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Aula 01
Prof. Marcelo Camacho
Aula 01
Administração Pública
Estado, Governo e Sociedade
Professor: Marcelo Camacho
Olá, pessoal!
Sumário
1.
Administração
Pública:
do
modelo
racional-‐legal
ao
paradigma
pós-‐burocrático.
...................................
3
1.1.
Paradigma
Pós-‐burocrático
ou
Administração
Gerencial
............................................................
15
2.
Os
Três
Poderes
e
a
Teoria
da
Separação
Harmônica
(sistema
de
freios
e
contrapesos)
.......................
36
3.
Estado
de
Bem-‐Estar
Social
.....................................................................................................................
44
4.
Lista
de
Questões
....................................................................................................................................
53
5.
Gabarito
...................................................................................................................................................
61
Segundo Bresser Pereira a administração pública em nosso país passou por três
modelos diferentes: a administração patrimonialista, a administração
burocrática e a administração gerencial.
Weber fala que “há três tipos puros de dominação legítima”. Quando ele fala
em “puros”, ele se refere a “tipos-ideais”, ou seja, uma abstração teórica que
não existe no plano concreto, na realidade. Ideal não quer dizer que é bom,
mas que contém as características essenciais do conceito em análise.
Além disso, outro fator que teria motivado Weber a definir seu modelo de
dominação burocrático seria a necessidade de separação (1) entre o político e o
administrador e, fiel ao ethos liberal, (2) entre a política e a economia.
Weber sustentava que o tipo mais puro de dominação legal seria aquele
exercido por meio de um quadro administrativo burocrático, cujas
características básicas seriam:
São três as características básicas que traduzem o seu caráter racional: são sistemas
sociais (1) formais, (2) impessoais, (3) dirigidos por administradores profissionais, que
tendem a controlá-los cada vez mais completamente.
Formalidade
Impessoalidade
O caráter impessoal das organizações é a segunda forma básica pela qual elas
expressam sua racionalidade. A administração burocrática é realizada sem
consideração a pessoas. Burocracia significa, etimologicamente, “governo de
escritório”. É, portanto, o sistema social em que, por uma abstração, os
escritórios ou os cargos governam.
Administradores Profissionais
a) A concentração do trabalho
b) A hierarquia
Analisemos as alternativas:
Vimos que a burocracia entra em crise junto com o Estado de Bem-Estar Social,
principalmente em virtude da crise fiscal que se instalou no mundo após as
crises do petróleo da década de 1970.
O pressuposto neoliberal que estava por trás das reformas – o pressuposto de que o
ideal era um Estado mínimo, ao qual caberia apenas garantir os direitos de propriedade,
deixando ao mercado a total coordenação da economia - provou ser irrealista. Em
primeiro lugar porque, apesar do predomínio ideológico alcançado pelo credo
neoconservador, em país algum - desenvolvido ou em desenvolvimento - este Estado
mínimo tem legitimidade política. Não há sequer apoio político para um Estado que
apenas acrescente às suas funções as de prover a educação, dar atenção à saúde e às
políticas sociais compensatórias: os cidadãos continuam a exigir mais do Estado.
Ora, se a proposta de um Estado mínimo não é realista, e se o fator básico que subjaz à
crise econômica é a crise do Estado, a conclusão só pode ser uma: a solução não é
provocar o definhamento do Estado, mas o reconstruir, reformá-lo. A reforma
provavelmente significará reduzir o Estado, limitar suas funções como produtor de bens
e serviços e, em menor extensão, como regulador, mas
Fernando Abrúcio, por outro lado, elaborou uma outra classificação da evolução
dos modelos da Administração Gerencial, conforme o quadro a seguir:
b) assume que o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção é pelo controle rígido
dos processos, com o controle de procedimentos.
Pessoal, esta questão foi retirada do artigo de José Matias Pereira. Analisemos
as alternativas:
a) no sentido weberiano do termo, a burocracia nunca logrou ser reconhecida por sua
racionalidade. Antes, popularizou-se – negativamente – em face de suas disfunções.
b) a lógica do Governo Aberto, por si só, é suficiente para garantir uma maior e mais efetiva
participação social na avaliação e no controle da ação governamental.
Ao final, selecione a opção que contenha a sequência correta para a Coluna II.
a) 1, 2, 3
b) 3, 2, 1
c) 2, 3, 1
d) 2, 1, 3
e) 1, 3, 2
NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre
seus principais expoentes Max Weber,
I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de
combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.
