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GESTÃO
Durante as civilizações foram utilizados vários tipos de registos de actividades comerciais, o mais
antigo que se conhecem são os registos nas tabuas de barro referente ao pagamento de salário na
babilónia por volta de 3600 a.c.
A partir de 1494 o Frade Luca Paccioli, escreveu o livro “Summa de Arthmética, geometria,
Proportionietproportionalista”, onde constavam fundamentos de partida dobrada.
Nesta época, a contabilidade dos custos de produção era bastante primitiva e tratava primeiro de
dar à gestão registos e relatórios sobre as operações do passado. A maior parte das decisões eram
tomadas com base em informações históricas combinadas com a intuição sobre o potencial
sucesso das propostas de acção.
Charles Babbage, autor Inglês do tempo da Revolução Industrial, escreveu o livro “On The
Economy of Machinery and Manufacturers” focando problemas de tempos de trabalho e de
cálculo de custos.
Trinta anos mais tarde Louis Mézières publicou o livro “ Industrial and Manufacturing Accounts”
com contributos fundamentais para o moderno sistema de custeio por Tarefa, Obra ou
Encomenda. Cada encomenda tinha a sua conta em que eram registados os materiais e a mão-de-
obra utilizada. Contudo, não fazia referência aos gastos gerais de fabrico no cálculo dos custos.
Por outro lado, toda a vida do indivíduo e dos grupos é actualmente encarada numa perspectiva
social, essencialmente humanista, pelo que os problemas empresariais decorrentes da
complexidade e instabilidade do meio têm de ser resolvidos sem comprometer a segurança do
pessoal, relativamente à estabilidade de emprego e ao nível da remuneração.
Assim, os responsáveis pela administração e gestão das empresas do nosso tempo defrontam-se
com problemas e responsabilidades cuja complexidade e gravidade se não podem comparar, em
quantidade e qualidade, com os tempos passados, quando, perante a simplicidade e estabilidade
das estruturas, o êxito dos negócios dependia especialmente da experiência, da intuição e do
espírito de iniciativa.
Hoje, na idade do social, a experiência é insuficiente, muitas vezes inoperante e sempre perigosa;
a intuição é arriscada quando as responsabilidades sociais do empresário o proíbem de se
Na realidade, a moderna gestão empresarial obriga, em cada momento, a pensar no futuro, apenas
lhe interessando o conhecimento do passado para compreender o futuro – conhecimento,
compreensão e previsão que possibilitam uma racional tomada de decisões relativamente ao:
a) Planeamento
Compreende:
- A definição dos objectivos (o quê e para quê);
- A escolha dos meios para alcançar esses objectivos (como), adoptando um
determinado modelo de actividades.
b) Controlo
Comparação entre as actividades planeadas e realizadas e análise dos respectivos
desvios, para accionamento de um mecanismo de “feedback”, que permite:
- A correcção das próximas actividades do modelo adoptado;
- A escolha de outro modelo de actividades, quando o anterior se revelar ineficaz;
- A revisão do método de previsão, quando o anterior se revelar pouco realista.
Ora, estas tarefas (planeamento e controlo) só podem ser satisfatoriamente realizadas quando os
respectivos responsáveis dispõem de informações abundantes, precisas e oportunas, as quais, na
sua maior parte, hão-de ser fornecidas pela Contabilidade, como técnica de informação ao
serviço da empresa.
De facto, o processo de tomada de decisões na empresa terá de se apoiar nas informações
contabilísticas, obtidas através do registo, análise e previsão económica passada, presente e
futura.
Processo de Produção nas Empresas Comerciais e Industriais
Embora em todas as empresas se verifique uma circulação interna de valores, a verdade é que nas
empresas comerciais a função de produção se reduz à sua expressão mais simples, podendo dizer-
Perante a descontinuidade dos fluxos físicos das entradas (compras) e das saídas (vendas), o
desenvolvimento harmonioso, regular e contínuo do processo de exploração é assegurado pela
armazenagem das mercadorias:
(figura 1)
APROVISIONAMENTO DISTRIBUIÇÃO
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO
Pelo contrário, nas empresas industriais o processo de produção assume toda a sua extraordinária
importância:
Entre as compras (de materiais) e as vendas (de produtos fabricados) situa-se todo um ciclo de
transformações, utilizando determinada tecnologia e exigindo determinado equipamento fabril.
Assim, nas empresas industriais, teremos de distinguir: antes de mais, as matérias compradas e as
matérias consumidas; depois, os produtos terminados e os produtos por ultimar; e, finalmente, os
produtos fabricados e os produtos vendidos:
(figura 2)
PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO
FÁBRICA
ARMAZEM ARMAZEM
DE Produção DE
MATÉRIAS em PROD FAB
Curso
ADMINISTRAÇÃO E FINANCIAMENTO
A contabilidade analítica pressupõe uma organização racional dos serviços da empresa, de acordo
com a moderna problemática do controlo da gestão, devendo apoiar-se no organigrama
funcional da empresa
Organigrama Funcional é o esquema ou gráfico que possibilita uma visão imediata e
global da sua estrutura e hierarquia funcional, conforme os princípios da autoridade e da
responsabilidade.
Numa empresa de dimensão média, poderemos ter, por exemplo o seguinte organigrama:
Conselho de Administração
Director-Geral
Por outro lado, a contabilidade analítica não poderá deixar de se adequar à estrutura do processo
tecnológico da produção, exigindo tal adequação um perfeito conhecimento, não só das várias
operações de transformação e do respectivo equipamento fabril, mas também das matérias
utilizadas (natureza, qualidade, fontes de abastecimento, prazos e condições de entrega, preços e
descontos, despesas de compra, etc.) e dos próprios produtos fabricados (natureza, qualidade,
mercado, preço, modalidades de venda, etc.).
Fabricar ou vender um produto, fazer funcionar um departamento, entregar uma mercadoria, são
exemplos de objectivos de uma empresa relativamente aos quais se torna necessário dispor de
informação sobre custos.
A contabilidade geral apura aquelas grandezas económicas de uma forma global (relativamente
ao conjunto da organização) não satisfazendo, por conseguinte, aquela necessidade. É a
contabilidade analítica que compete prosseguir aquelas finalidades. Ela constitui um subsistema
de informação que tem em vista a medida e análise dos custos, proveitos e resultados
relacionados com os diversos objectivos prosseguidos pelas organizações.
Salienta-se, pois, que o seu objecto são os custos, proveitos e resultados das organizações, que
determina e analisa, não de forma globalizante como acontece na contabilidade geral, mas sim de
forma analítica e de acordo com as necessidades da gestão da organização em causa.
A necessidade de contabilidade analítica faz-se sentir quer nas empresas quer noutras
organizações. E quanto a empresas, embora tenha sido nas indústrias que a contabilidade analítica
Como sabemos, a empresa é o organismo que reúne um conjunto de factores para, mediante
determinado processo, obter e trocar produtos com outros agentes económicos.
É um documento que mostra a situação económica duma empresa, isto é, a síntese dos efeitos
financeiros das operações realizadas pela empresa num específico período contabilístico ou num
dado período económico (em quanto é que contribuíram os financiamentos para o aumento do
valor/riqueza da empresa).
Para já, não poderemos esquecer que aquelas peças contabilísticas são obtidas com base em
normas rígidas (de avaliação e registo) e revelam um acentuado formalismo (na sua
apresentação), evidenciando valores por vezes afastados da realidade económica, por razões de
ordem jurídica ou fiscal (amortizações, por exemplo) ou em consequência do princípio da
prudência (não considerando ganhos potenciais).
Depois, convém recordar que aquelas informações são tradicionalmente obtidas considerando-se
a empresa como uma unidade financeira, gestora de um capital próprio, pelo que todo o processo
da contabilidade financeira está orientado para a determinação do excedente económico após a
remuneração, certa e contratada, dos factores de produção, sendo esse excedente (incerto e
variável) repartido pelos factores ainda não remunerados até ao momento, fundamentalmente o
capital próprio e o Estado.
Sendo esta preocupação prioritária da contabilidade financeira, é natural que as respectivas
informações não satisfaçam as múltiplas e diversificadas necessidades da gestão. De facto, a
demonstração dos resultados, que nos apresenta uma análise condensada e global do rédito da
empresa, é sem dúvida o seu documento mais importante para os gestores, mas é evidente que a
simples classificação dos custos e proveitos por natureza não permite:
Determinar a eficiência da empresa, como unidade financeira;
Analisar as condições internas da exploração, isto é, calcular os custos e rendimentos das
várias divisões, secções e centros de trabalho da empresa, para detectar quaisquer
anormalidades e promover a sua imediata correcção, ou seja, para controlar a
exploração;
Apurar os custos dos produtos fabricados e vendidos e, consequentemente, estabelecer
bases adequadas para a avaliação das existências, as quais terão de ser contabilizadas,
necessariamente, pelo método do inventário periódico ou intermitente;
Apurar as margens dos seus diversos produtos, isto é, as diferenças entre os proveitos e
os custos de produção directamente vinculados à obtenção e venda de cada produto,
Por outro lado, embora os custos futuros raramente coincidam com os custos passados ou
históricos, a
verdade é que estes são ainda a melhor base de previsão, pelo que o seu desconhecimento não
permite qualquer planeamento e, posteriormente, o respectivo controlo.
Finalmente, sabemos que a contabilidade financeira negligencia todos os fenómenos que se não
apresentem sob forma monetária, ignorando totalmente os chamados custos materiais (quantidade
de matérias consumidas, tempo de trabalho da mão de obra, número de Kw/h gastos, tempo de
trabalho das máquinas, etc.), em relação a um produto ou a um determinado período, os quais
muitas vezes são fundamentais para explicar os resultados obtidos.
Tais informações hão-de ser fornecidas por outro ramo da contabilidade – a contabilidade
analítica.
Organização
Após o planeamento, segue-se geralmente a função de organização. A palavra organizar, na
abordagem clássica e neoclássica, está relacionada com:
A inventariação e preparação dos meios materiais, financeiros e humanos necessários
para o alcance dos objectivos fixados;
A determinação das actividades a desenvolver;
O agrupamento das actividades em um padrão e estrutura lógicos, isto é, a definição da
estrutura conveniente para os diversos órgãos que constituem a empresa, e ainda das
funções, da autoridade e das responsabilidades não só desses órgãos mas das pessoas
responsáveis.
A função direcção implica que o administrador deve motivar, comunicar e liderar como se refere
na frase de Ernest Dale: “ (…) dizer a outras pessoas o que fazer e conseguir que elas o façam da
melhor maneira. Uma vez que o gerente tem de se utilizar do trabalho alheio, a sua capacidade de
fazer o pessoal produzir os resultados necessários determinará o seu sucesso ou fracasso.”
Controlo
Esta função é o resultado lógico do processo administrativo analisado, uma vez que é necessário
verificar em que medida o planeamento está a ser seguido.
Esta função visa, sobretudo, comparar as actividades planeadas com as realizadas, detectando e
contabilizando os desvios e permite:
Conhecer as causas explicativas dos desvios;
Tomar as decisões correctivas;
Rever os métodos de previsão adoptados.
As empresas de média ou de grande dimensão e com níveis de gestão evoluídos recorrem com
frequência às funções administrativas anteriormente referidas.
Seguidamente, elaboram-se os orçamentos que vão recorrer aos dados expressos nos programas e
traduzi-los em unidades monetárias.
Orçamento de vendas
Após a previsão das vendas em cada mês há que prever os preços de venda, de Modo a traduzir
as quantidades a vender em unidades monetárias.
Orçamento de compras
Orçamento de produção
É a expressão do custo previsto dos produtos a fabricar, de acordo com o programa de produção.
Orçamento de investimentos
Compreende todas as despesas de investimento necessárias.
Orçamento Financeiro
Após a elaboração dos orçamentos anteriores o gestor saberá o total dos recebimentos e
pagamentos de cada mês, o que lhe permitirá elaborar o orçamento de tesouraria para inventariar
os excessos ou as necessidades de cada mês. A sua síntese constitui o orçamento geral que os
coordena e que permite elaborar a demonstração de resultados previsional e ainda o balanço
previsional.
Cada um dos orçamentos desenvolve-se ao nível das secções que têm o seguinte papel:
Instrumentos de controlo dos gastos de uma secção;
Cálculos dos custos e proveitos.
A gestão orçamental que foi caracterizada tem de ser comparada, não só para que se possa
contabilizar os desvios, mas também as decisões correctivas adequadas.
Mas, na realidade, apenas existe uma contabilidade, isto é, uma única técnica de informação ao
serviço da empresa, utilizando-se aquelas expressões apenas para distinguir duas formas de
aplicação dessa mesma técnica, “propondo-se cada uma fornecer informações diferentes, para
responder a questões diferentes, situadas no quadro de responsabilidades diferentes e numa
perspectiva diferente.”
Assim, não podemos deixar de encontrar na contabilidade analítica uma generalização dos
processos da contabilidade financeira, muito embora a natureza das informações relativas à
Utilizando-se a mesma técnica contabilística, esses factos vão ser novamente considerados, agora
com vista à determinação de custos, proveitos, margens e resultados, por departamentos e
produtos, observando analiticamente as condições internas de exploração e proporcionando bases
de avaliação patrimonial.
A contabilidade analítica, pelo contrário, não estando sujeita a quaisquer imposições externas e
gozando de certa autonomia em relação à contabilidade geral (maior ou menor, consoante o
Em suma, a contabilidade analítica pode ser organizada em função das necessidades específicas
de cada empresa e deve fornecer, em tempo oportuno, as informações indispensáveis aos diversos
níveis de direcção, evidenciando as respectivas responsabilidades.
Características da Contabilidade Analítica
1. É organizada em função das necessidades de cada empresa e não está sujeita a quaisquer
constrangimentos na sua forma;
2. Serve a qualquer responsável da empresa independente da sua posição hierárquica;
3. Utiliza informações da Contabilidade Geral e dos documentos que lhe servem de base;
4. Deve ser actualizada e fornecer atempadamente as informações para a tomada de
decisões;
5. Deve estar para pôr em relevo as responsabilidades.
Exercício exemplo:
A Sociedade Yassidhine, Lda que produz um determinado produto apartir de uma determinada
materia prima. No mês de Outubro ultimo apurou os seguintes elementos:
Compras de matérias primas ……………………………………………………………... 2.800,00
Gastos de compra de matérias primas……………………………………………………….275,00
Descontos comercias obtidos nas matérias primas…………………………………………... 50,00
Salários dos operarios fabris ……………………………………………………………….. 700,00
Encargos socias referente ao salário………………………………………………………... 140,00
Ordenados do pessoal fabril ……………………………………………………………….. 200,00
Encargos socias referente aos ordenados fabris …………………………………………….. 40,00
Amortização do edifício e equipamento industrial ………………………………………… 300,00
Electricidade e água na fabrica………………………………………………………………..80,00
Ordenados de administracao ………………………………………………………………...300.00
Ordenados do pessoal de escritorio………………………………………………………….120,00
Encargos socias referentes aos ordenados………………………………………………...…240,00
Vendas de bens e serviço…………………………………………………………………..6.800,00
Descontos comercias concedidos nas vendas………………………………………………..140,00
Dados auxiliares e notas explicativas para a melhor percepção deste exercício ao estudante
Formula fundamental para o cálculo do inventário aprendida na contabilidade financeira
Inventário Inicial (Ii)
Inventário final (If)
Compras (Comp)
Consumo (Cons)
Trabalhos em curso (Tc)
Ii+Comp=If+Cons
Atenção para o cálculo de consumo de matérias primas e as diversas, neste caso quantoao cálculo
de consumo é necessário recordar que todas as facturas de compras devem incluir as despesas de
matérias ( Nota de débito) e os descontos das matérias ( Nota de crédito).
Fuel oil
Ii+Comp=If+Cons
500+0=380+Cons
Cons=120,00
Custo dos inventários deve ser o somatório de todas as matéria incluíndo fuel oil, que faz parte
das matérias = Matérias primas+Matérias subsidiárias+Fuel oil
Custo dos inventários=3.625,00+120,00+120,00=3.865,00
Vendas líquidas de bens e serviços são aquelas que são feitas todas as deduções a partir das
vendas globais, isto é, retirar o imposto (IVA) e os restantes descontos inerrentes = Vendas-
Descontos-IVA
Vendas líquidas= 6.800,00-140,00-0,00
Vendas líquidas= 6.660,00
Variação dos inventários dos produtos acabados= If-Ii=1.800,00+200,00-2.100,00=-100,00
Atenção: Qauanto aos inventário finais refere se aos inventários de produtos acabados e dos
traabalhos em curso, assim seja o mesmo para inventários iniciais.
Fornecimento externo
Electricidade e água na fabrica...................................................................... 80,00
Gastos de vendas (comissões de vendedores).……………………………. 220,00
300,00
Provisões - 0,00
0,00
0,00
1. Das contas das classes 6 e 7 da Empresa Alimentar, Lda, que fabrica um único
produto, apresentava os seguintes saldos em 31/12/2016 (em unidades monetárias):
SALDO
Descrição Devedores Credores
Custos das matérias consumidas 65.000.000,00
Fornecimentos e serviços de terceiro 57.500.000,00
Custos com pessoal1 60.289.125,00
Outros custos operacionais 1.950.000,00
Amortizações do periodo 25.000.000,00
Provisões do periodo 1.500.000,00
Custos e perdas financeiras 11.500.000,00
Vendas de bens e serviços 241.150.000,00
Rendimentos financeiros 5.900.000,00
1
Inclui 24,5% de encargos sociais reais. Os encargos sociais imputados são de 60%
Tendo em conta que as saídas de inventários são valorizadas pelo critério FIFO e que a
taxa de Imposto de Contribuição Industrial é de 32%, pretende-se:
Relativamente aos custos de produção foi possível apurar a sua divisão pelos dois tipos de
azulejos:
AZULEJO AZULEJO
DESCRIÇÃO
TIPO I TIPO II TOTAL
AZULEJOS M2 VALORES
Inventario inicial
Tipo I 15.000 640/00/m2
Tipo II 10.000 680/00/m2
Produção
Tipo I 31.500
Tipo II 20.400
Vendas
Tipo I 35.000 970,00/m2
Tipo II 26.000 1.180,00/m2
Produtos acabados
Inventário inicial 2.000 unid. @ 2.400,00
Produção 6.000 unid.
Vendas 5.000 unid. @ 4.200,00
Matérias-primas
Inventário inicial 2.800 Kgs @ 780,00
Compras 8.200 Kgs @ 800,00
Consumos 7.750 Kgs
Pretende-se que:
a) Apure o custo de bens e serviços unitário ;
b) Valorize o respectivo inventário no final do mês;
c) Elabore a demonstração dos resultados por natureza (PGC-NIRF).
d) Elabore a demonstração dos resultados por funções e por produtos (PGC-NIRF).
____________
(1) A empresa utiliza o critério de valorização de saídas de existências LIFO.
(2) Considere que os encargos sociais são imputados à taxa teórica de 60%. Os encargos sociais
reais do mês são os que resultam da aplicação das taxas legais (24,5%).
Inventário em 31/12/2015:
Matérias-primas e subsidiárias 86.000
Trabalho em curso 3.400
Produtos acabados (24.000 Kg) ?
3
574.000 Kg
Na realidade, quando um gestor tem de escolher entre várias alternativas, não poderá fazê-lo
racionalmente se não dispuser das informações suficientes para prever as consequências
económicas de cada acção, em termos de custos e proveitos.
Então, o processo de obtenção de custos não poderá deixar de estar associado à natureza das
decisões a tomar, devendo a contabilidade analítica preocupar-se em fornecer precisamente
aquelas que possam conduzir às soluções mais eficazes e rentáveis.
Ora, na medida em que todo o gestor tem de tomar uma multiplicidade de decisões de variada
natureza, não devemos estranhar que ao longo do nosso estudo encontremos também uma
multiplicidade de custos - cada custo tenta responder a uma determinada necessidade
de gestão.
Então, podemos compreender que os custos a determinar em cada empresa dependem do seu
domínio de actividade (empresa industrial, de distribuição, de serviços, etc.) e da respectiva
organização (ilustrada no seu organigrama), para além do tipo de informações desejadas (no que
se refere à sua fiabilidade, qualidade e oportunidade, à possibilidade de comparações temporais
e, como óbvio, ao seu custo de utilidade) e de eventuais disposições contratuais e
regulamentares.
CIRCUITO ECONÓMICO
Armazé Vend
Compras ► m ► Fabricação ► Armazém ► as
M.Prim
as Prod.Acab.
▲ CUSTOS RECEITAS
Forneced Clien
ores tes
▲
PAGAMEN
TOS Serviços RECEBIMENTOS
◄ Administrativos ◄
CIRCUITO MONETÁRIO
A todo o fluxo real (do exterior para a empresa ou da empresa para o exterior) corresponde
um fluxo monetário de sentido inverso.
Acresce que o período em que se verifica a despesa pode não coincidir com aquele em que
deve ser considerado como componente negativa do período, como custo de período.
Vejamos a parte 3, do circuito real, cujo fluxo pode não ser o mesmo igual ao fluxo verificado
no circuito monetário. No primeiro caso nasce o direito de receber, verifica-se a receita, e no
segundo dá-se o recebimento. O período em que se verifica a receita pode não coincidir com
aquele em que se dá o recebimento.
Também o período em que se verifica a receita pode não coincidir com aquele em que o
respectivo valor dever ser considerado como componente positiva do resultado, como
proveito do período. Os custos e os proveitos respeitam pois a factos económicos enquanto as
despesas e receitas se referem a factos financeiros. Por conseguinte, só os custos e os proveitos
devem ser considerados para efeitos de apuramento de resultados. A soma algébrica dos custos
e proveitos de certos períodos é o resultado do período (lucro e prejuízo).
Como já referimos, quando falamos em custo pensamos geralmente em custo monetário, isto é,
numa soma de produtos de quantidades por preços, mas convém pensar ainda nos chamados
custos material e psíquico, indagando até que ponto estas espécies de custos podem ser úteis
ao nosso estudo.
Custo material (ou tecnológico) é a soma das quantidades dos meios aplicados.
Referimo-nos ao custo material, quando dizemos, por exemplo, que determinado produto custa
x kg de matérias e y horas de trabalho.
Custo monetário é soma dos produtos das quantidades utilizadas pelos respectivos preços
unitários.
Naturalmente, designando por K o custo monetário, teremos:
K = x p1 + Yp2 + z p3
sendo : x, y e z - quantidades de factores / p1, p2, p3 - respectivos preços unitários
Este custo, sendo a expressão monetária do consumo dos meios de exploração, permite a
decomposição dos custos nos seus dois elementos essenciais: as quantidades e os preços.
Ora, enquanto os consumos em quantidade são variáveis de ordem interna, sobre as quais a
empresa pode exercer uma acção mais ou menos sensível, os consumos em valor são variáveis
de ordem externa, reflectindo a flutuação dos preços no mercado, sem qualquer interferência
da empresa.
Na realidade, a simples análise dos resultados por produtos, embora indispensável para a
tomada de certo tipo de decisões, é geralmente insuficiente para o controlo de gestão, pois não
fornece quaisquer informações particulares quanto à localização de possíveis insucessos ao
longo do processo de exploração.
