitudes. Logicamente


fazendo isso englobar o que estar no esquema acima.
Em uma organização, as competências podem ser hierarquizadas da seguinte
forma:

– Competências essenciais para a organização (core competences): São


competências que uma organização precisa ter (construir e possuir) para
manter sua vantagem competitiva.
– Competências funcionais: Cada unidade da organização tem que
ter (construir e possuir) para servir de base para as competências
organizacionais.
– Competências gerencias: Competência para atuar como gestor de pessoas.
– Competências individuais: São competências que cada pessoa deve
ter (construir e possuir) para trabalhar na organização.

Treinar se baseando em competências é sair do treinamento voltado para as


tarefas (ou seja, desenvolvendo uma simples habilidade de atuar no cargo),
como é padrão. e se voltar para desenvolver essas competências, todo esse
sistema de conhecimentos, atitudes e valores da empresa, tornando o
funcionário mais engajado, mais engrenado com a organização como um
todo.

RESPOSTA LETRA E
58. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 12 DE MARÇO DE 2012 6 C O M EN T Á R I O S Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma nova empresa da área de tecnologia, recentemente, decidiu reter


talentos e reduzir a rotatividade ao praticar uma remuneração 15% acima do
mercado de trabalho. Nesse caso, o plano de remuneração e benefícios levou
em consideração fatores que relacionam:

(A) equilíbrio interno e externo


(B) desempenho e tempo de casa
(C) prêmios monetários e não monetários
(D) descentralização e flexibilidade
(E) benefícios fixos e variáveis

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Essa questão tem relação com os nove critérios para construção do plano de
remuneração.

Equilíbrio interno x equilíbrio externo Relação entre o salário de pessoas


com cargos e tarefas similares. Assim sendo, vejo meu salário e minhas
responsabilidades e comparo com o salário dos meus colegas da empresa
que fazem o mesmo que eu e com pessoas que fazem o mesmo serviço em
outras empresas. Se estiver recebendo mais ou a média, ok. Se estiver
recebendo menos, começo a me sentir injustiçado.

Remuneração fixa x remuneração variável A remuneração pode ser fixa


(salário mensal ou por hora) ou pode ser variável (de acordo com o
desempenho). Além disso, pode-se receber um salário fixo baixo adicionado
do variável por desempenho como acontece com muitos vendedores.

Desempenho x tempo de casa A pessoa pode ter sua remuneração


estipulada de acordo com seu desempenho (alcance de metas, avaliação de
desempenho etc) ou pode receber aumentos de acordo com seu tempo de
serviço, ou seja, quanto mais tempo de casa maior o adicional recebido.

Remuneração do cargo x remuneração da pessoa A remuneração pode


ser definida de acordo com o cargo da pessoa ou de acordo com suas
competências. O primeiro caso é mais tradicional. Por exemplo, todos os
gerentes podem receber o mesmo salário por remuneração do cargo ou
podem receber salários distintos de acordo com as competências individiduais
de cada um.
Igualitarismo x elitismo O igualitarismo inclui o maior número possível de
colaboradores sob o mesmo sistema de remuneração e os planos de
participação nos lucros definem percentuais iguais para todos. Já o elitismo
estabelece diferentes planos de acordo com o nível hierárquico. O sistema
elitista é utilizado por organizações mais velhas, bem estabelecidas no
mercado e de pequena competição.

Remuneração abaixo do mercado ou acima do mercado Como o próprio


nome diz, a remuneração pode ser abaixo ou acima do mercado. As
empresas estabelecidas em áreas economicamente desfavoráveis tendem a
pagar abaixo do mercado enquanto a remuneração acima do mercado é mais
comum em empresas que buscam reter seus funcionários.

Prêmios monetários x prêmios não-monetários Os prêmios monetários


como salários reforçam a responsabilidade e o alcance de objetivos e os
prêmios não-monetários como trabalhos mais interessantes ou segurança no
emprego reforçam o comprometimento de longo prazo.

Remuneração aberta x remuneração confidencial Na remuneração aberta,


todos podem ter acesso à informação sobre a remuneração dos demais. Já
na remuneração confidencial, essa informação é evitada.

Centralização x descentralização das decisões salariais As decisões


sobre a remuneração dos colaboradores pode ser centralizada por um órgão
ou pode ser descentralizada para os gerentes.

Com base nos critérios descritos acima e nas opções disponíveis, vemos que
o enunciado fala do equilíbrio interno x externo ao citar remuneração 15%
acima do mercado.

RESPOSTA LETRA A
57. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE MARÇO DE 2012 4 C O M EN T Á R IO S Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma empresa de transportes aéreos decidiu recentemente implantar um


sistema de avaliação de desempenho, do tipo 360 graus, junto ao corpo de
comissários de bordo. Esse sistema de avaliação:

(A) proporciona maior liberdade e flexibilidade para que cada gerente seja o
gestor de seu pessoal.
(B) produz informações dos pares para a garantia de ajuste do funcionário às
variadas demandas no trabalho.
(C) padroniza o desempenho das pessoas em vez de olhar o desempenho
individualizado.
(D) permite ao grupo negociações e intercâmbios com o superior hierárquico.
(E) favorece a adoção de um estilo mais autocrático de gestão.

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

A avaliação de desempenho 360° é feita de modo que todas as pessoas que


tenham contato com o avaliado possam dar suas impressões. Assim sendo,
tanto os superiores quanto os subordinados e pares podem avaliar. Até
mesmo o avaliado participa fazendo uma auto-avaliação. Com o resultado da
avalição em mãos, pode-se fazer um planejamento de melhoria individual. A
figura a seguir do livro Gestão de Pessoas do Chiavenato ilustra bem:
A qualidade da informação advinda de inúmeras fontes está entre os prós da
avaliação 360°. Por outro lado, temos alguns contras como a complexidade
para administrar esse tipo de avalição.

Vejamos as opções:

– Proporciona maior liberdade e flexibilidade para que cada gerente seja


o gestor de seu pessoal. Essa é uma característica da Avaliação
Participativa por Objetivos. Nessa avaliação, o gerente e o subordinado
definem conjuntamente qual será o objetivo do colaborador. Há sempre um
consenso para definição do objetivo e todo o processo é feito em conjunto
com o gerente que está sempre dando retorno sobre como anda o
desempenho do funcionário em relação ao objetivo acordado.

– Produz informações dos pares para a garantia de ajuste do funcionário


às variadas demandas no trabalho. Essa é a nossa resposta! Como o
funcionário recebe o feedback do seu trabalho sobre diversas perspectivas,
ele pode se ajustar às variadas demandas. Atenção, essa opção é encontrada
com muita semelhança no livro do Chiavenato no seguinte trecho “a avaliação
360° proporciona condições para que o colaborador se adapte e se ajuste às
várias e diferentes demandas que recebe do seu contexto de trabalho ou de
seus diferentes parceiros”.

– Padroniza o desempenho das pessoas em vez de olhar o desempenho


individualizado. Essa característica é geralmente encontrada nos métodos
de avaliação tradicionais como o método da escala gráfica onde temos um
fator (por exemplo, produção) e graus de avaliação (por exemplo, ótimo, bom,
regular, sofrível, fraco).

– Permite ao grupo negociações e intercâmbios com o superior


hierárquico. Mais uma característica da Avaliação Participativa por Objetivos.
Com os objetivos traçados, chega a hora do colaborador buscar seu sucesso
e para isso precisa sempre negociar os recursos necessários com seu
gerente.

– Favorece a adoção de um estilo mais autocrático de gestão. Outra


característica presente nos métodos de avaliação tradicionais. A avaliação
360° não favorece o estilo autocrático, ou seja, autoritário, já que existe a
participação de muitos colaboradores e, inclusive, a auto-avaliação.

RESPOSTA LETRA B
56. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 8 DE MARÇO DE 2012 C O M EN T E ! Q U E ST Õ E S , TR A N S PE TR O 2 0 1 1

O Diretor de RH de uma empresa decidiu levar em conta, no processo de


planejamento estratégico, uma possível elevação de 5% no índice de
rotatividade. Para tal, ele solicitou aos gerentes informações, dos últimos 5
anos, quanto aos custos com entrevistas, aplicação de provas e checagem de
referências.
No caso, o diretor solicitou informações relativas aos custos de

(A) desenvolvimento
(B) desligamento
(C) recrutamento
(D) treinamento
(E) seleção

COMENTÁRIO

A questão dá como opções funções do setor de RH e pergunta em qual


função estaria agrupado os dados de entrevistas e seleções de candidatos.
Vou relacionar para cada opção quais dados seriam possíveis de ser colhido,
além de uma breve explicação.

– Recrutamento:
Divulga oportunidades oferecidas pela organização. É onde a empresa tenta
atrair o candidato divulgando salários, condições de trabalho e outras
informações sobre o cargo a ser ocupado. O recrutamento acaba no momento
da entrega do currículo.
Nessa função os dados que podem ser gerados tem a ver com o alcance do
recrutamento. Quantas pessoas se interessaram pelas vagas. A relação
candidato x vagas. Custos de anúncios de emprego.

– Seleção:
É onde se faz a triagem das pessoas. É um filtro que busca, dentre vários
candidatos, os mais adequados para a organização. Usa de uma comparação
entre o que o cargo quer e o que o candidato oferece. Para isso existem
diversas técnicas: Entrevistas, provas, testes psicológicos, técnicas de
simulação dentre outros, cabendo ao selecionador aplicar o mais indicado a
cada situação.
Nessa função pode ser gerados dados de relação candidatos gerais e
candidatos aptos. O quociente de seleção (Candidatos Admitidos/Candidatos
Examinados) e os custos gerais de seleção, inclusive os citados na questão.
Sendo essa a nossa resposta. Mas vamos continuar.
– Treinamento:
Seria a atividade de preparar alguém para fazer uma tarefa. Seja preparar um
novato para exercer a função para a qual for contratada ou um funcionário
veterano para ser treinado para uma nova tecnologia, procedimento ou
aperfeiçoar o jeito de fazer.
Aqui seria possível retirar dados como custo de treinamento, atividades que
mais demandam tempo de treinamento dentre outros dados.

– Desenvolvimento:
Essa atividade procura explorar o potencial de aprendizado e capacidade
produtiva das pessoas através da mudança ou adequação de
comportamentos. É um outro lado da moeda do treinamento, mas não passa
necessariamente por uma técnica em sala de aula ou algo assim, como o
treinamento. O desenvolvimento não é uma melhoria individual, mas sim uma
melhoria dentro da organização.

– Desligamento:
É quando o funcionário sai da empresa, não importando qual seja o motivo
desse desligamento.
Daqui podemos obter dados de motivos que as pessoas pedem parar sair ou
são demitidas, quantas pessoas saem por período.

Logicamente aqui eu resumi bastante. Os autores dedicam um capítulo ou


mais de seus livros para falar de cada um dos assuntos acima, afinal é “a
alma” do RH as funções acima. Tentei dar uma ideia para que todo mundo
conseguisse raciocinar na questão.

RESPOSTA LETRA E
55. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 7 DE MARÇO DE 2012 2 C O M EN T Á R IO S Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma montadora optou por adotar uma estratégia de liderança de custo ao


concentrar a produção de um novo modelo de automóvel em apenas uma
fábrica por continente.
Dessa forma, maior quantidade de unidades seria produzida no Brasil para
distribuição nas Américas do Sul e do Norte.
No caso, a eficiência de custo foi determinada por

(A) design de processo


(B) custo de fornecimento
(C) curva de experiência
(D) participação de mercado
(E) economias de escala
COMENTÁRIO (Por Bruno Cavalcante)

A questão fala das estratégias genéricas do Porter.

Apesar de já ter sido bem falado no blog, pois afinal é ficha certa em provas
de administração. Detalharei novamente aqui, tetando usar outras palavras.
Apesar de ser um assunto bastante tranquilo de ser estudado.

As estratégias genéricas são:

– Diferenciação: O investimento da empresa passa mais para passar uma


imagem, uma ideia de que seu produto é melhor, é diferenciado. Os
investimentos em pesquisa e desenvolvimento, pós-venda, pesquisa de
mercado e na qualidade dos produtos são bastante pesados, para passar
esse conceito de ser o melhor produto para o consumidor.

– Liderança em custo: Aqui a preocupação da empresa é ter o produto mais


barato do mercado. Não se preocupa tanto com serviços agregados, como o
pós-venda e concentra seus esforços na eficiência produtiva. Empresas que
adotam essa estratégia costumam ter uma produção bastante alta, pois assim
conseguem diminuir seus custos de produção unitários, gerando preços
altamente atrativos.

Essas duas estratégias as empresas buscam abranger todo o mercado. Ser a


líder em custo para todo o mercado ou ser o produto com maior diferenciação
do mercado. A diferença dessas duas para o “Foco” é simplesmente a
abrangência. Podemos ter o:

– Foco na diferenciação: A empresa adota todas as estratégias da


diferenciação, porém atua somente em um nicho, um segmento de mercado
específico.

– Foco nos custos: A empresa adota todas as estratégias da liderança em


custo, porém atua somente em um nicho, um segmento de mercado
específico.
Dito isso, vamos para a questão. Ela já nos diz que a empresa está com a
estratégia de liderança em custo e que está centralizando sua produção de
cada continente para produzir muito mais tendo um ganho de custos pelo
tamanho da produção.

Independente do tipo de custo que a empresa utilize, quanto maior a escala


de produção, ou seja, quanto maior o número de produtos fabricados, menor
será o custo de produção unitário. Pela capacidade da empresa barganha
com os fornecedores, por comprar grandes quantidades; ou por diluir mais os
custos fixos entre os produtos; ou por cada produto precisar levar uma
margem de contribuição menor. O nome desse fenômeno é ganho de escala.

Olhando para as opções, talvez quem tenho visto o gráfico da “curva de


experiência” durante os estudos, mas não lembrava direito o que era, possa
ter se confundido. Essa curva é a representação gráfica de quanto maior a
produção acumulada, menor o custo unitário. Como assim?
A teoria diz da curva de experiência diz que o meu segundo produto
produzido será fruto de uma produção mais eficiente, devido à experiência
adquirida em produzir o primeiro produto. E assim, quanto mais eu vou
produzindo, mais experiência vou ganhando e mais eficiente irá ficando minha
produção. Mas isso não tem nada a ver com a centralização da produção para
ganhar em quantidade, até pelo fato da teoria da curva de experiência não
mencionar períodos. Ou seja, meu segundo produto pode ser feito um mês
depois somente, mas ainda assim será produzido mais eficientemente.

No caso, a questão na fala nada em mudar os processo, ou seja, alterar o


design (o desenho) do processo. Não menciona nada se a participação no
mercado está projetada para maior ou menor. Esse dado nem é mencionado.
E o custo de fornecimento não é o fator determinante para o aumento da
eficiência. A diminuição desse custo é consequência, resultado desse ganho
de escala. E não confuda custo de fornecimento (que a empresa fornece) com
custo de fornecedores (que a empresa compra, que fornece à empresa).

Deu para entender? Qualquer coisa perguntem.


Não fiquem com dúvidas guardadas!

RESPOSTA LETRA E
54. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 6 DE MARÇO DE 2012 7 C O M EN T Á R IO S Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Os executivos de uma rede de agências de turismo “X” ao utilizarem a análise


SWOT no processo de planejamento estratégico se equivocaram ao
considerar que os ataques terroristas ocorridos no exterior, naquele ano,
representariam uma ameaça ao negócio.

PORQUE

Os clientes da rede de agências de turismo “X”, no ano em que ocorreram os


ataques terroristas, passaram a optar por pacotes turísticos nacionais, em
detrimento dos internacionais, gerando um crescimento de 50% nas
operações e 30% na margem de lucro, dados os custos inferiores nas
operações nacionais.

Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que

(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) as duas afirmações são falsas.

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Antes de analisar as afirmações vamos relembrar análise swot que é citada


na primeira afirmação:

A análise SWOT verifica os ambientes internos e externos da empresa em


busca de usar suas forças para aproveitar as oportunidades ou mitigar as
ameaças e corrigir as fraquezas que podem prejudicar a empresa. O termo
SWOT vem do inglês (strengths, weaknesses, opportunities, threats) e pode
ser chamado de FOFA em português (forças, oportunidades, fraquezas,
ameaças). A matriz a seguir resume bem a estratégia:

Positivo Negativo
Ambiente Interno FORÇAS FRAQUEZAS
Ambiente Externo OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Nesse tipo de questão, o recomendado é que analisemos a segunda
afirmação e depois a primeira.

A segunda afirmação não tem como ser analisada do ponto de vista teórico
visto que é uma afirmação sobre uma situação hipotética. O que podemos
extrair como verdadeiro nessa questão é que geralmente os custos de
operações nacionais são inferiores e, com um custo menor, a margem de
lucro aumenta, sendo possível oferecer preços mais atrativos ao cliente, o que
pode gerar um crescimento nas operações. Afirmação verdadeira.

Os ataques terroristas são fatores externos que independem da ação da


empresa, então serão ou ameaça ou oportunidade. Com base no contexto da
segunda afirmação, vemos que os ataques proporcionaram mudança na
procura dos clientes por um produto com maior margem de lucro para
empresa, um fato positivo, ou seja, uma oportunidade que a empresa
aproveitou por ter disponível opções de turismo nacional. Nessa afirmação, se
não levarmos em consideração o contexto da segunda afirmação, podemos
acabar considerando os ataques como uma ameaça e assim cair em uma
pegadinha. É importante observar que um fator por pior que seja (ataques
terroristas) não é necessariamente uma ameaça, portanto os executivos se
equivocaram. Afirmação verdadeira.

Vemos claramente que a segunda afirmação justifica a primeira e dá o


contexto necessário para que ela seja verdadeira.

RESPOSTA LETRA A
53. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 5 DE MARÇO DE 2012 5 C O M EN T Á R IO S Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

A incorporação da Swift norte-americana pela JBS, em 2006, foi considerada


uma importante estratégia para alcançar mercados internacionais. Contudo, o
indicador “Ebitda” era de 14,2% antes da compra e, depois da compra, foi
para 4,1%. Enquanto isso, o desempenho das rivais brasileiras foi, no mesmo
ano, Bertin com 17%, Marfrig com 12% e BRFoods com 10%. Analise as
afirmativas abaixo sobre a empresa JBS, considerando o desempenho dos
concorrentes, quanto ao indicador mencionado.

I – A empresa passou a apresentar vantagem competitiva por obter


desempenho acima da média.

II – A empresa passou a apresentar paridade competitiva por obter


desempenho na média.

III – A empresa passou a apresentar desvantagem competitiva por obter


desempenho abaixo da média.

É correto APENAS o que se afirma em

(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e III
(E) II e III
COMENTÁRIO (Por Pâmella Arruda)

A questão pede para fazer uma análise em relação a empresa citada e seus
concorrentes e o indicador Ebitda. Primeiramente, é importante observar que
todas as opções são excludentes, pois a empresa não pode estar abaixo,
acima ou na média ao mesmo tempo e com isso já descartamos as opções D
e E.

Ebitda (earnings before interest, taxes, depreciation and amortization), ou


seja, lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida).
Assim sendo, quanto maior o ebitda melhor será, mas observe que entender o
que é o ebitda não tem significância na questão, pois conseguimos a resposta
somente usando a média do setor.

Se observarmos as opções, veremos que todos citam desempenho em


relação a média. Vejamos qual a média do setor:

4,1 + 17 + 12 + 10 = 43,1/4 = 10,775% é a média do Ebitda no setor

Se compararmos a média do setor (10,775%) com o Ebitda da JBS (4,1%),


vemos que está abaixo da média e, portanto, a empresa apresenta
desvantagem competitiva.

RESPOSTA LETRA C
52. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 2 DE MARÇO DE 2012 C O M EN T E ! Q U E ST Õ E S , TR A N S PE TR O 2 0 1 1

Um importante empresário no cenário atual de moda iniciou seu negócio, na


década de 70, revendendo roupas importadas, inclusive jeans. Alguns anos
mais tarde, uma amiga recém-chegada de Saint Tropez mostrou um jeans
mais claro, o délavé, que não existia no Brasil. O empresário gostou da ideia,
investiu no tecido, começou a produzir as calças no país e a vendê-las com
sucesso para grifes cariocas.
A opção por produzir um novo tipo de jeans foi uma estratégia do tipo

(A) deliberada
(B) emergente
(C) planejada
(D) pretendida
(E) não realizada

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Essa questão será comentada completamente pelo livro do Mintzberg, “O


Processo da Estratégia”.

Começo a explicação com uma imagem do livro dele, que já dá uma ideia
bastante boa do que é cada estratégia.
O Mintzberg falou dos famoso 5 P’s da estratégia. Que seria, estratégia como:

– Plano
– Pretexto
– Padrão
– Posição
– Perspectivas

Esses tipos de estratégia são tratadas na P de Padrão, ou seja, estratégia


como um padrão, uma consistência sejam elas pretendidas ou não. É o tipo
de estratégia que a Coca-cola adota ao dizer em seus PDV’s, por exemplo, a
ordem exata em que as latas tem que estar. Você nota que, olhando da
esquerda para a direita, sempre as Coca-colas estão primeiro, logo após a
Coca-zero, depois o Sprite e depois as fantas (não lembro se essa a ordem,
mas reparem que sempre está na mesma ordem, nos grandes PDV’s).
Sempre nesse padrão. Isso identifica a estratégia como um padrão, uma
consistência no comportamento.

Tendo isso, identificamos os tipos de estratégias, de padrões que podem


existir de acordo com a figura.

– Estratégia Pretendida: É a estratégia que surge na empresa, pensada e


estudada para aquele padrão ser sempre seguido. Ainda não se sabe se ela
será ou não posta em prática, mas ela foi pensada.
– Estratégia Realizada: Não tem erro, foi a estratégia que foi posta em prática.
Simples assim.

A estratégia que foi posta em prática tem 2 caminhos:

– Deliberada: A que foi previamente pensada, a estratégia pretendida a


caminha da realização.
– Emergente: Estratégia que surgiu fora da empresa e acabou sendo
realizada. Ou um padrão não pensado, que não foi planejado, mas acabou
virando um padrão.

A estratégia não realizada foi a pensada que não seguiu em frente. Por
qualquer razão que seja.

Na questão ele nos diz uma estratégia que surgiu fora da empresa e eles
decidiram implementar. Como não foi planejada, surgiu externamente, é uma
estratégia emergente.

RESPOSTA LETRA B
51. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 1 DE MARÇO DE 2012 4 C O M EN T Á R IO S Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma empresa da indústria de produtos de limpeza, higiene e beleza atua em


157 países. Cada unidade de negócio nacional opera de forma independente,
mas suas diferentes estratégias de produto são consideradas fontes de ideias
para toda a corporação, que possui um centro mundial de inovação. Ao
mesmo tempo, cada unidade procura obter economias de escala ao se
especializar em determinadas categorias de produto, exportando para os
países vizinhos e formando uma rede de unidades de negócios.
Em uma perspectiva global, que estrutura foi adotada pela empresa?

(A) Federação descentralizada


(B) Federação coordenada
(C) Núcleo centralizado
(D) Transnacional
(E) Multidivisional

COMENTÁRIO
(Por Bruno Cavalcante)

Esse é o tipo de questão chatinha, encontrada em alguns lugares mais


específicos. Tenho dois livros de estratégia em casa (Alketa Peci e Mintzberg)
e nenhum dos dois tem essa abordagem. Só achei no do Michael Hitt, mas
ainda tem outra parte estranha da questão, que atentei agora pesquisando
para comentar, é que as opções (inclusive a correta segundo a banca) não
tratam de tipos de estruturas, mas sim de tipos de estratégia. A única que de
fato traz a nomenclatura de estrutura segundo os autores é a letra “E”, porém
ela não é a correta. Mas vamos à teoria dela.

A estrutura de uma empresa é o modo como as atividades dela são


ordenadas possibilitando o alcance dos objetivos. O maior desafio do gerente
é escolher dentre as estruturas aquela que implemente de maneira eficiente
as estratégias escolhidas. Existem alguns tipos que são bastante abordados
nos livros de estratégia, como estou indo pelo do Michael Hitt nesta questão,
vou colocar os tipos que ele coloca.
O autor coloca em seu livro os tipos de estrutura como uma evolução de tipos
de estrutura, sendo assim:

1ª Estrutura simples: O próprio nome já diz. Sem muitas camadas de


hierarquia. O proprietário tomas as decisões desde a parte estratégica até a
operacional.

2ª Estrutura funcional: Já se separa em gerentes funcionais. Existe o CEO e


cada gerente responsável por uma função, como exemplo, marketing,
contabilidade e etc.

3ª Estrutura multidivisional (Forma M): É composta por divisões operacionais


e cada uma representa um negócio ou centro de lucro separado. Uma maior
unidade corporativa delega responsabilidades pelas operações diárias e pela
estratégia de unidade de negócio para os gerentes de divisão.

Se parássemos aqui no capítulo, o máximo que conseguiríamos seria eliminar


a opção E, pois na questão não diz nada sobre delegação de um centro para
as unidades.

Se a questão realmente quisesse a estrutura da empresa, seria a estrutura


em rede, citada no livro da Alketa Peci. Que diz o seguinte: “em uma estrutura
em rede, a divisão do trabalho pode ser visualizada em termos de
conhecimento, em que os trabalhadores ou os departamentos (no caso da
questão, unidades de negócio) são definidos pela expertise que oferecem
para a organização”. Acredito que essa seja a definição dada na questão, elas
passam estratégias entre si e cada uma contribui com os produtos que são
especialistas.

Se fôssemos falar de todos os tipos de estratégia aqui, passaríamos 5 horas


lendo e ainda não atingiríamos todos os tipos. Cada autor dá sua
nomenclatura e sua visão, tanto que temos as “Estratégias Genéricas de
Porter”, de centralização, de descentralização, de desenvolvimento de
produto/mercado (matriz de Ansoff) e assim sucessivamente. Vou me limitar,
nesse momento, a falar das estratégias internacionais, citadas no livro que
estou me baseando nessa questão.

“Uma estratégia internacional pode ser de dois tipos básicos: ou estratégia de


nível unidade de negócios ou de nível corporativo. No nível de unidade de
negócios, as firmas seguem estratégias genéricas: liderança de custo,
diferenciação, liderança focalizada no custo, diferenciação focalizada, ou
liderança de custo/diferenciação integrada. No nível corporativo, as firmas
podem formular três tipos de estratégia: multidoméstica, global ou
transnacional (uma combinação de multidoméstica e global).”
– Estratégia multidoméstica: É aquela em que as decisões estratégicas e
operacionais são descentralizadas para unidade de negócios estratégica em
cada país a fim de modelar os produtos ao mercado local.

– Estratégia global: É aquela em que produtos padronizados são oferecidos


em mercados nacionais e a estratégia competitiva é determinada pelo
escritório doméstico.

– Estratégia transnacional: Procura obter tanto a eficiência global como


responsividade local.

– Estratégias de federação: Cada unidade tem sua autonomia total em


relação às outras, havendo apenas uma cooperação umas com as outras.
Pegando por analogia os estados e países de Brasil, onde cada estado tem
sua independência em termos de lei, mas cooperam entre si. Essa estratégia
pode ter uma fonte de comando (centralizada), várias fontes (descentralizada)
ou uma fonte de orientação apenas (coordenada).

Tendo isso, partimos para a questão.

A empresa busca uma certa globalização, pois os produtos são padrões, mas
ao mesmo tempo a estratégia de cada unidade tenta atingir a eficiência local,
através de estratégias diferenciadas de produto.

RESPOSTA LETRA D

Mas cabia um recurso, pena que não sabia disso na época da prova.
50. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 29 DE FEVEREIRO DE 2012 3 C O M EN T ÁR I O S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Uma empresa transportadora brasileira contratou um consultor para estudar a


imagem da empresa frente aos seus clientes. A pesquisa apontou que a
maioria dos clientes considerava a empresa pouco flexível e lenta ao realizar
as entregas. Para reverter esse quadro, o consultor sugeriu que a empresa
alterasse sua marca, renovasse a frota de caminhões e desenvolvesse
material de comunicação com textos e imagens que passariam a ideia de
eficiência e rapidez.
As ações sugeridas pelo consultor estão relacionadas à seguinte
característica exclusiva dos serviços:

(A) perecibilidade
(B) inseparabilidade
(C) intangibilidade
(D) variabilidade
(E) simultaneidade

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

As características exclusivas dos serviços já foram detalhadas em questão


anterior da Petrobrás 2011.

Essa questão pede para verificar qual característica dos serviços está de
acordo com a sugestão do consultor. Ele sugeriu que “a empresa alterasse
sua marca, renovasse a frota de caminhões e desenvolvesse material de
comunicação com textos e imagens que passariam a ideia de eficiência e
rapidez”, ou seja, ele quer passar uma ideia de rapidez e eficiência para o
serviço. Essa sugestão está ligada a característica da intangibilidade. Já que
o serviço não pode ser testado antes da aquisição, a imagem que ele passa é
fundamental para convencer os clientes da sua qualidade.

RESPOSTA LETRA C
49. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 28 DE FEVEREIRO DE 2012 C O M E N T E ! Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 1

Uma empresa presta serviços de transporte a 250 clientes e acredita que


ainda haja 50 outros clientes potenciais na região. Considerando que a
frequência média ideal de visitação dos vendedores é de 2 visitas mensais
aos clientes, que a avaliação do tempo real de vendas de um vendedor é de
30 horas mensais e que cada visita dura em média 3 horas, qual deve ser o
tamanho da força de vendas?

(A) 34
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Questão idêntica a essa caiu na prova da BR 2012 e tem similar na prova


da Biocombustíveis 2010 e da Petrobras 2011, ambas já detalhadas no blog .

A questão é puramente de cálculo, então vamos lá:

250 (clientes) + 50 (clientes potenciais) = 300


300 x 2 (visitas por clientes) = 600 (visitas por mês)
600 x 3 (horas para cada visita) = 1.800 (horas por mês)
1.800 / 30 (horas por mês que cada vendedor trabalha) = 60 vendedores

RESPOSTA LETRA D

Alguma dúvida fora da questão?


