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Projeto de SPDA surge em resposta a um problema concreto.

Elaborar um projeto de
SPDA é, antes de mais nada, contribuir para a solução de problemas, transformando
IDÉIAS em AÇÕES. O documento chamado PROJETO é o resultado obtido ao se
“projetar” no papel tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um conjunto
de atividades a serem executadas: quais são os objetivos, que meios serão buscados
para atingi-los, quais recursos serão necessários, onde serão obtidos e como serão
avaliados os resultados.

Nesse artigo você vai aprender sobre:

 Antes de iniciar o projeto de SPDA- Gerenciamento de Riscos :


 Etapas básicas para elaboração de projeto de SPDA- Definir os Resultados:
 O que um projeto de SPDA deve contemplar conforme NBR 5419
 Como Elaborar um projeto de SPDA
 Como cobrar um projeto de SPDA?
 Quais benefícios o cliente alcança com um projeto de SPDA?
 Executar Projeto de SPDA é obrigatório?
 Quem pode fazer projeto de SPDA
 Conclusão

Antes de iniciar o projeto de SPDA-


Gerenciamento de Riscos :

Antes de iniciar um projeto de SPDA é preciso conforme NBR 5419 na sua segunda
parte analisar as perdas e riscos do estabelecimento antes mesmos de projetar
Conforme a NBR 5419: “Esta Parte da ABNT NBR 5419 tem o proposito de fornecer um
procedimento para a avaliação de tais riscos. Uma vez que um limite superior tolerável
para o risco foi escolhido, este procedimento permite a escolha das medidas de proteção
apropriadas a serem adotadas para reduzir o risco ao limite
ou abaixo do limite tolerável.”
Deve ser avaliado:
1.1 As Fontes dos danos
-Descargas atmosféricas na estrutura;
-Descargas atmosféricas perto da estrutura;
-Descargas atmosféricas na linha;
-Descargas atmosféricas perto da linha.

1.2 Tipos de danos


-Ferimentos aos seres vivos por choque elétrico;
-Danos físicos;
-Falhas de sistemas eletroeletrônicos.

1.3 Tipos de perdas


Perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes);
Perda de serviço ao público;
Perda de patrimônio cultural;
Perda de valores econômicos (estrutura, conteúdo, e perdas de atividades).

2.1 Risco
-Risco de perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes);
-Risco de perda de serviço ao público;
-Risco de perda de patrimônio cultural;
-Risco de perda de valores econômicos.

Fonte: NBR 5419/ 22.06.2015

Etapas básicas para elaboração de


projeto de SPDA- Definir os
Resultados:
Após essa análise é preciso esclarecer quais são os resultados desejados e entender
qual é o principal objetivo do SPDA conforme a norma sugere na sua terceira parte:
Geralmente, o SPDA é composto por dois sistemas de proteção: sistema externo e
sistema interno.
O SPDA externo é destinado a:
— interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (por meio do subsistema de
captação),
— conduzir a corrente da descarga atmosférica para a terra de forma segura (por meio
do subsistemade descida),
— dispersar a corrente da descarga atmosférica na terra (por meio do subsistema de
aterramento).
O SPDA interno é destinado a reduzir os riscos com centelhamentos perigosos dentro
do volume de proteção criado pelo SPDA externo utilizando ligações equipotenciais ou
distância de segurança(isolação elétrica) entre os componentes do SPDA externo
(como definido em 3.2) e outros elementos eletricamente condutores internos à
estrutura.
As principais medidas de proteção contra os riscos devido às tensões de passo e de
toque para os seres vivos consistem em:
1. a) reduzir a corrente elétrica que flui por meio dos seres vivos por meio de
isolação de partes condutoras expostas e/ou por meio de um aumento da
resistividade superficial do solo;
2. b) reduzir a ocorrência de tensões perigosas de toque e passo por meio de
barreiras físicas e/ou avisos de advertência.