II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a
ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.
IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si
mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.
a) I e II.
b) I, II, III e V.
d) II e V.
e) III, IV e V.
I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, posteriormente, ruptura do modelo
burocrático, tendo em vista que as organizações públicas abandonaram a racionalidade formal
como paradigma de ação.
II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-burocráticas ainda estão
vinculadas à lógica racional-legal, base do modelo criado por Max Weber.
IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como orientadas para a solução
de conflitos e problemas, e estão baseadas na participação, confiança e compromisso de todos
em torno de resultados.
a) II e IV.
b) III e V.
c) I, II e III.
d) III, IV e V.
Analisemos as afirmativas
IV. CERTO: Traço marcante, buscar eficiencia sem perder qualidade, solução
para conflitos e mais participação do cidadão, essas qualidades só surgirão na
3° fase do gerencialismo o qual e chamado de public service orientation.
a) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão atender clientelas, mas
alcançar resultados orientados pelo princípio da razão de Estado.
d) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do setor público, pois seu
sucesso depende da eliminação do modelo burocrático de gestão.
e) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes.
Analisemos as alternativas:
A) CERTO. A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte
de impostos e como cliente dos seus serviços.Os resultados da ação do Estado
são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob
controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas
porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas.
2.
Os
Três
Poderes
e
a
Teoria
da
Separação
Harmônica
(sistema
de
freios
e
contrapesos)
com que os que comandam aumentassem seu conhecimento com o que devem
prescrever e os que obedecem encontrassem um novo prazer em obedecer, com que
os homens se pudessem curar dos seus preconceitos.
Em Do espírito das leis, sua obra maior, tinha a pretensão de analisar extensa e
profundamente a estrutura dos fatos humanos e formular um esquema
interpretativo do mundo histórico político e social. Ele fica um objetivo preciso:
compreender quais as relações que existem entre o direito – as leis positivas –
e as varias instancias da vida humana. Ele pretende, por exemplo, analisar
como o clima de um país, a geografia, a economia ou a religião interferem na
formação do direito.
Alem disso, não são apenas os elementos naturais externos a vida humana –
como clima e topografia – que interferem nas nossas possibilidades de atuar
inteligentemente. A própria maneira como a sociedade se encontra organizada
em um dado momento histórico é também um fator que influencia a maneira de
ser do homem e interfere nas suas decisões.
Num Estado, isto é, numa sociedade em que há leis, a liberdade não pode consistir
senão em poder fazer o que se deve querer e em não ser constrangido a fazer o que
não se deve desejar. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se
um cidadão pudesse fazer o que as leis proibissem, não teria mais liberdade, porque
os outros também teriam tal poder.
A ideia central da divisão dos poderes e a de que uma mesma unidade não
pode exercer mais de uma função estatal. O Executivo e o Legislativo não
podem ser exercidos por uma mesma unidade porque esta poderia instituir leis
tirânicas para executá-las tiranicamente. Se o Judiciário estivesse ligado ao
Legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário,
pois o juiz seria legislador. Estando ligado ao Executivo, o juiz poderia ter a
forca de um opressor.
Também prevê o sistema de “freios e contrapesos” quando fala que eles são
harmônicos entre si. Forma-se um intrincado mecanismo de controles
recíprocos entre os Poderes, de forma que um Poder controle os demais, ao
mesmo tempo em que e por eles controlado, nas hipóteses nela expressamente
previstas.
A) A leitura weberiana do Estado como monopolizador legítimo e legal da violência não alcança
mais eficácia no mundo da globalização.
B) O Estado, segundo Locke e Montesquieu, deve cuidar para que o chefe de Estado não
concentre poder político
Analisemos as alternativas:
a) A limitação do poder estatal foi um dos grandes desideratos do liberalismo, o qual exalta a
garantia dos direitos do homem como razão de ser do Estado.
Analisemos as alternativas:
NO estado de Bem Estar Social entende-se que o homem, quer esteja “incluído”
ou “excluído” do trabalho formal, faz parte do conjunto do Mundo do Trabalho.
Ou seja, a exclusão ou “invalidação” – conforme salienta Castel - está na raiz
do próprio sistema capitalista. Há uma estrutura que exclui. É o próprio sistema
do Capital que, ao se reproduzir, ao mesmo tempo em que acumula mais
capital, se encarrega de produzir pobreza e exclusão.