Quer dizer, antes da determinação dos custos por produtos (após a resolução dos problemas
originados pelo desconhecimento imediato do destino final de certos meios de exploração),
podemos sempre determinar, e mais facilmente, não só os custos das funções gerais da empresa
Notemos, desde já, que os custos funcionais facilitam a determinação dos custos dos produtos,
como veremos, para além de permitirem a distinção entre os custos controláveis e os custos
não controláveis pelos responsáveis de cada função ou departamento da empresa.
CUSTOS CUSTOS
Convém salientar, entretanto, que todo o objecto de custo corresponde sempre a uma acção
ou actividade: um custo é sempre a soma das despesas necessárias para «fazer qualquer
coisa»: para exercer uma função, para realizar o trabalho dum departamento, para fabricar um
produto, para prestar um serviço – a função exercida, o departamento considerado, o produto
fabricado, o serviço prestado, são o objecto dos respectivos custos.
Assim, quando se fala em «Custo funcional» ou «Custo departamental», estas expressões são
formas abreviadas de dizer: «a soma das despesas necessárias para fabricar o produto» e «para
prestar o serviço».
No fundo, está sempre em causa uma certa actividade, um conjunto de operações elementares,
correspondente a determinado segmento da empresa (domínio de actividade), cujo custo se
pretende calcular.
Quer dizer, são directos todos aqueles custos especificamente originados por este ou aquele
serviço (custos directos das funções e departamentos) ou por este ou aquele produto
(custos directos dos produtos).
Assim, em relação aos custos directos é sempre possível conhecer, imediata, evidente ou
praticamente, ou o seu destino funcional, ou o seu destino final, ou ambos.
Convém salientar que, em relação aos produtos (assim como em relação aos serviços), não é a
natureza dos elementos que determina a respectiva classificação, mas sim a sua conexão
circunstancial aos produtos (ou aos serviços).
De facto, por um lado, em certos casos a mão-de-obra pode ser um custo indirecto; por outro
lado, poderão ser custos directos os fornecimentos e serviços de terceiros, a força motriz e a
amortização de certas máquinas, verificando-se tal sempre que estes elementos estejam
especialmente ligados ao custo de determinado produto.
Com efeito, os elementos directos, conhecendo-se o seu destino funcional e/ou final, são fácil e
imediatamente aplicados, atribuídos, ou melhor, afectados, aos respectivos objectos de custo,
isto é, são directamente incluídos no cálculo dos respectivos custos (dos serviços e/ou dos
produtos).
Pelo contrário, os elementos indirectos, desconhecendo-se o seu destino funcional e/ou final,
podem ser directamente afectados aos respectivos objectos de custo, sendo necessária a sua
repartição para que possam ser imputados aos serviços e aos produtos.
Assim, a afectação respeita aos custos directos e a imputação aos custos indirectos.
Resumo:
No que respeita às funções que os originaram, podemos distinguir numa empresa as seguintes
espécies de custos:
- De aprovisionamento: respeitam à compra, armazenagem e distribuição de materiais;
- De produção ou industriais: todos os que a fabricação dos produtos implica;
- De venda ou distribuição: todos os que respeitam à realização de vendas e à entrega
de produtos;
- Administrativos: os que respeitam à administração e controlo das actividades da
empresa;
- Financeiras: os que representam o custo dos capitais alheios aplicados na empresa.
Os custos e os produtos
Pela óptica do produto fabricado podemos distinguir diversos tipos de custos.
Em primeiro lugar, temos o custo industrial que é a parte que lhe respeita nos custos de
produção ou industriais.
Convém referir que nos casos de produção múltipla raramente se determina o custo unitário
complexivo dos produtos, dadas as dificuldades - e mesmo frequentemente a impossibilidade -
de distribuírem alguns dos custos não industriais pelos diversos produtos.
Um preço de venda superior ao custo económico- técnico proporciona o chamado lucro puro.
A - Custo industrial
Dissemos que o custo industrial ou de produção de um produto é a parte que lhe respeita nos
custos industriais ou de produção da empresa.
O ciclo produtivo da empresa começa com a compra das matérias e termina, no que respeita à
fase de fabricação, com o acabamento do produto. O custo industrial deve incluir todos os
gastos referentes a esta fase do ciclo.
Todos aqueles custos relativos às matérias são custos industriais. Mas o custo industrial do
produto não se limita ao custo das matérias, da mão-de-obra e de outros gastos
especificamente ocasionados pelo fabrico do produto, pois inclui também uma quota parte dos
gastos comuns a todos os produtos, como sejam os ocasionados pelos serviços auxiliares ou de
apoio à fabricação. Constituem exemplos os custos relativos à planificação da produção,
oficinas, serviços administrativos da fábrica, direcção fabril, etc.
No estádio final da produção temos os custos com a embalagem dos produtos. Com frequência
acontece que se podem distinguir duas embalagens: aquela em que o produto é acondicionado
logo que é acabado e uma posterior, para expedição.
Se o produto não pode ser armazenado sem a embalagem e esta é feita na fábrica sob a
responsabilidade do director fabril, é considerada custo industrial. A segunda, feita na altura da
expedição para o cliente, sob a responsabilidade do director comercial, é considerada custo de
distribuição.
A soma dos custos das matérias directas consumidas e da mão-de-obra directa designa-se custo
primo (CP). Por outro lado, à soma dos custos da mão-de-obra directa com os gastos gerais de
fabrico chama-se custo de transformação (CT).
Temos pois:
Custo GGF
de
Transf. MOD Custo
MD Primo
Matérias directas
As matérias directas são os bens que se laboram para obter o produto final, aparecendo
geralmente incorporado neste (madeira e móvel, farinha e pão, papel e livro, etc.).
Designa-se por mão-de-obra directa o custo com o pessoal que trabalha directamente na
fabricação do produto, excluindo-se os encargos com o pessoal da área industrial, que tem
funções de supervisão (encarregados, chefes de secção, directores) ou de apoio (direcção fabril,
planeamento e controlo de produção, etc.) que são considerados gastos gerais de fabrico.
Sobre estas remunerações pagas pela empresa, esta suporta segundo a lei geral os seguintes
encargos, geralmente designados de encargos patronais:
- Segurança social;
- Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais, cuja taxa é variável com os
sectores de actividade;
- Férias, subsídio de férias e subsídio de Natal.
Resumindo, o custo de mão de obra directa será o somatório das remunerações e de encargos
da entidade patronal do pessoal directamente afecto à produção.
Fazem parte dos gastos gerais de fabrico os restantes custos da função industrial. Entre as
diversas naturezas de custos salientamos:
- Remunerações e demais encargos com mão de obra indirecta;
- Matérias subsidiárias;
- Materiais diversos, como é o caso dos materiais de conservação;
- Água;
- Electricidade (força motriz e iluminação);
- Combustíveis;
- Serviços de conservação e reparação;
- Seguros dos edifícios e equipamentos;
- Impostos (contribuição predial, autarquia, etc.);
- Ferramentas e utensílios de desgaste rápido;
- Amortizações dos edifícios e equipamentos.
Não existem, em princípio, dificuldades de maior no apuramento dos custos das matérias
directas e da mão de obra directa a considerar no custo do produto. Com efeito, tratam-se de
custos directos dos produtos.
Com os gastos gerais de fabrico não se passa o mesmo, pois neles são fundamentalmente
englobados gastos que são comuns aos diversos produtos que se fabricam.
Por esta razão, têm de definir-se critérios de imputação (de distribuição ou de repartição) dos
gastos gerais de fabrico verificados no período pelos produtos fabricados nesse período.
Portanto, raramente se pode recorrer ao método de base única, sendo necessário, agrupar
previamente os GGF por grupos com certas afinidades e depois, para cada grupo de custos,
escolhe-se a base mais adequada.
Concluindo, o custo industrial de produção do mês (CIPM) é o somatório das matérias directas
(MD), da mão-de-obra directa (MOD) e dos Gastos Gerais de Fabrico (GGF), isto é:
CIP = MD + MOD + GGF
Por último, para se apurar o custo das vendas de bens e servicos (CVBS ou custo das vendas),
deverá ter-se em atenção as existências iniciais (PAi) e finais (PAf) de produtos acabados, isto é:
CVBS = PAi + CIPA - PAf
Por conseguinte, todos os custos que entram na determinação do custo industrial dos produtos
são custos de produtos e não custos de períodos.
São na altura em que os produtos são vendidos é que os custos dos produtos passam a ser
custos de períodos.
Vendas
Nas organizações é necessário a todo o momento tomar decisões com vista a que perdurem e
se desenvolvam. Grande parte dessas decisões envolvem o conhecimento dos custos.
A - Custos diferenciais
Para se decidir entre as diferentes alternativas há que medir os resultados (ou os cash-flow)
associados a cada uma delas e compará-los. Esta comparação deve ser feita relativamente a uma
das alternativas, que se toma como referência.
De qualquer forma, haverá sempre duas alternativas para decidir, que consistem:
- Na alteração da situação que é o objecto de análise;
- Na manutenção da situação (que será a alternativa de referência).
Designamos por custos diferenciais a diferença de custos referentes a duas alternativas. Assim,
designamos por:
- C1 - os custos ocasionados pela alternativa 1, que serve de referência
- C2 - os custos ocasionados pela alternativa 2
Exemplo
Uma empresa produtora de álcool pode aumentar a sua produção através da montagem de uma
nova coluna de destilação, que lhe permitirá resolver o estrangulamento existente entre aquela
fase e a refinação. A capacidade de produção anual passaria de 2.000.000 litros e não existem
quaisquer dificuldades na venda da produção adicional.
B - Custos irrelevantes
Há custos que quando se toma uma decisão se mantêm invariáveis. São, pois, irrelevantes para a
tomada dessa decisão, não é necessário tê-los em consideração na apresentação da decisão.
Se a empresa dispõe de uma capacidade de produção sensivelmente superior aquela que está a
utilizar, há custos relacionados com a estrutura produtiva (mão de obra directa, amortizações,
etc.) que não se alteram pelo facto de se aumentar o volume de produção. Os custos
efectuados no passado com a concepção de um novo produto são irrelevantes para a decisão
que se pretende tomar relativamente ao seu lançamento no mercado, pois já ocorreram e
portanto existem quer se comercialize ou não o produto.
C - Custos de oportunidade
Com frequência verifica-se que certos recursos que se encontram aplicados na empresa têm
alternativas de aplicação. Esta aplicação alternativa possibilitaria proveitos que é necessário
comparar com os que estão a obter na que está a ser dada ao recurso. Assim, uma forma de
Como exemplo, admitamos que a empresa dispõe de edifício que serve de armazém da
actividade comercial de grossista que também desenvolve. Aquele edifício pode ser facilmente
arrendado a terceiros, para armazém, por 12.000 contos por ano. Na análise daquela actividade
da empresa, deverá considerar-se como seu custo de oportunidade o valor de arrendamento
possível, ou seja, 12.000 contos/ano.
A repartição dos custos segundo o seu andamento ou variabilidade com o volume de actividade
é fundamental para a tomada de muitas decisões e para análise de rendabilidade.
O volume é sempre uma quantidade por período de tempo, podendo reportar-se ao número
de unidades produzidas (volume de produção), ao número de unidades vendidas (volume de
vendas), ao número de horas mão-de-obra directa ou de trabalho das máquinas (volume de
actividade de uma secção fabril).
Custos fixos
São aqueles que não variam quando se altera o volume ou pelo menos são pouco sensíveis às
alterações deste.
É o caso da renda do edifício, das amortizações (calculados pelo método das quotas constantes),
dos seguros de incêndio, etc.
Custos variáveis
São aqueles que variam necessariamente quando o volume aumenta ou diminui, mesmo que este
aumento ou diminuição seja diminuto.
São casos que resultam da utilização da capacidade existente para fabricar ou vender produtos.
Exemplos: energia eléctrica consumida por uma máquina é um caso variável com o tempo de
trabalho; as comissões pagas aos vendedores são custos variáveis com o valor das vendas.
Custos
Custos Progressivos
Custos Proporcionais
Custos Degressivos
Custos semivariáveis
São custos constituídos por uma parte fixa e outra variável. É o caso do vendedor que tem
como ordenado mensal (parte fixa) e comissões sobre as vendas que efectua (parte variável).
Os custos de conservação dos equipamentos são geralmente semivariáveis.
Custos
Custo fixo
médio
0
Volume Capacidade
instalada
O custo fixo médio decresce com a quantidades produzidas.
Custo variável
médio
0
Volume Capacidade
instalada
CUSTOS TOTAIS GLOBAIS
Custo variável
global
(proporcional)
Custo variável
médio
(proporcional)
0
Volume Capacidade instalada
A análise que temos vindo a fazer da variabilidade dos custos é feita numa óptica de curto
prazo. Esta consiste em considerar a capacidade existente e verificar nesse contexto o
comportamento dos custos com as variações de volume que podem observar-se no quadro
dessa capacidade. É uma análise estática pois considera apenas os custos existentes em certa
data e que correspondem à capacidade existente.
Calculemos que, como o custo fixo por unidade de produto para diversos volumes de
produção, dentro da sua capacidade de 500.000 tons./ano.
Volume de produção Custos fixos anuais Custo fixo unitário
anual (em tons.) (em contos) (por ton.)
100.000 125.000 1.250,00
200.000 125.000 625,00
300.000 125.000 416,00
400.000 125.000 312,00
Constata-se que, como os custos fixos globais se mantêm sem alteração para os diversos níveis
de utilização da capacidade, o custo fixo médio vai diminuindo à medida que aumenta o volume
de produção.
Neste subcapítulo desenvolvem-se aspectos relacionados com a imputação aos produtos dos
gastos gerais de fabrico.
Além da imputação tradicional da globalidade dos gastos através de um critério único, existem
métodos que recorrem à repartição prévia dos encargos industriais por centros de custos
Coeficientes de imputação
Coeficientes reais
A imputação dos GGF aos produtos acabados é mais difícil de fazer do que das matérias-primas e
da mão-de-obra directa na medida e que não se conhece qual o montante de GGF que a um
produto ou a uma ordem(1) respeita, tornando necessário definir o critério para cada caso.
Coeficientes teóricos
Dado que não se pode, muitas vezes aguardar pelo fim do mês para calcular o coeficiente, pois
entretanto é necessário apurar o custo das ordens já acabadas e por outro lado as variações nos
volume de produção podem ocasionar ao longo dos meses coeficientes muito diferentes, usam se
com frequência coeficientes pré-determinados ou teóricos baseados em GGF e quantidades ou
valores previstos para o ano. A quota a imputar designa-se por quota teórica.
Exemplo:
A Sociedade SA dedica-se ao fabrico de malas de viagem. Para calcular o custo unitário das
malas, abre-se para cada lote a fabricar, uma ficha de custo. Os GGF são imputados às ordens
com base nos custos da MOD aplicada em cada uma. Em Janeiro os GGF e a MOD
correspondente às diversas ordens foram as seguintes:
GGF 336.000
MOD
Ordem 1 55.000
Ordem II 70.000
Ordem III 35.000 160.000
336.000
O coeficiente é de = 2,1 ou seja por cada 1,00 de MOD imputa-se 2,10 de GGF
160.000
Assim teremos:
Ordem 1 55.000 x 2,1 = 115.500
Ordem II 70.000 x 2,1 = 147.000
Ordem III 35.000 x 2,1 = 73.500
336.000
B – a imputação dos GGF se faz por quotas teóricas, admitindo que os GGF e a MOD previstos
para o ano são 3.800.000 e 1.900.000 respectivamente
𝐺𝐺𝐹𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜𝑠𝑝𝑎𝑟𝑎𝑜𝑎𝑛𝑜 3.800.000
O coeficiente é de = 1.900.000 = 2
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑑𝑎𝑀𝑂𝐷𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎𝑝𝑎𝑟𝑎𝑜𝑎𝑛𝑜
Há uma diferença de imputação de 16.000, pois os GGF do mês são 336.000 e só foram
imputados 320.000. esta diferença constitui um custo do mês sendo contabilizada na conta da
contabilidade analítica “Custos industriais não incorporados”
Repartem-se previamente os GGF por grupos de custos com certas afinidades, escolhendo-se
para cada agrupamento a base de imputação mais conveniente (imputação de base múltipla)
É uma das bases mais utilizadas, devido à simplicidade do seu cálculo. Com efeito, se se
determinar o custo da MOD para apurar o custo do produto ou ordem, multiplicando o
coeficiente de imputação por aquele custo, encontra-se a quota de GGF a atribuir ao produto.
É susceptível de aplicação nos casos em que o custo de MOD tem bastante relevância no custo do
produto, há uma uniformidade nos salários dos diversos trabalhadores e todos os produtos ou
ordens recorrem a idênticas secções.
É aplicável quando a transformação é feita fundamentalmente pela MOD, tendo uma vantagem
em relação ao custo da MOD, na medida em que as alterações nos salários não afectam a
repartição dos GGF e não é influenciada pela assimetria existente nos salários dos diversos
trabalhadores.
O seu interesse limita-se aos casos em que os artigos fabricados se podem reduzir a uma unidade
comum (kg, litros, etc.) e em que se pode admitir que os GGF são sensivelmente os mesmos por
cada unidade (kg, litro, etc.)
Quantidade de matérias-primas consumidas
Aplicado quando os GGF são fundamentalmente custos das máquinas e das instalações onde se
encontram (amortizações, seguros, força motriz, conservação, etc) e a transformação dos
A imputação de base única tem muitas limitações, pois só por mero acaso se encontrará uma
relação de proporcionalidade aceitável entre todos os GGF e a base de imputação escolhida.
Repare-se que alguns GGF variam com a MOD, outros com as Horas-máquina, etc. por isso,
raramente se pode recorrer ao método de base única.
É uma forma de resolver o problema, embora bastante imperfeita, através da qual se englobam
num grupo os gastos que se podem repartir através da mesma base.
Por exemplo, os GGF são repartidos por três grupos sendo cada um desses grupos imputados aos
produtos por cada uma das bases seguintes:
Custo da MOD ou número de horas de MOD (agrupa os GGF que variam estreitamente com
uma destas base como sejam os gastos com mão de obra indirecta)
Custo das máquinas (GGF que variam com esta base)
Horas-máquina (GGF que variam proporcionalmente com esta base, como sejam os custos
ocasionados pelas máquinas)
A produção dos bens ou serviços exige geralmente o concurso de diversos centros de custos
(departamentos ou secções). Estes centros podem ser divididos em:
A imputação dos GGF aos produtos faz-se sempre através dos centros principais. No entanto,
para apurarmos os custos dos centros principais relativos a determinado período para imputação,
temos de repartir previamente os custos auxiliares pelos que utilizaram os seus bens ou serviços
por recurso às bases de imputação.
Fabricação Produto A
No sistema de base única tínhamos
Figura 1.
X
GGF
Gastos
do Mês X Fabricação Produto B
Enquanto que no método dos centros de(Imputação)
custo temos:
X
Figura 2.
Centro K
Centro K Fabricação Produto A
X
GGF X X
Quotas Normais
Nas quotas teóricas têm particular importância, aquelas que são determinadas a partir de
coeficientes em cujo cálculo se entra em conta com as condições normais de exploração
(nomeadamente da produção) durante o exercício.
Neste caso os orçamentos que se elaboram para prever os GGF e os valores ou quantidades que
se tomam para base consideram aquelas condições normais.
Quotas ideais
Designam-se quotas ideais as que são calculadas admitindo que a produção decorrerá da melhor
maneira, ou seja, que a unidade fabril funcionará em condições ideais.
Custos de transformação versus GGF
Ao longo do mês registam se os GGF nas contas dos centros de custos definidos. Seguidamente
procede-se a sua imputação aos produtos ou ordens com base nas horas de MOD reais aplicadas
no mês.
Em esquema temos,
X
X
X
GGF
do Mês Fabricação Produto A
Centro J
X X
X
Os centros de custos englobam os GGF, que são imputados aos produtos em função das horas de
MOD.
Por outro lado, a MOD do mês é igualmente repartida pelos produtos ou ordens de fabrico de
acordo com os tempos de trabalho que os operários dispensaram em cada um deles.
Em esquema teremos
Fabricação Produto A
MOD
Encargo com
MOD do mês
Fabricação Produto B
Figura 3.
Centro K Fabricação Produto A
X
X
Encargos com X
MOD do mês
X X
X
GGF do mês
Conclusão
É conveniente a adopção dos centros de custos para efeitos de imputação dos custos de
transformação, em vez da tradicional distinção de custos de MOD e GGF.
Por razões de ordem técnico, no edifício onde se realizam todas estas operações de
transformação tem de haver uma temperatura ambiente de aproximadamente 20o e um grau de
humidade constantes. Por isso, encontra-se instalada uma aparelhagem de condicionamento de ar
e de humidificação, trabalhando com uma caldeira que queima o «fuel oil».
As diferenças nos tipos de fios de lã resultam da constituição dos «lotes» e das operações
de estiragem e torção realizadas nos «contínuos».
Inventário inicial:
Matérias 55.000,00
Artefactos - 800 unidades 239.000,00
Matérias compradas durante o semestre 390.000,00
Mão de obra directamente utilizada na fabricação 422.000,00
- enchimento, onde três vibro-filtros evitam o natural depósito de substâncias mais densas
no fundo dos tanques durante a operação de enchimento. Uma máquina automática satisfaz todos
os enchimentos de 0,5, 1 e 5 litros, enquanto outro tipo de equipamento se encarrega das letras de
20 litros. O laboratório retira nesta fase 3 amostras de retenção (uma no início, outra no decorrer
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 81
e a última no final do enchimento). Cada fabrico possui um número codificado que é inscrito pelo
equipamento em cada lata, Após a operação de rotulagem, os produtos são colocados em paletas
e
1. Matérias-primas:
Compras:
6.000 Kgs de M1 @ 30,00;
9.000 Kgs de M2 @ 40,00;
5.000 Kgs de M3 @ 60,00;
2. Despesas de transporte: 80.000,00 (a repartir pelas matérias-primas com base nas quantidades
compradas);
3. Consumos:
Para H1: Para H2: ParaH3::
2.000 Kgs de M1; 1.000 Kgs de M1; 4.000 Ks de M1;
5.000 Kgs de M2; 3.000 Kgs de M2 1.000 Kgs de M2;
3.000 Kgs de M3; 4.000 Kgs de M3 3.000 Kgsd de M3 .
4. Salários Directos:
H1:120.00,00;
H2:180.00,00;
H3:200.00,00.
5. Gastos Gerais de Fabrico: 520.000,00 a repartir aos produtos com base nas quantidades das
matérias-primas consumidas na produção.
6. Produção acabada:
H1: 4.000 unidades;
H2: 3.000 unidades;
H3: 2.000 unidades;
8. Gastos Comerciais: 200.000,00 a repartir aos produtos com base nas seguintes percentagens:
H1: 30%
H2: 40%
H3: 30%
9. Inventário inicial:
Matérias-primas:
M1: 2.000 Kgs @ 30,00;
M2: 4.000 Kgs @ 37,50;
M3: 5.000 Kgs @ 60,00;
Produtos acabados:
H1: 2.000 unidades @ 190,00;
H2: 5.000 unidades @ 244,20;
H3: 2.000 unidades @ 350,00;
Pretende-se:
1) Custo de Aprovisionamento, total e unitário;
2) Custo Industrial, total e unitária;
3) Custo Complexivo, total e unitário;
4) Lucro Bruto unitário;
5) Lucro Líquido do período unitário.
