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13/03/2018 8 fatos sobre A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch

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8 fatos sobre A guerra não tem rosto de mulher, de


Svetlana Aleksiévitch
Estela Santos (https://homoliteratus.com/author/estela/)

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Em A guerra não tem rosto de mulher, Svetlana Aleksiévitch apresenta a história da Segunda


Guerra Mundial do ponto de vista de mulheres que estiveram em batalha

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13/03/2018 8 fatos sobre A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch

Toda e qualquer guerra costuma ser contada do ponto de vista do homem. Em seus relatos, homens
se vangloriam de seus feitos, lamentam seus mortos e perdas. Depois exibem suas medalhas, prêmios
e comemoram suas vitórias. E isso não é diferente quando o assunto é a Segunda Guerra Mundial.

Svetlana Aleksiévitch, escritora bielorussa, procurou contar a história da Segunda Guerra do ponto
da mulher soviética. A revisão histórica feita pela autora mostra que milhares de mulheres estiveram
em luta, ocupando os cargos mais diversos e de mais perigo. E grande parte delas foram para a guerra
ainda muito jovens, aos dezesseis anos.

Os relatos dessas mulheres corajosas mostram que a guerra, apesar de tudo, pode ser enxergada de
um ponto de visita mais humano. A guerra das mulheres tem os mais diversos sentimentos, cheiros e
memórias. No entanto, mesmo depois da vitória, essas mulheres não tiveram o devido
reconhecimento. Muitas tiveram que esconder que foram à guerra.

Mas por que ler A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch? Alguns fatos podem ser
convincentes.

1. As vozes das mulheres (https://homoliteratus.com/a-


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Guerra
A história das guerras sempre é contada de acordo com o que é transmito pelos homens. E isso não
signi ca que mulheres não estiveram na guerra. Signi ca apenas que quando o assunto é falar sobre a
Segunda Guerra, a mulher é deixada de lado e a versão do homem é privilegiada. A guerra não tem
rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch vai te fazer conhecer uma guerra totalmente diferente da
história o cial, contada nos livros pelos homens.

2. Cargos ocupados por mulheres durante as batalhas


O livro A guerra não tem rosto de mulher mostra que as mulheres lutavam em todos os cargos
imagináveis. Estavam nas cozinhas, lavavam as roupas, eram enfermeiras, mas acima de tudo, estava
na linha de frente, eram atiradoras, tanquistas, eram responsáveis por minas, eram motoristas,
mecânicas. A força e a garra dessas mulheres vinham do desejo de defender sua pátria.

3. Cada mulher narra a guerra de um modo diferente, em


função do cargo ocupado
Por meio de A guerra não tem rosto de mulher, além de você conhecer a guerra pelo ponto de vista
das mulheres, vai conhecer a guerra por meio de várias perspectivas. Há a guerra  narrada pelas
médicas, enfermeiras, cozinheiras, pilotos, soldadas, francoatiradoras etc. Elas apresentam detalhes e
olhares que vão além do sangue, da morte, da violência, do medo, da solidão. Havia irmandade,
empatia, amizade e compaixão entre as soldadas e entre alguns soldados.

4. As mulheres eram ridicularizadas na guerra, mas não


desistiram mesmo assim
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As guerreiras eram ridicularizadas, do início ao m da guerra. E não pelo adversário, mas pelos
próprios homens soviéticos. Não acreditavam que guerra era coisa de mulher, e sim que elas deviam
car em casa e cuidar da família. Para os soldados homens, lugar de mulher não era no front.
Justi cavam dizendo que a guerra não era para quem é fraco e frágil. Entretanto, aos poucos,
perceberam que essas características não existiam nas soldadas.

5. Sem as mulheres, talvez Hitler teria vencido o exército


soviético
Sem as corajosas mulheres, provavelmente não haveria a vitória. As tropas de Hitler não seriam
vencidas. Muitos homens morreram em combate, logo no início da guerra. Se as mulheres, por um
dever patriótico, não tivessem se alistado e insistido com teimosia em ir à guerra, seria muito
provável que o combate acabasse muito antes, sem vitória. Talvez houvesse a derrota e o exército
soviético seria dizimado.

6. A guerra deixou marcas eternas nas mulheres


Com a leitura de A guerra não tem rosto de mulher, é possível perceber o quão cruel a guerra foi com
as mulheres. Muitas tiveram cabelos brancos logo nos primeiros dias. Durante a guerra, muitas
pararam de menstruar. Algumas simplesmente pararam de se ver como mulheres – suas vestimentas
eram iguais às dos homens e em seus cabelos eram feitos cortes masculinos. Muitas não puderam
mais conviver com nada que fosse vermelho (roupas, roupas de cama e mesa, utensílios domésticos
etc) porque lembrava sangue. Muitas voltaram mutiladas. Outras voltaram órfãs.

7. A solidão das mulheres depois da guerra


Muitas mulheres perderam tudo enquanto estavam na guerra: casa, pais, marido e lhos. Ao voltarem
nada tinham. Não havia ninguém para dividir a dor e o peso da guerra, para quem narrar seus traumas
e, então, silenciaram durante muitos anos. Até que Svetlana Aleksiévitch apareceu. Outras mulheres,
quando voltaram, buscaram ngir que não tinham sofrido com a guerra, queriam esconder suas
cicatrizes, hematomas e medalhas para levar uma vida normal. Queriam retomar a vida, estudar,
trabalhar, casar e ter lhos, mas não eram mais vistas como mulheres, ou eram enxergadas como
“putas” – termo citado no livro –  que se envolviam na guerra com homens comprometidos.  Mulheres
eram, segundo muitos homens, as donas de casa e noivas que esperavam “seus homens” voltarem do
combate.

8. Aleksiévitch apresenta uma nova história, ignorada e


até silenciada
O trabalho de Svetlana Aleksiévitch é um documento histórico valioso. A riqueza das histórias
reunidas em A guerra não tem rosto de mulher dá outra visão e dimensão sobre o que é uma guerra,
para além do brilho da vitória e das medalhas. As memórias das guerreiras soviéticas permanecerão
sempre vivas graças a essa obra.

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Curiosidade:

O livro de Svetlana Aleksiévitch foi adaptado para uma peça de teatro no Brasil, a qual também leva o
nome A guerra não tem rosto de mulher. A peça tem direção de Marcelo Bosschar e conta com as
atrizes Carolyna Aguiar, Luisa Thiré e Priscila Rozembaum. Saiba mais aqui!
(https://www.youtube.com/watch?v=HZOoRHCSoFc)

(http://rusga.com.br)
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Estela Santos (https://homoliteratus.com/author/estela/) Author


Editora e colaboradora do Homo Literatus. Mestranda em Letras - Estudos Literários na
Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mediadora do #LeiaMulheres. Twitter:
@psantosestela

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a crítica teria um minuto para falar contemporâneas
 22 Fevereiro 2018 | 0 Comments  8 Janeiro 2018 | 0 Comments  4 Janeiro 2018 | 9 C
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é este livro! O citado trecho (bem orkut, quando eu era adolescente, já
memorável mesmo) inicia o terceiro

30:MIN #204 – A Cor Púrpura – Alice 30:MIN #216 – Coleções de Contos


Walker 2 comentários • 3 meses atrás
1 comentário • 6 meses atrás Julio Siqueira — Parabéns pelo programa,
Izabel Galdino — Eu comprei esse livro em você já leram o Coisas Frágeis do Neil
uma promoção da amazon, se eu não me Gaiman?
engano estava de graça.Eu fiquei muito mal

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