Cadastre-se em nosso fórum vamos debater.
48. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 27 DE FEVEREIRO DE 2012 6 C O M EN T ÁR I O S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Um consultor foi contratado para realizar um levantamento a respeito da


preferência dos moradores de uma cidade por combustíveis. Como não
poderia entrevistar todos os consumidores de combustíveis da região, optou
por entrar em contato apenas com membros de um grupo de discussão
chamado “Loucos por Motor”.
Além de conhecerem profundamente mecânica e dedicarem grande parte do
tempo à manutenção e ao aprimoramento de seus carros, esse grupo era
conhecido na cidade, acompanhava as preferências dos demais
consumidores e tinha bom contato com donos de postos de gasolina, onde
costumavam realizar suas reuniões. Classifica-se o tipo de amostra utilizada
pelo consultor como

(A) Aleatória Simples


(B) Aleatória Estratificada
(C) por Agrupamento
(D) de Conveniência
(E) de Julgamento

COMENTÁRIO
(Por Pâmella Arruda)

Vamos começar definindo amostra como uma parte da população que foi
selecionada para análise. Na maioria das vezes, torna-se impossível fazer
uma pesquisa de marketing com todos os moradores de uma cidade como é o
caso da questão. Assim, selecionamos uma parcela dessa população
(amostra) e a partir da pesquisa com essa amostra estimamos as informações
para toda a população. É importante ressaltar que os resultados da pesquisa
podem ser diversos e até tendenciosos de acordo com a amostra
selecionada. Por exemplo, quero estimar a porcentagem de estudantes de
nível superior em uma cidade. Se eu selecionar a amostra escolhendo
pessoas que estão saindo de um polo universitário, terei um resultado que
não representa a população honestamente.

Vejamos agora os tipos de amostra mencionados na questão:

Amostra Aleatória Simples: é aquela em que cada indivíduo ou item possui a


mesma chance de seleção que cada um dos outros. É a mais simples
amostragem.
Amostra Aleatória Estratificada: os indivíduos ou itens são primeiramente
subdivididos em populações ou estratos de acordo com alguma característica
em comum. Depois fazemos uma amostragem simples dentro de cada estrato
e os resultados de cada estrato são combinados. É mais eficiente do que a
amostra aleatória simples.

Agrupamento, Cluster ou Conglomerado: os indivíduos ou itens são divididos


em diversos grupos ou clusters, de forma que cada grupo seja representativo
da população total. Depois é feita uma amostragem aleatória dos grupos e
todos os indivíduos selecionados são analisados. É menos eficiente que os
dois tipos anteriores, pois precisa de uma amostra de tamanho maior para
obter resultados com a mesma precisão. Observe que esse tipo é parecido
com a amostra estratificada, mas as subdivisões não são feitas por
características comuns. Nesse caso, cada subdivisão deve representar o
todo.

Conveniência ou Acidental: o pesquisador escolhe uma amostra por


conveniência, ou seja, para facilitar o trabalho. Muitas vezes a amostra está
disponível no local e é usada sem critérios específicos.

Julgamento ou Intencional: o pesquisador escolhe a amostra de acordo com


um julgamento, pois ele considera a amostra adequada a situação. Embora
seja mais rápida e menos custosa, é uma amostra tendenciosa.

A imagem a seguir é um esquema de como esses tipos de amostragem


podem ser divididos de acordo com critérios de probabilidade e critérios de
não-probabilidade:
Voltando a questão, o pesquisador escolheu um grupo específico com
conhecimentos sobre carro. Podemos descartar as 3 primeiras opções, pois
são amostras baseadas em probabilidade. Ficamos entre amostra por
julgamento e por conveniência. Como o grupo tem grande conhecimento
sobre o tema da pesquisa, vemos que o pesquisador julgou que sua amostra
daria informações importantes para seu objetivo.

RESPOSTA LETRA E

Para responder essa questão, usei como referência o livro “Estatística –


Teoria e Aplicações – Levine , 3ª edição”. Obs.: não é um livro voltado para
concursos!
47. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 24 DE FEVEREIRO DE 2012 3 C O M EN T ÁR I O S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Depois de analisar o mercado brasileiro de combustíveis, uma distribuidora de


atuação nacional, percebeu que poderia atuar de forma mais lucrativa se
concentrasse suas atividades em cidades com população entre 50.000 e
100.000 habitantes. A diretoria, então, realizou um levantamento dessas
cidades e traçou suas metas operacionais.
Considerando essa característica, a decisão de segmentação dessa empresa
é classificada como

(A) Econômica
(B) Geográfica
(C) Psicográfica
(D) Demográfica
(E) Comportamental
COMENTÁRIO (Por Pâmella Arruda)

Essa é uma questão tradicional de segmentação de mercados. A


segmentação é usada para dividir os clientes em grupos homogêneos
facilitando o foco das estratégias. Vejamos os tipos de segmentação
existentes:

– Geográfica: divisão do mercado em partes geográficas como países,


cidades, regiões ou de acordo com critérios como densidade demográfica
(sim, apesar de ter esse “demográfica” no nome, densidade demográfica é
geográfica. Pegadinha presente em diversas provas de administrador já).

– Demográfica: divisão dos grupos de acordo com características como idade,


sexo, ocupação, escolaridade, religião, tamanho da família, entre outros.

– Psicográfica: o mercado é segmentado de acordo com o estilo de vida, a


personalidade e os valores dos clientes.

– Comportamental: nessa segmentação o critério é o comportamento das


pessoas em relação ao produto. Há 4 subdiviões para esse critério:
• Ocasião de compra: de acordo com a ocasião de compra, o comportamento
será diferente. Por exemplo, os critérios levados em consideração para fazer
reserva em um restaurante serão distintos de acordo com a ocasião, jantar de
negócios ou jantar para um pedido de casamento.
• Benefícios procurados: as pessoas podem ter motivações diferentes ao
comprar um mesmo produto e podem ser segmentadas de acordo com essa
motivação. Assim sendo, ao comprar um carro, uns buscam performance e
outros design.
• Índice de Utilização: os clientes são divididos de acordo com a frequência ou
volume de utilização do produto. Há quem compre livros todo mês e há
clientes que só compram no período de volta às aulas.
• Status do usuário/atitude: existem os clientes potenciais, os iniciantes, os
regulares, os não-clientes e assim por diante.

Na nossa questão a empresa segmentou o mercado em cidades com


população entre 50.000 e 100.000 habitantes. Ela fez uma segmentação
geográfica, já que levou em consideração o tamanho da população. Poderia
se dizer também que ele levou em consideração o tamanho da cidade e, por
tabela a densidade demográfica, mas essa é uma discussão que não cabe na
questão, pois qualquer que seja o pensamento, cairá na mesma resposta.

RESPOSTA LETRA B
O comentário dessa questão foi feito pela colega Pâmella. Que nos ajudará
constantemente agora, dividindo os comentários.

No FACEBOOK.
46. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 23 DE FEVEREIRO DE 2012 C O M E N T E ! Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 1

Muitas empresas consideram que podem ser mais efetivas se realizarem


parcerias estratégicas. Para poderem concorrer em melhores condições no
mercado mundial, duas empresas brasileiras do ramo de petroquímica
resolveram comercializar seus produtos conjuntamente. Como oferecem
produtos complementares, a parceria permite que possam apresentar
aos clientes uma carteira mais completa de produtos com menores custos de
comercialização. Essa parceria estratégica é classificada como

(A) Aliança de produtos ou serviços


(B) Aliança de logística
(C) Aliança de pesquisa
(D) Aliança promocional
(E) Colaboração com preços

COMENTÁRIO

Primeiramente, uma observação. Por serem produtos complementares, já


vemos que não tem uma relação de concorrência entre eles. Apesar disso
não influenciar na questão, é importante ser levantado. Produtos
complementares são produtos que tem demanda atrelada. Quando se
aumenta o consumo de um, o do outro tende a subir também. O exemplo
mais famoso é o do sorvete e da cobertura. Caso o preço do sorvete aumente
demais e haja uma queda no consumo desse, haverá fatalmente uma queda
no consumo de cobertura para sorvete, independente do preço dela ter sofrido
alteração. Você deve ter visto isso em suas cadeiras de economia com o
nome de “Bens Complementares” estudando junto com “Bens Substitutos”.
Quem estudou pelo Kottler, “A Bíblia do Marketing” teria isso bem direitinho. A
questão foi um “Copia e Cola” do livro dele, por isso vou colocar pelo livro dele
aqui:

Alianças estratégicas: No mundo de hoje, as empresas estão descobrindo que


precisam de parceiros estratégicos para serem mais efetivos, é difícil alcançar
a liderança sem alianças com empresas que alavanquem ou complementem
suas capacidades e recursos. Nesse sentido, existem 4 categorias principais
de aliança:

– Aliança de produtos ou serviços: “Uma empresa licencia outra para fabricar


seu produto ou duas empresas comercializam conjuntamente
produtos, complementares ou um novo produto”.

– Alianças promocionais: Uma das empresas concorda em promover um


produto ou serviço da outra. O caso do McDonalds oferecendo coisas da
Disney no menu de crianças.

– Alianças de logística: Uma empresa pode oferecer serviços de logística para


o produto da outra.

– Colaboração com preços: “Uma ou mais empresas poder formar uma


colaboração especial para a determinação de preços. É comum hotéis e
locadoras de automóveis oferecerem descontos mútuos.”

RESPOSTA LETRA A

Não esqueçam nosso FACEBOOK.


45. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 15 DE FEVEREIRO DE 2012 3 C O M EN T ÁR I O S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Na gestão dos estoques de grandes empresas, é necessário adotar políticas


distintas para tratar os itens de estoque. A principal razão para isso é que
alguns itens são mais relevantes, seja pelo critério financeiro ou
operacional. Associe os parâmetros usados no planejamento de estoques às
políticas correspondentes.

I – Nível máximo de estoque


II – Ponto de Ressuprimento
III – Período de Revisão

P – Revisão Periódica
Q – Revisão Contínua

As associações corretas são:


(A) I – P , II – P , III – Q
(B) I – P , II – Q , III – P
(C) I – Q , II – P , III – P
(D) I – Q , II – P , III – Q
(E) I – Q , II – Q , III – P

COMENTÁRIO

Vamos falar das características dos modelos de reposição/revisão de


estoque, que podem ser

– Contínuo: O sistema contínuo, como o nome já diz, é feito a toda hora,


continuamente. A cada movimentação o estoque é atualizado, normalmente
por meio de um software de gestão de estoques. Sendo assim, a qualquer
hora o gerente sabe a que nível anda seu estoque. Nesse sistema é onde o
ponto de ressuprimento é definido, ou seja, um ponto que quando o estoque
chegar nele o pedido será gerado automaticamente. Sendo assim, o período
de de ressuprimento pode variar, porém o lote será sempre o mesmo, pois
sempre o ponto onde o pedido será feito será o mesmo. O lote pode ser
definido de acordo com o LEC, já que o lote sempre será de mesmo tamanho,
tem como se calcular o tamanho mais econômico para a empresa.
Portanto,
Contínuo:
— Lote Fixo
— Período Variável.

– Periódico: O sistema periódico já me diz que de tempos em tempos o


estoque será revisado, poderá ser uma vez por mês, por semana e assim vai.
Ou seja, eu escolho um determinado período e quando chegar o dia eu
analiso meu estoque e faço um pedido. O pedido aqui variará de acordo com
o que foi consumido no período de revisão. Sendo assim, o pedido levará em
consideração o nível máximo de estoque e não mais o cálculo do LEC.
Portanto,
Periódico:
— Lote Variável
— Período Fixo

Agora fica fácil analisar as conexões.

I – Quem se importa com o nível máximo de estoque é o Periódico, pois nele


o lote de pedido varia e é dado pelo estoque máximo menos o estoque atual,
normalmente.

II – Ponto de ressuprimento é do contínuo, ele que gera um pedido sempre


que o ponto é alcançado.

III – Período de revisão é meio dado. É do periódico.

RESPOSTA LETRA B

Nosso Facebook
44. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 14 DE FEVEREIRO DE 2012 6 C O M EN T ÁR I O S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Um gerente de armazenagem, ao assumir a função, depara-se com o


seguinte cenário em seu armazém:

• Quantidade de SKUs: 5.500


• Giro médio dos itens: 7,5
• Distância média diária percorrida para realizar picking de um item: 12 metros
• Todos os itens de menor giro estão nas áreas mais distantes da área de
separação de pedidos

O gerente do armazém pode implementar diferentes ações, que fornecem os


seguintes resultados:

Ação – Resultado:

I – Aumento do giro médio dos itens.


II – Redução do giro médio dos itens.
III – Aumento da distância média percorrida para realizar picking de um item.
IV – Redução da distância média percorrida para realizar picking de um item.
V – Modificação do layout e reposicionamento dos itens no armazém.

Desconsiderando-se possíveis efeitos de interações entre as ações e


qualquer outra variável não mencionada na situação descrita, para alcançar
uma gestão eficiente dos materiais do armazém, o gerente deve implementar
APENAS as ações

(A) I e IV
(B) II e III
(C) II e IV
(D) I, III e V
(E) II, IV e V

COMENTÁRIO

Quando eu, particularmente, li essa questão, me perguntei o que raio era


SKU’s. Não fez muita diferença, dá para entender no decorrer da questão do
que se trata. Talvez não o sentido literal, mas da para entender mais ou
menos o que é:

SKU = Stock Keeping Unit (Unidade de Manutenção de Estoque) É uma


unidade codificada que diferencia os itens de estoques. Como se fosse um
código de barra do item.
Outro termo pode gerar confusão é o termo Picking.
Picking é a separação e preparação do pedido. Somente isso.

Agora, de todas as ações que ele pode fazer, ele quer somente aquelas que
representam uma melhora na eficiência da fábrica, ou seja, uma economia de
recursos fabris, pois isso significa eficiência.

Vamos explicando ação por ação:

I – Aumento do giro médio dos itens:


O giro é a quantidade de vezes no período que seu estoque rodou, que ele foi
renovado. Ele é dado pela fórmula CMV/Estoque médio. Numericamente,
para se aumentar o Giro ou se aumenta o CMV ou se diminui o Estoque
Médio. Como a questão fala apenas de estoque e desconsidera a interação
com qualquer outra variável, podemos descartar o aumento do CMV. Ou
seja, Estoque Médio irá diminuir. Sendo assim, Estoque médios menores,
custos de estoques menores, menos recursos. Aumentou a eficiência. Essa
está correta.

II – Redução do giro médio dos itens:


É simplesmente o contrário do que falei na anterior. Diminuir é pelo fato do
estoque médio aumentar, diminuindo a eficiência.

III – Aumento da distância média percorrida para realizar picking de um item:


Ou seja, aumentar a distância para que se possa separar e preparar um
pedido. Um dos recursos mais importantes dentro da empresa é o tempo, que
é importantíssimo para a eficácia da organização. Aumentar o tempo significa
aumentar o consumo de recursos, diminuindo a eficiência.

IV – Redução da distância média percorrida para realizar picking de um item:


Tudo que eu falei em III ao contrário. Diminuir a distância se diminui o tempo,
se diminui os recursos e se aumenta a eficiência.

V – Modificação do layout e reposicionamento dos itens no armazém.


Na questão diz o seguinte: “Todos os itens de menor giro estão nas áreas
mais distantes da área de separação de pedidos”. Essa posição de estoque
está corretíssima, o que você mais utiliza fica mais perto e o que você utiliza
menos mais longe. Diminui a movimentação dentro da fábrica, ou seja,
aumenta a eficiência.

RESPOSTA LETRA A

Nosso Facebook.
43. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 13 DE FEVEREIRO DE 2012 1 C O M EN T ÁR I O Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 1

O diretor de logística de uma empresa de produção de bens de consumo tem


a missão de colaborar na expansão do negócio. Para isso, ele está avaliando
duas opções de investimento, a saber:

• Opção 1 – Expansão da fábrica na mesma localidade


• Opção 2 – Transferência da fábrica para outra localidade mais próxima do
mercado consumidor

O critério de decisão do diretor é o custo logístico total da operação. No


auxílio à sua decisão, o diretor encomendou um estudo de localização para
avaliar a opção 2. A consultoria responsável pelo estudo decidiu utilizar o
método do centro de gravidade para uma única instalação.
Para que o estudo de localização seja realizado e o diretor possa decidir entre
apenas uma das opções de investimento (1 ou 2), utilizando-se do critério do
custo logístico total, a única informação DESNECESSÁRIA, dentre as abaixo
relacionadas, é sobre

(A) a localização geográfica de clientes e fornecedores


(B) o histórico da taxa de defeitos na produção das máquinas gargalo da
fábrica atual
(C) os custos de transporte
(D) os históricos de demanda de clientes e de aquisição de matérias-primas
(E) os custos de terreno e de manutenção da fábrica na nova localidade

COMENTÁRIO

Vamos lá à algumas teorias, primeiramente: Custos logísticos totais não se


resumem apenas ao transporte, apesar desse ser o de maior impacto nesse
custo. O custo logístico total se refere também ao custo de armazenagem,
movimentação, manutenção de inventários e etc. Ou seja, tudo que mexer em
um desses custos será importante nessa análise, mas vamos só ao que é
método do centro de gravidade que a questão fala.

Método do centro de gravidade busca a melhor localização para a


implantação de uma determinada estrutura, seja ela uma fábrica, uma
estrutura de armazém ou um centro de distribuição e essa melhor localização
é que minimiza os custos de transporte. Ou seja, no método do centro de
gravidade nos procuraremos o melhor local perto de todos os locais onde
precisaremos enviar/receber produtos/materiais. Ou seja, se temos dois
clientes com o mesmo número de pedidos projetados a uma distância de
100km um do outro o ideal é ficar no meio do caminho, a 50km de cada.
Essa seria a posição que minimizaria os custos de transporte. Caso sejam
quantidades diferentes, a localização será uma média ponderada das
coordenadas dadas. Não vou me estender muito, pois mais tarde terá
questões específicas sobre esse método onde dará para exemplificar melhor.
Mas é de bem simples entendimento com um exemplo prático.

A questão quer, dentre as opções, o que não é necessário ser levado em


consideração para o estudo do método de centro de gravidade e dos custos
logísticos totais.

(A) a localização geográfica de clientes e fornecedores – Essa é a principal


informação para o método do centro de gravidade, afinal a nova instalação
terá que ficar mais próximas de onde se tem mais movimentação. Localização
geográfica de clientes e fornecedores é importantíssimo.

(B) o histórico da taxa de defeitos na produção das máquinas gargalo da


fábrica atual – Histórico de defeitos de máquinas não é uma informação
necessária para o método de centro de gravidade. Influencia algo em custo de
armazenagem, movimentação ou transporte? Não. Influencia em velocidade
de produção, custos de manutenção, ou seja, no CPV total, mas não
diretamente nos custos logísticos totais. Essa é a resposta!

(C) os custos de transporte – O custo de transporte é importantíssimo para o


método de centro de gravidade, afinal estamos tentando mantê-lo o menor
possível.

(D) os históricos de demanda de clientes e de aquisição de matérias-primas


– O histórico é um fator que serve para o planejamento, clientes e
fornecedores com históricos de maior consumo/pedidos, tendem a continuar
nessa situação, então para projetarmos temos que olhar para trás. E a
demanda de clientes e fornecedores é importantíssima no método de centro
de gravidade, afinal o centro de gravidade vai tender a ficar mais perto de
onde a demanda é maior.

(E) os custos de terreno e de manutenção da fábrica na nova localidade


– Isso obviamente tem de ser levado em consideração por um simples motivo.
Não adianta a instalação estar em um ponto estratégico, logisticamente
falando, mas esse ponto ser dentro de uma cidade onde os impostos são 50%
maior do que em uma cidade vizinha, ou mesmo o valor do terreno. Então
esses custos tem de sim serem levados em consideração para a escolha de
uma nova localidade de fábrica.

RESPOSTA LETRA B

O nosso FACEBOOK
42. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE FEVEREIRO DE 2012 2 2 C O M E N T ÁR IO S Q U ES T Õ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 1

Um determinado produto possui a lista técnica apresentada acima. Os lead-


times de fabricação ou aquisição de cada material são mostrados na lista
técnica. Os centros de trabalho responsáveis pela fabricação dos materiais A
e B possuem capacidade infinita. Os fornecedores dos materiais C, D, E, F e
G podem atender a todas as solicitações feitas. Sabe-se que a fábrica não
pode fazer estoques de materiais. Caso haja um pedido de fabricação de uma
única unidade do material A, em quantos dias esse pedido deverá ser
entregue?

(A) 2
(B) 8
(C) 13
(D) 20
(E) 40
COMENTÁRIO

Questão legal sobre estrutura do produto e sua hierarquia do produção.

Como funciona uma lista com hierarquia de produção:

Um nível zero dependerá de todos os níveis abaixo até chegarmos em outro


zero, como assim?
Se tivermos a seguinte estrutura:

0–A
.1 – C
.1 – D
0–B
.1 – E
..2 – G
.1 – F

Isso diz o que? Um nível depende de todos os outros níveis abaixo, até
chegar no mesmo nível:
Ou seja, A depende de C e D, os de nível abaixo que se encontram até
chegar novamente no mesmo nível 0.
E B, o próximo de nível 0, depende de todos os níveis abaixo até chegar
novamente em outro, ou seja, depende de E e F. O E, por sua vez, depende
de todos com nível abaixo até chegar no próximo com mesmo nível dele. Ou
seja, E depende de G, que está no nível ..2. F não tem ninguém de nível
abaixo ligado a ele, então é completamente independente.

Isso acontece em qualquer lista de estrutura. Um nível acima depende de


todos abaixo que estiverem ligados a ele, até chegarmos novamente no
mesmo nível. (UPDATE)

<Na coluna nível, notamos que temos 3 níveis de hierarquia para a produção
desse produto. Os níveis de número menor são os que ficam acima no
desenho, sempre dependendo dos de nível de número maior. As
dependências estão descritas também pelo pontos antes. Assim o nível 0 não
tem ponto. O nível .1 dependerá de todos os ..2 que vem abaixo, até que
acabe, mas é independente dos que estão no mesmo nível de hierarquia.
Para facilitar, vamos ao desenho da hierarquia desse produto da questão:
Esse seria o desenho da hierarquia de produção para esse produto. Agora,
vamos indo de baixo para cima, produzindo primeiro os do nível mais baixo e
subindo. Deu para entender o porquê de começarmos por baixo? Pois para
produzirmos A, precisamos de B, C e D. Para termos B, precisamos de E, F e
G; para termos C, precisamos de E; e D começa no primeiro dia de produção,
pois não depende de ninguém.

No primeiro dia de produção começam E, F, G e D (que é do nível .1, mas


não depende de nada).
No segundo dia acaba-se todo o nível ..2 e começa no terceiro dia todo o
nível .1, lembrando que o D já está adiantado 2 dias, só faltando 3 dias para
seu término.
Para acabar o nível .1 inteiro precisaremos ir até o dia 6, onde o B acaba e os
outros do nível já estarão acabados, “esperando” B.
No sétimo dia começa o processo A que demora 2 dias, indo até o dia 8.

RESPOSTA LETRA B

Eu não fazia esse desenho da hierarquia e sempre me confundia, quem me


deu a dica foi o professor Esdras de Carvalho, do grupo de estudos aqui em
Fortaleza.
Não esqueçam do nosso FACEBOOK.
41. (CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2011)
BR U N O C A V A LC A N T E 8 DE FEVEREIRO DE 2012 4 C O M EN T Á R I O S Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 1

Uma fábrica de móveis produz cadeiras de ferro e mesas de madeira. São


produzidas cadeiras do tipo 1, 2 e 3. As mesas produzidas são do tipo X e Y.
Sabe-se que os recursos de produção utilizados para produzir as cadeiras e
as mesas são distintos e não compartilhados, logo, o gerente de planejamento
central precisa definir o planejamento de produção nos níveis estratégico,
tático e operacional.

Para que o planejamento da produção esteja de acordo com os princípios


hierárquicos do PCP, o gerente deve

(A) determinar as quantidades e datas de produção e aquisição dos


componentes das cadeiras tipo 1, para os próximos 15 dias, definindo, assim,
o planejamento agregado para a família “cadeiras”.
(B) estabelecer a quantidade de cadeiras equivalentes a serem produzidas
nas próximas 4 semanas, através do planejamento mestre de produção
(MPS).
(C) estimar, no planejamento das necessidades de materiais (MRP), a
quantidade de cadeiras equivalentes que serão produzidas nos meses
subsequentes.
(D) definir, no planejamento das necessidades de materiais (MRP), a
quantidade a ser produzida e/ou adquirida dos componentes da mesa X,
através da lista técnica e da estrutura analítica do produto.
(E) agregar os produtos “cadeira” e “mesa” numa única família, para realizar o
planejamento agregado, e projetar a demanda agregada para os próximos
meses.

COMENTÁRIO

Para fazer essa questão, pegarei uma imagem já postada aqui no blog.
Tendo essa figura em mente, resolvia-se a questão. Nessa é melhor item a
item, apesar de não ser minha metodologia preferida para explicar, em
algumas questões é melhor se valer dela.

(A) determinar as quantidades e datas de produção e aquisição dos


componentes das cadeiras tipo 1, para os próximos 15 dias, definindo, assim,
o planejamento agregado para a família “cadeiras”.

A parte errada é que definir componentes para um produto, você não define
para a família toda de produtos, pois cada produto tem a quantidade de
matéria que leva. Ainda poderíamos ter uma discussão quanto ao prazo, se
15 dias é ou não médio prazo.Alternativa errada.

(B) estabelecer a quantidade de cadeiras equivalentes a serem produzidas


nas próximas 4 semanas, através do planejamento mestre de produção
(MPS).
O erro aqui está em um pequeno detalhe. A palavra “equivalente” deixa a
frase incorreta. Não é o número de cadeiras equivalentes, é o número real de
cada cadeira que é definido no MPS. O MPS detalha o quê, quando e quanto
de tudo que passa pela linha de produção.
Equivalente é quando se usa uma unidade padrão e se calcula as outras em
relação a essa, muito utilizado lá nos custos.

(C) estimar, no planejamento das necessidades de materiais (MRP), a


quantidade de cadeiras equivalentes que serão produzidas nos meses
subsequentes.

Nessa o erro salta na sua vista. Planejamento das necessidades de materiais


não diz quantidade de nada que será produzido, diz o que será preciso de
material para atender à produção.

(D) definir, no planejamento das necessidades de materiais (MRP), a


quantidade a ser produzida e/ou adquirida dos componentes da mesa X,
através da lista técnica e da estrutura analítica do produto.

O planejamento de materiais leva em conta uma lista técnica e a estrutura do


produto. O que é isso? A famosa receita do bolo, que diz tudo o que se
precisa para fazer o bolo, não só em quantidade, mas também em
especificação de cada ingrediente. Se faz isso na produção, cada produto tem
uma “receita” para fazê-lo e é a partir dela que o planejamento das
necessidades de materiais sabe o que precisa ter em estoque para a
produção.

(E) agregar os produtos “cadeira” e “mesa” numa única família, para realizar o
planejamento agregado, e projetar a demanda agregada para os próximos
meses.

A questão diz claramente “Sabe-se que os recursos de produção utilizados


para produzir as cadeiras e as mesas são distintos e não compartilhados”,
logo como iríamos unir os dois em uma única família? Famílias de produtos
tem que ter o mínimo em comum para serem planejadas em alguns aspectos
juntas. Só se separam na hora do curto prazo.

Quem quiser ler mais sobre os planejamentos, falei nessa questão da


Petrobio.

Desculpem resolver essa questão assim, não gosto, mas nessa foi o preciso.

RESPOSTA LETRA D
40.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 12 DE JUNHO DE 2013 C O M EN T E ! A D M IN I S TR A Ç ÃO D A P R O D U Ç Ã O , Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 2

É um objetivo da área de higiene e segurança no trabalho:

(A) indenizar o trabalhador em caso de acidente do trabalho.


(B) diagnosticar as doenças ocupacionais e realizar o seu tratamento.
(C) determinar o modal de transporte.
(D) proteger a integridade física e mental do trabalhador.
(E) proibir a utilização de EPI.
COMENTÁRIO

Essa é aquela questão que quem estudou mínima coisa responde de peito
inflado pensando “Acertei sem sombra de dúvida”. Pois é, acertou mesmo,
acho que a única possibilidade de errar era na hora de transpor para a grade
de respostas (desculpem se deixei alguém mal).

Higiene e segurança no trabalho possui como foco a saúde e a integridade do


trabalhador que por sua vez deve seguir normas existentes e as que a
empresa lhe atribui para sua própria segurança e melhoria de ambiente em
que se encontra.
Vamos aos seus objetivos segundo Chiavenato:

 Eliminação das causas das doenças profissionais


 Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas
doentes ou portadoras de defeitos físicos
 Prevenção de agravamento de doenças e de lesões
 Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade
por meio de controle do ambiente de trabalho

Mesmo não sabendo dos objetivos citados, acho que o candidato que ligou a
palavra “objetivo” de uma maneira macro às alternativas poderia facilmente
resolver a questão:

(A) indenizar o trabalhador em caso de acidente do trabalho. – Indenizar o


trabalhador é um dever não um objetivo.

(B) diagnosticar as doenças ocupacionais e realizar o seu tratamento. –


Diagnosticar está mais para dever ou atribuição da empresa quanto à
prevenção de doenças sendo um fator que leva ao objetivo de segurar o
trabalhador prevenindo-o quanto ao agravamento de doenças, mas não pode
ser confundido como objetivo macro.

(C) determinar o modal de transporte. – Estamos falando de logística?


Tentando pensar na pior hipótese imaginativa dessa alternativa estar correta
poderíamos atribuir a melhoria da saúde dos trabalhadores determinando o
melhor modal de transporte; mesmo assim não seria objetivo.