Exercício: 2.5
A Empresa Industrial Vinte e Cinco dedica-se ao fabrico de P1, P2 e P3, utilizando as matérias-
primas M1, M2 e M3 respectivamente.
4. Produção acabada:
P1: 2.000 unidades;
P2: 1.000 unidades;
P3: 2.000 unidades;
5. Vendas:
P1: 1.500 unidades @ 700,00;
P2: 2.500 unidades @ 1.500,00;
P3: 2.000 unidades @ 800,00;
6. Gastos Comerciais: São repartidos aos produtos com base nas seguintes percentagens:
P1: 40%; P2: 30%; P3: 30%;
7. Inventário inicial:
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 85
Matérias-primas: Produtos acabados:
M1: 1.000 Kgs @ 80,00; P1: 1.000 unidades @ 400,00;
M2: 1.500 Kgs @ 100,00; P2: 4.000 unidades @ 1000,00;
M3: 4.000 Kgs @ 120,00; P3: 3.000 unidades @ 500,00;
8. Inventário Final:
Matérias-primas: Produtos acabados:
M1: 2.000 Kgs; P1: 1.500 unidades;
M2: 1.500 Kgs; P2: 2.500 unidades;
M3. 3.000 Kgs; P3: 3.000 unidades.
Pretende-se:
6) Custo de Aprovisionamento, total e unitário;
7) Custo Industrial, total e unitária;
8) Custo Complexivo, total e unitário;
9) Lucro Bruto unitário;
10) Lucro Líquido período unitário.
Exercício: 2.6
Algodão………………………………….. 1.000 Kg
Matérias subsidiárias……………………. 5.000 Kg
Novelos de fio de algodão……………… 19.000 novelos de fio de algodão
Pretende-se:
A empresa Mecânica do sul Lda especializou-se na produção de válvulas para fins industriais.
No processo produtivo há que distinguir a produção em série de alguns tipos de válvulas de maior
consumo, a produção por encomenda de válvulas especiais e a produção de acessórios para
armazém. Além disso, como a capacidade das máquinas não está totalmente utilizada, tem aceite
trabalhos para terceiros.
O departamento de produção está dividido em cinco secções, cujas funções são as seguintes:
Secção 1 – Soldadura
Repara defeitos de fundição, executa a soldagem de acessórios aos corpos das válvulas e todas
outras necessidades à fabricação de acessórios
Secção 2 – Polimento
Secção 3 – Máquinas
Executa os trabalhos de máquinas necessárias para as válvulas produzidas em série e ainda
algumas válvulas que não sejam do tipo fabricados em série.
Secção 5 – Montagem
Esta secção é responsável pela montagem e controlo de qualidade de todas as válvulas
produzidas.
O método actualmente seguido para controlo e cálculo dos custos industriais unitários consiste no
agrupamento de todos os gastos gerais de fabrico e na sua imputação aos produtos fabricados e
serviços prestados com base na hora de mão-de-obra directa.
O quadro 1 mostra os cálculos efectuados para chegar ao custo de 1.750,00 por hora de Mão-de-
Obra Directa.
A fim de ser estudado o efeito desta proposta, os custos do mês de Fevereiro foram agrupados por
secções, do seguinte modo:
Quanto à mão-de-obra directa não houve necessidade de alterar os processos, pois já era
apurada por secções.
Quanto aos GGF, houve que proceder à sua classificação em gastos directos e gastos
comuns e fazer a repartição deste pelas secções, utilizando critérios razoáveis.
Efectuado este trabalho obtiveram-se os valores indicados no quadro 2.
Quadro 1
Gastos Gerais de Fabrico por hora de Mão-de-Obra Directa
Quadro 2
Gastos Gerais de Fabrico propostas por hora de Mão-de-Obra Directa por secção
Secções 1 2 3 4 5 Total
Hh/Secção 1.370Hh 1.000Hh 4.000Hh 1.800Hh 8.800Hh 16.970Hh
GGF 2.397.500 1.500.000 11.200.000 3.600.000 11.000.000 29.697.500
GGF/Hora 1.750 1.500 2.800 2.000 1.250 1.750
Produção de acessórios
Foram requeridas as seguintes hora de produção de acessórios para o armazém
Exercícios Propostos
- Propagandas……………………………………………………………….………202.000,00
- Seguros da fábrica
………………………………………………………………….370.000,00
- Correios e telegramas
………………………………………………………………..57.000,00
- Salários do mês:
Fábrica Directos..………………………………………..……………………5.400.000,00
Fábrica
Indirectos…………………………………………………………………….………..470.000,00
Administração …………………………………………………………………1.250.000,00
Distribuição
……………………………………………………………………1.000.000,00
3. Produção:
- 5.000 Blusas
5. Inventário Final:
- 750 m de Tecido
- ? Saias
- ? Blusas
9. Dados complementares
- Todos custos Industriais (MP, MOD, GGF e TC) repartem se de acordo com as seguintes
taxas: 45% para Saias e 55% para Blusas
Pretende se:
4
Considere que foram imputados a taxa real de 30%, mas a taxa teórica corresponde a 20%
Comercial, Lda.
5. Recibo de MANDACANHANE, Lda pela inspeção das matérias compradas 975.000,00
6. Salario do mês liquido (? horas@960)
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 94
Dados complementares:
As despesas de inspeção repartem-se proporcionalmente as quantidades adquiridas;
O custo de transformação do período foi de 12.250,00 mil, os gastos comerciais
corresponde a 40% do custo primo de cada produto e os GGF orçado em 6.850.000,00
A empresa a dopta o critério FIFO na valorização do inventário;
O IRPS é de 20% e o preço de venda corresponde a 130% dos custos de venda;
3
Em cada hora de trabalho obtém-se 2 Unidades produzidas por cada produto;
142
Um Kg de SAPI produz 1.2 unidades de SOPI e um Kg de SAPA produz 1142unidades
SUPI
Existência inicias: SAPI: 2500Kgs@1.500,00 e SAPA: 4000 Kgs@1.700,00
Todos gastos sem base de repartição, serão imputados de forma equitativa aos produtos.
Pretende-se:
1. Mapa de custo de Produção.
2. Mapa de demonstração de resultados por funções.
Materiais diversos
Outros bens consumíveis, que não embalagens, utilizados nos centros de custos de
aprovisionamento, transformação, distribuição ou administração (por exemplo: material de
conservação e reparação, material de publicidade e propaganda, material de escritório, etc.).
Embalagens de consumo
Objectos envolventes ou recipientes das mercadorias ou produtos, não retornáveis, que
são facturados ou consignados juntamente com as respectivas mercadorias ou produtos.
3.1.4. Aprovisionamento
A função aprovisionamento numa Empresa tem em vista o abastecimento atempado de
todos os bens e serviços necessários ao seu funcionamento eficaz, em quantidade e qualidade
desejadas e sempre ao menor custo.
O movimento de inventário duma empresa industrial representa uma proporção
considerável do seu activo circulante. Assim, a manutenção dum investimento em inventário,
exige um planeamento e controlo rigoroso. O inventário em excesso dá lugar:
- Ao impate de grandes capitais;
- Ao aumento de riscos de deterioração, quebras, roubos, etc.
Por outro lado, a falta de matérias pode, eventualmente motivar paralisações temporárias,
do ciclo produtivo.
Deste modo, uma gestão racional do aprovisionamento evita:
5
Note-se que algumasmatériasdirectas, cujocusto é insignificanteemrelaçãoaocusto total do produto, são, porrazões
de ordemprática e económica, imputadasdirectamente (pregos, colas, vernizes, etc..)
Objectivos de inventário:
a) Anular ou minimizar as variações imprevisíveis:
- Da procura;
- Do consumo de matérias;
- Dos prazos de entrega;
- Da qualidade das matérias recebidas.
Exemplo:
Quantidade anual necessária: 10.000 Kgs
Preço de factura 600,00/Kg;
Gastos de encomenda 750,00/ encomenda
Gastos de retenção 10% do preço de factura.
Depreende-se que:
- Quanto maior for a quantidade a encomendar maior serão os custo de posse
(retenção) do inventario e mais reduzidos os custos anuais de processamento de
encomenda; o recíproco é válido;
2 - MÉTODO DA FÓRMULA
a) Os gastos de encomenda são constantes por cada encomenda ou pedido. Assim, se uma
empresa deseja satisfazer as suas necessidades anuais com grande nº de encomendas
pequenas, em vez duma encomenda grande, o custo total dos gastos de encomenda será
maior.
A = GE * Q/EN
A- Custo total anual de encomenda;
Q- Necessidades anuais;
GE- Gastos de encomenda;
EN- Encomenda normal.
GR * EN/2= GE * Q/EN
GR . EN2 = 2Q . GE
EN = 2 .Q . GE
GR
Análise Gráfica
$ Custo Total
Custo de
Retenção
Custo de
Processamento
Q.Económica
DATA DE ENCOMENDA
Tendo o volume optimo de encomenda, há que fixar as datas em que os pedidos devem ser feitos
aos fornecedores. Conhecendo o tempo de espera e o consumo diário, torna se necessário em
Pe = ( Cd * Te ) + SS Imáx = EN + IS N= Q/EN
t`= T – Te T = EN/ Cd
Representação gráfica da data de encomenda
Smáx
Pe
SS
EXERCÍCIO EXEMPLO
A fábrica “y” trabalha em média 300 dias por ano e consome diariamente 16 unidades de certa
matéria-prima. O preço de compra é de 90,00 mt por unidade. Os gastos de encomenda
(expediente, telefone, etc) montam cerca de 100,00 por encomenda e, os gastos de retenção
elevam-se a 6,00 por unidade.
Dados Resolução
Q = 300 . 16 = 4800 UNIDADES 2 x Q x GE
GE = 100,00 EN = GR
GR = 6,00
EN = ?
2 x 4800 x 100,00
EN = 6,00
Q EN = 400 unidades
Número de Pedidos =
EN
4800
Número de Pedidos = = 12 encomendas
400
E - Serviço de aprovisionamento
O serviço de aprovisionamento compreende, geralmente, duas secções:
a) Secção de Compras
Tem a seu cargo a aquisição de todas as mercadorias, matérias e produtos de origem
externa.
Os documentos necessários à realização das suas tarefas são, fundamentalmente: as
requisições de matérias (não armazenáveis), emitidas pelas secções utilizadoras; os pedidos de
compra, emitidos pela secção de armazém; as notas de encomenda, enviadas aos fornecedores; as
facturas dos fornecedores.
Inventário permanente
O custos das matérias consumidas corresponde, naturalmente, ao produtos das
quantidades saídas para laboração pelo respectivo custo unitário.
Ora, a necessidade de controlar as quantidades e de apurar os custos unitários exige a
permanência do inventário, cujas contas, como sabemos, são debitadas pelo custo das matérias
entradas e creditadas pelo custo das matérias saídas, de modo que os saldos correspondem
permanentemente ao custo das matérias existentes no armazém.
Assim, para além dos problemas relacionados com a utilização do inventário permanente
na contabilidade geral (integração) ou na contabilidade analítica (autonomia), as contas
elementares de matérias, qualquer que seja o sistema de articulação, serão escrituradas em fichas
de armazém (das quais já se conhecem alguns modelos), onde se registam as entradas e saídas,
em quantidade e valor.
Convém observar, entretanto, que a permanência do inventário origina variados
problemas, alguns relacionados com o custo das entradas, outros com o custo das saídas.
O custo de aprovisionamento
Já definimos o custo de aprovisionamento como a soma do preço de compra com os
gastos de aprovisionamento, ou seja, com os gastos de compra e de armazenagem.
Mas se o preço de compra, líquido de quaisquer abatimentos, é obviamente um elemento
directo do custo de aprovisionamento, entre os gastos de compra e de armazenagem, uns serão
directos, mas outros, talvez a maioria, serão indirectos.
Como já sabemos, os gastos directos de compra devem ser levados à conta «compras» e
afectados às respectivas matérias juntamente com o preço de factura.
6
A gestão das existências de produtosfabricadoscompetiráaosserviçoscomerciais
7
O custo de trabalhoexigidoporessasimputaçõesnãoteriacompensaçãosignificativa, poishavemos de reconhecer que,
perante a inevitávelarbitrariedade de qualquerrepartição, nãoobteríamoscustosmaisrigorosos.
sendo, portanto:
II + Entradas - = Saídas + If
Então, conhecido o valor do primeiro membro (II + Entradas), sempre que determinemos
o valor das matérias consumidas (Saídas) fica implicitamente determinado o valor da existência
(If), pois
II = (If+ Entradas) - Saídas
Quer dizer, todo e qualquer método de valorização das saídas implica necessariamente
determinado critério para a valorização do inventário, com repercussão directa nos resultados do
exercício, como sabemos.
Ainda antes de passar propriamente ao problema da valorização das saídas, convém
precisar mais um pormenor importante.
Até aqui, ao falarmos em custo das matérias consumidas, temos, com certeza, pensado
exclusivamente em custos históricos, isto é, em custos efectivamente suportados e registados
pela contabilidade.
II + Entradas = saídas + If
MATÉRIA A
Data Oper. Entradas Saídas Inventario
Q P Valor Q P valor Q P Valor
x 1 Ex. inic. 200 20 4.000 200 20 4.000,00
7 GS nº82 100 20 2.000 100 20 2.000,00
10 GE nº30 300 22 6.600 400 21,5 8.600,00
14 GS nº85 80 21,5 1.720 320 21,5 6.880,00
21 GS nº89 120 21,5 2.580 200 21,5 4.300,00
25 GS nº34 200 24 4.800 400 22,7 9.100,00
28 GS nº92 ______ 100 22,75 2.275 300 5 6.825,00
15.400 8.575 22,7
5
8
Customédio do inventario, o qualnão se deveconfundir com o customédio das compras (médiaaritméticaponderada
das compras), nem com a média dos preços de compra (médiaaritmética dos preços)
9
De resto, todaestamatériarelativa à valorização das saídas das matérias é aplicávelaorestantesinventarios.
Deste modo, os lotes perdem a sua individualidade, sendo o inventário considerado sempre como
um todo - saídas e o inventário são, ao todo o momento, valorizadas ao último custo médio.
Como não pode deixar de ser:
II + Entradas = saídas + If
QUANT. VALOR
200 + 500 = 400 + 300 4.000,00 + 11.400,00 = 8.575,00 + 6.825,00
700 = 700 15.400,00 = 15.400,00
10
Muitoembora o customédio da existência se obtenhafacilmentenasfichas de armazémdividindoo valor da existência
pela respectivaquantidade.
11
Excepto no regime de fabricaçãoporencomenda, como é evidente. Note-se, entretanto, que
tambémnasempresascomerciais se poderáapurarapenas o custo mensal das mercadoriasvendidas.
Note-se como todo o exaustivo trabalho da modalidade anterior ficou aqui reduzido, em
cada mês, a dois cálculos:
- a determinação do custo médio mensal:
Existência inicial 200 x 20,00 = 4.000,00
Entradas 500 11.400,00
15.400,00 : 700 = 22,00
QUANT. VALOR
200 + 500 = 400 + 300 4.000,00 + 11.400,00 = 8.800,00 + 6.600,00
700 = 700 15.400,00 = 15.400,00
Podemos concluir que estes valores variam com a frequência das avaliações e ainda, na
primeira modalidade, com a ordem das saídas em relação às entradas, como é evidente.
Mas quando não seja possível a identificação física dos lotes no armazém, teremos de
utilizar forçosamente o método do custo médio?
Não. Limitando-nos ainda a custos históricos, vamos estudar os métodos baseados no
esgotamento teoricamente ordenado e progressivo dos vários lotes, implicando a seguinte opção:
ou se admite que os primeiros lotes entrados são os primeiros a sair - «first in - firs out»: método
FIFO;
ou se admite que os últimos lotes entrados são os primeiros a sair - «last in - firs out»: método
LIFO.
Estes métodos exigem apenas a identificação contabilística dos lotes, sempre possível.
c) Método FIFO13
12
Relativamenteaoproblema de valorização das saídas de produtosfabricados (custos de vendas),
estamodalidaderepresentanãoapenasumasimplificação, mas tambémumaimposição: aqui, as entradas correspondem à
produção, cujocustogeralmentesó é apurado no fim do mês.
13
Também se designapormétodo do custocronológicodirectoporquantocorrespondegeralmente à
movimentaçãofísica real dos produtos no armazém
Quando se verifica, isto é, sempre que as saídassãofeitas pela ordem das entradas, identificam-se osmétodos FIFO e
Específico: oslotessaídossãoprecisamenteosmaisantigos.
MATÉRIA A
Data Oper. Entradas Saídas Inventário
L Q P Valor L Q P Valor Q P Valor
E, valorizando-se as saídas ao custo dos lotes mais antigos, o inventário ficará avaliada ao
custo dos lotes mais modernos:
Confirmação:
II + Entradas = saídas + If
QUANT. VALOR
200 + 500 = 400 + 300 4.000,00 + 11.400,00 = 8.400,00 + 7.000,00
700 = 700 15.400,00 = 15.400,00
d) Método LIFO14
Neste método admite-se, como sabemos, que os últimos lotes entrados são os
primeiros a sair, pelo que não será indiferente a frequência dos cálculos, havendo a considerar
aqui, tal como para o custo médio, duas modalidades15
d1) LIFO com valorização global das saídas mensais
Nesta modalidade, voltando ao exemplo concreto apresentado, as 400 unidades saídas
correspondem ao seguintes lotes e valores:
14
Também se designapormétodo do custocronológicoinverso, porquantocorrespondegeralmenteaoinverso da
movimentaçãofísica real dos produtos no armazém.
Quandotal se verifica, isto é, sempre que as saídassãorealmentefeitasporordeminversa das entradas, identificam-se
osmétodos LIFO e Específico: oslotessaídossãoprecisamenteosmaismodernos.
15
Note-se que no método FIFO nãohánecessidade de considerarestasduasmodalidades,
poisambasconduziriamaosmesmosvalores, sendoindiferente a frequência dos cálculos (enquantonão se esgotar o
lotemaisantigonãosaemmatérias do loteseguinte).
E valorizando-se as saídas ao custo dos lotes mais modernos, a existência ficará avaliada
ao custo dos lotes mais antigos:
Confirmação:
EI + Entradas = saídas + Ef
QUANT. VALOR
200 + 500 = 400 + 300 4.000,00 + 11.400,00 = 8.400,00 + 7.000,00
700 = 700 15.400,00 = 15.400,00
Confirmação
II + Entradas = saídas + If
QUANT. VALOR
Também para este método LIFO as duas modalidades, como já esperávamos, conduzem a
valores, tanto para as saídas como para o inventário:
Como é evidente, o comportamento dos vários métodos depende da evolução dos preços (das
entradas), sendo diametralmente opostos em períodos de inflação e deflação.
16
Note-se que para certosautorestodososresultadosdeterminados com base emcustoshistóricossão «reais» (situam-se
na tal «zona de verdade») enquanto outros autoresidentificam o resultado «real» com o
resultadodeterminadopelométodo do customédio, considerandoquaisquer outros comoantecipações
(quandosuperiores) oudiferimentos (quandoinferiores) de resultadosemrelação a exercíciosfuturos, conducentes,
respectivamente, a resultadosfictícios e a reservasocultas.
17
No casoconcretoapresentado, o aumento da frequência dos cálculos no método LIFO conduziu a
valoresidênticosaos do método do customédio mensal.
Quer dizer, a existência ficaria avaliada ao custo unitário de 16,66 (5.000,00 : 300), preço
este que, embora inferior a qualquer dos preços de entrada, ainda não escandaliza.
No entanto, vamos admitir, agora, que durante o mês haviam saído, não 400 unidades,
mas sim 600 unidades, ficando em armazém apenas 100 unidades.
Neste caso, quais os valores das saídas e da existência?
Naturalmente:
Eis ao que nos conduziu a utilização de um custo teórico na valorização das saídas: a
existência final com um valor negativo, o que é obviamente absurdo.
Na realidade, quando substituímos um custo histórico por um custo teórico estamos
implicitamente a fazer uma reavaliação (neste caso positiva, mas que também poderia ser
negativa) e, na medida em que reavaliamos apenas as matérias correspondentes às saídas, tal
origina uma equivalente amputação de valor para a existência.
Portanto, para que se mantenha a igualdade fundamental, será absolutamente
indispensável considerar a diferença resultante dessa reavaliação.
Com base no custo médio mensal unitário (22,00) teremos:
Note-se que qualquer custo teórico poderá ser utilizado como simples método de
valorização das saídas (continuando a existência a ser valorizada a um custo histórico - hipótese
que acabámos de considerar), ou simultaneamente como critério de avaliação do inventário,
hipótese em que será necessário considerar a diferença de reavaliação de todas as entradas,
18
Seria, então:
Custounitário da existência:
2.600,00 : 100 = 26,00
19
Entenda-se quantidades de matériasincorporadasnosprodutosemarmazém e nosprodutosjávendidos,
quandosãováriososprodutos e diferentes as quantidades de matériasnelesincorporadas.
b) Autonomia
Outra hipótese, menos correcta mas prática, seria imputar o valor das quebras apenas
ao custo dos produtos vendidos, debitando-se exclusivamente a conta «Resultados Analíticos».
Nesta hipótese, como é evidente, o resultado do exercício fica prejudicado em benefício
dos exercícios seguintes, na medida em que a existência de produtos fabricados fica avaliada por
valor inferior ao real (menos a parte das quebras que lhe corresponderia).
Como é evidente, por este critério o resultado do exercício fica beneficiado em prejuízo
dos exercícios seguintes, pois todo o valor das quebras irá sobrecarregar os custos da produção
futura.
I - Quebras anormais
São quebras originadas por quaisquer factos acidentais: incêndio, inundação, etc.,
pelo que, regra geral, são imediatamente detectáveis.
20
Embora com algunsinconvenientes, anote-se apossibilidade de, no decurso do exercício, consideraremcadasaída a
soma da quantidadeefectiva com a percentagem normal de quebras, com o objectivo, raramenteatingido, de evitar as
diferenças de inventário no final do ano.
REGULARIZAÇÃO DE INVENTÁRIO
Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo
MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO
a Transferência do custo das matérias em falta
A passagem pela conta «Regularização de Existências» vai permitir que o saldo devedor
da conta «Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas» seja desdobrado em
todas as suas parcelas determinantes: existência inicial, regularização de existências e existência
final.
b) Autonomia
Contabilidade Financeira Contabilidade Analítica
RESULTADOS ANALÍTICOS
REGULARIZAÇÃO DE Resultados Extraordinários
EXISTÊNCIAS a CONTAS REFLECTIDAS
a Mat.-Primas, Subs. e de Cons. Resultados Ext. Reflectidos
MAT.-PRIMAS, SUBS. E DE Perda anormal em existências
CONS.
Transferência de saldo
3.2. Mão-de-obra
Vejamos, agora, como se poderão obter as informações relativas ao custo da mão-de-obra
directa a afectar aos produtos e ao custo da mão-de-obra indirecta a afectar ou a repartir pelas
secções, elementos indispensáveis ao posterior desenvolvimento da contabilidade analítica.