O que um projeto de SPDA deve


contemplar conforme NBR 5419
Preferencialmente, o próprio projeto da estrutura deve viabilizar a utilização das
partes metálicas desta como componentes naturais do SPDA afim de reduzir os custos
de instalação.
A documentação do projeto do SPDA deve conter toda a informação necessária para
assegurar uma correta e completa instalação, a saber:
Detalhamento
Desenho sobre a planta
Memorial,etc…

O SPDA deve ser projetado e instalado por profissionais habilitados e capacitados para
o desenvolvimento dessas atividades, a saber:

Como Elaborar um projeto de


SPDA
Obter todas as informações do empreendimento/cliente (plantas, histórico, projeto
estrutural,etc..) e fontes escritas sobre as expectativas dele.

Faça seu planejamento:


Os resultados destas atividades define seu escopo. Depois de saber todos os detalhes
do escopo, identifique o trabalho necessário para realizá-lo e faça seu cronograma.
Defina as tarefas de cada membro de sua equipe
Mostrar esta informação em uma Matriz de Responsabilidades.
.Estime as necessidades de recursos para esse projeto
Depois de especificar os recursos específicos necessários e quando você precisa deles
e identificar pessoas que possam satisfazer essas necessidades, rever o seu diagrama
de rede e cronograma para refletir quaisquer diferenças entre as capacidades e
disponibilidade das pessoas que você solicitar.
Resumindo:
Identificar, analisar, planejar e checar.

Como cobrar um projeto de SPDA?


Existem várias maneiras, entre elas:
 Cobrar por folha ou prancha, lembrando que existe diferença de uma folha A0
para A1
 Você pode cobrar por metro quadrado da obra.
 Preço por projeto, você avalia o tempo e trabalho e inclusive as exigências do
cliente
 Valor por hora trabalhada, geralmente é o mais contestado pelos clientes
Quais benefícios o cliente alcança
com um projeto de SPDA?
Evita surpresas durante a execução do sistema de SPDA;
Desenvolve diferenciais competitivos;
Antecipar situações desfavoráveis;
Facilitar as decisões do responsável pela obra;
Aumentar o controle gerencial.
Reduz o custo de execução
Ajuda a comparar possíveis propostas

Executar Projeto de SPDA é


obrigatório?
Conforme visto é necessário um estudo de gerenciamento de risco, com laudo e
responsabilidade técnica assinado por um engenheiro isentando a edificação do seu
uso.

Quem pode fazer projeto de spda?


Conforme DECISÃO NORMATIVA Nº 070, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001
Art. 1º As atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, perícia e
parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas-SPDA,
deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente registradas no
CREA.
– engenheiro eletricista;
– engenheiro de computação;
– engenheiro mecânico–eletricista;
– engenheiro de produção, modalidade eletricista;
– engenheiros de operação, modalidade eletricista;
Deverá ser registrada uma ART para cada tipo de pára–raios projetado e/ou fabricado.
Quando as ARTs relativas às atividades de instalação elétrica/telefônica exigirem a
instalação de SPDA, esta deverá estar explícita na respectiva ART.

Conclusão
A organização do projeto de SPDA em um documento nos auxilia a sistematizar o
trabalho em etapas a serem cumpridas, compartilhar a imagem do que se quer
alcançar, identificar as principais deficiências a superar e apontar possíveis falhas
durante a execução das atividades previstas. Já que é um processo participativo desde
o começo, pois não se pode realizar soluções sem a participação de todos os
envolvidos, o projeto de SPDA se torna uma FERRAMENTA DE TRABALHO, um
INSTRUMENTO GERENCIAL, um PONTO DE CONVERGÊNCIA de pessoas.
Conceitualmente, o projeto de SPDA é a menor unidade administrativa de qualquer
plano ou programa. Um bom projeto de SPDA escrito tem que mostrar-se capaz de
comunicar todas as informações necessárias

Outros Artigos que podem te ajudar:


>>Aterramento Residencial Elétrico–Aprenda Como ele
funciona!
>> Como um para raio funciona?
>> Mitos e Verdades sobre “para raios”-SPDA
>> O que acontece quando um raio atinge uma casa?