(D) proteger a integridade física e mental do trabalhador. – Esse é o objetivo


principal, pois para isso que serve a prevenção contra doenças e lesões,
eliminação de suas causas, uso de equipamentos de proteção, prevenção de
agravamento de doenças e de lesões enfim, tudo para chegar ao macro
objetivo de proteger o trabalhador mentalmente e fisicamente.
(E) proibir a utilização de EPI. – EPI (Equipamento de Proteção Individual) são
para uso do trabalhador como protetores auriculares, máscara de proteção,
óculos e viseiras, capacetes, cintos de segurança etc. Também posso citar os
EPC (Equipamento de Proteção Coletiva) como exaustores para gases,
névoas e vapores contaminantes, ventilação dos locais de trabalho, fitas
sinalizadoras e antiderrapantes em degraus de escada, extintores de incêndio
etc. Todos devem ser cobrados quando necessário e não proibidos, mas não
são objetivos. Para mais detalhes a respeito de EPI ver norma
regulamentadora nº6.

RESPOSTA LETRA D

PS: Vale nesta matéria de Administração de Materiais dar uma revisada


nas Normas Regulamentadoras (principalmente na NR17 sobre
Ergonomia), pois é a parte mais difícil, a meu ver, sobre Higiene e
segurança do trabalho. Quem quiser pode acessar o material abaixo:

[button link=”http://admcomentada.com.br/wp-
content/uploads/2013/06/NORMAS-REGULAMENTADORAS.pdf”
color=”silver” newwindow=”yes”] Normas Regulamentadoras – Higiene e
Segurança do Trabalho[/button]
39.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 12 DE JUNHO DE 2013 C O M EN T E ! A D M IN I S TR A Ç ÃO D A P R O D U Ç Ã O , Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 2

A logística reversa trata do fluxo de materiais que retornam através do canal


de distribuição pós-venda (CDR-PV) ou do canal de distribuição reverso pós-
consumo (CDR-PC).
O canal de distribuição reverso de pós-consumo:

(A) considera apenas produtos que se destinam ao mercado secundário.


(B) contempla canais de reúso, nos quais o produto ou seus componentes
serão reutilizados na função original, sem a necessidade de remanufatura.
(C) é o fluxo reverso originado após a comercialização do item.
(D) é o fluxo reverso de materiais do cliente final até a empresa focal.
(E) é o processo de armazenar todos os produtos destinados a, pelo menos,
um elo a montante.

COMENTÁRIO

Dentro da Logística Reversa é estudada a logística como conhecemos de


maneira contrária tomando como ponto de partida o momento após um
produto ser vendido ou após um produto ser consumido. Por isso sua
classificação pode ser definida como logística reversa de pós-venda (CDR-
PV) e de pós-consumo (CDR-PC).

Pós-venda (CDR-PV):
Os canais de distribuição reversos de pós-venda são bens industriais que por
qualquer motivo voltam a participar da cadeia de suprimentos e assim
reintegrados ao ciclo de negócios. O fluxo dos produtos é originado após a
comercialização do item do consumidor final para o varejista ou entre
membros da cadeia de distribuição direta. Uns dos motivos pelos quais esses
produtos são devolvidos podem ser por terminar a validade, por haver
estoques excessivos no canal de distribuição, por estarem em consignação,
por apresentarem problemas de qualidade e defeitos, após o que são
destinados aos mercados secundários, a reformas, ao desmanche, à
reciclagem dos produtos e de seus materiais constituintes ou a disposições
finais.

Pós-consumo (CDR-PC):
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são as diferentes formas
de processamento e de comercialização dos produtos de pós-consumo ou de
seus materiais desde sua coleta até sua reintegração ao ciclo produtivo como
matéria- prima secundária.
Nos casos que ainda possam apresentar condições de utilização podem ser
destinados ao mercado secundário podendo ser comercializados diversas
vezes até chegar ao seu fim de vida útil. Ex: veículos.
Também existem os canais reversos de reúso que são definidos como os de
extensão do uso de um produto de pós-consumo ou de seu componente com
a mesma função para a qual foi originalmente concebido, ou seja, o produto
será utilizado sem nenhuma modificação em sua estrutura e sem nenhum tipo
de remanufatura.
Vamos às alternativas:

(A) considera apenas produtos que se destinam ao mercado secundário. –


Como podemos ver na figura, a palavra apenas torna a afirmativa errada, o
Pós-consumo também considera os produtos destinados ao mercado
secundário, sendo que podem ser destinados também para o canal direto
como partes de produtos a serem recolocados no mercado primário.

(B) contempla canais de reúso, nos quais o produto ou seus componentes


serão reutilizados na função original, sem a necessidade de remanufatura. –
Correto. O canal de reúso, como explicado, é utilizado pelos produtos que não
foram modificados e podem ser reutilizados até o fim de sua vida útil. Caso
esses produtos sejam remanufaturados para serem vendidos novamente
teríamos uma logística reversa para o canal direto, ou seja, seria um
reaproveitamento para colocar o produto no mercado primário novamente.

(C) é o fluxo reverso originado após a comercialização do item. – Após a


comercialização inicia o fluxo pós-venda. Após o consumo inicia o pós-
consumo.

(D) é o fluxo reverso de materiais do cliente final até a empresa focal. – não
necessariamente, pois o fluxo reverso pode não atingir a empresa focal.
Conforme vimos na ilustração há o ciclo reverso de pós-consumo que pode
levar até o mercado secundário.

(E) é o processo de armazenar todos os produtos destinados a, pelo menos,


um elo a montante. – o fluxo reverso não é um processo de armazenagem de
produtos e sim o caminho que os produtos percorrem que atingem as diversas
partes da cadeia reversa pela sua reutilização, reciclagem, desmanche etc.

RESPOSTA LETRA B
38.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 4 DE JUNHO DE 2013 1 C O M E N T Á R IO A D M IN IS TR A Ç Ã O D A PR O D U Ç Ã O , Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

O LEC (Lote Econômico de Compra) é a quantidade a ser comprada que


minimiza os custos logísticos totais. Em relação ao cálculo do LEC, considere
as afirmativas abaixo.

I – O LEC supõe uma demanda constante.


II – No LEC, a demanda é deterministicamente conhecida.
III – No LEC, a demanda é contínua.

É correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II, III.

COMENTÁRIO

O Lote Econômico de Compras (LEC) é a estimativa realizada com base em


um equilíbrio econômico entre o custo de posse (manutenção dos estoques) e
o custo de aquisições (obtenção de material) para calcular a quantidade a ser
comprada que vai minimizar os custos.
O objetivo é executar as compras nas quantidades certas no momento
adequado para que haja o mínimo custo operacional.
As premissas do LEC são:

 Demanda constante;
 Não restrição quanto ao tamanho dos lotes;
 Os custos envolvidos são apenas de estocagem (por unidade) e do
pedido (por ordem de compra);
 Demanda conhecida;
 O lead time é constante e conhecido;
 Não é considerada a possibilidade de agregar pedidos para mais de um
produto do mesmo fornecedor.

Para que seja calculado utiliza-se a seguinte fórmula:

LEC = quantidade do lote

D = demanda de materiais em unidades no período

Cp = custo por pedido (deve-se incluir o transporte)

Ce = custo unitário de estocagem no período


Exemplo: suponhamos que uma empresa montadora de caminhões utilize na
sua fabricação 1000 motores por ano. Cada pedido de motores tem um custo
de R$ 100,00 e o custo para manter em estoque um motor é de R$ 5,00 ao
ano. Aplicando a fórmula temos:

Agora sabemos que para minimizar o custo de estoque da empresa deve-se


pedir 200 motores por ordem de compra. Porém o LEC também fala em
momento adequado de realizar o pedido, o que ainda não foi esclarecido. Pois
bem, para descobrirmos o ponto de pedido basta aplicar a fórmula para
descobrirmos o número de pedidos por ano e dividirmos 360 dias por esse
número, conforme a seguir:

NP = Número de pedidos
D = demanda de materiais em unidades
no período
LEC = Lote Econômico de Compra

NP = 1000 = 5 pedidos
200

A empresa deverá fazer 5 pedidos ao ano, para sabermos o intervalo entre


cada pedido basta dividir de 360:

IP = _360 dias_ = 72 dias de intervalo por pedido


5 pedidos

Bem, após essa revisão sobre Lote Econômico de Compras, a questão


apenas nos perguntou sobre os fatores da demanda para o cálculo. Vimos
que a demanda deve ser constante e conhecida, a única alternativa que
ficaria mais complicada é a terceira que fala em contínua; sim ela também
deve ser contínua para que possamos calcular com uma frequência
determinada de pedidos, pois o cálculo não ficaria lógico se tivéssemos
variações de tempos entre demandas.

RESPOSTA LETRA E
37.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE JUNHO DE 2013 3 C O M E N T Á R IO S AD M I N I S TR AÇ Ã O D A PR O D U Ç ÃO , Q U E S TÕ E S , T R AN S P ET R O 2 0 1 2

A utilização de sistemas/métodos de previsão para a área de planejamento e


controle da produção tem como premissa

(A) atualizar as estimativas periodicamente.


(B) estimar o erro de previsão apenas para ambientes em que a demanda
sofra pouca variação no curto prazo.
(C) estimar o valor da demanda apenas para ambientes em que a demanda
sofra pouca variação no curto prazo.
(D) utilizá-los no curto prazo apenas, pois a incerteza e o erro de previsão
podem ser calculados.
(E) realizá-los, obrigatoriamente, em conjunto com a área de vendas.
COMENTÁRIO

Primeiramente um detalhe rápido, o significado da palavra premissa:

Tirado do Priberiam: “Ponto de partida para a organização de um raciocínio


ou de uma argumentação.”

Ou seja é de onde começamos, quando ele quer saber a premissa da


utilização de sistemas ou métodos de previsão para a área de PCP, ele quer
saber de onde parte esse raciocínio, de onde parte a necessidade de se
utilizar esse métodos.

Vamos item a item, da última para a primeira, já entregando a resposta.

(E) realizá-los, obrigatoriamente, em conjunto com a área de vendas. – Isso


não é uma premissa, não é da onde parte a necessidade de fazer, é apenas
uma boa maneira de acertar melhor o planejamento de demanda, que
baseará o PCP, mas nada obrigatório e nada de premissa.

(D) utilizá-los no curto prazo apenas, pois a incerteza e o erro de previsão


podem ser calculados.– Primeiramente incerteza e erros de previsão em uma
previsão já soa estranho, mas eles não podem ser calculados e sim
estimados. E não se usa método de previsão apenas no curto prazo.

(C) estimar o valor da demanda apenas para ambientes em que a demanda


sofra pouca variação no curto prazo. – Esse apenas na C e na B matam a
questão, ninguém realiza previsão apenas em ambientes com pouca variação
no curto prazo. As previsões de demandas são para qualquer ambiente e se
tenta uma estimativa em todos os prazos, óbvio que no curto prazo se tenta
uma estimativa cada vez mais parecida com a rela, com cada vez menos
erros. Enquanto no longo prazo você trabalha com estimativas mais abertas,
com números aproximados e com níveis de variações mais altos.

(B) estimar o erro de previsão apenas para ambientes em que a demanda


sofra pouca variação no curto prazo. – Mais ou menos a mesma explicação
do item C, mas o problema também em “estimar o erro de previsão”. Previsão
não é de erro, mas conta com um erro.
(A) atualizar as estimativas periodicamente. – Como eu disse no item C, você
faz uma previsão de demanda no longo prazo, no médio e no curto, cada vez
mais perto da realidade (mais ou menos como o planejamento estratégico,
tático e operacional). Um exemplo prático, o setor de turismo já está prevendo
números maiores para eles na copa de 2014 e nas olimpíadas 2016, óbvio
que eles já contam com um aumento de X%. Mas a medida que os eventos
vão se aproximando e a procura vai se transformando em realidade, eles vão
sentindo a demanda e atualizado as estimativas. Por exemplo, pode ser que
em janeiro de 2016 ninguém ainda tenha procurado pacote nenhum para as
olimpíadas, contrariando uma previsão de que dizia que 1 ano antes a procura
aumentaria; os números serão atualizados para baixo. Assim como se em
janeiro já estiver com uma lotação de 60%, acima da expetativa, a previsão
será aumentada para cima.

RESPOSTA LETRA A
36.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 2 DE JUNHO DE 2013 C O M EN T E ! A D M IN I ST R AÇ ÃO D A PR O D U Ç Ã O , Q U E S T Õ E S , TR AN S P E TR O 2 0 1 2

A redução de estoques em cada elo de uma cadeia de suprimentos é o


objetivo de todas as empresas que compõem essa cadeia. Tal redução pode
ser alcançada através da adoção de diferentes políticas e/ou práticas. Ao se
considerarem apenas os elos a jusante da empresa focal, a política/prática
com menor impacto na redução do inventário a jusante na cadeia é a de

(A) aumento do giro de estoque na gôndola


(B) adoção do VMI (Vendor Managed Inventory)
(C) compartilhamento de componentes
(D) implementação do ECR (Efficient Consumer Response)
(E) postergação

COMENTÁRIO

O Supply Chain Management ( gestão da cadeia de suprimentos) consiste na


estratégia de estabelecimento de parceiras integradas em uma cadeia de
suprimentos a fim de trocarem experiências, informações e padrões com o
objetivo de melhorar o desempenho de cada elo. O resultado disso pode
acarretar em uma melhora produtiva, redução de custos agregando maior
valor ao consumidor final.
É importante observar que a questão está pedindo a política/prática que
menos impacta na redução do inventário, isto é, que menos reduz produtos do
estoque de uma empresa na cadeia produtiva “a jusante na cadeia” (depois
de ter passado pela empresa focal). Vamos às alternativas para que seja
explicada cada uma das políticas/práticas específicas:

(A) aumento do giro de estoque na gôndola – para aumentar o giro de


estoque na gôndola ou balcão o consumidor final terá que comprar mais o
produto da empresa fazendo com que a mesma tenha que repor com mais
velocidade o produto trabalhando com um estoque mínimo para suprir sua
demanda fazendo com que seu inventário diminua, portanto resposta
incorreta.
(B) adoção do VMI (Vendor Managed Inventory) – Vendor Managed Inventory
(VMI), em português Estoque Gerido pelo Fornecedor, é um sistema em que o
fornecedor se responsabiliza pela gestão dos níveis de estoque nos clientes.
O fornecedor tem acesso aos dados relativos ao estoque (vendas) do cliente
e assume as decisões sobre os reabastecimentos com base em uma política
de estoque pré-estabelecida com seu cliente. O VMI integra-se na cadeia de
abastecimento como forma de estabelecer uma real colaboração e partilha de
informação entre o fornecedor e o cliente e com isso, não só permite reduzir o
nível de estoque ao longo da cadeia como proporciona uma redução de
custos.

(C) compartilhamento de componentes – esta é a nossa resposta. O


compartilhamento de componentes apenas gera vantagem competitiva para
os elos da cadeia produtiva e é uma das vantagens da estratégia do Supply
Chain Management não impactando no aumento ou diminuição no inventário
de uma empresa da cadeia.

(D) implementação do ECR (Efficient Consumer Response) – ECR ou


Resposta Eficiente ao Consumidor é uma estratégia que tem como objetivo
estabelecer um fluxo consistente de informações e produtos que se incluem
bidirecionalmente na cadeia logística de abastecimento, tendo em conta a
manutenção do abastecimento do ponto de venda a custos baixos e em
estoques adequados. A filosofia do ECR visa uma maior integração das
empresas, sendo que, é dada importância à cadeia de abastecimento como
um todo e não como a eficiência individual das partes, sendo assim possível
reduzir o nível de estoques, os custos totais do sistema e disponibilizar
produtos de melhor qualidade por um preço inferior ao consumidor final.

(E) postergação – A estratégia de “postponement” coloca maior ênfase na


flexibilidade para atender às exigências do cliente cumprindo o prazo
prometido, reduzindo o nível de estoquee armazenagem e economizando nos
gastos logísticos. A Postergação é um conceito operacional que consiste em
retardar a configuração final de produtos até que os pedidos dos
consumidores sejam recebidos. Existem dois tipos de postergação: a
Postergação da produção ou de forma, e a Postergação de logística ou do
tempo.

RESPOSTA LETRA C
35.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 28 DE MAIO DE 2013 1 C O M E N T Á R IO A D M IN IS TR A Ç Ã O D A PR O D U Ç Ã O , Q U E ST Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

A administração de materiais auxilia uma organização na gestão e no controle


de todo o fluxo de materiais que passa pela empresa. Nesse contexto, a
correta classificação
dos materiais possibilita a utilização de sistemas automatizados de controle
de estoque.
NÃO é um objetivo da codificação de materiais

(A) facilitar a comunicação entre as áreas funcionais de uma organização no


que tange ao suprimento e à manutenção dos materiais.
(B) facilitar o controle contábil dos estoques.
(C) dificultar a duplicidade de itens.
(D) promover a padronização de materiais.
(E) evitar avarias no material.
COMENTÁRIO

A cada item de um estoque um código deve ser atribuído com iguais números
de caracteres. Com ele a identificação imediata e sem equívocos que podem
ser causados pela descrição do item. Algumas vezes se fosse ter que
procurar, em uma fábrica de parafusos por exemplo, somente pela descrição,
poderia gerar muitas dúvidas, pois a diferença de tamanho é muito pequena e
poderia gerar um produto com duas descrições diferentes, por isso o código
prevalece sobre o nome do item, para evitar duplicidade de itens.

Sistemas de codificação de materiais:


Os sistemas de codificação de materiais utilizados podem ser:

Sistema arbitrário: Os itens de materiais recebem seu respectivo código


seguindo uma sequência numérica, ou alfa numérica, crescente à medida
que são cadastrados, sem qualquer associação de padrão entre o código e o
item de material.

Sistema simbólico: Os códigos seguem um padrão lógico de acordo com o


tipo de material de maneira que através do código é possível identificar alguns
aspectos básicos do item como, por exemplo, o grupo ou o subgrupo a que
pertencem. Este tipo de codificação facilita a memorização dos usuários do
sistema.

Pode ser usado números exclusivamente, letras exclusivamente ou uma


mistura de número e letras.

De acordo com essa breve explicação, a única alternativa que não faz sentido
é a letra “e”, pois o fato de codificar não ajuda em nada a não avariar
materiais, isso é uma preocupação da forma de guardar, do
acondicionamento.

RESPOSTA LETRA E
34.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 27 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! C O N T A B I LI D AD E , Q U E S TÕ E S , TR A N S P E TR O 2 0 1 2

Por conta de questões normativas, uma companhia deverá efetuar


periodicamente análise sobre a recuperabilidade dos seus ativos imobilizados,
pois podem ocorrer variações de valor ao longo do tempo. No âmbito dos
conceitos de contabilidade, o valor recuperável de um ativo imobilizado é
definido como o(a)

(A) maior valor entre o valor em uso e o valor líquido de venda


(B) menor valor entre o valor em uso e o valor líquido de venda
(C) valor residual do ativo ao fim de período preestabelecido
(D) valor de reposição do ativo
(E) perda de valor do ativo

COMENTÁRIO
(Por Jefferson Bregalda)

O valor recuperável de um ativo imobilizado é dado pelo seu valor de compra


menos o valor da perda por desvalorização. Um ativo está desvalorizado
quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.

Exemplo:

Valor contábil do ativo R$ 30.000,00


Valor recuperável do mesmo ativo R$ 22.000,00
Valor da perda por desvalorização: R$ 30.000,00 – R$ 22.000,00 = R$
8.000,00

Sabemos que o valor recuperável de um ativo é a venda após algum tempo


de uso que implica desvalorização. Contudo, nem sempre vendemos um ativo
imobilizado como veículos ou terrenos pelo valor de uso desse ativo. Ou seja,
podemos saber que um carro que custa 30 mil reais desvaloriza pelo seu uso
após um ano tendo um valor recuperável líquido de 22 mil reais, mas isso não
quer dizer que não possamos vendê-lo por um valor maior em uma
negociação entre as partes.

O valor recuperável de um ativo Imobilizado é definido como maior valor


entre:

a)o valor líquido de venda de um ativo: valor a ser obtido em condições


normais de negociação entre partes conhecedoras e independentes,
deduzidas as despesas necessárias para que ocorra a venda.

b) o valor de uso desse ativo: valor presente de fluxos de caixa futuros


estimados, que devem resultar do ativo.
Na Norma Brasileira de Contabilidade (NBC T 19.6 – REAVALIAÇÃO DE
ATIVOS) o valor recuperável de um ativo é o valor de mercado menos o custo
para a sua venda, ou o valor que a entidade espera recuperar pelo uso futuro
de um ativo nas suas operações, o que for maior.

Para tornar totalmente prático nosso exemplo, ao vendermos nosso carro que
compramos por 30 mil reais, se tivermos um valor recuperável de uso de 22
mil reais, mas na negociação tivermos uma proposta de 25 mil, obviamente
venderemos pelo maior valor.

RESPOSTA LETRA A
33.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 24 DE MAIO DE 2013 2 C O M E N T Á R IO S C O N T A B I LI D A D E , Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

Por meio de técnicas e procedimentos contábeis a companhia controla o seu


patrimônio, registra e divulga as mutações ocorridas em seus elementos
patrimoniais.
A atitude tomada pela gestão da empresa que produziria um lançamento
contábil no Ativo e outro lançamento contábil na Demonstração do Resultado
do Exercício é a

(A) aquisição de matéria-prima para ser guardada no almoxarifado com


pagamento a prazo.
(B) compra à vista de prédio para instalar sua unidade operacional.
(C) contratação de um empréstimo de longo prazo, com recebimento da
totalidade dos recursos financeiros no momento inicial.
(D) constituição de valor de provisão para devedores duvidosos num dado
exercício, com respectiva contrapartida.
(E) integralização de capital, com respectiva entrada imediata de recursos
financeiros no caixa da empresa.

COMENTÁRIO

Vamos a uma pequena explicação e depois a questão item a item.

Primeiro, na contabilidade existe a famosa teoria das partidas dobradas. Não


débito sem crédito correspondente. Ou seja, para todo débito tem um crédito
de igual valor. Tranquilo até aqui!

Já entregando a resposta, falarei um pouco do que é provisão de devedores


duvidosos. Todas as empresas tem uma perda por devedores inadimplentes,
essa perda tem que ser conhecida estatisticamente pela empresa. Por
exemplo, uma escola tem uma média da porcentagem de pais, ao longo dos
anos, que ficam inadimplentes. Contabilmente ela funciona como uma conta
retificadora do ativo (retifica a conta clientes ou duplicatas a receber).

Assim, um cliente que não tenha dado garantias numa compra de 1.000 reais
e esteja devendo há 5 anos já, a empresa pode contar como perda. Ela terá
que fazer o seguinte, tirar do ativo e colocar como despesa no Resultado do
Exercício (respondendo já à questão).

Só para lembrar, o ativo e despesas tem natureza devedora, aumenta por


débito e as receitas, assim como o passivo e o PL tem natureza credora.
A empresa fará o seguinte:

D – Perda no recebimento de crédito (conta de resultado – lançada na DRE)


C – Duplicatas a receber (ativo)

E essa ó x da questão.

(A) aquisição de matéria-prima para ser guardada no almoxarifado com


pagamento a prazo.
D – Estoques (ativo) – Aumentando o tamanho do estoque, debito o estoque.
C – Contas a pagar (passivo) – Passivo aumenta por crédito.

(B) compra à vista de prédio para instalar sua unidade operacional.


C – Caixa ou Conta banco movimento (Ativo) – diminui por crédito.
D – Ativo imobilizado (Ativo) – Aumenta por débito

(C) contratação de um empréstimo de longo prazo, com recebimento da


totalidade dos recursos financeiros no momento inicial.
D – Caixa (Ativo) – Recebimento aumenta caixa – débito
C – Contas a pagar (passivo)

(D) constituição de valor de provisão para devedores duvidosos num dado


exercício, com respectiva contrapartida. – RESPOSTA JÁ EXPLICADA

(E) integralização de capital, com respectiva entrada imediata de recursos


financeiros no caixa da empresa.
D – Caixa
C – Capital a integralizar
(aqui teria bastante mais teoria que não cabe agora na questão. basta saber
que nenhuma conta é de resultado nesse lançamento)

RESPOSTA LETRA D
32.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 17 DE MAIO DE 2013 1 C O M E N T Á R IO AD M I N I S TR AÇ Ã O FI N AN C E IR A , Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

Uma equação estabelece paridade entre o preço de uma opção de compra e


o preço de uma opção de venda, impedindo a existência de oportunidades de
arbitragem. Essas opções possuem mesma ação subjacente, mesma data de
vencimento e mesmo preço de exercício. As opções são do tipo europeu.
Além disso, não há pagamento de proventos e de nenhum outro tipo de
benefício até o vencimento das opções.
Considere que, no momento inicial, o preço corrente da ação é de R$ 16,00 e
o valor da opção europeia de compra é igual a R$ 1,00, e que, por sua vez, o
valor presente do preço de exercício equivale a R$ 18,00.
Qual é o valor teórico da opção europeia de venda, em reais, no momento
inicial?
(A) 1,00
(B) 2,00
(C) 2,12
(D) 3,00
(E) 5,00

COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)

Para os candidatos que acertaram essa questão meus parabéns. Os que não
acertaram ela peço para que não se desesperem, pois ela não é recorrente e
podemos dizer que é bem rara.

O conteúdo de matemática financeira é um tanto extenso e as vezes não nos


apegamos a detalhes dizendo para si mesmo:
– Não é possível que peçam essa fórmula: Π(t, S) = S + P(t, S) − C(t, S)

Pois é, pediram…
O conteúdo em questão é chamado de PARIDADE PUT–CALL que
define uma relação de preço de opção de compra (call) e opção de
venda (put) com termos idênticos, tais como a segurança subjacente, preço
de exercício e data de validade na ausência de possibilidade de arbitragem
em um determinado tempo. Ou seja, uma ação tem um preço na compra e
outro na venda, porém há um preço intermediário entre o call e o put que
pode ser determinado pela Paridade Put-Call quando não existe arbitragem.

Para ilustrar, suponhamos que um portfólio foi formado tomando uma posição
longa numa unidade de um ativo, uma posição curta numa opção call e uma
posição longa numa opção put. Suponhamos que as opções têm o mesmo
preço de exercício e a mesma maturidade.
O valor desta carteira em um dado instante pode ser expresso pela equação:

Π(t, S) = S + P(t, S) − C(t, S)

t instante intermediário
S valor do ativo
P(t, S) valor da opção put (compra)
C(t, S) valor da opção call (venda)

Vamos voltar à questão e colher os dados.


O preço corrente da ação é de R$ 16,00 (call – valor da opção de venda) e o
valor da opção europeia de compra é igual a R$ 1,00 (put – valor da opção de
compra) e que, por sua vez, o valor presente do preço de exercício equivale a
R$ 18,00 (S – valor do ativo).

Π(t, S) = S + P(t, S) − C(t, S)


Π(t, S) = 18 + 1 − 16
Π(t, S) = 19 – 16
Π(t, S) = 3

Para mais informações a cerca da matéria


acessar: http://www.mat.uc.pt/~lnv/mf/aula9.pdf

RESPOSTA LETRA D
31.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 14 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! A D M IN I ST R AÇ ÃO FI N A N C E IR A, Q U ES T Õ E S , TR A N S PE TR O 2 0 1 2

Considere válida a paridade de taxa de juros para aplicações em moedas


diferentes. As moedas em questão são o yuan chinês e o dólar americano.
Admitam-se os seguintes parâmetros: taxa de câmbio à vista de 6,30 yuans
por 1,00 dólar; uma aplicação em yuan rende 3,50% a.a; e uma aplicação em
dólar rende 0,20% a.a. Suponha, ainda, que a taxa de câmbio seja cotada
com duas casas decimais.
A taxa de câmbio aproximada yuans por dólar a termo (por um ano), de modo
a assegurar a paridade, é de

(A) 6,10
(B) 6,23
(C) 6,31
(D) 6,42
(E) 6,51

COMENTÁRIO

Essa questão é um pouco mais de raciocínio do que de matemática financeira


em si, mas vamos resolver.

Primeiramente, capitalizaremos o dinheiro. O Yuan rende 3,50% ao ano, isso


quer dizer que 6,30 Yuan hoje, valerá: (Alguns alunos quando me
perguntaram dessa questão, perguntaram se era juros simples ou composto.
Eu digo, tanto faz! Quando se é apenas 1 período, o valor do juros simples
erá igual ao do composto.)

M = 6,30 (1 + 0,0350)
M = 6,52

Ou seja, 6,52 Yuans daqui a um ano.

O dólar rende apenas 0,002.

M = 1 x (1+0,002)
M = 1,002

1 dólar hoje é igual a 1,002 dólares daqui a um ano.


Agora ele quer saber quanto vale um dólar daqui a um ano.
Se 1,002 dólares valem 6,52 yuans.
1 dólar = 6,52 / 1,002
1 dólar = 6,507 – considerando apenas 2 casas decimais, ou seja,
arredondando temos 6,51.
RESPOSTA LETRA E
30.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 13 DE MAIO DE 2013 1 C O M E N T Á R IO AD M I N I S TR AÇ Ã O FI N AN C E IR A , Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

A companhia B presta serviços de manutenção e necessita comprar


equipamento fornecido pela empresa Y, que fez duas propostas: (i) o
equipamento seria comprado à vista por B pelo valor de R$ 1 milhão, ou (ii) Y
alugaria esse mesmo equipamento por dado valor (em duas parcelas, sendo
uma no fim do primeiro ano, e a outra, no fim do segundo ano), durante o
período de dois anos. Sabe-se que, ao adquirir o equipamento, B consegue
revendê–lo no mercado secundário por R$ 700 mil ao final dos dois anos.
Considere, na elaboração dos cálculos, as informações fornecidas, o custo
nominal de oportunidade de 10% ao ano e o regime de juros simples.
O valor anual aproximado do aluguel que tornaria equivalentes as duas
propostas do ponto de vista financeiro é, em reais, de

(A) 237.340,00
(B) 239.130,00
(C) 241.490,00
(D) 242.560,00
(E) 245.780,00

COMENTÁRIO
(Por Jefferson Bregalda)

A questão pede para que achemos o valor do aluguel anual da máquina para
tornarmos equivalentes as duas opções, ou seja, temos que fazer com que o
aluguel seja igualmente vantajoso à efetiva compra da máquina e sua
posterior venda.
Bom, para começar devemos obter o valor presente líquido da venda da
máquina considerando o custo de oportunidade para que assim possamos
chegar a real desvalorização da máquina.