Como sempre, essas informações hão-de ser obtidas por intermédio dos registos
efectuados na contabilidade financeira, pelo que convém estudar primeiro os problemas relativos
aos gastos com o pessoal: remuneração do trabalho, encargos sobre remunerações, descontos nas
remunerações, folhas de férias e lançamentos na contabilidade financeira.
Remunerações do trabalho
A - Conceito, composição e formas
a) Salário ao tempo
O salário remunera a actividade exercida durante um certo tempo: a hora, o dia, a semana,
a quinzena ou o mês do calendário.
Após o estabelecimento do salário mínimo nacional (mensal), a generalidade dos
instrumentos de contratação colectiva do trabalho está a adoptar a forma de retribuição mensal.
Então, para todos os efeitos, o salário-hora é determinado pela seguinte fórmula:
Rmx12
Sh
52 xHs
sendo:
Sh: salário-hora
Rm: remuneração mensal
Hs: período normal de trabalho semanal
c) Salário misto
O salário decompõe-se em duas parcelas: uma certa, proporcional ao tempo; outra
variável, de acordo com determinados factores previamente fixados no contrato (antiguidade,
assiduidade, produtividade, etc.)
B - Tempo de presença
Naturalmente, excluído o pessoal pago à peça, o elemento fundamental para o cálculo da
remuneração do trabalho é o tempo de presença21.
Então, será indispensável controlar o tempo de presença de cada trabalhador (horas
normais e extraordinárias), tarefa que compete ao chamado serviço de ponto, podendo esse
controlo ser efectuado por várias formas, nomeadamente pela assinatura do livro de ponto,
elaborada por qualquer responsável (apontador, capataz, etc.) ou pela utilização do relógio de
ponto.
Ladeado por quadros (ou cacifos) com os cartões dos trabalhadores, o relógio de ponto
contém um dispositivo de introdução de cartões e um mecanismo que imprime, pela acção duma
alavanca, a hora exacta.
Cada cartão contém sempre o nome e número de controlo do respectivo trabalhador, o
qual à entrada e saída, de manhã e de tarde, regista as respectivas horas, passando o cartão de um
quadro para outro.
Geralmente existe um controlador para verificar se esses registos são feitos de forma
correcta (verificar, por exemplo, se um mesmo trabalhador regista em mais de um cartão) e, em
certos casos, para encerrar os quadros dos cartões, alguns minutos depois das horas normais de
entrada e saída, de modo que os retardatários são obrigados a apresentar-se ao controlador, que
regista o seu atraso e respectiva justificação.
21
Inclusivamente, quando a remuneração é mensal, para o cálculo das deduçõescorrespondentesàsfaltas (dias e
horas); mas não para osprémios e gratificações, que dependemgeralmente do trabalhoexecutado.
Por outro lado, o trabalho prestado no dia de descanso semanal ou em feriado obrigatório
será pago pelo dobro da retribuição, ou seja, pelo salário diário acrescido de 100%.
22
Não se coadunandodeterminados cargos (de direcção e de fiscalização, porexemplo) com as
limitaçõestemporáriasdeterminadaspelohorário de trabalho, poderásolicitar-se à Secretaria de Estado do Emprego e
Segurança Social a respectivaisenção, emrequerimentodevidamentefundamentado e acompanhado da declaração de
concordância do empregado.
Note-se, ainda, que a legislação do trabalhonãoadmite a exigência de trabalhoextraordináriocomosistema, mas
apenascomoexcepção, quando se justificarporrazõesextraordinárias.
a) Para fazer face a necessidadesimprevisíveis da conjunturaempresarialou pela urgênciaemsatisfazerplanos de
desenvolvimentoeconómico;
b) Para evitarprejuízosimportantesiminentesouquando se verifiquemcasos de forçamaior.
23
Carece de autorização da Secretaria de Estado do Emprego e Segurança Social a prestação de
trabalhoextraordináriopormenoresou para além de duas horas diáriasou de 240 horas anuais.
24
Ostrabalhadores com isenção do horário de trabalhoterãodireito a umaretribuição especial, para além da normal,
que nuncaserá inferior à remuneraçãocorrespondente a uma hora de trabalhoextraordináriopor dia.
Por sua vez o salário rendimento, considerado pelo trabalhador, é a diferença entre o
salário funcional25 (salário bruto ou líquido) e a soma de todos os descontos nele efectuados:
contribuições do trabalhador para a Segurança Social (salário diferido) e as deduções referentes
ao imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS), quotas sindicais e imposto do selo.
Esquematicamente:
ENCARGO
S ----------------
__________ ----
__
DESCONTO
SALÁRIO-CUSTO S
PARA AS SALÁRIO-
25
Aoqual se poderiamjuntarossubsídios de Abono de Família e as prestações da Segurança Social,
elementosgeralmentenãoconsideradospelotrabalhador.
26
Aqui e mais à frenteconsideramosapenas as taxascontributivasreferentesao regime geral de segurança social dos
trabalhadorespor contra de outrém.
27
Designadamente: a remuneração base, que compreende a prestaçãopecuniária e prestaçõesemgéneros,
alimentaçãoouhabitação as diuturnidades; as comissões, bónus e outrasprestações de origemanáloga; a retribuição
pela prestação de trabalhoextraordinário; a retribuição pela prestação de trabalhoemdias de
descansosemanalouemdiasferiados; a remuneraçãodurante o período de férias e o respectivosubsídio; o subsídio de
natal; as participaçõesnoslucros das empresas; outros subsídios, prémios e indemnizações.
Não se consideramremunerações: as despesas de transporte; as ajudas de custo; osabonos para falhas;
osvalores dos subsídios das refeiçõestomadasemrefeitórios e o das senhas de almoçonoscasosem que
ostrabalhadoresnãodisponham de refeitório; a indemnização pela nãoconcessão de férias; oscomplementos de
subsídios na doença, bemcomooscomplementos de pensão;
ossubsídiospagospelasentidadespatronaisaostrabalhadores a prestarserviçomilitar; ossubsídiosconcedidos a
trabalhadores para estudos dos filhos; ossubsídioseventuaisdestinadosaopagamento de despesas com
assistênciamédicaouhospitalização do trabalhador; as quantiaspagasaostrabalhadoresemcumprimento de acordos de
cessação de contratos de trabalho.
Assim, tanto em relação aos custos funcionais, como aos custos dos produtos, havemos de
distinguir, fundamentalmente:
- Os custos directos, que podem ser imediatamente afectados às secções e aos
produtos;
- Os custos semidirectos, que podem ser imediatamente afectados às secções, mas
cuja imputação aos produtos exige a sua prévia repartição;
- Os custos indirectos, cuja imputação aos serviços e aos produtos exige a sua
previa repartição.
28
Aoscentros de custos, vocacionados para a análise (centros de análise) dos custosindirectos, correspondentes a
umadivisão do organigrama da empresa (centros de trabalho) ounão.
29
Outrahipótese a considerarserianãofazerpassaroscustosdirectospelassecções, emboratallimitasse as possibilidades
de análise.
30
A grandeza dos erros, perante a probabilidadeestatística da compensação, varia na razãoinversa do número das
repartições e das secçõesnelasintervenientes, sendocerto que a sua soma algébrica é nula.
b) Mão-de-obra
O mapa do custo total da mão-de-obra, elaborado com base nas folhas de ordenados e
salários de cada secção, discrimina a afectação do pessoal por secções e o custo das respectivas
mão-de-obradirecta e indirecta.
- Fornecimentos e serviços
Rubricas Secções
Conservação e reparação
Oficinas próprias Manutenção
- Impostos
São afectados consoante a respectiva matéria colectável:
Contribuição predial autárquica - Administração
Imposto de compensação - Distribuição/Administração.
- Despesas financeiras
São geralmente afectadas à secção Administração, quando não existia a secção Financiamento.
- Amortizações
O mapa das amortizações poderá ser elaborado por secções, de acordo com a localização e
natureza das imobilizações, fornecendo imediatamente as verbas afectáveis a cada secção.
Podem estar neste grupo, por exemplo, os gastos relativos a água, electricidade e gás, transportes
internos, transportes do pessoal, deslocações e estadas, mão-de-obra indirecta, etc.
Concretamente, numa empresa em que existe apenas um único contador de água, o
respectivo consumo pode ser repartido de acordo com as seguintes percentagens, estabelecidas
após estudos efectuados pelos serviços técnicos:
Armazém de matérias…………….. 20% Aprovisionamento
RUBRICAS TOTAL X Y
Matérias consumidas………………………………… 500 200 300
Mão-de-obra directa…………………………………. 250 150 100
Gastos gerais………………………………………… 100 ? ?
Gastosgerais 100
Coeficiente : 0,20
Matérias 500
Imputação dos gastos gerais:
Produto X: 200 x 0,20 = 40
Produto Y: 300 x 0,20 = 60
100
______________________________ x x
AFETCAÇÃO
DIRECTOS
SEMIDIRECTOS ______________________________ x x
E IMPUTAÇÃO
INDIRECTOS % s/ matérias ou mão-de-obra
x x
Por exemplo:
Esquematicamente:
31
Rendimento (de cada factor) e produtividade (do conjunto de factores) definem-se pela relação entre o que se
consome (in put) e o que se obtém (out put), mas enquanto no rendimentoaquelarelação é
1. A fábrica “y” trabalha em média 300 dias por ano e consome diariamente 16 unidades de
certa matéria-prima. O preço de compra é de 90,00mt por unidade. Os gastos de
encomenda (expediente, telefone, etc) montam cerca de 100,00 por encomenda e,os
gastos de retenção elevam-se a 6,00 por unidade.
- Quanto deve encomendar por cada vez de modo a minimizar os custos?
- Quantas encomendas devem ser feitas.
2. Uma determinada empresa trabalha em média 320 dias por ano e consome diariamente 18
unidades de Matérias-primas. Os gastos de encomenda montam a 125 unidades
monetárias por encomenda, enquanto que os gastos de retenção montam 15 unidades
monetárias por unidade. Quanto encomendar de cada vez para que o custo seja mínimo?
3. A empresa Jota trabalha em média 300 dias por ano e consome por dia 16 kgs de matérias
primas, os gastos de efectivação da encomenda totalizam 120,00 por encomenda e os de
posse totalizam 10,00 por kg, sabendo que o Stock de segurança e o tempo de espera são
de 50kgs e 10 dias respectivamente, determine:
4. A Fábrica FIRMOC trabalha em média 300 dias por ano e consome diariamente 25Kgs de
Matérias-primas. O preço de compra é de 120 unidades monetárias por Kg, e os gastos de
encomenda e de retenção montam cerca de 100 unidades monetárias por encomenda e 6
unidades monetárias por Kg respectivamente. O tempo de execução da encomenda é de
10 dias e o stock de segurança é de 75.
5. A Fasol trabalha em média 300 dias por ano e consome diariamente 2000Kgs de
Matérias-primas para fabricação do produto “Y”, o preço de compra é de 600 unidades
monetárias por kg e as despesas com as matérias são:
- Telefone…………………………………………………20.000.00
- Aquecimento do armazém de M. Primas…………………….7.00
- Gastos de expediente……………………………………50.000.00
- Renda do armazém de M. Primas…………………………….5.50
- Gastos com o transporte de M. Primas…………………100.000.00
- Salário do pessoal do Armazém……………………………...37.50
Pretende-se
a) O cálculo dos GE
b) O cálculo dos GR
c) O cálculo da EN
Empresas Industriais
1. Conceito
São unidades económicas que reunindo e combinando todos os factores necessários à realização
de determinado processo técnico de produção, transformam matérias em produtos mais próximos
da sua utilização final. Deste tipo de empresas excluem-se as extractivas, mineiras e mercantis.
b) Inventário
Empresas Comerciais Empresas Industriais
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 154
Mercadorias Produtos Acabados
Trabalhos em cursos
Ferramentas e taras, etc
4. Organização e Gestão das Empresas Industriais
Num órgão empresarial pode, geralmente, distinguir-se um elemento humano (pessoal) e um
Elemento material (impessoal). O primeiro é constituído por uma ou mais pessoas físicas que
fornecem trabalho corporal ou intelectual; o segundo, por instrumentos ou suportes de trabalho
necessários ao exercício de certas funções.
Em numerosas empresas industriais, os serviços cujos chefes se encontram directamente
subordinados à Direcção Geral são três: Serviços Técnicos, Serviços Comerciais e Serviços
Administrativos.
Exemplo:
Quanto às Funções:
a) Direcção Geral:
Previsões, decisões, directivas gerais;
Coordenação de funções;
Fiscalização de todos os serviços;
Informações diversas; etc.
d) Serviços Administrativos:
Correspondência, arquivo, etc.;
Cálculos de escrituração, orçamento e estatística;
Tesouraria (recebimentos e pagamentos); etc.
Quanto aos Agentes: (empregados) que nas grandes emprsas industriais exercem funções
directivas, há que considerar os seguintes:
e) Direcção Geral:
Administradores, Delegados, Gerentes;
Adjuntos, Secretários.
f) Serviços Técnicos:
Director Técnico;
Engenheiro;
Preparadores;
Fiscais; etc.
h) Serviços Administrativos:
Director Administrativo;
Guarda- Livros;
Empregados de escritório; etc.
Entre os diferentes orgãos (secções e serviços) deve existir uma perfeita coordenação de funções,
pois todos eles participam numa tarefa comum.
Serviços: são orgãos que exercem funções;
Funções: conjunto de tarefas com uma finalidade comum e que correspondem a uma
responsabilidade.
Gestão: todos os trabalhos e serviços para a consecução do produto final de acordo com o
tipo de negócio.
5. Regimes de Fabrico
A transformação das matérias pode exigir um número maior ou menor de operações e
desenvolver-senum só centro de actividade ou distribuír-se por diversos serviços ou
departamentos fabris.
Atendendo à diversidade de produtos assim como das operações de transformação, temos os
seguintes regimes de fabrico:
Fabricação por Obras ou Tarefas: o fabrico processa-se de forma que possibilita que
um produto seja distinguível dos demais durante todo ciclo produtivo de fabricação,
permitindo que se individualizem os custos que lhe respeitam.
Ex: Fabricação por encomendas (móveis, máquinas, reparação naval, etc.).
1. Conceito
O sistema de custos por encomenda tem por finalidade a determinação directa do custo de um
produto ou vários produtos especificados em cada uma das suas características: quantidade, tipo,
dimensão, qualidade.
Este sistema deve ser adoptado sempre que a diferença entre cada um dos produtos ou entre cada
lote de produção é tal que qualquer tentativa para calcular o custo médio de dois ou mais
produtos, de dois ou mais lotes, daria resultados escassamente significativos.
2. Objectivos
3. Vantagens
Permite comparar o preço de venda com o respectivo custo, isto é, um controle
dos resultados já verificados;
Ajuda a formular custos previsionais, isto é, custos futuros de encomendas
semelhantes.
4. Inconvenientes
A utilização dos custos passados para calcular os futuros é mais ou menos relativa;
O seu funcionamento implica elevadas despesas administrativas.
5. Características Essenciais:
A laboração tem início a partir de uma ordem de fabrico ou encomenda de
fabricação;
A cada ordem de fabrico é atribuído um número ou símbolo bem determinado e é
preparada uma folha ou ficha de encomenda em que são indicados todos os custos
referentes a essa execução;
Terminada a execução do trabalho, somam-se todos os custos respectivos e
determina-se o custo unitário, dividindo-se o custo total pelo número de unidades
produzidas;
A conta Fabricação ou Encomendas em Curso é sobrecarregada com o custo das
matérias e da mão de obra utilizada e com as despesas gerais imputadas às várias
encomendas;
À medida que a encomendas são completadas, o custo correspondente é creditado
na conta Encomendas em Curso e debitado na conta Encomendas Ultimadas;
6. Tipos De Encomendas
As encomendas de trabalho que representam, simbólicamente, o objecto que o custo se
pretende calcular, dividem-se em:
Folhas Diárias de
Ponto
Boletim de
Custos Indirectos
de Produção
I
A Industria “Beta”, que trabalha por encomendas, tinha no inicio do mês de Novembro ultimo em
curso apenas a encomenda n. 100, em cuja produção já tinham sido gastos:
Durante o mês recebeu mais três encomendas. Os consumos em gastos directos e a situação das
encomendas constam do seguinte mapa:
Os Gastos Gerais de Fabrico do mês, num total de 1.000.000,00, serão imputados ao custo de
produção em função do valor das matérias-primas consumidas.
Pretende-se:
1. O cálculo do custo de produção de cada Encomenda
2. Resultados por Encomenda, considerando que as encomendas concluídas foram vendidas com
uma margem de 20% sobre o valor de Vendas.
II
Durante o mes, recebeu duas encomendas com os nºs 44 e 55. Os movimentos das matérias,
salários e gastos gerais, conforme as respectivas folhas, foram os seguintes:
1. Matérias-primas:
Compras a prazo 7.500 Kgs @ 200,00;
Consumo:
Enc. 33 - 1.500 kg;
Enc. 44 - 4.000 kg;
Enc. 55 - 2.000 kg;
2. Mão-de-obra:
Directa (500,00/hora):
Enc. 33 - 1.000 h;
Enc. 44 - 2.500 h;
Enc. 55 - 1.500 h;
Indirecta:
Fabrica - 850.000,00;
Administração - 250.000,00.
3. Gastos Gerais de Fabrico: são imputados às encomendas à taxa de 400,00 por hora de MOD
utilizada;
Pretende-se:
1. Elaboração do Relatório de custo de encomendas;
2. Elaboração da ficha de custo da encomenda n. 33.
1. Matérias-primas;
Inventário inicial: 3.500 Kgs @ 5.000,00;
Compras a contado: 10.000 Kgs @ 6.000,00;
Consumo:
EZ1: 1.500 Kgs
EZ2: 2.000 Kgs
EZ3: 3.000 Kgs
EZ4: 3,500 Kgs
Existências finas: 3.500 Kgs;
2. Mão-de-obra:
Directa:
EZ1: 5.000.000,00;
EZ2: 7.500.000,00;
EZ3: 8.000.000,00;
EZ4: 9.500.000,00;
Encargos sociais a imputar: 25%
Indirecta:
Fabrica = 7.000.000,00;
Administração = 5.100.000,00;
Vendas = 3.400.000,00.
3. Gastos Gerais de Fabrico: São imputados às varias encomendas à taxa de 20.000,00 por Hm:
EZ1 = 300; EZ2 = 400; EZ3 = 500; EZ4 = 600.
Pretende-se:
1. Mapa de custo de produção por encomendas ;
2. Demonstração de resultados por cada encomenda.
Dos livros de escrituração da empresa “Diva, Lda.”, que trabalha por encomenda, no início do
mês de Dezembro último, a conta “ENCOMENDAS EM CURSO” contava com três encomendas
com os seguintes saldos:
Enc. n. 300 = 80.000,00;
Enc. n. 301 = 120.000,00;
Enc. n. 302 = 90.000,00.
2. De acordo com o resumo da folha de pagamento do mês, os salários e encargos sociais por
pagar foram os seguintes:
Directos:
Enc. n. 300 = 70.000,00
Enc. n. 301 = 60.000,00
Enc. n. 302 = 174.000,00
Enc. n. 303 = 160.000,00
Indirecta:
Fabrica: 158.200,00;
Administração: 22.700,00;
Vendas: 23.000,00.
4. Os Gastos Gerais de Fabrico foram imputados às varias encomendas à razão de 10,00 MT por
Hm, que foram as seguintes:
Enc. n. 300 = 4.500
Enc. n. 301 = 6.000
Enc. n. 302 = 15.000
Enc. n. 303 = 1.500
5. As encomendas n. 302 e 303 foram acabadas e expedidas (vendidas) aos preços de 700.000,00
e 200.000,00, respectivamente.
Pretende-se:
a) Mapa de custo de produção por encomenda;
b) Elaboração do mapa de demonstração de resultado das encomendas terminadas.
a) Matérias-primas:
Inventário inicial;
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 172
Matéria A (70 tons.) .......................3.850.000,00;
Matéria B (90 tons.) .......................7.200.000,00;
Compras:
Matéria A: por cheque n. 4364/BCM ............(100 ton.)..........6.000.000,00;
Matéria B: por aceite n.18................................(85 ton.)..........4.250.000,00;
Matéria C: a prazo de 30d/d...........................(200 ton.)........15.000.000,00;
Consumo: (em toneladas):
Enc.001 Enc. 002 Enc. 003 Enc. 004 Enc. 005
Matéria A 20 15 25 50 60
Matéria B - 30 90 - 40
Matéria C 10 - 35 100 45
As encomendas terminadas e expedidas durante o mês foram: 001, 002, 003 e 004. As duas
primeiras foram vendidas a prazo e as restantes a contado.
Dados complementares:
1. As matérias-primas são avaliadas pelo critério FIFO;
2. A maquinaria avaliada em 15.000 cts é amortizada com base na taxa de 5% ao ano;
3. As despesas comerciais são repartidas às encomendas com base no volume de vendas;
Pretende-se:
Matérias
Produtos Armazém de
FASE I FASE II
Intermédios Produtos
Directas Acabados
Matérias-Primas
À medida que se vão consumindo as matérias, elaboram-se requisições; assim, no fim
de cada mês conhecem-se as quantidades de matéria consumidas para fabricar cada um
dos produtos;
Valorizando aquelas quantidades tem-se o valor dos consumos desse mês por produto.
Produção
Os registos diários da produção permitem conhecer os outputs mensais de cada fase
por produto.
2. Objectivos
3. Vantagens
Permite uma clara distinção entre:
A determinação dos custos de centro, que serve, sobretudo, para o “controlo dos
custos”;
O cálculo dos custos dos produtos, serve para a orientação das políticas comerciais
e para a valorização do armazém.
Comporta menores despesas administrativas devido à menor quantidade de elaboração
(em relação ao custo por encomenda)
4. Inconvenientes
Dificuldade na avaliação dos produtos em vias de fabrico no início e no fim de cada
período;
Dificuldade no nivelamento dos custos.
5. Características Principais
Os produtos são padronizados;
A produção é contínua, isto é, existe um fluxo lógico de operações;
O custo unitário médio é determinado pela divisão do custo total pelas unidades
produzidas;
Os custos são registados por departamentos ou por fases de fabricação;
M.Obra
GGF
Custo Transformacao
PA
M.Obra
Proc.2
GGF
M.Obra
Centro Aux.
GGF
Centro Comum
FLUXO DE PRODUÇÃO
Matérias-primas “A” e “B”----PR1----Prod.Semi-Acab “X”----PR3----Prod.Acab “X”
Matérias-primas “C” e “D”----PR2----Prod.Semi-Acab “Y”----PR3----Prod.Acab “Y”
Processo 2
Matérias-primas Custo do Produto Custo do Produto Custo do Produto
Mat. “C” Semi-Acabado “Y” Semi-Acabado “Y” Semi-Acabado “Y”
Mat. “D”
MOD
GGF
Fabricação
Saldo Inicial _ CIPA (20.000 unidades)
Custos Correntes ?
Matérias-Primas Saldo Inicial
17.200.000,00 1.500 unidades com os seguintes graus de
Mão-de-Obra Directa acabamento:
3.511.200,00 Matérias-Primas (100%)
Gastos Gerais de Fabrico ?