O Estado do Bem-estar, tal como foi definido, surgiu após a Segunda Guerra
Mundial. Seu desenvolvimento está intimamente relacionado ao processo de
industrialização e os problemas sociais gerados a partir dele. A Grã-Bretanha foi
o país que se destacou na construção do Estado de Bem-estar com a
aprovação, em 1942, de uma série de providências nas áreas da saúde e
escolarização. Nas décadas seguintes, outros países seguiriam essa direção.
Capitalismo e democracia
Com base nessas considerações, é possível afirmarmos, portanto, que numa
perspectiva mais ampla as origens do Estado do Bem-estar estão vinculadas à
crescente tensão e conflitos sociais gerados pela economia capitalista de caráter
Direitos sociais
Os direitos sociais surgem, por sua vez, para assegurar que as desigualdades
de classe social não comprometam o exercício pleno dos direitos civis e
políticos. Assim, o reformismo do Estado do Bem-estar tornou possível
compatibilizar capitalismo e democracia. No âmbito do Estado do Bem-estar, o
conflito de classes não desapareceu, mas se institucionalizou. A extensão dos
direitos políticos e o sufrágio universal possibilitaram canalizar os conflitos de
classe para as instituições políticas, transformando demandas sociais em
direitos.
auge na década de 1960. No transcurso dos anos 70, porém, esse modelo de
Estado entrou em crise.
Crise
Este Estado de Bem Estar Social, no entanto, entra em crise na década de
1970. A crise da década de 70 e 80 rompe com o compromisso do Welfare
State que por um período garantiu certa “paz entre as classes” a partir de
políticas compensatórias e segundo a tese dos neoliberais, a supervalorização
do trabalho.
Para fazer frente a isso “o capitalismo articula e põe em cena uma dupla
solução: o neoliberalismo e a reestruturação produtiva”. A crise recoloca a
questão dos direitos sociais, que têm como conseqüência a transformação das
relações de trabalho, causando perdas nos padrões da proteção social e maior
vulnerabilidade em geral para os setores da sociedade. E o “Estado, que sempre
foi um instrumento de construção das condições de desenvolvimento máximo
da classe capitalista é, agora, apontado como responsável de todas as crises”.
Se entende para o momento que “é preciso, pois, restaurar o mercado como
fonte última e única de qualquer sociabilidade possível.
E o Brasil?
Analisemos as alternativas:
Até a próxima!
a) A concentração do trabalho
b) A hierarquia
b) assume que o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção é pelo controle rígido
dos processos, com o controle de procedimentos.
a) no sentido weberiano do termo, a burocracia nunca logrou ser reconhecida por sua
racionalidade. Antes, popularizou-se – negativamente – em face de suas disfunções.
b) a lógica do Governo Aberto, por si só, é suficiente para garantir uma maior e mais efetiva
participação social na avaliação e no controle da ação governamental.
Ao final, selecione a opção que contenha a sequência correta para a Coluna II.
a) 1, 2, 3
b) 3, 2, 1
c) 2, 3, 1
d) 2, 1, 3
e) 1, 3, 2
NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre
seus principais expoentes Max Weber,
I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de
combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.
II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a
ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo.
IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si
mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.
a) I e II.
b) I, II, III e V.
d) II e V.
e) III, IV e V.
I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, posteriormente, ruptura do modelo
burocrático, tendo em vista que as organizações públicas abandonaram a racionalidade formal
como paradigma de ação.
II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-burocráticas ainda estão
vinculadas à lógica racional-legal, base do modelo criado por Max Weber.
IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como orientadas para a solução
de conflitos e problemas, e estão baseadas na participação, confiança e compromisso de todos
em torno de resultados.
a) II e IV.
b) III e V.
c) I, II e III.
d) III, IV e V.
a) foi rejeitada, pois as burocracias públicas não têm como missão atender clientelas, mas
alcançar resultados orientados pelo princípio da razão de Estado.
d) será alcançada à medida que avançar o processo de privatização do setor público, pois seu
sucesso depende da eliminação do modelo burocrático de gestão.
e) enfatiza o controle dos processos formais, visando à punição exemplar dos incompetentes.
A) A leitura weberiana do Estado como monopolizador legítimo e legal da violência não alcança
mais eficácia no mundo da globalização.
B) O Estado, segundo Locke e Montesquieu, deve cuidar para que o chefe de Estado não
concentre poder político
a) A limitação do poder estatal foi um dos grandes desideratos do liberalismo, o qual exalta a
garantia dos direitos do homem como razão de ser do Estado.
5.
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A B B A C A A A B B
11 12 13 14
A B C B