O custo de oportunidade significa o custo da alternativa de investimento não


escolhida, isto é, a partir da definição da alternativa de investimento tem-se o
custo de oportunidade da(s) alternativa(s) deixada(s) de lado. Todos os
proventos que poderiam ser adquiridos por ser renunciada a alternativa de
alugar ou comprar a máquina são calculados como custo de oportunidade
que, conforme a questão nos informou, é de 10% ao ano.
Vamos achar o valor presente líquido da venda do equipamento:

VPL = VN/(1+ i + n)

Onde:
VN = Valor nominal (valor da venda da máquina)
i = taxa utilizada (no nosso caso o custo de oportunidade de 10% ao ano)
n = período ( 2 anos)

VPL = 700.000 / (1+ 0,1 x 2)


VPL = 700.000 / (1,2)
VPL = 583.333 mil

Sabemos então que o valor real da venda da máquina considerando o custo


de oportunidade foi de R$ 583.333,00, portanto a real desvalorização da
máquina será de:
R$ 1.000.000 – R$ 583.333 = 416.667 mil

Para tornarmos os dois investimentos equivalentes demos achar agora o valor


dos alugueis anuais que sejam equivalentes à depreciação da máquina,
portanto devemos igualar o valor de 416.667 ao valor presente dos dois
alugueis, um no período de 1 ano e outro no período de 2 anos:

RESPOSTA LETRA B
29.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 11 DE MAIO DE 2013 2 C O M E N T Á R IO S AD M I N I S TR AÇ Ã O FI N AN C E IR A , Q U E S TÕ E S , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

A companhia G tem uma carteira de quatro projetos (W, Y, X e Z) para análise


e dispõe de R$ 900 mil em caixa para investir. Os projetos W e Y são
mutuamente exclusivos, mas ambos viáveis, e todas as outras relações entre
as alternativas são de independência. Considere que, havendo recursos
financeiros do caixa não alocados em projetos, esses recursos podem ser
investidos à taxa nominal mínima de atratividade de 10% ao ano e pelos
mesmos prazos dos projetos. Assuma ainda que as contas são elaboradas
segundo o regime de juros compostos.
Os quatro projetos apresentam os fluxos de desembolsos (representados pelo
símbolo -) e ingressos monetários, ambos expressos em R$ mil, conforme a
tabela.

Após análise das informações fornecidas, os projetos escolhidos são:

(A) W, X e Z
(B) W e X
(C) W e Z
(D) Y e X
(E) Y e Z
COMENTÁRIO

Esse tipo de questão eu tenho uma certa tática, é pessoal, mas dividirei por
que alguém pode se sentir confortável e fazer também.

Eu, particularmente, tenho mais facilidade em raciocínio lógico e a parte


financeira, então começo por elas e, quando chego em um tipo de questão
dessa que você que é trabalhosa, vai ter que tirar o VPL de 4 projetos (não
tem pra onde correr) eu armo a questão e vejo, tento perceber, se não tem
nenhum jogo de números que facilite as contas. às vezes as bancas colocam
alguns número com múltiplos fáceis de identificar e facilita os cálculos. Se
vejo que não é o caso, como nessa questão, onde os número não tem a
menor ligação, pulo pra próxima e deixo essa para o final.

Essa questão é bastante trabalhosa, não tente fazê-la logo para não perder
tempo, deixe para o fim. Como eu disse, você pode até armar e, se tiver
facilidade com números, ver se tem alguma relação, não sendo o caso, pula a
questão. “Tchau e benção!”

Vamos para a questão em si.

O VPL acredito que já tenha explicado no site algumas vezes, ele é uma
medida de comparação entre investimentos. Você comparará um fluxo de
caixa (de um investimento que se deseja comparar) com uma taxa de retorno
sem risco, ou seja, que você consegue no mercado financeiro sem risco de
perder o dinheiro. Essa taxa é chamada taxa de atratividade.

Como eu comparo? Trago todos os valores do fluxo para valores de atuais,


descontados pela taxa de atratividade, subtraio o investimento inicial e tenho
o resultado. Posso ter positivo, negativo ou zero.

VPL > 0 – Significa que seu projeto de investimento trará mais lucro do que
investindo no mercado pela taxa mínima de atratividade.
VPL = 0 – Significa que o projeto dará o mesmo lucro que investir na taxa de
atratividade.
VPL < 0 – Significa que o projeto dará menos lucro que investir na taxa de
atratividade. Percebam, VPL negativo não que dizer prejuízo do projeto, quer
dizer apenas que comparado à taxa mínima de atratividade, dará menos
lucro.

Fazendo para os nosso projetos: (Só lembrando, eu acredito que umas das
taxas mais comuns de cair em provas seja o 10% e a questão não é obrigada
SEMPRE o valor já dos elevado não. POr isso é bom ter mente pelo menos
até o 1,14. Seriam, 1,1; 1,21; 1,331; 1,464). E o valor do investimento já é na
data zero, não precisamos descontá-lo.
Projeto W:

Parcela Valor Conta Valor Descontado


1 180 180/1,1 163,64
2 180 180/1,21 148,76
3 180 180/1,331 135,24

Somando as três parcelas em valores de hoje temos 447,63. Subtraindo o


investimento.

447,63 – 400 = 47,63

VPL = 47,63

Projeto Y:

Parcela Valor Conta Valor Descontado


1 230 230/1,1 209,09
2 240 240/1,21 198,35
3 240 240/1,331 180,32

Somando as três parcelas em valores de hoje temos 587,75. Subtraindo o


investimento.

587,75 – 500 = 87,75

VPL = 87,75

Projeto X:

Parcela Valor Conta Valor Descontado


1 100 100/1,1 90,91
2 100 100/1,21 82,64
3 100 100/1,331 75,13

Somando as três parcelas em valores de hoje temos 248,69. Subtraindo o


investimento.

248,69 – 200 = 48,69

VPL = 48,69
Projeto Z:

Parcela Valor Conta Valor Descontado


1 80 80/1,1 72,73
2 121 121/1,21 100
3 150 150/1,331 112,70

Somando as três parcelas em valores de hoje temos 285,42. Subtraindo o


investimento.

248,69 – 300 = 48,69

VPL = – 14,58 (Lembrando que não quer dizer prejuízo do projeto, e sim um
ganho menor em relação ao investimento com a taxa mínima de atratividade e
não seria escolhido por isso)

Indo à questão, escolhemos os que tem maiores VPL. Obviamente o Z está


descartado por ter VPL negativo.

Poderia ter uma opção W, X e Y só pra pegar quem não leu a parte: “Os
projetos W e Y são mutuamente exclusivos”, que quer dizer que eles não
podem ser investido ao mesmo tempo. Tenho que escolher se invisto em um,
não posso no outro.

No caso, tenho que escolher apenas o Y e o X, que são os de maior valor de


VPL.

RESPOSTA LETRA D
28.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! A D M IN IS T R A Ç ÃO FI N A N C EI R A, Q U E S TÕ E S , TR A N S P E TR O 2 0 1 2

Existem diferentes sistemas de amortização, passíveis de serem utilizados na


contratação de empréstimos junto a instituições financeiras.
Nesse sentido, uma das características do sistema de amortização Price
consiste em

(A) quitação de amortizações constantes ao longo do período do empréstimo


(B) amortização de 100% do valor do principal na data de vencimento
(C) pagamento de prestações iguais durante o período do financiamento
(D) pagamento de juros constantes durante o período do financiamento
(E) pagamento de prestações decrescentes ao longo do período do
empréstimo

COMENTÁRIO
(Por Jefferson Bregalda)

SISTEMA PRICE

No sistema PRICE as prestações são constantes e calculadas segundo uma


série uniforme de pagamentos: todas no mesmo valor. O valor amortizado é
crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que
decrescem proporcionalmente ao saldo devedor. Normalmente este sistema é
utilizado para financiamentos de carros, eletrodomésticos, empréstimos
bancários de curto prazo, etc.
Vamos considerar um financiamento de R$ 10.000,00 em 5 prestações
mensais, considerando juros compostos e efetivos de 2% ao mês no sistema
PRICE:
SISTEMA SAC
Por sua vez, no SAC, verificamos um comportamento constante no valor das
amortizações, e decrescente no valor das prestações, assim como nos juros.
O sistema SAC é relativamente prático, e não necessita do uso de
calculadoras financeiras para sua implementação: basta dividirmos o saldo
devedor inicial pelo número de prestações para, a partir daí, montarmos a
planilha. O SAC é amplamente utilizado para financiamentos bancários de
longo prazo de imóveis, especialmente os da Caixa Federal.
Considerando o mesmo financiamento realizado, vamos aplicar o sistema
SAC:

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO


O Sistema Americano de Amortização é um tipo de quitação de empréstimo
que favorece aqueles que desejam pagar o valor principal através de uma
única parcela, porém os juros devem ser pagos periodicamente ou,
dependendo do contrato firmado entre as partes, os juros são capitalizados e
pagos junto ao valor principal. Observe o financiamento com os mesmos
dados:
(A) quitação de amortizações constantes ao longo do período do empréstimo;
– Amortizações constantes é característica do sistema SAC.

(B) amortização de 100% do valor do principal na data de vencimento;


– Amortização total no final do período é característica do sistema Americano.

(C) pagamento de prestações iguais durante o período do financiamento;


– Característica do sistema PRICE. Resposta certa.

(D) pagamento de juros constantes durante o período do financiamento;


– Juros constantes é característica do sistema Americano.

(E) pagamento de prestações decrescentes ao longo do período do


empréstimo;
– Prestações decrescentes é característica do sistema SAC.

RESPOSTA LETRA C
27.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 7 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U ES T Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro dela


e, normalmente, tem implicação imediata e específica na administração da
organização.
A análise do ambiente interno tem por finalidade

(A) evidenciar as deficiências e forças da empresa que está sendo analisada.


(B) evidenciar os pontos fortes e fracos dos concorrentes que atuam no
mesmo segmento de mercado.
(C) identificar as forças ambientais incontroláveis que determinam as ações
estratégicas.
(D) monitorar o ambiente organizacional para identificar os riscos e as
oportunidades presentes e futuras.
(E) quantificar o volume de produção e sua relação com a demanda do
mercado.

COMENTÁRIO

Nossa, em minha humilde opinião essa foi a questão mais dada dessa prova.
Vamos à uma pequena explicação da análise SWOT, que acho que foi o
assunto mais comentado no blog. Se colocar na busca do site “SWOT” você
encontrará diversas questões e sempre no mesmo nível de facilidade, quer te
fazer escorregar em coisinhas pequenas.

SWOT é a abreviação
de Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, que pode ser encontrado
em livros traduzidos como Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças
(rearrumando fica FOFA), ou ainda pode ser encontrado com a palavra força
sendo substituído por Potencialidades.

Pontos forte e pontos fracos estão relacionados ao ambiente interno, é algo


inerente à empresa. É o que a empresa precisa trabalhar em si mesmo para
potencializar os pontos fortes e anular (ou diminuir) os pontos fracos.
Trabalhar para melhorar nos pontos fracos, mas isso a empresa faz
internamente. Sem condições exteriores.

As ameaças e oportunidades são inerentes ao ambiente que a empresa está


inserido. Não sofre influência direta da empresa. Ameaças são situações
ambientais que possam trazer prejuízos à empresa e oportunidades situações
externas que possam trazer lucro ou algo bom para a empresa.
Para exemplificar:
– Ponto forte: Uma máquina que nenhum concorrente tenha.
– Ponto fraco: Sistema de informática ultrapassado que deixe os processos
mais lentos.

– Oportunidade: Diversos feriados caindo em sextas ou segundas, fazendo


“feriadões” é uma oportunidade para quem trabalha com o setor turístico, por
exemplo. Ou mesmo um verão mais quente que o normal, para quem vende
água e sorvete.
– Ameaça: A chegada de uma multinacional que trabalhe no mesmo ramo.

Dito isso, a questão nos pede o que a análise do ambiente INTERNO tem por
finalidade, ou seja, apenas os pontos fortes e fracos. Vamos às opções:

(A) evidenciar as deficiências e forças da empresa que está sendo analisada.


– Essa é nossa resposta, deficiências são os pontos fracos, inerentes à
empresa. e as forças, os pontos fortes.
(B) evidenciar os pontos fortes e fracos dos concorrentes que atuam no
mesmo segmento de mercado. – Concorrentes fazem parte do ambiente
externo.
(C) identificar as forças ambientais incontroláveis que determinam as ações
estratégicas. – Forças ambientais incontroláveis são do ambiente externo.
Oportunidades e ameaças.
(D) monitorar o ambiente organizacional para identificar os riscos e as
oportunidades presentes e futuras. – Riscos e oportunidades fazem parte da
análise externa.
(E) quantificar o volume de produção e sua relação com a demanda do
mercado. – Demanda é ambiente externo.

RESPOSTA LETRA A
26.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 7 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U ES T Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

A análise de cenários externos é necessária no ambiente organizacional,


devendo tornar-se rotineira, ou seja, deve estar incorporada ao dia a dia das
empresas que pretendem administrar estrategicamente o seu negócio.
A empresa que se organiza estrategicamente transforma ameaças em
oportunidades.
De acordo com essa perspectiva, depreende-se que

(A) as forças ambientais tornam-se controláveis mesmo quando elas não são
previstas com certa antecedência.
(B) as turbulências do mercado são minimizadas pelas empresas que se
organizam estrategicamente, minimizando os seus possíveis impactos.
(C) a análise e o monitoramento do mercado quantificam as receitas que a
organização obterá em relação às estratégias adotadas.
(D) a perspectiva estratégica dá a vantagem competitiva fundamental para
que a empresa seja a líder no segmento de mercado em que atua.
(E) uma empresa que se organiza estrategicamente não sofre impactos
decorrentes das forças que atuam no macroambiente.

COMENTÁRIO
(Por Jefferson Bregalda)

A análise de cenários subsidia o planejamento estratégico das empresas para


que, em um futuro incerto, as mesmas estejam preparadas para uma possível
ameaça. Um caso famoso e palpável para todos os brasileiros foi a queda
veemente dos preços dos eletrodomésticos. Antigamente um eletrodoméstico
era relativamente caro e a substituição em uma falha do equipamento por um
modelo mais moderno era inviável quando se podia levá-lo à assistência
técnica. Com a baixa dos preços de aquisição as empresas que eram
especializadas somente no conserto de eletrodomésticos faliram por não
terem previsto esse cenário. Uma ação para uma empresa que tivesse
previsto o cenário em seu planejamento estratégico seria a flexibilização de
seus serviços atendendo a mais nichos de mercado e assim variando a
entrada de receitas.

A mentalidade na análise de cenários é a extrapolação. Quanto maior for a


gama de cenários possíveis previstos, maior a preparação e rapidez de ação
para as ameaças iminentes que estariam por vir no incontrolável ambiente
externo.
Vamos às alternativas:

(A) as forças ambientais tornam-se controláveis mesmo quando elas não são
previstas com certa antecedência.
– As forças ambientais podem não se tornam totalmente controláveis mesmo
com a previsão das mesmas, quando mais sem prevê-las.

(B) as turbulências do mercado são minimizadas pelas empresas que se


organizam estrategicamente, minimizando os seus possíveis impactos.
– Nossa resposta. Empresas que se preparam para as imprevisões do
mercado minimizam seus possíveis impactos ou até podem tornar essas
turbulências em oportunidades.

(C) a análise e o monitoramento do mercado quantificam as receitas que a


organização obterá em relação às estratégias adotadas.
– Analisar e monitorar o mercado serve para que a empresa realize o controle
sobre aquilo que foi previsto ou não na análise de cenários para que sejam
tomadas medidas de adequação tempestivamente em uma possível
mudança. Porém, dizer que o monitoramento quantifica a receitas de acordo
com a estratégia é mentira. Receitas são geradas das vendas que podem ser
impactadas por uma mudança no ambiente, mas não podem ser quantificadas
pela análise e controle do mercado que é apenas uma ação de controle.

(D) a perspectiva estratégica dá a vantagem competitiva fundamental para


que a empresa seja a líder no segmento de mercado em que atua.
– Muitas empresas praticam a perspectiva de cenários na estratégia
empresarial o que implica em uma vantagem em relação às empresas
despreparadas, porém trata-se de uma ação de proteção ou vantagem, mas
não de liderança no segmento de mercado que depende de muitos outros
fatores como market-share, aceitação dos produtos e serviços, inovação,
competitividade entre outros.

(E) uma empresa que se organiza estrategicamente não sofre impactos


decorrentes das forças que atuam no macroambiente.
– Por mais que sejam preparadas as empresas não terão nunca 100% de
garantia que não sofrerão impactos decorrentes de uma mudança no
ambiente externo. Por exemplo: uma mudança no governo onde o país que
era capitalista torna-se comunista ou a abertura de mercado para empresas
estrangeiras que instalarão suas sedes no país para ampliar a concorrência.
São situações impossíveis de driblar com uma solução que não impacte
diretamente na empresa.

RESPOSTA LETRA B
25.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE MAIO DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U ES T Õ ES , TR A N SP E TR O 2 0 1 2

Uma organização decidiu estabelecer uma metodologia para a elaboração de


seu planejamento estratégico. Elaborou o diagnóstico estratégico, que é o
primeiro passo do processo de planejamento. Com isso, identificou as
informações necessárias para nortear o seu direcionamento estratégico. O
monitoramento ambiental forneceu os elementos essenciais para a
determinação do rumo a ser seguido pela organização.
Esse rumo é explicitado através das diretrizes organizacionais formadas
pelo(a)

(A) plano operacional e pelo sistema de informações da empresa


(B) sistema de qualidade e pelo sistema de informações da empresa
(C) missão, visão e pelos objetivos da empresa
(D) estrutura e pelos objetivos organizacionais
(E) estrutura organizacional e pelos planos de gestão operacional da empresa

COMENTÁRIO

Planejamento estratégico tem fases. Fases para elaboração do seu


planejamento estratégico.

A questão não entrou diretamente na polêmica, mas vamos falar disso aqui.

Em algumas bibliografias (na maioria na verdade) o primeiro passo do


planejamento estratégico é você saber o que você quer, declarar os rumos, a
missão, visão e objetivos da sua empresa. Para depois disso, começar a
analisar o ambiente e saber como agir para driblar as ameaças e aproveitar
as oportunidades para chegar aos seu objetivos.

Outros livros já dizem que primeiro você deve analisar o ambiente externo,
olhar as oportunidades que estão no mercado e depois decidir para onde ir,
seus objetivos e sua missão.

Eu acho que faz mais sentido a primeira, na visão empreendedora do “o que


você quer, você consegue”. A segunda faz mais sentido na visão investidora
do “vamos para onde dá dinheiro”.

Mas o que importa é que sempre a missão, visão e objetivos serão definidos
na etapa do direcionamento estratégico, na parte de determinar os objetivos.
De nortear a empresa, só saibam que, dependendo do autor pode ser a
primeira ou a segunda fase. Acredito que um concurso não perguntará a
ordem das fases justamente por causa dessa polêmica.
Acho que todo administrador cansou de ver o que é missão e visão de uma
empresa, mas vamos relembrar:

– Missão:
Mostra o hoje, a razão de ser da empresa. Mostra a definição de negócio, o
porquê da empresa ter nascido e funcionar. A missão da Petrobras, por
exemplo, é:

“Atuar de forma segura e rentável, com responsabilidade social e ambiental,


nos mercados nacional e internacional, fornecendo produtos e serviços
adequados às necessidades dos clientes e contribuindo para o
desenvolvimento do Brasil e dos países onde atua.”

Note que ela respondeu a algumas perguntas que uma missão bem declarada
deve sempre responder: “O que faz”, “Para quem faz”, “De que forma faz” e
“Por que faz”.

– Visão:
A visão é um objetivo de longo prazo. É como a empresa quer se ver em
alguns anos. A visão é modificada sempre que se alcança, a missão é algo
mais permanente. A visão já é mudada a cada vez que se alcança os
objetivos. Alguma empresas, como a Petrobras, já colocam a visão com um
tempo determinado. A visão atual da Petrobras é a “visão 2020”, o que já
indica que aqueles objetivos tem que ser alcançado até 2020 e, quando
alcançados, será mudado.

“Seremos uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo


e a preferida pelos nossos públicos de interesse.”

Dito tudo isso, vamos às opções, ele quer saber o que dá o rumo da empresa:

(A) plano operacional e pelo sistema de informações da empresa – Plano


operacional pode até ser, mas sistema de informação pé uma ferramenta para
o alcance de objetivo, não uma um rumo que a empresa tem que tomar.
(B) sistema de qualidade e pelo sistema de informações da empresa – Nesse
caso, os dois são ferramentas para o alcance e não diretrizes de objetivo.
(C) missão, visão e pelos objetivos da empresa – A missão, a visão e os
objetivos da empresa dão sim rumo a empresa. Seja pelo que ela é e como
agir, como é o caso da missão, seja pelos objetivos que ela quer alcançar,
todas imprimem rumos à empresa.
(D) estrutura e pelos objetivos organizacionais – A estrutura é uma
característica da empresa e não uma diretriz de objetivo.
(E) estrutura organizacional e pelos planos de gestão operacional da empresa
– Aqui está a estrutura novamente.

RESPOSTA LETRA C
24.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 30 DE ABRIL DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U E S TÕ E S , TR A N S P E TR O 2 0 1 2

A natureza da estrutura adotada por uma empresa depende, principalmente,


de fatores internos.
Contribuem para a criação da estrutura da empresa os seguintes fatores
internos, EXCETO a(s)

(A) sequência de passos necessária para produzir os produtos ou serviços


que os membros e clientes desejam ou de que necessitam.
(B) natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa, seus executivos e
funcionários.
(C) atividades operantes exigidas para realizar os objetivos da empresa.
(D) funções administrativas a desempenhar.
(E) características pessoais do corpo funcional.

COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)

A maioria das apostilas e materiais de concursos que abordam a estrutura


organizacional como conteúdo cita o autor Peter Drucker no início do assunto,
mais especificamente na parte de métodos para implantação de uma estrutura
organizacional onde fatores internos influenciam a na criação da estrutura.

Para se moldar uma estrutura organizacional, deve-se identificar o modelo


organizacional mais indicado, baseado nos produtos e serviços a serem
oferecidos ao mercado, estratégia corporativa, pessoas, especialização, forma
de gestão, forma de controle, princípios de inovação, entre outros.

Segundo Peter Drucker (1962, p. 24), os fatores internos que influenciam a


natureza da
estrutura organizacional da empresa são:

1) A natureza dos objetivos estabelecidos para a empresa;


2) As atividades operacionais exigidas para alcançar esses objetivos;
3) A sequencia de passos necessária para proporcionar os produtos ou
serviços que os
funcionários e clientes desejam ou necessitam;
4) As funções administrativas a desempenhar;
5) As limitações da habilidade de cada colaborador na empresa, além das
limitações
tecnológicas;
6) As necessidades sociais do gestor e dos colaboradores da organização; e
7) O tamanho da empresa.
A partir do autor vamos associar os fatores que influenciam na elaboração da
estrutura com as alternativas da questão:

Algumas alternativas retratam exatamente os fatores estabelecidos pelo autor,


porém a alternativa (E) fala em características pessoais, o que não pode ser
confundido com limitações de habilidade (capacidade de desempenhar
funções de acordo com a instrução e conhecimentos do funcionário) e
necessidades sociais dos gestores e colaboradores.

RESPOSTA LETRA E
23.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 29 DE ABRIL DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U E S TÕ E S , R EC U R S O S H U M A N O S , T R AN S P ET R O 2 0 1 2

A estrutura de uma organização deve ser estabelecida de acordo com os


objetivos e as estratégias determinadas pela alta administração. Para definir a
estrutura, é necessário que se avaliem a rotina e os procedimentos que darão
suporte às atividades para que os objetivos sejam alcançados. As empresas
constituem organizações de dois tipos: a organização formal e a informal.
A estrutura organizacional requer principalmente uma organização

(A) formal, que é aquela planejada e resultado das relações pessoais do


corpo funcional.
(B) formal, que é instável porque está sujeita ao controle da direção da
empresa.
(C) formal, que enfatiza as relações de autoridade e responsabilidade.
(D) informal, que pode ser extinta porque não faz parte do organograma.
(E) informal, que é aquela que se desenvolve espontaneamente e está
retratada no organograma.

COMENTÁRIO

Essa questão é bem tranquila.

A organização formal é aquela que foi pensada, foi planejada para existir. As
relações e interações que a empresa planejou que acontecesse. Enfim, tudo
que seja relativo ao funcionamento e que tenha sido planejado pela empresa
constitui a organização formal. O famoso “somos profissionais”.

A organização informal fica por conta das relações interpessoais que vão se
dando na convivência com os colegas da empresa. Faz parte da relação
pessoa, já é algo mais íntimo. É você gostar mesmo da pessoa.

Quando nos deparamos com uma organização, nos deparamos com os dois
tipos dela em uma empresa. Algumas vezes o chefe é o líder formal, exerce
aquele cargo e pode até ser um bom líder, mas quando não é o mesmo, por
exemplo, que lidera quando se marca um futebol da firma. Outra pessoa pode
assumir o papel de líder. Aquele cara mais extrovertido, mais alegre e mais
articulador das “farras”. Esse é cara é o líder informal, todo mundo o segue
informalmente. No ambiente de trabalho é muito comum se encontrar isso.

É importante ressaltar, a organização formal influencia (não determina, mas


influencia) na informal, pois quando se pessoas do mesmo setor isso é
organização formal, mas pessoas do mesmo setor tem maior chance de terem
uma relação pessoal do que pessoas de setores diferentes.
Óbvio que não é impossível se ter relações pessoais com toda a empresa,
mas a organização formal acaba ajudando a formar os círculos informais.

Outro detalhe, a saída de uma pessoa da equipe não abala a estrutura formal,
pois aquele cargo será ocupada por outra pessoa, permanecendo intacta a
organização formal (obviamente se não houver nenhum planejamento de
corte de cargos). Já a informal pode ser completamente abalada pela saída
de uma pessoa, pois ela passará a não conviver mais. Pode ser que aquela
pessoa específica seja a “liga” entre as outras, ou pode ser que a saída dela
também melhore as outras relações.

Vamos às opções da questão:

(A) formal, que é aquela planejada e resultado das relações pessoais do


corpo funcional. – Resultado das relações pessoais é a informal.
(B) formal, que é instável porque está sujeita ao controle da direção da
empresa. – Não, a formal é mais estável, pois é sempre planejada.
(C) formal, que enfatiza as relações de autoridade e responsabilidade. – Essa
é a resposta correta. A formal enfatiza as autoridades, as responsabilidades,
tudo que é planejado.
(D) informal, que pode ser extinta porque não faz parte do organograma. –
Errado. Você pode tirar um cargo do organograma, mas não fará com que as
pessoas deixem de ter suas relações pessoais. Às vezes, mudando um
organograma (por consequência o local físico das pessoas) você pode até
fazer com que pessoas não convivam mais tanto tempo, mas não se pode
extinguir uma relação informal.
(E) informal, que é aquela que se desenvolve espontaneamente e está
retratada no organograma. Retratada no organograma é formal.

RESPOSTA LETRA C
22.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 23 DE ABRIL DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U E S TÕ E S , TR A N S P E TR O 2 0 1 2

Os diretores de uma empresa se preparam para a elaboração do


planejamento estratégico para o período de 2012 a 2017. Para isso, fizeram
uma reunião visando à definição das estratégias que nortearão o trabalho.
Em relação à elaboração do planejamento estratégico, considere as
afirmações abaixo:

I – A empresa é um sistema fechado e deverá considerar as suas forças e


fraquezas na elaboração do planejamento.
II – O ambiente organizacional divide-se em dois grupos: macroambiente e
microambiente.
III – O ambiente geral pode ser caracterizado como o conjunto de aspectos
estruturais, capazes de influenciar as diferentes indústrias.
IV – As oportunidades são fatores que fazem parte do microambiente e que
podem proporcionar vantagem competitiva à empresa.
Estão corretas as afirmações

(A) I e II, apenas.


(B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.

COMENTÁRIO
(Comentário por Jefferson Bregalda)

Questão recorrente em provas da Cesgranrio que aborda o Planejamento


Estratégico e sua fase de diagnóstico empresarial do ambiente interno e
externo onde em que é feita a análise SWOT.
Vamos às alternativas:

I – A empresa é um sistema fechado e deverá considerar as suas forças e


fraquezas na elaboração do planejamento.
Essa alternativa deve ter sido a mais debatida da questão, pois era uma
pequena armadilha para os que não tenham se apegado à definição: “A
empresa é um sistema fechado…”.
Obviamente devemos considerar as forças e fraquezas na elaboração do
planejamento estratégico, mas dizer que a empresa é um sistema fechado é o
mesmo que dizer que ela não está submetida aos fatores externos
(oportunidades e ameaças) e, portanto, deve considerar somente os fatores
internos (forças e fraquezas), o que torna a alternativa errada.

II – O ambiente organizacional divide-se em dois grupos: macroambiente e


microambiente.
Fácil, não? Macroambiente ou ambiente externo (oportunidades e ameaças) e
Microambiente ou ambiente interno (forças e fraquezas), alternativa correta.