2.403.500,00 Mão-de-Obra Directa (60%)
?
Gastos Gerais de Fabrico (60%)
____________ ?
23.114.700,00
23.114.700,00
A determinação do custo dos produtos acabados depende da valorização dos PVF no fim do mês.
Esta é feita a partir da determinação do custo industrial do mês por unidade equivalente:
Natureza dos Custos Produção Acabada TC No Fim do Mês Produção do Mês
Podemos agora valorizar a produção em vias de fabrico a partir daqueles custos unitários:
Quantidade
Custo por unidade
Natureza dos Custos (unidades Custo Global
equivalente
equivalentes)
Matérias-Primas
1.500 800,00 1.200.000,00
Mão-de-Obra Directa
900 168,00 151.200,00
Gastos Gerais de
900 115,00 103.500,00
Fabrico
O custo da produção acabada em Fevereiro (18.000 unidades) será, por este critério, o seguinte:
Custos do Mês
MP
14.531.400,00
MOD
3.043.000,00
GGF 1.986.600,00
Subtotal
19.561.000,00
Variação da TCF
TCi 1.454.700,00
TCf (1.408.000,00) 46.700,00
CIPA
19.607.700,00
Quantidades 18.000
unid
Custo Unitário
1.089,317
O custo da produção acabada em Fevereiro (18.000 unidades) será, por este critério, o seguinte:
Custo do mês
MP 14.531.400,00
MOD 3.043.000,00
GGF 1.986.600,00
Subtotal 19.561.000,00
Variação da TC
TCi 1.454.700,00
TCf (1.396.500,00)
58.200,00
CIPA 19.619.200,00
Quantidades 18.000 unid
Custo Unitário 1.086,956
Quantidades (unid
Custo Global
equivalentes) Custo
Custos do Médio
Produção TCi Total TCi Total
Mês
MP 17.940 1.500 19.440 14.531.400,00 1.200.000,00 15.731.400,00 809,230
MOD 17.900 900 18.800 3.043.000,00 151.200,00 3.194.200,00 169,904
GGF 18.060 900 18.960 1986.600,00 103.500,00 2.090.100,00 110,237
U/M
Consumo de matérias – primas 5.000.000
MOD 6.298.000
GGF 2.499.000
Janeiro:
Fabricaram-se 18 000 unidades do Produto Acabado "X" que foram enviadas para o armazém de
Produtos Acabados.
No fim do mês havia no sector fabril 1 200 unidades de Produtos em Vias de Fabrico, com os
seguintes graus de acabamento:
- Matérias-primas: 60%;
- mão-de-obra Directa: 80%;
- Gastos G. Fabrico: 40%.
Fevereiro:
Fabricaram-se durante o mês 15 000 unidades do mesmo produto, havendo no fim do período 1
000 unidades com os seguintes graus de acabamento:
- Matérias-primas: 50%;
- Mão-de-obra Directa: 60%;
- Gastos G. Fabrico: 20%.
Pretende-se:
No início do mês de Marco existiam 200 unidades de PVF com as seguintes características:
Durante o mês produziram-se 2 000 unidades de produto que originaram os seguintes custos
industriais:
- MP 8 040 000,00;
- MOD 1 975 000,00;
- GGF 1 215 000,00.
- MP 70%;
- MOD 25%;
- GGF 25%.
Pretende-se:
A matéria "A" entra na FASE I onde é transformada, dando origem ao Produto Intermédio "X"
que é transferido para a FASE II. Nesta fase, com incorporação da matéria "B", obtém-se o
Produto Intermédio "X " que por sua vez é transferido para a FASE III. Nesta obtém-se o Produto
"X" que é transferido para armazém de Produtos Acabados.
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 192
Do mês de Janeiro passado obtiveram-se as seguintes informações:
1. Matérias:
A B
- Inventário inicial 300 unid. @ 4 500,00 1 000 unid. @ 7 500,00
- Compras 1 000 unid. @ 5 000,00 1 000 unid. @ 8 000,00
- Consumo 750 unid. 800 unid.
2. Custos de Transformação:
3. TC no início do mês:
4. Produção Acabada:
5. TC no fim do mês:
Graus de acabamento (%)
MP MOD GGF
FASE III (100 unid.) 100 50 30
FASE II. (100 unid.) 100 75 40
FASE I (200 unid.) 100 50 20
6. Inventário inicial:
O Custo do inventário inicial dos TC da FASE II. totalizou 825 000,00, assim discriminados:
Sabendo que:
Determine:
Diz-se que uma empresa labora em produção conjunta quando a fabricação de um produto obriga,
necessariamente, à fabricação de dois ou mais produtos, isto é, ao proceder-se à transformação de
uma ou de várias matérias-primas, se obtém simultaneamente diversos produtos.
Exemplos
2) No abate de gado, obtêm-se diversos produtos conjuntos: carne, ossos, sangue etc,
Co-produtos
Designam-se por Co-produtos, os produtos conjuntos que têm idêntica importância relativa.
Designa-se também por produtos principais. No abate de perús, por exemplo, podem considerar-
se os diversos produtos obtidos (bife, pernas, asas e miúdos, etc) como co-produtos.
Subprodutos
Subprodutos são produtos secundários. Não é o objectivo principal da produção obtê-los, mas
sim o produto principal a que estão associados. Este produto secundário de produção pode ser
vendido ou utilizado na própria exploração, como matéria-prima.
Se o produto for utilizado na própria exploração poderá ser contabilizado, por exemplo, pelo
preço corrente no mercado.
O autor argumenta que o subproduto é oriondo de actividades secundárias que muita das vezes
não dao direito a margem de lucro
Resíduos e Desperdícios
1. Valor nulo – estes desperdícios e resíduos podem não ter qualquer outro valor, mas a sua
eliminação ou seja o desaparecimento implicar gastos. Se o montante desses gastos for
pequeno, poderá contabilizar-se como despesas gerais da empresa. Caso contrário,
corresponde a um acréscimo do custo de produto principal.
2. Venda – no caso de serem vendidos, têm um tratamento contabilístico idêntico ao dos
subprodutos, ou seja, o valor da venda poderá constituir um acréscimo nos resultados ou
uma diminuição do custo industrial.
3. Reutilização – a avaliação e contabilização dos desperdícios que se utilizam na
exploração, regra geral como combustíveis, poderão ser feitas a preços de mercado ou a
preços convencionais.
Na produção conjunta, o custeio dos produtos apresenta dificuldades específicas. Com efeito,
neste tipo de produção, podemos distinguir duas fases principais na fabricação dos produtos:
Fase da produção conjunta, que é a que se verifica até ao ponto de separação dos
produtos, ocasionando gastos que se designam por custos conjuntos;
Fase (s) seguinte (s) – que eventualmente pode (m) não existirem que os semi-produtos
obtidos no ponto de separação são acabados, em regime de produção disjunta, implicando
os chamados custos específicos.
Produtos Produtos
intermédios Acabado (A)
Produtos Produto
Intermédios Acabado (B)
O problema que a produção conjunta apresenta no que respeita ao custeio dos produtos tem a ver
com os custos cojuntos. Com efeito, estes são custos comuns aos produtos conjuntos, não
O autor diz que os custos especificos industriais são aqueles custos que acompanham ao semi-
produtos ou produto intermédio para a fase final do produto.
Formula: CEI=Custos do mês disponiveis na fase seguinte32+TCi-TCf-Subproduto+Residuo
Co-produtos
32
Onde termina a laboração do produto e as quantidades produzidas serão da fase final para efeitos de elaboração do
ponto de separação
Continuando com o nosso exemplo, suponhamos que se verificaram ainda os seguintes custos
para o acabamento dos produtos B e C:
Subprodutos
1. Custo Nulo
2. Lucro Nulo
Aqui, os subprodutos não proporcionam qualquer resultado, pelo que o valor de venda deduzido
dos custos com a venda é – subtraído dos custos conjuntos. O valor dos custos atribuídos aos co-
produtos é, assim inferior.
Os vários critérios ligados aos subprodutos exercem um efeito sobre os custos totais e unitários
dos produtos principais. Vejamos o seguinte exemplo (valores em contos):
Outros elementos:
Subproduto (C):
Considera-se que o subproduto não tem qualquer valor comercial. Neste caso, a totalidade dos
custos conjuntos é repartida pelos produtos principais.
Variantes
1. Considerar o custo do subproduto igual ao seu preço de venda deduzido das despesas de
venda:
2. Considerar o custo do Subproduto igual ao seu preço de venda deduzido das despesas de
venda e a margem de lucro e custo adicional de transformação:
Os produtos com valor comercial nitidamente inferior aos restantes são chamados de subprodutos
e quando não tem valor comercial é designado de resíduo.
Quando os resíduos têm valor de mercado – este é conhecido – poderá adoptar-se um critério
idêntico ao referido para os subprodutos, isto é, atribuir-lhes um custo igual ao seu valor de
venda.
Exercícios de Aplicação
Compras:
- Matéria M : 100 ton. a 25 cts. cada
- Matéria P : 50 ton. a 45 cts. Cada
- Matéria Q : 20 ton. a 25 cts. Cada
Produção:
o - Semi-produto (a): 100 ton
o - Semi-produto (Y). 60 ton
o - Produto X: 80 ton
o - Produto Y: 60 ton (deterioraram-se 5 ton por avaria de uma
máquina que não é possível recuperar).
o - Subproduto (T) 10 ton
o - Resíduos: 5 ton (foram pagos 5 contos de transporte para um
local fora da fábrica).
Vendas:
O preço de venda médio do mês foi de 93,75 contos/ton. e 80 contos/ton., para os produtos X
e Y, respectivamente. As comissões em vigor são de 4% e incidem sobre o valor da
facturação dos produtos principais.
Sabendo que a empresa segue o critério Lifo na valorização das saídas de armazém, reparte
os custos conjuntos proporcionalmente ao valor de venda no ponto de separação e valoriza os
subprodutos pelo critério do lucro nulo, pede-se.
A1 – Amendoa de 1ª,
A2 – Amendoa de 2ª;
A3 – Amendoa partida.
O produto A3 é vendido no estado em que é obtido após as operações acima referidas enquanto
que os produtos A1 e A2 são vendidos depois de temperados e embalados, operações estas que
envolvem custos específicos.
Os produtos obtidos são vendidos no mercado nacional aos seguintes preços:
A1:40000 8.000
A2:50000 7.500
A3:10000 -------
Total 71.000 12.000
Pretende-se que dê a sua opinião sobre se a empresa deve ou não aceitar a proposta que lhe foi
feita, apoiando a fundamentação com o cálculo do custo industrial unitário de produção para os
produtos A1,A2 e A3 segundo o critério que se lhe afigure mais adequado na circunstância.
7.III – A empresa de descasque, SA, dedica-se ao descasque de Arroz que adquire directamente
às empresas do sector da agricultura.
Pretende-se:
a) Sabendo que a empresa em causa valoriza o subproduto (trinca ) pelo critério do lucro
nulo, determine o custo à saída da empresa do arroz descascado;
b) Elabore a demonstração de resultados brutos.
Produção:
Perfume “ALFA”: 9.000dl;
Perfume “BETA”: 18.000dl;
Água de Colónia: 40.000dl, e
Resíduos: 1.000Kg
Posteriormente, este semi-produto é enviado para o Departamento II, onde é adicionada a matéria
C, obtendo-se então o produto Y, o subproduto Z e o semi-produto X. Este, é tratado no
Departamento III, onde se obtém conjuntamente, X e o resíduo R.
O resíduo, antes de ser lançado no rio, é sujeito a um tratamento despoluidor, feito por uma
empresa de exterior, com um custo de 0,05 contos/litro.
a) Existências Iniciais:
A: 100 tons a 70,00/ton B: 70 tons a 50,00/ton
X: 40 tons. Y: 30 tons.
b) Compras:
c)Existências Finais:
d)Custos:
Na valorização das existências, utilize o critério LIFO para as matérias primas e o critério FIFO
para PVF e Produção Acabada.
Pretende-se:
O custo da produção acabada e da PVF no final do mês (na repartição dos custos conjuntos
considere o valor de venda no ponto de separação para os co-produtos e o lucro nulo para os
subprodutos.
Custos de Transformação.
LFI 10.000,00
LFII 4.000,00
Armazém de Produtos Acabados 2.800,00
Pretende-se:
a) Que elabore o esquema correspondente ao processo de fabrico.
b) A determinação do custo industrial dos produtos A,C e X, utilizando o critério
do volume de vendas reportado ao ponto de separação para os produtos
principais.
Os três produtos saem do processo I, sendo que os produtos "X" e "Y" são submetidos ao
processo de transformação adicional nos processos II e III, respectivamente;
As matérias são introduzidas no início do processamento;
Os produtos em vias de fabrico são processados, quanto ao seu acabamento, num grau de
20% no início e 30% no fim do mês;
Após a produção o produto"Z" é vendido imediatamente e os gastos de venda montam 10%
do Custo de produção e a margem de lucro é de 75,00;
A empresa adopta o critério de Lucro Nulo para a valorização do subproduto;
As despesas de distribuição dos produtos na zona centro totalizam 1 150,00.
Pretende-se:
1. O Custo Industrial da Produção Acabada de cada produto, sabendo que a empresa adopta
o critério do volume de vendas reportado ao ponto de separação e o critério FIFO para a
valorização de existências;
2. O Mapa de Demonstração de Resulta por funções e produtos
- O processo de transformação na Fase I leva 13.005 horas de trabalho e cada hora custa 20,00.
- A empresa pratica preços de Venda de 30,00 Para Óleo Alimentar, 25,00 para Azeite Oliveira e
8,25 para Ácidos Gordos.
- Sabe-se que a produção acabada na Fase II e III é de 5.000 unidades por cada produto e o
critério de valorização das existências é o do FIFO. E que após a produção do ácido gordo é
vendido suportando os custos de venda de 10% sobre o custo de Produção e o lucro estimado é de
75,00.
Outras informações:
=>Sabendo ainda que, a empresa adopta o critério de volume de venda reportado ao ponto de
separação para a repartição dos custos conjuntos e do lucro nulo para a valorização dos
subprodutos, calcula o custo industrial da produção acabada e o resultado bruto por cada produto.
Pretende –se
a) Custo da produção acabada e dos PVF sabendo que a empresa usa ocritério do
valor de venda reportado ao ponto de separação para repartir os custos
conjuntos e o lucro nulo para os subprodutos e resíduos.
b) Demonstração de resultados
a) Matérias Primas:
Processo I ……….…………………………………..720.000,00
Processo II ………………………………………..…..80.000,00
b) Custo de Transformação:
Processo I………………………………………………480.000,00
Processo II……………………………………………..299.250,00
Processo III…………………………………………….150.000,00
c) Produção e venda:
X…………………………..8.000 unidades a 250,00@
Y……………………….….4.500 unidades a 100,00@
Z…………………………..1.500 unidades a 50,00@
Pretende se:
c) O subproduto foi vendido ao preço de 23,20Mt cada unidade e foi suportado 2,20Mts de
Gastos de venda por unidade, um custo adicional de 20.840,00Mt, para alem de sido
estimado um lucro de 5% sobre as vendas.
e) Sabe se ainda que para a entrega dos produtos X e Y aos clientes, suportou se uma
despesa de transporte no valor de 63.000,00 e 951.000,00 respectivamente
Pretende se:
10) O cálculo do custo do Subproduto, Considera o custo do subproduto o seu valor de venda,
deduzido de todas despesas adicionais e da margem de lucro.
11) O custo dos produtos principais, sabendo que a empresa adopta o critério de valor de venda da
produção reportado ao ponto de separação.
12) Demonstração de resultados por Funções
Pretende –se
c) Custo da produção acabada e dos PVF sabendo que a empresa usa ocritério do
valor de venda reportado ao ponto de separação para repartir os custos
conjuntos e o lucro nulo para os subprodutos e resíduos.
d) Demonstração de resultados
Assim, nas empresas bem organizadas, mesmo relativamente a uma pequena área sabe-se quem
responde directamente pelas actividades dessa área. Por outro lado, conhece-se perante quem
aquele responsavel directo responde quanto á forma como foram conseguidos os objectivos
assinalados.
Além de facilitar o processo de controlo, a criação dos centros de custo permite também atribuir
responsabilidades aos gestores de cada unidade podendo, por isso, ser também designados por
centros de responsabilidade.
Por outras palavras, uma unidade organizativa pode ser considerada um centro de
responsabilidade se:
A gestão por centros de custos também conhecida por centros de responsabilidade, é a gestão
baseada na imputação de custos pertencentes aos mesmos departamentos ou secções. A
centralização de custos por responsabilidades dá-nos em tempo oportuno indicadores das diversas
actividades existentes numa empresa.
A gestão por centro de custos complementada com uma análise de resultados, permite-nos uma
perspectiva correta do desenvolvimento de toda a actividade da empresa, e dá-nos informação
para a tomada de decisões por parte dos gestores.
Centro de Responsabilidade A
….
Mas, a analise dos custos de determinado centro de responsabilidade nem sempre é possivel sem
se decompor o centro de responsabilidade em unidades contabilisticas que designamos por
centros de custos.
Assim, a unidade primaria de determinação dos custos de certo segmento organizacional nem
sempre é o centro de responsabilidade mas sim parte deste, o centro de custos.
Decomposição dos centros de responsabilidade em centros de custos
Centro de Custo A
….
Trata-se assim de repartições intermédias entre os custos por natureza e a sua imputaçao aos
produtos fabricados, as matérias adquiridas ou as contas dos resultados.
Nos centros de custos registam-se os custos de funcionamento dos diversos orgãos da empresa.
O problema da imputação dos gastos semi-directos e indirectos ao produtos pode ser resolvido,
fundamentalmente, por quatro métodos relacionados com a evolução histórica das preocupações
dominantes no campo da Contabilidade Analítica de Gestão: o Método , do Coeficiente Global, o
Método dos Coeficientes Diferenciados, o Método das Secções Homogéneas e o Sistema ABC.
Neste método, parte-se do princípio de que existe, para cada produto, uma proporcionalidade
directa entre os gastos gerais e o consumo de matérias ou de mão-de-obra, hipótese que
Consiste em dividir o conjunto dos gastos gerais em tantos subconjuntos quantas as funções
gerais da empresa, para depois imputar aos produtos os respectivos gastos (custos funcionais),
utilizando, para cada subconjunto o coeficiente mais adequado à sua natureza.
As secções são homogéneas quando os respectivos gastos são proporcionais aos trabalhos ai
executados, e estes podem ser medidos por uma unidade comum - a "unidade de obra" - a qual
pode ser o peso de matérias-primas consumidas, o tempo de trabalho, o tempo de utilização das
maquinas, o peso, superfície ou volume do produto acabado, a peca fabricada, etc.
Precisão do cálculo dos custos e do custo total - no que diz respeito a todas as secções.
Secções Homogéneas são centros de custos que devem obedecer às seguintes características:
a) Responsabilização
Deve haver um e só um responsável pelo controlo dos custos agrupados na secção, ou, de
outra forma, o centro de custos deve coincidir com um centro de responsabilidade ou ser
parte deste;
b) Homogeneidade de Funções
Sempre que possível, devera definir-se uma unidade que permita medir a actividade da
secção (hora-maquina, hora-homem, etc.).
8.4.2. Classificação das Secções Homogéneas
Para alem das secções absolutamente indispensáveis à consecução dos objectivos ou finalidades
da empresa (Secções Principais), tais como as de Aprovisionamento, Transformação e
Distribuição, geralmente também se encontram outras que se destinam a auxiliar os trabalhos
realizados noutras secções (Secções Auxiliares), especialmente nas secções principais - Secções
como Ferramentas, Manutenção do Equipamento, Central de Produção de Vapor, Serralharia e
Carpintaria privativas, Transportes, etc.
Vantagens
Este método apresenta características de maior rigor cientifico em relação aos anteriores, sendo
aquele em que o tratamento dos gastos indirectos é feito por processos racionais.
Permite:
3. Uma melhor repartição dos gastos gerais pelas secções através dessas mesmas chaves;
4. A imputação, por unidades de obra, dos elementos indirectos e semi-directos aos produtos
6. Uma análise pormenorizada do custo das secções (custos com maior rigor e aproximados
da realidade);
Desvantagens
4.
O Método das Secções Homogéneas implica uma divisão da empresa ou da unidade analisada por
certo número de secções, tradicionalmente tidas por homogéneas.
afectar aos centros os encargos directos (conhecidos sem cálculo intermédio graças às
facturas relativas a um determinado produto, às notas de saída de armazém, às notas de
trabalho, às comissões sobre as vendas estabelecidas produto a produto);
repartir a totalidade dos encargos indirectos (em relação ao produtos) pelas diferentes
secções ou centros de custo;
Em síntese, no Método das Secções Homogéneas, a inclusão dos vários custos (directos, semi-
directos e indirectos) nos produtos realiza-se do seguinte modo:
3. Sub-repartiçao dos custos das secções auxiliares pelas beneficiárias (reembolsos), com
base no número de unidades de obra (ou de imputação);
6. Imputação dos elementos indirectos e semi-directos aos produtos com base no número de
unidades de obra.
O conjunto dos custos directos, dos reembolsos, das prestações simples e recíprocas, constitui o
total do custo de cada secção. Como vimos anteriormente, dividindo esse montante pelas
unidades de obra verificadas no período, determina-se o custo unitário.
Neste método, teremos de começar por elaborar um quadro de repartição (primaria) dos custos
directos pelas secções homogéneas (compreendendo a afectação dos custos semi-directos),
utilizando os critérios mais adequados, de modo a que todos os custos por natureza (em linhas) se
encontrem repartidos pelas secções (em colunas).
É a imputação dos custos das secções auxiliares às secções beneficiárias da actividade daquelas.
Esta imputação designa-se por reembolsos
Os gastos das secções auxiliares devem ser transferidos para as secções (auxiliares e principais)
que se aproveitam dos respectivos serviços, verificando-se, aqui, uma Sub-repartição de acordo
com as unidades de obra fornecidas a cada uma.
Quando a secção não tem unidade de obra mas sim unidade de custeio e unidade de imputação,
encontram-se de forma idêntica os custos unitários respectivos.
C. Secção M Secção N
Descrição Uni
Unit Qde Valor Qde Valor
1. Custos
Directos
Salarios
Ordenados
Encargos Sociais
Electricidade
Amortizações
Seguros
…
TOTAL (1)
2. Reembolsos
Secção A1
Secção A2
…
TOTAL (2)
Os custos de certo mês de uma secção auxiliar são a soma dos custos directos com os reembolsos,
isto é, dos custos relativos aos serviços que foram prestados por outras secções auxiliares. Por
vezes acontece que há secções que têm prestações recíprocas e, quando essas prestações são
valorizadas aos custos reais do mês, há que recorrer a um sistema de equações para determinar o
seu custo total.
Passos a serem seguidos para formulação de equações nas prestações recíprocas:
1º Passo: identificar as secções auxiliares;
Exemplo
Secção de Distribuição de Energia - 50 000 Kwh, dos quais 1 000 Kwh para a Secção
de Reparações Eléctricas;
Secção de Reparações Eléctricas - 800 Hh, das quais 100 Hh para a secção de
Distribuição de Energia.