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Laudo de SPDA ou Para raio tem como objetivo garantir que o sistema de proteção
contra descarga atmosférica esteja funcionando em conformidade com a norma NBR
5419 da ABNT com objetivo de garantir a segurança das pessoas e de sua propriedade.
As inspeções de SPDA devem:
 Inspecionar, testar e melhorar os sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas e cumprimento de normas regulatórias e as melhores práticas.
Será abordado os seguintes temas nesse artigo:
Conceitos básicos sobre laudo técnico
Nova NBR 5419
Quem pode assinar laudo de spda
Validade do laudo de SPDA ou para raio
O que deve conter nesse laudo de SPDA
Quanto custa um laudo de spda

Conceitos básicos sobre laudo


técnico
Laudo técnico de SPDA é um documento que descreve o resultados da investigação
técnica ou o estado de um problema de inspeção técnica.Ele também inclui
recomendações e conclusões da inspeção.
O Laudo técnico de SPDA é um documento obrigatório em construções que possuem
SPDA ou popularmente conhecido como para raio.
Ao contrário de revistas científicas e publicações, um laudo técnico raramente é
submetido a exaustivas revisões antes da publicação. Eles podem ser considerados
como literatura cinzenta . Onde há um processo de revisão, é muitas vezes limitado a
dentro da organização de origem. Da mesma forma, não existem procedimentos de
publicação formais para esses relatórios, exceto quando estabelecido localmente.

Nova NBR 5419


A ABNT NBR 5419, sob o título geral “Proteção contra descargas atmosféricas”, tem
previsão de conter as seguintes partes:
— Parte 1: Princípios gerais; Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos
para a determinação de proteção contra descargas atmosféricas.
— Parte 2: Gerenciamento de risco; Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os
requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas
para a terra.
— Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida.Esta Parte da ABNT NBR 5419
estabelece os requisitos para proteção de uma estrutura contra danosfísicos por meio
de um SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas – e para proteção
de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças
de um SPDA.
Esta Norma é aplicável a:
a) projeto, instalação, inspeção e manutenção de um SPDA para estruturas sem
limitação de altura;
b) estabelecimento de medidas para proteção contra lesões a seres vivos causadas
pelas tensões de passo e toque provenientes das descargas atmosféricas.
— Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura
Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece informações para o projeto, instalação,
inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos
(Medidas de Proteção contra Surtos ─ MPS) para reduzir o risco de danos
permanentes internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas
atmosféricas (LEMP).

Esta Parte da ABNT NBR 5419 não cobre a proteção total contra interferências
eletromagnéticas devido às descargas atmosféricas, que podem causar mau
funcionamento de sistemas internos.

A norma sofreu uma significativa alteração, tendo hoje 380 páginas e engloba a parte
de DPS
As medidas de proteções consideradas na ABNT NBR 5419 são comprovadamente
eficazes na redução dos riscos associados às descargas atmosféricas.
Todas as medidas de proteção contra descargas atmosféricas formam a proteção
completa contra descargas atmosféricas. Por razões práticas, os critérios para projeto,
instalação e manutenção das medidas de proteção são considerados em dois grupos
separados:
— o primeiro grupo se refere às medidas de proteção para reduzir danos físicos e
riscos à vida dentro de uma estrutura e está contido na ABNT NBR 5419-3;
— o segundo grupo se refere às medidas de proteção para reduzir falhas de sistemas
elétricos e eletrônicos em uma estrutura e está contido no ABNT NBR 5419-4.
Fonte: NBR 5419/ 22.06.2015

Quem pode assinar laudo de spda

Conforme DECISÃO NORMATIVA Nº 070, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001


Art. 1º As atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, perícia e
parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas-SPDA,
deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente registradas no
CREA.
– engenheiro eletricista;
– engenheiro de computação;
– engenheiro mecânico–eletricista;
– engenheiro de produção, modalidade eletricista;
– engenheiros de operação, modalidade eletricista;
– tecnólogo na área de engenharia elétrica, e
– técnico industrial, modalidade eletrotécnica.
Todo contrato que envolva qualquer atividade constante do art. 1º deverá ser objeto
de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART.
Deverá ser registrada uma ART para cada tipo de pára–raios projetado e/ou fabricado.
Quando as ARTs relativas às atividades de instalação elétrica/telefônica exigirem a
instalação de SPDA, esta deverá estar explícita na respectiva ART.
Fonte: http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=624

Quando deve ser feito Inspeções e


Validade do laudo de SPDA ou
para raio
As inspeções ocorrem quando:

Durante a construção do sistema, e após a conclusão do SPDA

Quando o sistema for alterado ou sofreu um reparo ou uma descarga atmosférica

Deve ser feito inspeções visuais semestrais, com objetivo de verificar pontos que
sofreram desgaste.