III – O ambiente geral pode ser caracterizado como o conjunto de aspectos


estruturais, capazes de influenciar as diferentes indústrias.
Aproveitando a alternativa vamos desmembrar o Ambiente Externo para
acharmos nossa resposta e para uso dos outros componentes do Ambiente
Externo em futuras questões.
O ambiente externo é composto por Ambiente Geral, Ambiente da Indústria e
Ambiente dos Concorrentes:

Ambiente Geral: é o ambiente externo em seu âmbito mais amplo. É


composto por fatores da sociedade em geral os quais influenciam a indústria
(setor) e as empresas que a compõem. Os fatores são os seguintes:
Econômico, Sociocultural, Global, Tecnológico, Político-jurídico e
Demográfico. (Aqui temos a resposta da nossa alternativa que está
corretíssima)

Ambiente da Indústria: os aspectos do ambiente da indústria são mais


conhecidos como as 5 forças de Porter.
Ambiente dos Concorrentes: a análise dos concorrentes focaliza a
avaliação de cada um dos seus concorrentes em cada segmento em que atua
avaliando os critérios ou atributos a serem considerados na distinção do seu
produto ou serviço na ótica do cliente em relação ao concorrente. Os aspectos
da avaliação são os seguintes:
– Objetivos futuros (metas próprias X concorrentes) – objetivo de evitar
conflitos futuros ou derrotas nesses conflitos
– Estratégia atual (como a empresa concorre hoje) – objetivo de alinhar a
estratégia para que o cliente entenda o diferencial do produto em relação ao
do concorrente.
– Premissas do mercado – como é a estratégia do setor para os concorrentes.
– Capacidades – quais os pontos fortes e fracos e qual a classificação da
empresa em relação aos concorrentes.

IV – As oportunidades são fatores que fazem parte do microambiente e que


podem proporcionar vantagem competitiva à empresa.

As oportunidades de fato podem proporcionar vantagem competitiva à


empresa quando aproveitadas, porém, conforme visto na tabela da análise
SWOT, fazem parte do ambiente externo ou Macroambiente o que torna a
alternativa errada.

RESPOSTA LETRA C
21.(CESGRANRIO – TRANSPETRO – ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 22 DE ABRIL DE 2013 C O M EN T E ! E S TR A T ÉG I A , Q U E S TÕ E S , TR A N S P E TR O 2 0 1 2

A empresa de construção civil Concreto Abstrato S.A., sediada no Brasil, está


construindo diversos edifícios em um país do norte da África. Os projetos são
grandes e envolvem uma série de profissionais da construção civil, alguns
locais e outros oriundos do país sede.
A complexidade dos projetos requer uma estrutura organizacional que atenda
às características técnicas e gerenciais a ela relacionadas. Em decorrência
dessas características, a empresa decidiu estabelecer a estrutura
organizacional por projeto.
É característica da estrutura organizacional por projeto a

(A) divisão através de departamentos.


(B) coordenação do topo que possui redundâncias em muitas tarefas.
(C) organização segundo os tipos de recursos técnicos utilizados.
(D) manutenção dos recursos necessários sob o controle de um único
indivíduo.
(E) estruturação dos órgãos sob uma única linha de subordinação.

COMENTÁRIO

Entendam sempre departamentalização uma divisão. Toda divisão tem que


ter critérios para essa divisão.

Por exemplo, se eu quiser pegar uma sala de alunos do AdmComentada e for


dividir em grupos para tira-dúvidas, eu tenho que colocar algum critério nesse
grupo. Seja por sexo (grupo de homens e grupo de mulheres), por
conhecimento (os que sabem mais e os que tem mais dificuldades), ou
mesmo por afinidade (deixar que cada um escolha seu parceiro do grupo).
Quando dividimos uma empresa também temos que escolher o critério de
divisão que melhor se encaixa nela.

Os critérios mais utilizados são:

– Por funções (FUNCIONAL):


Divide pessoas de acordo com a sua função na empresa. É nessa
departamentalização que surgem os departamentos de marketing, financeiro,
RH etc. São simplesmente pessoas com a mesma função na empresa
agrupadas em um departamento.
– Por produto:
As gerências são divididas de acordo com cada produto vendido. Existe
assim, por exemplo, numa loja de música, o gerente dos instrumentos de
corda, o gerente de bateria e percussão, o gerente dos instrumentos de sopro
e assim vai.

– Por cliente:
A empresa divide de acordo com o cliente, as lojas de artigos de papelaria
normalmente vendem por atacado e no varejo. Tendo assim uma gerência
para pessoa física e uma gerência para empresas.

– Por região (Geográfica ou territorial):


A empresa divide suas gerências de acordo com a região de atuação, sendo
assim surgem a gerência da região norte, região nordeste, sudeste e assim
por diante.

– Por processo:
Agrupa atividades e recursos com base em processos-chave. A unidades
organizacionais são colocadas ao redor de qualificações em comum para
completar certo processo. Por exemplo, em uma fábrica têxtil podemos ter o
setor de corte, de estamparia, montagem.

– Por projeto:
Cada projeto tem seu ciclo de vida específico e as pessoas recebem
incumbências temporárias em cada um deles. São pessoa que se juntam
formando uma equipe em torno de um projeto. Por exemplo, uma escola
forma uma equipe em torno do projeto de fazer aulas EAD. Essa equipe será
formada, avaliará o projeto, colocará em execução e depois será desfeita,
pois o objetivo do projeto foi alcançado.

É importante ressaltar nos estudos, sempre haverá um coordenador de


projeto(s) e as os projetos são temporários, as equipes não serão
permanentes. Uma equipe permanente se torna um departamento e não é o
foco da divisão por projetos.

Aqui pode-se fazer uma pequena separação que poderá vir em uma prova:
– Equipe por projetos funcionais: Todos os membros e recursos da equipe
provém de uma só área. Um projeto de um novo produto onde somente
engenheiros são necessários, por exemplo.
– Equipe por projetos multidisciplinares: O nome já diz tudo. Terá várias áreas
juntas em uma só equipe.
Vamos item a item na questão:

(A) divisão através de departamentos. – Não, a divisão por projetos cria


equipes para o projeto. Equipe temporária, não um departamento.
(B) coordenação do topo que possui redundâncias em muitas tarefas. – Essa
é uma característica de um tipo de estrutura organizacional pouquíssimo
estudada. A estrutura holográfica, só achei em uma apostila da faculdade.
Nos livros que tenho não tem esse tipo, assim que tiver mais farei um artigo
sobre ela. Pode ser que venham mais vezes.
(C) organização segundo os tipos de recursos técnicos utilizados. – Essa é
característica da estrutura por processo.
(D) manutenção dos recursos necessários sob o controle de um único
indivíduo. – Essa é a correta, equipes coordenadas por um só indivíduo.
Todos os recursos necessários para o projeto será coordenado pelo gestor da
equipe.
(E) estruturação dos órgãos sob uma única linha de subordinação. – Ele tá
falando aqui de estrutura linear e não de nenhum tipo de departamentalização
e sim de um tipo de estrutura.

RESPOSTA LETRA D

PS: Você encontra essa questão, todos os itens dela nesse pdf
( http://dgi.unifesp.br/seplan/templates/docs/seplan-
modelos_de_estruturas_organizacionais_material.pdf ). Acho que a
CESGRANRIO deu um pequeno “CTRL C” e “CTRL V”
70.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 11 DE ABRIL DE 2013 5 C O M EN T Á R IO S E S T A T Í S TIC A , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U E S TÕ E S , R AC IO C ÍN I O LÓ G IC O

O desenho esquemático (Box-Plot) abaixo representa a distribuição do tempo


em anos de contribuição à previdência de aposentados de uma empresa até
uma certa data.

Se forem selecionados dois aposentados aleatoriamente, a probabilidade de


que pelo menos um deles se tenha aposentado entre 28 e 32 anos é
COMENTÁRIO

Um box-plot é uma estatística dividida em quartis. Quando olhar para um


gráfico como esse, da linha até o começo do quadrado é um quartil, um
quadrado é outro quartil, o segundo quadrado é o terceiro quartil e do fim do
quadrado até a linha é o quarto quartil. Simples assim.

O que a questão quer é, pegando 2 aposentados pelo menos 1 esteja no


segundo quartil, que é o intervalo entre 28 e 32 anos. Ou seja, quando eu
escolher 1 ele pode estar em qualquer dos quartis. Tem 4 possibilidades para
cada aposentado. Quando é a chance de que pelo menos 1 esteja no quartil
desejado?

Vamos no passo a passo igual ao da questão passada.

PASSO 01: Total de possibilidades

Temos 4 possibilidades para o primeiro E 4 para o segundo.


Pois cada um pode se encontrar em cada um dos quartis.

Quando temos “E”, multiplicamos:

4 x 4 = 16 possibilidades totais.

PASSO 02: Restrições

Queremos PELO MENOS 1 no segundo quartil. Para isso, podemos ter:

Um no segundo quartil e o outro em qualquer dos outros 3 = 3 possibilidades

ou

O outro no segundo quartil e o primeiro em qualquer dos outros 3 = 3


possibilidades

ou

Os dois no segundo quartil = 1 possibilidade.

Quando temos OU somamos, então: 3 + 3 +1 = 7 possibilidades.

PASSO 03: Restrições /Total

7 / 16

RESPOSTA LETRA D
69.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 11 DE ABRIL DE 2013 4 C O M EN T Á R IO S P E TR O BR A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S , R A C I O C ÍN IO LÓ G I C O

Três urnas contêm 9 bolas numeradas de 1 a 9, cada. Um experimento


consiste em selecionar uma bola de cada urna e verificar o número de
resultados coincidentes.
A probabilidade de que haja exatamente dois números coincidentes dentre os
três números selecionados é

COMENTÁRIO

Questão tranquila. Vamos resolvê-la em passos simples e rápidos.

PASSO 01: Quantas possibilidades ao todo?

Primeiro temos que saber o universo de possibilidades. Quantos resultados


diferentes pode ser obtidos?

Eu tenho 9 possibilidades da primeira urna E 9 possibilidades na segunda E 9


possibilidades na 3ª. Quando temos E, multiplicamos os número.

9 x 9 x 9 = 729 possibilidades.

PASSO 02: Restrições

Para haver exatamente dois coincidentes pensamos assim: Uma urna terá 9
possibilidades a outra 8, pois tem que ser diferente da primeira e outra tem
somente 1, pois tem que ser igual. Essa bola igual pode estar em qualquer
posição, então temos 3 possibilidades de posição, temos então:

9 x 8 x 1 x 3 = 216

POSSO 03: Restrição / Total

Agora só dividirmos um pelo outro que temos a probabilidade:

216/729. (dividindo em cima e em baixo por 27)

Simplificando temos 8/27

RESPOSTA LETRA B
68.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 10 DE ABRIL DE 2013 8 C O M EN T Á R IO S E S T A T Í S TIC A , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U E S TÕ E S

A estrutura em Ramo de Folhas abaixo representa o consumo em litros de


gasolina de uma certa pessoa por semana (com as folhas representando as
unidades).

À luz dos dados coletados, considere as seguintes afirmações:

I – A distribuição é assimétrica positiva.


II – A distribuição não possui valor modal.
III – A mediana da distribuição é 115,5.

É correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

COMENTÁRIO

Quem sabia o que significava esse “Ramo de Folhas” resolveu tranquilo, o


problema é que passa bastante esquecido por vários professores de
estatística.
É simples, o que está à esquerda da linha vertical é como se fosse a ordem,
ou seja a “dezena” e no caso de mais dígitos, “centena”, “milhar” e assim por
diante. E o que está à direita a unidade. Assim, a primeira linha do ramo
representa que tem 91, 94 e 97 nessa distribuição. Fazendo todas as linhas,
transformando em um ROL temos:

{91, 94, 97, 100, 102, 102, 103, 108, 111, 112, 115, 115, 116, 116, 117, 117,
122, 122, 123, 124, 128, 129, 130, 132}

Esse é o nosso Ramo de Folhas transformado em ROL. Temos 24


observações. Para tirarmos a mediana vamos tirar o que está entre o 12º e
13º elementos. No caso é entre 115 e 116. O meio é 115,5. Essa é a
mediana, o centro da distribuição (no caso transformada em ROL).
Lembrando que a mediana quer dizer que 50% das observações estão até
115,5. O item III está correto.

Valor modal é o valor que mais se repete dentro das observações, no nosso
caso temos diversos números que se reptem 2 vezes, então não tem moda
essa observação, sendo assim multimodal a observação citada.

Por aqui poderíamos, por eliminação, já que não I e III sabermos que era a
letra B. Ótimo pra hora do concurso, pois se ganhava tempo. Mas
suponhamos que essa eliminação não fosse possível, como faríamos?
Classe Frequência
90|-100 3
100|-110 5
110|-120 8
120|-130 6
130|-140 2

Do mesmo jeito que transformamos em ROL, podemos transformar em uma


distribuição de frequência esse ramo de folhas. E como fazemos isso?
Simples, coloca as ordens sendo a dezena antes da linha e a frequência a
quantidade de números depois. Assim temos:

Lembrando dos Macetes do AdmComentada. A simetria, quando fizer o


gráfico ela será quase central, porém se cortamos no meio (no caso da classe
110|-120) veremos que a parte de baixo terá uma queda mais acentuada do
que a subida da parte de cima. Isso torna nossa assimetria negativa (ou à
esquerda). Então a opção I está errada também.

RESPOSTA LETRA B
67.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE ABRIL DE 2013 2 C O M EN T ÁR IO S ES T A T ÍS T IC A , P ET R O BR A S 2 0 1 2 , Q U E ST Õ ES

Numa certa empresa com 300 funcionários, fez-se uma pesquisa de salários,
obtendo-se as seguintes medidas estatísticas:
• Média = R$ 4.200,00
• Desvio padrão = R$ 840,00

Depois da pesquisa, todos os funcionários receberam um reajuste salarial de


5% mais um bônus de R$ 490,00 por participação nos lucros da empresa.
A razão entre o novo coeficiente de variação e o coeficiente de variação
anterior dos salários dessa empresa é dada por

(A) 0,05 (B) 0,9 (C) 1 (D) 1,17 (E) 1,4

COMENTÁRIO

Para essa questão, vou usar a explicação da colega Pâmella na questão 37


da Transpetro 2011.

[learn_more caption=”Explicação Pâmella”] As medidas estatísticas podem ser


divididas em 2 grupos (Medidas de Posição e Medidas de Dispersão) e esses
2 grupos podem ser divididos em grupos menores. Observe:
Medidas de Posição: são as estatísticas que representam uma série de dados
orientando-nos quanto à posição da distribuição em relação ao eixo horizontal
do gráfico da curva de freqüência.

Medidas de Dispersão: dispersão é sinônimo de variação ou variabilidade.

Antes da solução, vamos observar uma propriedade interessante dessas


medidas estatísticas. De acordo com o grupo ao qual a medida pertença, as
operações básicas podem ou não afetar essas medidas. Observe a tabela e
veja um exemplo:

Amostra: 20 – 30 – 70
Média = (20+30+70) / 3 = 40
Amplitude = diferença entre o maior e o menor valor do conjunto = (70-20) = 50

Agora vejamos como a soma e a multiplicação afetam a média (medida de


posição) e a amplitude (dispersão absoluta) nesses casos:
Se eu SOMAR 500 a cada elemento da amostra temos: 520 – 530 – 570
Média = 540 à Assim sendo, uma medida de posição quando afetada pela
SOMA(ou subtração) é alterada. (vide tabela) Observe que somamos
exatamente 500 a média anterior.
Amplitude = 50 à Assim sendo, uma medida de dispersão absoluta quando
afetada pela SOMA(ou subtração) não é alterada. (vide tabela)

Se eu MULTIPLICAR cada elemento por 10 temos: 200 – 300 – 700

Média = 400 à Assim sendo, uma medida de posição quando afetada pela
MULTIPLICAÇÃO(ou divisão) é alterada. (vide tabela) Observe que
multiplicamos a média anterior por 10.
Amplitude = 500 à Assim sendo, uma medida de dispersão absoluta quando
afetada pela MULTIPLICAÇÃO(ou divisão) é alterada. (vide tabela) Observe
que multiplicamos a amplitude anterior por 10.
Essa propriedade é importante para inúmeros exercícios de estatística e
sugiro que haja uma “decoreba” dessa tabela na véspera da prova.
[/learn_more]
Dito isso, fica tranquilo de fazer sabendo da tabelinha colocada pela Pâmella.

Vamos primeiro saber: CorficienteDeVariação = DesvioPadrão/Média

Qual o atual: CV = 840 / 4.200,00 = 0,2.

Agora ele diz que o salário teve um aumento de 0,05 + 490,00. Ou seja, para
sabermos o novo salário, multiplicaremos o antigo por 0,05 e somaremos 490.
Mas, de acordo com a tabela acima, não precisamos saber dos salários para
termos a média. Cada operação dessa que se faz, se tem uma influência na
média e no desvio padrão, basta olhar pra tabela e saber qual a influência.

Média: Multiplicação e soma influenciam, então:


Nova média = 4.200,00 * 1,05 (aumenta 5%) = 4.410,00 + 490 = 4.900,00

Desvio Padrão: Multiplicação influencia, mas soma não, então:


Novo desvio padrão: 840 * 1,05 = 882.

Novo coeficiente de variação: 882/4900 = 0,18. (Tenham certeza de uma


coisa, se fosse outra banca mais “maligna” colocaria essa opção pra você
acabar aqui e achar que terminou a questão).

O que ela quer é a razão entre o novo e o antigo coeficiente de variação, ou


seja, o resultado da divisão entre os dois.

0,18 / 0,2 = 0,9

RESPOSTA LETRA B
66.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 9 DE ABRIL DE 2013 4 C O M EN T ÁR IO S C O N T A B I LI D A D E , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S

A Cerâmica ZO, segmento de louça de porcelana que, em condições normais


produtivas, consome 18.700 quilos de porcelana e estima uma queda de 15%
no fornecimento dessa matéria-prima para o próximo período produtivo,
apresentou as seguintes anotações do último período produtivo, em
condições normais de produção:

Utilizando-se 4 (quatro) casas decimais nos cálculos e considerando-se


exclusivamente as informações recebidas e a boa técnica da teoria das
restrições, a indústria ZO, para maximizar o resultado, perante a restrição
estimada, deve sacrificar a produção do produto

(A) jarra
(B) prato fundo
(C) prato raso
(D) terrina
(E) travessa

COMENTÁRIO

Teoria das Restrições é você sacrificar o produto que te dá menos resultado


caso haja necessidade (restrição) de produção em algum sentido. Seja essa
restrição matéria-prima, mão de obra ou qualquer outro fator. Se vamos ter
que sacrificar algum produto, que seja o que dá menos lucro. Simples assim e
capitalista assim.

A questão já nos diz que hoje precisamos de 18.700 kg para nossa produção
total. Se vamos perder 15% de matéria prima, não dará para produzir tudo,
então temos que tirar o que dar menor resultado. Para isso é simples, faça a
Margem de Contribuição de cada um (MC = PreçoVenda – (CustosVariáveis +
DespesasVariáveis) e multiplique pela produção que teremos o resultado
total. Façamos um por um e compare quem tem o menor:
– Prato Fundo:
MC = 41 – (12 + 10 + 7) = 12
MCtotal = 12 * 20.000 = 240.000

– Prato Raso:
MC = 40 – (13 + 8 + 6) = 13
MCtotal = 13 * 18.000 = 234.000

– Jarra
MC = 39,5 – (12,50 + 10,50 + 8) = 17
MCtotal = 17 * 12.000 = 272.000

– Travessa
MC = 53,50 – (15 + 11,50 + 9) = 18
MCtotal = 18* 13.000 = 234.000

– Terrina
MC = 55,50 – (11 + 5,50 + 6,00) = 24,50
MCtotal = 24,50 * 18.000 = 294.000

Agora temos que dos produtos tem lucro igual e em último lugar. O prato raso
e a travessa nos dão 234.000 igualmente. E agora?

Poderia tirar qualquer um dos dois? Alguns, sem conhecer bem a teoria das
restrições tiraria o prato raso, que tem a menor margem de contribuição. Mas
não é bem assim, vamos lá.

Já que temos dois empatados no resultado, temos agora que pensar na


restrição. Os dois me dão exatamente o mesmo lucro, mas a minha restrição
é matéria-prima. Qual utiliza mais matéria-prima? A travessa utiliza 300
gramas por unidade, totalizando 3.900 kg em toda a produção. O prato raso
utiliza 200 gramas, totalizando 3.600 kg. O que do nos dá o mesmo lucro
utilizando menos matéria-prima (que é a restrição) é o prato raso, então
sacrificamos o que utiliza mais matéria-prima. Tem que pensar com a
restrição.

RESPOSTA LETRA E
65.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 5 DE ABRIL DE 2013 5 C O M EN T ÁR IO S C O N T A B I LI D A D E , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S

Uma indústria, ao final do seu período produtivo, apresentou as seguintes


informações sobre um produto inédito que está lançando no mercado e cujo
preço de venda pretende fixar com base nos custos.

Um administrador, considerando exclusivamente as informações recebidas,


sabe que o preço de venda unitário desse produto, com base no custo por
absorção a ser praticado por essa indústria, em reais, deverá ser de
(A) 132,00
(B) 99,00
(C) 90,00
(D) 66,00
(E) 60,00

COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)

Apesar da questão 65 representar a matéria de contabilidade de custos ela


demanda uma pequena atenção que resolve a mesma por completo sem que
tenhamos que nos aprofundar no conteúdo de contabilidade.

Vamos lá, a questão apresenta um novo produto e seus respectivos gastos.


Os custos com Matéria-prima, Mão de obra direta e outros custos fabris estão
representados em dinheiro. Já as despesas administrativas, tributos,
comissão dos vendedores e Margem de lucro desejada estão representados
em percentual em relação ao total dos gastos. Somando os percentuais temos
40% do total.
Sabendo que temos 40% do total dos gastos com esses quatro fatores nos
leva a entender que a soma dos gastos dos 3 primeiros fatores (Matéria-
prima, M.O direta e Outros custos fabris) representam o restante para se
chegar ao gasto total, logo 60%.

Agora nos resta fazer uma regra de três para sabermos o custo total:
1.980.000 60%
X 100%

X = 100 x 1.980.00 ÷ 60

X= R$ 3.300.000,00

Agora que sabemos do custo total dos produtos vendidos, aplicamos a técnica
do custeio por absorção que atribui a cada produto a parcela dos custos
diretos e indiretos relacionados a fabricação. O preço de venda unitário desse
produto será dado pela divisão do custo total pela quantidade produzida
fornecida pela questão.
3.300.000 / 50.000 = R$ 66,00 a unidade

RESPOSTA LETRA D

Só é possível fazer desse jeito pelo fato da questão dizer que o custo é por
absorção. Ou seja, entra tudo que passou de custo no produto. Se fosse custo
direto (variável) só entraria a matéria prima e mão de obra, no caso dessa
questão. Só pra lembrar!!!
64.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 5 DE ABRIL DE 2013 7 C O M EN T ÁR IO S A D M I N I S TR AÇ Ã O D A PR O D U Ç ÃO , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ ES

Uma indústria produz um único produto, de forma contínua, com a apuração


dos custos por processo, acumulando os gastos por período produtivo para a
devida apropriação às unidades produzidas, nesse mesmo período,
conforme anotações a seguir.

Matéria-prima consumida R$ 108.000,00


Mão de obra aplicada na produção R$ 81.000,00
Custos indiretos do período R$ 27.000,00
Bens iniciados no período 6.000
Bens concluídos no período 4.500
Estoques iniciais de produtos acabados e em elaboração 0
Estágio estimado da produção semiacabada 60%

Considerando-se exclusivamente as informações recebidas, o valor do


estoque final dos produtos em elaboração (produção em andamento), ao final
do período produtivo, em reais, é

(A) 36.000,00
(B) 43.200,00
(C) 47.250,00
(D) 54.000,00
(E) 60.000,00

COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)

Para iniciarmos essa questão devemos primeiramente achar o total de


produtos semi acabados que já consumiram matéria-prima, M.O e custos
indiretos no período. Após acharmos a quantidade de produtos semi
acabados devemos observar em que estágio de produção a operação parou
no período para que possamos calcular os produtos que ficaram no meio da
linha de produção. Depois disso, faremos proporcionalmente os custos como
se eles fossem acabados. Você entenderá na resolução da questão:

(=) Bens Iniciados 6.000


(-) Bens Acabados 4.500
(=) Bens em produção 1.500
Temos que tomar muito cuidado para saber se já não tinha algum produto em
produção. No caso dessa questão ela nos diz que “Estoques iniciais de
produtos acabados e em elaboração = 0″, então podemos ficar tranquilos que
1.500 são os bens semi acabados.

A questão informa que o estágio da produção desses 1.500 produtos está em


60%, portanto somente 60% do acabamento dos 1.500 produtos já
consumiram matéria-prima, M.O e custos indiretos no período. Ou seja,
fazemos como se na verdade tivéssemos produzidos por completo 60% de
1.500:
1500 * 60% = 900 produtos

O total de produtos acabados somados os produtos em acabamento no


período será de: 4.500 + 900 = 5.400 produtos no período.

O custo para a produção desses 5.400 produtos no período foi:

Matéria-prima consumida R$ 108.000,00


Mão de obra aplicada na produção R$ 81.000,00
Custos indiretos no período R$ 27.000,00

TOTAL R$ 216.000,00

R$ 216.000,00 para 5.400 produtos nos dá um custo de R$ 40,00 por produto.


Então, para 900 produtos semi acabados a R$ 40,00 a unidade teremos um
total de R$ 36.000,00.

RESPOSTA LETRA A
63.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE ABRIL DE 2013 2 C O M EN T ÁR IO S C O N T A B I LI D A D E , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S

As demonstrações financeiras, no dizer da legislação societária, ou as


demonstrações contábeis, na prática, devem ser
elaboradas ao final de cada exercício social com fundamento na escrituração
mercantil da companhia, nos estritos termos
da mesma.
Um empresário deve saber que a mesma lei societária, também conhecida
como Lei das Sociedades por Ações, estabelece inclusive que tais
demonstrações devem ser assinadas somente pelos
(A) contadores
(B) contabilistas
(C) administradores
(D) administradores e contadores, legalmente habilitados
(E) administradores e contabilistas legalmente habilitados

COMENTÁRIO

Na primeira prova que comentei no site tinha uma questão falando um detalhe
do CPC que quase ninguém lê, pelo menos para administrador.

Essa questão também fala de outra coisa que quem foca apenas na Petrobras
não teria estudado Alguns sabiam por estudarem para outros concursos, por
trabalharem com essa lei ou mesmo pelo que lembravam na faculdade.
Poucos lembraram de pegar a lei das SA para ler e saber o que tinha dentro.

Quem quiser dar uma lida nela toda, pode conferir clicando aqui.

Mas o Artigo 177 da lei diz o seguinte:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações
patrimoniais segundo o regime de competência.

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e


por contabilistas legalmente habilitados.

RESPOSTA LETRA E
62.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 3 DE ABRIL DE 2013 4 C O M EN T ÁR IO S C O N T A B I LI D A D E , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S

No balanço patrimonial, sob o aspecto qualitativo, são evidenciados os


elementos que representam os bens, direitos, as obrigações e a parte dos
proprietários de uma empresa. No Ativo, são evidenciados bens e direitos e,
no Passivo, as obrigações e a parte dos proprietários.
Em relação a tais aspectos qualitativos, considere as informações
apresentadas pela empresa Z.

Um administrador, considerando exclusivamente as informações recebidas,


reconhece que o montante do capital de terceiros aplicado no ativo, em reais,
é:
(A) 1.750,00
(B) 2.250,00
(C) 2.750,00
(D) 4.250,00
(E) 5.250,00
COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)

Para solucionarmos esta questão será necessário conhecer os elementos que


compõem o Ativo (bens e direitos), o Passivo (obrigações ou capital de
terceiros) e o Patrimônio Líquido (capital dos sócios). Dentre os três, a
questão pede pelo reconhecimento do capital de terceiros aplicado no ativo,
ou seja, o Passivo.
Começaremos identificando as contas da tabela apresentada na questão e
classificando:

Pode-se identificar que há somente contas do Ativo e do Patrimônio Líquido


na tabela, então como definir o Passivo?

Sabe-se que o somatório das contas do Ativo é igual ao somatório das contas
do Passivo + Patrimônio Líquido conforme abaixo:

O total do Ativo é achado simplesmente pela soma suas contas que


classificamos previamente, pois são todas contas somatórias do Ativo:

ATIVO:

Caixa e bancos 1.250,00


Clientes 1.650,00
Mercadorias 2.350,00
Total 5.250,00
Nota: no nosso caso as contas são todas somatórias do ativo, porém existem
contas redutoras do ativo chamadas de Contas Retificadoras do Ativo que
podem estar presentes em outras questões. Ex: Duplicatas Descontadas,
Depreciação acumulada etc.

O total do Patrimônio Líquido exige o conhecimento de sua composição para


chegar ao seu total e também reconhecer que a conta Ações em Tesouraria é
Retificadora do Patrimônio Líquido:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(=) Capital Social 5.000,00


(-) Capital a integralizar 1.500,00*
(=) Capital Realizado 3.500,00
(-) Ações em tesouraria _500,00

Total 3.000,00

* O capital a Integralizar também é uma Conta Retificadora do Patrimônio


Líquido e não é fornecida pela questão, mas pode ser identificada quando se
sabe que o Capital Realizado é formado pelo Capital Social menos o Capital a
Integralizar.

PASSIVO = ATIVO – PL
PASSIVO = 5.250,00 – 3.000,00
PASSIVO = 2.250,00

RESPOSTA LETRA B
61.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 1 DE ABRIL DE 2013 7 C O M EN T ÁR IO S C O N T A B I LI D A D E , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ E S

Uma companhia industrial, que adota o custeio variável nas suas decisões
gerenciais, está estudando o lançamento de um novo produto no mercado.
Para complementar o estudo, foi realizada uma pesquisa mercadológica que
indicou as seguintes alternativas para a aceitação desse produto no mercado
consumidor:

Considerando exclusivamente as informações recebidas, a maximização do


resultado com a comercialização desse produto é obtida pela alternativa

(A) DM1
(B) DM2
(C) DM3
(D) DM4
(E) DM5

COMENTÁRIO

Com “maximização do resultado” ele quer dizer quem tem o maior lucro.
Simplesmente isso!

Ele fala que a empresa adota o custeio variável, ou seja, os custos fixos vão
por completo para a DRE, independente da produção. Vamos esclarecer
melhor isso:

Nós temos dois tipos de custos quando falamos do critério “grau de


absorção”. Podemos ter o custo por absorção ou o custo direto (variável).