Os Custos das secções em causa, que englobam todos os custos directos e os reembolsos de todas
as restantes secções auxiliares, excepto as aqui mencionadas, foram:
Para se apurar o custo da unidade de obra de cada secção, resolve-se o seguinte sistema de
equações:
onde Kwh representa o custo do Kwh de energia eléctrica, e Hh, o custo da hora de mão-de-obra.
A empresa possui três (3) Secções Principais – Aprovisionamento, Fábrica e Distribuição – sendo
consideradas Auxiliares as Secções de Escritório e Oficina de Reparações.
Secções
Gastos Totais Auxiliares Principais
Escritório Oficina Aprovis Fábrica Distrib
Materiais de Consumo 200.000,00 4.000,00 40.000,00 - 150.000,00 6.000,00
Despesas com Pessoal 100.000,00 20.000,00 10.000,00 10.000,00 50.000,00 10.000,00
Impostos e Contrib 50.000,00 30.000,00 - - - 20.000,00
Transportes e Desloc 35.000,00 10.000,00 - - 10.000,00 15.000,00
Força Motriz 60.000,00 - 16.000,00 - 40.000,00 4.000,00
Desp.Gerais de Gestão 30.000,00 30.000,00 - - - -
Amortizações 150.000,00 10.000,00 - 20.000,00 70.000,00 50.000,00
... ... ... ... ... ... ...
Pretende-se:
1. O Mapa de Repartição Primária
2. O Mapa de Repartição Secundária
3. O Custo Industrial (Total e Unitário)
4. O Custo Complexivo (Total e Unitário)
5. O Lucro Bruto (Unitário)
6. O Lucro Líquido (Unitário)
Salários Directos
Colheres: 1 000 horas @ 50,00 Mtn
Garfos: 1 500 horas @ 40,00 MTn
Produção
Colheres: 2 500 unidades
Garfos: 4 000 unidades
Vendas
Colheres: 2 000 unidades @ 60,00
Garfos: 3 000 unidades @ 30,00
Dados Complementares
A empresa adopta o Critério custo directo cronologico para a valorização do
inventário
Não havia Produção Acabada no início do período
A empresa tinha (TC finais) de Garfos de 6.000,00 MTn
As unidades de obra das Secções Principais são:
Oficina A: Matérias-Primas Consumidas
Oficina B: Mão-se-Obra Directa Utilizada
Vendas: Quantidades Vendidas
Os Gastos da Secção de Manutenção são repartidos às outras secções, incluíndo a
dos Transportes, com base na superfície (m2) e, os da Secção de Transporte são
repartidos pelas Secções Principais segundo o Número de Trabalhadores
Arredondar os coeficientes das Secções Auxiliares para duas (2) casas decimais
Pretende-se:
1. O Quadro de Repartição Primária
2. O Quadro de Repartição Secundária
3. O Quadro dos Custos de Produção
4. O Mapa de Demonstração de Resultados por Funções
3. A Empresa Industrial “Zama-Zama” Lda, fabrica e vende os Produtos Alfa e Beta, utilizando o
Método das Secções Homogéneas para a contabilização dos Gastos Indirectos. A mesma
Empresa compreende duas (2) Oficinas distintas (A e B) e três (3) Secções Auxiliares
(Manutenção, Central Eléctrica e Compressão).
Os gastos dos serviços de Manutenção são repartidos à razão de 20% para a C.Eléctrica, 10%
para Compressão, 30% para Oficina A e 40% para a Oficina B.
O fornecimento de Corrente Eléctrica repartiu-se à razão de 20% para Compressão, 30% para
Oficina A e 50% para Oficina B.
Os Compressores são exclusivamente utilizados pelas Oficinas nas seguintes proporções: 60% e
40%, para as Oficinas A e B, respectivamente.
Produção
Alfa: 10 000 unidades
Beta: 20 000 unidades
Vendas
Alfa: 8 000 unidades@65,00
Beta: 15 000 unidades@30,00
OBS.: Os TC iniciais de Alfa foram de 60.000,00MTn e os TC finais de Beta foram de
80.000,00MTn.
Pretende-se:
1. O quadro de Repartição Secundária, sabendo que a natureza das unidades de obra das
Secções Principais é:
Oficina A: Matérias-Primas
Oficina B: Horas de MOD
2. O Custo de Produção (Total e Unitário)
3. O Mapa de Demonstração de Resultados Brutos
4. Certa Empresa Industrial dedica-se ao fabrico, em regime de produção disjunta, de dois tipos
de bebidas (A e B), cujas matérias fundamentais são frutas. O processo de fabrico é em síntese, o
seguinte:
As frutas são primeiro trabalhadas na Secção de Preparação, depois obtêm-se sumos que
passam imediatamente à Secção de Produção onde são tratados com as matérias M1 e M2,
obtendo-se o Produto Final
Na Secção de Preparação obtêm-se Resíduos que são vendidos ao preço de 4,00 MTn por
tonelada e levantados pelo comprador na fábrica. As duas bebidas diferem pelo facto de
utilizarem matérias e tecnologias distintas na laboração.
Além das Secções de Preparação e Produção, encontram-se definidas três Secções Auxiliares
(Central Eléctrica, Central a Vapôr e Oficina) e ainda Armazém de Frutas, Serviços de Vendas e
Serviços Administrativos.
Consumos
UO Produto A Produto B Custo à entrada da Fábrica
Fruta Ton 300 20.000,00
Fruta Ton 75 20.000,00
M1 Ton 6 2 50.000,00
M2 Ton 1,5 0,5 100.000,00
MOD MTn 680.000,00 320.000,00
É de assinalar que a fruta à entrada da Preparação deve incluír o Custo de
Armazenagem imputado à saída do armazém.
As Secções Fabris principais (Preparação e Produção) têm como unidade de obra (U.O.) a
hora de trabalho de cada Secção. As horas de trabalho nestas secções repartem-se do seguinte
modo:
Produto A Produto B Total
Preparação 130 50 180
Produção 110 40 150
Vendas
A: 250 000 litros @ 60,00 MTn
B: 95 000 litros @ 50,00 MTn
Inventário Inicial
A: 700 000 litros @ 45,00 MTn
B: 300 000 litros @ 35,00 MTn
Pretende-se
1. O Mapa do Custo das Secções
2. O Mapa do Custo da Produção
3. O Mapa de Demonstração de Resultados por Funções
5. A Empresa “Culombela, Lda.”, é uma empresa que se dedica ao fabrico de sumos de duas
qualidades a partir do tratamento de frutas. Os dois sumos diferem pelas frutas usadas nos eu
fabrico. A fábrica está contabelísticamente organizada em Secções Homogéneas seguintes:
Central Eléctrica, Manutenção, Central a Vapôr, Mistura, Laboração, Armazém de Frutas e
Serviços de Venda e Administrativos. Há ainda uma secção de Gastos Comuns cujo o objectivo é
apoiar as outras secções.
Durante o processo de fabrico, na Secção de Mistura resultam Resíduos que são vendidos no
mercado ao preço de 500,00 por tonelada, suportando-se despesa de venda de 200,00 por
tonelada.
Fabricaram-se 10 000 litros do sumo tipo A e 4 000 litros do sumo tipo B, e obtiveram-se
40 ton de Resíduos do Sumo A e 60 ton de Resíduos do Sumo B. Não havia TC quer no início,
quer no fim do período.
Invenário
Matérias
Fruta – Tipo A Fruta – Tipo B
Produtos Acabados
Sumo – Tipo A Sumo – Tipo B
Iniciais 6 000 litros @ 52,00 1 000 litros @ 100,00
Compras
Fruta- Tipo A: 150 Ton @ 520,00
Fruta- Tipo B: 480 Ton @ 720,00
Vendas
Sumo – Tipo A: 8 000 litros @ 150,00
Sumo – Tipo B: 2 000 litros @ 200,00
Dados Complementares
A empresa adopta o critério custo cronologico directo para a valorização de Inventário.
Os gastos comuns, num total de 30 000,00 ,repartem-se pelas secções da seguinte forma:
10% para C. Eléctrica, 10% pra a manutenção, 30% para Mistura, 30%para Laboração e 20%
para o Armazém de Frutas.
Arredondar os custos unitários até quatro casas decimais
Pretende-se:
1. O Mapa dos Custos de Transformação
2. O Mapa dos Custos de Produção
3. O Mapa de Apuramento de Resultados
6. Certa empresa dedica-se ao fabrico em regime de produção disjunta de três produtos (A, B e
C). Para o efeito dispõe de duas Secções Principais (Preparação e Produção) e um Serviço de
Administração.
A empresa adopta o Método das Secções Homogéneas para repartir e controlar todos os gastos.
Após a primeira repartição dos gastos, de acordo com as chaves de repartição utilizadas, são os
seguintes totais para cada secção:
Caldeira 17.300,00
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 238
Gerador 74.600,00
Oficina 36.000,00
Secção de Administração 24.000,00
Preparação 120.725,00
Produção 279.450,00
Pretende-se:
1. A elaboração de um Mapa que ilustre a repartição de Serviços de um Secção para a outra
(em Quantidade e Valor)
2. O Custo de cada Secção
Calcule o Custo de Produção, sabendo que foram produzidas 3 000, 4 000 e 2 500 unidades de A,
B e C, respectivamente.
Matérias-Primas
Inventário Inicial:
A: 10 000 ton @ 1.500,00
B: 8 000 ton @ 1.800,00
Mão-de-Obra Directa
Alfa: 2 000 horas @ 600,00
Beta: 2 500 horas @ 600,00
Produção
Alfa: 10 000 unidades
Beta: 8 000 unidades
Vendas
Alfa: 7 000 unidades @ 8.500,00
Beta: 5 000 unidades @ 4.900,00
Dados Complementares
Despesas de Compra de Matérias-Primas: 1.680.000,00 a repartir com base nas
quantidades compradas
Critério de Valorização de Inventário: custo cronologico directo
Pretende-se:
1. O Mapa do Custo das Secções
2. O Mapa do Custo de Produção
A empresa adopta o critério cronologico directo e o Método das Secções Homogéneas, tendo
definido as seguintes Secções:
Amassadeira/Tendeira (Hh)
Forno (Hm)
Conservação (Hh)
Armazém de Matérias-Primas: engloba os custos de armazenagem das m.p., sendo a
unidade de imputação as saídas de m.p. (farinha)
Gastos Comuns: engloba os restantes Custos Industriais da empresa
Consumo de Matérias-Primas
Farinha de Trigo: 120 ton
Farinha de Centeio: 80 ton
Fermento: 15 ton
Sal: 30 ton
Água: 50 m3
Produtos Acabados
Produção Vendas
Qtdd (ton) Qtdd (ton) Preço Unitário
Pão de Trigo 800 500 30,00
Pão de Centeio 1 200 1 000 10,00
Outras Informações
Os Custos Comuns são repartidos por outros Centros de Custos: 35% para
Amassadeira/Tenseira, 50% para o Forno, 5% para a Conservação e 10% para o Armazém de
m.p.
A farinha de trigo é consumida no fabrico de Pão de Trigo e a farinha de centeio é
consumida no fabrico de Pão de Centeio
Os custos das m.p. (fermento, sal e água) são imputados aos produtos com base nas
quantidades produzidas
A empresa não tinha inventário inicial de Produtos Acabados
Os TC iniciais de Pão de Trigo foram de 214,00 e os TC finais de Pão de Centeio foram
de 450,00
Pretende-se:
1. O Mapa de Custos das Secções
2. O Mapa dos Custos de Produção
3. O Mapa de Demonstração de Resultados por Funções
Todas as Secções têm por unidade de obra a Hora-homem (Hh). Há ainda um centro de custos
designado por Gastos Comuns, que funciona como Secção Auxiliar, englobando o custos que são
comuns às Secções Principais e que são imputados a estas proporcionalmente às respectivas
Unidades de Obra (Hh).
Materiais Aplicados
Produção
Terminaram-se as Obras nº 101 e 104 e iniciaram-se as Obras nº105 e 106.
Facturação
Os Autocarros referentes às Obras terminadas foram entregues aos clientes em Julho e facturadas
pelos seguintes valores:
Obra nº101 270.000.000,00
Obra nº104 480.000.000,00
Custos Não Industriais
Administrativos 14.400.000,00
Financeiros 2.625.000,00
Pretende-se
1. O Mapa de Custos das Secções, apurando o Custo das U.O.
2. O Custo Industrial das Obras Terminadas e em Curso de Fabrico
3. A Demonstração de Resultados por Funções e por Obras
10. Uma determinada empresa industrial dedica-se à produção de barcos de recreio e trabalha por
encomenda.
Nos cascos em fibra adquiridos externamente pela empresa, são implantados os motores na
Secção de Montagem, após o que os barcos transitam para a Secção de Acabamento, onde se
processam os diversos acabamentos, passando posteriormente à Secção de Pintura.
Como apoio à actividade acima descrita, existe uma Secção Auxiliar designada por Manutenção,
cujos custos são imputados às Secções, proporcionalmente aos custos directos de cada uma delas.
Existe ainda uma Secção de Oficina Eléctrica que presta serviços da sua especialidade.
No final de Janeiro, encontravam-se em curso duas Encomendas que transitaram para Fevereiro,
com os seguintes custos (Valores em MTn)
Materiais Custos de Transformação
Encomenda nº88 19.000,00 1.300,00
Encomenda nº90 25.000,00 5.300,00
A actividade das Secções Principais, cuja unidade de obra é Hh, distribuiu-se da seguinte
forma:
Fornecedoras Montagem Acabamento Pintura Oficina Eléctrica
Beneficiárias
Encomenda nº88 1 200 3 000 300 500
Pretende-se:
1. O Mapa de Custos das Secções, apurando-se o Custo das Unidades de Obra
2. O custo Industrial das Obras terminadas (e das em curso) em Fevereiro
3. O Resultado Operacional Bruto em Fevereiro
11. A Empresa Industrial “Tiba Bem, Lda”, dedica-se à construção de determinados conjuntos
para a industria, e à fabricação de peças de diversa natureza para serem incorporados em
máquinas montadas por empresas clientes, dispondo para isso, de tecnologia adequada.
Contabelísticamente, a empresa está dividida nas seguintes Secções (Centros de Custos):
Compras
Compraram-se Materiais para o armazém no valor de 1.000.000,00 MTn. O stock de Materiais
em 1 de Maio foi valorizado em 200.000,00 MTn
Produção e Vendas
Informações Complementares:
O custo do kwh de Energia Eléctrica e do m3 de água foi de 9,00 MTn e 30,00 MTn,
respectivamente
O Seguro mensal contra incêndio é de 4 por mil sobre o valor do investimento de capital
de cada Centro de Custos
Critério de Valorização de inventário: custo cronologico directo
O valor do investimento decapital afecto a cada Secção e a respectiva taxa de amortização
anual, é o seguinte:
Máq/Fer Const.met. Conserv Armazém Serv.Com.
Oficinas
Imobilizado (MTn) 12.000.000,00 18.600.000,00 2.400.000,00 3.960.000,00 480.000,00
Taxa de Amort 10 10 10 2,5 12,5
Anual (%)
Arredondamento até quatro (4) casas decimais
Pretende-se:
1. O Mapa dos Custos de Transformação do mês
2. O Mapa do Custo das Obras Terminadas e em Curso
3. O Mapa de Demonstração de Resultados do mês
4. Refira-se sobre a classificação das Secções Homogéneas
Consumo de Matérias-Primas
Obra nº198 13.560,00
Obra nº201 15.600,00
Obra nº202 9.100,00
Vendas
As encomendas 198 e 201 foram colocadas aos clientes com uma margem de 20% sobre o Custo
Complexivo.
Outras Informações:
Pretende-se:
1. O Mapa de Custo de Transformação das Encomendas
2. O Mapa de Custo de Produção das Encomendas
3. O Mapa de Demonstração de Resultados por Funções e por encomendas
13. A empresa “Proal, Lda”, produz e comercializa duas conservas de peixe sob a forma de pasta,
tendo uma base o Salmão e a outra a Lampreia. O seu processo técnico desenvolve-se dentro do
seguinte esquema:
Tanto o Salmão como a Lampreia são preparados previamente numa operação de “Corte e
Preparação”, dando entrada, seguidamente, numa operação individual de Fabricação, em que
os peixes, já limpos, são sujeitos à cozedura “sob vapôr” e reduzidos simultaneamente a pasta,
por centrifugação. Esta pasta fica em repouso algumas horas, para arrefecimento, sendo em
seguida acondicionada em latas de 250 gramas.
Os Resíduos que resultam da operação “ Corte e Preparação” são vendidos pela empresa,
para a produção de Farinhas de Peixe, actividade que a Fábrica ainda não desenvolve, ao preço
de 94,50 MTn cada Kg.
Auxiliares
Central a Vapôr
Manutenção
Distribuição
Administração e Vendas
Produção
Dos registos técnicos veio a informação de que se produziram:
120 000 Embalagens de Pasta de Salmão
240 000 Embalagens de Pasta de Lampreia
Consumo de Matérias-Primas
Salmão ......................................................................35 toneladas @ 1.000,00/kg
Lampreia ......................................................................70 toneladas @ 600,00/kg
Latas para Pasta de ..............................................................................................1.695.000,00
Salmão
Latas para Pasta de ..............................................................................................3.350.000,00
Lampreia
Além dos Custos Acumulados nas diferentes secções, refere-se ainda que:
Outros Custos
Do registo extraído dos Boletins Individuais e Trabalho, constava que a Mão-de-Obra Directa,
valorizada em taxa real média era de:
1 500 horas @ 800,00/hora, das quais 900 horas para Produção de Pasta de Salmão e 600
horas para a Produção de Pasta de Lampreia.
Pretende-se:
1. O Mapa do Custo das Secções
2. O Mapa do Custo da Produção
3. O Mapa de Demonstração de Resultados
14. A Sociedade Industrial “Ganha Pouco, Lda”, sediada em Xai-Xai, que utiliza o Método das
Secções Homogéneas, dedica-se ao fabrico de dois produtos: Alfa e Beta. A fábrica encontra-se
dividida nas seguintes Secções:
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 252
Secção S1: onde a partir da Matéria-Prima A se obtém o Produto Alfa e o Semi-Produto
Beta. A Unidade de Obra é a Hora-Máquina (Hm)
Secção S2: onde a partir do Semi-Produto Beta e da Matéria-Prima B se obtém o Produto
final Beta. A U.O. é a Hora-Máquina (Hm)
Secção Central Eléctrica: que tem por função a produção e distribuição de energia
eléctrica. A U.O. é o Kilo-Watt por Hora (kwh)
Secção de Manutenção: que tem a cargo a manutenção e reparação das instalações e do
equipamento da fábrica. A U.O. é a Hora-homem (Hh)
Além das Secções Fabris, a empresa tem uma Secção Administrativa, a que faz corresponder a
um Centro de Custos.
Compras a Pronto
A: 120 toneladas @ 20.000,00 cada
B: 80 toneladas @ 30.500,00 cada
Produção do mês
Alfa: 50 toneladas
Beta: 80 toneladas
Dados Complementares
Os custos acumulados de produção à saída da Secção S1 são repartidos da seguinte forma:
60% para Alfa e o restante para o Semi-Produto Beta
As despesas de aquisição de matérias-primas, no valor total d 200.000,00 são repartidas
em função das quantidades compradas
Os gastos da Secção Administrativa não são repartidos pelos produtos por não se
encontrar um critério adequado para o efeito
Pretende-se:
1. O Mapa do Custo das Secções
2. O Mapa do Custo de Produção
3. O Mapa de Demonstração de Resultados
15. A “Construções Mecânicas, SARL”, fabrica em série o produto Alfa, resultante da montagem
das peças A e B. Estas peças são fabricadas na empresa a partir de aço especial adquirido no
mercado.
Existências em 31/10/X
Aço Especial 1 600kg 131.600,00
Peças A 80 peças 196.440,00
Peças B 80 peças 416.000,00
Produto Alfa 125 unidades 1.098.580,00
As operações do mês de Novembro foram as seguintes:
Compre de aço especial: 7 000kg @ 76,00 cada
Fabricação de 115 peças A, cujus Custos Directos (CD) foram: 1 035kg de aço especial e
540 horas de MOD
Fabricação de 120 peças B, cujos CD foram: 6 000kg de aço especial e 720 horas de
MOD
Montagem de 130 unidades do produto Alfa com a utilização de 360 horas de MOD
Os Gastos Indirectos encontram-se repartidos por Secções
A taxa horária real de MOD foi de 600,00
As vendas forma de 240 unidades do produto Alfa @ 18.000,00 cada
Pretende-se:
1. O Mapa do Custo das Secções
2. O Mapa do Custo de Produção
3. O Mapa de Demonstração de Resultados
16. A Empresa Industrial “ISCAM, SARL”, sedeada em Maputo, dedica-se a produção e venda
de SOPI & SUPI, através de matérias-primas SAPI & SAPA, utilizando o método de secções
homogéneas, tendo sido obedecido a seguinte estrutura:
Na secção de fabricação entra em processo a Matéria -prima SAPI & SAPA, e em seguida
envolvera os custos de transformação, dando origem ao produto SOPI & SUPI, onde a sua
repartição obedecera uma relação entre as matérias- primas consumidas durante o mês.
Durante o mês de Junho ultimo realizou – se as seguintes operações:
1. Factura n° 34 de Gany Comercial, Lda referente a aquisição de 20.000 Kgs de SAPI @
1.650,00.
2. Recibo n° 56 da Margarida Comercial, Lda pela compra de 12500Kg de SAPA no valor de
17.500.000,00
3. Nota de Debito da Margarida Comercial, Lda referente as despesas de transporte 125,00 contos
3
4. Nota de crédito referente aos descontos sucessivos (3%+12%), concedido pelo Gany
Comercial, Lda.
5. Recibo de MANDACANHANE, Lda pela inspeção das matérias compradas 975.000,00
6. Salario do mês liquido (? horas@960)
7. Repartição primária dos gastos indirectos:
Caldeira………………………………………………………. 150.000,00
Gerador…………………………………………………….. 1.300.000,00
Oficina ……………………………………………………… 1500.000,00
Fabrica…………………………………………..,,,,,,,,……. 6.850.000,00
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 255
U.O de fabrica são horas de MOD e repartidas de acordo com o principio de igualidade.
Fornecedores
Caldeira ( Ton) - - 20
Gerador ( Kwh) 10 - 20
Oficina (Hh) 20 20 20
Dados complementares:
As despesas de inspeção repartem-se proporcionalmente as quantidades adquiridas;
O custo de transformação do período foi de 14.600,00 mil
A empresa a dopta o critério FIFO na valorização de inventario;
O IRPS é de 20%;
3
Em cada hora de trabalho obtém-se 2 Unidades produzidas por cada produto;
Um Kg de SAPI produz 1.2 unidades de SOPI e um Kg de SAPA produz 2 unidades
SUPI
Inventario inicial: SAPI: 2500Kgs@1.500,00 e SOPI: 4000 Kgs@1.700,00
Pretende-se:
1. Mapa de Custo das Secções
2. Mapa de custo de producao
17.A empresa Futuro com Excelencia fabrica em producao conjunta, utilizando o metodo das
seccoes homogeneas, os produtos designadamente T1 e T2. O processo de producao é
desenvolvido nas seguintes condicoes:
Departamento I: A partir das materias primas HL & HAL, obtendo se o produto T1 e o
semiproduto T2 ;
Departamento II: A partir do semiproduto T2 e da materia prima HÁ, obtem-se produto
T2 e o subproduto T que vendido no mercado ao preco de 0.15
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 256
Alem dos Departamentos I e II, existem duas seccoes auxiliares nomeadamente oficina electrica e
de reparacao .