Por um profissional habilitando emitindo laudo e ART nas seguintes situações


descritas abaixo:

— um ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à


corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com atmosfera
agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de serviços
considerados essenciais (energia, água, sinais etc.);

— três anos, para as demais estruturas.

O que deve conter no laudo do


SPDA ou Para Raio:
Parecer sobre:
Deterioração e corrosão dos captores, condutores de descida e conexões;
Condição das equipotencializações;
Corrosão dos eletrodos de aterramento;
Verificação da integridade física dos condutores do eletrodo de aterramento para os
subsistemas de aterramento não naturais.
Fazer as medição Ohmica e de continuidade
Registros fotográficos
ART.
Apresentar as não conformidades conforme NBR 5419 (ex: não possui Projeto de
spda)

Quanto custa um laudo de spda


Depedende do numero de pontos que serão inspecionados,mas caso necessite de uma
laudo de SPDA, basta fazer uma cotação com a RW Engenharia:

Inspeção dos para-raios


Entenda a importância desse equipamento para o prédio e para a
segurança dos condôminos

O Brasil é a região que mais recebe raios no mundo: cerca de 50 milhões


de descargas do tipo acontecem todos os anos em nosso país.
Mesmo assim, o topo dos prédios nem sempre recebe a atenção
necessária. Esta é uma área que necessita de cuidado especial, sendo o
para-raio, ou Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA),
um de seus principais equipamentos.
A falta de mantenção ou até inexistência desse equipamento pode trazer
prejuízos, acidentes e até risco de morte para quem vive no condomínio.
E sempre é bom lembrar que, além disso, o síndico pode ser
responsabilizado por negligência e o seguro do condomínio invalidado.
Essa matéria tem como objetivo orientar e explicar ao síndico quanto aos
cuidados a tomar e o que exigir do fornecedor contratado para manter o
equipamento em dia.
É fundamental que os fornecedores do condomínio trabalhem sempre
visando a NBR 5419, norma que regulamenta esse tipo de equipamento
no Brasil e que foi atualizada em 2015.

Como funciona

Quando um raio atinge um edifício protegido, a descarga elétrica percorre


o para-raio, atinge o sistema de cabos e segue até atingir o solo, onde se
dissipa e perde a força.
Sem essa proteção, ou com um sistema inadequado, o raio pode danificar
a estrutura do edifício e percorrer as instalações elétricas. A falha do
SPDA também põe em risco os condôminos que estiverem circulando
pelas dependências do condomínio no momento da queda do raio.

Antenas

Outro ponto importante é quanto à instalação de antenas convencionais,


de operadoras de celular ou de TV por assinatura via satélite.
Quando isso ocorre, os técnicos da empresa geralmente optam por
instalar a antena no topo do prédio. Isso precisa de acompanhamento –
seja do síndico ou do zelador-, pois esta antena precisa estar aterrada,
conectada ao sistema de para-raios.
O síndico deve verificar também se estão fazendo uma base para fixação
da antena. Furar a laje não é indicado, pois pode gerar problemas, como
infiltrações.
Riscos

Não contar com um SPDA que esteja de acordo com a norma pode sair
muito mais caro para o condomínio do que o valor da vistoria semestral.
Veja abaixo algumas situações que podem ocorrer no seu condomínio
caso o equipamento não esteja funcionando corretamente e a edificação
sofra uma descarga atmosférica:
 Risco de morte / choques: Existe a possibilidade de que um morador ou funcionário seja
atingido por um raio, caso esteja na cobertura e o local não conte com o aterramento
adequado. Também há a possibilidade de pessoas tomarem choques enquanto manejam
eletrônicos ligados na tomada, como secadores de cabelo e celulares carregando na
tomada.
 Queima de equipamentos: tanto do condomínio (placa do elevador, portões elétricos,
CFTV), quanto dentro das unidades (eletrônicos e eletrodomésticos ligados na tomada no
momento da descarga).
 Seguro inválido: a seguradora pode se negar a pagar a indenização ao condomínio caso
fique comprovado que o SPDA estava fora dos parâmetros legais. O condomínio pode,
porém, entrar com ação na Justiça, para que um perito judicial avalie o equipamento.
 Danos a estrutura da edificação: sem um isolamento correto, um raio poderia romper, com
uma explosão, a alvenaria do prédio, derrubando uma parte da estrutura.
Importante salientar que o síndico pode ser responsabilizado civil e
criminalmente caso fique comprovada sua negligência em executar a
manutenção correta dos equipamentos do condomínio e que venham a
causar prejuízo à coletividade.