– No custo por absorção todos os custos são transferidos aos produtos ou


serviços. Ou seja, se faz uma “sopa” de todos os custos e divide entre os
produtos que passaram na linha de produção. O produto já sai da linha com
os custos diretos e indiretos associados a ele. Vamos fazer um exemplo para
assimilar melhor, utilizarei o mesmo no custo por absorção e no variável:
EMPRESA A produziu 200 unidades de seu produto. Teve como custos totais:

– Matéria-prima: 120,00

– Mão de obra: 180,00

– Custos Indiretos de Fabricação: 200,00

No custo por absorção, todos esses custos entrarão no custo do produto,


então eu divido o total dos custos pela produção.

Total dos custos: 120 + 180 + 200 = 500

Custo por unidade: 500/200 = 2,50

O custo por unidade no custo por absorção será de R$ 2,50.[/box]

Nessa modalidade, quando se fecha a DRE, onde entrará apenas os custos


dos produtos vendidos, apenas irá para o resultado os custos indiretos dos
produtos que foram vendidos. Isso acaba por acarretar um “erro”, pois,
supondo que a empresa venda apenas uma mercadoria, todo o custo indireto
ocorreu, porém não foi para a DRE nesse exercício. Fico dentro do estoque
junto com a mercadoria.
Mas lembro que esse é o método que a legislação brasileira exige que as
empresas apurem seus custos para fins de tributação.

– No custeio direto ou variável, os custos que vão para o produto são somente
os diretos, como o nome já diz. Os custos indiretos ou fixos irão diretamente
para a DRE integralmente. Voltemos ao exemplo:

[box type=”bio”] EMPRESA A produziu 200 unidades de seu produto. Teve


como custos totais:

– Matéria-prima: 120,00

– Mão de obra: 180,00

– Custos Indiretos de Fabricação: 200,00

No custeio direto apenas os custos variáveis vão para o produto

Total dos custos: 120 + 180 = 300

Custo por unidade: 300/200 = 1,50


O custo por unidade no custo por absorção será de R$ 1,50.[/box]

Nessa modalidade, os custos indiretos (R$ 200,00) irão diretamente para a


DRE. Como eles aconteceram integralmente, independente da produção,
acaba que esse é um custo mais “correto”. Muito mais utilizado
gerencialmente pelas empresas.
No custeio variável também surge a figura da “Margem de Contribuição”, que
é uma medida de quanto o produto contribui para o pagamento das despesas
fixas. Ou seja, quanto sobra, depois que se tira os custos e as despesas
variáveis, para o pagamento dos custos e despesas fixas.

Para essa questão faremos a margem de contribuição de cada produto. Para


acharmos fazemos:

MC = PreçodeVenda – (CustosVariáveis + DespesasVariáveis)

Na questão, ele omitiu os custos variáveis e na tabela colocou os custos


unitários fixos. Então vamos fazer a questão na própria tabela e em 4 passos:

1 – Somar os custos e despesas variáveis e colocar em uma coluna após


(CUIDADO PARA NÃO SOMAR OS CUSTOS FIXOS). Ficará assim:

2 – Achar a margem de contribuição:


3 – Achar o total da margem de contribuição e dos custos fixos:

4 – Diminuir a margem de contribuição total do custo fixo total e achar o


resultado:

O que nos dá o maior resultado é a resposta correta.

RESPOSTA LETRA C

PS: Algumas pessoas podem pensar “Mas se para fazer a Margem de


Contribuição eu tirasse o custo fixo por unidade daria a mesma coisa.” Sim,
daria… mas somente porque a produção é igual a venda. Caso esses
números fossem diferentes você teria que fazer a Margem de Contribuição
pela quantidade vendida e tiraria o custo fixo inteiro. Por isso é bom sempre
fazer esse passo a passo!
60.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 1 DE ABRIL DE 2013 2 C O M EN T ÁR IO S A D M I N I S TR AÇ Ã O D A PR O D U Ç ÃO , P E TR O B R A S 2 0 1 2 , Q U ES T Õ ES

Uma empresa adota uma linha de produção onde existem dois postos de
trabalho A e B, e o fluxo de produção é de A para B. Sabe-se que o posto de
trabalho B retira, no posto de trabalho A, os componentes necessários para
atender ao que lhe está sendo demandado.
Esse método de produção adotado é o denominado

(A) Material Requeriment Planning


(B) Capacity Requeriments Planning
(C) Just in time
(D) Processo de Produção Empurrada
(E) Fordismo Tradicional

COMENTÁRIO
(Comentada por Jefferson Bregalda)
Esta é uma questão recorrente de escolha do método de produção a partir de
uma situação hipotética sempre presente em concursos que contenham
conteúdo de gerenciamento de estoques.
Como sua resolução é de simples entendimento vamos analisar todas as
alternativas para que não haja mais confusão dentre elas numa possível
questão semelhante:

(A) Material Requeriment Planning – O MRP é uma ferramenta utilizada pelas


empresas para calcular o material certo e o momento que deve ser utilizado.
Ele permite a verificação de todos os ingredientes necessários para completar
os pedidos, garantindo que sejam providenciados a tempo. Portanto o MRP é
um sistema de gerenciamento de estoques e não um método de produção.

(B) Capacity Requeriments Planning – O CRP é realizado dentro da etapa de


verificação da capacidade presente no MRP. No MRP é realizada a análise de
capacidade que é verificada em dois momentos diferentes no seu ciclo. No
primeiro momento, é feito um corte grosseiro de capacidade (“Rough Cut
Capacity Planning” – RCCP), quando se procura estabelecer uma relação
direta entre o programa mestre de produção e a carga dos centros produtivos.
Em um segundo momento, verifica-se, após a explosão dos materiais, a carga
de trabalho detalhada em cada um dos centros e, havendo sobrecarga em
algum período, procede-se aos ajustes necessários. Este módulo específico
de verificação da capacidade foi denominado “Capacity Requirement
Planning” ou CRP. Logo, também não é identificado como um método de
produção e sim um módulo dentro da etapa de verificação da capacidade no
MRP.
(C) Just in time – O famoso Just in time é um sistema de administração da
produção que determina que deve-se trabalhar com o mínimo estoque
possível, pois assim pode-se reduzir custo com armazenagem e literalmente
não deixar que dinheiro fique parado em uma estante ou prateleira. O
conceito do JIT está relacionado ao de produção por demanda onde primeiro
é vendido o produto para depois realizar a fabricação e entrega do mesmo.
Esse método é muito comum em farmácias que trabalham com o mínimo de
estoque de cada produto sendo comum ao fim do dia não serem encontrados
certos produtos que serão repostos pelo distribuidor somente no dia seguinte.
Conforme exemplo da questão, somente após serem demandados
componentes é que o posto B irá retirar do posto A o necessário para atender
a essa demanda, exemplificando o modelo do Just in time, portanto resposta
correta.

(D) Processo de Produção Empurrada – Esse processo possui sua


programação de produção ajustada ao comportamento de mercado, sendo
sua produção iniciada antes da ocorrência da demanda. Ou seja, a produção
é pré-programada, geralmente por um sistema MRP, obedecendo a uma
ordem de produção de lotes padrão. Como esse processo independe da
demanda apresenta uma relação contrária à situação previamente descrita na
questão.

(E) Fordismo Tradicional – O método Fordista de produção é bastante


difundido dentre os modelos de produção adotados na administração. É
caracterizado pela produção em massa exigindo um alto investimento em
máquinas e instalações para que o custo do produto vendido seja minimizado
a partir do aperfeiçoamento da linha de montagem. Como no Processo de
Produção Empurrada, o Fordismo não acompanha a demanda prévia do
produto para que sejam realizados procedimentos para a fabricação ou
demanda por componentes, ele simplesmente acompanha uma pré-
programação de produção o que também não apresenta relação com o
exemplo de operação citado na questão.

RESPOSTA LETRA C
59.(CESGRANRIO – PETROBRAS– ADMINISTRADOR/2012)
BR U N O C A V A LC A N T E 1 DE ABRIL DE 2013 C O M E N T E ! A D M I N I S TR A Ç ÃO D A P R O D U Ç Ã O , P E TR O B R AS 2 0 1 2 , Q U E S TÕ E S

Numa segunda-feira do início do mês, o gerente da empresa Comida Esnobe


recebeu uma denúncia, através da mídia nacional, de que seus
hambúrgueres, vindos de um determinado fornecedor, eram feitos com adição
de hidróxido de amônio, produto perigoso para a saúde das crianças. Uma
nutricionista comentou também, em rede nacional, que os hambúrgueres
vendidos estavam sendo feitos com carne mais barata, cujo sabor estava
sendo modificado com amônio, questionando a empresa Comida Esnobe:
“Por que um ser humano sensato compraria o hambúrguer para suas
crianças?”
O gerente da empresa desconhecia a existência do componente na receita.
Com relação a esse episódio, identifica-se a

(A) necessidade de aumento da acurácia nos estoques do fornecedor


(B) falta de controle do leaseback
(C) inadequação da refrigeração no centro de distribuição
(D) redução no custo de oportunidade dos estoques reguladores
(E) falha no supply chain management

COMENTÁRIO (Comentada por Jefferson Bregalda)


O que houve na situação hipotética da questão foi uma evidente falta de
comunicação entre fornecedor e cliente que não sabia da existência do
componente em seu próprio produto ao ser perguntado; vamos às
alternativas:

(A) Necessidade de aumento de acurácia nos estoques do fornecedor


– sabemos que em uma empresa que trabalha com armazenagem de
produtos, em geral, há o controle de estoques por sistemas de informação. A
acurácia nos estoques é verificada quando os estoques que estão registrados
no sistema traduzem a real situação do estoque físico armazenado. Portanto,
um aumento da acurácia nos estoques do fornecedor resultaria apenas numa
maior confiabilidade das mercadorias registradas com as físicas estocadas o
que não resolve nossa questão.

(B) Falta do controle do leaseback – Leaseback é uma espécie de


arrendamento mercantil onde uma empresa, proprietária de um imóvel que
utiliza como fábrica ou sede, o vende para uma instituição financeira ou um
fundo de pensão ou uma empresa de arrendamento mercantil que passa a
alugar o imóvel adquirido a mesma empresa que o vendeu. É uma maneira
das empresas que detém elevados investimentos em imóveis conseguirem
aumentar seu capital de giro. Podemos observar que o aumento do controle
deste tipo de operação ou estratégia também não condiz com o problema da
questão.
(C) inadequação da refrigeração no centro de distribuição – essa alternativa
não possui nenhum vínculo com a questão já que não foi mencionado
nenhuma condição de uma possível refrigeração para que o problema da
composição da carne fosse resolvido ou que fosse essa deficiência do
fornecedor para a geração do problema, portanto errada.

(D) redução no custo de oportunidade dos estoques reguladores – os custos


de manter estoque correspondem a todos os custos necessários para manter
certa quantidade de mercadorias por determinado período de tempo. Dentre
os tipos de custos inclusos nos custos de armazenagem podem estar o custo
de seguro, deterioração, obsolescência e o custo de oportunidade. O custo de
oportunidade significa o custo da alternativa de investimento não escolhida,
isto é, a partir da definição da alternativa de investimento tem-se o custo de
oportunidade das alternativas deixadas de lado. Todo os proventos que
poderiam ser adquiridos por cada alternativa renunciada de investimento são
calculados como custo de oportunidade.
Estoques reguladores são normalmente utilizados em empresas com várias
unidades/filiais, onde uma das unidades tem um estoque maior para suprir
possíveis faltas em outras unidades.
Assim, a diminuição do custo de oportunidade dos estoques reguladores seria
a desvalorização de um possível investimento na utilização de estoques
reguladores de uma empresa, mas isto não foi tratado na questão que não
mencionou relacionamento de distribuição de estoque entre unidades filiais do
cliente e fornecedor, portanto alternativa errada.

(E) falha no supply chain management – Sabemos que a Gestão da Cadeia


de Suprimentos, ou Supply Chain Management, é a estratégia de integração
entre players do mercado que firmam parcerias entre si a fim de obter
vantagem competitiva. Para isto, é essencial o constante aperfeiçoamento do
fluxo de materiais e troca de informações que vão sendo aprimorados à
medida que experiências, recursos ou até tecnologias vão sendo
compartilhadas, sendo assim a comunicação um fator chave para a
manutenção e gestão da cadeia logística. Verificamos aqui nossa alternativa
correta.

RESPOSTA LETRA E
21. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 11 DE ABRIL DE 2011 1 5 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 0 1 1 , Q U ES T Õ ES

Uma empresa prestadora de serviços desenvolveu seu modelo de gestão de


pessoas dando ênfase à eficiência da produção, ao método e às rotinas de
trabalho. Essa estratégia de atuação é compatível com uma organização da
era da

(A) informação.
(B) administração familiar.
(C) indústria clássica.
(D) indústria neoclássica.
(E) corporação de ofício.

COMENTÁRIO:

As eras administrativas são bastante fáceis de serem entendidas. Pensando


na evolução do mundo, de sociedade, da tecnologia e da economia, você
pode traçar uma linha do tempo (mentalmente inclusive) e se dar bem nessa
matéria.

Não precisamos de muito aprofundamento para saber que na época da


Revolução Industrial existiam pouquíssimas empresas, pouquíssimas
indústrias, com isso a concorrência era baixa, poucos produtos no mercado,
então o foco era simplesmente em ganhar mais. Quanto menor o custo,
quanto menos se gastava, mais se ganhava. A qualidade não era o foco das
empresas na época.

Com o tempo essa realidade foi mudando, como nos tempos atuais, onde o
foco passa a ser o cliente e sua satisfação, a produtividade não pode
influenciar na qualidade. O foco hoje é na diferenciação e, temos uma época
de transição, onde as industrias ainda estavam a inovar, a se adaptar à
abertura das fronteiras comerciais, assim divide-se as eras abaixo:

– Era Clássica ou Era Industrial Clássica (1900-1950): Essa era foi


vivenciada por indústrias em ambiente estável, sem grandes concorrências e
previsível, sendo assim todo o foco estava na eficiência, pois o consumidor
não tinha muitas opções de produto, então qualidade não era julgada então a
empresa poderia diminuir custos e aumentar lucros de “qualquer jeito” que
suas vendas seriam minimamente afetadas. Assim os esforços da indústria
eram voltados para eficiência da produção, aos métodos, processos, rotinas
entre outros aspectos de custo.
– Era Neoclássica ou Era Industrial Neoclássica (1950-1990): Essa foi uma
forte etapa de transição. Com o fim da 2ª guerra barreiras comerciais
internacionais foram quebradas e foram estabelecidos acordos entre países.
As industrias foram, aos poucos, deixando de ter sua fatia de mercado
garantida, acabando com a estabilidade e previsibilidade do cenário onde se
encontrava. As indústrias começaram inovações para se destacar no mercado
e a preocupação com a qualidade e a imagem da empresa começou a ser
enfatizada.

– Era da Informação (após 1990): Ênfase na qualidade, na produtividade, na


competitividade e no cliente. Produtos altamente diferenciados e a tecnologia
é uma necessidade para que as empresas sobrevivam. Ambiente em
constante mudança.

Portanto, ênfase na eficiência da produção, nas rotinas e nos métodos se


encontram na Era Clássica ou Industrial Clássica.

RESPOSTA LETRA C

(Resposta atualizada em 15/03/2016)


22. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 11 DE ABRIL DE 2011 1 0 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 0 1 1 , Q U ES T Õ ES , R E C UR S OS H UM A N OS

No contexto contemporâneo, a gestão de pessoas vem assumindo novos e


diferentes papéis na construção de uma organização competitiva. Nessa
perspectiva, uma atuação na reengenharia de processos e no
desenvolvimento de novas soluções para reduzir custos e aumentar valor
para o cliente está associada ao papel de administrar:

(A) as estratégias de RH.


(B) as relações industriais.
(C) as contribuições dos funcionários.
(D) a infraestrutura da empresa.
(E) a transformação e a mudança.

COMENTÁRIO:

Reengenharia é radical, drástica. Não se trata apenas de pintar a parede, mas


sim de derrubar tudo e começar de novo. Por isso também é conhecida como
“Princípio da Folha em Branco”, é algo que se começa do zero. Nada será
mudado, nada será transformado na forma atual de se fazer, tudo será
apagado e o processo redesenhado. O “pulo do gato” dessa questão está
nesse sublinhado, mas vamos em frente um pouco mais.
Para embasar um pouco mais, vamos ao livro do Chiavenato, queridinho da
banca CESGRANRIO, pelo menos nessa época.

“A reengenharia de processos direciona as características organizacionais


para os processos. Suas consequências para a organização são:

1. Os departamentos tendem a desaparecer e ceder lugar a equipes


orientadas para os processos e para os clientes. (…)
2. A estrutura organizacional hierarquizada, alta e alongada passa a ser
nivelada, achatada e horizontalizada. É o enxugamento (downsizing) da
organização para transformá-la de centralizadora e rígida em flexível,
maleável e descentralizadora.
3. A atividade também muda: as tarefas simples, repetitivas, rotineiras,
fragmentadas e especializadas, com ênfase no isolamento individual
passam a basear-se em equipes com trabalhos multidimensionais e com
ênfase na responsabilidade grupal, solidária e coletiva.
4. Os papéis das pessoas deixam de ser moldados por regras e
regulamentos internos para a plena autonomia, liberdade e
responsabilidade.
5. A preparação e o desenvolvimento das pessoas deixa de ser feito por
meio do treinamento específico, com ênfase na posição e no cargo
ocupado, para se constituir em uma educação integral e com ênfase na
formação da pessoa e nas suas habilidades pessoais.
6. As medidas de avaliação do desempenho humano deixam de se
concentrar na atividade passada e passam a avaliar os resultados
alcançados, a contribuição efetiva e o valor criado à organização e ao
cliente.
7. Os valores sociais, antes protetores e visando à subordinação das
pessoas às suas chefias, agora passam a ser produtivos e visando à
orientação das pessoas para o cliente, seja ele interno ou externo.
8. Os gerentes – antes controladores de resultados e distantes das
operações cotidianas – tornam-se líderes e impulsionadores ficando
mais próximos das operações e das pessoas.
9. Os gerentes deixam de ser supervisores dotados de habilidades técnicas
e se tornam orientadores e educadores dotados de habilidades
interpessoais.”

Dito tudo isso, lembram do pulo do gato que falei no início do comentário.
Então, sei que é controverso e muita gente marcou a letra E, mas como eu
disso, nada se muda na reengenharia. É algo mais estrutural, mais intrínseco,
vai direto na estrutura dos processos. Na infraestrutura.

RESPOSTA LETRA D

(Resposta atualizada em 15/03/2016)


23. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 12 DE ABRIL DE 2011 7 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

O gerente de Tecnologia da Informação de uma empresa percebeu um


conflito que está impactando os resultados de sua área nas entregas das
demandas de desenvolvimento junto a determinados clientes internos. Após
consultar a equipe de gestão de pessoas, o gerente decidiu ser assertivo,
discutindo abertamente sobre os problemas, erros e acertos que merecem
atenção, de forma a garantir o envolvimento das partes com a solução
identificada conjuntamente.

Esse tipo de administração de conflitos diz respeito a um estilo de

(A) confrontação.
(B) cooptação.
(C) compromisso.
(D) acomodação.
(E) colaboração.

COMENTÁRIO:

A questão faz menção aos estilos de administração de conflitos, porém, antes


faremos uma explanação geral sobre o tema administração de conflitos.

Conflitos ocorrem qualquer hora e qualquer lugar e por motivos diferentes.


Havia, antigamente, uma primeira corrente que dizia que conflito era
prejudicial e sempre teria de ser evitado. Depois, na escola de relações
humanas, o conflito foi descrito como inevitável e natural, até que, hoje,
passou a ser considerado indispensável para um desempenho eficaz de um
grupo ou equipe de trabalho. Obviamente, uns conflitos até certo ponto não
exagerem.

O conflito existe quando uma das partes – individuo ou grupo – tenta alcançar
seus próprios objetivos interligados com alguma outra parte e esta interfere na
primeira. A interferência pode ser ativa (provocando obstáculos) ou passiva
(mediante omissão).

Os conflitos podem ser:

– Interno: Quando ocorrem dentro de uma pessoa em relação a sentimentos.


Por exemplo, uma pessoa que gosta muito de trabalhar em uma empresa, por
causa do prestígio e do dinheiro, mas não gosta por causa do patrão. Esse
tipo de conflito pode afetar no processo decisório da pessoa.

– Externo: Conflito social. Entre duas pessoas ou dois grupos de pessoas.


Existem 3 níveis de conflito:

– Conflito percebido: É o conflito latente. É uma espécie de conflito potencial.


É como popularmente se chama de “meu santo não bateu com o dele”.

– Conflito experenciado: É o conflito velado, oculto, dissimulado. Não


manifestado com clareza. É quando existem, aqui e ali, uma resposta
“atravessada”, uma “fofoquinha” colocando o outro para baixo.

– Conflito manifesto: Conflito expresso e manifestado pelo comportamento.


Conflito aberto, manifestado sem dissimulação. É quando se coloca, no
popular, “os cachorros para fora” ou “para voar as bandas”.

Tendo os tipos de conflito, existem também 3 abordagens de conflito:

– Abordagem estrutural: Baseia-se no fato de que o conflito surge das


percepções criadas pelas condições da diferenciação, de recursos limitados e
escassos e de interdependência entre as partes. A abordagem estrutural tenta
igualar ou aproximar os objetivos das partes conflitantes para, oferecendo, por
exemplo, recompensas por objetivos alcançados em comum.

– Abordagem do processo: É a abordagem que procura reduzir os conflitos


por meio da modificação do processo, ou seja, de uma intervenção no
episódio do conflito. Pode ser utilizada por uma das partes em conflito, por
pessoas de fora ou porá uma terceira parte, como um consultor ou um
gerente neutro. Pode ser realizada de três maneiras: por desativação ou
desescalonização, quando uma parte age cooperativamente, em vez de
agressivamente, ao comportamento da outra; por confrontação entre as parte,
em uma reunião por exemplo; e colaboração, as partes trabalhando juntas,
com o mesmo objetivo.

– Abordagem mista: Inclui soluções sobre as partes estruturais e sobre o


episódio conflitivo. Como o próprio nome já diz.

Após essa pequena introdução em gestão de conflitos, vamos ao que a


questão realmente pedia os estilos de questão de conflitos, que são 5:
(Gráfico didático para ajudar na memorização).
1. Estilo competitivo: Reflete a assertividade para impor o seu próprio
interesse e é utilizado quando uma ação pronta e decisiva deve ser
rapidamente imposta com ações importante ou impopulares, durante as quais
a urgência ou emergência se torna necessária ou indispensável.

2. Estilo de evitação: Reflete uma postura não assertiva, nem cooperativa e


é apropriado quando o assunto é trivial, quando não existe nenhuma
possibilidade de ganhar, quando uma demora para obter maior informação se
torna oneroso.

3. Estilo de compromisso: Reflete uma moderada porção de assertividade e


de cooperação. É apropriado quando os objetivos de ambos os lados são
igualmente importantes, quando ambos os lados tem igual poder ou quando
precisam chegar a uma solução temporária, sem pressão de tempo.

4. Estilo acomodação: Alto grau de cooperação e funciona melhor quando


as pessoas sabem o que é errado, quando um assunto é mais importante que
outros para cada lado, quando se pretender construir créditos sociais ou
quando manter a harmonia é mais importante.

5. Estilo de colaboração: Reflete alto grau de assertividade e de


cooperação. Habilita ambas as partes a ganhar. Importante quando os
objetivos de ambos os lados são importantes e quando os dois pontos de
vistas podem se unir em algo bem maior.

A questão fala em garantir o envolvimento das partes com a solução


identificada conjuntamente, ou seja, onde todos saem ganhando. Estilo de
colaboração.

RESPOSTA LETRA E (Resposta atualizada em 16/03/2016)


24. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 12 DE ABRIL DE 2011 1 C OM E NTÁ R I O P E TR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Embora equipes sejam grupos de pessoas, os conceitos de equipe e grupo


não são intercambiáveis. A respeito das diferenças entre conceitos, analise as
afirmativas a seguir.

I – Equipes contam com líderes fortes que foram designados para a função.
II – Equipes entregam produtos do trabalho coletivo de seus componentes.
III – Grupos discutem, decidem e compartilham trabalho.

Está correto APENAS o que se afirma em:


(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

COMENTÁRIO:

Todo e qualquer administrador deve ter em mente a diferença entre equipe e


grupo e eu poderia fazer isso bem resumido. Mas como temos estudantes de
outras áreas que resolvem todas as questões estudando para seus
concursos, vamos detalhar bastante aqui. Grupo é algo rudimentar, algo
primário, um aglomerado, um agrupado de pessoas. Uma equipe é algo mais
elaborado, quando existe sinergia, existe um trabalho em conjunto. Daí a
afirmativa nem toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe.

Com equipe vem a sinergia (o todo é maior que a soma dos indivíduos). 5
músicos que ensaiam, tocam juntos há um tempo serão melhores do que os 5
melhores músicos que nunca tocaram juntos. Equipe e grupo. Todas as
habilidades trabalhando em conjunto se torna maior que a soma delas. Vamos
a um trecho do livro Gestão de Pessoas do Chiavenato:

“Um grupo de trabalho é o conjunto de dois ou mais indivíduos que são


interagentes e interdependentes; é, portanto, um grupo que interage
primariamente para compartilhar informação e a tomar decisões que ajudam
cada membro a executar melhor as suas tarefas dentro de sua área de
responsabilidade. Um grupo não tem oportunidade ou condições para se
engajar em um trabalho coletivo que requeira esforço conjunto, pois seu
desempenho é meramente a soma das contribuições de cada membro
individual. Não há sinergia positiva que possa gerar um nível extraordinário de
desempenho que ultrapasse a soma das contribuições individuais.
Onde chega o limite máximo de um grupo começa o conceito de equipe. Mas,
quais são as reais diferenças entre grupos e equipes?
Essas diferenças podem parecer tênues à primeira vista, mas marcam
profundamente uma razoável distância entre ambos esses conceitos.

A utilização do termo equipe está sendo cada vez mais crescente para referir-
se a vários tipos de grupos formais. No ambiente de trabalho, a equipe é um
pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares e que trabalham
em conjunto para alcançar um propósito comum para o qual são
coletivamente responsáveis. Uma equipe gera sinergia positiva através do
esforço coordenado. Os esforços individuais são integrados para resultar em
um nível de desempenho que é maior do que a soma de suas partes
individuais. Assim, o que difere uma equipe de um grupo de trabalho são
basicamente quatro aspectos fundamentais:

1. Objetivo: enquanto o grupo tem por objetivo partilhar informações, a


equipe está voltada para o desempenho coletivo e integrado.
2. Sinergia: enquanto o grupo apresenta sinergia neutra, e muitas vezes
negativa, a equipe é capaz de desenvolver sinergia positiva.
3. Responsabilidade: enquanto o grupo se caracteriza pela
responsabilidade individual e isolada, a equipe se caracteriza pela
responsabilidade individual e mútua, coletiva e solidária entre os
membros.
4. Habilidades: enquanto o grupo utiliza habilidades randômicas e variadas
de seus membros, a equipe se caracteriza pela complementariedade
das habilidades dos seus membros para a realização de uma tarefa
comum, conjunta e integrada.”

Acredito que tenha clareado bem, mas para não restar dúvidas, vamos
analisar afirmativa por afirmativa:

I – Equipes contam com líderes fortes que foram designados para a função. –
Os líderes de uma equipe surgem naturalmente, por competências pessoais e
não são designados pela para a função. (Alternativa Falsa)

II – Equipes entregam produtos do trabalho coletivo de seus componentes. –


Grupos entregam trabalhos individuais, enquanto equipes trabalham juntos
por um objetivo, por um resultado. (Alternativa Verdadeira)

III – Grupos discutem, decidem e compartilham trabalho. – Essa é a definição


de equipe, como vimos na definição acima, os grupos não discutem, não
compartilham trabalho, somente algumas informações necessárias.
(Alternativa Falsa).

RESPOSTA LETRA B (Resposta atualizada em 16/03/2016)


25. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 13 DE ABRIL DE 2011 7 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

No processo de planejamento estratégico, é necessário levar em


consideração as forças macroambientais. Nessa perspectiva, associe as
forças macroambientais à esquerda às variáveis a serem analisadas,
expostas à direita.
Forças Macroambientais Variáveis

P – Desemprego
Q – Expectativa de vida
I – Sociais
R – Diversidade de gênero no trabalho
II – Econômicas
S – Renda disponível
T – Câmbio e Inflação.

I II

(A) P,Q,R S, T

(B) P,Q R,S,T

(C) Q,R P,S,T

(D) R,S P,Q,T

(E) S,T P,Q,R

COMENTÁRIO:

Essa questão era, relativamente, fácil. A casca de banana foi na questão do


desemprego, mas vamos com calma, um passo de cada vez. Tudo será
explicado!

Deixemos para aprofundar em Planejamento estratégico como um todo em


outra ocasião, por ser uma matéria bastante extensa.
Nessa questão só era necessário conhecimento nas forças Macroambientais
e no que elas refletem, pois bem:

O macroambiente é composto por forças indiretamente ligados à empresa.


Não que sua alteração não vá fazer diferença na empresa, muito pelo
contrário, mas, comparado ao microambiente, ele é bem menos controlável e
bem mais independente de uma empresa. Uma empresa pode, dependendo
de sua força, mexer nas forças microambientais (fornecedores, empresas do
canal de marketing, mercados de clientes, concorrentes, públicos e a própria
empresa), mas dificilmente as forças macroambeintais se modificarão por
uma empresa.
Compõem o cenário macroambiental:

– Ambiente demográfico ou força demográfica: Esse se caracteriza pelo


ambiente mais importante e de maior impacto para as empresas, por isso
ambiente de maior alvo em estudos, ele engloba: Crescimento da população
mundial, composição etária da população, mercador por etnia, grau de
instrução, padrões familiares, movimentação geográficas da população.