Relativamente aos dados do mês passado foram fornecidos os seguintes:
Materias-primas
Descricao Inventário inicial Compras Inventário final
Quantidades (ton) Custo por Quantidades Custo por
cada (ton) cada
HL 200 0.5 400 0.58 100
HAL 75 0.21 200 0.2 120
HA 300 0.25 900 0.3 400
Fornecedor
DI (Hh) 3500
DII (Hm) 8000
Oficina Electrica 8400 6500 100 15000
(Kwh)
Oficina de reparacao 750 1250 1000 3000
(Hh)
Producao
HL: 400 ton HAL: 1600 ton HA: 110 ton
Vendas
HL: 350 ton @1,03 HAL : 1400@1,5 HA: 100 ton @0,15
Dados auxiliares:
A empresa adopta o criterio custo medio para valorizacao do inventario;
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 257
Na valorizacao do sub produto HA, a empresa adopta criterio lucro nulo, suportando se
de despesas de transporte de 0,05 na venda de cada tonelada, quer de sub produto e
assim como co-produto ;
Os custos conjuntos sao separados de acordo com o criterio de valor de venda reportado
ao ponto de separacao
TCf : HL 5,5 e HAL 53,5
Custos Directos:
DI 700,00
DII 800,00
Oficina electrica 90,00
Oficina de reparacao 179,00
Pretende-se:
1.Mapa de custo das seccoes
2. Mapa de custo de producao
3. Mapa de demonstracoes de resultados
Nos finais dos anos 80, começou-se a questionar a aplicação da MOD como base única de
repartição dos Gastos Gerais de Fabrico. Com efeito, é preciso tomar em conta as circunstâncias
em que a MOD é uma base apropriada de repartição dos GGF, nomeadamente:
5. O montante da MOD imputada e o montante dos GGF imputados não difere grandemente
entre os produtos;
7. Uma alta correlação estatística pode ser estabelecida entre a MOD e os GGF incorridos.
Contudo, nas últimas duas décadas houve mudanças drásticas em muitas indústrias:
Tem havido maior diversificação de produtos, com as empresas produzindo uma gama
diversificada de produtos que diferem em termos de volume, tamanho de lote, e
complexidade das operações de produção, e;
Deste modo, torna-se cada vez mais necessário o recurso a outros métodos de repartição, por
forma a evitar-se distorções dos custos dos produtos e os consequentes erros de gestão da carteira
de produtos.
Consiste numa análise sistemática das actividades requeridas para produzir um produto ou
prestar um serviço. O objectivo é identificar aquelas actividades que contribuem para o valor
acrescentado e aquelas que não contribuem. Apenas as actividades concretas de produção é
que contribuem para a criação do valor. O movimento de produtos de um ponto para o outro,
a inspecção e a espera pela produção são actividades que não criam valor mas consomem
recursos. Há que reduzir este tipo de actividades.
Depois de completar a análise da cadeia de valor, há que decidir sobre que actividades devem
ser tratadas separadamente como centros de actividade. Um centro de actividade é uma parte
do processo de produção para o qual se pretende um reporte sobre os custos da actividade
envolvida. O ponto é que em muitas empresa não seria possível tratar individualmente cada
uma das actividades como centro de actividade, sendo necessário combinar algumas
actividades num único centro para reduzir o detalhe e a quantidade de relatórios.
O grau com que esse cost driver mede o verdadeiro consumo pelos produtos, nas
actividades envolvidas.
Ao se escolher o cost driver, deve-se estar seguro de que ele mede adequadamente o consumo da
actividade pelos vários produtos, pois se não existe uma forte correlação entre o cost driver e o
verdadeiro consumo, haverá um inadequada imputação dos custos aos produtos.
Por exemplo, se os custos de acabamento foram 10 000 u.m. e se tiverem sido trabalhadas 2 000
unidades do produto, estes vão ser debitados por 5 u.m. por cada unidade que foi acabada.
Em esquema será:
Gastos gerais de
fabrico
Pelo quadro verificam-se semelhanças entre dois sistemas de imputação dos custos de
transformação.
Em ambos, os custos directos são directamente imputados aos produtos e os gastos gerais de
fabrico são repartidos mediante utilização de duas fases. Contudo, na fase d) é que surgem
diferenças significativas;
O sistema ABC utiliza vários “cost drivers” como base de repartição, daí decorrendo custos de
produção mais rigorosos, designadamente quando os gastos gerais de fabrico são elevados.
Vejamos um caso prático. Admitamos que certa empresa fabrica os produtos P1, P2, P3 e P4.
Relativamente a determinado período recolheram-se os seguintes dados:
A determinação dos custos de produção pelo denominado custeio “tradicional”, utilizando a hora
de mão-de-obra ou hora-máquina para repartir os gastos gerais de fabrico, conduz aos seguintes
números:
Produto Unidades produzidas Horas por unidade Total de horas
P1 500 2 1.000
P2 500 4 2.000
P3 5.000 2 10.000
P4 5.000 4 20.000
Total 33.000
33
76 500 = 500 * 8 + 500 * 5 + 5.000 * 8 + 5.000 * 6
1. A empresa ABC, Lda fabrica vestuário por encomenda, existindo duas secções de produção
(confecção e estampagem) e um armazém de matérias-primas (Aprovisionamento). Em Julho
apresentou os seguintes elementos:
Tipo de artigo Quantidade produzida
Camisolas de Homens 6000
Camisolas de Senhoras 3000
Saias 2000
Para a produção das três encomendas a empresa conjugou dois tipos de matéria-prima (MP1 e
MP2), a qual implicou o seguinte consumo:
Custo Unitário Camisolas Camisolas Saias
(MT) homem Senhoras
MP1 (em 1.5 2000 800 600
Kgs)
MP2 (em 1.2 10.000 4000 2500
Kgs)
Os custos da secção de confecção foram imputados directamente às encomendas, sendo 2 MZN o
custo de cada H/H. Para o efeito foram necessários:
Descrição Quantidade de horas homem
Camisolas de homens 4.000
Camisolas de senhoras 1.800
Saias 1.400
Para a estampagem foram necessárias duas máquinas que, em conjunto operaram o nº de horas
constantes na tabela a seguir. O custo de cada hora máquina é de 7 MZN.
Descrição Quantidade de horas máquina
Camisolas de homens 500
Camisolas de senhoras 200
Saias 150
Os GGF incorridos foram os seguintes:
Aprovisionamento: 3.000 MZN
Confeição: 7.000 MZN
Estampagem: 20.000 MZN
Pretende-se:
a) Custos totais e unitários por produto e total sabendo que a empresa reparte os GGF com
base nos custos da MOD incorporada.
b) Efectuar os mesmos cálculos usando o Sistema ABC, considerando os seguintes cost-
drivers:
Aprovisionamento: nº de kgs de matérias – primas consumidas
Confecção: horas de MOD
Estampagem: Horas máquina
Depois de efectuar essa análise, concluiu que os custos do ano anterior representam boas estimativas
para o próximo ano. Os 20 Km de estrada municipal vão implicar 30.000 horas de inspecção,
movimentação de 300.000 toneladas de areia, 10 pontes e 80.000 toneladas de areia grossa para
enchimento.
a) Com base na taxa de USD 3.000 milhares e imputando mais 10% de margem de lucro sobre o
valor, qual será o valor total dos custos indirectos pela construção dos 20 Kms de estrada?
A distribuição dos centros de custos entre as actividades que realizam, deu origem à seguinte
distribuição:
Secção Actividade Custo
Forno Preparação 14.350
Cozimento 69.025
Moldagem Moldagem 70.050
Pintura 19.025
Embalagem 5.675
Armazém Compras 4.335
Remessas 12.080
Vendas Gestão de Clientes 40.100
Depois de atribuir todos os custos indirectos às actividades, foram identificados os cost driver de
cada uma das actividades:
Considere-se que para a fabricação destas peças o valor do consumo de matérias e da MOD, em
milhares de MZN, foi:
Actividade Produto A Produto B Produto C
Porcelana 3.000 1.500 12.800
Tinta 1.800 2.250 12.000
Prata 150.000 62.500 349.770
Verniz 2.250 2.500 12.000
Actividade de compras 1.275 1.020 2.040
MOD 90.000 60.000 150.000
Nota: O custo da actividade de compras deverá ser considerado custo das matérias-primas, tendo
emconta que o seu cost driver é o nº de pedidos.
Pretende-se:
a) O cálculo dos custos unitários referentes aos cost driver por actividade.
b) A imputação dos GGF pelas actividades principais e de seguida pelos produtos, incluindo
o apuramento do valor total dos GGF por cada produto;
c) O mapa dos custos de produção que agregue o custo das matérias, da MOD e dos GGF,
incluindo o custo unitário por produto, tendo em conta que não há TC e nem inventario
final.
d) O mapa dos custos das actividades secundárias (embalagem, remessas e gestão de
clientes) imputados a cada produto.
A demonstração de resultados por produto e total
Solicita se:
Determine o custo industrial da producao terminada para os 2 produtos, bem como o resultado
bruto unitario, utilizando:
10.1. INTRODUÇÃO
Para determinar o custo industrial dos produtos, temos que considerar os custos de produção que
a empresa suporta em cada mês.
Mas, uma parte dos custos de produção é fixa e outra parte é variável.
Os sistemas de custeio total caracterizam-se por considerarem como custos dos produtos não
apenas os custos variáveis industriais, mas também os custos fixos industriais, ou uma parte
destes.
O sistema de custeio total completo caracteriza-se por considerarmos todos os custos industriais
(fixos e variáveis) como custos de produtos.
Por este sistema, as existências de produtos acabados são avaliadas pelo custo total de produção.
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 271
Mapa de produção do mês pelos sistemas de custeios
Exemplo:
Admita-se o caso de uma empresa produtora de pavimentos que tem uma capacidade de produção
de 100 000 m ²/ mês, custos industriais fixos mensais de 15 000 contos e variáveis
(proporcionais) de 200$ por m ². Se num dado mês a empresa produzir 50 000 m ² e vender 40
000 m ², verifica-se o seguinte:
25 000
Por este sistema, os custos fixos industriais, como também os custos variáveis, são custos dos
produtos, só se tornando custos dos períodos a medida que a produção é vendida.
O sistema de custeio racional caracteriza-se por considerarmos como custos dos produtos, os
custos variáveis industriais e um valor de custos fixos industriais que resulta da multiplicação dos
custos fixos industriais do mês pelo quociente do volume real pelo volume normal de produção.
Representando os custos fixos industriais do mês por Cf, a produção real por Qr e a produção
normal por Qn, considerar-se-ão como custos fixos da produção do mês (custos dos produtos), os
que resultam do produto dos mesmos pelo quociente entre a produção real e a normal.
Cf = Qr/Qn
E, por conseguinte, como custos fixos industriais não incorporados, ou seja, como custos do
período, o seguinte valor:
No nosso exemplo (vide dados anteriores) admitindo que a produção normal seria de 80 000m²/
mês, teríamos:
As entradas de produtos acabados em armazém durante o mês são pois avaliadas a 387$50/m².
Cº Var
Indust 10 000 Cº industriais Cº das Vendas Cº
19 375 Pe
Cº Fixos fixos 9 375 prodt. Acabs. 15 500
(15 500)
(15000)
19 375 3 875
5.625
O sistema de custeio variável caracteriza-se por considerarmos como custo dos produtos apenas
os custos variáveis industriais.
Desta forma:
- Apenas os custos variáveis industriais constituem custos dos produtos, pelo que somente
os custos de produção variáveis são considerados na avaliação das existências de produtos
acabados;
- Os custos fixos de produção são, na sua totalidade, custos do período em que ocorrem:
10.000
Cº V. 10 000
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
(8.000)
Autor: Raimundo Faustino Bamo 8 000 274
10 000 2.000
Indt.
Custos indust. Custo das Custos
10000 vendas Período
Dos P.Acab.
15 000
O que referimos implica que também a nível do apuramento do custo das matérias (matérias
primas, subsidiárias e de consumo), se considerem apenas os custos variáveis.
As existências de matérias são avaliadas apenas pelos custos variáveis. Os custos fixos com elas
relacionadas, nomeadamente os custos de armazenagem, constituem custos do período em que
ocorrem e não custos dos produtos.
Em certas situações, o resultado que apuramos por certo sistema de custeio que adoptamos difere
do que seria encontrado por outro que seria tomado como alternativo.
Tal facto deve-se aos custos fixos industriais cuja consideração como custos de produtos varia
com os sistemas de custeio.
Na análise desta problemática devem distinguir-se, por outro lado, as seguintes situações de
produção e vendas:
Por outro lado, devido ao custeio racional, devem ter-se em conta as situações que derivam da
relação entre a produção real e a produção normal, que podem ser as seguintes:
(em contos)
Fixos Variáveis Total Custos industriais(MD + MOD + GGF) 9 000
18 000 27 000
Custos de distribuição 4 200 4 800 9 000
Custos administrativos e financeiros 5 700300 6 000
A empresa fabricou no mês em questão 100 000 unidades do produto A, enquanto que a
produção normal é de 120 000 unidades, não havendo produtos em vias de fabrico, nem no inicio
nem no fim do mês. O preço de venda unitário do produto A foi de 500$00.
No que respeita a relação entre o nível de produção normal e o nível de produção real, verifica-se
que se está perante a terceira hipótese mencionada, isto é Pr < Pn e quanto aos níveis de produção
e de vendas vamos admitir, sucessivamente, as três hipóteses consideradas, ficando ao cuidado do
leitor a resolução das outras alternativas referentes a primeira relação.
A demonstração dos resultados e a valorização de existências pelos três sistemas de custeio são a
seguir apresentadas, calculando-se previamente o custo da produção acabada por cada três
custeios:
Custeio Total
(em contos)
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 276
Vendas (100 000 unid. x 500$) 50 000
Custo das vendas (100 000 unid. X 270$) 27 000
Resultado bruto 23 000
Como a produção é igual as vendas, admitindo-se não haver existências iniciais, todos os custos
fixos de produção são custos do período considerado, pelo que no mês de Maio, os custos fixos
industriais incluídos no custo das vendas são de:
Custeio Variável
(em contos)
Vendas (100 000 unid. X 500$) 50 000
Custo das vendas (100 000 unid. X 180$) 18 000
Margem bruta industrial 32 000
Custos de distribuição variáveis 4 800
Custos administrativos e financeiros variáveis 300 5 100
Margem de contribuição 26 900
Custos fixos
Indústrias não incorporados 9 000
Distribuição 4 200
Administrativos e financeiros 5 70018 900
Lucro líquido antes de impostos 8 000
Custeio Racional
Como o volume de produção é igual ao das vendas, os custos fixos incorporados no custo da
produção acabada, que são custos dos produtos, acabam por ser custos do período, o mesmo
sucedendo com os custos fixos não incorporados, mas estes independentemente do facto de o
nível ser igual ao das vendas:
Nesta hipótese admitiremos que as vendas foram apenas de 90 000 unidades, sendo a
produção de 100 000 de unidades.
Como nem o custo de produção nem o seu volume se alteraram, os custos unitários industriais
são os que se calcularam anteriormente.
Como a produção é superior as vendas, os custos fixos industriais serão repartidos entre o
custo de vendas e as existências finais, como segue:
Custeio Variável
(em contos)
Vendas (90 000unid. X 500$) 45 000
Custos das vendas ( 90 000unid. X 180$) 16 200
Pelo custeio variável, os custos fixos industriais são sempre custos do período, pelo que os
custos fixos industriais incluídos nem custos industriais não incorporados (custos do período)
são de 9000 000$.
Custeio Racional
(em contos)
Vendas (90 000unid. X 500$) 45 000
Custo das vendas (90 000unid. X 255$) 22 950
Neste caso os custos fixos incorporados são repartidos entre o custo das vendas e o custo das
existências e, como se sabe, os não incorporados são sempre custos dos períodos:
Nesta situação admitiremos que a produção foi apenas de 90 000 e que as vendas foram de 100
000 unidades.
Admite-se, também para este efeito que as existências iniciais eram de 10 000 unidades e que
estavam valorizadas ao mesmo custo unitário do mês de Maio, mantendo-se os custos globais
apresentados no início do exemplo.
Custeio Total
(em contos)
Não obstante a produção ter baixado de 100 000 para 90 000 unidades, os custos fixos industriais
mantiveram-se. Admitindo que se adopta o critério LIFO, o custo das vendas considera
primeiramente a produção do mês, pelo que temos:
- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas referentes a produção do mês:
10 000 000$
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Autor: Raimundo Faustino Bamo 280
Custeio Variável
(em contos)
Vendas (100 000 unid. x 500$) 50 000
Custo de vendas ( 90 000 unid. X 200$)
( 10 000 unid. X 200$) 20 000
Como se sabe, os custos fixos industriais incluídos em custos industriais não incorporados são de
9 000 000$.
Custeio Racional
Como estamos a utilizar o LIFO, consideramos como vendidas em primeiro lugar as quantidades
produzidas no mês. Os custos fixos industriais que são custos do mês são:
9 750 000$
Apresentamos seguidamente as demonstrações dos resultados atrás elaborados para cada uma
das situações de produção e de vendas descritas e tiremos as conclusões.
Tenha-se presente que os custos fixos industriais foram de 9 000 contos e os variáveis de 18
000 contos.
Os resultados de certo período podem deferir como vimos com os sistemas de custeio devido
ao facto de ser diferente o montante de custos fixos industriais que constituem custos desse
período, isto é, que chegam a conta de resultados.
- Pelo custeio total, os custos fixos industriais são custos dos produtos mas como toda a
produção do mês é vendido (1) o momento total de custos fixos industriais (9 000
contos ) do período chega á conta de resultados através do custo das vendas;
- No custeio variável, os custos fixos industriais são custos do período, não são
inventariáveis, pelo que temos na conta de resultados os custos fixos ocorridos (9 000
contos);
- Pelo custeio racional, os custos fixos industriais ocorridos podem não ser na
totalidade custos dos produtos, dependendo, como vimos, da relação entre a produção
real e a produção normal. Neste exemplo foram considerados custos dos produtos 7
500 contos e do período 1 500 contos, mas como toda a produção foi vendida também
os primeiros foram custos do mês através do custo das vendas, pelo que todos eles (9
000 contos) foram debitados na conta de resultados.
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 282
Em conclusão, nesta situação de produção igual às vendas, quando se adopta o LIFO como
critério de custeio das saídas, os resultados são iguais pelos diversos sistemas de custeio dado
que é debitado na conta de resultados o mesmo montante de custos fixos industriais.
Temos nesta situação em que a produção foi de 100 000 unidades e as vendas de 90 000
unidades.
- Pelo custeio total, os custos fixos industriais ocorridos no período (9 000 contos) são
repartidos, dado que se adopta o LIFO, pela produção vendida (8 100 contos incluídos
no custo das vendas) e pelas existências finais (900 contos), pelo que apenas os
primeiros são debitados na conta de resultados do período;
- Pelo custeio variável, a conta de resultados é debitada no período pela totalidade dos
custos fixos industriais nele ocorridos (9 000 contos) e daí a diferença nos resultados
apurados entre este e o custeio total (900 contos);
- Pelo custeio racional, os custos fixos industriais que são custos dos produtos (7 500
contos) são repartidos, dado que se adopta o LIFO, pela produção vendida (6 750
contos incluídos no custo das vendas) e pelas existências finais (750 contos); acresce
que é custo do período a parte dos custos fixos industriais ocorridos que não são
custos dos produtos (1 500 contos), parte esta que acrescida à que vai a custo de
vendas (6 750 contos), dá um total de custos fixos industriais debitados na conta de
resultados (8 250 contos) que difere dos encontrados nos outros sistemas de custeio.
Neste exemplo, a diferença é de 150 contos relativamente ao custeio total e de 750
contos em relação ao custeio variável, valores que são, como se vê, iguais às
diferenças de resultados.
Por conseguinte, quando a produção é superior às vendas os resultados apurados pelo custeio
total são superiores aos do custeio variável dado que uma parte dos custos fixos industriais
ocorridos no mês são imputados à produção acabada que não é vendida, isto é, com os
custeios da variável.
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 283
Idêntica conclusão, e pelas mesmas razões, se retira relativamente aos resultados apurados
pelo custeio racional quando comparados com os do custeio variável.
Quanto aos resultados do custeio total quando comparados com os do custeio racional, a sua
situação relativa depende da relação produção real/produção normal. No entanto, quando
aquela relação for inferior a I, como é o caso deste exemplo, o custeio total apresenta
resultados superiores, uma vez que os custos fixos imputados à produção não vendida são
superiores aos que se imputam pelo custeio racional.
No nosso exemplo admitimos que a produção foi de 90 000 unidades, pelo que se venderam
10 000 unidades das existências iniciais.
- Pelo custeio total, a conta de resultados é debitada por todos os custos fixos ocorridos
no período (9 000 contos)- adopta-se o LIFO e toda a produção foi vendida - e anda
pelos que se encontravam incorporados nas existências que foram vendidas (1 000
contos), pelo que somam 10 000 contos;
- Pelo custeio variável, a conta de resultados é debitada apenas pelos custos fixos
ocorridos no mês (9 000 contos), pelo que diferem dos debitados pelo custeio total,
explicando a diferença entre eles (1 000 contos) a diferença de resultados;
- Pelo custeio racional, a conta de custo das vendas é debitada, pelas razoes referidas
atrás para o custeio total, pelos custos fixos ocorridos que são custos dos produtos (6
750 contos) e pelos que se encontravam incorporados nas existências iniciais que
foram vendidas (750 contos); a conta de resultados é ainda debitada pela parte dos
custos fixos industriais ocorridos que é o custo (2 250 contos), pelo que a soma das 3
parcelas (9 750 contos) difere do valor encontrado pelos outros custeios (diferença de
250 contos relativamente ao custeio total e de 750 contos quanto ao custeio variável),
o que explica as diferenças de resultados.
Manual de Contabilidade de Gestão- Parte I e II- 2017
Autor: Raimundo Faustino Bamo 284
As diferenças de resultados apurados pelos diversos sistemas de custeio podem ser
determinadas através de custos fixos industriais debitados nas contas de resultados. No
entanto, chegar-se-ão a iguais conclusões comparando o valor das existências calculado pelos
diversos sistemas de custeio. É o que se faz seguidamente em relação ao exemplo que temos
vindo a seguir, considerando apenas os custos fixos, dado que os custos vaiáveis são sempre
iguais.
Na primeira situação os resultados são iguais, pois, como toda a produção é vendida, não há em
qualquer custeio custos fixos do período incorporados em existências finais.
Na segunda, pelo custeio total incorpora-se na produção não vendida um valor de custos fixos
superior ao do custeio racional e ao do custo variável, é sempre nulo.