Atualização da norma NBR 5419

Pensando em manter os edifícios brasileiros mais protegidos de


descargas elétricas, a norma que rege o assunto, NBR 5419 foi atualizada
em 2015.
Com essas novidades, veio também a necessidade de se fazer uma vistoria
visual do equipamento a cada seis meses – antes, a manutenção
preventiva do sistema era efetuada anualmente.
Houve alteração também no número de descidas que conduzem a energia
elétrica para as áreas mais baixas da edificação. Até 2015, essas linhas de
descida deveriam estar a cada vinte metros. Agora, essa distância foi
diminuída para quinze metros, para prédios residenciais.
Com o upgrade da norma, os condomínios agora também devem instalar
DPS (Dispositivo Protetor de Surto) em todos os quadros elétricos de
suas áreas comuns.
Para o engenheiro Eduardo Yamakado, engenheiro da empresa VIP,
empresa de vistorias e inspeções prediais, os DPS são a grande novidade
da norma para os consomínios.
“Antes havia quase que exclusivamente uma preocupação com pessoas e
com a estrutura, que, é claro, são o mais importante. Mas essa proteção
dos sistemas do condomínio, como CFTV, placa de elevador, portão
eletrônico, etc. também são extremamente benéficas”, aponta o
profissional.

Adequação à norma

Como a norma mudou bastante – apenas em tamanho a norma ‘engordou’


mais de 300 páginas – é de se esperar que os condomínios tenham
algumas adequações a serem executadas ao chamarem sua empresa de
manutenção do equipamento.
Para deixar o condomínio de acordo com a NBR 5419, o estimado entre as
empresas do setor ouvidas pela reportagem do SíndicoNet é algo entre R$
3 mil a R$ 6 mil – dependendo, é claro, do estado do equipamento.
Esse valor seria para condomínios que estejam com seu laudo em dia.
Para empreendimentos que estão há tempos sem fazer a manutenção
obrigatória no equipamento, os valores podem ser maiores.

AVCB

Uma das grandes perguntas que acompanhou a atualização da norma é se


os condomínios mais antigos serão obrigados a se adequar 100% ao que
pede o regramento para obter o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de
Bombeiros).
A resposta é incerta.
Para o capitão da Polícia Militar, Pedro Cunha, o importante para os
bombeiros é que a ART esteja assinada por um engenheiro eletricista,
atestando que a edificação está segura.
“O bombeiro, para o AVCB, checa a documentação e os equipamentos,
esses de uma forma geral. Checa se o para-raio está montado
corretamente, se tem o isolamento adequado e se as bitolas estão certas
para o empreendimento. Se o local estiver com a documentação e com os
equipamentos em dia, não cabe a nós contestar o laudo”, pondera.
Isso porque a responsabilidade sobre o sistema, caso ocorra um sinistro
decorrente de descarga elétrica, é de responsabilidade do engenheiro que
assinou a ART.
Caso o prédio não conte com o respaldo de um profissional, o síndico é
quem poderá ser responsabilizado civilmente por danos ao patrimônio.
“Por isso é fundamental que o condomínio contrate uma empresa que
conte com um engenheiro. É ele quem deve assinar a ART”, ensina
Ronaldo Sá Oliveira, diretor a RSO Assessoria, e uma das pessoas que
ajudou na atualização da norma.
Falando ainda sobre a ART, a mesma deve estar assinada apenas por um
engenheiro eletricista. Junto com a ART, deve haver um laudo da
empresa, após visita no local e testes em todo o sistema, atestando que o
prédio está de acordo com o normatizado pela ABNT. É esse documento
que o Corpo de Bombeiros averigua na inspeção do AVCB.