– Ambiente econômico ou força econômica: Fatores que afetam o poder de


compra da população, o que depende da renda, preços, poupanças,
endividamento e da disponibilidade de crédito.

– Ambiente social ou sociocultural: A sociedade molda crenças, valores,


normas, hábitos, que definem, também como o dinheiro será gasto.

– Ambiente natural ou físico natural: Recursos naturais utilizados. É a


disponibilidade desses recursos, sejam eles a água, a energia, matérias-
primas, ou situações e desastres ligados à natureza como poluição,
terremotos entre outros.

– Ambiente tecnológico: O nome já diz tudo, a tecnologia disponível no


mercado. Com a tecnologia é possível criar maravilhas como remédios e
horrores como bombas. Tecnologias criam mercados, mas também
substituem tecnologias anteriores, como o exemplo do CD que acabou com a
indústria do vinil.

– Ambiente político-legal: Leis, normas, decretos, acordos sindicais, enfim,


toda e qualquer força que venha do governo.

Depois desse breve resumo, vamos analisar caso a caso na questão,


encaixando em Força Social ou Econômica.

P – DESEMPREGO: Algumas pessoas, talvez influenciada pela mídia que


vive dizendo que o desemprego é culpa da educação de má qualidade,
portanto ligado à fatores sociais, acabaram colocando desemprego como
Força Social. Porém postos de trabalho dependem, intimamente, da produção
e da situação econômica das empresas do país. A cadeia é: mais dinheiro,
mais consumo, mais produção, mais emprego. Não viajem na maionese, o
raciocínio é assim. Dizer que a culpa do desemprego está na educação ou em
outro fator social não é mais discussão administrativa e sim política. Portanto,
desemprego é Força Econômica (II).

Q – EXPECTATIVA DE VIDA: Está intimamente ligada aos hábitos e


costumes de uma população, seja nos hábitos alimentares ou de
sedentarismo. Os hábitos que influenciam a expectativa de vida. Portanto
hábito é Força Social (I).
R – DIVERSIDADE DE GÊNERO NO TRABALHO: Questão de igualdade
entre os sexos no mercado de trabalho. Também, notavelmente, relacionada
aos hábitos de uma população. Força Social (I).

S – RENDA DISPONÍVEL: Renda facilmente nos remete à economia,


inclusive foi citada na explicação acima, portanto Força Econômica (II).

T – CAMBIO E INFLAÇÃO: Não temos nem como associar câmbio e inflação


à questões de hábito e, logicamente, faz partes da variáveis econômicas de
um país. Portanto Força Econômica (II).

RESPOSTA LETRA C
26. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 14 DE ABRIL DE 2011 1 4 C OM E NTÁ R I OS P E TR OB R A S 2 01 1 , Q U ES T ÕES , R E C UR S OS H UM A N OS

Na gestão de pessoas, uma das atividades previstas é a avaliação de


desempenho. Nesse contexto, considere as razões para o desenvolvimento
da avaliação, expostas a seguir.

I – Recompensas: justificar aumentos, promoções e transferências.


II – Retroação: proporcionar ao gerente insumos para aconselhamento e
orientação.
III – Desenvolvimento: dar conhecimento sobre pontos frágeis e
oportunidades de treinamento.

É(São) razão(ões) a ser(em) considerada(s) na avaliação de desempenho


APENAS a(s) exposta(s) em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

COMENTÁRIO:

Vou falar de avaliação de desempenho pelo livro de Recursos Humanos do


Chiavenato. Além de ser um dos autores mais adotados e que mais as
bancas gostam, especificamente, a CESGRANRIO, se baseou muito por ele.

As práticas de avaliação de desempenho não são novas, desde que uma


pessoa deu emprego à outra, seu trabalho passou a ser avaliado em relação
ao seu custo benefício. Antigamente, avaliação de desempenho era sempre
voltada para máquinas e sua capacidade de produção, foi a partir da Escola
de Administração Cientifica que passou-se a apurar a capacidade ótima da
máquina, dimensionando em paralelo o trabalho do homem e calculando com
precisão o rendimento potencial, o ritmo de operação, sempre olhando o fator
humano como um simples “apertador de botões”.

Com a escola das Relações Humanas ocorreu uma completa reversão de


abordagem e a preocupação principal deslocou-se das máquinas para os
homens e, com isso, vieram as perguntas : Como conhecer e medir as
potencialidades de uma pessoa? Como levá-las a aplicar totalmente esse
potencial? Qual força impulsiona essas pessoas? Para isso surgiu o a
avaliação de desempenho.
Primeiramente, não estamos particularmente interessados no desempenho
geral, mas especificamente no desempenho do cargo, ou seja, no
comportamento de papel do ocupante do cargo. O desempenho no cargo é
extremamente contingencial. Varia de pessoa para pessoa. E é altamente
dependente de vários fatores condicionantes. O valor das recompensas e a
percepção de que as recompensas dependem de esforço determinam o
volume de esforço individual que a pessoa estará disposta a realizar, uma
perfeita relação de custo-benefício. Por sua vez, o esforço individual depende
das habilidades e capacidades da pessoa e de sua percepção do papel a ser
desempenhado.

Assim, a avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do


desempenho de cada pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento
futuro. Toda avaliação é um processo para estimular ou julgar o valor, a
excelência, as qualidades de alguma pessoa. A responsabilidade pode ser do
gerente, do próprio indivíduo, dos dois juntos, da equipe de trabalho, do setor
de RH, de uma comissão de avaliação ou avaliação 360º (todos que tem
algum tipo de interação com o funcionário).

Vamos aos objetivos de se fazer uma avaliação de desempenho (o que a


questão quer). Vou aqui, colocar exatamente como está no livro do
Chiavenato, para não haver dúvidas:

“A avaliação de desempenho não é um fim em si mesma, mas um


instrumento, um meio, uma ferramenta para melhorar os resultados dos
recursos humanos da organização. Para alcançar esse objetivo básico –
melhorar os resultados dos recursos humanos -, a avaliação do desempenho
procura alcançar uma variedade de objetivos intermediários. A avaliação do
desempenho pode ter os seguintes objetivos intermediários:

1. Adequação do indivíduo ao cargo;


2. Treinamento;
3. Promoções;
4. Incentivo salarial ao bom desempenho;
5. Melhoria das relações humanas entre superiores e subordinados;
6. Auto-aperfeiçoamento do empregado;
7. Informações básicas para pesquisa de recursos humanos;
8. Estimativa do potencial de desenvolvimento dos empregados;
9. Estímulo à maior produtividade;
10. Conhecimento dos padrões de desempenho da organização;
11. Retroação (feedback) de informação ao próprio indivíduo avaliado;
12. Outras decisões de pessoal, como transferências, dispensas etc.”
Tendo isso, vamos a análise item por item e, já vamos entender o porquê eu
coloquei o item 11 em destaque. Pois bem:

I – Recompensas: justificar aumentos, promoções e transferências. – Vimos


na explicação acima que essa é uma das finalidades. Quando se vai dar
aumentos ou se procura alguém para substituir em um cargo mais alto, a
avaliação de desempenho é um fator fundamental para essa escolha.
Portanto alternativa verdadeira;

II – Retroação: proporcionar ao gerente insumos para aconselhamento e


orientação. – E aqui o motivo do item 11 está marcado. Vi muita gente que
marcou que essa retroação estava correta. Mas o feedback da avaliação de
desempenho não é para o gerente, pois esse sabe no dia-a-dia como o
empregado está nos atributos de suas funções. Esse feedback é para o
próprio empregado, para que ele saiba o que a organização está achando do
trabalho dele e onde ele poderá melhorar. Portanto alternativa falsa;

III – Desenvolvimento: dar conhecimento sobre pontos frágeis e


oportunidades de treinamento. – Muita gente marcou também essa opção
como falsa com o seguinte raciocínio: “conhecimento sobre o que deve ser
treinado e oportunidades de treinamento fazem parte do treinamento e não do
desenvolvimento”. De certa forma está correto, porém a matéria em discussão
aqui não é Treinamento e Desenvolvimento e sim Avaliação de Desempenho,
portanto, o desenvolvimento citado no começo do item se trata do
desenvolvimento organizacional e não do desenvolvimento pessoal. Por isso,
alternativa verdadeira.

Essa questão foi bastante polêmica, diversos recursos (pelo que se deu para
perceber na internet), mas a banca não aceitou nenhum e o raciocínio a ser
seguido era esse mesmo.

RESPOSTA LETRA E.
27. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 15 DE ABRIL DE 2011 1 0 C OM E NTÁ R I OS P E TR OB R A S 2 01 1 , Q U ES T ÕES , R E C UR S OS H UM A N OS

A remuneração total é composta pela remuneração básica, incentivos


salariais e benefícios. Dentre os benefícios, destaca-se

(A) a participação nos resultados.


(B) o adicional de insalubridade.
(C) o salário mensal.
(D) o seguro de vida.
(E) o bônus.

COMENTÁRIO:

Questão fácil, tranquila, quem estuda para a CESGRANRIO sabe que


questão sobre remuneração é algo bastante comum. Pois vamos à teoria:

Bem, é fato que ninguém trabalha de graça. Todos na organização investem


seu tempo e seus conhecimentos em troca de algo. Algo que dê satisfação,
motivação para acordar e ir para o trabalho, por isso uma remuneração justa é
tão importante.

Existem várias etapas para se chegar a uma remuneração ideal para cada
cargo, mas o ponto da questão é: composição da remuneração, por isso,
vamos ao que interessa.

A remuneração tem três componentes chave:

– Remuneração básica: É representada pelo salário básico, horário ou


mensal. Economicamente falando, é o quanto se paga para o trabalhando
vender a sua força de trabalho.

– Incentivos salariais: Programas salariais desenhados para recompensar o


funcionário com bom desempenho. São exemplos: bônus, participação nos
lucros e resultados etc. Sempre a título de recompensa.

– Benefícios: São concedidos através de programas como férias, seguro de


vida, seguro saúde, refeições subsidiadas etc. Quase sempre são
remunerações indiretas.

Tendo isso, fica na cara que das opções, a única que se refere à benefícios é
o seguro de vida. Fácil, fácil! Essa questão foi sem muitos problemas!

RESPOSTA LETRA D
28. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 15 DE ABRIL DE 2011 6 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Nos anos 50, do séc. XX, Frederick Herzberg entrevistou centenas de


trabalhadores e desenvolveu a teoria de motivação denominada Teoria dos
Dois Fatores, na qual os fatores higiênicos estão associados a

(A) dedicação, esforço e recompensa.


(B) centralização, criatividade e inovação.
(C) conservação, participação e engajamento.
(D) autorrealização, saúde e qualidade de vida.
(E) inserção social, segurança e reconhecimento.

COMENTÁRIO:

Essa foi aquela famosa questão de pegadinha mesmo. Se você


estudou muito se confundiu nessa questão. Infelizmente tem dessas coisas
em concursos públicos, mas vamos sanar as dúvidas.

O que a teoria de Hezberg diz?

Herzberg desenvolveu um estudo para tentar entender os fatores que


causariam insatisfação e aqueles que seriam os responsáveis pela satisfação
no ambiente de trabalho. O resultado destes estudos foi pela primeira vez
publicado em 1959, sob o título “a motivação para trabalhar – The Motivation
to Work”.

Nessa teoria, Hezberg diz que existem dois fatores: os Higiênicos e os


Motivacionais.

Os fatores higiênicos, ou fatores extrínsecos, estão ligados ao contexto em


que é realizado o trabalho. As políticas da organização, condições de
trabalho, segurança, status são fatores extrínsecos.

Os fatores motivacionais, ou fatores intrínsecos, estão ligados


ao conteúdo do trabalho e às recompensas pelo desempenho profissional.
Realização, crescimento pessoal, carreira, o trabalho em si são fatores
intrínsecos.
Pois bem, onde estava a polêmica?

Vou analisar item a item para deixar tudo o mais claro possível. A questão
queria fatores higiênicos, ou seja, fatores extrínsecos:

No item A, o primeiro já deixa falso. Dedicação é um fator intrínseco, bem


como esforço.

No item B, criatividade e inovação também são intrínsecos.

No item C, a conservação está meio deslocada no assunto, mas se fala no


sentido de segurança tudo bem. A participação também pode ser considerado
um fator extrínseco, porém engajamento é intrínseco. Você se engajar, é você
se doar, fazer de tudo para que algo dê certo e isso é intrínseco.

No item D, autorrealização já mata o item. O próprio nome “auto” já condena


que é intrínseco.

Pois vamos ao item “E” e com ele a polêmica. Começamos com inserção
social, perfeito! É extrínseco. Segurança já é bastante comentado nos livros,
então sem dúvidas. É extrínseco. O reconhecimento foi toda a polêmica. Em
vários livros o reconhecimento vem como um fator motivacional, ou seja,
intrínsecos. Porém acompanha o raciocínio.
Se eu tenho uma revendedora de carros e digo que você ganhará apenas 50
centavos a mais por cada carro que você vender acima da meta. Vender
carros dá um trabalho, mostrar todas as opções, convencer o cliente, além de
ser um produto que não se vende todo dia e toda hora.
Eu pergunto: Eu, como empresa, lhe dei reconhecimento, ou seja, reconheci
seu esforço? SIM! Pelo fato de eu lhe dar uma bonificação por carros
vendidos acima da meta eu estou reconhecendo seu esforço. Nesse caso é
um fator extrínseco, ou seja, higiênico.
AGORA, CUIDADO! Outra pergunta é: Você se sentiu reconhecido pelo seu
esforço? Aí no caso a resposta pode ser sim ou não, depende de cada
pessoa, pois SENTIR-SE RECONHECIDO é um fator intrínseco, mas o
RECONHECIMENTO que a empresa lha dá é extrínseco.

Espero que todos tenham entendido. Realmente a questão foi mal redigida,
mas infelizmente, a vida de concurseiro é assim. Foram feitos, pelo que apurei
em fóruns, diversos recursos para essa questão, porém ela não foi anulada,
portanto:

RESPOSTA LETRA E
29. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 15 DE ABRIL DE 2011 2 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Uma empresa decidiu criar uma espécie de organograma com as possíveis


direções e oportunidades de carreira disponíveis na organização, as etapas e
os meios para que seus colaboradores fossem informados sobre a
possibilidade de ascensão, tendo em vista o desenvolvimento de recursos
humanos.
Essa empresa está oferecendo a ferramenta de

(A) mapeamento de carreiras.


(B) centro de recursos.
(C) inventário de habilidades.
(D) aconselhamento individual.
(E) sistema de oportunidade de vagas.

COMENTÁRIO: Questãozinha simples. Para resolvê-la você teria que olhar o


enunciado e refletir um pouco. Poderia ser feita por eliminação de itens, ou
mesmo, se você soubesse de bate e pronto.

Vamos analisando a questão em partes.


Primeiramente ele fala que existe um organograma. Quando você ouve
organograma já remete àquele gráfico de cargos e/ou departamentos utilizado
lá na matéria de O&M ou OSM. Pois bem, é como ele diz, uma espécie
daquilo, mas ao invés disso tem direções e oportunidade de carreiras na
organização.
Ou seja, ele tem uma espécie de caminho que você pode seguir dentro da
empresa e informa os requisitos. Assim o empregado poderia escolher o
objetivo dele no “mapa” e fazer com que todos se habilitar com todos os
requisitos necessários para aquele caminho.

Empresas fazem isso para motivar seus funcionários, pois um bom plano de
carreira atrai e mantêm talentos. Com esses caminhos na mão, o funcionário
tem literalmente um mapa do que deve fazer, de que passos dar para
conseguir chegar ao seu objetivo na organização. Cada vez mais as
empresas incentivam seus funcionário a fazerem os planos para sua carreira,
onde eles querem chegar e o que precisarão fazer para chegar. É uma ótima
maneira de motivar.

Sem contar que tem sido uma crescente esse tipo de questão em prova, mas
é um assunto bantante simples e, eu diria até, lógico quando se vê. Tem
alguns complicadores, como já vi em algumas questões, porém deixarei para
aprofundar nessas outras questões.

RESPOSTA LETRA A
30. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 15 DE ABRIL DE 2011 9 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

Um determinado grupo empresarial atua internacionalmente na exploração e


refino de petróleo. Esse grupo descentraliza as decisões estratégicas e
operacionais para as unidades de negócio em cada país, facilitando os
esforços para satisfazer diferenças e buscar oportunidades em cada
localidade. A estrutura organizacional adequada à estratégia descrita é a

(A) de regiões geográficas mundiais.


(B) divisional global de produto.
(C) divisional cooperativa.
(D) diversificada relacionada.
(E) transnacional combinada.

COMENTÁRIO

O X da questão está nos tipos de departamentalização. Pois vamos à teoria


de departamentalização, baseando-se em Chiavenato:

Departamento designa uma área, divisão ou segmento distintos de uma


empresa sobre a qual um administrador (seja diretor, gerente, chefe,
supervisor etc.) tem autoridade para o desempenho de atividades específicas.
Agrupar atividades específicas em uma coordenação se torna necessário a
medida que ocorre a especialização no trabalho. Essa coordenações podem
ser agrupadas em unidades organizacionais maiores, mas o princípio que
deve reger a departamentalização ou agrupamento de atividades é o princípio
da homogeneidade.

Dito isso, vamos aos tipos de departamentalização, ou seja, critérios para que
essas atividades sejam agrupadas, de acordo com a necessidade de cada
empresa.

1. Por funções: Ou funcional. É o agrupamento de acordo com a semelhança


entre as funções principais desenvolvidas. É a mais comum de se ver em
empresas, pois cada tipo de atividade da empresa fica com um setor. Por
exemplo: Departamento de vendas, departamento financeiro, departamento
de produção etc.

2. Por produtos ou serviços: Baseia-se nos produtos ou serviços executados


pela organização, que se descentraliza em função deles. O agrupamento das
atividades da organização pelos produtos ou linhas de produtos facilita o
emprego da tecnologia, das máquinas e equipamentos, do conhecimento, da
mão-de-obra, permitindo uma intensificação de esforços e concentração que
aumentam sobremaneira a eficiência da organização. Por exemplo, uma
fábrica de eletrodoméstico pode criar: departamento de fogões, outra para
geladeiras e assim por diante. Lembrando que pode ocorrer com relação ao
serviço também, como é o caso de hospitais, que tem o departamento de
pediatria, cirurgia etc.

3. Por localização geográfica: Requer diferenciação e agrupamento das


atividades de acordo com a localização onde o trabalho será desempenhado
ou uma área de mercado a ser servida pela empresa. Muito utilizada por
multinacionais ou empresas que estão em várias regiões. Geralmente é criado
com o nome de Departamento Regional Nordeste, por exemplo.

4. Por clientes: As características dos clientes – como idade, sexo, nível


socioeconômico, tipo de consumidor etc. – constituem a base para esse tipo
de departamentalização. A departamentalização por clientes ou por fregueses
reflete o interesse pelo consumidor do produto ou serviço oferecido pela
organização. É um critério importante, quando a organização lida com
diferentes classes de clientes com diferentes características e necessidades.
Normalmente utilizada em departamento de vendas de roupa. Por exemplo:
Setor Masculino, feminino e infantil.

5. Por fases do processo (ou processamento): É freqüentemente utilizada nas


empresas industriais nos níveis mais baixos da estrutura organizacional das
áreas produtivas ou de operações. A diferenciação e o agrupamento se fazem
por meio de seqüência do processo produtivo ou operacional ou, ainda, por
meio do arranjo e disposição racional do equipamento utilizado.

6. Por projetos: O agrupamento ou organização na base de projetos envolve a


diferenciação e o agrupamento das atividades de acordo com as saídas e os
resultados (outputs) relativos a um ou a vários projetos da empresa.

Por fim, vamos à questão. A dificuldade dessa questão estava no fato dela
não fornecer ao candidato as opções com os nomes bonitinhos. Quando ele
fala que descentraliza para as unidades em cada país, fica na cara que é
departamentalização por localização geográfica, mas nas opções não tem
isso. Mas quando você ler as opções percebe que a única que faz alguma
menção à divisão levando em consideração a geografia é o item A. Algumas
pessoas ainda pensaram na letra E, por falar a palavra “transnacional”, mas
quando fala o combinada dá a entender que ele está combinando vários
países e é justamente isso que a questão diz o contrário, ele está
descentralizando de acordo com o país.

RESPOSTA LETRA A
31. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 16 DE ABRIL DE 2011 7 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Em uma construtora, os colaboradores passam por um processo de absorção


da cultura organizacional desde o momento de ingresso, por meio de
sequências repetitivas de atividades que expressam e reforçam os valores
principais da organização.

A que mecanismo(s) os colaboradores são expostos?

(A) Histórico.
(B) Linguagem.
(C) Personalização.
(D) Símbolos materiais.
(E) Rituais e cerimônias.

COMENTÁRIO

A resposta dessa questão é encontrada em livros específicos sobre


cultura organizacional, desenvolvimento organizacional e, alguns conceitos,
nos livros de TGA e RH. Pois vamos à teoria.

Cultura organizacional é um modelo de pressupostos básicos, que


determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo
de aprendizagem para lidar com problemas de adaptação externa e
integração interna. Esse conceito quem deu foi Edgar Schein (1984).

Se colocarmos em miúdos esse conceito, notamos que a cultura


organizacional é a experiência da empresa, juntamente como seus valores.
Ou seja, cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças, atitudes,
normas e padrões compartilhados que moldam e influenciam o
comportamento e as expectativas dos empregados, bem como o desempenho
e os resultados organizacionais.

O problema de se analisar a cultura de uma organização é que nem tudo da


cultura está à vista. Tem valores e conceitos intrínsecos que fazem parte da
cultura, por isso se diz que a cultura é composta dos aspectos visíveis,
facilmente notados na organização como tecnologia, vestuário, slogans etc.; e
os aspectos invisíveis, de difícil observação como emoções, relacionamentos,
sentimentos etc.

Algo que caracteriza muito bem uma organização são os valores


fundamentais que ela possui. Normalmente esses valores fundamentais se
manifestam através de:
– Símbolos: Objetos, atos ou eventos que enfatizam um significado
expressivo para a organização.

– Heróis: São as pessoas que, pela realização de atos extremos, tornam-se


ícones organizacionais e servem de exemplo.

– Slogans: São as frases, sentenças oi descrições de efeitos que expressam


valor ou significado. Mais ou menos como um grito de guerra.

– Histórias: São narrativas baseadas em fatos reais ocorridas na organização,


que são repetidas e passadas aos empregados que chegam, para que se
preserve o valor organizacional.

– Ritos, rituais e cerimônia: São atividades que objetivam valorizar as


realizações dos elementos da organização, reforçando e premiando
publicamente os comportamentos considerados aceitáveis.

Você, aluno calejado de concursos, com certeza mataria essa questão na


lógica das alternativas. Pois a única que indica algum tipo de atividade que
pode ser repetida para reforçar a cultura organizacional é a que fala de ritos,
rituais e cultura, mas espero que o resumo tenha ajudado.

RESPOSTA LETRA E
32. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 16 DE ABRIL DE 2011 5 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

Os executivos de uma confecção de uniformes profissionais decidiram alinhar


sua estrutura organizacional visando à implementação de uma estratégia de
liderança em custo. Para tal, a empresa se concentrou em adotar uma
estrutura funcional, por meio das seguintes iniciativas:

I – uma concepção orgânica foi adotada, com funções menos estruturadas;


II – a coordenação das funções foi centralizada em determinados
funcionários;
III – a área de operações foi destacada, e procedimentos foram formalizados.

Em estrutura funcional, é(são) compatível(eis) com a estratégia de liderança


em custo APENAS a(s) iniciativa(s)

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

COMENTÁRIO

Essa questão bateu ali na linha do Michael Porter, quando falou da


estratégia de liderança em custo. Aí o candidato começa a vir com todas as
idéias de estratégias na cabeça. Daí a questão dá uma misturada com a
departamentalização funcional e, no fim, pede para você intercalar os dois
assuntos. Pois vamos falar parte por parte.

Comecemos pelas estratégias genéricas, falado por Michael Porter.


O gráfico demonstra as estratégias relacionando a vantagem competitiva (se
será pelo meio da diferenciação ou por meio de custos baixos) com o escopo,
ou seja, o alvo (amplo ou restrito). Falando um pouco de cada um:

– Liderança em custo: A empresa centra seus esforços na eficiência


produtiva, amplia o volume de produção, minimiza gastos com propaganda,
assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, gerando preços
altamente atrativos.

– Diferenciação: A empresa investe pesado na imagem, em tecnologia,


pesquisa e desenvolvimento, pós-venda, pesquisa de mercado, qualidade
com o objetivo de dar ao consumidor um produto diferenciado.

– Foco nos custos e foco em diferenciação: A empresa escolhe um segmento


específico, um nicho de mercado para se especializar e usa de uma das
estratégias acima descritas para vender.

Esse é um resumo da teoria das estratégias genéricas.

Quanto à departamentalização funcional, já foi discutido o assunto na questão


30, porém vamos retomar:

Departamentalização por funções: Ou funcional. É o agrupamento de acordo


com a semelhança entre as funções principais desenvolvidas. É a mais
comum de se ver em empresas, pois cada tipo de atividade da empresa fica
com um setor. Por exemplo: Departamento de vendas, departamento
financeiro, departamento de produção etc. Dentro de cada departamento
existem funções que são parecidas, por exemplo, dentro do Financeiro há as
atividades contas a pagar, contas a receber, contabilidade, fiscal, custos,
orçamento e controladoria. Normalmente cada função dessa tem seu
supervisor, coordenador ou um funcionário que exerce esse papel.

Pois bem, vamos analisar item a item, como de costume:

I – uma concepção orgânica foi adotada, com funções menos estruturadas; –


Na departamentalização por funções, as funções são bem estruturadas.
Falsa.

II – A coordenação das funções foi centralizada em determinados


funcionários; – Esse é um dos conceitos da departamentalização funcional.
Além disso auxilia na redução de custos, já que o controle é maior e exercido
por poucas pessoas. Além do fato de você não estar promovendo esse
funcionário para coordenação e sim delegando funções de coordenação para
ele. Verdadeira.
III – a área de operações foi destacada, e procedimentos foram formalizados.
– Uma das características da departamentalização funcional é o destaque de
cada de área da empresa em departamento. A formalização de
procedimentos evita o “improviso” e, com ele, os custos do erro. Todos os
procedimentos estão exatos e devem ser seguidos a risca, facilitando a
projeção dos custos e o processo de treinamento, caso haja substituição de
funcionários. Verdadeira.

RESPOSTA LETRA E
33. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 18 DE ABRIL DE 2011 8 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

A adoção de uma estratégia de diversificação no nível corporativo envolve a


decisão de quantos e quais negócios a empresa virá a desenvolver, sugerindo
a mudança de uma estrutura funcional para uma estrutura multidivisional.

PORQUE

O aumento da diversificação dos negócios no nível corporativo gera


problemas de processamento de informação, coordenação e controle com os
quais a estrutura funcional tem grandes dificuldades de lidar.

A esse respeito, conclui-se que

(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) as duas afirmações são falsas.

COMENTÁRIO

Esse tipo de questão é bastante complicada (na minha opinião), pois além de
analisar as duas afirmativas, o candidato ainda tem que relacionar se a
segunda explica ou não a primeira. Fato que na hora do nervosismo pode
confundir bastante.

Vamos à nossa teoria:

No livro economia da estratégia, Besanko, Dranove e Shanleu dizem que a


estrutura multidivisional compreende um conjunto de divisões autônomas
coordenadas por um escritório central, o qual tem a assistência de um apoio
corporativo que fornece informações sobre o ambiente interno e externo. A
estrutura multidivisional organiza-se por linhas de produto, unidades de
negócios relacionados, geografia ou tipo de cliente. Trocando em miúdos,
com exceção da funcional, os outros de departamentalização que falamos na
questão 30 são estruturas multidivisonais.
Chiavenato nos diz as desvantagens da estrutura funcional e, assim,
encontramos base para as duas afirmações da nossa questão, senão
vejamos:

“A departamentalização funcional apresenta algumas desvantagens:

a. Reduz a cooperação interdepartamental, pois exige forte concentração


intradepartamental e cria barreiras entre os departamentos devido à ênfase
nas especialidades.

b. É inadequada quando a tecnologia e as circunstâncias externas são


mutáveis ou imprevisíveis.

c. Dificulta a adaptação e a flexibilidade a mudanças externas, pois a sua


abordagem introvertida não percebe e nem visualiza o que acontece fora da
organização ou de cada departamento.

d. Faz com que as pessoas focalizem seus esforços sobre suas próprias
especialidades em detrimento do objetivo global da empresa.”

Pois bem, vamos às afirmações:

I – A adoção de uma estratégia de diversificação no nível corporativo envolve


a decisão de quantos e quais negócios a empresa virá a desenvolver,
sugerindo a mudança de uma estrutura funcional para uma estrutura
multidivisional. – Sim, quanto mais diversificação de negócio, mais difícil fica
da empresa se adaptar à estrutura funcional. Na desvantagem C diz que a
estrutura funcional tem dificuldades de olhar para fora, para o embiente
externo e isso é inconcebível no nível corporativo, onde são tomadas
decisões globais. Portanto afirmação verdadeira, mudanças são necessárias.

II – O aumento da diversificação dos negócios no nível corporativo gera


problemas de processamento de informação, coordenação e controle com os
quais a estrutura funcional tem grandes dificuldades de lidar. – Exatamente.
Qualquer diversificação gera problemas de processamento, quantidade de
dados para serem lidos e interpretados, canais diversos, tornam a busca pela
informação e seu processamento mais complicado, além da coordenação e o
controle se tornarem mais necessários e difíceis, tendo que ser específico em
cada unidade e não mais por função da empresa. E essa dificuldade está
estampada no trecho do Chiavenato acima.

Portanto a duas alternativas verdadeiras e sim, a estrutura tem de sofrer


mudanças pela dificuldade da estrutura divisional em lidar com os novos
desafios e problemas que uma diversificação traz. A 2ª justifica a 1ª.