Finalmente, se a produção for inferior às vendas é porque se vendem existências iniciais, pelo
que, nos casos dos custeios total e racional, baixa o valor dos custos fixos incorporados nas
existências.
Daquele quadro podem retirar-se as diferenças de valor das existências entre os diversos custeios,
que hão-de ser iguais à diferenças de resultados encontrados nas demonstrações atrás
representada, como segue:
Convirá ter presente que as conclusões atrás encontradas foram retiradas no pressuposto de que
se adoptava o critério LIFO no custeio das saídas de produtos de armazém.
É necessário adoptar aquele critério para encontrar aquelas conclusões sempre que nas diversas
situações assinaladas haja existências iniciais.
Com efeito, repara-se que se fosse adoptado o FIFO, como se considerariam como vendidas em
primeiro lugar as existências iniciais, os custos fixos nelas incorporados poderiam diferir dos
ocorridos no mês e consequentemente alterar as conclusões.
Determinada empresa trabalha abaixo do seu nível normal de capacidade instalada, sendo a
estrutura dos seus custos de produção a seguinte:
(por unidade)
Admitindo-se que recebeu uma proposta de compra de 1 000$/unid., sem quaisquer encargos
adicionais, a empresa deverá aceitá-la?
A resposta será favorável se os custos variáveis industriais unitários forem inferiores ao preço de
venda, pois a diferença (margem de contribuição) cobrirá parte dos custos fixos, melhorando os
resultados.
Portanto é de aceitar a proposta, dado que por cada unidade vendida se cobrem 140$ de custos
fixos.
Também aqui se trata de uma decisão de curto prazo, isto é, a alternativa escolhida é válida
enquanto não for possível eliminar a situação de prejuízo – embora minimizado – a que conduz, o
que poderá ser seguido ou através de alternativas de utilização de capacidade disponível ou pela
sua redução com a consequente diminuição de custos fixos.
Os resultados (R)da empresa referidos a certo período são, como sabemos, a diferença entre os
proveitos (P) e os custos (C) imputáveis a esse período, ou seja:
R=P-C
Admitindo que a empresa não tem quaisquer outros proveitos além dos que resultam das suas
vendas (V), temos:
P=V=p x Q
Em que:
p= preço de venda
Q= quantidades vendidas
O que quer dizer que os proveitos são função das quantidades vendidas e dos preços praticados.
Se se tratar de uma empresa produtora dos bens ou dos serviços que vende, podemos admitir,
como hipótese, que as quantidades vendidas em certo período são iguais às produzidas.
No que respeita aos custos podemos distinguir os custos fixos (Cf) dos custos variáveis (Cv), ou
seja, os custos totais (C), são:
C=Cf+Cv
R=p x Q - (Cf+Cv)
Volume relevante
Custos
Custos variáveis
Custos fixos
Volume
Pelo exposto, admitimos que é geralmente possível definir numa empresa, em concreto, um
intervalo de volume da sua produção e das suas vendas, que designamos por volume relevante
dentro do qual as suas operações não ocasionam alterações sensíveis nos seus custos fixos em
que os custos variáveis são proporcionais ao volume.
Custos
Custos Totais
Custos variáveis
As funções de custos definidas para o intervalo que acabamos por designar de volume relevante
terão como constantes o custo unitário variável (cv) e os custos fixos globais (Cf), pelo que
teríamos:
C = Cf + Cv . Q
Se se verificar também que os preços de venda se mantêm constantes naquele intervalo (pv) os
proveitos serão:
P = pv .Q
R = pv . Q -|Cf + cv . Q|
No quadro dos pressupostos acabados de referir em que, para diversos níveis de volume:
R = pv . Q – Cf – cv . Q
O = pv . Q* – Cf – cv . Q*
Ou seja:
Q* = Cf
Pv –cv
Graficamente tem-se:
Custos Totais
Ponto
Critico
(V”) Margem de
Segurança
Quantidades vendidas
Ponto Crítico Volume de vendas
(Q”) esperado
A margem de segurança deve utilizar-se nas empresas para medir o risco. Uma empresa com
uma margem de segurança elevada é menos vulnerável, isto porque o ponto crítico está longe do
volume de vendas esperado.
Pelo contrário, numa empresa com uma reduzida margem de segurança o risco é elevado, uma
vez que o seu ponto crítico pouco se distancia das vendas esperadas, por conseguinte, as
variações negativas na procura e nos preços de venda e bem assim os agravamentos não previstos
nos seus custos podem colocá-la em situação de prejuízo.
Convirá ter sempre presente nas aplicações dos conceitos relacionados com o ponto crítico os
pressupostos simplificadores atrás admitidos que raramente se verificam para grandes variações
nos volumes de produção e de vendas. No entanto, saliente-se que, como atrás dissemos, com
frequência pode ser definido um intervalo de variação do volume - que designamos por volume
relevante – dentro do qual aqueles pressupostos se verificam.
a maior parte das empresas fabrica e vende mais do que um produto. Veremos seguidamente o
impacto da alterações do “product mix” nos resultados dos diferentes produtos e da empresa no
seu conjunto.
Exemplo:
De uma empresa que fabrica três produtos, designados por A, B e C, dispõe-se dos seguintes
elementos em relação ao mês de Maio de 19x1:
O peso do valor das vendas de cada produto no valor de vendas total é o seguinte:
Como os custos fixos são de 8 000, o ponto crítico em valor do “product mix” é o seguinte:
V* = 8 000 = 24 151 contos
0,331
A contribuição de cada produto do “product mix” para o ponto crítico, tendo em conta que cada
um deles contribui de acordo com a sua percentagem no “mix”, é a seguinte:
(em contos)
Produtovendas % V* contribuição cada produto
A 25 000 62,5 24 151 15 094
B 10 000 25,0 6 038
C 5 00012,53 019
40 000100,024 151
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Suponha-se agora que se alterou o “product mix” de forma a que o peso percentual de cada um
passe para (30-35-30) sem que o valor das vendas totais e dos custos fixos se alterem. O impacto
nos resultados dos produtos será o seguinte:
Como os custos são de 8 000 contos, o ponto crítico, o ponto crítico em valor do “product mix”
seria o seguinte:
V* = 8 000 = 19 608 contos
0,408
Aquela quantidade (Q*) que é necessário produzir e vender para que os proveitos igualem os
custos, ou seja, para que não haja lucro nem prejuízo, é designado por ponto crítico das vendas,
também chamado de umbral do lucro ou ponto morto das vendas.
O ponto crítico pode também ser apresentado em valor, para o que basta multiplicar Q* pelo
preço de venda, como segue:
V* = pv .Q*
designando por margem de contribuição m a diferença entre o preço de venda e o custo variável
(industrial e não industrial), o ponto crítico é dado pelas seguintes fórmulas:
-em quantidade:
Q* = Cf ou Q* = Cf
pv-cv m
-em valor:
V* = Cf ou V* = Cf ou V* = Q* . pv
1-cv m’
pv
Zona de Lucro
Custos Vendas
Custos Fixos
Volume
Note-se que para simplificar, considerámos, incorrectamente, que os custos e proveitos variam
linearmente com o volume de produção e de vendas para qualquer intervalo deste, o que é apenas
válido, como referimos, para o volume relevante.
Dever-se-á também ter presente esta incorrecção propositada nos gráficos que se seguem.
Conhecido o ponto crítico pode rapidamente estimar-se o resultado antes de impostos, pois
ficando os custos fixos cobertos pela margem de contribuição proporcionada pelo ponto crítico
(também se define ponto crítico o volume de actividade em que a margem de contribuição é igual
aos custos fixos), o resultado estimado será igual à margem de contribuição proporcionada pelas
quantidades vendidas para além desse ponto:
Em que:
Q= quantidades vendidas
Q*= ponto crítico em quantidades
pv= preço de venda
cv= custo variável unitário industrial e não industrial
Zona de Lucro
Custos Vendas
Custos Fixos
Volume
Este gráfico salienta que, até se atingir o ponto crítico das vendas, a empresa tem prejuízo, que é
dado pela diferença entre qualquer ponto de recta de proveitos e igual ponto de recta de custos,
dado que a primeira assume valores inferiores à segunda (zona de prejuízo). Para quantidades
superiores ao ponto crítico a situação inverte-se (zona de lucro).
Salienta também, o que pode ser visto pela área correspondente à zona de lucro, que ultrapassado
o tempo crítico, o lucro aumenta mais do que proporcionalmente com o crescimento do volume
de vendas, sendo igual à margem de contribuição proporcionada pelas quantidades vendidas para
além do ponto crítico.
Margem de segurança
Designa-se por margem de segurança o quociente da diferença entre as vendas previstas e o ponto
crítico e o próprio ponto crítico:
MS = Q-Q* ou MS = Q -1
Q* Q*
Graficamente tem-se:
Lucro
Custos Vendas
Quantidades
Vendidas
A empresa produtora de telemóveis XPT, LDA produziu durante o ano N 100.000 unidades do
modelo XP, que vendeu ao preço de 50 contos cada, tendo obtido um resultado positivo de
100.000 contos. O ponto de equilíbrio das vendas situou-se nas 80.000 unidades.
Pretende-se:
3) Os custos fixos;
Outras informações:
Produção do mês N 50.000 unidades
Vendas do mês N 40.000 unidades
Pretende-se:
A empresa PLANTA, S.A. produz e comercializa um único produto. Em Junho de 2003 elaborou
as seguintes Demonstrações dos Resultados:
Sabendo que não havia existência inicial de produtos acabados, nem de produção em vias de
fabrico,PRETENDE-SEque:
A empresa “Tratoria, Lda” produz e vende peças e acessórios para alfaias agrícolas.
São apresentadas três Hipóteses sobre quantidades produzidas e vendidas, em relação a
determinado mês:
Hipótese 1
Hipótese 2
Hipótese 3
Pretende-se:
Pretende-se:
Pretende-se:
Pretende-se:
a) O custo de produção por cada um dos quadrimestres pelos Custeio Total e Variável;
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b) As Demonstrações de resultados para cada um dos quadrimestres pelos Custeio Total e
pelo Custeio Variável;
c) A explicação da causa das diferenças dos resultados encontrados em b).
GGF Variaveis
M.O. Indirecta 1,00
Manutencao 0,50
Materiais Indirectos 1,50
Energia 3,50
Agua 2,00 8,50
4. A empresa espera vender 14.000 garrafas durante o mês de Julho. Quanto variará o
resultado se as vendas aumentarem 5% em relação ao valor esperado.
Qualquer custo teórico é utilizado como parâmetro de referência, mas distinguem-se pelo menos
três espécies, consoante as finalidades em vista e o significado (natureza e validade) dos
respectivos desvios:
Custos Básicos
São custos convencionais (preço do mercado, custo médio anterior, etc.) que se utilizam
especialmente para:
Controlo de gestão;
Constituem uma unidade de medida dos serviços obtidos, porque são determinados com base em
condições típicas de funcionamento;
Dificuldades na determinação do grau de precisão no cálculo dos custos padrões nos diversos
sectores da empresa;
Nos casos em que as revisões dos custos padrões não forem efectuadas periodicamente tornam-
se, às vezes, desajustados à realidade;
No caso de haver alterações dos padrões, isto implica a redução da sua eficácia;
Custos orçamentados – custos obtidos nos orçamentos elaborados pela empresa no âmbito da
utilização do sistema de gestão orçamental;
Custos padrões – custos definidos a partir de normas técnicas de matérias, mão-de-obra e gastos
gerais de fabrico, e não necessariamente através da gestão orçamental;
Preços de mercado – custos equivalentes aos preços que os bens têm no mercado;
Os desvios em relação aos custos reais poderão ser devidos, por um lado, à diferença de
produtividade dos meios de exploração e/ou à variação de preços, e, por outro lado, a erros de
previsão.
Por isso, estes custos, são sempre utilizados com carácter provisório, e sem conduzirem a
conclusões definitivas quanto à qualidade da gestão, vão sendo progressivamente corrigidos e
aperfeiçoados pela experiência.
Custos-Padrões ou “Standards”
Estes são estabelecidos por serviços especializados em estreita colaboração com os servios
administrativos. São utilizados como modelo da produção ideal ou normal, pelo que se podem
considerar:
1. Controle de gestão
2. Simplificação do trabalho contabilístico.
3. Definição de responsabilidades
1. Padrão Matérias
Para estabelecer o padrão referente aos custos de matérias ou matérias directas há que entrar em
linha de conta com dois factores:
a) a quantidade de matérias que se vai utilizar;
b) o preço de custos dessas matérias.
A fixação de padrões para os preços das matérias acarreta um problema bastante diferente. O tipo
de padrões de preços de matérias que terá que se utilizar é determinado pelo tipo de custos
padrões a empregar que podem ser:
padrões de preços correntes ou previstos;
padrões de preços normais;
padrões de preço fixo
Fórmulas:
Terminologia:
Qr – Quantidade real das matérias consumidas
Pr – Preço real das matérias consumidas
Qp – Quantidade padrão das matérias consumidas
Pp – Preço padrão das matérias consumidas
2. Padrão Mão-de-obra
O tipo de controlo efectuado pelas chefias, quanto aos preços de mão-de-obra, é limitado, pois
estes são normalmente consequência do resultado de negociações locais de oferta e procura de
mão-de-obra.
Fórmulas
Terminologia
Hr – Horas reais de mão-de-obra
Hp – Horas-padrão de mão-de-obra
Tr – Taxa real de mão-de-obra
Tp – Taxa padrão de mão-de-obra
1) Qualificação do pessoal;
2) Organização do pessoal;
3) Qualidade das matérias;
4) Manutenção das máquinas.
Dadas as dificuldades verificadas na imputação dos GGF aos produtos – grande heterogeneidade
de custos incluidos nesta rubrica e a respectiva natureza indirecta – a determinação do padrão
torna-se mais complexa que nas rubricas anteriores.
Os GGF variáveis flutuam em proporção com as mudanças de níveis de actividade. Muitas vezes,
a taxa destes GGF é fixada com base na mão-de-obra.
Os GGF fixos não variam, pelo contrário, dentro de certos níveis de actividade. Porém, os custos
unitários rendem, atendendo a que quanto mais alto é o nível de actividade, mais baixo é o custo
unitário. A dificuldade de custeio surge aqui, pois a gestão quer um custo padrão significativo
para os produtos, independentemente das mudanças de nível de actividade mês a mês.
Para definir a taxa padrão de GGF e para auxiliar a determinar as subsequentes variações em
relação ao padrão, utiliza-se um Orçamento Flexível. Para calcular a taxa padrão divide-se o
total dos GGF pela quantidade prevista de actividade normalemte expressa em horas-homem,
custos de mão-de-obra directa ou horas-máquina.
A taxa padrão em causa determina-se na base dos GGF a 100% da capacidade produtiva,
representando esta a actividade prevista em condições normais de exploração.
Orçamento Flexível – é aquele que é elaborado para vários níveis de actividade. Tem a
vantagem de permitir a comparação de actividade real com a prevista, qualquer que seja o nível
de actividade.
Fórmulas
Exemplo
Gastos Variáveis (u.m.) 180 000,00 240 000,00 300 000,00 360 000,00
Gastos Fixos (u.m.) 150 000,00 150 000,00 150 000,00 150 000,00
Total (u.m.) 330 000,00 390 000,00 450 000,00 510 000,00
Pretende-se: o cálculo dos desvios parciais para cada componente do custo de produção.
Nota: no caso dos GGF, utilize, sucessivamente, os Métodos de Dois (2), Três (3), e Quatro (4)
Desvios.
Cálculo dos Desvios
1. Matérias-primas
Qr = 2 000 Kg Pr = 100,00 u.m.
Qp = 1 950 Kg Pp = 120,00 u.m.
2. Mão-de-obra directa
Hr = 3 100 Tr = 150,00 u.m.
Hp = 3 240 Tp = 160,00 u.m.
DTx = Hr (Tr – Tp) De = Tp (Hr – Hp)
DTx = 3 100 (150 – 160) De = 160 (3 100 – 3 240)
DTx = - 31 000,00 (favorável) De = - 22 400,00 (favorável)
300000 150000
Tv = 83,30um Tf = 41,70um
3600 3600
Desvio de Actividade
DA = (Hr*Tv – Gf) – Hr*Tp
DA = (3 100*83,30 + 150 000) – 3 100*125
DA = 20 730,00 (desfavorável)
Desvio de Produtividade
DP = Tp (Hr – Hp)
DP = 125 (3 100 – 3 240)
DP = - 17 500,00 (favorável)
Para terem a maior utilidade, os desvios devem ser rapidamente identificados e apresentados tão
frequentemente quanto possível (nalguns casos diariamente), pois quanto mais próximo do ponto
de ocorrência for o relato, maior é a possibilidade de controlo e acção correctiva.
Os dados históricos sobre operações estabelecidas, temperados por alterações estimadas para o
futuro, fornecem, habitualmente, bases de confiança para a estimativa dos custos esperados e
cálculo dos limites de controlo que servem para indicar, tanto os bons como os maus períodos de
exploração.
As decisões respeitantes ao tratamento mais aceitável, exigem considerações que vão além do
mero agrupamento de que só os custos globais devem ser admitidos nas demonstrações
financeiras.
Características essenciais
Características essenciais
EM SUMA
O Método do Esquema Simples apresenta a vantagem de não exigir, todos os meses, a realização
de um inventário dos produtos em fabricação, porquanto o valor padrão destes deriva,
automaticamente, do saldo das contas “Fabricação”. Todavia, está sempre presente o perigo de
uma supervalorização dos produtos em fabricação: se os desvios e quebras não forem
cuidadosamente controlados, permanecerão nas contas, mesmo quando não se procede a um
inventário físico.
Durante o mês de Novembro último, a fabricação do Produto A pela Promex, Lda., duma
determinada empresa industrial, deu lugar às seguintes operações:
1. Matérias-primas compradas e utilizadas na produção: 8 500 Kg a 30,00 u.m.;
2. Gastos de Mão-de-obra Directa: 1 900 horas a 50,00 u.m. cada;
3. Gastos Gerais de Fabrico: 280 000,00 u.m.;
4. Produçao: 1 000 unidades;
5. Vendas: 800 unidades a 750,00 u.m. cada;
O custo-padrão de cada unidade do Produto foi de 490,00 u.m. e distribui-se do seguinte modo:
- Matérias-primas: 8 Kg a 25,00 u.m. cada;
- Mão-de-Obra Directa: 2 horas a 45,00 u.m. cada;
- Gastos Gerais de Fabrico: 100,00 u.m. por horas de MOD.
Durante o mês de Setemmbro último, a fabricação do produto pela P&T, Lda., deu lugar às
seguintes operações:
A Mobiladora Zenha, sediada em Zavala, fabrica e vende, entre outras, mobílias para sala de
jantar, usando o Sistema de Custos-padrão no custeio da sua produção.
Durante o mês passado, a empresa produziu 60 mobílias e consegui vender todas a pronto
pagamento por 126 000 000,00.
Dados complementares:
1. Factura n. 555 da Ifloma, referente a 1 800 m3 de madeira a 72 500,00 cada;
2. Os GGF são repartidos com base nas horas de MOD;
3. A empresa não tinha existências iniciais tanto de madeira como de produtos acabados;
4. Recibo n. 44 dos Transportes Paula, pela madeira comprada: 4 950 000,00;
5. Os GGF fixos foram orçados em 3 500 000,00;
6. No caso dos GGF utiliza o método de dois (2) desvios;
7. A produção de 68 mobílias corresponde a 85% de actividade.
Pretende-se:
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Autor: Raimundo Faustino Bamo 321
1. O cálculo dos desvios parciais de cada componente do custo à porta da fábrica;
2. A contabilização das operações no Diário Geral pelo esquema simples;
3. O Mapa de Demonstração de Resultados do mês, apurando o resultado real.
11.4 A Mobiladora Zeta, L.da, sediada em Maxixe, fabrica e vende, entre outras, mobílias para
sala de jantar, utilizando o Sistema de Custos-padrão no custeio da sua produção.
3. Produção: 16 mobílias;
Outras informações:
Factura n. 2929 da Ifloma referente a: 1 500 m3 a 14,7 cts. Cada e despesas de transporte no
valor de 3 540 cts.
Os GGF são repartidos com base na MOD;
Não havia existências iniciais tanto de matérias-primas como de produtos acabados;
No caso dos GGF utilize o método de três (3) desvios;
A produção de 18 mobílias corresponde a 72% do nível de actividade normal
Pretende-se:
1. Cálculo dos desvios parciais de cada componente do Custo Industrial;
2. Contabilização das operações no Diário Geral pelo Esquema Parcial;
3. O Mapa de Demonstração de Resultados do mês, apurando o resultado real;
11.6 A Mobiladora Central Lda., sediada na Beira, fabrica e vende mobílias para sala de visitas,
utilizando o Sistema de Custos-padrão no custeio da sua produção.
8. Produção: 20 mobílias;
Produção (Mobílias) 10 20 30
Actividade (em horas) 250 500 750
Actividade (em %) 40 80 120
Total (Cts) 14.000 20.000 26.000
.
Pretende-se:
6. Cálculo dos desvios parciais de cada componente do Custo Industrial. No caso dos GGF
utilize o método de três (3) desvios;
7. Contabilização das operações no Diário Geral, usando o esquema simples (SISO).
ANEXOS
Balanço
Correcao de exercicio
Exercicio 10.10
2700x=3000+600+50y X=1,35
Solucao
Y=1,21
3750y=3000+600+700x
Custo 88 90 91
Descrição unitário Q Valor Q Valor Q Valor
Custos do mês
Materias primas 2000 1200 22000
Custo de transformação
Montagem 1,21 1200 1454 0 0 2500 3030
Pintura 1,92 300 576 200 384 0 0
Acabamento 1,03 3000 3090 0 0
Of. Electrica 1,35 500 675 0 0
CIPM 7795 7729 25030
TCi
Materias 19000 25000
Custo de transformacao 1300 5300
Sub total 20300 30300
CIPA 28095 38029
Materias primas 21000 26200
Custos de transformacao 7096 11829
TCf
Materias primas 22000
Custo de transformacao 3030
Total 25030
Descricao Y R
Trabalhos acabados 20000 15000
Coeficiente=500.000,00/425000
Coeficiente=1,176470588
Custeio tradicional
Descricao Y R
Materia prima 100 150
MOD 250 300
GGF 11,76 17,65
CIPTA unitario 361,76 467,65
Preco de venda 500 600
Resultado Bruto unitario 138,24 132,35
Y R
Descricao
Descricao Montante actividades unitario Qt Valor Qt Valor
Planeamento e controlo 100000 1250 80 500 40000 750 60000
Setups 250000 4000 63 1000 62500 3000 187500
Ordens de compra 150000 50 300 200 60000 300 90000
500000 162500 337500
20000 15000
8,13 22,50
Custeio ABC
Descricao Y R
Materias primas 100 150
MOD 250 300
GGF 8,13 22,5
CIPTA 358,13 472,5
Preco de venda 500 600
Resultado bruto unitario 141,88 127,5
2. 12.5Ton*1000 = 12,500 Kg
Custos conjuntos de DI
Materias primas
M1 282
M2 31
Custo de transformacao 829
1142
Departamento II
Materias primas (M3) 240
Custo de transformacao 940
Sub produto (10)
Custos especificos industrias 1170