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Ou seja, o desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma
economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto
total de bens e serviços finais do país, expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais:
a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens
e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a
renda real per capita aumentará. O processo implica a atuação de certas forças, que operam durante
um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do
processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas
características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional
de uma economia.
Índice
[esconder]
1 Como ocorre
2 Teorias
3 Neoliberalismo
4 Ver também
5 Referências
6 Ligações externas
Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma semente se torna uma planta adulta, está
exercendo um potencial genético: em outras palavras, está desenvolvendo-se. Quando qualificado
pelo adjetivo "econômico", refere-se ao processo de produção de riqueza material a partir do potencial
dado pela disponibilidade de recursos humanos e naturais e uso de tecnologia. No campo da economia,
a palavra "desenvolvimento" vem, normalmente, acompanhada da palavra "capitalista", para mostrar
que o desenvolvimento refere-se ao todo social. Esta noção está muito bem desenvolvida em diversos
capítulos do livro de COWEN, M. P. e SHENTON, R.W. (1996, Doctrines of Development. London:
Routledge). Especificamente sobre o desenvolvimento capitalista há um verbete no Dicionário do
Pensamento Marxista de Tom BOTTOMORE (1988).
O desenvolvimento comercial e industrial na Europa provocou o estudo clássico de Adam Smith sobre
a riqueza das nações e partir daí esse tema esteve sempre presente na evolução do pensamento
econômico. O desenvolvimento industrial no século XIX da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha
levantou novas questões sobre as causas desse enriquecimento mas no século XX a taxa de
desenvolvimento decaiu ao mesmo tempo em que surgia o confronto das nações liberais com o rápido
desenvolvimento da Rússia comunista.
Foram muitas as teorias voltadas para a promoção do desenvolvimento econômico. Como alternativa
à crise de 1929, o economista inglês John Maynard Keynes formulou uma hipótese de que o Estado
deveria interferir ativamente na economia: seja regulando o mercado de capitais, seja criando
empregos e promovendo obras de infraestrutura e fabricando bens de capital. Essas medidas
caracterizaram-se por serem de curto-prazo enquanto economistas reconheciam um desenvolvimento
econômico quando taxas como a da produção nacional mostrassem tendência ascendente a longo-
prazo
Os keynesianos foram muito populares até os anos 1980 quando - em parte devido à crise do petróleo
- o sistema monetário internacional entrou em crise. Tornou-se então evidente a inviabilidade da
conversibilidade do dólar em ouro, ruiu o padrão dólar-ouro, com inflação e o endividamento dos
Estados por um lado, e uma grande acumulação de excedente monetário líquido nas mãos dos países
exportadores de petróleo por outro. Em vista disso, sobreveio uma mudança de enfoque na política
econômica.
Surge, então, a escola neoliberal de pensamento econômico, baseada na firme crença na Lei de Say, e
cujos fundamentos já tinham sido esboçados em 1940 pelo economista austríaco Friedrich August von
Hayek. Para corrigir os problemas inerentes à crise, os neoliberais pregavam a redução dos gastos
públicos e a desregulamentação, de modo a permitir que as empresas com recursos suficientes
pudessem investir em praticamente todos os setores de todos os mercados do planeta: tornar-se-iam
empresas multinacionais ou transnacionais.
O neoliberalismo foi experimentado, primeiramente, por Augusto Pinochet, no Chile [1] na década de
1970, o qual foi seguido pela inglesa Margaret Thatcher e pelo americano Ronald Reagan nos anos
1980.
O Chile tornou-se, então, uma espécie de vitrine mundial do modelo neoliberal. O crescimento do
produto interno bruto chileno, na época, oscilou de uma taxa positiva de + 8 por cento a taxas
negativas inferiores a -13 por cento. Entre 1975 e 1982, a média de crescimento foi de + 2,9 por cento
ao ano.
No entanto, os custos sociais foram grandes. Mais de 200 mil chilenos tiveram que emigrar por razões
econômicas. O Chile viu seu desemprego subir dos 4 por cento da era Allende para 18 por cento na era
Pinochet, e a taxa de pobreza subir de 20 por cento para 45 por cento. Isso acabou por minar o apoio
à ditadura e provocar a derrota de Pinochet em 1988, quando se iniciou a transição para uma
democracia.
Embora os resultados a curto prazo da transição chilena para um modelo neoliberal de economia
tenham sido ruins para a sociedade, ainda no início da década de 1990, o país se tornou a economia
mais próspera da América Latina, crescendo a taxas superiores a 7 por cento ao ano, o que rendeu ao
país o título de Tigre Asiático latino-americano, em clara referência aos países asiáticos cujas
economias cresciam rapidamente. O país conseguiu reduzir a pobreza de 50% de sua população em
1987, para 18,3% em 2003, tornando-se assim o primeiro país latino-americano a cumprir as metas do
milênio para a redução da pobreza.
De 1990 até 2004, as práticas neoliberais preconizadas pelo Consenso de Washington, em 1990), e
pelo Fundo Monetário Internacional, durante a década seguinte, tornaram-se um modismo quase
irresistível para os governantes, que acreditavam ter encontrado a fórmula para alcançar um maior
desenvolvimento econômico. Reformas foram aplicadas em vários países, notadamente nos mais
pobres, no pressuposto de que, com a liberalização dos mercados, fosse possível atrair um maior
volume de investimentos. [2]
Uma das reações às práticas neoliberais foi a busca de alternativas de desenvolvimento econômico
local, como forma de tentar suprir a incapacidade de promoção do desenvolvimento pelos Estados dos
países subdesenvolvidos, nomeadamente em oposição às ideias e práticas neoliberais.