Condomínios mais antigos

Para Paulo Rewald, diretor de normatização do Secovi-SP, a adaptação de


prédios mais antigos à norma é um “assunto controverso”.
“Não tem como, um edifício de vinte ou trinta anos se adequar à norma. E
outra, se fosse essa a lógica, cada vez que uma norma nova é lançada,
teríamos que atualizar todas as edificações, e sabemos que isso não é
possível em todos os casos, em alguns ficaria extremamente caro e
esteticamente feio”, compara.
Para ele, o fundamental é que esse tipo de edificação siga cuidando da
manutenção do equipamento semestralmente e fazendo a leitura da
resistência conforme sempre foi pedido.
Ronaldo Sá, a RSO Assessoria, ressalta que os sistemas antigos também
oferecem segurança e estão aptos a proteger as pessoas e a integridade
da edificação.
“Meu entendimento é que as edificações que possuem o sistema atrelado
as normas antigas, poderão continuar utilizando e realizando as
manutenções e inspeções conforme a norma anterior, mas em havendo
uma reforma ou modernização do sistema, o mesmo deverá ser projetado
e executado em conformidade com a norma vigente”, explica.

Tipos de para-raio

Os dois tipos mais comuns de equipamentos são Franklin e a Gaiola de


Faraday. Para proteção adequada, no caso de prédios com mais de 20
metros de altura, recomenda-se a instalação dos dois sistemas, que
trabalharão conjuntamente na proteção do condomínio. Veja a diferença
entre os dois:

Imagem meramente ilustrativa fonte: www.electrical-installation.org

Gaiola de Faraday: composto de seis partes principais - captor do tipo


terminal aéreo, cabo de cobre, suportes isoladores, tubo de proteção,
malha de aterramento e conector de medição. Esse sistema envolve todo
o perímetro do prédio. O cabeamento é fechado e é posto um captor a
cada cinco metros.

Imagem meramente ilustrativa fonte: www.electrical-installation.org


Franklin: utiliza-se captor tipo Franklin, ou seja, em forma tridente, poste
metálico (a ser instalado no ponto mais alto do prédio), cabo de cobre,
caixa de inspeção, haste copperweld e conector cabo/haste. Aqui, a
captação da descarga é feita pelo mastro.

O preço pode variar de acordo com o número de blocos e metragem a ser


coberta pelos sistemas.

Manutenção

Depois de instalado, o para-raio deve ser checado semestralmente, sendo


vistoriado por empresa especializada em medição ôhmica (resistência de
aterramento) para verificação das condições gerais do sistema. Através
da medição ôhmica, o técnico avalia se a descarga está ocorrendo
corretamente. Veja outros pontos importantes:
 A vistoria avalia as condições das hastes, se estão esticadas ou não, e se os isoladores estão
bem fixados à estrutura.
 O mastro do para-raio possui a luz piloto, que identifica a altura do prédio. Ela precisa de
manutenção, a lâmpada pode queimar.
 A caixa d’água também precisa estar aterrada, pois pode atrair raios.
 Quando é feito o trabalho de manutenção, faz-se também uma limpeza no cabeamento e
nos captores. Troca de captores só em casos isolados, como de quebra.
 O custo de uma vistoria gira, atualmente, em torno de R$ 400, já incluindo o atestado
técnico feito por um engenheiro especializado.
 Importante: O atestado deve ser conclusivo. Ou seja, se houver informação de que há
necessidade de obras, você terá recebido um relatório técnico e não um atestado de
conformidade.
 O valor da manutenção é bem mais abrangente e depende mais de como está o sistema.
 Após a incidência direta de uma descarga atmosférica na estrutura o sistema deverá ser
verificado após a chuva passar, independentemente do tempo da última revisão

Seguro

As seguradoras normalmente cobrem os danos causados por raios,


mesmo quando há problema no SPDA.
Entretanto, a falta de manutenção e o ART informando que o sistema está
fora das normas, podem causar problemas. As empresas podem
argumentar que os danos ocorreram pela falta de cuidados, o que
complica e prolonga o processo de indenização.

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