RESPOSTA LETRA A
34. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 18 DE ABRIL DE 2011 4 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Uma empresa de prestação de serviços educacionais vem preocupando-se


crescentemente com a necessidade de redigir documentos, projetos e
procedimentos. Essa organização está buscando ampliar seu conhecimento

A) organizacional.
(B) individual.
(C) implícito.
(D) explícito.
(E) tácito.

COMENTÁRIO

Questão sobre Gestão de Conhecimento, (também como


Aprendizagem Organizacional, Administração do Conhecimento e alguns
outros nomes você encontra essa parte em livros de RH/Gestão de Pessoas
ou, às vezes, em Estratégia Empresarial).

Essa questão era relativamente fácil. Mas de uma matéria, que pelo que
percebo em vários colegas, passou despercebido na faculdade.

Davenport e Prusak dão o seguinte conceito: “Conhecimento é uma mistura


fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight
experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e
incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é
aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar
embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas,
processos, práticas e normas organizacionais.”

Bonitas palavras para descrição do conhecimento. Conceito que


subjetivamente todos sabem, porém é difícil transpor em palavras. Por vamos
ainda aos tipos existentes de conhecimento:

Conhecimento tácito (subjetivo): está totalmente ligado ao ser humano,


específico ao contexto social e individual, sendo de difícil formalização e
transmissão. Não é propriedade de uma organização ou de uma coletividade.

Conhecimento explícito (objetivo): se refere ao conhecimento que pode ser


transmitido em linguagem formal e sistemática. Envolve o conhecimento dos
fatos; é obtido principalmente através da informação; quase sempre pode ser
adquirido pela educação formal; e está documentado em livros, manuais,
bases de dados, páginas na INTERNET, entre outras formas.
Conhecimento Implícito: é um conceito mais recente e que serve para
descrever conhecimento que, embora ainda não tenha sido documentado, é
passível de o ser. É conhecimento que possuímos e que somos capazes de
transmitir, de forma mais ou menos assistida.

Conhecimento Individual: O conhecimento individual é aquele que se acha


representado pela educação, experiência, habilidades e atitudes das pessoas
que trabalham na empresa. Não é propriedade da companhia, pois, tem
caráter subjetivo. A pessoa exerce seu conhecimento em suas funções,
porém vai para casa e leva o conhecimento junto. É a capacidade intelectual
individual.

Conhecimento Organizacional: Formado, basicamente, pelos conhecimentos


individuas juntos e moldados para a filosofia de uma empresa, que as
enriquece por meio de tecnologias e dando mais condições para que esses
conhecimentos se somem e cresçam.

Pois bem, dito isso, a de uma organização necessidade de redigir,


documentar os projetos e procedimentos vem para explicitar conhecimentos.
Ou seja, aumentar seu conhecimento explícito.

RESPOSTA LETRA D
35. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 18 DE ABRIL DE 2011 1 0 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 0 1 1 , Q U ES T Õ ES

O conceito de estratégia, quase sempre, é associado à ideia de plano ou de


um curso de ação conscientemente pretendido. Porém, os acadêmicos e os
profissionais de RH já reconhecem que a estratégia é consistência no
comportamento, pretendida ou não. Nesse caso, a estratégia é reconhecida
como

(A) perspectiva.
(B) política.
(C) posição.
(D) padrão.
(E) pretexto.

COMENTÁRIO

O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi…


hehehe! Eu tinha que fazer essa piada, pra quem assistiu o tropa de elite 1,
desculpem-me!

Vamos à questão.

Se formos atrás do conceito de estratégia, aparecerão inúmeros conceitos de


vários autores diferentes, os dois principais são Mintzberg e Porter, pois
vamos ao que eles falam.

“Estratégia é uma força mediadora entre a organização e o seu meio


envolvente: um padrão no processo de tomada de decisões organizacionais
para fazer face ao meio envolvente”. Esse foi o conceito dado por Mintzberg.
Diz que a estratégia define padrão de ações, ou seja, ligado ao plano de
ações, como a própria questão fala.

Já Porter fala: “Estratégia competitiva são ações ofensivas ou defensivas para


criar uma posição defensável numa indústria, para enfrentar com sucesso as
forças competitivas e assim obter um retorno maior sobre o investimento”.

Mas, no caso da questão, fala especialmente do livro de Mintzberg, O


Processo da Estratégia que apresenta cinco tipificações para estratégia:
plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. O texto a seguir foi tirado do
site administradores no artigo escrito, e muito bem escrito, por Lucas
Cassiano. Nesse trecho ele, basicamente, copiou o livro de Mintzber segundo
o próprio artigo. Pois vamos ao trecho:
Mintzberg “apresenta cinco tipificações para estratégia: plano, pretexto,
padrão, posição e perspectiva:

Estratégia como Plano: “Algum tipo de curso de ação conscientemente


engendrado, uma diretriz (ou conjunto de diretrizes) para lidar com uma
determinada situação”. Nessa acepção encontram-se duas características
essenciais para a estratégia: a) é preparada previamente às ações as quais
se aplicam; e b) é desenvolvida consciente e deliberadamente . Portanto,
tratar-se-ia da deliberação consciente de como se tentará realizar ou não
determinada ação, como, v.g., a pessoa antes de deslocar-se até seu local de
trabalho pode escolher entre ir de carro ou de ônibus e a empresa pode
decidir sua estratégia para dominar o mercado prestando um novo serviço ou
qualificando um já existente. Ainda dentro da idéia de estratégia como plano,
esta pode ser genérica ou específica.

Em sentido específico, a estratégia pode ser entendida como um pretexto,


caracterizando-se por ser uma manobra específica com a finalidade de
enganar o concorrente ou o competidor. Um garoto possui uma estratégia
para pular uma cerca, porém, ele pode fazê-lo com o pretexto de atrair um
marginal para seu quintal, onde seu cachorro aguarda os intrusos. Da mesma
forma, a empresa que ameaça expandir a capacidade de sua fábrica apenas
para desencorajar um concorrente que pretende construir uma nova fábrica.
Nesse caso, a estratégia real constitui-se de uma ameaça ao concorrente e
não a expansão em si, que é um pretexto ou blefe. Se as estratégias podem
ser pretendidas (planos gerais ou pretextos específicos), também podem ser
realizadas, tornando a definição delas apenas como plano insuficiente.

A terceira definição, com abrangência do comportamento resultante, propõe a


acepção de estratégica como padrão, especificamente, padrão em um fluxo
de ações. Por esta definição, quando Picasso pintou em azul durante algum
tempo, isso era uma estratégia, assim como foi o comportamento da Ford
Motor Company quando Henry Ford ofereceu seu Modelo “T” somente na cor
preta. Em outras palavras, por esta definição, a estratégia é consistência no
comportamento, quer seja pretendida ou não. No mencionando sentido, toda
a vez que se rotula de estratégia uma determinada consistência de
comportamento decorrente de um fluxo de ações, como de um gerente que
faz a mesma coisa em relação a um concorrente ou à cúpula de sua própria
firma, está-se diante da definição da estratégia como padrão. Pode-se
presumir que existe um plano por trás desse padrão, atribuindo-se intenção
predeliberada nessa consistência, contudo tal premissa pode demonstrar-se
falsa, pois a consistência comportamental não exige necessariamente a
existência de um plano preconcebido. Do mesmo modo, a estratégia como
plano e a estratégia como padrão podem ser independentes uma da outra: os
planos podem não ser atingidos, enquanto que os padrões poderão surgir na
ausência de intenções ou a despeito delas.
A quarta definição é a de estratégia enquanto posição, que significa a
maneira como a organização coloca-se em relação ao ambiente externo
(concorrentes, clientes, fornecedores, governo, etc.) e interno (funcionários,
administradores, sócios, etc.) . Assim, uma organização pode posicionar-se
frente ao seu ambiente por meio de uma estratégia de diferenciação que lhe
possibilita cobrar preços elevados e condizentes com a qualidade e
diferenciação de seus serviços, ou adotar, deliberadamente ou não, uma
posição de mercado desvantajosa que não lhe permita cobrar preços
diferenciados ou reduzir custos. Salienta-se que a estratégia enquanto
posição é compatível com as definições anteriores, pois uma posição pode
ser pretendida e preestabelecida por meio de um plano e/ou alcançada em
decorrência do padrão de comportamento.

Considerando que a estratégia como posição olha para fora, procurando


posicionar a organização no ambiente, a última definição, estratégia
enquanto perspectiva, olha para dentro das cabeças dos estrategistas,
coletivamente, entendendo estratégia não apenas como uma posição
escolhida ou alcançada, mas também como uma maneira arraigada de ver o
mundo . A estratégia seria uma perspectiva compartilhada pelos membros de
uma organização através de suas intenções e/ou pelas suas ações, sendo,
neste contexto, uma mente coletiva, ou seja, indivíduos unidos pelo
pensamento comum e/ou comportamento.”

Esse trecho nos deixa bem tranquilos e certos da resposta que o conceito que
fala de estratégia como padrão cita, em todas as palavras, que trata estratégia
como consistência no comportamento. Um conselho: tenha um bom livro de
estratégia em casa. Ficha certa em prova de administradores.

RESPOSTA LETRA D
36. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 18 DE ABRIL DE 2011 8 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

O proprietário de um restaurante especializado em comida japonesa, com


apenas 15 mesas, localizado no centro comercial da capital, resolveu
modificar sua estratégia de atuação. Visava a ganhos totais mais elevados a
partir da redução da equipe de atendimento e redução do preço final aos
consumidores interessados nesse tipo de comida. Para tal, optou por adotar o
formato self service, com venda por quilo no horário do almoço.
O caso descrito envolve a adoção de uma estratégia genérica de
(A) Diferenciação.
(B) Foco em Custo.
(C) Foco em Diferenciação.
(D) Liderança em Custo.
(E) Economia de Escopo.

COMENTÁRIO

Nessa questão a CESGRANRIO bateu novamente na tecla das estratégias


do Michael Porter, vamos à teoria, igualmente à questão 32.
O gráfico demonstra as estratégias relacionando a vantagem competitiva (se
será pelo meio da diferenciação ou por meio de custos baixos) com o escopo,
ou seja, o alvo (amplo ou restrito). Falando um pouco de cada um:

– Liderança em custo: A empresa centra seus esforços na eficiência


produtiva, amplia o volume de produção, minimiza gastos com propaganda,
assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, gerando preços
altamente atrativos.

– Diferenciação: A empresa investe pesado na imagem, em tecnologia,


pesquisa e desenvolvimento, pós-venda, pesquisa de mercado, qualidade
com o objetivo de dar ao consumidor um produto diferenciado.

– Foco nos custos e foco em diferenciação: A empresa escolhe um segmento


específico, um nicho de mercado para se especializar e usa de uma das
estratégias acima descritas para vender.

Pois vamos ao que a questão nos dizia. Primeiramente, ele fala em redução
da equipe, redução do preço, já associamos ao custo. Mas nos sobra
Liderança ou foco? O correto é foco, pois ele estreita o alvo de quando ele diz
“consumidores interessados nesse tipo de comida”. Ou seja, restringiu a um
grupo estreito de consumidores, portanto foco em custo.

RESPOSTA LETRA B
37. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 19 DE ABRIL DE 2011 4 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

Os executivos de uma empresa de mineração decidiram ampliar a atuação da


organização para outros negócios. Optaram por desenvolver a siderurgia por
meio de alianças com empresas estrangeiras e a logística por contrato de
concessão de ferrovias e portos. Foi criada, também, uma nova empresa
dedicada à geração de energia por usinas termelétricas.

Conclui-se que o motivo para a estratégia de diversificação é

(A) promover concorrência multiponto.


(B) reduzir remuneração dos gerentes.
(C) obter economias financeiras.
(D) superar desempenho ruim.
(E) proporcionar integração vertical.

COMENTÁRIO

Você encontra, facilmente, esse assunto em livros de estratégia. Na parte de


estratégias de crescimento ou diversificação. Pois vamos à teoria:

É óbvio que toda empresa quer crescer e para isso ela tem que desenvolver
uma estratégia bem definida, para que siga de padrão para suas ações.

O crescimento interno é conseguido através do aumento nas vendas, da


capacidade de produção e da força de trabalho. Ele não inclui apenas o
crescimento do mesmo negócio, mas também a criação de novos negócios,
seja em direção horizontal ou vertical. Permitam-me buscar informações de
um livro, disponível gratuitamente no site da FAE. É uma coleção de Gestão
Empresarial, muito bem feita e resumida. Vale a pena! E saibam que eu num
estou recebendo nada para falar isso. É resumido, mas ótimo! Enfim, no
capítulo de Estratégia Empresarial o livro nos traz:

“Algumas empresas optam pelo crescimento através da aquisição de outras


organizações. Na integração vertical, envolve o crescimento através da
aquisição de outras organizações num canal de distribuição. Quando uma
organização adquire outras companhias que a suprem, ela se engaja na
integração inversa. A organização que adquire outras empresas que estejam
mais próximas dos usuários finais do produto (atacadistas, varejistas) está
engajada na integração direta. A integração vertical é usada para obter maior
controle sobre uma linha de negócios e aumentar os lucros através de maior
eficiência, ou melhor esforço de vendas.
Na integração horizontal, envolve o crescimento através da aquisição de
empresas concorrentes numa mesma linha de negócios. É adotada num
esforço para aumentar seu porte, vendas, lucros e participação potencial no
mercado de uma organização.

Na diversificação, envolve o crescimento através da aquisição de empresas


em outras indústrias ou linhas de negócios. Quando a empresa adquirida tem
produção, tecnologia, produtos, canais de distribuição e/ou mercados
similares aos da empresa compradora, a estratégia é chamada de
diversificação relacionada ou concentrada. Ela é utilizada quando a
organização pode adquirir maior eficiência ou impacto no mercado através do
uso de recursos compartilhados. Quando a empresa adquirida é de uma linha
de negócios completamente diferente, a estratégia é chamada de
diversificação não-relacionada ou conglomerada.

Uma empresa também pode crescer através de fusões e joint ventures.


Na fusão, uma companhia se une a outra para formar uma nova organização.
Na joint venture, uma organização trabalha com outra num projeto
específico, muito grande para ser controlado somente por ela, tal como alguns
elementos do programa espacial.”

Só terminando, falar da tal da concorrência multiponto. São quando empresas


com vários negócios concorrem com outras do mesmo jeito. Notem que, na
concorrencia multiponto, não é criada uma nova empresa e sim uma empresa
multinegócio concorrendo com outras multinegócio.

Podemos perceber facilmente, depois dessa leitura rápida, que a questão está
nos dando uma estratégia de integração vertical, já que está se unindo ou
adquirindo companhias da mesma cadeia produtiva. Mineração, siderurgia e
logística, funcionando como canal de distribuição. O finalzinho da questão
manda uma termelétrica para tentar confundir o candidato. Mas notem, que
em momento algum, ele fala onde vai ser usada a energia gerada. Mas a
questão não é clara, foi só para tentar confundir mesmo.

RESPOSTA LETRA E
38. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 19 DE ABRIL DE 2011 5 C OM E NTÁ R I OS M A R K ETI NG , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

O conselho diretor de um conglomerado industrial decidiu ampliar os


investimentos em uma unidade estratégica de

negócios, cuja participação relativa de mercado e a taxa de crescimento são


altas. Essa decisão deveu-se ao fato de a unidade ser lucrativa, porém
consumir um investimento razoável para competir com muitos concorrentes
que são atraídos para um mercado que cresce rápido.

Segundo a matriz BCG, essa unidade é classificada pela expressão

(A) estrela.
(B) cão.
(C) abacaxi.
(D) vaca leiteira.
(E) ponto de interrogação.

COMENTÁRIO

A matriz BCG é bastante simples de ser entendida e, principalmente


pela CESGRANRIO, bem cobrada em provas.

É uma matriz que leva em conta o crescimento do mercado e a participação


relativa do mercado.
São quatro tipos de produtos, cada um deles com suas características:

Pontos de Interrogação: Mercado em alto crescimento, porém a empresa tem


baixa participação no mercado. O ponto de interrogação é usado em forma de
questão mesmo, a empresa deve fazer uma análise desse produto, se ele vai
ou fica. Investimentos para tentar aumentar a participação no mercado devem
ser detalhadamente analisados.

Estrelas: Produto com alta participação no mercado e o mercado se encontra


em crescimento alto. Pode ser um interrogação que foi bem sucedido. A
empresa deve investir pesado nesse produto, para não perder participação no
mercado, já que ele está crescendo em altas taxas e tende a chamar
concorrência.

Vaca Leiteira: Quando o crescimento do mercado é baixo, mas o produto tem


uma alta participação nele. Geralmente é o que gera mais caixa, pois como o
crescimento está baixo, não atrai a concorrência e o produto mantém sua
participação. Investimentos nesse produto somente para manutenção de
mercado. Pode ser um produto estrela cujo mercado diminuiu o crescimento.

Abacaxi ou cachorro: Participação de mercado baixa e mercado também sem


crescimento. Geram poucos lucros ou talvez até prejuízos. Geralmente a
empresa tende a fazer planos para extinguir esse produto.
Uma observação, o porquê da comparação com cachorros eu não sei.
Geralmente as pessoas gostam de cachorros.

Enfim, o enunciado nos traz um produto com alta participação e altas taxas de
crescimento do mercado. Estamos falando de um produto estrela. Fácil essa
questão!

RESPOSTA LETRA A

OBS: Durante a explicação eu sempre falei “Produto”, mas leiam “Produto ou


Serviço”.
Imagem retirada do Portal do Marketing
39. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 19 DE ABRIL DE 2011 9 C OM E NTÁ R I OS ES TR A T ÉG I A , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

O planejamento estratégico deve levar em conta o grupo estratégico ao qual a


empresa pertence, tornando as análises mais fáceis e mais úteis.

PORQUE

As empresas que pertencem a um mesmo grupo estratégico, ocupam


posições diferentes no mercado, oferecem bens diferentes para um conjunto
de clientes também diferentes, de forma que a sua participação no grupo
define

parcialmente as características essenciais da estratégia da empresa.

A esse respeito, conclui-se que

(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) as duas afirmações são falsas.

COMENTÁRIO

Sinceramente galera, sou só eu ou todos acham esse tipo de questão chata?

Mas vamos lá! Quem quer CESGRANRIO tem que se acostumar.

Vamos definir o que é esse tal grupo estratégico da empresa.

Grupo estratégico é um conjunto de organizações/empresas que fazem parte


da mesma indústria, ou seja, do mesmo setor. Por exemplos escolas, fábricas
de automóveis e assim por diante.
Com essa pequena definição já dá para analisar as questões. Algumas
pessoas se confundiram nesse conceito. Vamos às análises:

O planejamento estratégico deve levar em conta o grupo estratégico ao qual a


empresa pertence, tornando as análises mais fáceis e mais úteis. – Sim,
primeiramente, em um planejamento estratégico não tem motivos de uma
empresa olhar outros grupos estratégicos. Pra quê uma escola vai olhar a
concorrência de uma farmácia? Mesmo que não tivesse essa definição de
Grupo Estratégico na cabeça, poderia raciocinar pelo seguinte: quanto mais
eu restrinjo uma análise, quanto menos variáveis eu tomo, mais simples fica
essa análise. Portanto alternativa verdadeira.

As empresas que pertencem a um mesmo grupo estratégico, ocupam


posições diferentes no mercado, oferecem bens diferentes para um conjunto
de clientes também diferentes, de forma que a sua participação no grupo
define parcialmente as características essenciais da estratégia da empresa. –
Justamente o contrário da definição de grupos estratégicos. O grupo
estratégico é justamente sua concorrência. Mesmos bens competindo pelos
mesmos clientes. Alternativa Falsa.

RESPOSTA LETRA C
40. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 19 DE ABRIL DE 2011 5 C OM E NTÁ R I OS P ETR OB R A S 2 0 11 , Q U ES T Õ ES ,R E C UR S OS H UM A N OS

Os estilos de liderança consistem nas atitudes de um líder frente a seus


seguidores. Diversos autores apontam três formas de liderança: autocrática,
democrática e laissez-faire. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I – Um supervisor que está preocupado exclusivamente com a produção e os


prazos de entrega, desconsidera as opiniões de seus seguidores e centraliza
as decisões da organização é um líder autocrático.

II – Um gerente que deixa todas as decisões nas mãos dos seguidores e


cobra apenas os resultados pode ser classificado como um líder democrático.

III – É característica da liderança laissez-faire a participação de seguidores no


processo de tomada de decisão e a definição compartilhada de objetivos e
estratégias.

Está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

COMENTÁRIO

Liderança tem sido assunto bastante batido em provas para


administrador, é sempre bom estar atento a esse assunto:

Pois vamos aos tipos de liderança:

1 – Autocrático: O líder centraliza autoridade, a decisão é sempre dele e a


opinião dos subordinados é irrelevante. Ele define os métodos de trabalho e
age extremamente dominante, sempre usando o poder da posição.

2 – Democrático: Encoraja a participação de todos, delega autoridade, debate


regras e diretrizes e é mais voltado para orientação e explicações. Usa o
poder pessoal. Mas lembrem-se, ele pede opinião, mas a decisão é dele. Ele
ouve o grupo, mas pode ou não aceitar o que eles dizem. Diferente do
autocrático que nem ouve.
3 – Liberal ou laissez-faire: Deixa tudo na mão do grupo. Todas as decisões
são tomadas pelos indivíduos do grupo sem que o líder tenha nenhum
controle. É um líder completamente omisso.

Essas são os três principais, existem diversos outros, afinal a administração é


altamente mutável e, com essas mudanças surgem novas teorias. Mas a
grande maioria, normalmente, são só variações dessas três.

Visto isso e comparando com os itens temos:

I – Um supervisor que está preocupado exclusivamente com a produção e os


prazos de entrega, desconsidera as opiniões de seus seguidores e centraliza
as decisões da organização é um líder autocrático. Corretíssimo.

II – Um gerente que deixa todas as decisões nas mãos dos seguidores e


cobra apenas os resultados pode ser classificado como um líder democrático.
– Colocaram a definição de um líder laissez-faire e disseram democrático.
Errado.

III – É característica da liderança laissez-faire a participação de seguidores no


processo de tomada de decisão e a definição compartilhada de objetivos e
estratégias. – Inverteram com o democrático. Errado.

RESPOSTA LETRA A
41. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 20 DE ABRIL DE 2011 6 C OM E NTÁ R I OS M A R K ETI NG , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

Depois de realizar uma pesquisa de mercado, o diretor de marketing de uma


rede de postos de combustíveis percebeu que deveria atuar mais fortemente
junto aos consumidores que abastecem semanalmente seus carros. A
segmentação realizada pela empresa foi feita com base

(A) no comportamento de compra.


(B) em pensamentos e sentimentos.
(C) em dados demográficos.
(D) em análise psicográfica.
(E) em fontes geográficas.

COMENTÁRIO

Segmentação de mercado é bastante falado em provas e facilmente


encontrado nos livros de Administração de Marketing. Para essa questão
usarei o “Administração de Marketing: A Bíblia do Marketing”, de Philip Kotler
e Kevin Lane Keller. Veremos o que ele fala de segmentação de mercado.

Um segmento de mercado consiste em um grande grupo de consumidores


que possuem as mesmas preferências. Pode-se distinguir pessoas que
querem carro como, simplesmente, um transporte de pessoas que querem
alto desempenho, luxo e segurança. Deve-se tomar cuidado para diferenciar
Segmento de Setor. Uma empresa automobilística pode dizer que vai focar
em compradores jovens de classe média. O problema é que compradores
jovens de classe média diferem em suas preferências sobre carros. Alguns
querem populares, outros de luxo. Compradores jovens de classe média é um
setor, não um segmento.

O profissional do marketing não cria segmento para empresa, na verdade ele


identifica o que a empresa pretende e concentrará esforços neles. Pois vamos
aos tipos de segmentação:

Segmentação geográfica: É o marketing regional. As variáveis sempre serão


ligadas à geografia do lugar, não só à localização no globo, mas também ao
porte da cidade ou região, densidade e área.

Segmentação demográfica: Já demos uma idéia lá na questão 25, mas é


quando se divide em grupos de variáveis básicas como idade, tamanho da
família, ciclo de vida da família, sexo, renda, ocupação, grau de instrução,
religião, raça, geração e classe social.
Segmentação Psicográfica: É a divisão em diferentes grupos com base no
estilo de vida, na personalidade e nos valores. Pessoas de um mesmo
ambiente demográfico podem ter perfis psicográficos diferentes.

Segmentação comportamental: As variáveis para divisão desse grupo são


seus conhecimentos, atitude, uso e resposta em relação ao produto.

Na questão, o segmento que se quer atuar mais fortemente é o de pessoas


que abastecem semanalmente. Não importante de onde eles vêm (não sei se
ainda tem acento na nova gramática, me desculpem), idade sexo, se é
saudável ou atleta. Nada disso, a única coisa que interessa é o hábito, o
comportamento padrão de abastecer 1 vez na semana. Segmentação
comportamental, ou baseada no comportamento de compra.

RESPOSTA LETRA A
42. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 20 DE ABRIL DE 2011 5 C OM E NTÁ R I OS M A R K ETI NG , P E TR OB R A S 2 01 1 , Q UE S T Õ ES

A direção se reuniu e realizou uma análise estratégica do crescimento da


empresa. A direção indicou que o caminho do crescimento da empresa passa
pela decisão de vender mais dos produtos atuais para novos mercados. Essa
estratégia de crescimento é denominada
(A) penetração de mercado.
(B) desenvolvimento do mercado.
(C) desenvolvimento do produto.
(D) diversificação.
(E) oportunidade.

COMENTÁRIO

Questão de estratégia. Quem já tinha dado uma olhada da Matriz de Ansoff


respondeu sem problemas. Pois vamos a ela:

Segundo Mintzberg, Igor Ansoff disse que podia-se aprimorar os negócios por
meio dessas quatro estratégias distintas, levando em consideração o mercado
e o produto.

O objetivo da Penetração de Mercado é fidelizar seus clientes e, como


consequência, aumentar o potencial de mercado de produtos existentes. Ou
seja, você está saindo de clientes ocasionais e tornando-os fidelizados, para
isso, o investimento em propaganda e promoções, o que acaba por atrair mais
clientes.

O Desenvolvimento de Mercado é a ampliação geográfica das


possibilidades de mercados para produtos atuais, fortalecendo a marca. Esse
fortalecimento pode ser fisica ou virtualmente. A empresa toma posição de
opção para os consumidores.
Com o Desenvolvimento de Produtos a empresa visa se manter atualizada
no mercado e, assim, tentar tornar o concorrente obsoleto. A empresa cria
produtos novos para clientes já existente, mas é preciso levar em conta o
risco da possível falta de adpatação dos clientes à novidades.

Na Diversificação Pura a empresa usa a credibilidade de sua marca, mas


para produtos completamente novos em mercados novos. Esse tipo tem
grande potencial de inovação e criatividade. Porém se a credibilidade da
marca estiver sendo questionada, ou seja, uma credibilidade “arranhada”, é
necessária uma completa disvinculação dessa marca, deixando de lado
qualquer referência a marca mãe.
E na questão? Diz, mesmos produtos, novos mercados. Estratégia de
desenvolvimento de mercado.

RESPOSTA LETRA B

Fonte da imagem: Wikipédia.


43. (CESGRANRIO – PETROBRAS – ADMINISTRADOR/2011)
B R UN O C A V A L C A NT E 20 DE ABRIL DE 2011 1 C OM E NTÁ R I O M A R K ETI NG , P ETR OB R A S 2 0 1 1 ,Q U ES T Õ ES

Estratégias de marketing global são mais eficientes quando clientes


potenciais, em países diversos, têm os mesmos tipos de necessidades e
desejos, e os mercados apresentam segmentação semelhante.

PORQUE

No longo prazo, a responsabilidade social é interessante para a organização,


pois é mais provável que os clientes venham a comprar de uma organização
se esta demonstrar preocupação com o bem-estar de seus clientes.

A esse respeito, conclui-se que

(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) as duas afirmações são falsas.

COMETÁRIO

Bem galera, sei que o público desse blog é todo de administradores formados
ou quase formados. Por isso acho que a primeira afirmação não teve
nenhuma dificuldade de ser considerada verdadeira. Quanto mais parecidos
os clientes de uma organização forem, menos marketing específico ela tem
que fazer. Ou seja, o marketing global é eficiente quando se tem públicos
parecidos em países diferentes. Eficiência no caso de uma estratégia de
marketing global é ser entendido em todos os países onde essa estratégia for
aplicada. Eficácia seria a estratégia dar certo e aumentar as vendas, só para
diferenciar bem.
Se pegarmos como exemplo aquelas propagandas de xampus femininos
(dublados de maneira horrível) é um marketing global eficiente, pois o público
no mundo todo são mulheres com cabelos danificados, por exemplo, então a
marca não precisa de uma propaganda para cada país, as mulheres de todos
os países entendem. Portanto é um marketing global eficiente pelo fato dos
mercados nos diferentes países apresentarem segmentação semelhante.
Pois bem, vamos a segunda que fala de Responsabilidade Social.
A empresa que se preocupar com a sociedade, fizer algo para ajudar terá
uma melhor imagem e, com isso, atrairá mais clientes. O problema maior foi
na afirmação “demonstrar preocupação com o bem-estar de seus clientes.”.
Alguns ficaram pensando que a preocupação não era só com o cliente e sim
com a sociedade em geral. O pensamento está corretíssimo, mas a questão
não restringe somente ao cliente, diz o bem-estar do cliente. Quando uma
empresa se preocupa com o bem-estar geral de uma sociedade, o seu cliente
está incluido nessa sociedade. Portanto a afirmativa está corretíssima.

Agora vem a parte mais difícil (que eu acho) nesse tipo de questão. Tentar
relacionar uma com a outra e saber se justifica. No caso está fácil, pois sabem
que responsabilidade social nada tem a ver com a eficiência da Estratégia
Global de Marketing. Portanto, não temos como dizer que a segnda justifica a
primeira.

RESPOSTA LETRA B

Potrebbero piacerti anche